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Prof.

Alberto Ricardo Präss

A VELOCIDADE ESCALAR
O conceito de velocidade. Imaginemos que um jornal tenha enviado um
correspondente especial à selva amazônica a fim de fazer uma reportagem sobre o
Pico da Neblina, e suponhamos que após várias semanas de penosas marchas através
da floresta tropical o correspondente faça chegar à redação do jornal a informação de
que localizou uma tribo extraordinária, da qual até mesmo as crianças de mais de 10
anos são capazes de percorrer, a pé, 5 km em apenas 10 s.

Julgamos que dificilmente a redação do jornal autorizaria, sem maiores


investigações e reservas, a publicação da notícia. Provavelmente julgaria que as
condições adversas reinantes na selva amazônica haviam provocado um desequilíbrio
nervoso em seu enviado... No entanto, se a informação deste fosse a de que havia
descoberto uma tribo da qual até mesmo as crianças de mais de 10 anos eram capazes
de percorrer, a pé, 5 km, ou de andar a pé durante 10 s, a redação dó jornal não teria
ficado escandalizada, se bem que julgamos que também não publicariam a noticia,
agora por um motivo oposto ao primeiro: é demasiado banal o fato de que alguém
seja capaz de percorrer, a pé 5 km, ou de que alguém seja capaz de andar a pé
durante 10 s.

O fato de não despertar interesse algum a notícia de que uma certa pessoa é
capaz de percorrer, a pé, 5 km, ou de andar a pé durante 10 s, enquanto que
despertaria interesse extraordinário a noticia de que existem pessoas capazes de
percorrer, a pé, 5 km em 10 s, mostra-nos objetivamente que existem situações nas
quais não interessa tanto saber qual a distância que um certo corpo, pode percorrer,
ou durante quanto tempo ele pode se mover, mas sim que importa saber qual a
relação existente entre a distância percorrida e o tempo durante o qual ela foi
percorrida. No caso da tribo amazonense relatado pela enviado especial do jornal
carioca, a experiência do pessoal da redação determinaria a não publicação do
informe, uma vez que tal experiência lhes ensinou que é praticamente impossível
existir seres humanos capazes de se moverem, por seus próprios meios, com uma
velocidade (supersônica) de 0,5 km/s, ou seja, com uma velocidade de 1.800 km/h.
Foi então a grandeza física denominada velocidade o índice utilizado pelo pessoal da
redação do jornal para rejeitar a probabilidade de ser verídica a informação do seu
enviado. Como tal índice desempenha um papel Importante na teoria da Mecânica,
vamos, a seguir, examinar cuidadosamente como ele é construído.
Suponhamos, para isto, que uma
pedra largada de um certo ponto passou,
num determinado instante t, por um ponto
1, e algum tempo após, isto é, no instante
t f = t i + ∆t , a pedra passou por um outro
ponto, 2. Conseqüentemente a pedra,
durante o Intervalo de tempo ∆t
compreendido entre os Instantes t i e t f ,
sofreu um deslocamento

∆x = x f − x i

Chamaremos, por convenção, velocidade


escalar média da pedra ou rapidez
(speed em inglês),ou simplesmente,
velocidade média da pedra, entre os
instantes t i e t f = t i + ∆t , a razão entre o
deslocamento ∆x e o intervalo de
tempo ∆t o durante o qual ele ocorreu.

Representando-se por v a velocidade média da pedra, entre os


instantes t i e t f = t i + ∆t , poderemos escrever então, por definição, que:

∆x
v =
∆t

Por exemplo: se um automóvel foi do Rio a São Paulo em 6,0 h, viajou com
uma velocidade média de 72 km/h, pois que sendo de 432 km a distância entre essas
duas cidades (distância esta contada sobre a rodovia), vem, da definição de velocidade
média, que:

v = 432 km/6,0 h = 72 km/h .

Geralmente estaremos interessados, no entanto, não na velocidade média v


de um corpo, entre os instantes t i e t f , mas na sua velocidade v exatamente no
Instante t. Muito grosseiramente poderemos dizer que a velocidade v de uma
partícula, no instante t, é igual à sua velocidade média v entre os instantes
t i e t f = t i + ∆t , instantes estes separados por um intervalo de tempo ∆t . O erro
cometido nessa aproximação, no entanto, será tanto menor quanto menor for o
Intervalo de tempo ∆t , Isto é, o erro cometido na aproximação considerada tende
para zero com ∆t . Diremos então, por convenção, que a velocidade, v, de uma
partícula, num instante t, é o limite para o qual tende a sua velocidade média, v ,
correspondente ao intervalo de tempo ∆t compreendido entre os instantes
t i e t f = t + ∆t , quando ∆t tende para zero. Para Indicar isto usaremos a seguinte
notação:

v = lim
∆t →0
v
∆x
ou seja, tendo-se em conta que v = :
∆t

∆x
v = lim
∆t →0 ∆t

sendo esta, então, a fórmula de definição de velocidade escalar instantânea. (Quando


se fala em velocidade escalar, sem maiores especificações, quer-se dizer velocidade
escalar instantânea).

Observações:
1) Por uma questão de comodidade de linguagem usa-se freqüentemente a
expressão velocidade, em vez da expressão mais longa (porém mais precisa)
velocidade escalar. Também nós, neste curso, conformando-nos ao hábito
internacional, usaremos freqüentemente a expressão velocidade,
simplesmente, significando velocidade escalar, quando julgarmos que não
haverá possibilidade de confusão.

2) Sendo velocidade, por convenção, uma razão entre o deslocamento de uma


partícula e o Intervalo de tempo durante o qual ele ocorreu, é claro que a sua
unidade ficará perfeitamente determinada após escolhermos uma unidade de
deslocamento e uma de tempo, de vez que, logicamente, a unidade de
velocidade deverá ser a velocidade de uma partícula que sofra um
deslocamento unitário num intervalo de tempo unitário. A unidade de
velocidade do Sistema Internacional de Unidades, onde se tem que
U( ∆x) = 1m e U( ∆x) = 1s , será, portanto, a velocidade de uma partícula tal que
sofra um deslocamento de um metro cada segundo. Tal unidade não tem
nome especial; para designá-la dizemos: velocidade de um metro por
segundo. O seu símbolo é m/s, ou qualquer outro algebricamente equivalente
−1
(por exemplo: m.s .

3) Dissemos, na seção anterior, que a velocidade, v, de uma partícula, num


Instante t, é o valor para o qual tende a sua velocidade média, v ,
correspondente aos instantes t i e t f = t + ∆t , quando se consideram valores de
t f tão próximos de t quanto se queira imaginar, ou seja, usando-se uma
linguagem cientifica, dissemos que:

a velocidade v de uma partícula é o limite para o qual tende a sua velocidade


∆x
média, v = , quando o intervalo de tempo ∆t tende para zero:
∆t
∆x
v = lim
∆t →0 ∆t

em percorre sendo a sua velocidade média


2h 160 km 160km
= 80km / h
2h
1h 80 km 80km
= 80km / h
1h
30min 40 km 40km
= 80km / h
1/ 2h
15min 20 km 20km
= 80km / h
1/ 4h
7min30s 10 km 10km
= 80km / h
450 / 3600h
3min45s 5 km 5km
= 80km / h
225 / 3600h
↓ ↓ ↓
0 0 80km / h

Ora, quanto menor for o intervalo de tempo ∆t que se considere, menor será,
geralmente, o correspondente deslocamento ∆t sofrido pela partícula considerada, isto
∆x
é, ∆x tende para zero quando ∆t tende para zero. No entanto, o quociente não
∆t
tenderá, obrigatória mente, para zero, apesar de ∆t e ∆t tenderem simultaneamente
para zero. Para verificar isto, de forma objetiva, basta se considerar que um automóvel
que esteja viajando à razão de 80km por hora:

Neste caso, em que o corpo considerado se move com velocidade invariável


(movimento uniforme, como é usualmente denominada tal forma de movimento), a
velocidade média do corpo é constante, isto é, é independente do intervalo de tempo
At correspondente. Numa situação na qual a velocidade média do corpo considerado
for variável, isto é, depender do intervalo de tempo At correspondente, a seqüência de
∆x
valores deverá ir se aproximando de um valor bem determinado, quando
∆t
considerarmos valores de ∆t cada vez mais próximos de zero. Por exemplo,
suponhamos que de um certo ponto se deixe cair uma pedra e que 3,000 s após o
instante em que ela foi largada (isto é, no instante t = 3,000 s) ela esteja passando
precisamente no ponto 1.

Suponhamos mais que estejamos interessados na velocidade v da pedra no


instante exato em que ela estiver passando no ponto 1, isto é, no instante t = 3,000 s.
Para calcular tal velocidade vamos calcular as velocidades médias da pedra entre os
instantes t = 3,000 s e t f = t + ∆t , para valores de ∆t arbitrariamente escolhidos.
Efetuemos então uma série de experimentações, medindo em cada uma delas a
distância ∆x percorrida pela pedra em intervalos de tempo ∆t consecutivos ao
instante t = 3,000 s, isto é, a contar do instante em que a pedra passa pelo ponto 1, e
cada um deles menor que o anterior. No quadro abaixo estão tabelados os resultados
encontrados.

∆t ∆x
2,000 s 78,400000 m
1,000s 34,300000 m
0,100 s 2,989000 m
0,010 s 0,294500 m
0,001 s 0,294450 m

Dos valores tabelados acima podemos calcular as velocidades médias da pedra,


correspondentes a diversos intervalos de tempo consecutivos ao instante t = 3,000 s e
cada um deles menor que o anterior. No quadro abaixo estamos apresentando tais
valores.
.
∆t ∆x ∆x
v =
∆t
2,000 s 78,400000 m 39,200 m/s
1,000 s 34,300000 m 34,300 m/s
0,100 s 2,989000 m 29,890 m/s
0,010 s 0,294500 m 29,450 m/s
0,001 s 0,294450 m 29,050 m/s

Da observação do quadro acima vemos que à proporção que vamos reduzindo o


intervalo de tempo ∆t ao qual a velocidade média v é relativa, o valor de tal
velocidade média vai se aproximando de 29,4 m/s, ou seja: 29,4 m/s é o limite para o
∆x
qual tende a velocidade média da pedra, v = , quando ∆t tende para zero:
∆t

∆x
lim v = lim = 29, 4 m / s ≠ 0
∆t → 0 ∆ t →0 ∆t

Adaptado de “Mecânica” do Prof. L. P. Maia

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