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Art. 150 CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
I - EXIGIR ou AUMENTAR TRIBUTO sem LEI que o estabeleça;
• Apesar de a CF prever a legalidade apenas para EXIGIR ou AUMENTAR tributos, a legalidade também vale
para a EXTINÇÃO do tributo (isenção, remissão) e para a REDUÇÃO dele (redução de base de cálculo,
concessão de crédito presumido).
150, § 6.º CF Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal,
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou
contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
A ALTERAÇÃO (FIXAÇÃO) DA DATA DE PAGAMENTO DO TRIBUTO PODE SER FEITA POR ATO
INFRALEGAL?
• A DOUTRINA afirma que a data de pagamento do tributo deve também avocar a lei, pois não seria uma
mera questão administrativa para ficar ao alvedrio do Poder Executivo. MAGISTRATURA FEDERAL TRF 3ª
REGIÃO.
• O STF tem posição contrária uníssona a respeito desse assunto. Para essa Corte, o Poder Executivo detém
competência para expedir ato infralegal de fixação ou alteração de prazo de pagamento do tributo. CESPE,
ESAF, VUNESP etc.
• Sendo assim, os tributos que têm o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE MITIGADA são (alíquotas modificadas por
ato do PE):
o II
o IE
o IPI
o IOF
o CIDE – combustível
o ICMS – combustível
• Como é sabido, a MP é ato normativo de elaboração do Poder Executivo FEDERAL*, que se apropria do
poder de legislar em casos de RELEVÂNCIA e URGÊNCIA.
• O STF (ADI 425/02 e ADIN 812-9/93) admite que os Estados-Membros possam editar Medidas
Provisórias (Municípios e DF também), desde que se respeite o PRINCÍPIO DA SIMETRIA, ou seja, a
correspondente previsão do tema na Constituição do Estado, na Lei Orgânica do Município ou na Lei
Orgânica do DF.
IMPORTANTE:
• Onde a lei complementar versar, a medida provisória não irá disciplinar.
Art. 62 CF. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
III – reservada a lei complementar;
• Assim, os TRIBUTOS QUE DEPENDEM DE LEI COMPLEMENTAR não podem ser regrados por Medida
Provisória:
• IMPOSTOS SOBRE GRANDE FORTUNA (153, VII)
• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (148)
• IMPOSTO RESIDUAL (154, I)
• CONTRIBUIÇÃO SOCIAL-PREVIDENCIÁRIA RESIDUAL(195, § 4°)
o É importante saber que em SITUAÇÕES LIMÍTROFES, é necessário LEI COMPLEMENTAR ÓBVIA.
o É preciso decorar os artigos adstritos à LEI COMPLEMENTAR, expulsando deles a Medida Provisória. O
mais famoso da constituição que exige lei complementar é o 146.
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre CONFLITOS DE COMPETÊNCIA, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios;
II - regular as LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR;
III - estabelecer NORMAS GERAIS em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição,
a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno
porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições
previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de
arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado
que:
I - será opcional para o contribuinte;
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos
respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado
cadastro nacional único de contribuintes.
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual
objetivo.
ANTERIORIDADE x ANUALIDADE
• No sistema constitucional tributário atual, o princípio da anualidade tributária não encontra previsão.
• Em outros tempos (CF 46), o postulado tinha implicações na seara tributária, indicando que o tributo, para
ser exigido, precisaria constar da ANUAL e PRÉVIA LEI DO ORÇAMENTO.
• Atualmente, tal exigência não tem cabida.
IMPORTANTE
• Aumento de tributo, o princípio é suscitado.
• Redução de tributo, pronta incidência da lei tributária.
• De fato, apenas o contexto indicador de inequívoca onerosidade para o contribuinte avocará o princípio da
anterioridade.
• Curiosamente, o STF afasta o princípio da anterioridade nos casos de ALTERAÇÃO DE DATA DE
PAGAMENTO DO TRIBUTO (súmula 669), por acreditar que não há onerosidade suficiente.
SÚMULA 669 STF: NORMA LEGAL QUE ALTERA O PRAZO DE RECOLHIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO SE
SUJEITA AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE.
• Ver também a ADI 4016/08 em que o STF afastou o princípio quando se extinguiram descontos no IPVA,
pelo mesmo motivo, qual seja, não haver onerosidade bastante.
ADI 4016
1- O Tribunal, por maioria, indeferiu pedido de liminar formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada
pelo Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB contra o art. 3º da Lei 15.747/2007, que alterou dispositivos
da Lei 14.260/2003, ambas do Estado do Paraná, reduzindo e extinguindo descontos relativos ao pagamento do
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA (Lei 15.747/2007: “Art. 3º. Esta lei entrará em vigor
na data da sua publicação.”). Entendeu-se que a norma impugnada não ofende, em princípio, a regra da
anterioridade tributária, prevista no art. 150, III, b e c, da CF, porque não constitui aumento do imposto (CF: “Art.
150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:... III - cobrar tributos:... b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;”). ADI 4016 MC/PR, rel. Min. Gilmar Mendes,
1º.8.2008. (ADI-4016)
2- Considerou-se que, se até mesmo a revogação de isenção não tem sido equiparada pela Corte à instituição ou
majoração de tributo, a redução ou extinção de um desconto para pagamento do tributo sob determinadas
condições previstas em lei, como o pagamento antecipado em parcela única (à vista), também não o poderia.
Afastou-se, também, a assertiva de que qualquer alteração na forma de pagamento do tributo equivaleria a sua
majoração, ainda que de forma indireta, e reportou-se ao entendimento do Supremo de que a modificação do
prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade (Enunciado 669 da
Súmula). Asseverou-se, ademais, que deveriam ser levados em conta os argumentos apresentados nas
informações da Assembléia Legislativa e do Governador do Estado no sentido de que as alterações promovidas
pela Lei 15.747/2007 visariam propiciar o ajustamento de descontos do IPVA paranaense com o de outros Estados,
sem que tais mudanças importassem em aumento do valor total do tributo. Ressaltou-se, por fim, que, no caso do
IPVA, o art. 150, § 1º, da CF expressamente excetua a aplicação da regra da anterioridade na hipótese da fixação
da base de cálculo desse tributo, ou seja, do valor venal do veículo. Assim, se nem a fixação da base de cálculo do
IPVA estaria sujeita à incidência da regra da anterioridade, a extinção ou redução de um desconto condicional
para pagamento desse tributo poderia ter efeitos imediatos. Vencido o Min. Cezar Peluso que concedia a liminar
ao fundamento de que a hipótese nada teria a ver com isenção, porque esta seria objeto específico de uma norma
constitucional, e que a supressão ou redução de um desconto previsto em lei implicaria, automática e
aritmeticamente, aumento do valor do tributo devido, razão pela qual se haveria de observar o princípio da
anterioridade. Precedentes citados: RE 200844 AgR/PR ; RE 204062/ES. ADI 4016 MC/PR, rel. Min. Gilmar Mendes,
1º.8.2008.
RESSALVAS AO PRINCÍPIO
• Estão previstas no art. 150, § 1° CF.
• São duas listas de exceção: uma para anterioridade anual, outra para anterioridade nonagesimal.
LEGENDA
EXIGÊNCIA IMEDIATA RESPEITO A ANUAL RESPEITO A ANT. 90º
EXCEÇÕES
LEGALIDAD II IE IOF IPI CIDE-COM ICMS COM Atualização BC
E
A. ANUAL II IE IOF IPI CIDE-COM ICMS COM EMP. IEG
COMP
A. 90º II IE IOF IR IPTU (BC) IPVA (BC) EMP. IEG
COMP
• O dispositivo vale para contribuição da seguridade social, e não para outras (Ex: contribuições
profissionais; CIDES – para essas valerá a anterioridade comum, qual seja, anual e nonagesimal – 150, “b”
e “c”).
• Nesse comando se mencionam INSTITUIR ou MODIFICAR contribuição social previdenciária.
• O verbo “MODIFICAR” é interpretado pelo STF como uma alteração que representa INEQUÍVOCA
ONEROSIDADE para o contribuinte (inclusão de sujeito passivo, por exemplo).
• A simples alteração em data de pagamento do tributo (antecipação) não é interpretada pelo STF como
uma modificação que avoca a noventena, no âmbito das contribuições sociais.
• Relembre, por fim, que tal antecipação pode ser feita por ato infralegal, fugindo à reserva legal (STF).
SÚMULA 669 STF: NORMA LEGAL QUE ALTERA O PRAZO DE RECOLHIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO SE
SUJEITA AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE.
A EC 32 e o PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Art. 62 CF. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força
de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e
154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em
que foi editada.
• A MP que aumenta um imposto só produzirá efeitos no primeiro dia do exercício seguinte caso seja
convertida em lei.
• Curiosamente, há uma lista de ressalvas no dispositivo:
o II – 153, I
o IE – 153, II
o IPI – 153, IV
o IOF – 153, V
o IEG – 154, II
• Entende-se, assim, que uma MP, ao aumentar o imposto de importação (II), deverá ter pronta incidência,
sob pena de esvaziar o conteúdo do princípio da anterioridade, aplicável ao imposto. Teriam, assim,
aplicabilidade imediata a MP que versasse sobre (IMPOSTOS EXTRAFISCAIS):
o II
o IE
o IOF
o IEG
• A MP que versasse sobre o IPI teria que respeitar a ANTERIORIDADE NONAGESIMAL.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos;
• O Princípio da Isonomia é um SUPERPRINCÍPIO pois tem previsão em diversos pontos da CF.
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a IGUALDADE e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e
sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
• No período ditatorial (67 – 69) havia isenção de IR a determinadas pessoas (políticos, magistrados),
havendo assim um DESCRIME ARBITRÁRIO.
• Hoje me dia evoluímos para a PROIBIÇÃO DOS PRIVILÉGIOS ODIOSOS.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos;
• No art. 150, II, há uma ISONOMIA TRIBUTÁRIA RELATIVA pois:
o IGUAIS TRIBUTARIAMENTE serão igualmente tratados
o DESIGUAIS TRIBUTARIAMENTE serão desigualmente tratados, com base em suas dessemelhanças.
IMPORTANTE:
• No Direito Tributário, à luz da influência alemã (interpretação econômica ou teoria da consistência
econômica dos fatos), prevalece a INTERPRETAÇÃO OBJETIVA DOS FATOS GERADORES, sendo irrelevantes
os fatos externos ao aspecto material de incidência do tributo (bicheiros).
Art. 118 CTN. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: (INTERPRETAÇÃO OBJETIVA)
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
• A perfeita análise do princípio da isonomia requer uma investigação em outro postulado que daquele se
avizinha: PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (SUBPRINCÍPIO ou COLORÁRIO DO PRINCÍPIO DA
ISONOMIA).
IMPOSTOS x TRIBUTOS:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
• Segundo a CF, o princípio só vale para impostos.
GENERALIDADE:
• A generalidade prevê a incidência do IR sobre todas as PESSOAS.
• É um critério afeto à SUJEIÇÃO PASSIVA.
UNIVERSALIDADE:
• A universalidade prevê a incidência do IR sobre todas as RENDAS.
• Critério afeto à BASE DE CÁLCULO.
PROGRESSIVIDADE:
• Trata-se de uma PROGRESSIVIDADE FISCAL.
SELETIVIDADE
• Técnica de INCIDÊNCIA DE ALÍQUOTAS QUE VARIAM NA RAZÃO INVERSA DA ESSENCIALIDADE DO BEM.
• Quanto mais essencial for o bem, menor vai ser a alíquota do imposto seletivo. É exemplo de
EXTRAFISCALIDADE.
• Trata-se da DESISONOMIA SELETIVA:
o Buscar o tratamento desigual para os, de fato, desiguais, ou, ainda:
o As alíquotas variarão na razão direta da SUPERFLUIDADE / NOCIVIDADE
POR OUTRO
LADO
Essencialidad EM RAZÃO Nocividade
Alíquota Alíquota
e INVERSA menos
MENOR MAIOR
do bem essencial
• Nota-se que a seletividade permitirá a realização do princípio da capacidade contributiva em impostos que
são proporcionais.
• Lembre-se que a técnica de alíquota fixa pode provocar injustiça fiscal, e, no Brasil, isso se mostra pela
REGRESSIVIDADE em nosso sistema tributário: “QUEM GANHA MAIS, PAGA MENOS; QUEM GANHA MENOS,
PAGA MAIS”. Por essa razão a existência da seletividade.
• Na CF, destacam-se 2 IMPOSTOS SELETIVOS:
o ICMS – SELETIVIDADE FACULTATIVA
Art. 155 CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior;
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
ICMS IPI
• Poderá ser seletivo • “Será seletivo”
• Seletividade facultativa. • Seletividade obrigatória.
• É vedado aos entes tributantes cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos ANTES DA VIGÊNCIA
DA LEI.
EXEMPLO DE LESÃO:
• Lei cria taxa
• Publicação: 20-01-2008
• Regra: vigência 20-01-2008
• A lei traz uma regra: a lei deverá recair sobre fatos geradores a partir de 01-01-2008.
• Há um vício de irretroatividade.
• Relembrando: LEI -> FG.
LEI INTERPRETATIVA:
• Advérbio EXPRESSAMENTE e não implicitamente.
• Há a expressão “EM QUALQUER CASO”, que se contrapõe à parte final do inciso.
• A doutrina tenta compatibilizar o inciso mostrando que a lei interpretativa não poderá, a pretexto de
interpretar, prever a aplicação de uma penalidade / multa.
• Trata-se da chamada INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA, LEGAL ou LEGISLATIVA, isto é, aquela realizada pelo
próprio poder que edita a norma (PODER LEGISLATIVO).
• Como é sabido, cabe ao judiciário a função interpretativa-conclusiva, e não ao legislativo, sob pena de tal
lei, a pretexto de interpretar, conseguir modificar situações jurídicas já consolidadas no Poder Judiciário.
Daí haver as inúmeras críticas à interpretação autêntica. Ex: art. 3° da LC 118/05.
Art. 3º, LC 118/05: Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 –
Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por
homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1° do art. 150 da referida Lei.
• O STJ, analisando o dispositivo, afastou o rótulo de “lei interpretativa” para a LC 118/05, uma vez que seu
artigo 3° não veio interpretar, mas modificar uma situação preexistente. Sendo ela modificativa, sua
vigência é PROSPECTIVA.
2ª INFORMAÇÃO:
• O mais importante é saber que tal inciso só será aplicado se o ato não estiver definitivamente julgado.
• ALIOMAR BALEEIRO: enquanto o ato se mantiver pendente de julgamento, tanto na órbita
administrativa, quanto na órbita judicial, será possível a aplicação do inciso II do art. 106.
• Embora a doutrina divirja a respeito das órbitas supracitadas, o STJ seguiu a linha o BALEEIRO, mostrando,
em mais de um julgado, a indiferença quanto às esferas administrativa ou judicial.
IMPORTANTE:
Art. 144 CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha
instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades
administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de
atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva
lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.
• Memorizar que, em regra, será aplicada a lei do momento do fato gerador. É a pura aplicação do postulado
em estudo.
• Curiosamente, o legislador permitiu a aplicação da legislação contemporânea ao lançamento (e não ao
fato gerador), quando tal legislação tratar de aspectos procedimentais ligados à fiscalização tributária.
• Isso é bastante natural, uma vez que, os aspectos atinentes à substância da relação jurídica (alíquota)
serão extraídos da lei do momento do FATO GERADOR.
Caso prático: DECRETO MAJORADOR DO IPI PREVÊ INCIDÊNCIA IMEDIATA AO IMPOSTO, DEVENDO
O ATO NORMATIVO IRRADIAR EFEITOS APENAS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
• Lesões aos princípios da ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA (IPI – 90 dias depois) e UNIFORMIDADE TRIBUTÁRIA.
CUIDADO:
• Não se trata de qualquer tipo de “INCENTIVO FISCAL”, mas, no âmbito de uma justificada política de
fomento, de certos tipos de incentivos fiscais – aqueles que equilibrarão o desenvolvimento de diferentes
regiões brasileiras. Ex: ZONA FRANCA DE MANAUS, SUDENE, SUDAN etc.
P. da isonômica tributação da renda nos títulos da dívida pública e nos vencimentos dos
funcionários públicos
Art. 151. É vedado à UNIÃO:
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a
remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e
para seus agentes;
• O postulado refere-se ao IMPOSTO DE RENDA, cujas alíquotas devem ser uniformemente isonômicas, o
que torna o inciso um tanto prolixo. Existem 2 contextos:
1. O Imposto de Renda (alíquota) incidente sobre o salário do funcionário público não federal será o
mesmo do que aquele que incide sobre os proventos do servidor público federal.
2. O Imposto de Renda (alíquota) incidente sobre a renda de um título da dívida pública não federal
será o mesmo IR que incide sobre o rendimento de um título de dívida pública federal.
• Em aproximação com o direito internacional, a doutrina, o STF e as Bancas têm aceitado (aceito) um outro
exemplo de isenção heterônima.
• Entende-se que o TRATADO PODE VEICULAR ISENÇÃO DE TRIBUTO NÃO FEDERAL, porquanto a União,
perante o acordo celebrado, não se apresenta como pessoa jurídica de direito público interno, mas como
pessoa política internacional, em que o Presidente da República se apresenta como Chefe de Estado (e
não como Chefe de Governo).
• Tais palavras vieram no RE 229096/RS em agosto de 2007.
RE 229096: O Tribunal deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul que entendera não recepcionada pela CF/88 a isenção de ICMS relativa a mercadoria
importada de país signatário do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT, quando isento o similar nacional.
Discutia-se, na espécie, a constitucionalidade de tratado internacional que institui isenção de tributos de competência
dos Estados-membros da Federação — v. Informativo 137. Entendeu-se que a norma inscrita no art. 151, III, da CF
(“Art. 151. É vedado à União: ... III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios.”), limita-se a impedir que a União institua, no âmbito de sua competência interna federal, isenções de
tributos estaduais, distritais ou municipais, não se aplicando, portanto, às hipóteses em que a União atua como sujeito
de direito na ordem internacional. RE 229096/RS, rel. orig. Min. Ilmar Galvão, rel. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia,
16.8.2007.
RE 229096: EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 DO ACORDO
GERAL DE TARIFAS E COMÉRCIO. ISENÇÃO DE TRIBUTO ESTADUAL PREVISTA EM TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO
PELA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. ARTIGO 151, INCISO III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ARTIGO 98 DO
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE ISENÇÃO HETERÔNOMA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
CONHECIDO E PROVIDO. 1. A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio para as
mercadorias importadas dos países signatários quando o similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada
pela Constituição da República de 1988. 2. O artigo 98 do Código Tributário Nacional "possui caráter nacional, com
eficácia para a União, os Estados e os Municípios" (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão). 3. No direito internacional
apenas a República Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da
República), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente da República não
subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma
isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido.
Art. 98 CTN. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
serão observados pela que lhes sobrevenha.