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Dedicatória
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Índice
Glossário .........................................................................................................................09
Como usar este livro .......................................................................................................10
1. O que é pentecostalismo .............................................................................................11
1.1. Origens .....................................................................................................................11
1.2. Fases ........................................................................................................................13
1.3. Biografia dos primeiros pentecostais .......................................................................14
1.3.1. Charles Fox Parhan ...............................................................................................14
1.3.2. William Joseph Seymour ......................................................................................15
1.3.3. William H. Durhan ...............................................................................................15
1.3.4. Gunnar Vingren e Daniel Berg..............................................................................16
1.3.5. Louis Francescon ..................................................................................................18
2. Doutrina e prática pentecostal e a Bíblia ....................................................................18
2.1. A Trindade ...............................................................................................................19
2.1.1 A Trindade no Pentecostalismo .............................................................................20
2.1.2. A Trindade na Bíblia ............................................................................................20
2.1.2.1. O Pai ..................................................................................................................21
2.1.2.2. O Filho ...............................................................................................................22
2.1.2.3. O Espírito Santo .................................................................................................24
2.1.3. Reflexões ..............................................................................................................25
2.2. A Bíblia ....................................................................................................................25
2.2.1. Bíblia pentecostal .................................................................................................25
2.2.2. A Bíblia e a Bíblia ................................................................................................25
2.2.2.1. Revelação ...........................................................................................................27
2.2.2.2. Inspiração ...........................................................................................................29
2.2.2.3. Preservação ........................................................................................................30
2.2.2.4. Interpretação ......................................................................................................37
2.2.2.5. Aplicação ...........................................................................................................39
2.2.3. Reflexões ..............................................................................................................40
2.3. Salvação ...................................................................................................................42
2.3.1. Salvação pentecostal .............................................................................................43
2.3.2. Salvação bíblica ....................................................................................................44
2.3.2.1. Imperdível ..........................................................................................................45
2.3.2.2. Argumentos bíblicos ..........................................................................................50
2.3.2.3. Argumentos respondidos ...................................................................................51
2.3.2.3.1. Proposições .....................................................................................................51
2.3.2.3.1.1. Incentivo a pecar ..........................................................................................51
2.3.2.3.1.2. Alguns deixam de ser crentes ......................................................................53
2.3.2.3.1.3. Ao que vencer ..............................................................................................53
2.3.2.3.1.4. O pecado imperdoável .................................................................................54
2.3.2.3.1.5. Cair da graça ................................................................................................55
2.3.2.3.2. Passagens ........................................................................................................56
2.3.2.3.2.1. Ezequiel 18:24 .............................................................................................56
2.3.2.3.2.2. Mateus 7:21-23 ............................................................................................57
2.3.2.3.2.3. Mateus 8:11,12 ............................................................................................58
2.3.2.3.2.4. Mateus 13:21 ...............................................................................................59
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Prefácio
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Introdução
Já fazia alguns meses que eu sentia vontade de escrever, sobre este tema,
este trabalho inicialmente teria outro título, mas fui persuadido a trocá-lo, o título atual
é Deus quer o pentecostalismo? Título este, sugerido por um amigo, e irmão em Cristo,
Henrique; o que justificaram este escrito foram os mandamentos do Senhor em ensinar
todas as coisas e de guardar a doutrina: “porque nunca deixei de vos anunciar todo o
conselho de Deus.” (At 20:27), ou seja, todo o conselho engloba toda a Bíblia:
“ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28:20). Este foi o
segundo livro, que eu comecei a escrever, mas é o terceiro a eu terminar, enquanto
escrevia iria abordar uma matéria, enquanto estudava sobre ele dei uma pausa no
fazimento deste livro e escrevi outro, o terceiro, que é sobre a salvação, e um, quarto,
sobre a oração, mas ainda não conclui, agora passarei a terminá-lo. Este não foi o
trabalho mais agradável de escrever, já que traz repreensões a muitos irmãos, mas é um
trabalho necessário.
O público, deste volume, é o povo batista, o propósito é identificar males
doutrinários que solapam a igreja, do século XXI, uma igreja que é rica, portentosa e
esqueceu o seu Senhor fora dela (Ap 3:20), em contraposição a com a conduta de uma
igreja e crentes corretos, os quais obedecem ao mandamento: “tem cuidado de ti mesmo
e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti
mesmo como aos que te ouvem.” (I Tm 4:16). O objetivo da igreja é ser o braço do
Senhor Jesus na terra, o seu intuito é continuar o trabalho do Senhor, jamais mudá-lo, as
tarefas dadas à igreja estão na grande comissão, pois assim disse o Senhor Jesus Cristo:
“e disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16:15),
“portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Amém.” (Mt 28:19,20).
Como está claro, as atividades são pregar e ensinar, pregar o evangelho
para que as pessoas creiam no Filho de Deus, e depois de ter crido nEle possa conhecê-
lO cada dia, e cada vez mais, a finalidade é que o agora crente possa confiar em seu
Senhor, amá-lO e obedecê-lO, para isso há a necessidade do ensino; fica uma pergunta,
que evangelho? A cada dia aparecem novos evangelhos, o que é bem natural, novas
doutrinas, inclusive novos “cristos”: “mas o Espírito expressamente diz que nos últimos
tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas
de demônios;” (I Tm 4:1), é o evangelho de Cristo: “porque não nos pregamos a nós
mesmos, mas a Cristo Jesus, o SENHOR; e nós mesmos somos vossos servos por amor
de Jesus.” (II Co 4:5), “mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes
pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” (I Co 1:24). A tradução
bíblica usada é a Almeida Corrigida Fiel, por usar os Textos bíblicos preservados,
chamados Textos Tradicionais Canônicos.
Robert Santos
Outubro de 2009.
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(O autor é brasileiro, crente no Senhor Jesus como Salvador dele, convertido há 18 anos, é batista de linha
fundamentalista, email professorobert@yahoo.com).
Glossário
cf - compare
d.C - depois de Cristo
Pronome pessoal em maiúscula sempre se refere ao Senhor
Verso(s)-texto significa a passagem bíblica principal do tópico
V(s) - verso(s)
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Para melhor compreensão de como usar este livro seguem algumas dicas:
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1. O que é pentecostalismo
1.1. Origens
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do pentecostalismo deu-se no século XX, Em termos de data, foi em 1901: “as igrejas
pentecostais originaram-se no EUA, a partir de reuniões, para falar em línguas
estranhas, que ocorreram numa escola bíblica em Topeka, Kansas, em 1901, e em uma
igreja de Los Angeles em 19064”, este é chamado de pentecostalismo clássico:
O Pentecostalismo clássico é o que começou em 1901 entre cristãos que se reuníam na rua
Azusa em Los Angeles, EUA e simultaneamente em vários outros lugares na América do
Norte. É a maior corrente pentecostal entre todas as demais, pois está conformada por
organizações religiosas que se formaram naqueles anos e mantém manifestações espirituais
e doutrinas similares5.
No Colégio Bíblico Betel, escola cujo professor era Parham:
Em primeiro de Janeiro de 1901 os alunos deste colégio estavam estudando a obra do
Espírito Santo, e uma das alunas, Agnes Osman, pediu aos seus colegas que lhe
impusessem as mãos para que ela recebesse o Espírito. Ela falou em línguas, e mais tarde,
outros estudantes falaram em línguas também. Parham abriu outra escola em 1905, na
cidade de Houston, Texas. Foi de lá que William J. Seymour, um aluno negro, ao receber o
mesmo dom, tornou-se mais tarde o líder de uma missão no numero 312 da Rua Azusa em
Los Angeles, no ano de 19066.
Inicialmente eles tinham a preocupação de provar que aquelas línguas,
faladas por eles, eram línguas humanas faladas por algum povo:
Um dos aspectos mais interessantes dos eventos no Colégio Bíblico Betel foi a tentativa dos
participantes de provar que suas “línguas” eram na verdade línguas faladas. Eles achavam
que, de acordo com a Palavra de Deus, o dom de “falar em línguas” era a habilidade que
um indivíduo tinha de falar numa língua que lhe era desconhecida para comunicar o
Evangelho na língua de quem estivesse ouvindo. Tal tentativa cessaria muito cedo, pois
aqueles que “falavam em línguas” não conseguiam produzir nenhuma evidência de que
aquelas assim chamadas línguas, não eram nada mais do que uma linguagem sem sentido e
obscura7.
A posterior manisfestação do pentecostalismo, que saiu de Topeka para
Los Angeles, foi devido a atuação de um homem, William J. Seymour:
O movimento pentecostal de hoje traça seus vestígios da sua comunidade a uma reunião de
oração no Colégio Bíblico Betel em Topeka, Kansas em 1° de janeiro de 1901. Ali, muitos
chegaram à conclusão de que falar em línguas era o sinal bíblico do Batismo no Espírito
Santo. Charles Parham, o fundador desta escola, que mais tarde passaria a Houston, Texas.
Apesar da segregação racial em Houston, William J. Seymour, um pregador negro, foi
autorizado a assistir a aulas bíblicas de Parham. Seymour viajou para Los Angeles, onde
sua pregação provocou o Avivamento da Rua Azuza em 1906. Apesar do trabalho de vários
grupos wesleyanos avivalistas, como Parham e D. L. Moody, o início do movimento
pentecostal difundido nos Estados Unidos, é geralmente considerado como tendo começado
com Seymour no avivamento da rua Azusa.
O avivamento na rua Azuza foi o primeiro avivamento pentecostal a receber atenção
significativa, e muitas pessoas, de todo o mundo, tornaran-se atraída pora ele. A imprensa,
de Los Angeles, deu muita atenção ao aviamento de Seymour, o que ajudou a alimentar o
seu crescimento. Um número de novos grupos menores iniciou-se, inspirado nos
acontecimentos deste avivamento. Os visitantes internacionais e missionários pentecostais
acabariam por trazer estes ensinamentos para outras nações, de modo que praticamente
todas as denominações pentecostais clássicas hoje traçam suas raízes históricas no
avivamento da rua Azusa8.
A Rua Azusa, que é importantíssima para o pentecostalismo, pois:
Pode-se dizer que a Missão da rua Azusa é a mãe do pentecostalismo mundial. Essa missão
chamava-se Missão Apostólica da Fé. Este nome durou até 1914 quando foi mudado para
Assembléia de Deus. Muitos jovens pregadores e aspirantes a pregadores iam ter com
William J. Seymour para receber os dons. Foi assim que Gunnar Vingren e Daniel Berg, os
4
Enciclopédia Delta Universal, p. 6230:
5
El Movimiento Pentecostal, Lección 11, Editorial Cristiana de las Asambleas de Dios (1999), p. 44
6
Stefano, p. 46
7
Hanegraaff, Hank. Counterfeit Revival, Word Publishing, Dallas, TX. 1997, p. 57
8
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo. Acesso em 15.09.2009
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1.2. Fases
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batismo do Espírito Santo no momento da conversão e não como segunda bênção seguida
de dons de línguas.
Segundo SOUSA (2007), entre as igrejas da primeira onda encontra-se a Missão
Evangélica Pentecostal do Brasil, fundada em Manaus em 1939, de origem americana, mas
que atualmente atua de forma independente, com direção nacional e credo baseado no
Pentecostalismo Clássico, de característica moderada quanto à questão de usos e costumes.
A segunda onda começou a surgir na década de 1950, quando chegaram a São Paulo dois
missionários norte-americanos da International Church of the Foursquare Gospel. Na
capital paulista, eles criaram a Cruzada Nacional de Evangelização e, centrados na cura
divina, iniciaram a evangelização das massas, principalmente pelo rádio, contribuindo
bastante para a expansão do pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundaram a Igreja do
Evangelho Quadrangular. No seu rastro, surgiram Igreja Pentecostal Unida do Brasil, O
Brasil para Cristo, Igreja Pentecostal Deus é Amor, Casa da Bênção, Igreja Unida, Igreja de
Nova Vida e diversas outras igrejas pentecostais menores como a Igreja Presbiterial
Pentecostal dentre outras.
A terceira onda, chamada de Neo-Pentecostalismo, teve início na segunda metade dos anos
1970. Fundadas por brasileiros, as mais antigas são a Igreja Universal do Reino de Deus
(Rio de Janeiro, 1977), liderada pelo bispo Edir Macedo, e a Igreja Internacional da graça
de Deus (Rio de Janeiro, 1980), liderada e fundada pelo missionário R. R. Soares, ambas
presentes na área televisiva com seus televangelistas. Posteriormente, temos o surgimento
da Renascer em Cristo (Sao Paulo, 1986) e da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra
(Brasília, 1992). De um modo geral, utilizam intensamente a mídia eletrônica e aplicam
técnicas de administração empresarial, com uso de marketing, planejamento estatístico,
análise de resultados etc. Algumas pregam a Teologia da Prosperidade, pela qual o cristão
está destinado à prosperidade terrena, rejeitando os tradicionais usos e costumes austeros
dos pentecostais. O neopentecostalismo constitui a vertente pentecostal mais influente, a
que mais cresce e também a mais liberal em questões de costumes11.
11
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo Acesso em 15.09.2009
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Nasceu em Vargon, na Suécia, num lar genuinamente cristão. Logo aos 17 anos, fez sua
primeira viagem para os Estados Unidos, em 1902; isto porque a Suécia passava por uma
crise financeira muito séria. Ao final de oito anos voltou de passagem à Suécia. Nesta
ocasião ao visitar a casa de seu melhor amigo, soube que ele era agora um pregador do
Evangelho numa cidade próxima. Ao visitá-lo, em sua igreja, ouviu pela primeira vez sobre
o batismo no Espírito Santo. Depois do culto, conversaram bastante sobre esta doutrina o
que fez com que Daniel Berg saísse dalí convicto, e buscando o seu batismo no Espírito
Santo. Ainda no caminho de volta para a América ele recebeu o bastismo e decidiu-se
definitivamente em dedicar sua vida ao Senhor.
Durante uma conferência em Chicago, ele conheceu seu futuro companheiro nas missões, o
sueco Gunnar Vingren, que estava recém formado num Instituto Bíblico e desejoso de ser
um missionário. Ambos, cheios do poder pentecostal, passaram a buscar do Senhor o seu
direcionamento para suas vidas. Certo dia, o dono da casa que Gunnar Vingren morava teve
um sonho e tinha visto o nome Pará e foi-lhe revelado que seria uma orientação para
aqueles jovens. Logo descobriram que Deus os chamava para o Brasil. Apesar do pouco
entusiasmo da igreja, e de nenhuma promessa de ajuda financeira, ambos foram separados
para serem missionários no Brasil, cheios de convicção da parte de Deus.
A última e grande confirmação da parte de Deus, foi quando o Senhor pediu a Vingren que
desse 90 dólares, exatamente o valor que eles tinham para a viagem, para um jornal
pentecostal. Eles, em obediência, o fizeram. Porém, extraordinariamente o Senhor os
devolveu o exato montante, usando um irmão em outra cidade, que foi revelado por Deus
para tal. Berg e Vingren partiram para o Brasil no dia 5 de Novembro de 1910. Durante a
viagem, eles já puderam experimentar um pouquinho o que seria o seu campo, e alí mesmo
se converteu a primeira alma para Jesus, desde que eles foram separados como
missionários. Então, no dia 19 do mesmo mês chegaram à cidade de Belém do Pará...
Daniel Berg passou para o Senhor em 1963, e mesmo enfermo num hospital, saía de um a
outra enfermaria entregando literatura e orando pelos que se entregavam18.
Duas observações precisam ser feitas Vingren foi excluído da igreja da
qual era pastor, a outra é que Daniel Berg também o foi; agora continuando o relato da
vinda e atividade deles, no Brasil, mostrando as estratégias usadas etc.:
Em 19 de Novembro de 19l0 chegaram ao Brasil dois pastores. O primeiro era Gunnar
Vingren, um ex-pastor batista que fora excluído do ministério pela igreja batista de
Michigan. O segundo era Daniel Berg que também fora excluído da comunhão batista.
Depois de receberem os dons de William Seymour, e para atender a um sonho de um irmão
chamado Adolf Uldin, vieram para o Brasil. Chegando em Belém do Pará se apresentaram
a Eurico Nelson, um missionário batista no Amazonas. Identificando-se como batistas,
ofereceram-se para ajudar no trabalho e pediram hospedagem.
Como não tinham carta de recomendação, e nem podia ter, pois eram excluídos, o
missionário deixou-os usar o porão da igreja como casa. Logo depois Eurico Nelson
precisou viajar para o sul. Essa viagem deu oportunidade para que os dois recém chegados
pedissem ingresso na igreja, declarando-se membros de uma igreja nos Estados Unidos.
Vingren declarou sua condição de pastor e a igreja recebeu-os com alegria. Como não
sabiam falar português e nem os membros inglês, com exceção de um, tudo ficou muito
fácil. Nota-se certa desonestidade em como eles conseguiram a entrada na igreja. Primeiro
que não falaram que eram membros excluídos. Depois porque não esperaram a volta do
pastor titular que, naquele tempo, tinha que fazer a viagem de Belém do Pará ao sul de
navio, e levaria meses para voltar.
Os dois foram mais desonestos ainda quando começaram a fazer cultos no porão da igreja.
Só alguns membros eram convidados e as reuniões começavam após o término dos cultos
regulares da igreja. Nessas reuniões havia estranhas línguas e estranhos ruídos. Alguns
membros da igreja começaram a adotar as idéias dos falsos irmãos. Aumentando o número
e chegando ao ponto de haver manifestações pentecostais numa reunião de oração da igreja,
o evangelista Raimundo Nobre convocou, com o apoio da maioria dos diáconos, uma
sessão extraordinária, e os adeptos de Vingren e Berg foram excluídos. Ao todo foram treze
pessoas excluídas. (dezenove segundo o MP 06-96).
No meio deles estava o moderador da igreja, substituto direto de Eurico Nelson, José
Plácito da Costa, homem culto e o provável tradutor das mensagens pentecostais nas
18
http://www.sepoangol.org/berg.htm Acesso em 15.09.2009
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reuniões do porão. A igreja contava com 170 membros, assim, é estranho que o historiador
pentecostal, Emilio Conde, diga que a minoria excluiu a maioria. Vingren e Berg não
pararam por aí. Continuaram a fazer o trabalho de proselitismo dentro das igrejas batistas.
Percorreram o Brasil inteiro na busca de novas renovações. Pode-se dizer que em muitos
casos foram bem sucedidos. O próprio Vingren afirma em seu diário que: Por onde íamos,
buscávamos nas igrejas e nas casas dos batistas infundirem o novo batismo. Este novo
batismo constituía de doar aos crentes já convertidos o dom de línguas.
Nisso Vingren também entra em contradição na questão dos dons de língua. Ele
considerava-se o doador dos dons de línguas a muitos crentes. Pois bem. Na página 34 de
seu diário ele relata: Agora com esforço começamos a estudar a língua, e durante esse
tempo participamos dos cultos da igreja Batista. Por não termos dinheiro para pagar as
aulas, Daniel teve de conseguir um emprego na fundição. Ali ele trabalhava de dia,
enquanto eu estudava o idioma. Depois eu lhe ensinava de noite o que aprendera de dia.
Assim, com esforço aprendemos o português. Esse foi o mesmo erro de Fancescon. Que
dom era esse que não foi usado para o fim que a Bíblia deixou, pois, em Atos 2, diz que as
línguas faladas pelos apóstolos coincidia com a necessidade de cada ouvinte; romano ouvia
em latim. Grego em grego. E nenhum dos apóstolos tiveram que entrar na escola para
aprender idioma nenhum. Em 1911 os dois fundaram a missão de fé apostólica que
posteriormente mudou-se de nome para assembléia de Deus. Cresceram muito após a
década de 50 e são hoje o maior grupo de pentecostais no Brasil chegando a mais de três
milhões de adeptos19.
19
Stefano, p. 46
20
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Francescon Acesso em 15.09.2009
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(Dt 8:2; 13:1-5; Sl 66:10; 81:7; Is 8:20; Jr 5:31; 29:8,9; Mt 7:15,16; 18:7; 23:15;
24:4,5,23-26; Mc 13:21; Lc 2:35; 12:57; 17:1; 21:8; At 13:10; 20:29,30; Rm 2:24;
16:18,19; I Co 14:20,29; II Co 2:17; 4:2; 11:3,4,13-15,19;13:5-7; Gl 3:1; Ef 4:14; Cl
2:4-8; I Ts 5:21; II Ts 2:11; I Tm 1:19,20; 4:1,2,7; 6:5; II Tm 2:17,18; 3:13; 4:3,4; Tt
3:10; Hb 13:9; II Pd 2:1-3,18; I Jo 2:18,19,26; II Jo 1:7; Jd 1:4-16; Ap 2:2).
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já
muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (I Jo 4:1).
2.1. A Trindade
(Gn 1:26; 3:22; Is 6:3,8; 11:2,3; 42:1; 48:16; 61:1-3; 63:9-10; Mt 1:18,20; 3:11; 12:28;
28:19; Lc 1:35; 3:22; 4:1,14; Jo 1:32,33; 3:34,35; 7:39; 14:16,17,26; 15:26; 16:7,13-15;
20:22; At 1:2,4,5; 2:33; 10:36-38; Rm 1:3,4; 8:9-11,26,27; I Co 2:10,11; 6:19; 8:6;
12:3-6; II Co 1:21,22; 3:17; 5:5; 13:14; Gl 4:4,6; Cl 2:2; II Ts 2:13,14,16; I Tm 3:16; Tt
3:4-6; Fl 1:19; Hb 9:14; I Pd 1:2; 3:18; I Jo 5:6,7; Ap 4:8).
21
Zodhiates, Spiros. The Complete Wordstudy Dictionary: New Testament, AMG Publishers, 2003, p. 98
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“E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando
ele, o céu se abriu; e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como
pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me
comprazo.” (Lc 3:21,22).
Esta seção visa estudar as três Pessoas da Trindade, não visa estudar a
doutrina da Trindade e sim cada uma das três Pessoas, embora de modo bem
introdutório, mas o suficiente para distinguir o ensino bíblico do ensino humano, os
versos acima falam das três Pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
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14:26; Gl 1:12; I Jo 2:20), Santificador (Hb 2:11; I Pd 1:2; Jd 1:1), Santo (At 3:14; I Jo
2:20; Ap 4:8; 15:4), Supridor de ministros para a igreja (Jr 26:5; Mt 10:5; At 13:2;
20:28 Ef 4:11), Trabalhador na salvação (II Ts 2:13,14; Tt 3:4-6; I Pd 1:2), Verdadeiro
(Jo 7:28; Ap 3:7).
2.1.2.1. O Pai
“Porque o SENHOR Altíssimo é tremendo, e Rei grande sobre toda a terra.” (Sl 47:2).
Página 21
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de
toda a injustiça.” (I Jo 1:9), (cf Sl 138:2; 146:6; Is 11:5; 25:1; 42:16; 44:21; 49:7,16;
51:6,8; 54:9,10; 65:16; Jr 29:10; 31:36,37; 32:40; 33:14,20,21,25,26; 51:5; Lm 3:23; Ez
16:60,62; Dn 9:4; Os 2:19,20; Mq 7:20; Ag 2:5; Zc 9:11; Mt 24:34,35; Lc 1:54,55,68-
73; Jo 8:26; At 13:32,33; Rm 3:3,4; 11:1,2,29; 15:8; I Co 1:9; 10:13; II Co 1:20; I Ts
5:24; II Tm 2:13,19; Tt 1:2; Hb 6:10,13-19; 10:22,23,37; I Pd 4:19; II Pd 3:9).
Juiz: “se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não o considerará
aquele que pondera os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma?
Não dará ele ao homem conforme a sua obra?” (Pv 24:12), (cf Gn 16:5; 18:20,21,25;
Ex 20:5; 34:7; Nm 16:22; Dt 10:17; 32:4,35; Js 24:19; Jz 9:56,57; 11:27; I Sm 2:3,10;
24:12,15; II Sm 14:14; 22:25-27; Sl 18:25,26; I Rs 8:32; I Cr 16:33; II Cr 6:22,23; 19:7;
Ne 9:33; Jó 4:17; 8:3; 9:15,28; 21:22; 23:7; 31:13-15; 34:10-12,17,19,23; 35:14;
36:3,19; 37:23; Sl 7:8,9,11; 9:4,7,8; 11:4,5,7;), Soberano: “o SENHOR tem estabelecido
o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.” (Sl 103:19), (cf Jó 41:11; Sl
10:16; 22:28,29; 24:1,10; 29:10; 44:4; 47:2,3,7,8; 50:10-12; 59:13; 65:5; 66:7; 67:4;
74:12; 75:6,7; 76:11,12; 82:1,8; 83:18; 89:11,18; 93:1,2; 95:3-5; 96:10; 97:1,2,5,9;
98:6; 99:1; 103:19; 105:7; 113:4; 115:3,16; 135:5,6; 136:2,3; 145:11-13; 146:10; Is
52:7; Ec 9:1; Is 24:23; 33:22; 37:16; 40:22,23; I Co 10:26), Inescrutável: “não sabes,
não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa
nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento.” (Is 40:28), (cf Jó 11:7; 37:23; Sl
145:3; Rm 11:33).
É óbvio que tem muito mais de Deus, tanto do Seu caráter, quanto dos
Seus atributos, e natureza, para falar, mas esta obra é bem introdutória no assunto, os
atributos abordados são os que têm relação mais direta com o tema deste livro.
2.1.2.2. O Filho
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Deus quer o pentecostalismo?
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
de Deus, e também intercede por nós.” (Rm 8:34), (cf Is 53:12; Jo 16:23,26,27; 17:20-
24; Hb 4:14,15; 7:25; I Jo 2:1).
“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses
ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para
ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração?
Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (At 5:3,4).
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Deus quer o pentecostalismo?
sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por
nós com gemidos inexprimíveis.” (Rm 8:26), ensina (Lc 12:12; Jo 14:26), habita no
crente (Jo 7:37-39; 14:6,16,17; Rm 8:9; I Co 2:12; 3:16; 6:19; I Jo 3:24), guia na
verdade (Jo 16:13), regenera o crente (Jo 3:3-7; Tt 3:5; Tg 1:18; I Pd 1:23), batiza o
crente no corpo de Cristo (Rm 6:3,4; I Co 12:13; Gl 3:27; Ef 4:4,5; Cl 2:12), enche o
crente (Lc 1:15,41,67,68; 4:1; Jo 7:38,39; At 4:8,31;2:4; 6:3;7:54,55; 9:17,20;
13:9,10,52; Ef 5:18-20), possibilita todas as formas de comunhão com Deus (At 2:11;
Rm 8:26,27; Fl 3:3; Ef 5:18-20; 6:8; Jd 20), equipa para o trabalho (Sl 36:9; Jo
16:13,14; I Co 12:1-14; I Tm 1:5).
2.1.3. Reflexões
2.2. A Bíblia
(Ex 3:9; 19:9; Dt 4:2,5,6; 8:3; Js 1:8; 3:9; II Sm 22:31; I Cr 16:15; II Cr 15:3; Jó 22:22;
23:12; Sl 1:2; 12:6; 17:4; 19:7-11; 119:138,140-148; Pv 6:20-23; Ec 5:1; 12:10,11; Is
2:3; 8:16,20; 28:13; Jr 8:9; 15:16; 22:29; Ez 3:3-10; Dn 12:4,9; Am 8:11-13; Mq 2:7;
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Hc 2:2; Zc 7:7; Mt 5:17; 7:24,25; Mc 4:20; 13:33; Lc 13:21; Jo 8:31,32; 10:35; 20:31;
At 10:15; Rm 15:4; 16:26; I Co 2:13; 7:6; Ef 1:12,13; 3:3-5; Fp 2:16; Cl 1:5; 3:16; I Ts
2:13; I Tm 1:5; II Tm 3:16,17; I Jo 5:13; Jd 1:3,17; Ap 22:18,19).
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de
dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hb 4:12).
O que a Bíblia ensina dela mesma? Esta é a razão desta seção falar o
ensino bíblico da Escritura, começando pelo o que ela é, a Bíblia se chama, por diversas
vezes, de Palavra de Deus, por quase duas mil vezes aparece, no Velho Testamento,
assim diz o Senhor e suas equivalentes, e a própria Bíblia se chama de Palavra de Deus
outras várias vezes: “com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o
conforme a tua palavra.” (Sl 119:9), “escondi a tua palavra no meu coração, para eu
não pecar contra ti.” (Sl 119:11), “mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem
a palavra de Deus e a guardam.” (Lc 11:28), “manifestei o teu nome aos homens que
do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.” (Jo 17:6),
“dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu
não sou do mundo.” (Jo 17:14), “santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a
verdade.” (Jo 17:17), “tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito,
que é a palavra de Deus;” (Ef 6:17).
Ela reivindica ser a Palavra de Deus e prova que é por diversas vezes e de
várias maneiras, o primeiro aspecto, que chamo atenção, é o da unidade, a Bíblia foi
escrita por aproximadamente 1.600 anos em diversos lugares distintos e por cerca de 40
escritores, muitos dos quais não se conheceram, embora fossem contemporâneos, foi
escrita sob a influência cultural de alguns povos, mas jamais traz tais influencias ao
Texto, que se fossem anotados trariam conhecimentos, por exemplo, científico, da
época, mas não o faz assim, pelo contrário traz ensinos diretos da parte de Deus em
desprezo ao que se cria a sociedade da época, um exemplo claro disso é o de Moisés: “e
Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e
obras.” (At 7:22), que mesmo sendo instruído na ciência, costume e cultura egípcia não
traz isso para os escritos bíblicos, e apesar de todo o contraste entre os escritores, épocas
e culturas a Bíblia é unânime, sem contradição, perfeita, o que é um verdadeiro milagre.
Segundo as profecias, ou seja, a Bíblia prediz um evento antes, muito
antes, que ele aconteça, o que evidencia atuação sobre humana, pois os seres humanos
têm sua visão, em termos de futuro, totalmente bloqueadas, o que são feitos são
previsões, mas Deus, por Sua Palavra, faz a predição precisa e específica: “Quem
anunciou isto desde o princípio, para que o possamos saber, ou desde antes, para que
digamos: Justo é? Porém não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste, nem
tampouco quem ouça as vossas palavras.” (Is 41:26), (cf Is 41:22; 43:9; 44:7; 45:21).
São muitas as profecias cumpridas pelo Senhor Jesus, serão utilizadas apenas algumas
para ilustração: lugar de nascimento (Mq 5:2 cf Mt 2:1), nascimento virginal (Is 7:14 cf
Mt 1:18), a bebida na cruz (Sl 69:21 cf Mt 27:48), Sua ressurreição (Sl 16:10 cf At
13:35). Várias profecias sobre Israel, em especial, sobre a sua indestrutibilidade (Gn
12:1-3; 15:5; Lv 26:44; Is 11:11,12; Jr 30:11; 31:35,36; 46:28; Ez 37:21; Mt 24:34; Rm
11:1-5,25-32). Durante o reino de Jeroboão, rei em Israel, houve uma profecia referente
a um futuro rei e ele foi chamado pelo nome, conforme o seguinte relato:
E eis que, por ordem do SENHOR, veio, de Judá a Betel, um homem de Deus; e Jeroboão
estava junto ao altar, para queimar incenso. E ele clamou contra o altar por ordem do
SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de
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Deus quer o pentecostalismo?
Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que sobre ti
queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti. (I Rs 13:1,2).
Agora o texto seguinte relata o cumprimento:
E também o altar que estava em Betel, e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, com que
tinha feito Israel pecar, esse altar derrubou juntamente com o alto; queimando o alto, em pó
o esmiuçou, e queimou o ídolo do bosque. E, virando-se Josias, viu as sepulturas que
estavam ali no monte; e mandou tirar os ossos das sepulturas, e os queimou sobre aquele
altar, e assim o profanou, conforme a palavra do SENHOR, que profetizara o homem de
Deus, quando anunciou estas palavras. (II Rs 23:15,16).
O acontecimento foi profetizado mais de três séculos antes e aconteceu
exatamente como fora profetizado, para mostrar que só Alguém, que está fora do tempo,
pôde inspirar o profeta, só poderia ser Ele mesmo, o Deus Todo-Poderoso, por isso, Ele
pode garantir o cumprimento de toda profecia (Ez 12:22-25,28; Hc 2:3; Mt 5:18; 24:35;
At 13:27,29). Terceiro a precisão científica, embora a Bíblia não seja um livro para
ensinar conhecimento geral e sim o caminho de volta a Deus, e a vontade de Deus, para
o homem, quando ela trata de um assunto científico ela é exata, por exemplo, a Terra é
redonda: “Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são
para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola
como tenda, para neles habitar;” (Is 40:22), suspensa sobre o nada: “o norte estende
sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada.” (Jó 26:7), e não cai, pois é sustentada
pela ordem do Senhor Jesus: “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa
imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da
majestade nas alturas;” (Hb 1:3).
Várias outras menções científicas podem ser colocadas, por exemplo, a
que o ar tem peso: “quando deu peso ao vento, e tomou a medida das águas;” (Jó
28:25), a existência do fuso horário: “assim será no dia em que o Filho do homem se há
de manifestar. Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não
desça a tomá-las; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás.” (Lc
17:30,31), “digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e
outro será deixado.” (Lc 17:34), ué será de dia ou de noite? A resposta é que será de dia
em certa parte do planeta e de noite em outro, essas são lições tão somente para
exemplificar, pois a Bíblia traz muito mais fatos científicos! Ela é chamada de Boa
Palavra de Deus (Hb 6:5), Escrituras (I Co 15:3), Escrituras da Verdade (Dn 10:21),
Espada do Espírito (Ef 6:17), Lei do SENHOR (Sl 1:2; Is 30:9), Livro (Sl 40:7; At
22:19), Livro da Lei (Ne 8:3; Gl 3:10), Livro do SENHOR (Is 34:16), Palavra (Tg 1:21-
23; I Pd 2:2), Palavra de Cristo (Cl 3:16), Palavra de Deus (Lc 11:28; Hb 4:12), Palavra
da Verdade (II Tm 2:15; Tg 1:18), Palavra da Vida (Fp 2:16), Palavras de Deus (Ex
24:4; Rm 3:2; I Pd 4:11), Santas Escrituras (Rm 1:2; II Tm 3:15).
Por ser a Palavra de Deus, ela é: luz (Pv 6:23; II Pd 1:19), pura (Sl 12:6;
119:140; Pv 30:5), verdade (Sl 119:160; Jo 17:17), perfeita (Sl 19:7), preciosa (Sl
19:10), viva e eficaz (Hb 4:12), alimento (Dt 8:3; Jó 23:12; Sl 119:103; Jr 15:16; Ez
2:8; 3:1; Mt 4:4; I Pd 2:2), mas não é só, ela ainda: contém as promessas do evangelho
(Rm 1:2), revela os estatutos de Deus (Ex 24:3; Dt 4:5,14), testifica a Cristo (Jo 5:39; At
10:43; 18:28; I Co 15:3), regenera (Tg 1:18; I Pd 1:23), vivifica (Sl 119:50,93), ilumina
(Sl 119:130), refrigera a alma (Sl 19:7), faz sábio (Sl 19:7), santifica (Jo 17:17; Ef
5:26), produz fé (Jo 20:31), esperança (Sl 119:49; Rm 15:4) e obediência (Dt 17:19,20),
limpa o coração (Jo 15:3; Ef 5:26), purifica o caminho (Sl 119:9), edifica (At 20:32),
admoesta (Sl 19:11; I Co 10:11), conforta (Sl 119:82; Rm 15:4), alegra o coração (Sl
19:8; 119:111). Ela foi escrita para nossa instrução (Rm 15:4), e uso de todo homem
(Rm 16:26), por isso ela deve ser a base do ensino (I Pd 4:11), lida (Dt 17:19; 31:11-13;
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Ne 8:3; Is 34:16; Jr 36:6; At 13:15), recebida como Palavra de Deus e não de homens (I
Ts 2:13), recebida com mansidão (Tg 1:21), examinada (Jo 5:39; 7:52) diariamente (At
17:11), usada contra os inimigos espirituais (Mt 4:4,7,10; Ef 6:11,17).
2.2.2.1. Revelação
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o
revelou.” (Jo 1:18).
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Deus quer o pentecostalismo?
Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; se é que
tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me
foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; por isso,
quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros
séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo
Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de
um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito
ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A
mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por
meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja
a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por
meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja
conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em
Cristo Jesus nosso Senhor, (Ef 3:1-12).
2.2.2.2. Inspiração
(Ex 19:7; 20:1; 24:4,12; 25:21; 31:18; 32:16; 34:27,32; Lv 26:46; Dt 4:5,14; 11:18;
31:19,22; II Rs 17:13; II Cr 33:18; Jó 23:12; Sl 78:5; 99:7; 147:19; Ec 12:11; Is
30:12,13; 34:16; 59:21; Jr 30:2; 36:1,2,27,28,32; 51:59-64; Ez 11:25; Dn 10:21; Os
8:12; Zc 7:12; Mt 22:31,32; Lc 1:68-73; At 1:16; 28:25; Rm 3:1,2; I Co 2:12,13; 7:10;
14:37; Ef 6:17; Cl 3:16; I Ts 2:13; 4:1-3; II Tm 3:17; Hb 1:1,2; 3:7,8; 4:12; I Pd
1:11,12; II Pd 1:21; 3:2; I Jo 1:1-5; Ap 1:1,2,11,17-19; 2:7; 19:10; 22:6-8).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
boca.” (II Sm 23:2), Deus assim falou a Ezequiel: “e disse-me ainda: Filho do homem,
vai, entra na casa de Israel, e dize-lhe as minhas palavras.” (Ez 3:4). O objetivo deste
tópico é mostrar a inspiração verbal plenária da Bíblia, ou seja, ela toda, é vinda de
Deus, não só os pensamentos, mas as palavras, o Senhor Jesus disse: “o espírito é o que
vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.”
(Jo 6:63), as palavras, isso precisa ficar claro: “e Jesus lhe respondeu, dizendo: Está
escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus.” (Lc 4:4),
pois: “toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.” (Pv 30:5).
A inspiração bíblica é plenária isso significa que a Bíblia, nos seus
sessenta e seis (66) livros, é inspirada sobre todo e qualquer assunto que ela abordar, e
só ela é inspirada: “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para
ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de
Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (II Tm 3:16,17),
por isso, é a ela que se deve recorrer sobre qualquer assunto. Ela também é infalível, em
outras palavras, a Bíblia é isenta de erros, de todo e qualquer tipo ou espécie: “pois, se a
lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não
pode ser anulada,” (Jo 10:35), por tudo isso, a Bíblia se considera inspirada, esta
colocação está em algumas passagens (Ex 20:1; Is 8:20; Ml 4:4; Mt 1:22; Lc 24:44; Jo
1:23; 5:39; 10:34,35; 14:26; 16:13; 19:36,37; 20:9; At 7:38; 13:34; Rm 1:2; 4:23; 9:17;
15:4; I Co 2:4-10; 6:16; 9:10; Gl 1:11,12; 3:8,16,22; 4:30; I Ts 1:5; Hb 9:8; 10:15; II Pd
3:16; I Jo 4:6; Ap 22:19).
Voltando a II Tm 3:16, Hendriksen comenta assim:
As palavras divinamente inspirado ocorrem somente aqui e indica que “toda escritura” deve
sua origem e conteúdo ao divino sopro, o Espírito de Deus. Os autores humanos foram
poderosamente guiados e dirigidos pelo Espírito Santo, como resultado o que eles
escreveram não é só sem erro, mas também de supremo valor para o homem... ela constitui
a infalível regra de fé e prática para a humanidade26.
Para finalizar, Dagg ensina a inspiração com as seguintes palavras27:
Alicerçados nestes informes, aprendemos que tudo quanto foi dito e escrito através da
inspiração divina é revestido de elevadíssima autoridade, como se tivesse procedido
diretamente de Deus sem o uso da instrumentalidade humana. Quando Pedro disse ao
aleijado: “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome
de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.” (At 3:6), a voz que falou era a de Pedro, e o
poder que restaurou os membros do coxo era o de Deus. As palavras, embora tenham saídas
dos lábios do apóstolo, foram proferidas sob influencia divina, porque de outro modo o
poder divino não as teria acompanhado. Por semelhante modo o evangelho, recebido dos
lábios dos apóstolos, foi acolhido “por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois,
havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de
homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós,
os que crestes.” (I Ts 2:13). Os homens que falaram e escreveram segundo eram
impulsionados pelo Espírito do Senhor, foram instrumentos usados por Deus, a fim de
falarem e escreverem a Sua Palavra. As peculiaridades do pensamento, do sentimento e do
estilo deles não puderam impedir que aquilo que diziam e escreviam fosse a Palavra de
Deus, apesar do seu tom de voz ou da sua caligrafia.
2.2.2.3. Preservação
(Nm 23:19; I Sm 3:19; 15:29; II Rs 10:10; I Cr 16:15; Sl 12:6,7; 18:30; 19:7,8; 33:1;
100:5; 111:7,8; 117:2; 119:89,140,152; 138:2; Pv 30:5; Is 40:8; 45:19; 55:11; 59:21; Jr
44:28,29; Zc 1:6; Mt 4:4; 5:18; 24:35; Lc 4:4; 16:17; 21:33; Jo 10:35; 16:12,13; I Pd
1:23,25; Ap 22:18,19).
26
Walvoord, John F.. The Bible Knowledge Commentary. David C. Cook; New edition, 2002
27
Dagg, John L. Manual de Teologia, Editora Fiel, segunda edição, 1998, p. 9.
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Deus quer o pentecostalismo?
“A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para
sempre.” (Sl 119:160).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
saber a certeza das palavras da verdade, e assim possas responder palavras de verdade aos
que te consultarem? (Pv 22:19-21).
Visto que é necessário saber a resposta para aos que consultarem, além
de a confiança estar sempre em Deus, por isso, “a fé não está apoiada nas trevas, está
baseada sobre a coisa mais segura do universo, a Bíblia, não existe risco em crer na
palavra que está fixada firmemente e para sempre no céu28.”, portanto, é na Terra, que
Ele preserva a Bíblia, já que ela foi escrita: “para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (II Tm 3:17), “porque tudo o que dantes
foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das
Escrituras tenhamos esperança.” (Rm 15:4), (cf Ex 13:9; Dt 4:2; 6:6-9; 8:3; 17:18,19
29:29; 31:10,11; Js 1:8; Jó 23:12; Sl 1:2; 19:7-11; 119:9,15,18,97-99,103,128-130; Pv
6:20-23; 30:5,6; Is 34:16; 40:8; 55:10,11; Mt 4:4; Lc 16:17,29,31; Jo 8:31,32; 20:31; At
17:11; Rm 10:17; 15:4; Gl 1:8; Ef 6:17; I Ts 2:13; II Tm 2:15; 3:16,17; Tg 1:21,22; I Pd
1:24,25; 2:2; II Pd 1:19-21; Jd 1:3; Ap 1:3; 22:18,19).
Já que falamos de Texto, antes de prosseguirmos com a preservação
observemos o material usado para escrever a Bíblia, já que ainda não se usava papel:
Há dois materiais principais: papiro e pergaminho. (Consulte o Cap. II da presente matéria.)
O linho era usado também, mas não tanto como os dois citados. O centro da indústria de
papiro era o Egito, onde teve início o seu emprego, cerca de 3.000 a.C. O papiro é um tipo
de junco de grandes proporções. Tem caule tríquetro de 3 a 5 metros de altura, com 5 a 7
centímetros de diâmetro, tendo sua fronde em forma de guarda-chuva. As dimensões da
folha de papiro preparada para a escrita eram normalmente 30 cm a 3 m de comprimento
por 30 cm de largura. Essas folhas eram formadas por tiras cortadas da planta, sobrepostas
cruzadas, coladas, prensadas e depois polidas. Eram escritas de um lado, apenas. Tinham
cor amarelada. À folha do papiro assim preparada, os gregos chamavam biblos.
Pergaminho é a pele de animais curtida e preparada para a escrita; seu uso generalizado
vem dos primórdios do cristianismo, mas já era conhecido em tempos remotos, pois já é
mencionado em Is 34:4. O pergaminho preparado de modo especial chamava-se velo. Este
tornou-se comum a partir do século IV. É mais durável. Foi muito usado nos códices. Tudo
indica que o vocábulo pergaminho derivou seu nome da cidade de Pérgamo, capital de um
riquíssimo reino que ocupou grande parte da Ásia Menor, sendo Eumenes II (197-159 d.C),
seu maior rei. Esse rei projetou formar para si uma biblioteca maior que a de Alexandria,
Egito. O rei do Egito, por inveja, proibiu a exportação do papiro, obrigando Eumenes a
recorrer a outro material gráfico. Tal fato motivou o surgimento de um novo método de
preparar peles, muito aperfeiçoado, que resultou no pergaminho. Vindo o domínio romano,
Pérgamo veio a ser a primeira capital da província da Ásia, situada ao oeste da Ásia Menor;
sua segunda capital foi Éfeso. O Novo Testamento menciona esse material gráfico em II
Tm 4:13 e Ap 6:1429.
E a tinta utilizada:
A tinta usada pelos escribas era uma mistura de carvão em pó com uma substância líquida
semelhante a goma arábica. (Ver Jr 36:18; Ez 9:2; II Co 3.3; II Jo 12; III Jo 13) o carvão é
um elemento que se conserva admiravelmente através dos séculos, não sendo afetado por
substâncias químicas. Para a escrita em papiro ou pergaminho, usavam penas de aves,
pincéis finos e um tipo de caneta feita de madeira porosa e absorvente. Para a cera usavam
um estilete de metal (Is 30:8).
Cuidado redobrado havia com a escrita dos livros sagrados. Devemos ser sumamente
agradecidos aos judeus por seu cuidado extremo na preparação e preservação dos
manuscritos do Antigo Testamento. Aqui estão algumas regras que eles exigiam de cada
escriba. O pergaminho tinha de ser preparado de peles de animais limpos, preparado
somente por judeus, sendo as folhas unidas por fios feitos de peles de animais limpos. A
tinta era especialmente preparada. O escriba não podia escrever uma só palavra de
memória. Tinha de pronunciar bem alto cada palavra antes de escrevê-la. Tinha de limpar a
pena com muita reverência antes de escrever o nome de Deus. As letras e palavras eram
28
William MacDonald. Believer's Bible Commentary, Thomas Nelson, 1995, p. 517
29
Gilberto, Antonio. A Bíblia através dos séculos. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 15ª Ed.,
2004, p. 44
Página 32
Deus quer o pentecostalismo?
contadas. Um erro numa folha, inutilizava-a. Três erros numa folha, inutilizavam todo o
rolo30.
Israel ficou responsável por preservar o Velho Testamento Hebraico (Rm
3:1,2), tal tarefa incumbia em especial aos sacerdotes (Dt 17:18; 31:24-26), como narra
a história, Israel se apostatou, em alguns momentos (II Cr 15:3), no entanto, mesmo
nesses períodos, a Palavra foi preservada (II Rs 22:8), felizmente Israel não ficou
apóstata todo o tempo, houve períodos de renovação espiritual, e nesses momentos o
povo voltou-se a servir a Deus e ler e praticar Sua Palavra, por exemplo, o da época dos
reis Jeosafá (II Cr 17:1-19), Ezequias (II Rs 18:1-12; II Cr 29:1-31:21) e Josias (II Rs
33:1-23:30; II Cr 34:1-33); pode-se também acrescentar que após o cativeiro babilônico
houve um outro avivamento e esse dentro do sacerdócio judeu, pois “a literatura judaica
diz que a missão da Grande Sinagoga, presidida por Esdras, foi reunir e preservar os
manuscritos originais do Velho Testamento...31”:
Através de Esdras e seus sucessores, sob a orientação do Espírito Santo, todos os livros do
AT foram reunidos em um cânone do AT, e seus textos foram purgados de erros e
preservados até os dias no ministério terreno do nosso Senhor. Naquele tempo, o texto do
AT estava tão firmemente estabelecido que mesmo a rejeição judaica de Cristo não pode
perturbar o texto32.
Por fim sobre a preservação, do Velho Testamento, o texto ficou intacto,
o próprio Senhor Jesus exaltou o texto hebraico e garantiu que mesmo os traços
menores, como jota e o til, estavam preservados (Mt 4:4; 5:18). A partir do século VI
d.C, aparecem outros personagens na preservação do texto vétero testamentário, são os
massoretas, que eram famílias de estudiosos hebreus, segue algumas das regras de
redação usadas por eles:
a. Nenhuma palavra ou letra podem ser escritas pela memória; o escriba deve ter uma cópia
autêntica diante dele e ele deve ler e pronunciar alto cada palavra antes de escrevê-la. b.
Regras estritas foram dadas sobre a forma das letras, espaços entre letras, palavras e seções,
o uso da caneta, a cor do pergaminho, etc. c. A revisão de um rolo deve ser feita dentro de
30 dias após o término do trabalho, de outra forma ele seria inútil. Um erro numa folha
condena a folha; se fossem encontrados três erros em uma página, todo o manuscrito era
condenado. d. Cada palavra e cada letra era contada e se uma letra fosse omitida, uma letra
extra fosse inserida ou se uma letra tocasse a outra, o manuscrito era condenada e
imediatamente destruído33.
O que evidencia o motivo de usar o Texto Massorético, de agora em
diante TM, como base, nesta obra, é também por ser ele o texto padrão hebraico,
saliente-se que a melhor das traduções bíblicas é a inglesa King James, em português,
há uma equivalente é a Almeida Corrigida Fiel, doravante ACF, que também utiliza o
TM, como base, ainda sobre o TM é dito:
O texto massorá é a versão padrão judaica do Velho Testamento. Foi preparado por sábios
judeus, chamados massoretas, principalmente entre os séc. VI e X d.C. os massoretas
estudavam cada letra, palavra e frase do Velho Testamento no original hebraico. Fizeram
notas à margem dos textos bíblicos, comentando a gramática e a ortografia corretas34.
Os massoretas exerceram papel importante junto ao Texto Hebraico:
̆
Texto Massorético, com abreviatura freqüente: TM (hebraico “masoreṭ ”, tradição). O texto
hebraico do Velho Testamento, chamado assim porque, na sua forma presente, é baseado
no “massora” ou corpo de informação tradicional compilado pelos massoretas. Estes
últimos eram estudiosos judaicos do século X a.C. e antes. O aspecto mais importante da
obra deles foi providenciar um sistema de pontuação (traços e pontos para indicar vogais)
30
Gilberto, p. 44
31
Gilberto, p. 45
32
Hills, Edward F. The King James Version Defended, Christian Research Pr, 4th edition, February 1984,
p. 93.
33
Miller, Herbert Summer. General Biblical Introduction, Word-Bearer Pr; 7th edition, 1952, p. 290.
34
Enciclopédia Delta Universal, p. 1268:
Página 33
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
para o texto consoantal sem pontuação vocálica. O texto original sem pontuação era escrito
apenas com consoantes, e o leitor deveria saber suprir os vogais. Os massoretas
providenciaram pontos para preservar a pronúncia do hebraico antigo e para providenciar
uma versão definitiva do texto...35
Até o cristianismo ser declarado religião do império, formando uma
igreja-estado, os cristãos padeciam, precisavam fugir das perseguições, mesmo em fuga,
eles copiavam e guardavam a Bíblia, mesmo sob risco de vida:
Nos dias do feroz imperador Diocleciano (284-305 d.C), os perseguidores dos cristãos
destruíram quantas cópias acharam das Escrituras. Durante dez anos, Diocleciano mandou
vasculhar o Império para destruir todos os escritos sagrados. Ele chegou a julgar que tivesse
destruído tudo, pois mandou cunhar uma moeda comemorando tal “vitória”36.
Em 323 d.C., Constantino declarou o cristianismo como a religião do
estado. Nessa ocasião:
Inúmeros manuscritos foram destruídos durante as perseguições e tiveram que ser
substituídos. O resultado foi uma ampla escassez de manuscritos do Novo Testamento que
se tornou ainda mais aguda quando cessou a perseguição. Foi quando a Cristandade pode
novamente se engajar livremente na atividade missionária que houve um tremendo
crescimento em ambos os lados das igrejas existentes e no número de novas igrejas.
Também ocorreu uma súbita demanda de muitos volumes dos manuscritos do Novo
Testamento em todas as províncias do Império37.
No entanto, mesmo em regime cristão Bíblias foram queimadas, o que
mostra algo curioso, a Bíblia é indestrutível, mesmo sendo zombada, escarnecida,
queimada, perseguida, Deus a mantêm em pé: “para sempre, ó SENHOR, a tua palavra
permanece no céu.” (Sl 119:89), isso quer dizer que Ele mesmo a estabelece e não
existe ninguém que possa sobrepor às obras de Deus: “conheço as tuas obras; eis que
diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força,
guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.” (Ap 3:8), ou seja, o Garantidor
da Bíblia é o próprio Deus:
Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial de infindável perseguição, a
maravilha da sua sobrevivência se transforma em milagre... Por dois mil anos, o ódio do
homem pela Bíblia tem sido persistente, determinado, incansável e assassino. Todo esforço
possível tem sido feito para corroer a fé na inspiração e autoridade da Bíblia, e inúmeras
operações têm sido levadas a efeito para fazê-la desaparecer. Decretos imperiais têm sido
passados ordenando que todas as cópias existentes da Bíblia fossem destruídas, e quando
essa medida não conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra de Deus, ordens foram dadas
para que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma cópia das Escrituras fosse morta.
O próprio fato de ter a Bíblia sido o alvo de tão incansável perseguição nos faz ficar
maravilhados diante de tal fenômeno38.
No império romano, logo o latim tornou-se a língua sagrada, isso é, pelo
uso no império, e, por conseguinte, substituiu o grego, que aos poucos morria como
língua falada, “Aland argumenta que antes do ano 200 AD a maré começou a se voltar
contra o uso do grego nas áreas que falavam latim, siríaco ou copta e cinqüenta anos
mais tarde a mudança das linguagens locais estava bem avançada39.” Pouco depois, no
século VII, houve a invasão do império romano pelos maometanos, sendo que as igrejas
do Egito, Síria, e do norte da África foram amplamente eliminadas, na ocasião sugiram
novos textos, mas foram relegados ao esquecimento pelos crentes, estes novos textos
ficaram sob a guarda do império romano ocidental, que foi o primeiro a sucumbir diante
dos inimigos, mas quanto a tais textos eles foram expurgados do meio dos crentes:
35
Coenen, Lothar & Brown, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vida
Nova, 2ª edição, 2000, p. LXXVII
36
Gilberto, p. 45
37
Aland, Barbara; Aland, Kurt. Text of the New Testament. Wm. B. Eerdmans Publishing Company,
1995, p.65
38
Pink, A. W. The Divine Inspiration of the Bible, Baker Book House, Distributor, 1970, p. 80.
39
Pickering, Wilbur N. The Identity of the New Testament Text, Thomas Nelson Inc, May 1981, p. 154.
Página 34
Deus quer o pentecostalismo?
40
Hills, p.188
41
Hills, pp. 106,107.
42
Wylie, J. A. History of the Waldenses, Teach Services, Inc., January 2001, p. 58.
43
Williams, H. D. The Pure Words of God, The Old Paths Publications, Inc, January 7, 2008, p. 79.
Página 35
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
também usam o TR, como base do Novo Testamento, em outras palavras, elas usam
como base o TM e o TR, que formam o Texto Tradicional Canônico (TTC), que
constituem a pura, preservada e naturalmente perfeita Palavra de Deus.
Deus não só inspirou (cf 2.2.2.2. Inspiração), como preservou, a Bíblia só
nos manuscritos originais, que foram aqueles usados pelos escritores, mas também as
suas respectivas cópias, isso por óbvio, uma vez que Deus inspirou as exatas palavras
utilizadas e não a tinta, nem o pergaminho; Deus também preservou as traduções
fidedignas feitas do texto original, além do mais, o próprio Senhor quer ver Sua Palavra
vertida nas mais variadas línguas, para a obediência dos povos em todas as nações (Mc
16:15; Rm 16:25,26), caso contrário todo cristão necessitadamente precisaria aprender
grego, hebraico e aramaico para poder ler a Bíblia; toda tradução fidedigna é a Palavra
de Deus (At 2:5-11), várias são as provas, primeiro, o Mestre, em Jo 4, diz que é a Água
da Vida, a palavra portuguesa água é conhecida, pelo químico, como H2O, no latim é
“aqua”, no hebraico é “mayim”, no grego é “hudor”, o que demonstra, que a palavra foi
traduzida por sua equivalente completa, “hudor” é tão água quanto “aqua” e “mayim”.
Outros exemplos são: “e que desde a tua meninice sabes as sagradas
Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.”
(II Tm 3:15), resta claro que o pergaminho no qual Timóteo estudou as Sagradas
Escrituras não foi o mesmo escrito por um profeta, por exemplo, Moisés, e sim uma
cópia dele, pois se passara séculos de Moisés a Timóteo e o original, certamente já não
mais existia, mesmo assim, essa cópia é chamada de Sagradas Escrituras. Ainda mais há
outros exemplos: os crentes bereianos liam e comparavam o ensino com as Escrituras:
“ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom
grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram
assim.” (At 17:11), o Senhor Jesus repreendeu falando assim: “ainda não lestes esta
Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Esta foi posta por cabeça de
esquina;” (Mc 12:10), ora se não houve Escritura como eles poderiam ler? De igual
forma: “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras,
nem o poder de Deus.” (Mt 22:29), deixando claro que o Senhor Jesus entendia que as
cópias era tanto Escritura inspirada quanto o original, há um exemplo curioso, o caso do
etíope, que lia a Escritura: “e o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a
ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim
não abriu a sua boca.” (At 8:32), esta mesma Escritura o fez sábio para a salvação,
exatamente como está escrito: “e que desde a tua meninice sabes as sagradas
Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.”
(II Tm 3:15), por isso: “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para
ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” (II Tm 3:16).
Daí fica uma pergunta os originais não são importantes? A resposta é um
sim óbvio, mas felizmente eles não existem mais, pois foram gastos pelo constante uso,
esta resposta pode frustrar o leitor, mas observe a importância que Deus dá ao original,
com certeza é bem menor que muitos eruditos da atualidade, que em alguns casos
frontalmente duvidam da veracidade do Texto atual; observemos um exemplo bíblico,
Jeremias havia escrito um rolo, que: “então enviou o rei a Jeudi, para que tomasse o
rolo; e Jeudi tomou-o da câmara de Elisama, o escriba, e leu-o aos ouvidos do rei e
aos ouvidos de todos os príncipes que estavam em torno do rei.” (Jr 36:21), rolo, que foi
destruído pelo rei: “e sucedeu que, tendo Jeudi lido três ou quatro folhas, cortou-as
com um canivete de escrivão, e lançou-as no fogo que havia no braseiro, até que todo o
rolo se consumiu no fogo que estava sobre o braseiro.” (Jr 36:23), restou claro que este
rolo original foi destruído por completo, mas a história não termina ai, pois Deus
mandou Jeremias reescrever o rolo: “tomou, pois, Jeremias outro rolo, e deu-o a
Página 36
Deus quer o pentecostalismo?
Baruque, filho de Nerias, o escrivão, o qual escreveu nele, da boca de Jeremias, todas
as palavras do livro que Jeoiaquim, rei de Judá, tinha queimado no fogo; e ainda se
lhes acrescentaram muitas palavras semelhantes.” (Jr 36:32), o conteúdo, deste rolo,
está nos capítulos 45 a 51 de Jeremias, cujo conteúdo ele mandou Seraías ler quando ele
chegasse à Babilônia (vs 59-61), sendo que o rolo, uma vez lido, foi atirado ao rio
Eufrates: “e será que, acabando tu de ler este livro, atar-lhe-ás uma pedra e lançá-lo-
ás no meio do Eufrates.” (Jr 51:63), dando fim ao segundo original:
Mas, espere! Temos uma cópia do texto do rolo nos capítulo 45 a 51. De onde ela veio? Ela
veio de uma cópia do original nº2, a qual só podemos chamar de ORIGINAL nº 3!
Então, temos dois grandes problemas para os que enfatizam os ‘originais’.
1) Cada Bíblia já impressa com uma cópia de Jeremias tem um texto nos capítulos 45 a 51,
traduzido de uma cópia do “segundo” original, ou seja, o ORIGINAL nº 3.
2) NINGUÉM pode desprezar o fato de que Deus não teve o menor resquício de interesse
em preservar o ‘original’, visto como ele havia sido copiado e sua mensagem entregue.
Então, POR QUE deveríamos colocar mais ênfase nos originais do que o próprio Deus?
Essa ênfase é claramente anti-escriturística.
Desse modo, se temos os textos dos originais preservados na Bíblia King James, não temos
necessidade alguma dos ‘originais’, mesmo que estivessem disponíveis.44
2.2.2.4. Interpretação
Página 37
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
48
Wesley, John. Explanatory Notes upon the New Testament. Lane & Scott, 1850, p. 552
49
Barnes, Albert. Barnes’ Notes on the New Testament. Kregel Classics; 8th edition, 1962, p.
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Deus quer o pentecostalismo?
o áspero material de pelo de camelo, por que não deixar que isso seja a metáfora?
Certamente, já há muita exegese torta o suficiente (estilos de patchwork) para que se
invoque a necessidade de um corte cuidadoso para ajustá-la50.
Carroll, também fez comentários sobre este verso:
A idéia é a de um fazendeiro arando um sulco reto de arado, não torto, curvado ou
ziguezague. Já vi num grande campo homens arando uma linha reta por uma milha - reta
como uma flecha. Assim, quando chegamos ao debate acerca da verdade, devemos arar um
sulco reto, dividi-lo em linha reta, maneja-lo bem. Não devemos fazer ziguezague entre as
palavras como se estivéssemos tentando entusiasmar algo repentinamente, mas ir direto ao
alvo, talhar rente à linha e se fomos testados como ministros de Deus podemos fazer isso.
Aqui está um jeito pelo qual podemos saber que estamos arando um sulco reto: Se
aplicarmos uma interpretação a alguma passagem que no livro seguinte irá diretamente
contra, ou dar sombra de dúvida, esse sulco não será aprovado conforme à Bíblia e nós
temos a idéia errada acerca da interpretação. Se temos a idéia certa, o sulco será um sulco
reto de Gênesis até Apocalipse. Ficará de acordo com o cânon, ou regra da verdade51.
Só para que a lição fique clara, vários comentaristas ensinam a mesma
coisa, sobre o correto manuseio da Palavra da Verdade, que, entre outras ações, envolve
as de “não inventar um novo evangelho, mas corretamente dividir o evangelho... para
falar terror para quem pertence terror, conforto para a quem conforto, para dar a cada
um sua porção no devido tempo, Mt 24:4552”, pois “o homem que manuseia a palavra da
verdade corretamente não a muda, perverte, mutila ou distorce, nem a utiliza com um
propósito errado em sua mente, pelo contrário ele piamente interpreta a Escritura à luz
da Escritura53”, manusear “significa manusear as Escrituras corretamente, ‘arar em
linha’, ou como Alford coloca isso: “conseguir tratar a verdade completamente sem
falsificação54.”.
Ainda sobre o tema, John Gill falou
A ministração da palavra é um trabalho, e é um bom trabalho, e aqueles que fazem
corretamente são dignos de honra e estima e isso requer trabalho, diligência e aplicação, por
isso nenhum homem nenhum homem é suficiente sem a graça de Deus; aqueles que
trabalham nisso são obreiros, obreiros juntos com Deus, e laboram na Sua videira, aqueles
que são tão fiéis e diligentes “não tem do que se envergonhar”, portanto, não causam
vergonha nem para si nem para os outros, como os falsos mestres fazem... e não temem de
sofrer pelo amor de Cristo agora e não serão envergonhados diante dele em Sua vinda55.
2.2.2.5. Aplicação
(Ex 16:28; 20:6; Lv 18:4; 22:31; Dt 4:40; 6:6,17; 11:1,22; 26:16,18; 32:46; Js 1:8; 22:5;
23:6; I Sm 15:22; I Rs 2:3; 6:12; 8:58,61; 11:38; II Rs 17:13; I Cr 28:8; 29:19; Sl 19:8;
78:7; 119:6,34,101,106,112; Pv 4:23; Jr 7:2; Ez 44:24; Mt 7:21; 15:3; 19:17; 22:38;
28:20; Lc 8:21; Jo 14:23; At 5:29; I Jo 2:3; 5:3; Ap 14:12).
“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por
sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos.” (Dt 11:18).
50
Robertson, A. T. Word Pictures In The New Testament, Vol. IV, B&H Publishing Group, Concise
edition, August 2000, p. 619,620.
51
Carroll, B. H. An Interpretation of the English Bible, Vol. 6, Baker Book House, 1986, p. 143.
52
Henry, Mathew. Matthew Henry's Commentary. Zondervan; abridged edition edition, p. 1439
53
Hendriksen, William; Kistemaker, Simon J. New Testament Commentary. Baker Academic & Brazos
Press, 2002, p. 1239
54
William MacDonald. Believer's Bible Commentary, Thomas Nelson, 1995, p. 1123
55
Gill, Jhon. Exposition of the Old and New Testaments: Complete and Unabridged. Baptist Standard
Bearer, 2006, p. 924
Página 39
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.2.3. Reflexões
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
(Lc 24:32), “e, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a
Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?” (At 2:37), algo que nada,
nem mesmo um fenômeno, poderia fazer, o rico, mandado ao inferno, pediu que Abraão
(que nesta parábola representa o próprio Senhor) mandasse um dos mortos para falar a
seus irmãos, mas obteve a seguinte resposta: “porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a
Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.”
(Lc 16:31), esta expressão é o mesmo que dizer a lei e os profetas, a Bíblia até então:
“mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao
Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.” (At 24:14),
“e, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais
declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé em
Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde a manhã até à tarde.” (At
28:23).
Daí a estima que temos pela Bíblia, a santa, perfeita, completa Palavra de
Deus, alguém pode até achar interessante ou até mesmo demasiado a estima pela Bíblia,
mas não foi assim com os servos de Deus, quero chamar a atenção ao nome do
SENHOR: “eu louvarei ao SENHOR segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao
nome do SENHOR altíssimo.” (Sl 7:17), “invocarei o nome do SENHOR, que é digno
de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos.” (Sl 18:3), “uns confiam em carros e
outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus.” (Sl
20:7), “dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da
santidade.” (Sl 29:2), “então os gentios temerão o nome do SENHOR, e todos os reis da
terra a tua glória.” (Sl 102:15), “bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há
em mim bendiga o seu santo nome.” (Sl 103:1), (cf Ex 6:3; 15:3; 20:7; 34:3,5,14; 72:17;
Dt 5:11; 28:58; Sl 83:18; 111:9; Mq 4:5; I Tm 6:1), ainda tem o salmo 148 que diz:
Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas alturas. Louvai-o,
todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos. Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as
estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o
nome do SENHOR, pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para
sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão. Louvai ao SENHOR desde a terra:
vós, baleias, e todos os abismos; fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que
executa a sua palavra; montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; as
feras e todos os gados, répteis e aves voadoras; reis da terra e todos os povos, príncipes e
todos os juízes da terra; moços e moças, velhos e crianças. Louvem o nome do SENHOR,
pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu. Ele também exalta o
poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é
chegado. Louvai ao SENHOR. (Sl 148).
Será que existe algo acima do nome do SENHOR? A Bíblia responde:
“inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e
pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.” (Sl
138:2), a Escritura diz acima de todo o Teu nome, por isso: “em Deus louvarei a sua
palavra, em Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne.”
(Sl 56:4), “em Deus louvarei a sua palavra; no SENHOR louvarei a sua palavra.” (Sl
56:10), e ela é assim porque é nela que Deus põe o nome dEle, então não resta dúvida
da perfeição da Bíblia, portanto, não se pode adicionar ou subtrair (Dt 4:2; 12:32; Ap
22:18,19), não podemos ser ignorantes quanto a ela (Mt 22:29; At 13:27), até porque ela
traz a regra que julgará a todo homem (Jo 12:48; Rm 2:16).
2.3. Salvação
(Mc 16:16; Jo 3:36; 5:24; 6:40,47; 20:31; Rm 5:1; 8:1,34; Hb 2:3; 12:25; I Jo 5:10,12).
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“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não
crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm 6:23).
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houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo,” (Tt 3:5), até porque a justiça humana é
como trapo de imundícia diante de Deus: “mas todos nós somos como o imundo, e todas
as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as
nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64:6).
De modo que só há um meio de ser salvo, que é por Cristo: “porque há
um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Tm
2:5) e por Ele somente: “e em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do
céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At
4:12), a total confiança humana tem de ser posta sobre Ele, isso é o que significa crer,
equivale a confiar, assim, para que o homem seja salvo, ele tem de por sobre Cristo a
total confiança, ele precisa confiar nos méritos do Senhor Jesus e crer que isso é o
suficiente para a salvação dele, para exemplificar, um pára-quedista, ao saltar de uma
grande altura, tem de necessariamente por sua confiança, e expectativa, no pára-quedas,
ele tem a certeza de que virá ao chão, mas ele quer chegar vivo e com saúde, daí o pára-
quedas tem de funcionar, ele tem de acreditar que vai funcionar e acreditar que é o
suficiente, na salvação o pecador tem de crer em Cristo, confiar que Ele pode salvar e
confiar única e exclusivamente nEle, ainda mais que um pára-quedista no pára-quedas.
Com a fé salvadora, é chamada de salvadora, pois é condição para ser
salvo, acontece também o arrependimento, também preponderante para a salvação, é
necessário que o pecador reconheça que é pecador se arrependa de seus pecados e creia
em Cristo, uma vez feito isso ele é salvo, ou seja, tem a salvação, que é um ato, ato
muito fácil de explicar: “aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não
crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” (Jo 3:36), “na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.” (Jo 6:47),
“quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (I Jo
5:12), “quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (I
Jo 5:12), (cf 2.7.2.3. Arrependimento); ficou claro que a salvação é um ato e não um
processo, pois é falado que quem tem o Filho tem a salvação, quem não tem o Filho é
perdido. A observação que tem de ser feita nesta seção, bem como no livro, é que
quando se fala salvo é sinônimo de crente em Cristo como Salvador pessoal e não tem
nada a ver com ir à igreja, ser membro de uma igreja chamada cristã ou coisas similares.
2.3.2.1. Imperdível
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.” (Jo
6:47).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
centenas de razões pelas quais o crente pode dizer que é eternamente seguro, eu digo
que sou seguro, pois:
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
95. Faço parte do povo de Deus porque Ele graciosamente me reivindica como sendo
Seu (I Pd 2:10; Ap 21:7).
96. Sou concidadão dos santos (Ef 2:19).
97. Fui batizado em Jesus Cristo (Rm 6:3; Gl 3:27).
98. Sou identificado com Cristo em Sua morte (Rm 6:3-6,8-11; II Co 5:14; Cl 2:12,20;
3:3).
99. Sou identificado com Cristo em Sua ressurreição (Rm 6:5,8,11; II Co 5:15; Gl
2:20; Cl 2:12; 3:1).
100. Morri para o pecado (Rm 6:2).
101. Meu velho homem foi crucificado com Cristo (Rm 6:6).
102. Fui crucificado com Cristo (Gl 2:20).
103. Crucifiquei a carne com as suas paixões e concupiscências (Gl 5:24).
104. Estou vivo para Deus (Rm 6:11,13; Gl 2:19,20).
105. Cristo é minha vida (Fp 1:21; Cl 3:4).
106. Posso andar em novidade de vida (Rm 6:4).
107. Posso servir em novidade de espírito (Rm 7:6).
108. Posso viver para a justiça (I Pd 2:24).
109. Morri para a lei (Rm 7:4; Gl 2:19).
110. Fui liberto da lei (Rm 7:6).
111. Não estou debaixo da lei, mas debaixo da graça (Rm 6:14).
112. Tenho a lei de Deus escrita em meu coração (Hb 10:16).
113. Sou de Jesus Cristo (Rm 7:4).
114. Sou participante de Cristo (Hb 3:14).
115. Sou identificado com Cristo em Seu sofrimento (II Tm 2:12; Fp 1:29; I Pd 2:20;
4:12,13; I Ts 3:3; Rm 8:18; Cl 1:24).
116. Por meio de mim o conhecimento de Deus é manifestado (II Co 2:14).
117. Por meio de mim o bom perfume de Cristo é manifestado (II Co 2:15,16).
118. Sou uma carta de Cristo (II Co 3:3).
119. Estou sendo transformado na gloriosa imagem de Cristo (II Co 3:18).
120. Estou sendo aperfeiçoado (tornado perfeito) (Fp 1:6).
121. Meu homem interior é renovado de dia em dia (II Co 4:16).
122. Estou revestido de Cristo (Gl 3:27).
123. Não sou do mundo (Jo 17:14,16).
124. O mundo está crucificado para mim (Gl 6:14).
125. Estou crucificado para o mundo (Gl 6:14).
126. Estarei para sempre com o meu Deus (Ap 21:3,4).
127. Estou separado e santificado em Cristo Jesus (I Co 1:2; 6:11; Hb 10:10; Jd 1:1).
128. Sou santo (Cl 3:12; Hb 3:1; I Pd 2:9; Ap 20:6).
129. Estou vestido com Sua justiça (Ap 19:8).
130. Estou santificado (I Co 1:2; Fp 1:1; Cl 1:2; Rm 1:7).
131. Sou irrepreensível em Cristo (Ef 5:27; Cl 1:22; Jd 24).
132. Estou para sempre aperfeiçoado (Hb 10:14).
133. Não sou de mim mesmo (I Co 6:19).
134. Sou chamado para a santificação (I Ts 4:7).
135. Sou um cidadão do céu (Fp 3:20).
136. Sou um estrangeiro e peregrino, que não está em seu lar neste mundo (Hb 11:13; I
Pd 2:11).
137. Fui transportado para o reino do Filho do Seu amor (Cl 1:13).
138. Estou circuncidado em meu coração (Cl 2:11; Fp 3:3; cf Dt 10:16).
139. Meu fiel Deus me santificará em tudo (I Ts 5:23,24).
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versos, e daí ficará bem claro como é segura a salvação. Outro ponto importante é o
tempo verbal usado, várias bênçãos descritas já são colocadas no passado, outras no
presente, para evidenciar ainda mais o quão é segura a salvação.
Continuando a descrição bíblica, daí tem a natureza da
salvação, ou seja, o que ela é, significa etc.: a
salvação é eterna (Jo 3:16,36), é uma possessão
presente (Rm 5; I Pd 2:24,25), é por imputação e
substituição (Rm 3:24; II Co 5:17; Gl 2:20; Hb 9:10), é
posicional, ou seja, o crente está em Cristo (Rm 6:7;
Ef 1:3; Cl 2:10; 3:1-4,12), não é por mérito humano; é
um presente da graça de Deus que não pode ser
confundida com nossas obras (Rm 3:19-28; 4:4,5; 11:6;
Ef 2:8,9; II Tm 1:9; Tt 3:3-7). Por causa dos
resultados da salvação: vida eterna (Jo 3:16),
justificação (Rm 5:1; 3:19-28), paz com Deus (Rm 5:1),
assegurada possessão da futura glória (Rm 5:2; Cl 3:1-
4), salvação da ira futura (Rm 5:9; I Ts 1:10),
ressuscitados juntamente com Cristo (Rm 6),
transladados das trevas para a luz (Cl 1:12-14),
livramento do pecado (Ez 36:29; Mt 1:21; I Jo 3:5), do presente século mal
(Gl 1:4), do inimigo (Cl 2:15; Hb 2:14,15) e, em especial, da morte eterna (Jo
3:16,17).
Deve ficar claro também Quem é que causa a salvação, e
ao descobrir que ela é obra da Trindade fica mais claro
ainda que ela não pode ser perdida, ela é obra do Pai
(Rm 8:28-30; Ef 1:3-11; 2:7; Cl 3:3), que com poder (Jo 10:29; Rm
4:21; 8:31-39; 14:4; I Co 1:8,9; Ef 3:20; Fp 1:6; II Tm 1:12; 4:18; Hb 7:25; I Pd
1:5; Jd 1:24) e amor (Rm 5:7-11; 8:31-33) salva ao pecador, que
crê em Cristo como seu Salvador pessoal. Ela também é
realizada pelo Senhor Jesus Cristo, que prometeu fazê-
la segura (Jo 5:24; 6:37; 10:27,28), morreu (Is 53:5,11; Mt 26:28; Jo
19:30), ressurgiu (Rm 6:3-10; Cl 2:12-15), ascendeu à destra
do Pai (Mc 16:19; At 7:56-60; Cl:3:1; Hb 8:1,2; I Pd 3:22), onde tem
um ministério, que é de interceder por cada crente (Jo
17:1-26; Rm 8:34; Hb 7:23-25), como fazia enquanto na Terra (Jo
17:9-12,15,20), oficiando como verdadeiro Advogado (Rm 8:34;
Hb 9:24; I Jo 2:1), justamente para que o crente seja salvo
e se mantenha de pé. Ela também é por obra do Espírito
Santo, que está sempre com o crente habitando nele (Jo
7:37-39; 14:16; Rm 8:9; I Co 2:12; 3:16; 6:19; I Jo 3:24), convém
observar a palavra sempre, o Senhor enviou o Espírito
Santo para habitar para sempre selando o crente (II Co
1:22; 5:5; Ef 1:13,14; 4:30), Ele regenera (Jo 3:3-7; Tt 3:5; Tg 1:18; I Pd
1:23), batiza o crente no corpo de Cristo (Rm 6:3,4; I Co
12:13; Gl 3:27; Ef 4:4,5; Cl 2:12), Ele intercede (Rm 8:26),
fortifica (Ef 3:16) e santifica (Rm 15:16; I Co 6:11; II Ts 2:13)
o crente.
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“Quem há entre vós que tema ao SENHOR e ouça a voz do seu servo? Quando andar
em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do SENHOR, e firme-se sobre o
seu Deus.” (Is 50:10).
2.3.2.3.1. Proposições
“Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo
nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não
sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua
morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também
em novidade de vida.” (Rm 6:1-4).
Esta é a mais comum de todas, quando se fala que alguém não pode
perder a salvação, a primeira reação é que esta doutrina é um incentivo ao pecado, pois
já que não se pode perder a salvação então se pode pecar à vontade, mas isso não é
verdade, observe os próprios exemplos bíblicos, quando Noé estava na arca, logo após
as águas do dilúvio baixarem (Gn 8:7), ele soltou duas aves, isso para ter noção se
podia, ou não, descer com a arca, a primeira, o corvo, obviamente não voltou, e é claro
que não voltaria, ele tinha comida à vontade no mundo para comer, imagine como foi a
destruição sobre a Terra e quanto restos mortais ele tinha para comer! Depois ele soltou
uma pomba, que voltou (Gn 8:8,9), pela mesma razão que o corvo ficou ela voltou, ela
só não voltou mais quando havia lugar seco onde pudesse pousar, qual a diferença entre
os dois animais? É claro, basta ver a o que cada um come e os hábitos de cada um,
como seu habitat natural, os dois exemplos mostram claramente a diferença entre o
regenerado e o não regenerado.
Ainda há outro exemplo, já no Novo Testamento, do cachorro e da porca,
diz o verso: “deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O
cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” (II Pd
2:22), o que o é curioso, pois se ele vomitou é porque não lhe serve, não lhe fez bem,
mas assim mesmo o cachorro, após vomitar algo, volta para comer o próprio vômito,
mas isso fica logo claro pela natureza do cão, o que o cão come? Respondendo isso fica
fácil entender, continuando tem a porca, que mesmo lavada volta ao lamaçal, a mesma
pergunta precisa ser feita, qual a natureza da porca? O que come e qual o seu habitat
natural? Respondendo isso compreendemos o motivo dela, após toda limpa, voltar à
lama. Agora a aplicação espiritual, que até é óbvia, pois se refere ao retorno ao pecado:
“como o cão torna ao seu vômito, assim o tolo repete a sua estultícia.” (Pv 26:11), é a
figura do que volta ao pecado, já deixado, ocorre que há uma bem grande diferença
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entre ter a segurança eterna e o incentivo ao pecado, pois o crente é regenerado, ou seja,
tem uma nova natureza, é uma nova criatura: “assim que, se alguém está em Cristo,
nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (II Co 5:17), o
crente continua sendo pecador, mas há agora uma vasta diferença, ele não ama o
pecado, seria como o corvo querer ficar em lugares limpos e comer coisas asseadas, a
porca não gostar da lama e o cão comer só coisa limpa, eles continuam sendo corvo, cão
e porca, mas o que mudou dentro deles foi o espírito, o ânimo.
A porca continua sendo porca, mas se ela for regenerada em ovelha, em
outras palavras, ser uma ovelha, comer, beber e viver como uma ovelha, ela jamais
voltará à lama, a não ser se for jogada lá, ou por acidente cair, com o crente é similar,
ele pode até cair, e ficar na lama do pecado, voltar às antigas paixões e satisfazer à
carne, mas a diferença é o prazer do pecado que agora é diferente, da mesma maneira
que a pomba não achava lugar para pousar assim será com ele, enquanto o incrédulo
ama o pecado: “tu amas mais o mal do que o bem, e a mentira mais do que o falar a
retidão. (Selá.)” (Sl 52:3), “que se alegram de fazer mal, e folgam com as
perversidades dos maus,” (Pv 2:14), “comem da oferta pelo pecado do meu povo, e
pela transgressão dele têm desejo ardente.” (Os 4:8), (Jó 15:16; 20:12,13; Sl 52:3; Pv
4:17; 10:13; Is 5:18; Jr 14:10; Ez 20:16; Mq 3:2; Jo 3:19,20; 12:43; II Ts 2:11,12).
Falando de outra forma, o crente peca, mas não tem prazer no pecado, isso lhe foi tirado
quando ele morreu e nasceu de novo (Rm 6; 7), por isso, ele, mesmo contra a sua
vontade, peca, enquanto o incrédulo peca por amar o pecado e viver nele, razão que o
crente não vai querer voltar à vida antiga, por isso, a pergunta permaneceremos no
pecado? A resposta, de cada um crente, deve ser um não enfático: “de modo nenhum.
Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Rm 6:2), “ou
desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando
que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” (Rm 2:4).
“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas
isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.” (I Jo 2:19).
Quanto aos desviados uns propõe que eles deixaram de ser crentes,
conseqüentemente deixaram de ser salvos, mas isso não é factual, pois duas questões
precisam ser analisadas, primeira, eles, de fato, eram crentes? Novamente é bom dizer
que crente não é aquela pessoa que vai numa igreja denominada cristã, seja ela qual for,
muito menos quem levanta a mão numa pregação, ou vai até a frente da igreja, muito
menos quem é de família cristã, crente é aquele que confia, entrega 100% (cem por
cento), a totalidade, da sua alma nas mãos do Senhor Jesus, sendo Cristo a sua única e
total esperança para ser salvo, é aquele que sabe que é pecador, que nada merece, que a
salvação é de graça e pela graça de Deus, e, por isso, ele não confia em si mesmo ou em
algo que possa fazer, muito menos confia ou espera outro Salvador. A pessoa era
verdadeiramente salva? Tem acontecido de muitas pessoas, fervorosas na igreja, que
atuam na obra, mas que infelizmente nunca tiveram o encontro pessoal com o Salvador,
na história tem um caso curioso, o de Wesley, que só creu em Cristo dez anos depois de
ser consagrado pastor64; junto com o trigo tem o joio, que o Senhor separará no dia do
juízo, outros estão servindo o Mestre por algum propósito diferente do bíblico, o salvo
serve o Mestre por ser salvo por Ele e não para se salvar ou ganhar benesses do Senhor,
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Stefano, p. 46
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“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o
dano da segunda morte.” (Ap 2:11).
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vitória já está consumada, o crente pode falar para todos, mais do que isso sentir no
coração a vitória dada pelo Senhor. Daí alguém pergunta e quem é filho de Deus? A
resposta é: “mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos
de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1:12,13), “porque
todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.” (Gl 3:26), “e, porque sois filhos,
Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.” (Gl
4:6), “vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos
de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele.” (I Jo 3:1).
“Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e
toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem; qualquer, porém, que blasfemar
contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo (Porque
diziam: Tem espírito imundo).” (Mc 3:28-30).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“Ó Insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós,
perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós? Só
quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão. Aquele,
pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, fá-lo pelas obras da lei, ou
pela pregação da fé?” (Gl 3:1-5).
2.3.2.3.2. Passagens
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Deus quer o pentecostalismo?
Este verso tem sido colocado como se o crente se desviar poderá perder
sua salvação e tudo o que ele fez de bom estaria esquecido, mas não é isso o
ensinamento bíblico, nem aqui, nem em outras pastes da Escritura, para começar, este
justo nada tem a ver com o justo atual, ou seja, nada tem a ver com aquele que crê em
Cristo e é declarado justo por Deus, isso fica claro pelas diferenças existentes e elas
precisam ser notadas comparando com a própria Bíblia, este verso é explicado poucos
capítulos depois: “quando eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na
sua justiça, praticar a iniqüidade, não virão à memória todas as suas justiças, mas na
sua iniqüidade, que pratica, ele morrerá.” (Ez 33:13). Então restou claro que era um
homem justo, porém confiava na sua própria justiça, nas obras que fez, com o crente é
diferente é Deus Quem o justifica e isso é independente das obras:
Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada
como justiça. Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa
a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e
cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o
pecado. (Rm 4:5-8).
Razão que faz grande diferença entre o justo referido em Ezequiel e o
justo, crente em Cristo como Salvador; ainda há outro fator marcante, a mensagem, em
Ezequiel, é do livramento que os justos, ou seja, aqueles que permanecessem fiéis a
Deus, receberiam quando da invasão pela Babilônia, sendo que toda a cidade ficasse
devassada, no entanto, Deus deixaria um remanescente: “mas deles deixarei ficar
alguns poucos, escapos da espada, da fome, e da peste, para que contem todas as suas
abominações entre as nações para onde forem; e saberão que eu sou o SENHOR.” (Ez
12:16):
Porém deixarei um remanescente, para que tenhais entre as nações alguns que escaparem da
espada, quando fordes espalhados pelas terras. Então os que dentre vós escaparem se
lembrarão de mim entre as nações para onde foram levados em cativeiro; porquanto me
quebrantei por causa do seu coração corrompido, que se desviou de mim, e por causa dos
seus olhos, que andaram se corrompendo após os seus ídolos; e terão nojo de si mesmos,
por causa das maldades que fizeram em todas as suas abominações. (Ez 6:9,10).
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz
a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor,
não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu
nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos
conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mt 7:21-23).
Esta passagem fica fácil entender à luz dela mesma, fica claro que se
trata de pessoas que aparentam piedade, dizem: Senhor, Senhor! Às quais o Senhor
responderá que nunca as conheceu e elas responderão que fizeram muito pelo reino, esta
declaração é curiosa, é exatamente o que muitos hoje têm tentado fazer, confiar nos seus
méritos, nas suas ações e esqueceram do primordial, da fé em Cristo como Salvador
pessoal, da confiança em Deus; continuando, eles falam que em nome dEle fizeram
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
muitas coisas, mas fica claro que não é suficiente, Balaão se referia a si mesmo: “fala
aquele que ouviu as palavras de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso; que cai, e
se lhe abrem os olhos:” (Nm 24:4), nem por isso foi poupado de morrer, como punição:
“mataram também, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos midianitas: a Evi, e
a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos midianitas; também a Balaão,
filho de Beor, mataram à espada.” (Nm 31:8); profetas em Judá igualmente: “e todos os
profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote de Gileade, e triunfarás, porque o
SENHOR a entregará na mão do rei.” (I Rs 22:12), e estavam errados: “então disse ele:
Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o
SENHOR: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa.” (I Rs 22:17).
Deus chamou Nabucodonosor, de servo, que “foi chamado de servo de
Deus no sentido que ele foi usado por Deus para destruir Jerusalém, Deus usaria os
babilônicos para destruir completamente tanto Judá quando seus aliados69”:
Eis que eu enviarei, e tomarei a todas as famílias do norte, diz o SENHOR, como também a
Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus
moradores, e sobre todas estas nações em redor, e os destruirei totalmente, e farei que sejam
objeto de espanto, e de assobio, e de perpétuas desolações. (Jr 25:9).
Nabucodonosor que teve de ser corrigido pelo Senhor, descrito no livro
de Daniel, outro exemplo é o do sumo sacerdote Caifás profetizou: “ora ele não disse
isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia
morrer pela nação.” (Jo 11:51), em Éfeso vários exorcistas tentaram expulsar demônios
em nome do Senhor:
E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre
os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E
os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo,
porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem
sois? (At 19:13-15).
Na Bíblia, há, outros exemplos, de pessoas que fizeram a obra de Deus,
ou de alguma maneira foram usadas por Ele, e que foram condenadas assim mesmo,
fazer algo em nome de Cristo não é pertencer a Ele, é algo tão elementar e tão
negligenciado, esta é a lição que devemos nos atentar, outra também é que esta
passagem não se refere a crentes, pois o crente O conhece, melhor ainda que isso é
conhecido por Ele: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas
sou conhecido.” (Jo 10:14), “as minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e
elas me seguem;” (Jo 10:27), “mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo
conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos
quais de novo quereis servir?” (Gl 4:9), “porque os que dantes conheceu também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8:29), “mas, se alguém ama a Deus, esse é
conhecido dele.” (I Co 8:3), que é a vida eterna: “e a vida eterna é esta: que te
conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo
17:3).
“Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa
com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas
trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” (Mt 8:11,12).
69
Walvoord, p. 428
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Deus quer o pentecostalismo?
Estes dois versos têm sido empregados, por alguns, como sugerindo que
o crente perdesse a salvação, já que os filhos do reino serão lançados nas trevas
exteriores, em outras palavras, serão condenados, irão para o lago de fogo e enxofre,
mas não é bem assim, o verso precisa ser colocado no contexto dele, que é o seguinte:
E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, e dizendo:
Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe
disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno
de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de
sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e
digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.
E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que
nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. (Mt 8:5-10).
Com o devido contexto fica que os filhos do reino não são os crentes,
pois nem mesmo em Israel Ele encontrara fé similar, os filhos do reino mencionados são
os judeus. É de certa forma também uma repreensão, do Mestre, aos judeus, que O
recusaram, este é um dos temas nos evangelhos e o livro de Mateus relata, sobretudo na
primeira metade do livro, esta dura realidade, então fique claro que os filhos do reino
são os judeus: “mas os filhos do reino, os judeus que se orgulhavam em ser filhos de
Abraão, e pensavam que era a única igreja e os únicos herdeiros da glória...70”, por
serem filhos de Abraão, “os judeus sentia que eles tinha direito natural dos privilégios
do reino por causa de sua descendência de Abraão (Mt 3:9), mas o mero nascimento
natural não trazia filiação espiritual, como João batista ensinou, antes de Cristo71.”:
São aqueles judeus por nascimento, que professaram ter conhecimento de Deus como Rei,
mas que nunca verdadeiramente se converteram, mas o princípio se aplica hoje, muitos
filhos privilegiados, por terem nascido e crescido em família cristã, vão perecer no inferno
porque eles rejeitam a Cristo enquanto selvagens vão gozar da eterna glória do céu porque
eles creram na mensagem do evangelho72.
“Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a
perseguição, por causa da palavra, logo se ofende;” (Mt 13:21).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas,
saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. As loucas,
tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite
em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e
adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao
encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E
as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se
apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a
vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo,
chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e
fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor,
Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.”
(Mt 25:1-13).
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Deus quer o pentecostalismo?
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá
fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais
limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de
si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não
estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será
lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. (Jo 15:1-6).
Esta é outra passagem, que é muito usada para mostrar que o crente pode
perder a salvação, mas não é fato, como está provado pela segurança da salvação, além
do mais, a própria passagem dá indícios disso, o verso 3 diz que vós já estais limpos,
pela palavra que vos tenho falado, ora o próprio Senhor disse que os crentes estão
limpos, ainda na passagem há um detalhe importante, o verso 6 diz que os colhem e
lançam no fogo, e ardem, a mudança do sujeito, da primeira pessoa do singular, neste
caso o Senhor Jesus, para a terceira do singular, o Pai, que é o Lavrador, agora está na
terceira pessoa do plural, que está implícito: eles colhem e lançam no fogo, e ardem,
deixando claro que esta atividade sequer é a do Mestre, ou do Pai, por isso, não é difícil
sequer entender que o mencionado fogo seja o do inferno e sim o fogo, de I Co 3:10-15,
que neste caso o crente que não produzir fruto passará por dificuldades na sua vida
terena, sendo zombado pelos incrédulos, na sua vida espiritual e no julgamento, quando
do recebimento dos galardões (cf a seção 2.3.2.3.5.1. Danos). Sobre a limpeza do
crente, o Mestre falou: “disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar
senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.” (Jo
13:10), daí todo crente está limpo: “e é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados,
mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e
pelo Espírito do nosso Deus.” (I Co 6:11), quando Ele falou não todos Ele Se referia a
Judas Iscariotes, que sequer era um crente: “porque bem sabia ele quem o havia de
trair; por isso disse: Nem todos estais limpos.” (Jo 13:11); sobre permanecer nEle:
“quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo
6:56), “e a sua palavra não permanece em vós, porque naquele que ele enviou não
credes vós.” (Jo 5:38).
Ainda há outras lições, que podem ser extraídas, a primeira, é sobre
permanecer em Cristo, alguns versos ensinam que basta crer para permanecer nEle: “e
aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que
ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado.” (I Jo 3:24), “qualquer que é nascido
de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar,
porque é nascido de Deus.” (I Jo 3:9), outros trariam uma idéia de permanência por ser
obediente: “portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós
permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no
Pai.” (I Jo 2:24), “e agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se
manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.” (I Jo
2:28), se o leitor for desapercebido poderá achar que há contradição bíblica, mas não há,
não há a mínima possibilidade disso acontecer, então qual é o ensino? Comparando, os
versos, fica mais fácil entender que para permanecer em Cristo é necessário crer nEle
como Salvador, mas para ter uma vida frutífera é necessário sim o serviço e obediência,
isso fica mais claro quando nos observamos que o ensino do Mestre é sobre ser
frutífero, então, neste sentido de ser infrutífero, vem a parte do verso 6, que diz: “e
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
ardem”, “é uma referência à obra do crente. O crente que não permanece em Cristo não
pode fazer o que agrada a Deus, suas obras, portanto, serão queimadas no trono de juízo
de Cristo, embora a própria pessoa seja salva (I Co 3:11-15)73.”.
A segunda é uma lição, que vale no estudo das parábolas:
Estes versos, nós devemos cuidadosamente lembrar, contêm uma parábola, ao interpretá-la
não podemos esquecer a grande regra que se aplica a todas as parábolas de Cristo, a lição
geral de cada parábola é o que deve ser notado, os detalhes menores não devem nos torturar
nem levar, em demasiado, nossa atenção, a fim de extrair o significados deles, a falha que
muitos crentes têm caído é por negligenciar esta regra e não são pequenos nem poucos74.
Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua
incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas
teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti
também. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram,
severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de
outra maneira também tu serás cortado. E também eles, se não permanecerem na
incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. (Rm
11:19-23).
73
Ryrie, p. 1335
74
Ryle, J. C. The Gospel of John. Old LandMark Publishing, 2005, p. 89
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Deus quer o pentecostalismo?
“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,
nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os
roubadores herdarão o reino de Deus.” (I Co 6:9,10).
Estes dois versos também são costumeiramente usados para falar que é
possível perder a salvação, entre os sãos princípios de interpretação bíblica tem um
elementar, que muitas vezes é ignorado como um todo, que é o do contexto, há também
outro de extrema importância, que é o da analogia da fé, os dois princípios serão os
usados na interpretação destes dois versos. De fato, são mencionados vários tipos de
pecados, mas a pergunta é o crente está inserido nesta lista? É só ler o próximo verso e a
resposta será dada: “e é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis
sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo
Espírito do nosso Deus.” (I Co 6:11), para que não restassem dúvidas foram escritos
três verbos importantes para o estudo: lavados, santificados, justificados, alguns dos
crentes, em Corinto, cometeram os pecados mencionados, como muitos crentes de
várias épocas, inclusive a atual, cometeram ou cometem, mas eles, iguais a todos os
crentes, foram lavados: “disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar
senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.” (Jo
13:10), “e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os
mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou
dos nossos pecados,” (Ap 1:5), (cf Ef 5:26; Tt 3:5; Hb 10:22).
Santificados: “na qual vontade temos sido santificados pela oblação do
corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.” (Hb 10:10), “e por isso também Jesus, para
santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta.” (Hb 13:12), (cf At
26:18; I Co 1:2,30; II Ts 2:13; Hb 2:11; I Pd 1:2,22), além de justificados: “sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (Rm
3:24); “tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor
Jesus Cristo;” (Rm 5:1), “logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu
sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Rm 5:9), (cf At 13:39; Rm 3:26-30; 4:5;
8:30,33; Gl 2:16; 3:8,11,24; Tt 3:7). Agora tem algo fantástico, que mostra de forma
definitiva, que estes versos não pode se referir a nenhum crente, ou seja, a gramática, os
três verbos são usados no tempo aoristo grego, que é o tempo para designar uma ação
completada, acabada e que não se repete mais, ou seja, o crente já foi lavado,
santificado e justificado, de uma vez por todas, por isso o crente não precisa se
preocupar, ele está seguro em Cristo: “porque já estais mortos, e a vossa vida está
escondida com Cristo em Deus.” (Cl 3:3). A implicação de eles serem lavados significa
75
Bruce F.F. Romanos, Introdução e Comentário. Edições Vida Nova, 2002, p. 101
76
Ryrie, p. 1375
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
que não têm mais aqueles pecados, o crente que peca é pecador do mesmo jeito que o
incrédulo, a grande diferença, entre eles, não está em praticar um ou outro ato, e sim
consiste no fato de a quem será imputado tal ato, então a diferença é a imputação, por
isso que o crente não pode ser desta lista, pois o crente é chamado de santo, já que ele
recebeu a santificação do Senhor Jesus, mesmo tendo seus pecados: “à igreja de Deus
que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os
que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e
nosso:” (I Co 1:2).
Para exemplificar pense em duas pessoas, Fulano e Cicrano, os dois são
amigos, os dois se encontram para almoçarem, sendo que Cicrano está a serviço da
empresa, onde trabalha, os dois vão a um restaurante e comem bastante, fazendo a conta
ficar bem alta, mas Fulano vai pagar sua própria conta e Cicrano terá sua conta paga
pela empresa, já que está a serviço por ela; esta é uma ilustração do crente e o incrédulo,
os dois pecam, por isso, o crente não é melhor que o incrédulo, mas em relação à vida
espiritual sim, há uma diferença tão grande quanto ser vivo ou morto, o crente tem sua
conta paga pelo Senhor Jesus, que diz assim, do crente: “e, se te fez algum dano, ou te
deve alguma coisa, põe isso à minha conta.” (Fm 1:18), já incrédulo terá de pagar sua
própria conta, como não tem como pagar será condenado, ainda na ilustração, o
diferencial do crente é que todas as suas falhas são colocadas sobre o Senhor Jesus e
todas as virtudes do Mestre são colocadas sobre o crente: “Àquele que não conheceu
pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Co
5:21), “todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu
caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” (Is 53:6).
Ainda nos dois versos texto, é importante mencionar dois exemplos, o
primeiro é de Noé, que foi um dos heróis da fé: “pela fé Noé, divinamente avisado das
coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca,
pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.” (Hb
11:7), isso foi escrito de Noé mesmo após ele ter se embriagado (Gn 9:20,21), fato que
não anulou sua fé, Abraão também é um dos heróis da fé: “pela fé Abraão, sendo
chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem
saber para onde ia.” (Hb 11:8), mesmo depois de ter mentido sobre Sara (Gn 12:1-3),
agora uma questão lógica, a graça do Velho Testamento seria maior que a da atual
época, chamada de plenitude da graça? Obviamente não, portanto, o crente não pode ser
inserido nos versos I Co 6:9,10, e sim no verso 11, do mesmo capítulo.
“Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu
mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (I Co 9:27).
Este verso também é bastante usado para falar da perda da salvação, mas
depois de feita uma análise vê-se claramente que nada tem a ver com a salvação, basta
para tanto olhar o contexto, está falando do trabalho do apóstolo em pregar o evangelho:
“e por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma
dispensação me é confiada. Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de
graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho.” (I Co
9:17,18), naturalmente em servir ao Senhor temos bastante prêmios, mas não se trata da
salvação e sim de galardões, tanto, é fato, que é comparado aos jogos: “não sabeis vós
que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio?
Correi de tal maneira que o alcanceis.” (I Co 9:24). Isso ensina também que o crente
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Deus quer o pentecostalismo?
precisa ter meta no trabalho, ao atuar na pregação do evangelho: “pois eu assim corro,
não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar.” (I Co 9:26). A
palavra reprovado, traduz a grega “adokimos”, que significa “sem valor, reprovado II
Co 13:5-7; desqualificado I Co 9:27; indigno Rm 1:28; inútil Hb 6:8.77”, “1) não
resistindo a teste, não aprovado, 1a) propriamente usado para metais e moedas, 2)
aquilo que quando testado, não é aprovado tal como deveria, 2a) desqualificado para,
desaprovado, falso, espúrio, condenado.78”, portanto, não passado no teste, daí a
pergunta que fica é que teste é esse? O de I Co 3:10-15, onde todos os crentes terão suas
obras submetidas ao fogo, dia em que muitos perderão coroas (galardões): “eis que
venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Ap 3:11).
Além do que já foi falado, este verso jamais poderia ser considerado em
relação à salvação, pois se este verso tivesse relação com a salvação faria ser ela o
prêmio pela atuação, ou seja, pelas obras do crente, o que contraria totalmente a Bíblia,
fala que a salvação é pela graça: “estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos
vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),” (Ef 2:5), se é pela graça, que
é favor imerecido de Deus, portanto, não é pelas obras: “mas se é por graça, já não é
pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não
é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra.” (Rm 11:6), daí a impossibilidade
deste verso se referir à salvação:
Paulo não está, de modo algum, falando aqui da salvação, mas do serviço, ele não está
sugerindo que pudesse ser perdido, mas em não ser aprovado, no teste, com o seu serviço e
assim rejeitado para o prêmio, esta interpretação encaixa exatamente com o sentido da
palavra reprovado e o contexto esportivo, Paulo reconhece a horrível possibilidade de ter
pregado aos outros e ele mesmo ser posto na prateleira pelo Senhor e não ser mais usado
por Ele79.
“De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha
presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa
salvação com temor e tremor;” (Fp 2:12).
É verdade que a Bíblia ensina que o crente deve se dedicar às boas obras
(Mt 5:16; At 9:36; II Co 9:8; Cl 1:10; II Ts 2:17; I Tm 2:10; 5:10,25; 6:18; II Tm 2:21;
3:17; Tt 2:7,14; 3:1,14; Hb 10:24; 13:21; I Pd 2:12), mas este verso não significa que a
salvação é operacionalizada, ou seja, continuada por boas obra do salvo, até porque a
salvação é diferente das obras e independente delas: “não vem das obras, para que
ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas
obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2:9,10). A Bíblia
ensina a ordem correta, primeiro a salvação, depois sim é requerido boas obras:
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos
salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente
ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela
sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna. Fiel é a palavra, e
isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas
obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens. (Tt 3:5-8).
Em uma comparação, seria como um trabalhador, primeiro ele é admitido
na empresa para só depois trabalhar nela e não na ordem inversa, se quisesse primeiro
77
Gingrich, p. 12
78
Strong, p.1163
79
MacDonald, p.
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
trabalhar para depois ser admitido não poderia, já que tem uma ordem seqüencial.
Voltando fica claro que operar ai é o inverso do que é tentado falar, pois operar é o
salvo trabalhar em conseqüência de ser salvo e não para ser salvo, isso na leitura do
contexto, o verso seguinte fala que quem provê a salvação é Deus: “porque Deus é o
que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp
2:13), na verdade, é Ele Quem opera a salvação no sentido de dar a salvação:
A palavra “operai” é a tradução da palavra grega que significa “levar ao objetivo, levar até
a conclusão final”, nós dizemos: “o estudante resolveu o problema de aritmética”, que é ele
levou o problema a conclusão final, este é o sentido que é usado aqui, os filipenses são
exortados a levar a salvação deles a conclusão final, isto é, a forma de Cristo; a salvação,
falada aqui, não é justificação, mas santificação, vitória sobre o pecado e viver a vida
agradando ao Senhor Jesus, eles eram para ver isso, que eles faziam progressos vidas cristãs
deles, era para eles fazerem isso com temor e tremor... esta é a responsabilidade humana80.
“E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé
em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e à virtude da
sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte;
para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já
a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui
também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado;
mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando
para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação
de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3:9-14).
Esta passagem sequer fala da salvação, o que a faz ser impossível tratar
da perda dela, pelas seguintes razões do contexto: primeiro, a passagem fala do
chamamento do apóstolo, o qual ele se esforçou para cumprir (vs 10,14), considerando
as demais coisas perdas (vs 5-8), segundo, o verso 14 fala em prêmio, como todos sabe
prêmio é recompensa por algo, a salvação é dom gratuito (Rm 5:15,16; 6:23), portanto,
um presente, o que nada tem a ver com prêmio, daí fica claro que o que o verso se refere
é galardão, não salvação, terceiro, no verso 11 não há a mínima dúvida do apóstolo
quanto à sua ressurreição, pois o Senhor Jesus prometera e no mesmo livro versos antes
é falado sobre a ressurreição: “tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós
começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” (Fp 1:6).
“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de
Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para
arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o
expõem ao vitupério.” (Hb 6:4-6).
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Deus quer o pentecostalismo?
salvos, pois o verso 9 diz: “mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas
que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.” (Hb 6:9), deixando claro que o
grupo de pessoas, desses 3 versos, não são salvas, ou seja, não são crentes.
Este capítulo tem alguns versos usados por quem defende a perda da
salvação, em especial, os versos texto, podemos observar parte a parte dos versos, assim
fica mais fácil entender, vou grifar algumas palavras. Começando a responder este
capítulo, bem como o livro, foi escrito aos judeus, por isso que o nome do livro é
Hebreus, este capítulo mostra que a lei não é perfeita, ela não pode tirar o pecado, isso é
exemplificado de duas maneiras, primeiro, o capítulo começa assim: “porque tendo a
lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos
sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se
chegam.” (Hb 10:1), deixando claro que a lei é apenas sombra, é incompleta, e continua:
“doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os
ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.” (Hb 10:2), os sacrifícios
mencionados são aqueles feitos pelos sacerdotes e, em especial, o anual pelo povo
realizado pelo sumo sacerdote, que se fosse perfeito não seria realizado periodicamente,
mas é imperfeito, pois: “nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos
pecados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.”
(Hb 10:3,4).
Agora ficou claro, é impossível que aquele sacrifício tirasse o pecado,
eles eram tão somente sombra do sacrifício feito na cruz, pelo Senhor Jesus, que é o
Cordeiro de Deus: “no dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo 1:29), e só Ele então pode tirar o
pecado, e o Mestre substituiu a lei para estabelecer a nova aliança, com o Seu sangue;
“então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para
estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo
de Jesus Cristo, feita uma vez.” (Hb 10:9,10), sangue derramado somente uma vez, já
que o sacrifício dEle foi perfeito, daí é não se repetirá jamais, foi de uma vez por todas:
“e assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os
mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; Mas este, havendo oferecido
para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus,” (Hb
10:11,12).
Sacrifício este que dá acesso do homem, que nEle crer, a Deus: “tendo,
pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo
caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,” (Hb 10:19,20), agora
chegamos ao nossos versos textos, que diz: “porque, se pecarmos voluntariamente,
depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício
pelos pecados,”, e não haverá, pois como falado, nos parágrafos acima, o sacrifício do
Mestre foi único, daí não haverá outro sacrifício, daí de nada adianta nem mesmo
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
sacrificar animais, pois não há salvação sem Cristo, pergunta similar foi feita no
capítulo 2: “como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação,
a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a
ouviram;” (Hb 2:3) e o escritor exorta aos hebreus a crerem em Cristo, e dá exemplo do
ocorrido no Velho Testamento: “vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não
escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos
desviarmos daquele que é dos céus;” (Hb 12:25), o verso diz, em outras palavras, que
como os israelitas não atenderam a advertência de Moisés e morreram no deserto, se
eles não atentarem para Cristo, que é de Quem o escritor fala, eles serão condenados, o
pecado mencionado como sendo voluntário é deixar de crer em Cristo e esperar nEle,
agora já sabedor que Ele é o que veio fazer o Novo Testamento, para seguir o Velho,
que é apenas sombra do Novo.
Continuando nos versos textos, o verso 28 menciona o número mínimo
de testemunhas, exigido por lei, para infligir a pena: “por boca de duas testemunhas, ou
três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha
não morrerá.” (Dt 17:6), (cf Dt 19:15; II Co 13:1), se para a punição da lei, a pena era
dura e tão somente necessários duas ou três testemunhas, a pena era a de morte, daí o
verso 29 fala que a punição para quem rejeitar o Filho, a punição será maior que a
morte; a Bíblia diz assim: “aquele que pisar o Filho de Deus”, “esta linguagem é tirada
do costume dos conquistadores ancestrais, que costumavam pisar o tornozelo dos seus
inimigos quando os subjugavam ou do fato das pessoas pisarem naqueles que elas
desprezavam e desdenhavam...81”; uma coisa também precisa ficar clara, quem é que
despreza a Cristo? Existe algum tipo de desprezo a Deus? A Bíblia responde que Deus
disse que todos pecaram, daí “se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a
sua palavra não está em nós.” (I Jo 1:10), Ele é chamado de mentiroso também quando
alguém não crê no Filho: “quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho;
quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de
seu Filho deu.” (I Jo 5:10), já quem crê confirma que Ele é verdadeiro: “e aquilo que
ele viu e ouviu isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho. Aquele que aceitou o
seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro.” (Jo 3:32,33), afinal, de contas,
quem é verdadeiro, Deus ou o homem? A resposta é: “de maneira nenhuma; sempre
seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas
justificado em tuas palavras, E venças quando fores julgado.” (Rm 3:4), deixando claro
mais um motivo pelo qual o incrédulo terá um duro juízo, pois “horrenda coisa é cair
nas mãos do Deus vivo.” (Hb 10:31).
O verso 29 ainda fala de ter havido por profano o sangue do Senhor
Jesus, que é o sangue do verdadeiro Cordeiro de Deus ser equiparado ao sangue de
animais ou pessoas comuns, ele se refere “… ‘aqueles que não esperam mais benefícios
do sangue de Cristo mais do que de vacas e ovelhas!’ não é esse precisamente o crime,
que o apóstolo fala aqui e que ele fala que Deus não terá misericórdia82?”:
Eles tiveram por profano o sangue da aliança com que foi santificado, uma coisa profana,
que é o sangue de Cristo, com o qual o pacto foi adquirido e selado e no qual Cristo mesmo
foi consagrado ou com o qual o apóstata foi santificado, isto é, visivelmente iniciado dentro
do novo concerto pelo batismo e admitido na ceia do Senhor; observe que há tipo de
santificação que as pessoas podem fazer parte e depois saírem, isso pode ser distinguido
pelos dons comuns e graças pela profissão externa, pela forma de bondade, o cumprimento
de deveres e grupo de privilégio e finalmente cair. Homens que antes tiveram o sangue de
Cristo em alta estima podem depois tê-lo como profano, não melhor que o sangue de um
malfeitor...83
81
Barnes, p. 1246
82
Clarke, Adam. Adam Clarke's Commentary on the Whole Bible., GraceWorks Multimedia, 2008
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Deus quer o pentecostalismo?
Então a expressão com que foi santificado é “... devido à associação com
cristãos ele foi santificado do mesmo modo que o marido incrédulo é santificado pela
esposa crente (I Co 7:14), mas isso não significa que ele seja salvo 84.”. O estudado tem a
ver com um pecado terrível o de adicionar algo ao sangue de Cristo, os judaizantes
queriam adicionar a lei, muitos querem adicionar obrar, outros querem adicionar bom
caráter, vários preceitos têm sido adicionado ao sangue de Cristo, a idéia é além de crer
em Cristo, além de professar a fé nEle, a pessoa tem de fazer algo, a salvação hoje está
disponível ao que crer independente das obras, pois se precisasse fazer algo o sacrifício
do Senhor Jesus não teria sido suficiente, e a salvação, por fim, não seria pela graça,
“mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.
Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra.”
(Rm 11:6).
Este verso tão somente ensina que a salvação é o fim, objetivo, resultado
final de nossa fé, essa construção, modo de dizer foi usado também em: “mas agora,
libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e
por fim a vida eterna.” (Rm 6:22), daí fica claro que o fim mencionado é o resultado da
fé, quanto à salvação a Bíblia não ensina que a salvação seja incerta, pelo contrário a
salvação é firme, é certa: “e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém
as arrebatará da minha mão.” (Jo 10:28); outro ensinamento, que fica claro, neste
verso-texto, é o dos tempos da salvação, a Bíblia menciona a salvação no passado: “que
nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos
tempos dos séculos;” (II Tm 1:9), “não pelas obras de justiça que houvéssemos feito,
mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da
renovação do Espírito Santo,” (Tt 3:5), “estando nós ainda mortos em nossas ofensas,
nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),” (Ef 2:5).
É mencionada no passado porque ela já foi operada, quem crê em Cristo
já foi salvo, e isso é tão forte e completo, que a Bíblia também menciona a salvação no
presente, deixando claro que o crente tem a salvação: “aquele que crê no Filho tem a
vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre
ele permanece.” (Jo 3:36), “na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em
mim tem a vida eterna.” (Jo 6:47), o crente é exortado a compreender melhor a sua
salvação e assim fazer o que foi designado com sua salvação: “milita a boa milícia da
fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa
confissão diante de muitas testemunhas.” (I Tm 6:12), mas não é só, a salvação também
é colocada no futuro: “que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a
salvação, já prestes para se revelar no último tempo,” (I Pd 1:5), “que não haja de
receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna.” (Lc 18:30).
A explicação porque está no futuro é fácil: “porquanto a vontade
daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida
eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6:40), está ligada à ressurreição, que é a
completude da salvação, e o crente pode ficar tranqüilo quanto a isso, pois “e esta é a
83
Henry, p. 1357
84
MacDonald, p. 1206
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
promessa que ele nos fez: a vida eterna.” (I Jo 2:25), promessa que Ele vai cumprir,
enquanto não somos ressuscitados vivemos na esperança disso ocorrer: “em esperança
da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos
séculos;” (Tt 1:2), “para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos
herdeiros segundo a esperança da vida eterna.” (Tt 3:7); o crente, ou seja, aquele que
confia em Cristo como Salvador pessoal, é salvo, no passado, presente e futuro: “estas
coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que
tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.” (I Jo 5:13).
Ficou claro que o fim da fé, que é a salvação, no verso-texto, é tão
somente o resultado da fé e nada tem a ver com atitudes do homem como operar a
salvação que alguns entendem juntando este verso ao: “de sorte que, meus amados,
assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na
minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;” (Fp
2:12), pois a salvação não cresce, o salvo é salvo da ira de Deus, além do mais, alguém
só pode operar algo que já existe (cf 2.3.2.3.2.10. Filipenses 2:12); quanto ao fim da fé e
esperança cf 2.4.2.4.1.2. I Coríntios 13:10.
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Deus quer o pentecostalismo?
quem crer no Filho é considerado justo diante de Deus, pois Ele coloca a justiça do
Filho sobre aquele que crer: “tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus,
por nosso Senhor Jesus Cristo;” (Rm 5:1), “de maneira que a lei nos serviu de aio,
para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” (Gl 3:24), isso é
um favor de Deus, ou seja é pela graça dEle: “sendo justificados gratuitamente pela sua
graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (Rm 3:24), (cf Tt 3:7), e o elemento
essencial para isso foi o sangue do Mestre: “logo muito mais agora, tendo sido
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Rm 5:9).
Os versos colocados acima não se contradizem apenas mostram que o
homem naturalmente é sem justiça alguma, pois está cheio de pecados, e só pode ser
justificado diante de Deus pela fé em Cristo, daí ele passa a ser justo, então justo é
aquele que crê em Cristo como Salvador pessoal; voltando ao verso texto, tenho dúvidas
se o verso se refere à salvação da alma (eterna) ou do juízo de Deus, mas qualquer que
seja a resposta a aplicação é a mesma: “eis que o justo recebe na terra a retribuição;
quanto mais o ímpio e o pecador!” (Pv 11:31), “porque, eis que na cidade que se
chama pelo meu nome começo a castigar; e ficareis vós totalmente impunes? Não
ficareis impunes, porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o
SENHOR dos Exércitos.” (Jr 25:29), “Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se
vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de
homens.” (II Sm 7:14).
“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento
do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-
se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem
o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que
lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O
cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” (II Pd
2:20-22).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
mas não tem amor por ela, eles rejeitam o que professam e tornam-se escravo de alguns
tipos de corrupção85.”, W.A. Criswell descreve o falso doutor assim:
... um suave, afável, apresentável, estudado, que se diz amigo de Cristo, ele prega no
púlpito, escreve livros de aprendizado, ele publica artigos em revistas religiosas, ele ataca o
cristianismo de dentro, ele faz da igreja e da escola um alojamento para todo tipo de sujos e
detestáveis pássaros, ele leveda a comida com a doutrina dos saduceus86.
De forma similar é o comentário do Comentário Primitivo Batista:
O contexto amplificado de II Pd 2:1-22, e o propósito de Pedro, em escrever esta carta
contra os falsos mestres, inclui estes inclina versos em questão, não devemos olhar a
dramática distinção entre o primeiro objetivo de Pedro em I e II Pd, em I Pd ele escreve
sobre inimigos, que perseguirão e procurarão destruir a igreja pelo lado de fora, já em II Pd
ele escreve sobre falsos mestres, que procurarão similar destruição contra a igreja do
Senhor, pelo lado de dentro, entretanto, Pedro unifica sua estratégia para as duas cartas; se
no trato com hostis assaltos, de fora, ou de falsos mestres, de dentro, é para estamos
completamente e constantemente equipados para responder a razão e para honrar a nossa
fé87.
“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será
no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” (Ap 21:8).
85
McGee, J. Vernon. Thru the Bible. Thomas Nelson, 1990, p. 1023
86
MacDonald, p. 1356
87
Primitive Baptist Commentary, disponível no sito eletrônico http://e-sword-users.org/users/node/979,
p. 275
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Deus quer o pentecostalismo?
Espírito: “vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus
habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm
8:9), “em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito
Santo da promessa.” (Ef 1:13), razão que faz o verso 8 não se referir ao crente, e sim
aos incrédulos, que não aceitaram o convite de salvação do verso 6. Continuando o
verso 7 diz: “quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu
filho.”, mostrando também que o verso 8 não se refere ao crente, esta expressão, quem
vencer, se refere a todo aquele que crê em Cristo como Salvador pessoal: “porque todo
o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa
fé.” (I Jo 5:4), motivo que o verso 8 é para quem não venceu o mundo, portanto, quem
não recebe (confia) o Senhor Jesus como Único e Suficiente Salvador.
O próprio verso 8 começa com uma conjunção adversativa, mas,
justamente para mostrar a diferença entre quem aceitou o convite e conseqüentemente
venceu o mundo, de quem não creu no evangelho, não poderia se referir ao crente, pois
dele é dito: “e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre
os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos
lavou dos nossos pecados,” (Ap 1:5), tempo do verbo grego é exatamente ao de I Co
6:11, ou seja, aoristo, demonstrando a ação feita de uma única vez pelo Senhor, o meio
utilizado foi o sangue dEle: “mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado,” (I Pd 1:19). Uma vez que o crente foi lavado
sempre terá parte com Cristo:
Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não
tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as
mãos e a cabeça. Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os
pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos. (Jo 13:8-10).
Faltou o capítulo 22, que, pelas mesmas razões expostas acima, não se
refere ao crente, o crente é chamado de santo, não de feiticeiro ou idólatra, salienta
lembrar que os que são condenados o são por não crerem em Cristo, de modo que
mesmo um incrédulo, que não viva na prática de algum pecado desses, nem por isso
será salvo.
“Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis,
que não pouparão ao rebanho;” (At 20:29).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.3.2.3.3.2. Galardões
“Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;” (II
Tm 2:12).
88
Zodhiates, p. 312
89
Barclay, p. 458
Página 74
Deus quer o pentecostalismo?
2.3.2.3.3.3. Os frutos
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e
a tenham com abundância.” (Jo 10:10).
O Senhor salvou os Seus servos para que eles tenham uma vida de
comunhão com Deus, vivendo assim o melhor dela, uma vida em abundância, vida
aprovada, por Deus, em não vivendo assim o crente sofre detrimentos, mas nada disso
tem a ver com sua salvação e sim com a correção de Deus, que objetiva a fazê-lo se
arrepender: “lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te.
E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei.” (Ap 3:3), só para que fique clara a vontade de Deus: “assim, meus irmãos,
também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro,
daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” (Rm
7:4), “ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e
multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;” (II Co 9:10),
“cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.”
(Fp 1:11), “para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em
tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;” (Cl
1:10).
Um verso deixa claro que a vontade de Deus é que o crente frutifique,
afinal o Mestre não quer ver Seus servos infrutíferos, como encontrou uma figueira, que
deveria estar frutificando e não estava: “e, avistando uma figueira perto do caminho,
dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de
ti! E a figueira secou imediatamente.” (Mt 21:19), mas deixa claro que o frutificar nada
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
tem a ver com a salvação: “mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus,
tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” (Rm 6:22), nada tem a
ver no sentido de causa, as boas obras, não são causas, mas efeitos da salvação, elas
servem para que Deus seja glorificado: “nisto é glorificado meu Pai, que deis muito
fruto; e assim sereis meus discípulos.” (Jo 15:8), “assim resplandeça a vossa luz diante
dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está
nos céus.” (Mt 5:16):
O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão
plantados na casa do SENHOR florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda
darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha
rocha e nele não há injustiça. (Sl 92:12-14).
2.3.2.3.4.1. Esaú
“E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu
direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a
bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com
lágrimas o buscou.” (Hb 12:16,17).
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Deus quer o pentecostalismo?
de morrer; para que me servirá a primogenitura?” (Gn 25:32), ora, se Deus havia
prometido que faria dos pais dele uma grande nação e ele era o primogênito bastaria
confiar em Deus, pois de fome ele não morreria, mas ele fez o inverso, bem diferente do
avô dele, que quando Deus pediu que ele sacrificasse o pai dele, Abraão foi cumprir,
pois “sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que
Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar;” (Hb 11:18), para mostrar
melhor o descaso dele, a primogenitura lhe concedia outros direitos:
O direito de primogenitura do filho mais velho lhe dava precedência sobre seus irmãos (cf
Gn 43:33), e lhe assegurava porção dobrada da herança paterna (cf Dt 21:17). Poderia ser
perdido pela prática de algum pecado sério (cf I Cr 5:1) e podia ser negociado, como
ocorreu aqui. O acordo foi solenemente confirmado com um juramento (Gn 25:33)90.
2.3.2.3.4.2. Judas
2.3.2.3.5. Observações
(Rm 6:4-,6,8; 8:3,4,13; 12:1; 13:13,14; II Co 4:11; 5:15 7:1; Gl 5:24; 6:14; Ef 4:1,22; Cl
2:11-14; I Ts 4:3-7; II Tm 2:22; Tt 2:12; I Pd 3:16; 4:1; II Pd 1:3; 3:12-14; I Jo 2:15-
17).
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a
si mesmo por mim.” (Gl 2:20).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
membros a Deus, como instrumentos de justiça.” (Rm 6:13), “trazendo sempre por toda
a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se
manifeste também nos nossos corpos;” (II Co 4:10), “para que, no tempo que vos resta
na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a
vontade de Deus.” (I Pd 4:2), “digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a
concupiscência da carne.” (Gl 5:16).
O crente está em terra estranha: “como cantaremos a canção do
SENHOR em terra estranha?” (Sl 137:4), ele se tornou peregrino aqui: “amados, peço-
vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais
que combatem contra a alma;” (I Pd 2:11), por isso, não deve amar o mundo:
“adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra
Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de
Deus.” (Tg 4:4) “não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o
mundo, o amor do Pai não está nele.” (I Jo 2:15), “porque tudo o que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do
Pai, mas do mundo.” (I Jo 2:16). O crente, que está ligado às coisas terrenas, está
mais exposto ao pecado: “de onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não
vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (Tg 4:1),
“pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver,
vive para Deus.” (Rm 6:10), por isso: “já estou crucificado com Cristo; e vivo, não
mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do
Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20), “e os
que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” (Gl
5:24).
É necessário também falar de quem tem a segurança eterna, para que
ninguém se ache seguro enquanto é um perdido, e das advertências por não seguir aos
ensinos, o que será tratado nesta seção e das bênçãos de servir a Deus.
2.3.2.3.5.1. Danos
“Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como
pelo fogo.” (I Co 3:15).
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Deus quer o pentecostalismo?
salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo, odiando até a túnica manchada da
carne.” (Jd 1:23).
“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”
(Ap 3:11).
Os fiéis até a morte receberão a coroa da vida Ap 2:10, que nada mais é
que um nome para galardão, que pode ser perdido: “olhai por vós mesmos, para que
não percamos o que temos ganho. Antes recebamos o inteiro galardão.” (II Jo 1:8),
(2.3.2.3.5.1. Danos), então o crente, em pecado, perderá galardões, quando o Senhor
Jesus aparecer: “e, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa
da glória.” (I Pd 5:4). Ao comentar a questão Burke fala:
Pode-se inferir, desta passagem, que os crentes podem perder galardões, não podemos perder
nossa salvação eterna, pois a salvação não é galardão, salvação, amado, não é um pagamento por
um debito, Romanos 4 nos ensina, a salvação não pode ser ganha por trabalho e nenhum outro
meio, portanto, João não está falando da salvação, nesta passagem... Enganos podem causar a
perda de galardões, falsos ensinos nos tirarão do caminho da verdade, amado, se não crermos
corretamente, não poderemos nem iremos servir ao Senhor corretamente, como resultado,
perderemos galardões, podemos também perder galardões que já ganhamos no passado e podemos
ser impedidos de ganhar novos galardões no futuro91.
2.3.2.3.5.1.2. A morte
“Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei,
operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.” (Rm 7:5).
91
Burke, Christopher W. Studies in The Epistles of John, disponível no sítio eletrônico http://sglblibrary.
homestead.com/files/StudiesByChrisBurke/123JohnWebVersion.htm#thdjohn2
Página 79
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu,
não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se
suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não
corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então
bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos
corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos
espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos
corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos
participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece
ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos
exercitados por ela.” (Hb 12:5-11).
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Deus quer o pentecostalismo?
meu, não rejeites a correção do SENHOR, nem te enojes da sua repreensão. Porque o
SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.”
(Pv 3:11,12).
A base da correção é o amor: “Eu repreendo e castigo a todos quantos
amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.” (Ap 3:19) e o objetivo é o crescimento do crente:
“foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” (Sl 119:71), “bem
sei eu, ó SENHOR, que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade me
afligiste.” (Sl 119:75), “mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor,
para não sermos condenados com o mundo.” (I Co 11:32). O crente não pode ser como
alguns israelitas, no Velho Testamento: “em vão castiguei os vossos filhos; eles não
aceitaram a correção; a vossa espada devorou os vossos profetas como um leão
destruidor.” (Jr 2:30), “não obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; não confiou no
SENHOR; nem se aproximou do seu Deus.” (Sf 3:2), deve aceitar a correção do Senhor,
até porque, cada vez mais, ela aumenta: “correção severa há para o que deixa a vereda,
e o que odeia a repreensão morrerá.” (Pv 15:10). Há uma lição, que é óbvia, à medida
que o crente aprende uma lição ele não precisa reaprendê-la, de tal modo naquele ponto
ele não será mais corrigido, o crente, que quer viver no pecado, sofrerá a correção de
Deus continuamente, do mesmo jeito que um cavaleiro usa a espora para fazer um
cavalo seguir na direção desejada, e quanto mais ele desobedecer pior será: “e ele disse:
Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti
recalcitrar contra os aguilhões.” (At 9:5), a pergunta para você crente, Deus precisará
corrigir você no mesmo ponto a todo instante? Então aprenda, pois duro é recalcitrar
contra os aguilhões do Senhor.
“Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu
mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (I Co 9:27).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.3.2.3.5.2. Bênçãos
Grandes são as bênçãos em ser aceito por Deus, aprovado diante dEle:
“porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.” (Rm
14:18), esta é a diligência, que cada crente deve ter: “procura apresentar-te a Deus
aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade.” (II Tm 2:15), “mas, como fomos aprovados de Deus para que o
evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas
a Deus, que prova os nossos corações.” (I Ts 2:4), o servo que assim procede é
engrandecido por Deus: “porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim,
aquele a quem o Senhor louva.” (II Co 10:18), “para que a prova da vossa fé, muito
mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e
honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;” (I Pd 1:7). Ele concede gloria eterna:
“portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a
salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.” (II Tm 2:10), “ora, àquele que é
poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria,
perante a sua glória,” (Jd 1:24).
Como diz a Palavra, a salvação é imperdível, ou seja, uma vez que a tem
não se pode mais perdê-la, ocorre ser necessário fazer algumas observações, primeiro,
conceituar o que é ser crente, muitos se dizem crentes, e o termo crente apenas designa
que a pessoa crê em algo ou alguém, quando é falado crente é sempre usado no sentido
técnico bíblico, ou seja, é um sinônimo para salvo, em outras palavras, a pessoa que crê
no Senhor Jesus como Salvador pessoal dela, crer em Cristo nada tem a ver com dizer
que creu, ou levantar a mão, atendendo ao apelo de um pregador, ir a igreja, ler a Bíblia,
pois nada disso tem o condão de salvar o pecador, quem faz as coisas retro-citadas pode
ser um religioso, o que é bem distinto de ser salvo. Para ser salvo, só para reprisar, é
necessário cumprir a condição bíblica, que é: “e eles disseram: Crê no Senhor Jesus
Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.” (At 16:31), “a saber: Se com a tua boca
confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo.” (Rm 10:9), isso pela graça inefável de Deus: “porque pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Ef 2:8), “mas
cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.” (At
15:11).
Não foi dito, em lugar algum, que o crente pode viver uma vida
incompatível com o padrão bíblico, a graça de Deus não pode ser subterfúgio para o
pecado, pelo contrário, do crente é requerido uma vida santa: “mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;
porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” (I Pd 1:15,16), caso o crente
tenha uma vida desqualificada, ele terá consideráveis perdas e punições: perda de
galardões (I Co 5:14,15; II João 1:8; Ap 2:10; 3:11), morte (I Co 3:16,17; 5:1-5; I Jo
5:16,17), serão salvos como pelo fogo (I Co 3:15), em contra partida a obediência traz
grandes bênçãos: “porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de
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Deus quer o pentecostalismo?
2.3.2.3.5.4. Batismo
“E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o
nome do Senhor.” (At 22:16). 3:38
Este verso e o seguinte: “quem crer e for batizado será salvo; mas quem
não crer será condenado.” (Mc 16:16), no mesmo livro é falado da desnecessidade do
batismo: “arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos
pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,” (At 3:19),
“respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não
sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?” (At 10:47),
este último verso mostra que as pessoas primeiro receberam o Espírito, portanto, salvas,
pois só tem o Espírito Santo quem é crente: “vós, porém, não estais na carne, mas no
Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito
de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8:9), “em quem também vós estais, depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também
crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” (Ef 1:13), e somente depois
que foram batizadas, tanto que o apóstolo Paulo falou: “porque Cristo enviou-me, não
para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de
Cristo se não faça vã.” (I Co 1:17), “dou graças a Deus, porque a nenhum de vós
batizei, senão a Crispo e a Gaio,” (I Co 1:14), o próprio apóstolo disse: “mas cremos
que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.” (At 15:11),
então o batismo não é necessário para a salvação, ela não aparece mais em outros
lugares, é possível que o batismo aqui tenha sido necessário, observe que o destinatário
é o povo judeu, por eles terem matado ao Senhor Jesus; sobre a remissão de pecados,
ela aparece no mesmo livro de Atos sem a menção do batismo: “Deus com a sua destra
o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos
pecados.” (At 5:31), “para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do
poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre
os que são santificados pela fé em mim.” (At 26:18); quem hoje quiser ser salvo
precisará tão somente crer em Cristo como se Salvador pessoal: “a saber: Se com a tua
boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo.” (Rm 10:9), sem a necessidade do batismo, como todos
os salvos desta dispensação e do ladrão na cruz, ao qual o Senhor disse: “e disse-lhe
Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc 23:43).
2.3.3. Conclusão
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
nem é condição para a salvação, é assim que Deus salva ao homem, nesta dispensação
da graça. Ao avaliar a doutrina bíblica da salvação, com a do pentecostalismo, vemos
que ele não passou no teste, o que é muito triste, pois infelizmente a salvação defendida,
por ele, tem por base os méritos humanos, confundindo a causa com o efeito, as boas
obras, vida impoluta, e o que mais for, são conseqüências da salvação e não pré-
requisitos para se salvar. Ao falar da salvação, vimos a importância do evangelho,
infelizmente também hoje há muitos evangelhos, evangelhos de outros “cristos” e não o
do Senhor Jesus, que é poder de Deus para a salvação: “porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê;
primeiro do judeu, e também do grego.” (Rm 1:16), daí a necessidade de se pregar o
legítimo evangelho, para que as pessoas creiam em Cristo e sejam salvas.
92
Gingrich, p. 221
93
Strong, p. 1458
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Deus quer o pentecostalismo?
los: “mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que
o dom de Deus se alcança por dinheiro.” (At 8:20).
Cada crente tem um dom, pois há a exortação: “cada um administre aos
outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.”
(I Pd 4:10), que, por exemplo, pode ser uma chamada: “porque quereria que todos os
homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de
uma maneira e outro de outra.” (I Co 7:7), “do qual fui feito ministro, pelo dom da
graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.” (Ef 3:7), a própria
vida física: “mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de
um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só
homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.” (Rm 5:15), um conhecimento: “porque
desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais
confortados;” (Rm 1:11), os dons podem ser permanentes ou temporários, ordinário ou
extraordinário, que logo veremos do que se trata cada expressão, ainda sobre os dons a
Palavra fala: “porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento.” (Rm
11:29).
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.”
(Jl 2:28,29).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.4.2.1.1. Pastor
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas,
e outros para pastores e doutores,” (Ef 4:11).
Este é um dom o dom de maior liderança na igreja este dom será mais
bem tratado mais adiante (cf 2.5.2.3.1. Pastor):
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Deus quer o pentecostalismo?
O pastor é mensageiro de Deus e deve ser ouvido atentamente. O pastor fiel está
preocupado com o seu povo. Ele é, de um certo modo, um vigia, um guarda, bem como um
mestre. O dever primário do pastor é pregar a Palavra, mas há outros deveres. É minha
convicção que as igrejas nem sempre atribuem ao pastor a devida importância que lhe é
dada pela divina comissão. Ele ocupa um lugar único no governo da igreja94.
Ele precisa ser uma pessoa versada na Bíblia, uma das qualificações
necessárias é ser apto a ensinar, “o ministério pastoral é um ministério de guarda e se
refere àqueles que protegem o rebanho dos lobos que procuram destruí-lo.95”, por ser
um ministério de guarda, envolve muitas coisas:
Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos,
para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu
sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não
pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas
perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que
durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso
para vos edificar e dar herança entre todos os santificados. De ninguém cobicei a prata, nem
o ouro, nem o vestuário. Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim,
e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo que,
trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor
Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. (At 20:28-35).
Na visão de MacArthur Jr.96, quando ensinando sobre a passagem acima,
ele entende que o pastor tem de se conservar reto diante de Deus, é a exortação contida
em “olhai por vós mesmos”, alimentar e liderar o rebanho de Deus: “apascentardes a
igreja de Deus”, orar e estudar: “encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça”,
estar livre de interesse próprio: “de ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o
vestuário... mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.”. Como é o cargo de
maior liderança, ele não pode dominar a igreja (I Pd 5:3), afinal de contas, ele também é
uma das ovelhas de Deus, jamais deve se preocupar em agradar a homens e sim a Deus
(I Co 4:3; Gl 1:10; I Ts 2:4), viver uma vida que não dê escândalo (I Co 10:32,33; II Co
6:3), o que envolve guardar, até mesmo, da aparência do mal (I Ts 5:22), outra coisa
muito importante é não ser preso às coisas seculares (Lc 9:60), pois: “ninguém que
milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou
para a guerra.” (II Tm 2:4).
Como sabido, a tarefa do pastor é apascentar as ovelhas, temos o
exemplo do Sumo Pastor, o Senhor Jesus: “e, quando aparecer o Sumo Pastor,
alcançareis a incorruptível coroa da glória.” (I Pd 5:4), Ele é o Bom Pastor: “Eu sou o
bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (Jo 10:11), “Eu sou o bom
Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.” (Jo 10:14), o salmo
23 dá uma vívida realidade da vida do pastor de ovelhas; no caso do pastor, ele
necessariamente precisa combater o bom combate, que envolve guardar a fé, a doutrina
bíblica sã e salva (Fp 1:30; Ef 6:13-24; I Tm 6:12; II Tm 4:7; Tt 1:9,11; Jd 1:3), isso não
é tarefa fácil, mas ele deve suportar as dificuldades (I Co 10:13; II Tm 2:3), ensinar o
rebanho (At 11:26; 15:35; 18:11; 20:20; Rm 12:7; Cl 1:28; I Tm 3:2; 4:13; 5:17; II Tm
2:2), com isso edificar a igreja (II Co 12:19; Ef 4:12), que é o trabalho mais amplo,
envolve advertir, isso para evitar o pecado (At 20:31; I Ts 5:12; II Ts 3:14; I Tm 4:1,6;
Tt 3:10,13), repreender (Tt 1:9-13; 2:15; I Tm 5:20; II Tm 4:2), para que a pessoa saia
do pecado, não saindo então haverá a necessidade de disciplinar (I Co 5:3-5), havendo o
94
Burgess, W.J. Os Batistas Ontem e Hoje. Editora Gráfica Batista, primeira edição, 1991, p. 24
95
Courson, Jon. Jon Courson's Application Commentary: New Testament, Thomas Nelson, 2004
96
MacArthur Jr., John. Leadership: God's priority for the church. Grace Community Church; 2nd
edition, 1975, p. 15
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
arrependimento, de consolar (II Co 1:4-6; 2:7; I Ts 4:18; 5:14), como também aos fieis
que passem por alguma dificuldade e assim os animar (I Ts 2:3,11; 3:2; II Tm 4:2; Tt
2:15; Hb 3:3; II Pd 1:12; 3:1; Jd 1:3), se houver contradizentes, a esses o trabalho é
convencer (Tt 1:9).
2.4.2.1.2. Professor
(Dt 33:10; Ec 12:9; Mt 28:19; At 13:1; Ef 4:11; Cl 1:28,29; I Tm 2:7; 3:2; 5:17; II Tm
2:2,24).
2.4.2.1.3. Evangelista
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas,
e outros para pastores e doutores,” (Ef 4:11).
97
Tuggy, p. 467
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Deus quer o pentecostalismo?
que era um dos sete, ficamos com ele.” (At 21:8), em Atos 8, sendo que em um dos
versos diz: “e, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo.” (At 8:5).
Pregar o evangelho tem sempre dois vértices, falar do sacrifício feito pelo
Senhor Jesus no lugar do pecador, possibilitando agora a salvação a todo aquele que
nEle crer e manter-se firme na fé (doutrina):
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os
ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a
obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. (II Tm 4:3-5).
A exortação bíblica é clara, outros tantos se desviarão, mas o evangelista
(mas tu) não, ele tem de fazer o trabalho bem feito, para exercer bem o ofício o
evangelista precisa conhecer bem do Mestre e da Bíblia: “o evangelista conhece
completamente a narrativa do evangelho e é capaz de explanar-la, como Filipe, o
evangelista, fez com o eunuco98”. Voltando a falar da imanência e também do exercício
dos dons, vinte anos após a narrativa do capítulo 8, Filipe ainda é o evangelista: “e no
dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia;
e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.” (At
21:8), “seu trabalho evangelístico foi descrito em At 8:1-40, evidentemente ele havia se
estabelecido em Cesaréia (cf At 8:40), que era a maior cidade romana em Israel, e já
vivia por lá por mais de 20 anos quando Paulo chegou.99”.
2.4.2.1.4. Ministério
“Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;” (Rm 12:7).
98
Zodhiates, p. 436
99
Walvoord, p. 1268
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
não é em vão no Senhor: “portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes,
sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no
Senhor.” (I Co 15:58), além do mais, no frigir dos ovos, quem ministra acaba tendo a
melhor parte, pois o próprio Senhor Jesus ensinou que: “o maior dentre vós será vosso
servo.” (Mt 23:11), por isso, se o dom é o ministério, seja em ministrar, ou seja, “esteja
ocupado em100” servir, ministrar, pois até Cristo veio para servir: “porque o Filho do
homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
de muitos.” (Mr 10:45):
Ministrar é um termo amplo significando servir ao Senhor, não significa o ofício, deveres
ou funções do ministro (como é comumente usado hoje), a pessoa que tem este dom de
ministrar tem um coração pronto para servir, ela vê oportunidades para servir e as
aproveita101.
2.4.2.1.5. Exortação
“Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o
que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” (Rm 12:8).
A palavra grega para exortar é a base para várias palavras, daí pode ter
múltiplos significados, como confortar, admoestar, rogar, consolar etc., o que é que se
pode falar dela, é que é chamar alguém, ao lado, para auxiliar (desdobramento da
palavra “parakaleo”, para, lado e “kaleo”, chamar):
1. chamar ao lado, convocar, convidar Lc 8:41; At 8:31; 9:38; 16:9,15. Convocar para
auxilio, chamar para socorrer Mt 26:53; II Co 12:8. - 2. apelar, exortar, encorajar At 14:22;
16:40; Rm 12:1,8; I Co 4:16; II Co 10:1; I Ts 5:11; Hb 3:13; I Pd 5.1. -3. requisitar,
implorar, apelar, rogar, suplicar Mt 8:5; Mc 1:40; Lc 7:4; 8:31s; At 19:31; II Co 12:8; Fm
9. - 4. confortar, consolar, encorajar Mt 5:4; Lc 16:25; II Co 1:4; 7.6; Ef 6:22; I Ts 3:2;
4:18; Tt 1:9. - 5. Em algumas passagens pode significar tentar consolar ou conciliar At
16:39; I Co 4:13; I Ts 2:12 e, possivelmente outras também102.
Pelo fato da exortação ser o chamamento ao lado, ela serve para corrigir
erros e também é preventiva evitando que erros aconteçam; exercer este dom atualmente
é difícil, pois as pessoas já não querem muito ser corrigidas: “e lhes dirás: Esta é a
nação que não deu ouvidos à voz do SENHOR seu Deus e não aceitou a correção; já
pereceu a verdade, e foi cortada da sua boca.” (Jr 7:28), “não obedeceu à sua voz, não
aceitou o castigo; não confiou no SENHOR; nem se aproximou do seu Deus.” (Sf 3:2),
“visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” (Sl
50:17), correção que jamais deveria ser rejeitada: “filho meu, não rejeites a correção do
SENHOR, nem te enojes da sua repreensão.” (Pv 3:11), “porque o mandamento é
lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida,” (Pv 6:23),
Deus exorta: “aceitai a minha correção, e não a prata; e o conhecimento, mais do que
o ouro fino escolhido.” (Pv 8:10), “correção severa há para o que deixa a vereda, e o
que odeia a repreensão morrerá.” (Pv 15:10), tem um fato esquecido, o “puxão de
orelha”, pode ser ruim inicialmente, mas depois o corrigido verá os benefícios dele: “e,
na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza,
mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” (Hb 12:11).
100
Brown, David; Fausset, A. R.; Jamieson, Robert. A Commentary, Critical and Explanatory, on the
Old and New Testaments. S. S. Scranton and Company, 1879
101
MacDonald, p.
102
Gingrich, p. 156
Página 90
Deus quer o pentecostalismo?
2.4.2.1.6. Repartir
“Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o
que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” (Rm 12:8).
2.4.2.1.7. Presidir
“Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o
que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” (Rm 12:8).
Página 91
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.4.2.1.8. Misericórdia
“Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o
que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” (Rm 12:8).
104
Gingrich, p 192
105
MacDonald, p.
106
Gill, p. 617
107
McGee, J. Vernon. Thru the Bible. Thomas Nelson, 1990, p. 494
Página 92
Deus quer o pentecostalismo?
2.4.2.2.1. Apóstolos
“Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os
maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste
mentirosos.” (Ap 2:2).
108
Gingrich, pp. 31,32
Página 93
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
mensagem pregada (Hb 2:4), juntos com os profetas, do NT, seu ministério foi
primeiramente concernente a fundação da igreja (Ef 2:20)109.
O ofício de apóstolo foi temporário e a quantidade dos apóstolos, no sentido
técnico da palavra, é diminuta:
Este foi o distinto nome dos doze apóstolos originalmente (Mt 10:2; Lc 6:13; 9:10; 22:14;
Ap 21:14), ou dos onze posteriormente, com quem Paulo foi contado, como ele disse em I
Co 15:7,9; At 1:26, Paulo justificava sua contabilidade com os apóstolos pelo fato dele ter
sido chamado para o ofício por Cristo em Pessoa110.
E o ministério se findou, pois seu trabalho estava limitado ao período de
estruturação da igreja, como a igreja já foi estruturada e a Bíblia está completa
não há mais necessidade de apóstolos, não há apóstolos hoje, pois: “ao qual, não
o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais
com gozo inefável e glorioso;” (I Pd 1:8), em outras palavras, nenhum homem
hoje preenche os requisitos bíblicos, um deles o elementar de ter visto o Senhor
Jesus ressurreto, conseqüentemente jamais pode ter sido convocado por Ele. A
observação específica sobre o ofício apostólico é que este dom é similar aos
permanentes, no sentido de permanência à pessoa do possuidor, quero dizer que
Paulo foi apóstolo até o fim da vida, igualmente os demais doze, por exemplo,
Pedro. O ofício, por ser da fundação da igreja, exigia autoridade entre outras
coisas:
Os ministros de Cristo são presentes para o povo dele, compare I Co 3:5: “o Senhor deu”,
também I Co 3:21,22, os pontos de distinção dos apóstolos foram a comissão de Cristo:
sendo testemunhas da ressurreição: inspiração especial: autoridade suprema: certificada por
milagres: comissão ilimitada para pregar e para fundar igrejas111.
2.4.2.2.2. Profetas
“O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem
sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;” (Ef 3:5).
Página 94
Deus quer o pentecostalismo?
falaram, pelo Espírito Santo, foi a Palavra de Deus114.”. E diziam o que a igreja deveria
crer, fazer e ensinar e falavam para a edificação, exortação e consolação da igreja; se
analisarmos, não há diferença entre o trabalho do profeta e o do professor, exceto pela
revelação direta de Deus, o que já cessou, curiosamente, pastor e professor são sentidos
secundários da palavra profeta, podemos concluir que os profetas de hoje, que são os
pastores e professores, ensinam à igreja a Palavra revelada aos profetas do primeiro
século.
Ainda é importante salientar algo, profecia não significa necessariamente
falar de algo futuro, como geralmente é pensado e sim falar a Palavra de Deus:
Significa a proclamação da mente e conselho de Deus (pro, para frente, phemi, falar: veja
PROFETA)… Embora boa parte da profecia do Antigo Testamento seja puramente de
previsão, veja Mq 5:2, por exemplo, e confira Jo 11:51, a profecia não é necessariamente,
nem mesmo principalmente, prognosticadora. É uma declaração daquilo que não se pode
conhecer por meios naturais, Mt 26:68, é a proclamação da vontade de Deus, quer com
referência ao passado, ao presente ou ao futuro, veja Gn 20:7; Dt 18:18; Ap 10:11; 11:3115.
A primeira coisa a falar deste dom que ele é distinto da sabedoria que o
crente deve ter e quem tem falta peça a Deus (Tg 1:5), este dom é um conhecimento
imediato do plano e propósitos de Deus, “é o sobrenatural poder de falar com o
discernimento divino, tanto em solver problemas, defender a fé, resolver conflitos, dar
aviso prático ou argüir diante de autoridades hostis116, temos, na Bíblia, vários
exemplos, são eles: a confissão de Pedro (Mt 16:16), a promessa do Mestre (Lc
21:14,15), cumprida em benefício de Pedro e João (At 4:13), Estevão (At 6:10), Tiago
no concílio de Jerusalém (At 15:13-18,25,28), Paulo (II Pd 3:15,16 cf Rm 11:33-36 cf I
Co 2:13); com o fim do Novo Testamento chegou-se o fim do dom de sabedoria, pois
agora é só buscar na fonte sagrada, a Bíblia.
114
MacDonald, p. 1270
115
Vine, W. E. Expository Dictionary of New Testament Words, Vol. P. 221, Thomas Nelson Publishers,
May 15 2003, p. 521.
116
MacDonald, p. 1245
Página 95
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
primário de transmitir novas verdade, a palavra da ciência cessou porque a fé cristã já foi
uma vez entregue aos santos (Jd 1:3), o corpo das doutrinas cristã está completa117.
2.4.2.2.6. Curas
“E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;”
(I Co 12:9).
Este dom independia da fé da pessoa a ser curada (At 3:11; 5:12-16; 8:5-
7; 19:11,12; 20:6-12), eram notadamente sinais (Mc 16:17-20) para credenciar a
pregação apostólica (Hb 2:3,4), este dom não era para durar toda a vida eclesiástica,
com o advento da Bíblia ele não mais existe, situação similar houve com Israel: “e
cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, e os filhos de
Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de
Canaã.” (Js 5:12), se eles iam comer o fruto de Canaã não era mais necessário o maná,
na própria Bíblia, há exemplos mostrando o fim deste dom, este, em especial, por ser
um sinal cessou antes de outros dons, caso contrário, por qual motivo nenhum dos
apóstolos curou Timóteo (I Tm 5:23)? O mesmo se aplica a Epafrodito (Fp 2:25-30) e a
Trófimo (II Tm 4:20).
Ainda há de salientar características do dom de cura, da época bíblica,
eles, os possuidores do dom, curavam onde quer que desejassem, curavam todo tipo de
doença, e não somente os mais simples, inclusive ressuscitando pessoas mortas há horas
ou dias (Mc 5:41; Lc 7:14; Jo 11:44; At 9:40; 20:9-12), curavam por completo (Mt
8:13; Mc 5:29; Lc 5:13; 17:14; Jo 5:9; 9:1-7; At 3:6-8), curavam a todos que e não
somente a alguns: “e, ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de várias doenças
lhos traziam; e, pondo as mãos sobre cada um deles, os curava.” (Lc 4:40), “e até das
cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e
atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados.” (At 5:16),
“feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham
enfermidades, e sararam.” (At 28:9), sendo muitas vezes que a cura independia da fé do
curado (At 3:11; 5:12-16; 8:5-7; 19:11,12; 20:6-12) e era de modo simples, sem shows
117
MacDonald, p. 1248
Página 96
Deus quer o pentecostalismo?
ou espetáculo, pois se dava geralmente com um toque ou a simples palavra (Mt 8:13;
Mc 5:29; At 3:6-8; 9:34; 28:8).
Aproveitando o assunto cura, que é de doença, nem toda doença é por
causa do pecado não confessado, menos ainda por falta de fé, basta lembrar dos casos
de Jó e Paulo, o Senhor Jesus também falou algo a respeito, sobre o cego de nascença
Ele explicou aos discípulos: “e os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi,
quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele
pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” (Jo
9:2,3), por isso, nem toda doença tem relação direta com o pecado, embora muitas delas
sejam devido ao pecado (Rm 6:23), à correção de Deus, para a correção dos pecados
(Nm 12; Dt 28:20-22; II Rs 5; Sl 119:67; I Co 5:5; 11:30; Tg 5:14,15), para tanto Ele
pode até Se servir do inimigo (Lc 13:11-13; II Cor 12:7), que sempre estará sob Sua
soberania (Ex 4:11).
Em relação ao crente doente, ele deve ir ao médico e se submeter ao
tratamento, muitos dirão que isso é falta de fé, mas não é, o grande detalhe é que antes,
durante e depois da era apostólica, a fé do crente precisa estar em Deus e não no
remédio utilizado, lembrando que sobre a mão do médico está a do Senhor; Deus curou
a Ezequias, com remédio da época: “e dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos, e a
ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará.” (Is 38:21), Timóteo foi exortado a
fazer uso do tratamento médico da época: “não bebas mais água só, mas usa de um
pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades.” (I Tm
5:23), e o próprio Senhor Jesus disse: “Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não
necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.” (Mt 9:12):
Crentes hoje carentes do dom da cura que os apóstolos possuíam no tempo que a igreja do
Novo Testamento estava na infância, atualmente quando os crentes oram em fé e esperam a
resposta divina, eles freqüentemente aprendem que a cura não tem acontecido, Deus pode
escolher curar a pessoa por meio de remédio e cuidados físicos ou absolutamente não curar,
esses crentes, que oram pela doença e vêem a restauração da saúde não deve se gloriar em
ter o dom de cura, quando não é a imediata respostas, eles devem continuar orando e não
parar de pedir ajuda em tempo de necessidade (Hb 4:16); a cura acontece porque Deus
responde a oração oferecida pelo crente em oração, crentes reconhecem que Deus faz
milagres de cura de doenças em resposta a orações, eles exercitam o poder da oração
sabendo que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16)118.
2.4.2.2.7. Milagres
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
o Pentateuco, exceto Gênesis, foi feito para trazer novas revelações a Israel, Elias e
Eliseu reviveram a era profética no momento de drástico declínio espiritual, e o Mestre
trouxe o Novo Testamento; o segundo aspecto era autenticar o mensageiro, como
enviado por Deus: Moisés (Ex 4:1-8), Josué (Js 3:7), Elias (I Rs 7:24), Eliseu (II Rs
2:15), Cristo (Jo 10:25) e os apóstolos (II Co 12:12) foram autenticados pelos milagres
realizados; por fim, para instruir os observadores: quanto a Moisés, faraó e o mundo
aprenderam a realidade do poder de Deus de Israel (Ex 5:2; 9:27,28; 10:16,17), em
contraste com os deuses locais, pois cada uma das 10 pragas tiveram esse propósito; no
tempo de Elias, Israel aprendeu que precisava voltar-se para Deus (I Rs 18:36-39), ao
Verdadeiro Deus e abandonar o culto a baal, o Mestre mostrou a Israel que Ele é o
Messias (Mt 8:26), os apóstolos mostraram a Israel e a igreja que era para acreditar na
autoridade deles, bem como receberem a salvação oferecida por Cristo.
Hoje o dom cessou, já que o Novo Testamento já foi completado,
devemos lembrar que milagres não são provas finais da verdade (Mt 7:21-23), a
veracidade de um pregador hoje está ligada à sua fidelidade a Bíblia, quanto mais fiel
melhor ele será; na Bíblia ainda há a advertência quanto alguns milagres (II Ts 2:8-12;
Ap13:13-15), alguns pensam que operar milagres fariam com que a mensagem do
evangelho fosse mais eficiente, mas isso nada mais é que um engano, observemos a
lição:
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos;
para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão;
mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe
disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos
mortos ressuscite. (Lc 16:27-31).
Esta passagem responde a uma indagação recorrente, pois alguns
acreditam que o fato de ter milagres farão com que as pessoas se convertam, pensam até
no caso de Filipe em Samaria (At 8:13), mas isso não é fato, pois Filipe pregou e várias
pessoas foram convertidas pela pregação dele, um deles o eunuco (At 8:30-36), em
adição, a isso, a passagem ensina que mesmo se Deus mandasse alguém dentre os
mortos, portanto, um milagre, já que precisaria ressuscitar alguém, mesmo assim os
irmãos do rico não iriam crer, pois se não escutam Moisés e os profetas, expressão que
significa o Velho Testamento, que era a Bíblia até então, não ouviriam mesmo havendo
milagre, portanto, para que alguém se converta o que é necessário é a pregação do
evangelho: “porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus
para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” (Rm
1:16).
2.4.2.2.8. Línguas
(Mc 7:33,35; 16:17; Lc 1:64; 16:24; At 2:3,4,11,26; 10:46; 19:6; Rm 3:13; 14:11; I Co
12:10,28,30; 13:1,8; 14:2,5,6,9,13,14,18,19,22,23,26,27,39; Fp 2:11; Tg 1:26; 3:5,6,8; I
Pd 3:10; I Jo 3:18; Ap 5:9; 7:9; 10:11; 11:9; 13:7; 14:6;16:10; 17:15).
Página 98
Deus quer o pentecostalismo?
pessoas, diferente dos usados por outras nações.121”, palavra que é traduzida por língua,
aparece 50 vezes, no Novo Testamento, são as referências acima, quando não se refere
ao órgão do corpo chamado língua (16 vezes), refere-se tanto a um grupo étnico ou aos
idiomas humanos (33 vezes), por tal razão, este dom sempre se referia a língua humana
real e conhecida, só há uma referência distinta, que é a que se refere à língua de fogo na
descida do Espírito. Para melhor corroborar que tais línguas eram conhecidas, a
expressão usada ajuda, pois é dito variedade de línguas (I Co 12:10,28), expressão que
aparece outras vezes, há várias espécies de peixes (Mt 13:47), várias castas de demônios
(Mt 17:21), bem como tipos de vozes (I Co 14:10), no entanto, todos são peixes,
demônios e vozes respectivamente, portanto, mesmo as variadas línguas era línguas
também, o verdadeiro dom de línguas consistia em, sem jamais ter estudado, falar uma
língua ou dialeto o qual era anteriormente completamente desconhecido para aquele que
falava, mas conhecido por algum grupo étnico daquela época.
Outra coisa curiosa é a importância das línguas, em I Co 14, há 4 pontos
positivos e 15 negativos sobre línguas e seu uso em culto público, os positivos são: fala
a Deus (v.1), edifica a si mesmo (v.4), o espírito ora (v.15), são sinais para os incrédulos
(v.22), mas em contrapartida: ninguém as entende (v.2), não edifica a igreja (v.4),
profecia é superior (v.5), são sem proveito não havendo intérprete (v.5), são
incompreensíveis (v.9), serviam somente com intérprete (v.13), a mente fica infrutífera
(v.14), não há participação de outros (v.16), não dá instrução (v.17), é preferível 5
palavras com entendimento a dez mil em línguas (v.19), línguas eram sinais para
incrédulos (v.22), podem criar escândalo (v.23), a profecia é muito superior (v.24),
proibidas sem intérpretes (v.28), têm de ser controladas (v.32), podem criar confusão
(v.33), as mulheres eram proibidas de falar (v.34,35). O falar novas línguas só ocorreu
três vezes no Novo Testamento: na descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes (At
2:4), em Cesaréia na casa de Cornélio (At 10:46), após a imposição de mãos de Paulo
sobre os 12 discípulos em Éfeso (At 19:6), em várias outras ocasiões, mesmo especiais,
não houve nenhuma ocorrência, por exemplo, quando Jesus soprou o Seu Espírito sobre
os Seus discípulos (Jo 20:21,22), nas conversões do eunuco (At 8:35-39) e de Paulo (At
9:1-9), do carcereiro (At 16:30-34), no batismo de Lídia (At 16:13-15).
As três ocorrências, da habilidade para novas línguas, já estavam
estabelecidas “mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até
aos confins da terra.” (At 1:8), e aconteceu em Jerusalém (At 1:8), bem como em
Cesaréia (território da Judéia) (At 10:46) e em Éfeso (aos confins da terra) (At 19:6).
No dia de Pentecostes se cumpriu uma profecia de João Batista (Lc 3:16), bem como a
de Joel (Jl 2:28-32), na ocasião Pedro textualmente falou que era o cumprimento
profético (At 2:6-8), na oportunidade, os que falaram foram os apóstolos, o propósito
daquele acontecimento foi duplo, ser um sinal aos judeus e para pregar aos judeus que
viviam fora de Jerusalém. O segundo aconteceu três anos depois quando Pedro foi
enviado a pregar a Cornélio, um centurião romano, este episódio representa a vinda do
Espírito Santo sobre os gentios, a fala em línguas foi um sinal aos judeus presentes que
tinham ido com Pedro (At 10:45,46 cf At 11:12), que voltaram e testificaram na igreja
em Jerusalém o que Deus fizera entre os gentios, ou seja, que os gentios receberam o
Espírito igual aos judeus.
Vinte e dois anos depois, ocorreu o último registro do dom de línguas,
havia uns 12 discípulos, de João Batista, na cidade de Éfeso, a quem Paulo perguntou
sobre o Espírito Santo e eles desconheciam, pois só conheciam o batismo de João, e
121
Strong p. 1268
Página 99
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Paulo estendeu as mãos eles receberam o Espírito e falaram em línguas (At 19:1-7),
novamente este é um sinal para os judeus da sinagoga (At 19:8), que o Senhor Jesus é o
Messias, a pregação durou cerca de três meses (At 19:9), e os convertidos disseminaram
o evangelho: “e durou isto por espaço de dois anos; de tal maneira que todos os que
habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, assim judeus como gregos.” (At
19:10), para que se cumprisse a Palavra em: “mas recebereis a virtude do Espírito
Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em
toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (At 1:8). O propósito do dom de
línguas era tríplice advertir aos judeus incrédulos, conformar a pregação com sinais e
credenciar os apóstolos como enviados por Deus. O profeta Isaías pregou aos judeus,
em hebraico, e os avisou para que o povo se convertesse, como isso não aconteceu Deus
mandou o profeta dizer: “assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este
povo.” (Is 28:11), este era para que eles se arrependessem, a seguir tem um quadro, que
mostra bem o fato da língua ser um sinal.
Sumarizando as ocorrências de línguas no Velho Testamento, ela tem o
caráter de advertência ao povo de Israel, quatro são os anúncios: a) Deus tem a
mensagem para o povo, b) o povo recusa ouvir a mensagem, c) Deus envia a língua
como sinal de um julgamento vindouro, d) por fim há a dispersão, para melhor
exemplificar, vejamos alguns eventos: 1) a torre de babel (Gn 11): a mensagem de Deus
(Gn 9:1), o povo desobedece (Gn 11:4), Deus envia a língua como sinal de julgamento
(Gn 11:7), por fim, a dispersão (Gn 11:8); 2) desobediente Israel (Dt 28): a mensagem
de Deus (Dt 28:1), o povo desobedece (Dt 28:15), Deus envia a língua como sinal de
julgamento (Dt 28:49), por fim, a dispersão (Dt 28:64); 3) língua babilônica (Jr 3-5): a
mensagem de Deus (Jr 3:22), o povo desobedece (Jr 5:3), Deus envia a língua como
sinal de julgamento (Jr 5:15), por fim, a dispersão (Jr 5:19); 4) língua assíria (Is 28): a
mensagem de Deus (Is 28:1-12), o povo desobedece (Is 28:13), Deus envia a língua
como sinal de julgamento (Is 28:11), por fim, a dispersão (Is 28:13); 5) línguas em
Israel: a mensagem de Deus (Mt 11:28, At 2:11,38,39), o povo desobedece (Mc 23:35),
Deus envia a língua como sinal de julgamento (Mt 23:38; 24:2; ), por fim a dispersão
(Lc 21:20-24).
O segundo motivo era confirmar a pregação (Mc 16:17-20), como o
Novo Testamento é uma nova revelação de Deus houve a necessidade dela ser
autenticada, ou seja, provada de que era de Deus (At 2:43; 4:33; 5:12-16; 19:11):
Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual,
começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;
testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do
Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? (Hb 2:3,4).
O terceiro é autenticar o mensageiro, mostrando assim que ele vem da
parte de Deus: “este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus
não for com ele.” (Jo 3:2), “os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós
com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.” (II Co 12:12). A natureza da
língua é de sinal e isso ainda tem a nos dizer, pois se é não é para nós, os gentios, e sim
para os judeus: “porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;” (I Co
1:22):
Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e
ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas são um sinal, não para os
fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. (I Co
14:21,22).
De acordo com a regra hermenêutica da primeira menção, os sinais são
dados para que os judeus creiam (Ex 4:1-8), eles fazem separação entre os judeus e os
gentios (Ex 8:22,23), o sinal é para que o judeu possa ver e crer (Ex 19:9 Is 41:17-20),
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Deus quer o pentecostalismo?
os milagres de Cristo foram sinais aos judeus (Jo 11:41-48; 13:19), a nós gentios não há
sinal (I Co 1:22,23; 13:8), e o único sinal dado à nossa geração é o do profeta Jonas (Mt
16:1-4; Mc 8:11-13; Lc 11:29,30), em outras palavras, a morte e ressurreição do Senhor
Jesus Cristo. Dom de língua que cessou, como veremos adiante, uma das provas é que
ele só é mencionado em três livros do Novo Testamento, que foram dos primeiros a
serem escritos, nas menções posteriores de dons ela é omitida, é só comparar com Rm
12:6-9; Ef 4:11.
É o dom, dado pelo Espírito, para alguém, mesmo sem ter estudado a
língua, poder traduzi-la para assembléia (I Co 12:10,30; 14:5,13,26-28), daí “é o poder
miraculoso de entender a língua que a pessoa nunca soube antes e transmitir a
mensagem na língua local122”, o objetivo era o de edificar a igreja (I Co 14:26).
2.3.2.2.10. Fé
“E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;”
(I Co 12:9).
2.4.2.3. Observações
Esta seção foi escrita com o objetivo de abordar pontos, que geralmente
são entendidos como sendo dom espiritual, ou parte, dele, no sentido, em que tratamos
acima, e não são.
122
MacDonald, p. 1136
123
Hendriksen, p. 1204
124
Gill, p. 984
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2.4.2.3.1. Revelação
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(Mt 3:11; Jo 1:33; 3:5; At 1:5; 2:1-4,38,39; 10:44; 11:16; 19:2-6; I Co 12:13; Ef 5:26;
Tt 3:5,6).
“Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que
vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia
das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Lc 3:16).
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pelos carismáticos, mas sim crer em Cristo como Salvador pessoal. Para relembrar é
interessante entendermos o que é batismo, nós somos batistas porque batizamos, e, ai
está lançado o desafio, para batizar precisamos pregar o evangelho para que alguém se
converta e o converso seja batizado, por isso, temos, de um modo geral, deixados de ser
batistas, nossa pregação do evangelho pode melhorar muito.
Então ficou claro que não existe uma segunda benção, pois todos os
crentes têm o Espírito Santo: “vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é
que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo,
esse tal não é dele.” (Rm 8:9), “em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes
selados com o Espírito Santo da promessa.” (Ef 1:13), “e não entristeçais o Espírito
Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” (Ef 4:30), pois todos os
crentes foram batizados por Ele: “pois todos nós fomos batizados em um Espírito,
formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos
bebido de um Espírito.” (I Co 12:13), só para frisar, todos: “e todos nós recebemos
também da sua plenitude, e graça por graça.” (Jo 1:16), “mas a graça foi dada a cada
um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” (Ef 4:7). Ainda há o lamentável fato de
que o ensino carismático sutilmente retira a glória devida ao Mestre, ao insinuar a
necessidade de complemento à obra dEle, que é uma obra plena: “porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade; E estais perfeitos nele, que é a cabeça de
todo o principado e potestade;” (Cl 2:9,10), “visto como o seu divino poder nos deu
tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou
pela sua glória e virtude;” (II Pd 1:3). Como visto, este ensinamento pentecostal não é
bíblico, eles erram quanto à Pessoa do Espírito Santo, ao Seu ministério, a base de tal
erro é algo assustador, eles simplesmente não crêem na suficiência do Senhor Jesus
Cristo, dai há necessidade de mais para a vida cristã.
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão
visões.” (Jl 2:28).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
batismo só seria feito após sua glorificação: “e isto disse ele do Espírito que haviam de
receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda
Jesus não ter sido glorificado.” (Jo 7:39), por tal motivo, Pedro explicou que: “de sorte
que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito
Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” (At 2:33). Ainda, nesta terceira
razão, surge outra, ela é estritamente gramatical, pois os verbos gregos usados neste
verso, a saber: “hupsoo”, ̄ exaltado, “lambano”,̄ tendo recebido e “ekcheo”̄ derramou,
estão todos no tempo grego aoristo, isso significa que já foi realizado, portanto,
designando passado.
O segundo são os samaritanos a experiência está em At 8:14-17, os
samaritanos também recebem o Espírito Santo, eles não receberam ao momento que
creram por duas simples razões, primeira, para cessar a divisão entre os samaritanos e
judeus, pois os apóstolos, ao impor as mãos, reconheciam os samaritanos como aceitos
por Deus em Cristo e plenamente participantes do reino, a segunda, e descendente da
primeira, é que os samaritanos reconheceram que os apóstolos judeus eram os líderes da
igreja, por tal razão a igreja conservar-se-ia em unidade, e eles deviam obediência a
homens judeus, que até há poucos havia uma rixa racial. Esta passagem não é base para
a igreja hoje, salvo se alguém esperar algum apóstolo vir e lhe por as mãos para que lhe
seja dado o Espírito Santo:
Primeiro outros objetos podem ter sido contemplados na missão dos dois apóstolos, como
confirmar a fé dos discípulos e assistir Filipe no trabalho dele, é bem certo que principal
objetivo foi a transmissão do Espírito Santo, o que eles fizeram quando chegaram em
Samaria, foi certamente o objeto para o qual eles foram para lá, mas a principal coisa, que
eles fizeram, foi transmitir o Espírito Santo, principal objetivo da visita deles. Se entretanto
Filipe pudesse conferir este dom, a missão, no que toca seu principal objetivo, seria sem
utilidade, isso suporta uma forte evidência de que o miraculoso dom do Espírito não era
concedido pelas mãos humanas, exceto daqueles, que eram apóstolos128.
Com isso se cumpre ser testemunha na Judéia; William McDonald
comenta a passagem da seguinte forma129:
Isso imediatamente surge a questão: porque da diferença na ordem dos eventos aqui e no
dia de pentecostes? No Pentecostes os judeus 1. se arrependeram, 2. foram batizados, 3.
receberam o Espírito Santo; aqui os samaritanos 1. creram, 2. foram batizados, 3. tiveram
dos apóstolos orarem e por as mãos sobre eles, 4. receberam o Espírito Santo. De uma coisa
podemos estar certos: eles foram salvos da mesma maneira - pela fé no Senhor Jesus Cristo,
Ele é o único Caminho de Salvação, entretanto, durante o período de transição, unindo o
judaísmo e cristianismo, Deus escolheu agir soberanamente na conexão das várias
comunidades de crentes, aos crentes judeus foi requerido desassociar da nação de Israel
antes de receber o Espírito, agora os samaritanos tiveram uma oração especial e as mãos
dos apóstolos sobre eles, mas por quê? Talvez a melhor resposta seja a que intenta em dar
expressão à unidade da igreja, seja tanto os judeus quanto os samaritanos, havia o real
perigo da igreja, em Jerusalém, reter as idéias judaicas de superioridade e eles continuarem
a não ter nenhum trato com os irmãos samaritanos, para evitar esta possibilidade de cismo
ou até mesmo de duas igrejas (uma judia e outra samaritana), Deus enviou os apóstolos
para por as mãos sobre os samaritanos, isso expressa a completa fraternidade com eles,
crentes no Senhor Jesus, eles todos eram membros de um corpo, todos um em Cristo Jesus.
Há, pela ordem, a passagem em Atos 10, referente a Cornélio e sua
família, mas como eles receberam o Espírito como os demais crentes receberam então é
desnecessário comentar, representando os confins da terra. Ainda há a que está narrada
em At 19:1-7, ao ler fica claro que para Paulo o recebimento do Espírito é simultâneo a
crer em Cristo, Paulo pergunta a eles: “disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo
quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.”
(At 19:2), a resposta dos discípulos deixa claro que eles não eram crentes, no sentido de
128
McGarvey, J. W. Original Commentary On Acts. Gospel Advocate Company, 2001, p. 124
129
MacDonald, p. 1180
Página 106
Deus quer o pentecostalismo?
crente vivendo no Novo Testamento, eles ainda viviam no Velho Testamento, criam no
Messias, mas ainda não haviam associado que o Messias é o Senhor Jesus:
Quando o apóstolo levantou a questão do batismo, ele percebeu que aqueles homens
conheciam somente sobre o batismo de João, em outras palavras, a extensão do
conhecimento deles era que o Messias estava próximo e eles demonstraram os
arrependimentos deles pelo batismo como necessário para recebê-Lo como Rei, eles não
sabiam que Cristo havia morrido, sepultado e ressuscitado da morte e ascendido de volta ao
céu e que havia enviado o Espírito Santo, Paulo explanou isso tudo a eles, ele lembrou que
quando João batizava com o batismo de arrependimento ele instava que eles cressem... em
Cristo Jesus130.
Portanto, eles não estavam recebendo uma nova atuação do Espírito, eles
estavam era participando do Novo Testamento, creram no Senhor Jesus e receberam o
Santo Espírito:
Este é o quarto tempo distinto em Atos quando o Espírito Santo foi dado, a primeira foi no
capítulo 2, no dia de pentecostes e envolveu primariamente os judeus, a segunda foi em
Atos 8, quando o Espírito foi dado aos samaritanos mediante a colocação das mãos de
Pedro e João, a terceira foi em Atos 10, na casa do gentio Cornélio, em Jope131.
O fato da necessidade de imposição de mãos de um apóstolo é algo a ser
observado, como já foi tratado, talvez alguém pense: acaso os discípulos de João o
Batista não eram também judeus? Então porque estes também foram batizados com o
Espírito Santo já que os poucos discípulos representavam o todo? Ora, a resposta é
muito simples, eles necessitavam passar por aquela experiência, visto que eles nem
sequer sabiam da existência do Espírito, e também para que não fosse um grupo
religioso isolado dos demais. A profecia visava fazer, de todos, um único povo: “porque
ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de
separação que estava no meio,” (Ef 2:14), para Deus: “e pela cruz reconciliar ambos
com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a
paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto;” (Ef 2:16,17), e obviamente isso
não significa misturar as nações, mas significa que Deus se revelaria intimamente a
outros povos, e quaisquer que o recebessem pela fé, esses seriam reconhecidos por Deus
como Seu povo.
Sobre a imposição de mão de um apóstolo é de se observar que sempre
foi necessária, a presença apostólica, que geralmente transmitia o Espírito pela
imposição das mãos (At 8:17; 19:6), está relacionada com a autoridade única dos
apóstolos, caso contrário seria desnecessário os samaritanos esperarem pelos apóstolos
(At 8), como visto, só os apóstolos O transmitia por uma simples razão só eles poderiam
ser testemunhas aos demais e dizer: “e, quando comecei a falar, caiu sobre eles o
Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio.” (At 11:15). Como a Bíblia, bem
como o Novo Testamento, não é só composta pelo livro de Atos, convém olhar demais
livros das Escrituras, e o resultado da análise bíblica é incontornável, ela em lugar
algum sustenta tal ensino pentecostal, pelo contrário, está escrito: “vós, porém, não
estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8:9), “ou não sabeis que
o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sois de vós mesmos?” (I Co 6:19), “e que consenso tem o templo de Deus com
os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei,
e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.” (II Co 6:16), dizer
que alguém não tem o Espírito é o mesmo que dizer que tal pessoa não é de Deus, como
foi dito: “estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito.” (Jd 1:19).
130
MacDonald, p. 1180
131
MacDonald, p. 1180
Página 107
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Ainda há um verso para o estudo, ele diz: “pois todos nós fomos
batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos,
quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” (I Co 12:13), naturalmente
apareceriam exegetas para fazer uma interpretação deste verso, uns propõem dividir o
verso em duas partes, outro tentam aplicar esta passagem em um contexto que não seja
o termo batizado aqui igual ao batismo no livro de Atos, enfim, o problema é que o
verso é bem claro, todos foram e não alguns, todos incluem o crente dedicado, como o
não dedicado, e todos incluem todas as raças, todos nós crentes fomos batizados. A
Bíblia ensina que todo crente tem o Espírito Santo: “no qual também vós juntamente
sois edificados para morada de Deus em Espírito.” (Ef 2:22), no entanto, ela exorta a
todo crente a encher-se do Espírito: “e não vos embriagueis com vinho, em que há
contenda, mas enchei-vos do Espírito;” (Ef 5:18), que nada tem a ver com ser batizado
com Ele, para ser batizado com Ele basta crer em Cristo como Salvador pessoal (Ef
1:13 cf Ef 4:30), resta o dever de encher, no mesmo livro, nos versos 17 a 24, do
capítulo 4 está uma exortação de como estar cheio do Espírito, em uma passagem
paralela há estas palavras: “a palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda
a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e
cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Cl 3:16).
“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão
novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.” (Mc 16:17,18).
Página 108
Deus quer o pentecostalismo?
beneficiários da promessa, ainda há outro elemento, mas que se refere aos sinal das
línguas e a expressão falarão novas línguas (cf 2.4.2.2.8. Línguas):
Em conexão com tais dons especiais, B.B. Warfield estabelece: “esses sinais foram parte
das credenciais apostólicas como agentes autoritativo de Deus em fundação da igreja... eles
necessariamente encerraram com ela”, com o encerramento da era apostólica esses dons
cessaram também ao testemunho de Crisótomo e Agostinho, esta também é a visão de
Jonathan Edwards: “esses dons extraordinários foram dados para a fundação e
estabelecimento da igreja no mundo, mas desde que o cânon da Escritura está completo e a
igreja completamente fundada e estabelecida, esses extraordinários dons cessaram”, entre
outros, quem expressaram similar ponto de vista foram: Matthew Henry, George
Whitefield, Charles H. Spurgeon, Robert L. Dabney, Abraham Kuyper e W. G. T. Shedd132.
“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe,
a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” (At 2:39).
132
Hendriksen, p. 970
Página 109
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Página 110
Deus quer o pentecostalismo?
2.4.2.4. Cessação
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de
tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a
expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da
majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais
excelente nome do que eles.” (Hb 1:1-4).
A palavra cessação aqui significa que Deus encerrou Sua revelação, que
Ele não mais dá novas revelações, pois a revelação dEle está completa com a Bíblia,
significa também que a igreja, ou melhor, os crentes podem buscar na Bíblia o ensino
para sua vida diária e assim saberá como agradar a Deus, em conseqüência disso,
acabaram os dons extraordinários, Deus revelou passo a passo o Seu plano desde Adão
até o período apostólico, como diz os versos-texto, Deus falou, no Velho Testamento,
muitas vezes, e de muitas maneiras, por exemplo, Ele falou a Abraão, a Moisés, a
Balaão por uma jumenta, e tipos e figuras: o sacerdócio judaico e o tabernáculo, ainda
sobre o Velho Testamento, Ele inspirou Malaquias, que foi o último profeta, e, por
cerca de quatrocentos anos, Deus não Se revelou até João Batista, mas nestes últimos
dias Ele nos falou pelo Seu Filho, por Cristo, que Deus faria uma nova aliança estava
profetizado pelo profeta Jeremias, capítulo 31, nova aliança ou Novo Testamento,
anunciado inicialmente pelo próprio Senhor Jesus e posteriormente pelos apóstolos, que
falaram o ensino de Cristo, conforme prometido (Jo 16:12,13) e efetivamente cumprida
(Hb 2:3,4), os apóstolos anunciaram os ensinos recebidos do Mestre (At 20:27):
A segunda prova da validade do Novo Testamento, que o escritor traz à atenção do leitor, é
que aqueles que ouviram ao Senhor, em Pessoa, em Sua apresentação da verdade do Novo
Testamento e aqui é presumivelmente as testemunhas oficiais, os apóstolos, confirmaram a
verdade do Novo Testamento aos escrever a carta que refere a si mesmo pelo pronome
“nós”, o literal “nós” 133.
Como os apóstolos encerraram o trabalho deles, e fizeram bem feito,
motivo, pelo qual, que já os cristãos do primeiro século conheciam todas as coisas (I Jo
2:20,27), as Escrituras, que já foram reveladas no primeiro século, foram suficientes
para completar a alegria do cristão (I Tm 3:15; II Tm 3:16; I Jo 1:4; 2:1; 5:13), por isso,
o homem de Deus podia ser adequado e preparado para toda a boa obra (II Tm 3:17),
daí o crente deve ficar firme no que foi revelado (II Ts 2:15; II Pd 3:2; Jd 1:17), melhor
dizendo, batalhar pela fé dada aos santos: “amados, procurando eu escrever-vos com
toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e
exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Jd 1:3). Por isso, caso
ocorra pregação de algo distinto é anátema (Gl 1:6-9; I Tm 1:3,4).
Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo
conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelas quais ele nos tem
dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da
natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.
(II Pd 1:3,4).
133
Wuest, p. 397
Página 111
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas,
cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos, e em parte
profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será
aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria
como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” (I Co
13:8-13).
Antes de entrarmos propriamente no tema, observemos o usa das
palavras desta passagem, ela diz que o amor nunca falha (presente ativo do indicativo),
mas havendo profecias serão aniquiladas (futuro passivo indicativo), havendo línguas,
cessarão (futuro médio depoente do indicativo), havendo ciência, desaparecerá (futuro
passivo indicativo), as palavras, a serem observadas de antemão, são: falha, aniquiladas,
cessarão, desaparecerá, que, em grego, são respectivamente: “ekpiptō”, “katargeō”,
“pauō”, “katargeō”; o amor nunca falha, o verbo grego “ekpiptō” significa, aparece
134
Walvoord, p. 990
Página 112
Deus quer o pentecostalismo?
mais vezes no Novo Testamento e significa: “l. cair, cair de At 12:7; Tg 1:11; I Pd 1:24;
talvez At 27:32, mas ver 2 abaixo. -2. sair do curso, correr fora At 27:17,26,29, talvez
32 (ver 1 acima). -3.fig. cair, decair Gl 5:4; II Pd 3:17. Falhar Rm 9:6; I Co 13:8 v.l135,
“1) cair fora de, cair de, desmoronar, 2) metáf., 2a) cair de algo, perdê-lo, 2b) perecer,
cair, 2b1) cair de um lugar onde não se pode permanecer, 2b2) cair de um posição, 2b3)
cair sem forças, cair no chão, estar sem vigor, 2b3a) da promessa divina de
salvação.136”.
As palavras aniquiladas e desaparecerá, que se referem a profecias e
ciência respectivamente, no grego, é a mesma, trata-se do verbo “katargeō”, que
também aparece mais vezes no Novo Testamento, á qual os léxicos dão o seguinte
significado:
-1. tornar ineficaz, sem poder lit. usar, gastar Lc 13:7. Figurativo anular, tornar ineficaz Rm
3:3; 4:14; I Co 1:28; Gl 3:17; invalidar Rm 3:31; Ef 2:15. -2. abolir, colocar de lado, levar
ao fim Rm 6:6; I Co 6:13; 13:11; 15:24,26; II Ts 2:8; II Tm 1:10; Hb 2:14. Pass cessar,
passar I Co 2:6; 13:8,10; II Co 3:7,11,13s; Gl 5:11. -3. καταργούμαι από τίνος ser libertado
de, não ter nada mais a ver com Rm 7:2, 6; ser separado Gl 5:4137.
1) tornar indolente, desempregado, inativo, inoperante, 1a) fazer um pessoa ou coisa não ter
mais eficiência, 1b) privar de força, influência, poder, 2) fazer cessar, pôr um fim em, pôr
de lado, anular, abolir, 2a) cessar, morrer, ser posto de lado, 2b) ser afastado de, separado
de, liberado de, livre de alguém, 2c) terminar todo intercurso com alguém138.
Restou, do grupo das três palavras, a “pauō”, que se refere à cessação das
línguas, que é: 1. (ativo) parar, fazer parar, impedir, guardar I Pd 3:10. -2. (médio) parar
(a si mesmo), cessar Lc 5:4; 8:24; 11:1; At 5:42; 6:13; 13:10; 20:1,31; 21:32; I Co 13:8;
Ef 1:16; Cl 1:9; Hb 10:2. Cessar de (com genitivo) I Pd 4:1. [pausa]139”, verbo raiz
(“pausa”); v; 1) fazer cessar ou desistir, 2) restringir algo ou pessoa de algo, 3) cessar,
desistir, 4) obter livramento do pecado, 4a) não mais se deixar levar por seus
incitamentos e seduções140.”. Há outra obervação, a fazer, também esta novamente
gramatical, diz o verso 8: “o amor nunca falha; mas havendo profecias, serão
aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;” (I Co 13:8), o
verbo serão aniquiladas e desaparecerá estão na voz passiva e o verso 10 diz que aquilo
que é perfeito é que causará a aniquilação das profecias e o desaparecimento da ciência;
já cessarão está na voz média depoente, em outras palavras, as línguas cessariam a elas
mesmas e isso antes do que é perfeito chegar.
Esta passagem ensina que há três épocas: a primeira quando a profecia
era em parte, quando Deus estava revelando Sua Palavra pedaço por pedaço (v. 9),
depois uma segunda quando elas cessariam, mas a fé e a esperança continuariam (vs.
10,13) e, por fim, quando Cristo voltar à Terra e, nesta ocasião, mesmo a fé e a
esperança cessarão (Rm 8:24,25; II Co 5:7), subsistindo assim só o amor; aplicando esta
passagem na história, a primeira fase encerrou quando João escreveu apocalipse, a
segunda fase vivemos agora e até o arrebatamento, pois o que é perfeito, ou seja, a
Bíblia está completo, e, após a volta dEle, só o amor persistirá. É interessante fazer um
estudo acurado desta passagem, o verso 8 fala que o amor nunca falha, o que contrasta
com os outros cinco fenômenos da passagem, são eles: profecias, línguas, ciência, a fé e
a esperança; alguém pode perguntar quando a fé terminará, para responder basta ler:
“alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” (I Pd 1:9), “olhando para
135
Gingrich, p. 68
136
Strong p. 1325
137
Gingrich, p. 112
138
Strong, p. 1447
139
Gingrich, p. 161
140
Strong, p. 1583
Página 113
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a
cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” (Hb 12:2), ainda
é bom lembrar o que é fé: “ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e
a prova das coisas que se não vêem.” (Hb 11:1), o fundamento da fé terminará quando
Cristo voltar e isso é simples de entender, hoje andamos por fé: “(porque andamos por
fé, e não por vista).” (II Co 5:7), “não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas
porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.” (II Co 1:24),
“porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo
viverá da fé.” (Rm 1:17), em Hebreus 11 tem um capítulo inteiro sobre os heróis da fé,
que “todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de
longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na
terra.” (Hb 11:13), como eles morreram sem receber a promessa, naturalmente
exercitam na fé e esperança.
Só que quando o Senhor Jesus voltar, e nos transformar: “que
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo
o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” (Fp 3:21), O veremos, daí a
fé, crer no que não vemos, dará lugar à vista, pois O veremos com os nossos olhos:
“amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser.
Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos.” (I Jo 3:2), ocasião em que Ele começará a nos agraciar com as
benção indescritíveis: “mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido
não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os
que o amam.” (I Co 2:9), até elas passarão a ser visíveis: “não atentando nós nas coisas
que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que
se não vêem são eternas.” (II Co 4:18), daí a fé será totalmente desnecessária, pois dará
lugar à vista.
A outra indagação é quando será o fim da esperança, para responder esta
pergunta basta ler: “e Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus e outra de
fariseus, clamou no conselho: Homens irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; no
tocante à esperança e ressurreição dos mortos sou julgado.” (At 23:6), “aguardando a
bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Salvador Jesus Cristo;” (Tt 2:13), (At 26:6 cf Jó 19:25), ficou claro que a esperança está
ligada ao aparecimento de Cristo, e em tal esperança todos nós estamos: “porque em
esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que
alguém vê como o esperará?” (Rm 8:24), quando Ele retornar a esperança dará lugar à
efetiva realização, pois estaremos pessoalmente com o nosso Redentor, ainda, para
exemplificar, é a mesma esperança em que morreu Jó: “porque eu sei que o meu
Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19:25), além de,
pessoalmente ficarmos para sempre com Ele, daí a expectativa dará lugar à realização:
“depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (I Ts
4:17), “guiar-me-ás com o teu conselho, e depois me receberás na glória.” (Sl 73:24),
“mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o
Senhor.” (II Co 5:8), “mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e
estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.” (Fp 1:23), “e ouvi uma grande voz
do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.”
(Ap 21:3).
Restou precisar o termo final das profecias, línguas e ciência, antes, no
entanto, passemos a entender o verso 10: “mas, quando vier o que é perfeito, então o
Página 114
Deus quer o pentecostalismo?
141
Strong, p. 1708
142
Gingrich, p. 205
Página 115
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual,
começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a
ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas
e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?” (Hb 2:3,4).
Estes dois versos são provas de que os dons cessaram, observe o texto, a
salvação começou a ser anunciada pelo Senhor Jesus, depois foi confirmada pelos que a
ouviram, ou seja, os apóstolos, os quais Deus usou e testificou fazendo por eles e
milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade.
Esta passagem, que menciona os dons extraordinários no tempo passado, fala foi-nos
depois confirmada, está no tempo aoristo grego, deixando claro que não voltará a
acontecer:
O evangelho, em si, é firme e seguro, as palavras de Cristo não necessitam confirmação,
pois é verdade, em si mesmo, o “Amém” e fiel testemunha, mas em ares protetores da fraca
humanidade e em razão de Cristo, em Sua humanidade, não podia estar em todo lugar e
pela boca de demais testemunhas era necessário a confirmação, Ele enviou Seus apóstolos
isso, que ouviram dele, para pregar e eles publicaram isso aos judeus primeiro, a quem o
apóstolo escrevia, depois aos gentios143.
“Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.” (I Co
13:10).
A Bíblia, que é perfeita, está completa e, por isso, tudo o que é em parte
foi aniquilado, desde os dias de adão Deus vem revelando passo a passo o Seu plano, ou
seja, a Bíblia: “certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o
seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Am 3:7), fazendo-a assim ser escrita, à
medida que a Bíblia era escrita Ele testificava os profetas, Seus enviados, próximo ao
fim do Velho Testamento, Ele deixou claro que a Bíblia continuaria, pois faria uma
nova aliança, um novo pacto, um novo testamento, Jr 31, que seria consumado no Filho,
ao Qual toda a Bíblia faz menção: “O qual convém que o céu contenha até aos tempos
da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos
profetas, desde o princípio.” (At 3:21), “a este dão testemunho todos os profetas, de
que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.” (At
10:43), que profetizaram vários aspectos da vida do Filho, entre eles o sofrimento dEle:
“mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia
anunciado; que o Cristo havia de padecer.” (At 3:18).
Entre as profecias, há a do profeta Elias: “eis que eu vos enviarei o
profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR;” (Ml 4:5), “voz do
que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a
nosso Deus.” (Is 40:3), cumprida em João Batista, que “disse: Eu sou a voz do que
clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” (Jo
1:23), Bíblia que seria ainda escrita, agora pelos apóstolos: “ainda tenho muito que vos
dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele, o Espírito de
verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá
tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” (Jo 16:13), que falaram após
a morte do Senhor, e anunciaram assim o Novo Testamento: “porque onde há
143
Gill, p. 1012
Página 116
Deus quer o pentecostalismo?
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo
conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelas quais ele nos tem
dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da
natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no
mundo.” (II Pd 1:3,4).
A Palavra ensina que o Senhor Jesus pelo Seu divino poder nos deu tudo
o que diz respeito à vida e piedade, a palavra é tudo, Ele já deu tudo, antes de
analisarmos mais afundo os versos-texto, observemos algo, o próprio Senhor Jesus, que
é Quem revela o Pai: “todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém
conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem
o Filho o quiser revelar.” (Mt 11:27), Ele disse que: “já vos não chamarei servos,
porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos,
porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” (Jo 15:15), observe a
frase: tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer, Ele não mentia quando
disse isso, razão que só por este verso a revelação cessou, mas veja o desdobramento:
“porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm
verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.” (Jo 17:8), “e eu
lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me
tens amado esteja neles, e eu neles esteja.” (Jo 17:26).
Relembrando as palavras do Senhor Jesus: “tudo quanto ouvi de meu Pai
vos tenho feito conhecer”, Ele nos fez conhecer tanto ensinando pessoalmente, quanto
pelo Espírito: “ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade;
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que
há de vir.” (Jo 16:13), então a função do Espírito, no tocante à revelação, seriam duas, a
primeira é fazer com que os apóstolos lembrassem o que o Mestre falou: “mas aquele
Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas
as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14:26), a segunda é
guiar na verdade, como diz Jo 16:13, a Bíblia diz toda a verdade, foi promessa do
Senhor Jesus a ser cumprida pelo Santo Espírito, então só pode ter sido cumprida.
Então, relembrando as palavras do Mestre, os apóstolos trouxeram os
ensinos para os demais cristãos, de modo que ensinaram tudo o que aprenderam, sendo
este também mandamento do Grande Deus e Senhor Jesus Cristo: “ensinando-os a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos
os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28:20), e eles obedeceram: “como
nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,” (At
20:20), “porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.” (At 20:27),
então eles ensinaram todo o conselho de Deus, razão que não há mais conselho de Deus
a ser revelado, eles esgotaram o conselho de Deus, que é o mesmo que dizer toda a
revelação de Deus, alem de ensinar tudo o que foi útil.
Eles transmitiram esta revelação pelo principal meio que Deus Se revela,
ou seja, pela Bíblia, que é apta a manter o crente longe do pecado: “meus filhinhos,
estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um
Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” (I Jo 2:1), ter gozo completo: “estas
coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.” (I Jo 1:4), certifica o crente
da vida eterna: “estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de
Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho
de Deus.” (I Jo 5:13) a identificar e combater heresias: “estas coisas vos escrevi acerca
dos que vos enganam.” (I Jo 2:26), os versos falam estas coisas vos escrevi (emos), o
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Deus quer o pentecostalismo?
que deixa claro onde está a revelação completa de Deus, nas Escrituras, que é
divinamente inspirada e é “para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra.” (II Tm 3:17), observe: toda a boa obra daí o crente
pode falar: “Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que os meus inimigos;
pois estão sempre comigo.” (Sl 119:98).
Pela direção dada, pelo Espírito, na vida de cada crente: “e vós tendes a
unção do Santo, e sabeis tudo.” (I Jo 2:20), “e a unção que vós recebestes dele, fica em
vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos
ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim
nele permanecereis.” (I Jo 2:27), e estudo da Palavra, a qual erra caso não conhecer:
“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o
poder de Deus.” (Mt 22:29), o crente sabe tudo, e é perfeito em Cristo:
Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da
plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, em
quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. E digo isto, para que
ninguém vos engane com palavras persuasivas. Porque, ainda que esteja ausente quanto ao
corpo, contudo, em espírito estou convosco, regozijando-me e vendo a vossa ordem e a
firmeza da vossa fé em Cristo. Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também
andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados,
nela abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua,
por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; porque nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade; e estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e
potestade; (Cl 2:2-10).
Agora o crente deve guerrear pela fé uma vez lhe entregue: “amados,
procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por
necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos
santos.” (Jd 1:3), a fé mencionada não é de crer em Cristo como Salvador pessoal e sim
o conjunto das doutrinas cristãs: “e crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se
multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à
fé.” (At 6:7), “pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé
entre todas as gentes pelo seu nome,” (Rm 1:5), “mas que se manifestou agora, e se
notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas
as nações para obediência da fé;” (Rm 16:26), (cf II Ts 2:15; II Pd 3:2), o verbo está no
passado, em grego é o aoristo, aquele mesmo, que significa uma ação feita somente uma
única vez, assim foi a fé, a revelação, que agora completa e entregue aos santos não será
alterada.
“Como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que se gaba
falsamente de dádivas.” (Pv 25:14).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
de que alguém está agindo pela verdade ou possua realmente vida espiritual, pois os
mágicos de Faraó copiaram os milagres feitos por Moisés e do homem do pecado é dito:
“a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e
prodígios de mentira,” (II Ts 2:9), há a advertência feita pelo Mestre:
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu
nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então
lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniqüidade. (Mt 7:22,23).
Então o fato de alguém ter a possibilidade de exercer um dom miraculoso
não é garantia de estar na vontade de Deus, há outro motivo, o da norma posta ao
crente, que é viver por fé e não por vista: “porque nele se descobre a justiça de Deus de
fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Rm 1:17), só para frisar, o justo
viverá da fé, esse ensinamento é reforçado nas Escrituras: “(porque andamos por fé, e
não por vista).” (II Co 5:7), “não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque
somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.” (II Co 1:24), “não
atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem
são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (II Co 4:18), se é assim, é necessário
virmos algo de extraordinário para confiar em Deus se a base é a fé? Com certeza não.
Há outros motivos, primeiro, o da autoridade bíblica, se a Palavra disse
que tais dons cessariam então eles cessaram, a Bíblia não falha: “pois, se a lei chamou
deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser
anulada),” (Jo 10:35), a confiança nas Escrituras precisa fruir em cada crente: “assim
terei que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra.” (Sl 119:42), esperar
nela: “lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar.” (Sl 119:49),
“os que te temem alegraram-se quando me viram, porque tenho esperado na tua
palavra.” (Sl 119:74), confiar na Palavra de Deus é o mesmo que confiar nEle, pois o
objetivo dela é fazer o homem confiar em Deus: “em Deus louvarei a sua palavra, em
Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne.” (Sl 56:4), daí
o mandamento de confiar em Deus: “em Deus tenho posto a minha confiança; não
temerei o que me possa fazer o homem.” (Sl 56:11), “confiai no SENHOR
perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna.” (Is 26:4), a confiança,
na instrução bíblica, passa pelo fato dela ser completa e apta de fazer o crente entendido
para o serviço de Deus, além de ser a espada do Espírito, em outras palavras, é com ela
que o Santo Espírito corrige e lidera o povo de Deus; também tem o fato da igreja não
ser criança, a fase infantil dela já passou.
2.4.2.4.3. Observações
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Deus quer o pentecostalismo?
fale uma língua, sem jamais ter estudado, que outro interprete sem jamais ter estudado,
que alguém tenha conhecimento sobre uma matéria da qual jamais estudou, que alguém
tenha sua capacidade aumentada para o serviço e outras maravilhas, o que falei, e
insisto, é que os dons extraordinários cessaram. Para deixar clara a diferença, o que foi
falado é que Ele encerrou os dons miraculosos, mas nada impede que Ele Se manifeste
com algum milagre, por exemplo, que cure alguém de doença incurável, o que não
existe mais é o dom de cura, aquele o qual o possuidor podia curar qualquer sorte de
doença instantaneamente e de qualquer pessoa em qualquer lugar, inclusive à distância,
esta observação precisa ficar clara, Deus pode fazer o que Ele quiser, usar qualquer
pessoa, mas não voltará a existir aqueles dons mencionados, que eram inerentes à
pessoa do seu possuidor.
2.4.2.5. Resumo
Os dons são benção de Deus servem para a edificação da igreja, por isso
quem tem um dom deve lembrar que a finalidade é servir; sobre os dons extraordinários,
sinais e maravilhas, tem o resumo a seguir, feito por Calvin Gardner:
Vasculhando cada instância no Novo Testamento a pratica dos dons extraordinários, teve-se
o cuidado de se ver quem operava-os. O seguinte estudo mostra a relação intima entre dons
extraordinários e os apóstolos. Não foram incluídos todos os versículos possíveis neste
estudo, pela limitação do espaço.
MILAGRES: Razão pelo qual foram feitos: mostrar aprovação de Deus (Jo 2:11; 3:2; At
2:2; 8:6; Hb 2:4), enganar (Mt 24:24); quem pode/fez: o Senhor Jesus (Jo 2:11; 3:2; 6:2),
Filipe (At 8:13), Barnabé e Paulo (At 15:12), Paulo (At 19:11), grande besta (Ap 13:14),
espíritos de demônios (Ap 16:14), falso Profeta (Ap 19:20).
SINAIS: Razão que foram feitos: mostrar aprovação de Deus (At 2:22; Hb 2:4), enganar
(Mt 24:24); quem procurava os sinais: geração má e adultera (Mt 12:39), fariseus para
tentar Jesus (Mt 16:1), os 12 discípulos em geral (Mt 24:3), os de pouca fé (Jo 4:48; 6:30),
os apóstolos (Pedro e João) (At 4:30), judeus (I Co 1:22); quem pode/fez: falsos profetas,
falsos cristos (Mt 24:24; II Ts 2:9), os que crerem (Mc 16:17), o Senhor Jesus (Jo 20:30),
apóstolos em geral (At 2:43; 5:12), o diácono Estevão (At 6:8), Filipe (At 8:13), Paulo e
Barnabé (At 14:3), Paulo (Rm 15:19; II Co 12:12), anjo (Ap 1:1).
CURAS: Quem pode/fez: Cristo (Mt 4:23; 8:7; 9:35 (Lc 4:18)), os 12 discípulos em geral
(Mt 10:1,8; Lc 9:2,6), Pedro e João (At 3:11), apóstolos em geral (At 5:16), Filipe (At 8:7),
Paulo (At 14:9,10; 28:8,9), a besta (Ap 13:12). CASTA DE DEMÔNIOS/ ESPÍRITOS:
Quem pode/fez: os falsos religiosos (Mt 7:22), os 12 discípulos em geral (Mt 10:8; Mc
3:15; 6:13; 16:17), Cristo (Mt 8:16; 12:24; Mc 1:34), apóstolos (At 5:16).
FALAR COM LÍNGUAS: Quem pode/fez: os 12 discípulos em geral (Mc 16:17); Atos
2:4,11, Cornélio (At 10:46), 12 discípulos de Éfeso (At 19:6).
PISAR OU PEGAR SERPENTES: Quem pode/fez: os 12 discípulos em geral (Mc 16:18;
Lc 10:19), Paulo (At 28:3-6). BEBER COISA MORTÍFERA: Quem pode: os 12 discípulos
(Mc 16:18). IMPOR AS MÃOS NOS DOENTES: Quem pode/fez: Cristo (Mc 6:5), os 12
discípulos em geral (Mc 16:18).
A PALAVRA DA FÉ: Quem pode/fez: Cristo (Jo 7:26), 12 discípulos em geral (Mt
10:26,27; At 4:31), Pedro e João (At 4:13,24), Paulo e Silas (At 16:25), Paulo (At 9:29;
19:8; I Ts 2:2; II Tm 1:7,8; 4:17), Paulo e Barnabé (At 13:46; 14:3), Apolo (At 18:26).
RESSUSCITAR OS MORTOS: Quem pode/fez: Jesus (Jo 5:21; 12:9), discípulos em geral
(Mt 10:8)
PALAVRA DA CIÊNCIA: Quem pode/fez: Paulo - de Cristo (At 17:1-3), da lei (Rm 7; Gl
3), de casamento, divorcio e do casamento novo (I Co 7).
MARAVILHAS: Quem pode/fez: a besta (Ap 13:13), satanás (II Ts 2:9), falsos religiosos
(Mt 7:22), falsos cristos, falso profetas (Mt 24:24; 13:22), Cristo (At 2:22), apóstolos em
geral (At 2:43; 5:12), Pedro e João (At 4:30), o diácono Estevão (At 6:8), Paulo e Barnabé
(At 14:3; 15:12), Paulo (Rm 15:19; II Co 12:12).
PROFECIAS: Quem pode/fez: falsos religiosos (Mt 7:22), Zacarias (Lc 1:67), sacerdote (Jo
11:51), ..., 12 discípulos de Éfeso (depois de ter as mãos de Paulo imposto sobre eles) - At
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
19:6 , Ágabo (At 21:10,11), 2 testemunhas (Ap 11:3), João (Ap 10:11)... DISCERNIR
ESPÍRITOS: Pedro (At 5:3,9; 8:20), Paulo (At 13:9-11). SABEDORIA: os 12 discípulos
em geral (Mt 10:19,20, Estevão (At 6:8-10)144.
2.4.2.6. Reflexões
Esta sessão falou dos dons, que, no geral, serve para edificar a igreja,
como você tem edificado a igreja? Como tem empregado seus dons, talentos,
capacidades como um todo? O Mestre quer que Seus servos sejam frutíferos, seja
frutífero também, seja atuante na causa, na seara do Mestre.
2.5. Igreja
“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu
bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
(At 20:28).
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Deus quer o pentecostalismo?
solenidades” (sentido clássico), aqui se refere ao ajuntamento festivo dos anjos e dos
santos de Deus, vivos e mortos.145”:
̄
A universal assembléia… uma “paneguris ”, a palavra usada aqui, era uma pública e solene
assembléia dos gregos, tanto para seus jogos, festas, feiras ou para atos religiosos, e
significava uma larga coleção e convenção de homens, e, às vezes, o local onde se reuniam;
e é usada aqui, pelo apóstolo, para a igreja de Deus, consistindo de todos os Seus eleitos,
juntos judeus e gentios, e o encontro deles juntos, eles se encontram na infinita mente de
Deus, desde toda eternidade, e em Cristo, seu cabeça e representante, em todos os tempos, e
no último dia, quando eles serão reunidos, eles se encontraram pessoalmente, e será uma
festiva reunião, e será uma bem universal assembléia, maior que a dos judeus, nas suas
festas solenes...146
“Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do
Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (I Tm 3:15).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
(Rm 12:5; I Co 10:17; 12:12; Gl 3:28), edificada pela Palavra (I Co 14:4,13; Ef 4:15,16)
e perseguida (At 8:1-3; I Ts 2:14,15), além da lição do verso texto, que é coluna e
firmeza da verdade.
Não estamos falando da fundação da igreja, que foi feita pelo próprio
Mestre, em Seu ministério terreno, e sim na organização de novos trabalhos, em um
lugar que não existe, de lá passando a ser uma nova igreja e da sua organização
burocrática, administrativa.
(Jo 13:34,35; 15:17; Jo 17:21; At 4:32; Gl 5:6,22; Ef 4:2,3; I Ts 4:9; II Ts 1:3; Hb 13:1;
I Pd 1:22; 2:17; 3:8,9; II Pd 1:7; I Jo 2:9-11; Jo 3:10-18; 4:11,20,21; 5:1,2; I Pd 5:5).
“Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos
gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será
assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso
serviçal;” (Mt 20:25,26).
A Bíblia ensina que todos são iguais, pois Deus não faz acepção de
pessoas (Dt 10:17; Jó 34:19; At 10:34; Rm 2:11; Ef 6:9; Cl 3:25; I Pd 1:17), não é
mencionado nenhum crente como superior aos demais, visto ser todos iguais, sabedores
disso, nem mesmos os apóstolos quiseram a primazia entre os crentes, por isso, jamais
subjugaram os irmãos em Cristo, pois eles sabiam que nada mais eram que homens (At
l0:15,16; Rm 7:24), houve uma ocasião em que Pedro foi adorado, situação que ele
assim reagiu: “e aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e,
prostrando-se a seus pés o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu
também sou homem.” (At 10:25,26), isso deixa a lição que mesmo os líderes da igreja
são servos dela, o que significa estar a serviço dela, é o que está escrito em I Pd 5:1-4,
especificamente diz o verso 3: “nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas
servindo de exemplo ao rebanho”, portanto, o pastor, que é o anjo (líder) da igreja não
pode subjugar o rebanho: “não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque
somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.” (II Co 1:24), o motivo
de tudo isso é que a primazia na igreja pertence a Cristo: “e ele é a cabeça do corpo, da
igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
preeminência.” (Cl 1:18).
O trabalho dos lideres da igreja, inclusive o pastor, é justamente o
inverso, não é de subjugar as ovelhas, pelo contrário, deve servir, Deus espera isso do
pastor, tanto é que há um exemplo de como não fazer e com isso a repreensão divina:
“as fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a
desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas
com rigor e dureza.” (Ez 34:4), por isso, deve ter cuidado: “olhai, pois, por vós, e por
todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a
igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20:28), e também
porque cabe a cada crente considerar ao outro superior a si mesmo: “nada façais por
contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros
superiores a si mesmo.” (Fp 2:3), “porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a
Cristo Jesus, o SENHOR; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.” (II
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Deus quer o pentecostalismo?
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
mesmo como classe entre Deus e o povo, eles foram os nicolaítas, você observará o que foi
feito em Éfeso ou depois do período apostólico, se tornou a “doutrina” dois séculos depois
em Pérgamo ou período de Constantino147.
Hoje a história vem se repetindo com igrejas tendo sistema escalonado de
governo, onde há submissão de uma a outra, nem todo o sistema pentecostal utiliza esta
forma de organização da igreja, como tendo uma sede e filiais, sendo que a sede
estabelece o que as demais seguirão, mas muitos assim o fazem, este sistema, de
governo, é contrário ao princípio bíblico de amar um ao próximo: “amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros.” (Rm 12:10), “porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis
então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.’
(Gl 5:13), além do mais, é uma forma, que o Senhor Jesus odeia. Para deixar claro não
importa se uma igreja tem milhares de membros ou dezenas, elas são têm o mesmo grau
de importância, não importa se está situada em boa localidade da cidade ou mesmo tem
membros famosos, ricos ou até mesmo governantes ela não é melhor que a outra igreja
pobre e sem membros ricos ou influentes na sociedade, o princípio de igualdade, entre
as igrejas, sai do mesmo princípio de igualdade entre os membros, já que todos são
iguais as igrejas também o são.
147
Scofield, p. 1495
148
Burgess, p. 21
Página 126
Deus quer o pentecostalismo?
“Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão
em Filipos, com os bispos e diáconos:” (Fp 1:1).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
bispo está relacionado ao trabalho de supervisionar, cuidar, zelar, fazer funcionar bem
toda a igreja, a palavra grega é “episkopos”, que significa “supervisor, guardião, bispo:
At 20:28; Fp 1:1; I Tm 3:2; Tt 1:7; I Pd 2:25.152” e “denota a função oficial dos anciãos,
mas não no sentido eclesiástico posterior de bispo como implicando em ordem distinta
de presbíteros e pastores, os dois termos são sinônimos, o ancião, em virtude de sua
função é bispo153”, restam os terceiro e quarto nomes, ancião e presbítero, que são
nomes equivalentes, a palavra grega é a mesma “presbuteros”, o nome ancião já diz
tudo está relacionado a alguém maduro, experimentado:
Comparativo de presbus (de idade avançada); TDNT - 6:651,931; adj, 1) ancião, de idade,
1a) líder de dois povos, 1b) avançado na vida, ancião, sênior, 1b1) antepassado, 2)
designativo de posto ou ofício, 2a) entre os judeus, 2a1) membros do grande concílio ou
sinédrio (porque no tempos antigos os líderes do povo, juízes, etc., eram selecionados
dentre os anciãos), 2a2) daqueles que em diferentes cidades gerenciavam os negócios
públicos e administravam a justiça, 2b) entre os cristãos, aqueles que presidiam as
assembléias (ou igrejas). O NT usa o termo bispo, ancião e presbítero de modo permutável,
2c) os vinte e quatro membros do Sinédrio ou corte celestial assentados em tronos ao redor
do trono de Deus154.
Como dito os termos designam o trabalho, mas esses trabalhos são
realizados pelas mesmas pessoas, basta comparar as Escrituras, o mesmo grupo de
pessoas é chamado de anciãos (presbíteros): “e de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os
anciãos da igreja.” (At 20:17) e de bispos: “olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho
sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus,
que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20:28), esta passagem trata do apóstolo
mandar chamar os presbíteros e lhe dar instrução, ao lhes instruir lhes chamam de
bispos; outra passagem, que acontece coisa similar é: “por esta causa te deixei em
Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em
cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:” (Tt 1:5), na continuação, os
mesmos presbíteros são chamados de bispos: “porque convém que o bispo seja
irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem
dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;” (Tt 1:7), então
restou claro que bispo e presbítero são termos intercambiáveis, trata do trabalhos da
mesma pessoa, mesmo coisa acontece com pastor e bispo, o Mestre é assim chamado:
“porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo
das vossas almas.” (I Pd 2:25) e numa passagem anterior o trabalho de pastor é falado
como o do bispo: “olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo
vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu
próprio sangue.” (At 20:28), quem apascenta é pastor: “e ele disse: Eis que ainda é
pleno dia, não é tempo de ajuntar o gado; dai de beber às ovelhas, e ide apascentá-
las.” (Gn 29:7), “tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?
Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.”
(Jo 21:16), “apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;” (I Pd
5:2):
No Novo Testamento bispo (epískopos) e ancião (presbúteros) são dois nomes para o
mesmo oficial, que implica a função oficial de episcopado ou presbiterado existente do
tempo do Novo Testamento (veja At 20:17,28), bispos e anciãos nunca são mencionados
juntos, em contraste com bispos e diáconos, que são classe separadas de oficiais... I
Timóteo se refere aos bispos e diáconos (I Tm 3:2,8), dá a qualificação de ambos, e não faz
menção alguma a ancião, de igual forma, I Tm 5:17 expressamente se refere a eles
indicando certamente foram os anciãos de Éfeso (que estavam lá, de acordo com At 20:17,
152
Tuggy, p. 249
153
Vincent, p. 438
154
Strong, p. 1616
Página 128
Deus quer o pentecostalismo?
fazia algum tempo). Em Tt 1:5, nós temos presbíteros, mas Paulo continua descrevendo as
características de um presbítero por se referir ao do bispo (Tt 1:7), e ambos de I Pd 5:2, têm
as mesmas funções pastorais dos anciãos de At 20:17 (cf At 20:28, quando eles são
chamados de bispos), de modo similar, em Tt 1:5, os presbíteros são usados como sinônimo
de bispos tendo os mesmo deveres pastorais de pregar (Tt 1:9). É evidente que as mesmas
pessoas são chamadas de bispo e anciãos [presbíteros] (At 20:17,28; Tt 1:5,7); como temos
observado, presbítero denota a dignidade do ofício e bispo (ou supervisor) denota os
deveres e autoridade do ofício155.
Os oficiais da igreja devem ser examinados pela igreja, que oficiarão, já
que a igreja é local e assim é o que estabelece a Palavra: “e, havendo-lhes, por comum
consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao
Senhor em quem haviam crido.” (At 14:23), examinados para ver se os requisitos
bíblicos estão preenchidos para o devido ofício, ou de pastor ou diácono, eleitos:
“escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (At 6:3),
a palavra escolher traduz a grega “episkeptomai”, que indica cuidadosa e diligentemente
olhada, examinai, inspecionai para escolher, selecionai, daí fica claro que a escolha dos
oficiais deve ser com devido cuidado bíblico, por fim impor-lhe as mãos, indicando
assim pleno aval: “a ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos
pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.” (I Tm 5:22).
2.5.2.3.1. Pastor
“Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não
soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe
ganância;” (Tt 1:7).
155
Zodhiates, p. 486
Página 129
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
candidato não pode ter nele nada que possa ser censurado, reprovado (I Tm 5:7; 6:14),
em especial, como despenseiro da casa de Deus (cf Tt 1:6), 2) marido de uma mulher,
deixando claro da necessidade de ser casado, além de ser casado com um casamento
válido, ser o primeiro dele quanto o primeiro da esposa, ou segundo de algum desde que
sejam viúvos, pois a esposa dele também tem de preencher alguns requisitos (item 17 a
20), 3) vigilante, 4) sóbrio, que é temperante (Tt 1:8), 5) honesto, justo (cf Tt 1:8), 6)
hospitaleiro, 7) apto para ensinar; 8) não dado ao vinho, 9) não espancador, 10) não
cobiçoso de torpe ganância, 11) moderado, 12) não contencioso, 13) não avarento; 14)
que governe bem a sua própria casa, esta expressão bíblica é explicada, o bom governo
da casa envolve tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém
não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?), ou seja, a
condição é que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem sejam
desobedientes; 15) não neófito, isto é, novo crente, para que ensoberbecendo-se, não
caia na condenação do diabo, convém também que tenha 16) bom testemunho dos que
estão de fora, em outras palavras, os incrédulos, para que não caia em afronta, e no laço
do diabo.
As demais condições se encontram no verso 11, que diz: “da mesma
sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.” (I Tm 3:11),
o verso se refere as esposas dos oficiais da igreja, tanto a do pastor quanto a do diácono,
pois assim diz o verso anterior: “e também estes sejam primeiro provados, depois
sirvam, se forem irrepreensíveis.” (I Tm 3:10), estes do verso são os diáconos, daí
alguns podem entender que este verso não se refere a esposa do pastor e sim a do
diácono, mas ocorre que o pastor é o cargo de maior liderança, daí a Bíblia colocaria
condições adicionais para ser diácono, ofício auxiliar e não ao ministério, segundo, a
Palavra também exige dele que seja casado, daí seria mais inteligente entender esta
como qualificações da esposa dele, como da do diácono, então as qualificações são das
esposas dos oficiais, que precisam ser: 17) honestas, 18) não maldizentes, 19) sóbrias e
20) fiéis em tudo; agora voltando à pessoa do candidato, precisa ser (fazer) 21) não
soberbo, 22) nem iracundo, 23) amigo do bem, 24) santo, 25) reter firme a fiel palavra,
que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã
doutrina, como para convencer os contradizentes. Em linhas gerais o pastor precisa ser
uma pessoa irrepreensível, isso em todos os aspectos da vida, ser casado, viver numa
família estruturada, que envolve filhos em obediência a ele e esposa submissa e fiel, daí
a família é bem governada por ele, ser maduro, ser uma pessoa dedicada a conhecer
melhor ao Senhor Jesus e com isso ter a capacidade de cada vez melhor falar dEle, e de
servi-Lo cada vez mais e melhor.
As qualificações postas acabam criando outra condição indispensável
para ser pastor, a qualificação é ser homem, a mulher não pode ser ordenada ao
ministério, pois a Bíblia exige que assim o seja, usa a palavra “aner”, em adição a isso,
os termos seguintes, no original são masculinos: bispo, irrepreensível, marido (não diz
esposa e sim marido), sóbrio, vigilante, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não
dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não
contencioso, não avarento, que governe bem sua própria casa, não neófito; resta claro
que é necessário ser homem para cumprir as condições bíblicas. A palavra grega “aner”
significa:
A) homem, esposo, em contrate com mulher: Mt 1:16,19; 14:21; 15:38; Mc 6:44; 10:2,12;
Lc 1:34; 2:36; 9:14; Jo 1:13; 4:16-18; At 4:4; 5:9,10; 8:3,12; Rm 7:2,3; I Co 7:2-
4,10,11,13,14; 11:3,4,7-9; Gl 4:27; Ef 5:22-25,28; Cl 3:18,19; I Tm 3:2,12; 5:9; Tt 1:6; 2:5;
I Pd 3:1,5,7. B) homem, em contrate com garoto: I Co 13:11; Ef 4:13,14; Tg 3:2. C) no
plural, em tratamento formal, cavalheiros, senhores, varões: At 7:2; 14:15; 15:7,13; 19:25;
23:1,6; 27:10,21,25; 28:17. D) homem, varão, usado com adjetivo ou outras palavras que
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Deus quer o pentecostalismo?
fazem ressaltar alguma característica de tal homem: Mt 7:24,26; 14:35; Mc 6:20; Lc 5:8,12;
19:7; 23:50; At 6:5; 8:2; 11:24; 13:7; 17:5; 18:24; 22:12; Tg 1:8. E) homem, varão, com
palavras indicando sua origem nacional ou de lugar: At 1:11; 2:14,22; 5:35; 8:27; 10:28;
11:20; 13:16; 16:9; 17:22; 19:35; 21:28. F) um homem, certo homem: Lc 5:18; 8:27; 9:38;
19:2; Jo 1:30; At 6:11; 10:1; Rm 4:8; Tg 1:12156.
2.5.2.3.2. Diácono
“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (At 6:3).
156
Tuggy, p. 20
157
Pentecost, J. Dwight. The Joy of Living. Zondervan Publishing House, 1973, p. 114
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita
confiança na fé que há em Cristo Jesus. (I Tm 3:8-13).
As qualificações são: 1) ser homem, homem aqui é justamente para
distinguir de mulher e criança, é aquela palavra “aner”:
Aner (ανηρ ̓ G435) significa especificamente um varão, na se emprega nunca do sexo
feminino, se traduz “varão” em passagens como Mc 6:20; Lc 1:27,34; 8:41; 9:30,32; 19:2;
23:50, etc.,...
Aner (ανηῤ G435) não se usa nunca para o sexo feminino, se usa a) em distinção de mulher
(At 8:12; I Tm 2:12), como marido (Mt 1:16; Jo 4:16; Rm 7:2; Tt 1:6), b) em contraste com
garotos ou um menino (I Co 13:11), metaforicamente (Ef 4:13), c) junto a um adjetivo ou
nome (por exemplo, Lc 5:8, literalmente “um varão, um pecador”; 24:19, literalmente “um
varão, um profeta”; frequentemente como termo para dirigir a palavra (por exemplo, At
1:16; 13:15,26; 15:7,13, literalmente “varões, irmãos”); com nome gentílico ou de local,
virtualmente um título de honra (por exemplo, At 2:14; 22:3 “varões atenienses”; 19:35,
literalmente “varões efésios”); em At 14:15 se usa para se dirigir a uma companhia de
homens, sem nenhum termo descritivo, sem embargo, neste versículo há distinção entre
aner e anthropos (2ª parte) é de notar a utilização do último termo é o expressado abaixo
letras d) e e), d) em geral um homem, uma pessoa do sexo masculino (por exemplo, Lc
8:41), no plural (At 6:11). Notas 1) arren ou arsen, é traduzido “homens” em Rm 1:27, três
vezes, 2) deina (Mt 26:18), denota um certo alguém, a quem não se pode ou não se quer
nominar, se traduz “um certo homem”.
̓
Aner (ανηρ G435) denota, em geral, homem, varão adulto em contraste com anthropos, que
denota genericamente um ser humano, varão ou mulher, se usa do adulto varão em várias
relações, sendo que o significado é decidido pelo contexto; significa marido (por exemplo,
Mt 1:16,19; Mc 10:12; Lc 2:36; 16:18; Jo 4:16-18; Rm 7:23158.
Continuando as qualificações, 2) ter boa reputação, conseqüentemente
não pode ser mal afamado, 3) ser cheio do Espírito Santo, 4) ser cheio de sabedoria, até
para administrar os bens materiais, 5) ser honesto, já que tratará com coisas materiais e
auxiliará diretamente ao pastor, 6) não de língua dobre, ter uma só palavra o sim dele é
sim e o não dele é não (cf II Co 1:17-20; Tg 5:12), 7) não dado a muito vinho, 8) não
cobiçoso de torpe ganância, 9) guardador do mistério da fé, 10) ter uma consciência
pura, 11) ser primeiro provado, 12) irrepreensível, ter uma esposa 13) honesta, 14) não
maldizente, 15) sóbria e 16) fiel em tudo, ele ainda precisa 17) ser marido de uma só
mulher, conseqüentemente casado e estar em um casamento válido e 18) governar bem
a seus filhos e sua própria casa; mesmo sendo um ofício que basicamente constitui em
servir deve ser almejado pelos crentes: “porque os que servirem bem como diáconos,
adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.” (I
Tm 3:13):
Feliz é a igreja que só tem diáconos escolhidos de acordo com a direção do Espírito Santo.
Infeliz é a igreja cujos diáconos não são assim escolhidos. Os diáconos devem cuidar
primariamente dos negócios materiais da igreja e não tem responsabilidade pelo púlpito ou
a liderança da igreja. Eles são servos da igreja, não os patrões159.
“Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo
meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas.” (Is 3:12).
158
Vine, p. 12
159
Burgess, p. 25
Página 132
Deus quer o pentecostalismo?
autoridade sobre homens, mulheres e crianças, isto é, um público misto, neste caso a
Bíblia restringe a atuação feminina e é justamente isso que veremos.
Página 133
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
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Deus quer o pentecostalismo?
véu ser um costume, isso está escrito: “mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não
temos tal costume, nem as igrejas de Deus.” (I Co 11:16), costume passa de tempos em
tempos e vai de sociedade em sociedade, mesmo numa sociedade costumes são trocados
por outros e eles não representam ensino que outra sociedade deva seguir.
Continuando a Escritura diz:
As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas
estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa,
interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem
na igreja. (I Co 14:34,35).
Estes versos podem ser duros, mas é o que a Bíblia diz, daí fica clara a
limitação feminina; antes de continuar a leitura, destes dois versos, observe que eles
aparentemente se chocam com o que foi dito no capítulo 11, no qual a mulher que ora
ou profetiza deveria usar o véu, (para esta aparente contradição cf 2.5.2.6.2.11. As
mulheres profetisas em Corinto). Voltando à leitura dos dois versos, tem a ordem de
estar sujeita, novamente aparece esta expressão, que é importante para a mulher, estar
sujeita. Este mandamento é para ser cumprido hoje e enquanto houver a igreja de Cristo,
pois este mandamento é para todas as igrejas, no capítulo 14 de I Co, onde têm os
versos 34 e 35, que ordenam o silêncio feminino, o verso 33 diz: “porque Deus não é
Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (I Co 14:33), no
início da epístola, o verso 2, diz: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos
santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar
invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:” (I Co 1:2), o que
deve ressaltar, nestes dois versos, são as expressões: como em todas as igrejas dos
santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, ainda a Palavra continua dizendo: “que guardes este mandamento sem mácula e
repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo;” (I Tm 6:14).
A mulher usurpar a autoridade do homem não é novo, já aconteceu, na
Bíblia, ocasião em que o Senhor Jesus falou:
Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os
meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo
para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa
cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das
suas obras. E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que
sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras. (Ap 2:20-
23).
Esta passagem é importante para demonstrar o que o Senhor Jesus tem a
falar sobre mulher na direção, Ele falou que não tolera a doutrina de Jezabel, o
importante é definir que doutrina é essa, para começo, façamos uma retrospectiva sobre
Jezabel, ela foi uma mulher terrível, perseguia os profetas de Deus (I Rs 18:4,13,19; II
Rs 3:2,13; 9:7,22), promovia a idolatria (I Rs 18:19), era assassina (I Rs 21:5-13),
incitava ao marido para o mal (I Rs 21:25), a filha dela, Atalia, seguiu o exemplo da
mãe e foi ímpia o quanto pôde ser (II Rs 8:26; 11:1,16; II Cr 23:21), sendo que em II Cr
ela é chamada novamente de ímpia, diz a Palavra: “porque, sendo Atalia ímpia, seus
filhos arruinaram a casa de Deus, e até todas as coisas sagradas da casa do SENHOR
empregaram em Baalins.” (II Cr 24:7). Voltando a Jezabel, ela é o tipo do pior caráter
bíblico, naturalmente é dela ensinar, com isso ter autoridade sobre o homem, o verso diz
ensinar e enganar, além de usar o engano para ensinar, ela ensinava com engano, usava
o engano para ensinar, pois a mulher não tem autoridade bíblica para ensinar a homens
adultos, a não ser que use de engano, torça a Bíblia, além disso, usava este ensino para
introduzir heresias, e é infelizmente este ensino que vem se popularizando cada vez
mais, cada vez mais as mulheres vem querendo usurpar o lugar do homem.
Página 135
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
É importante ainda dizer que têm mais passagens, mas que serão
estudadas mais adiante, nos tópicos seguintes, para concluir as limitações, tem o verso,
que diz: “e Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em
transgressão.” (I Tm 2:14), a mulher foi enganada, pelo inimigo, e caiu, o homem
preferiu cair junto com ela, mas ele não foi enganado, sabia exatamente o que estava
fazendo e tinha consciência dos efeitos da ação dele. É importante salientar uma lição
importantíssima: “todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem,
no Senhor.” (I Co 11:11), apesar das diferenças, de funções, diante de Deus nem o
homem é melhor que a mulher, nem o inverso, Cristo morreu para salvar tanto homem,
quanto mulher, o fato da mulher não ter a direção não lhe faz jamais inferior ao homem,
por várias razões, primeira, como falado, não se trata de valor e sim de função, por
exemplo, no ônibus tem o motorista e o cobrador, qual a função é melhor? A resposta é
nenhuma, tanto é necessária uma quanto a outra, o motorista para dirigir e levar os
passageiros ao destino, como o cobrador para receber, senão a empresa vai à falência,
segunda, quem dirige é servo do dirigido, pois deve fazer a direção em benefício do
dirigido.
Terceira, a função, com suas prerrogativas de realizar algo no serviço de
Deus, não faz as outras menores, por exemplo, vemos no Velho Testamento, que entre
12 tribos Deus escolheu somente uma para oficiar como sacerdotes, que era a tribo de
Levi, se um rubenita, quisesse ser sacerdote não poderia ser, mas isso não o fazia menos
importante que um levita, mas Deus escolheu somente os levitas, só a eles era permitido
o ofício sacerdotal, como a tribo de Judá passou a ser a da realeza, as demais não eram e
nem por isso eram menores, pelo contrário, somente se refere à função, isso é tão
curioso, que Deus, em Sua imensa sabedoria, sempre soube contrabalancear, por
exemplo, não haveria nenhuma levita milionário, pois não tinha direito a herança, vivia
de parte da oferta: “porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas;
pois não tem parte nem herança contigo.” (Dt 14:27), “os sacerdotes levitas, toda a
tribo de Levi, não terão parte nem herança com Israel; das ofertas queimadas do
SENHOR e da sua herança comerão.” (Dt 18:1), “porquanto os levitas não têm parte
no meio de vós, porque o sacerdócio do SENHOR é a sua parte; e Gade, e Rúben, e a
meia tribo de Manassés, receberam a sua herança além do Jordão para o oriente, a
qual lhes deu Moisés, o servo do SENHOR.” (Js 18:7), mas os membros das demais
tribos podiam ser.
Ainda sobre contrabalancear, partindo da criação, Deus criou o homem e
ele ficou por algum tempo sozinho, no planeta, era o único exemplar da espécie, mas
qual o motivo disso? Creio, à luz das Escrituras, que foi para que ele soubesse que não
estaria completo sem uma esposa, para que ficasse claro, para ele, a importância da sua
esposa, para que, quando ela viesse, ele a valorizasse; no lar, Deus manda a mulher ser
submissa ao marido, mas manda ao marido amar a esposa, e não é qualquer tipo de
amor, é para seguir o exemplo do Mestre, que amou tanto, a tal ponto de morrer por ela:
“vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo
se entregou por ela,” (Ef 5:25), “assim devem os maridos amar as suas próprias
mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.”
(Ef 5:28), tratá-la como se trata da sua própria carne, a nutri-la: “porque nunca ninguém
odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à
igreja;” (Ef 5:29), em outras palavras, Deus contrabalanceou os deveres.
Voltando a falar em função a prova de que todos são importantes para
Deus, tanto no Velho quanto no Novo Testamente é que Ele não faz acepção de
pessoas: “pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o
Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita
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Deus quer o pentecostalismo?
recompensas;” (Dt 10:17), “não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem
receberás peitas; porquanto a peita cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras
dos justos.” (Dt 16:19), “agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; guardai-o, e
fazei-o; porque não há no SENHOR nosso Deus iniqüidade nem acepção de pessoas,
nem aceitação de suborno.” (II Cr 19:7), “e vós, senhores, fazei o mesmo para com
eles, deixando as ameaças, sabendo também que o SENHOR deles e vosso está no céu,
e que para com ele não há acepção de pessoas.” (Ef 6:9), “mas quem fizer agravo
receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas.” (Cl 3:25), “mas, se
fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como
transgressores.” (Tg 2:9).
Voltando à Eva, e assim encerrando este tópico, a derradeira observação
é a da questão proposta pela serpente: “ora, a serpente era mais astuta que todas as
alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim
que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gn 3:1), a pergunta foi é
assim que Deus disse?, e é justamente o problema atual, o da autoridade bíblica,
entender, ou querer fazer diferente do que Deus estabeleceu é propor esta pergunta,
trazendo, ao menos, tentando trazer dúvidas sobre os ensinamentos de Deus, e fazer o
mesmo que a serpente fez levando a alguns fazerem o que Eva fez, subestimar a Palavra
de Deus.
2.5.2.4.1.1. Pregação
“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes,
com toda a longanimidade e doutrina.” (II Tm 4:2).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra;” (I Pd 3:1), se ela é
para ser sujeita ao marido como pode usar de autoridade sobre ele, repreendê-lo? Não
há como, daí ela não pode aplicar o verso: “fala disto, e exorta e repreende com toda a
autoridade. Ninguém te despreze.” (Tt 2:15), (cf próximos tópicos).
2.5.2.4.1.2. Ensino
“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher
ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque
primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer
com modéstia na fé, no amor e na santificação.” (I Tm 2:11-15).
A mulher deve aprender com toda sujeição, isso quer dizer que não pode
retrucar, rebater, desafiar o professor, etc., lembre-se que quando Deus quis falar algo a
um homem (Paulo) Ele usou outro homem (Ágabo), (cf 2.5.2.6.2.9. As filhas de Filipe),
pois assim não estaria sujeita, deve ficar claro que até mesmo o aprendizado deve ser
com submissão, a palavra grega para aprender com silencio é “sigaō”, que é justamente
guardar silêncio, ela aparece outras vezes e é bom olhar para comparação (Lc 9:36;
18:39; 20:26; At 12:17; 15:12,13; Rm 16:25; I Co 14:28,30,34), “tão longe vá a
participação feminina em encontros públicos da igreja, a mulher é para aprender em
silêncio com toda submissão, isso está se acordo com o resto da Escritura neste assunto
(I Co 11:3-15; 14:34,35)161”, conseqüentemente ela não pode ser professora de homem,
“aner”:
homem, normalmente um adulto (I Co 13:11), varão (At 8:3,12). Sentidos especializados:
marido Mc 10:2,12; noivo Ap 21:2; em conversas: senhor At 27:10; 21, 25; άνδρες αδελφοί
irmãos At 15:7,13. Pleonasticamente άνηρ αμαρτωλός = simplesmente pecador Lc 5:8.
Raramente pessoa = άνθρωπος, ν. Lc 11:31; Tg 1:12; cf At 17:34. [André, andrógino]162.
Pelo contrário, aprender em silêncio:
A mulher aprenda em silêncio,... O apóstolo continua a dar algumas outras instruções
para as mulheres, como elas devem se comportar no culto público, na igreja de Deus, que
elas devem ser alunas, não professoras, sentar e ouvir e aprender mais de Cristo e da
verdade do evangelho, e se manter em boas obras, aprender em silêncio, não se oferecer
para levantar e falar, sob a pretensão de ter uma palavra do Senhor ou estar sob o impulso
do Espírito do Senhor como algumas mulheres frenéticas faziam... elas enao eram para falar
em público, mas perguntar em casa a seus próprios maridos, veja I Co 14:34, e assim era
para elas se comportarem.
Com toda sujeição. Tanto aos ministros da Palavra e em casa aos maridos delas, obedecer
com o coração a forma da doutrina entregue a elas e submeteram alegremente as ordens de
Cristo, todo que professam sujeição ao evangelho professam piedade.
Não permito, porém, que a mulher ensine, Elas podem ensinar em privado, nas próprias
casas e famílias, elas são para serem professoras de boas obras, Tt 2:3, elas são para
criarem os filhos com cuidado e admoestação do Senhor, nem a lei, nem doutrina da mãe é
para ser esquecida, muito menos a instrução do pai, veja Pv 1:8. Timóteo, sem dúvidas,
recebeu muito avanço, do ensino privado e instrução da sua mãe Eunice e de sua avó Lóide,
então a mulher não é para ensinar na igreja, pois isso é um ato de poder e autoridade...
Nem use de autoridade sobre o homem,... não só nas coisas eclesiásticas, ou que tenham
relação com a igreja e o governo dela, pois uma parte da regra é alimentar a igreja com
conhecimento e entendimento e a mulher tomar sobre si esse ofício é usurpar a autoridade
sobre o homem, que é algo que ela não pode fazer,
Mas que esteja em silêncio. Sentar e ouvir quieta e silenciosamente e aprender e não
ensinar como I Co 2:11. O contexto aqui tem a ver com a ordem da igreja e a posição do
homem e da mulher no culto e trabalho da igreja, o tipo de professor que Paulo tem em
161
MacDonald, p. 1305
162
Gingrich, p. 24
Página 138
Deus quer o pentecostalismo?
2.5.2.4.1.3. Oração
“Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira
nem contenda. Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com
pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas
(como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” (I
Tm 2:8-10).
Página 139
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
solteira Deus falava diretamente a ela, posteriormente só falou a José, esposo e cabeça
dela.
Alguns não entendem que orar seja exercer autoridade, mas o é para tanto
é interessante ver a história de Israel, que os líderes eram quem representam o povo
diante de Deus, com orações, no culto público são os líderes, por exemplo, Moisés,
Josué, Salomão, portanto, isso não é novo, antecede inclusive a queda do homem,
chegamos então ao verso 8, que diz: “quero, pois, que os homens orem em todo o lugar,
levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” (I Tm 2:8), todo lugar aqui é onde a
igreja se reunir, isso está claro, pois, agora resta uma palavrinha, homem, o
mandamento aqui é que homens orem em todo lugar, se esta expressão se referisse a
raça humana então animais, ou objetos, poderiam orar e a limitação seriam a eles
permitindo a oração só a humanos, obviamente não se trata disso, a palavra para
homens é “aner”, ela é propositadamente escrita assim para diferençar o homem adulto
do adolescente, menino, a Bíblia diz que é somente homem que deve orar, pela
congregação, exclui os demais, os mesmo homem, mas adolescente ou menino, e as
mulheres de qualquer idade, por que é assim que Deus quer:
O assunto da oração pública é agora resumido, e desta vez nossa atenção é dirigida àqueles
que devem dirigir o povo de Deus em oração. A palavra introdutória “quero” expressa o
ativo e inspirado desejo de Paulo nesta questão. Na língua original, do Novo Testamento,
tem duas palavras que podem ser traduzidas por homens, uma que significa a humanidade,
em geral, e a outra significa homem em contraste com mulher, e esta segunda palavra é a
que é usada aqui, a instrução do apóstolo é que a oração pública deve ser dirigida pelos
homens em vez de pelas mulheres, e isso significa todos homens, não somente anciãos. A
expressão em todo lugar pode ser tomada para significar qualquer cristão individual pode
orar em qualquer hora, não importa onde ele estiver, mas desde que o assunto aqui é o da
oração pública, é melhor entender que este verso como dizendo que onde um grupo misto
de cristãos estiver reunido para orar, são os homens e não as mulheres quem devem dirigir
neste exercício165.
Ainda sobre o tema:
Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar,... Nesta declaração de vontade, do
apóstolo, concernente a oração, ele somente toma conhecimento “dos homens”, não que
não seja dever e privilégio de ambos homens e mulheres orar em suas casas e quartos, mas
como ele está falando da oração pública na igreja, que pertence somente aos homens, ele
está falando somente a eles, e a vontade dele é que a oração seja feita por eles em todos
lugar ou local, em qualquer parte do mundo, que eles vivam, agora foi o cumprimento da
profecia em Ml 1:11 e agora chegou o tempo em que nosso Senhor Se referiu Jo 4:21, isso
é dito em oposição da noção judaica que o templo, em Jerusalém, era o único local para
orar e que a oração, feita em qualquer lugar, deveria ser direcionada para lá166.
O motivo desse mandamento é devido à função, e esfera de atuação, do
homem e da mulher:
A direção dada aqui é que os homens devem orar em distinção dos deveres da mulher,
especificados no verso seguinte, é para ser entendido que implica que os homens devem
conduzir o exercício da adoração pública, os deveres das mulheres pertencem a diferente
esfera, compare I Tm 2:11,12167.
Ainda sobre função e esfera de atuação, Davidson assim comenta:
Em todas as congregações são os homens que devem geralmente dirigir orações e os que o
fazem devem ter o cuidado de fazê-lo dignamente. Semelhantemente nas congregações as
mulheres devem abster-se de adornos excessivos e procurar recomendar-se por suas boas
obras. Precisam apresentar-se com modéstia e discrição estando prontas com calma e
submissão para aprender e não com desejo agressivo de ensinar. O lugar próprio da mulher,
com relação ao homem, está indicado pela ordem original da criação; e sua incapacidade
para atuar como guia do homem demonstra-se pelo modo como Eva foi enganada e como
165
MacDonald, p. 1296
166
Gill, p. 986
167
Barnes, p. 1285
Página 140
Deus quer o pentecostalismo?
168
Davidson, F (Editor). O Novo Comentário da Bíblia. Edições Vida Nova, 1997, p. 1925
169
Hendriksen, p. 1220
Página 141
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
de ensino entre pessoas de seu próprio sexo ou entre crianças. Priscila não estava
incorrendo em erro quando ela e seu marido, ajudaram o erudito Apolo a conhecer com
mais exatidão o caminho do Senhor (At. 18:26)170.
2.5.2.6.1. Proposições
“Qual é o homem que teme ao SENHOR? Ele o ensinará no caminho que deve
escolher.” (Sl 25:12).
170
Hiebert, Edmond. First Timothy EBC (Everyman's Bible Commentary), Moody Press, 2001, p. 38
Página 142
Deus quer o pentecostalismo?
De fato, todos os crentes são sacerdotes, uns deveriam exercer com mais
afinco o ofício sacerdotal, mas ser sacerdote, no caso do crente, significa poder entrar
diretamente na presença de Deus sem intermediários, ter o Senhor Jesus ajudando nas
orações e o Santo Espírito intercedendo junto, daí o crente deve também orar um pelos
outros: “confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que
sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tg 5:16), há vários
motivos para orar, mas isso nada tem a ver com orar pela congregação, pois a oração
pode ser individual, inclusive como ensinada pelo Senhor Jesus no quarto, em secreto:
“mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai
que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mt
6:6), e também nada tem a ver com a liderança na igreja.
Página 143
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.5.2.6.2. Personagens
2.5.2.6.2.1. Miriã
De fato, ela foi líder em Israel, agora, deveria ser lembrado que, quando
ela e Arão discutiram com Moisés, por causa da esposa dele, Deus os lembraram do
lugar de cada um, dela, de Arão e de Moisés:
E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem casara;
porquanto tinha casado com uma mulher cusita. E disseram: Porventura falou o Senhor
somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. E era o homem
Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. E logo o Senhor
disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três.
Então o Senhor desceu da coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou Arão
e Miriã e ambos saíram. E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver
profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. Não
é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com
ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; porque, pois, não
tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim a ira do Senhor contra
eles se acendeu; e retirou-se. (Nn 12:1-9).
2.5.2.6.2.2. Débora
“E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.” (Jz
4:4).
Página 144
Deus quer o pentecostalismo?
Com este diálogo, fica claro que Débora entendia não ser natural a ida
dela, de uma mulher, para a guerra, tanto que ela lembrou que a honra não seria de
Baraque e sim de uma mulher, esta, na verdade, foi uma lição dada por Deus, Ele
envergonhou a todos os homens na época, inclusive a Lapidote, esposo dela; essa não
foi a única vez que Israel se acovardou diante do inimigo, anos depois, os filisteus
vieram contra Israel, eles trouxeram Golias, o que aconteceu foi que os israelitas
reagiram da seguinte forma: “porém todos os homens em Israel, vendo aquele homem,
fugiram de diante dele, e temiam grandemente.” (I Sm 17:24), a ponto de um garoto ter
de guerrear: “porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar
com ele; pois tu ainda és moço, e ele homem de guerra desde a sua mocidade.” (I Sm
17:33), “e, olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço, ruivo,
e de gentil aspecto.” (I Sm 17:42).
Como tudo o que foi escrito é para aprendizado do crente hoje (Rm
15:6), o ensinamento desta passagem é claro, quando o homem não quer fazer a vontade
de Deus, Deus o expõe a ignomínia, exatamente os dois grupos de pessoas que não
podem liderar, ou seja, crianças e mulheres, são os que lideram: “os opressores do meu
povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo meu! Os que te guiam te
enganam, e destroem o caminho das tuas veredas.” (Is 3:12), no entanto, Deus não
permite a liderança feminina na igreja, essa situação se deu no Velho Testamento, na
nossa época, já não pode acontecer da mulher tomar a liderança pelos motivos já postos
acima, as mulheres são importantes, mas têm sua esfera de atuação.
2.5.2.6.2.3. Ana
“E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em
idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade; e era viúva, de
quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e
orações, de noite e de dia. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e
falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.” (Lc 2:36-38).
Página 145
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a
Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com
ele. E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.” (At 21:8,9).
Página 146
Deus quer o pentecostalismo?
E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente
e poderoso nas Escrituras. Este era instruído no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito,
falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo de
João. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áqüila,
o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus. (At 18:24-26).
O casal conheceu Apolo muito provavelmente na sinagoga, pois o Senhor
Jesus, bem como os apóstolos ensinavam nas sinagogas: “e, chegando a Nazaré, onde
fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e
levantou-se para ler.” (Lc 4:16), “e logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o
Filho de Deus.” (At 9:20), daí eles compreenderam que o entendimento de Apolo era
limitado, ele era conhecedor do Velho Testamento, conhecia só o batismo de João,
portanto, ele ainda esperava o Messias aparecer, que, na mente dele, seria por aqueles
dias, pois João pregava que o Messias estava prestes a chegar, então eles o convidaram
para ir a casa deles e lá o ensinaram mostrando que o Messias é o Senhor Jesus, curioso
aqui é o conhecimento, o casal ampliou o conhecimento de Cristo, pois estara antes com
Paulo: “e Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos, e dali navegou
para a Síria, e com ele Priscila e Áqüila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque
tinha voto.” (At 18:18) e agora o transmitiam a Apolo. Agora abordando a questão do
ensino feminino, primeiro, se deve notar que a iniciativa do convite, ou no ensino foi de
Priscila, isso porque o nome dela vem antes do nome do marido, que foge aos costumes
da época, e se foi escrito assim porque tem algum ensinamento aqui, mas tem um
detalhe gigante, ela ensinou a Apolo, mas foi em conjunto com o marido dela, segundo,
este é um testemunho privado, ou seja, não foi na (à) igreja, nem no culto, foi na casa
dela, ação que não há óbice algum.
“Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria
cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu,
tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que
ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de
Deus, mas a mulher é a glória do homem.” (I Co 11:5-7).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
decreta que a mulher não pode ter um ministério público de ensino na igreja, a única
exceção, à regra, é que elas são permitidas ensinarem crianças (II Tm 3:15) e a jovens
mulheres (Tt 2:4). Nem é para a mulher ter autoridade sobre homem, isso significa que
ela não pode ter domínio sobre um homem, mas é para estar em silêncio ou quietude... É o
principio fundamental de Deus, no trato com a humanidade, que o homem foi dado como
cabeça da mulher e a mulher está no lugar de submissão, isso não significa que ela seja
inferior, o que certamente não é verdade, mas isso significa que é contrário à vontade de
Deus que a mulher tenha domínio ou autoridade sobre o homem171.
2.5.2.6.3. Passagens
“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a
carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões,
E os vossos velhos terão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus
servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em
cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se
converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do
Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (At
2:17-21).
(Mt 20:26; 22:12,13; 23:11; Mc 9:35; 10:43; Jo 2:5,9; 12:26; Rm 13:4; 15:8; 16:1; I Co
3:5; II Co 3:6; 6:4; 11:15,23; Gl 2:17; Ef 3:7; 6:21; Cl 1:7,23,25; 4:7, I Ts 3:2, I Tm 4:6)
“Recomendo-Vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia,”
(Rm 16:1).
A palavra usada para Febe é a mesma de diácono, ela aparece nos versos
acima e em (Fp 1:1; I Tm 3:8,12), daí, por isso, alguns pensam, outros entendem, outros
veementemente sustentam que ela foi uma diaconisa, algo plenamente impossível (cf
2.5.2.3.2. Diácono), para recordar, uma das condições para ser diácono é ser homem:
“escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (At 6:3),
então, só por isso ficaria mais que claro que a palavra aqui não foi empregada no
sentido técnico, estrito, específico em referência ao oficial da igreja local (At 6:1-7; I
Tm 3:10,13), pois diácono significa servo, aqui serva é no sentido geral (I Co 3:5; Ef
3:7;6:21; Hb 6:10; I Pd 1:12; 4:10,11), portanto, “não é necessário pensar que ela
171
MacDonald, p. 1269
Página 148
Deus quer o pentecostalismo?
pertencia a alguma ordem religiosa especial, qualquer irmã que serve a igreja local é
uma serva172.”:
Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja. A palavra que é traduzida por “serve” é
frequentemente traduzida por “diácono”, o que tem levado alguns comentaristas a crer que
Febe era uma diaconisa. É mais provável, todavia, que a palavra esteja sendo usada aqui
num sentido não técnico, não oficial, como uma ajudante ou ajudadora173.
Às vezes, este verso é usado para defender que havia mulheres, na Igreja
primitiva, que funcionavam como apóstolos, neste caso Júnias seria uma mulher, mas
rapidamente da pra dissipar esta idéia à luz das Escrituras, primeiro, a expressão entre
os apóstolos não significa que eles eram apóstolos, mas que eram apreciados entre os
apóstolos: “naturalmente isso significa que eles eram contados entre os apóstolos, no
senso geral, como Barnabé, Tiago, o irmão de Cristo, Silas e outros, mas isso pode
significar que eles eram famosos no círculo dos apóstolos no sentido técnico174.”,
segundo, há um grande detalhe, era Júnias homem ou mulher? O nome pode ser
masculino ou feminino, se for mulher provavelmente seria esposa de Andrônico, mas
isso não é relevante, o que é indispensável distinguir é que eles não eram apóstolos.
Barnes dá alguns motivos, pelos quais eles não eram apóstolos, no sentido técnico
bíblico:
Entre os apóstolos. Isso não significa que eles foram apóstolos, como tem sido suposto,
pois: 1) não existe nenhuma menção que eles tenham exercido tal posição. 2) a expressão
seria diferente se eles tivessem sido apóstolos, seria então “que foram distintos apóstolos”
compare com Rm 1:1; I Co 1:1; II Co 1:1; Fp 1:1. 3) a expressão não implica que eles
foram apóstolos. Tudo que a expressão implica é que eles eram conhecidos pelos outros
apóstolos, que eles eram considerados como dignos de afeição e confiança, dos apóstolos,
como Paulo imediatamente acrescentou antes “dele” mesmo ser convertido. Eles se
converteram “antes” dele e eram distintos em Jerusalém entre os primeiros cristãos, e
honrados com a amizade de outros apóstolos. 4) o desígnio do ofício de “apóstolo” era ser
“testemunha” da vida, morte, ressurreição, doutrinas e milagres de Cristo; compare Mt 10;
At 1:26; 22:15. Como não há evidencias de que eles foram “testemunhas” destas coisas ou
ordenados para isso é improvável que eles tenham sido separados para o ofício apostólico.
5) a palavra “apóstolo” é usada, algumas vezes, para designar “mensageiros” das igrejas, ou
aqueles que foram enviados de uma igreja à outra em importante negócio, e “se” esta
expressão significava que eles foram apóstolos, isso poderia ter sido somente no sentido de
terem obtido merecimento e eminência no negócio; veja Fp 2:25; II 8:23175.
“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea;
porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gl 3:28).
Este verso geralmente é usado como a “Lei Áurea” das mulheres, por
alguns, pois o verso diz claramente que não há macho nem fêmea, daí toda a distinção
entre homem e mulher teria ficado para trás, mas não é fato, o verso diz que não há nem
172
MacDonald, p. 1129
173
Ryrie, p. 1360
174
Wuest, p. 427
175
Barnes, p. 1166
Página 149
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
servo nem livre, mas a Bíblia continua dando ordens aos servos, que continuam tendo
responsabilidades para com os seus senhores (Ef 6:5-8; Cl 3:22-25; I Tm 6:1,2; Tt 2:9-
10; I Pd 2:18-25), daí se pode perceber que não é disso que o verso trata, nada tem a ver
com o ofício público da mulher na igreja, até porque às limitações femininas estão
relacionadas com a criação e não com a queda.
“Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.”
(I Tm 3:11).
176
Strong, p. 1273
177
Calvino, p. 97
Página 150
Deus quer o pentecostalismo?
relação com o ofício dele, e, com a ajuda dela, crescer a eficiência dele, e por frivolidade,
maledicência ou intemperança, traria a ele a ao ofício dele má reputação178.
De igual forma, sustenta Barnes:
Da mesma sorte as esposas sejam honestas - ... a interpretação comum, que faz isso se
referir as esposas do diáconos... me parece claro. Pois: 1) esta é a óbvia e natural
interpretação. 2) a palavra usada aqui, “esposas”, nunca é usada para denotar diaconisa. 3)
se o apóstolo quisesse significar diaconisa, isso seria facilmente expresso sem ambigüidade,
compare notas, Rm 16:1...179
2.5.2.7. Resumo
“Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor.” (I Co 14:37).
Nesta seção falamos da igreja, várias definições tem sido propostas, mas
alguns elementos não podem faltar, como, por exemplo, de ser um corpo de membros
crentes em Cristo, pois para fazer parte da igreja necessariamente se tem de crer em
Cristo como Salvador pessoal, o professor Burgess define assim:
Uma igreja do Novo Testamento é uma congregação de crentes em Cristo,
escrituristicamente batizados e voluntariamente associados sob um pacto para o fim de
culto, promulgação do evangelho, observância das ordenanças, obediência a outros
mandamentos de Cristo e a edificação mútua no serviço de Cristo180.
Também há o elemento de que a igreja é para fazer o mandado do
Senhor, jamais modificar:
A igreja é um corpo executivo. Há três divisões principais de governo: executivo, judicial e
legislativo. Uma igreja batista não tem função legislativa. As igrejas não podem fazer leis,
Jesus nunca autorizou esta função. Através dos séculos os batistas mesmo com outros
nomes sofreram terrivelmente dos que tomaram a si mesmos a autoridade de promulgarem
leis e regras do negócio da igreja. As igrejas batistas missionárias nunca aceitaram
legislações feitas por igrejas falsas. Jesus registrou suas Leis no Novo Testamento e
devemos seguir piamente. I Tm 3:16,17181.
Também foi abordada a instrução bíblica referente à posição feminina, o
Novo Testamento não permite a mulher exercer um dos cargos oficiais da igreja, visto
que elas não preenchem os pré-requisitos, que entre outros é de ser homem, assim
sendo, nenhum dos dois cargos, nem pastor nem diácono, (cf 2.5.2.3.1. Pastor e
2.5.2.3.2. Diácono), além do mais, não pode exercer autoridade bíblica sobre o homem,
nem exercer a liderança bíblica, o que inclui ensinar (I Tm 2:12), orar (I Tm 2:8) e falar
na igreja (I Co 14:34,35), o que inclui pregar, pois com essas ações elas exerceria
autoridade bíblica de homem, o que lhe é vedado (I Tm 2:12), obviamente tais
limitações vai até onde existir um “aner”, homem adulto, portanto, exclui crianças,
adolescentes e mulheres de qualquer idade, restringe-se as reuniões da igreja, não
importando onde a igreja se reunir, pois a Palavra fala calada na igreja (I Co 14:34,35),
portanto, às coisas outras atividades não se estende, e termina no que toca a Bíblia.
Minha irmã, talvez seja o seu caso de, por algum motivo, estar
usurpando, ou exercido, lugar de autoridade, que não pode ser ocupado por você, pelas
178
Vincent, p. 372
179
Barnes, p. 1164
180
Burgess, p. 3
181
Burgess, p. 21
Página 151
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
razões já mencionadas acima, não sei se este é o seu pensamento, embora seja de
muitas, que de tanto ânimo dedicação, querem se esforçar, ao máximo, pelo trabalho do
Senhor, isso tudo é louvável, talvez o seu pensamento seja, que se não se esforçasse
mais, não fosse à frente o trabalho não progrediria, e tendo de sair da direção pense que:
“porém eu disse: Debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças;
todavia o meu direito está perante o SENHOR, e o meu galardão perante o meu Deus.”
(Is 49:4), você deve se lembrar que: “portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é
vão no Senhor.” (I Co 15:58), a expressão no Senhor deve ser grifada em seu coração,
deve ser segundo o mandamento e decisão dEle, pois só há galardão para quem faz
conforme Ele manda: “e, se alguém também milita, não é coroado se não militar
legitimamente.” (II Tm 2:5), legitimamente é como todos nós devemos militar para o
Mestre, esta palavra é no grego “nomimos”, ̄ que é “de acordo com regras II Tm 2:5.
182
Legalmente I Tm 1:8. ”, Ele não esquecerá do seu trabalho: “porque Deus não é
injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu
nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis.” (Hb 6:10).
Caso você não labute legitimamente sofrerá danos, isso está esculpido em
I Co 3:6-15, não faça como várias mulheres, homens também, que colocam suas
vontades acima da Bíblia e a torcem para que se adapte a seus desejos: “todos os dias
torcem as minhas palavras; todos os seus pensamentos são contra mim e para o mal.”
(Sl 56:5), como alguns nos dias de Jeremias: “pois torceis as palavras do Deus, do
Senhor dos Exércitos, o nosso Deus.” (Jr 23:36), a própria Bíblia é que será a base dos
seu julgamento, do meu também: “quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas
palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no
último dia.” (Jo 12:48). O que fazer então? A resposta e concentre-se no que você pode
fazer, e são muitas coisas, comecemos pelo que foi feito, veja as referências a seguir II
Rs 4:10; Mt 27:55,56; Mc 14:3; Lc 7:38,39; At 1:14; 12:12,13; 18:26; Rm 16:1-3,6,12;
Fp 4:3. Sobre o que a mulher pode citarei Silva, que diz:
(Ante Ajuntamento Com Homens Presentes), A Mulher Pode, Regozijando:
Participar dos cultos públicos Ex 38:8; I Sm 2:22; Atender à leitura da Lei Dt 31:12; Js
8:35; Adoravam em compartimento em separado Ex 38:8; I Sm 2:22. Participar das orações
públicas (sem liderá-las; silenciosamente) e das leituras bíblicas em uníssono sem liderá-las
At 1:14 (Maria e seus outros filhos e filhas); 12:12,13 (Maria, Rode). Tocar instrumento
musical, ornamentar o ambiente da igreja, cuidar dele, etc. Participar do canto
congregacional (O mais nobre canto de todos! Deveria preponderar sobre todos!). Participar
de coral, jogral, ou grupo musical I Cr 25:5,6; Ed 2:65; Ne 7:67; (Mas nunca em 1ª.
evidência. Ou, pelo menos, sem contrariar nada desde aa até ah, e rigorosamente sob o
controle do Espírito...) A palavra Alamoth (“para as virgens”) em I Cr 15:20 e no título do
Salmo 46, parece indicar um coro de vozes femininas, possivelmente soprano. Compor
poesia letras, melodias, harmonia e arranjos para salmos, hinos e cânticos espirituais Ex
15:21 (Miriam); Jz 5 (Débora); I Sm 2:1-10 (Ana); Lc 1:42-45 (Isabel); Lc 1:46-55 (Maria).
Dar dos seus meios. II Rs 4:10; Mc 14:3 (Maria de Betânia, vaso de nardo puro).
A Mulher Deve Reconhecer O Lar Como Principal Esfera de Atividade
(sublime, privilegiada, dificílima, que consumiria todo seu tempo e energia), onde a mulher
é insubstituível! I Tm 5:9,10; Tt 2:5
Pode, DEVE Ensinar a Mulheres e Crianças
No dia a dia, ou em reuniões programadas e sem homens. Ensinar (instruir, treinar, advertir,
exortar, repreender, etc.) por palavra e por exemplo. Este é privilégio sublime, privilegiado,
dificílimo, que consumiria todo seu tempo e energia, e onde a mulher é insubstituível! Tt
2:3-5
Algumas Distinções Especiais De Mulheres (adaptado da Bíblia de Thompson):
Última ao pé da cruz (Mc 15:47); primeira no túmulo (Jo 20:1); primeira a proclamar a
ressurreição (Mt 28:8); primeira a testificar aos judeus (Lc 2:37,38); presente à primeira
182
Gingrich, p. 141
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Deus quer o pentecostalismo?
reunião de oração (At 1:14); primeira a saudar missionários cristãos (Paulo e Silas) na
Europa (Filipos) (At 16:13); primeira convertida da Europa (em Filipos) (At 16:14)183.
2.6. O culto
“Mui fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, SENHOR, para
sempre.” (Sl 93:5).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
todos passam, Jó passava por uma terrível noite: “porém ninguém diz: Onde está Deus
que me criou, que dá salmos durante a noite;” (Jó 35:10). Em linguagem mais
elementar, o homem, quer tenha ele ouvido o evangelho, seja ateu, seja incrédulo, seja
crente, poderia adorar por tudo o que Deus dá, no entanto, o primordial motivo para
adorar a Deus é pelo que Ele é, essa postura fará uma diferença muito grande, caso o
adorador só adore a Deus pelo que Ele dá, caso Deus tire, ou simplesmente não dê, ou
nos momentos baixos da vida a adoração a Deus não seria dada, entretanto, quando o
que move o adorador seja o que Deus é, mesmo em momentos de doença, desemprego,
dificuldade financeira, ou qualquer que seja, ele cultuará ao Senhor.
Neste ponto é interessante ver esta música Por tudo que Tu és de autoria
de Bob Farrell e Billy Smile que diz:
Sob Tua palavra o Universo inteiro se formou
Planetas, Sóis, estrelas, luas incontáveis.
Formaste o homem e a mulher dentro de um jardim
E ao pecarem descobrirão o Teu perdão
Coro:
Senhor eu sei que há mil razões pra Ti adorar
Mas a razão maior é que me faz cantar
Oh Senhor Ti louvo pelo que Tu és
E não por feitos poderosos de Tua mão
Oh Senhor Ti louvor pelo que Tu és.
Eis a razão maior e que me faz cantar
Por tudo que Tu és
Conforme o plano eterno feito desde a criação
Teu filho amado prometeste enviar
Cristo por ti, por mim sofreu até a morte
Morreu na cruz, sublime amor, salvou o pecador.
Coro:
Senhor eu sei que há mil razões pra Ti adorar
Mas a razão maior é que me faz cantar
Oh Senhor Ti louvor pelo que Tu és
E não por feitos poderosos de Tua mão
Oh Senhor Ti louvor pelo que Tu és.
Eis a razão maior e que me faz cantar
Por tudo que Tu és184.
Desde o inicio, da humanidade, o homem tem oferecido cultos a Deus, o
primeiro relatado é o de Abel, homem justo, isso porque temia a Deus, que é dever de
todo homem: “de tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus
mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.” (Ec 12:13), (cf Sl 115:13-15;
Pv 19:23; Lc 1:50), sendo esta a sabedoria: “e disse ao homem: Eis que o temor do
Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.” (Jó 28:28), houve também
o sacrifício de Caim, que foi rejeitado: “mas para Caim e para a sua oferta não
atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. E o SENHOR disse a
Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?” (Gn 4:5,6) e depois
matou ao irmão: “não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que
causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas.” (I Jo 3:12);
então nos mostra que, além do propósito correto, existe a necessidade do meio (modo)
correto.
184
Farrell, Bob & Smile, Billy (comp.). Por tudo que Tu és. Disponível no sítio eletrônico
http://vagalume.uol.com.br/arautos-do-rei/por-tudo-que-tu-es.html, acesso 02.10.09
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“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e
com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu
temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;” (Is
29:13).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
prostrou em terra” diante dos três mensageiros, que anunciaram que Sara teria um filho, o
ato de se inclinar em homenagem ou reconhecimento de autoridade e submissão se faz
geralmente diante de um superior ou governante, por isso Davi se “inclinou” ante a Saul (I
Sm 24:8); às vezes, alguém se inclina ante um que é social ou economicamente superior,
como quando Rute se inclinou a Boaz (Rt 2:10); José viu, em sonho, que os gravetos de
seus irmãos se “inclinavam” ante ao seu graveto (Gn 37:7-10). Shachah ̂ ̂ é o termo que
comumente se usa para chegar ante a Deus em adoração (como em I Sm 15:25; Jr 7:2), as
vezes, se usa outro verbo, que significa inclinar-se fisicamente seguido por adorar, como
em Ex 34:8: “E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou,”, outros deuses e
ídolos também são objetos de adoração prostrando-se diante deles (Is 2:20; 44:15,17)186.
Continuando a falar da palavra hebraica:
̂ ̂ é usada para indicar se curvar em adoração a
... No contexto como Gn 24:26, “shachah”
YAHWEH, os salmistas usaram esta palavra para descrever toda a terra se curvando em
adoração a Deus como resposta ao Seu grande poder (Sl 66:4) ou se curvando em adoração
a Deus e ajoelhando diante do Senhor (Sl 95:6), este ato, de adoração, é dado a Deus
porque Ele merece isso e porque aqueles que falam são pessoas do Seu pasto... Josué
instruiu o povo de Israel não se associar com as nações remanescentes em volta deles e não
se curvarem ou servirem aos deuses deles, ele instruiu Israel a manter-se firme ao
verdadeiro Deus, YAHWEH (Js 23:7), em Sofonias, a palavra é também usada para
adoração, quando YAHWEH destruir todos os deuses da terra, as nações de cada canto vão
adorá-Lo (Sf 2:11)187.
Como visto, basicamente a adoração, a Deus, envolve se curvar, neste
caso, reconhecendo a dependência dEle, de fato, o homem não é nada, e Deus é o
Supremo Senhor, portanto, é necessário um culto sincero: “perto está o SENHOR dos
que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.” (Sl 34:18), “ainda
que o SENHOR é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de
longe.” (Sl 138:6), “porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas
foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito,
e que treme da minha palavra.” (Is 66:2), “perto está o SENHOR de todos os que o
invocam, de todos os que o invocam em verdade.” (Sl 145:18), a sinceridade era
essencial, mas não era o suficiente, para adorar a Deus, sempre foi necessário seguir às
regras, no caso do Velho Testamento, as regras eram as seguintes, primeiro, a adoração,
o culto estava voltado ao lugar, inicialmente no tabernáculo, posteriormente no templo:
Mas o lugar que o SENHOR vosso Deus escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o
seu nome, buscareis, para sua habitação, e ali vireis. E ali trareis os vossos holocaustos, e os
vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e
as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. E ali
comereis perante o SENHOR vosso Deus, e vos alegrareis em tudo em que puserdes a
vossa mão, vós e as vossas casas, no que abençoar o SENHOR vosso Deus. (Dt 12:5-7), (cf
Dt 12:11; 16:2; 26:2; Js 9:27).
Além de ser no lugar específico, o que deixa claro que a adoração direta a
Deus estava relacionada intimamente com o lugar, quem fosse cultuar a Deus o fazia
por sacrifícios, que eram queimados pelos sacerdotes: “como se tira do boi do sacrifício
pacífico; e o sacerdote os queimará sobre o altar do holocausto.” (Lv 4:10), (Ex 28:1-
4; 29:9,44; Nm 3:10; 18:7; I Cr 23:13), e este ofício era exclusivo dos levitas: “e os
cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o
sacerdócio por estatuto perpétuo, e consagrarás a Arão e a seus filhos;” (Ex 29:9), (cf
Ex 27:21; 28:43), o culto seguia toda uma liturgia, descrita no Pentateuco, sobretudo no
livro de Levíticos, além das instruções do rei Davi, encontradas nos artigos 23 a 26 de I
Crônicas, instruções, que chamo atenção à parte dos instrumentos, que, nem mesmo, no
Velho Testamento se podia levar, de modo indiscriminado, todo e qualquer instrumento
ao templo.
186
Vine, p. 794
187
Baker, p. 599
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
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Eis que estou para edificar uma casa ao nome do SENHOR meu Deus, para lhe consagrar,
para queimar perante ele incenso aromático, e para a apresentação contínua do pão da
proposição, para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas, e nas
festividades do SENHOR nosso Deus; o que é obrigação perpétua de Israel. E a casa que
estou para edificar há de ser grande; porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses.
Porém, quem seria capaz de lhe edificar uma casa, visto que os céus e até os céus dos céus
o não podem conter? E quem sou eu, que lhe edificasse casa, salvo para queimar incenso
perante ele? (II Cr 2:4-6).
Ensino este repetido no Novo Testamento: “mas o Altíssimo não habita
em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono, E a
terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, Ou qual é o lugar
do meu repouso?” (At 7:48,49):
O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em
templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como
que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração,
e todas as coisas; (At 17:24,25).
Deus habita no céu: “mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe
agradou.” (Sl 115:3), “o SENHOR está no seu santo templo, o trono do SENHOR está
nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos
homens.” (Sl 11:4), “esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o
veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR.” (Jr
23:24), “Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o
trono de Deus;” (Mt 5:34), e no coração do crente, olha que maravilha, Ele habita no
coração, por isso, o culto a Deus é diário, é em todo momento, ao menos deveria ser,
por isso, que a Bíblia diz: “portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer
coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (I Co 10:31), “se alguém falar, fale segundo as
palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá;
para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e
poder para todo o sempre. Amém.” (I Pd 4:11).
O culto, do Novo Testamento, então tem a seguinte organização: “mas
faça-se tudo decentemente e com ordem.” (I Co 14:40), “porque Deus não é Deus de
confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (I Co 14:33), “porque,
ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito estou convosco,
regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.” (Cl 2:5),
“por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que
ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:”
(Tt 1:5), (cf I Co 14:26-33), o culto precisa ter orações (At 2:42; 20:36; 21:5; I Co
14:15), cânticos espirituais (I Co 14:26; Ef 5:19,20; Cl 3:16), leitura da Palavra (II Co
3:15; I Tm 4:13), pregação da Palavra, no poder do Espírito (At 11:26; 20:7; Rm 15:14;
I Co 14:28,29; Ef 5:19,20; Cl 3:16), dízimos e ofertas (Lc 21:1-4 I Co 16:2; II Co 9:7),
batismo (At 2:41; 19:5), ceia do Senhor (At 2:42,46; 20:7), esta é a organização do culto
no Novo Testamento.
“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e
nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.” (Ec 3:14).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.6.3.1. Gritaria
“Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas
dentre vós,” (Ef 4:31).
193
Gingrich, p, 120
194
Vine, p. 469
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vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e
eles serão o meu povo.” (II Co 6:16), na continuação da passagem, Ele mostra isso, pois
Ele respondeu com fogo: “então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a
lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.” (I Rs 18:38).
Portanto, é desnecessária a gritaria Ele ouve tudo, mesmo o pensamento e
é o Único que conhece o pensamento humano: “ouve tu então nos céus, assento da tua
habitação, e perdoa, e age, e dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, e
segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos
homens.” (I Rs 8:39), “e, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de
todos, mostra qual destes dois tens escolhido,” (At 1:24), “porventura não
esquadrinhará Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração.” (Sl 44:21), além de,
Ele estar sempre perto, mais do que isso, Ele mora dentro do coração do crente, por
isso, é totalmente desnecessário o barulho, afinal Ele não é surdo: “eis que a mão do
SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido,
para não poder ouvir.” (Is 59:1).
2.6.3.2. Modernismos
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.” (I Pd 2:21), a palavra
empregada é “hupogrammos”, “modelo, exemplo I Pd 2:21195.”, que era uma “1) cópia
escrita, que inclue todas as letras do alfabeto, dada aos iniciantes como uma ajuda para
aprender a desenhá-los, 2) exemplo apresentado a alguém196.”, e Ele deixou claro Quem
deve ser agradado: “Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me
enviou, e realizar a sua obra.” (Jo 4:34), “então disse: Eis aqui venho (No princípio do
livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade.” (Hb 10:7), “então disse:
Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o
segundo.” (Hb 10:9), “e, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu
rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não
seja como eu quero, mas como tu queres.” (Mt 26:39), “e, indo segunda vez, orou,
dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua
vontade.” (Mt 26:42).
Ora, se é a Deus então não é a nós mesmos: “não a nós, SENHOR, não a
nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.” (Sl
115:1), não a nossa vontade, jamais:
Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao
sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os
teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias
palavras, (Is 58:13).
A Palavra menciona tua vontade, e textualmente fala nem pretendendo
fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, isso precisa ser regra,
a nossa vontade tem de morrer, independentemente de como ela apareça, para tanto, há
o exemplo de Caim: “e aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra
uma oferta ao SENHOR.” (Gn 4:3), ele ofereceu uma oferta, ofereceu frutos da terra, a
Bíblia não qualifica que tipo de fruto que ele trouxe, mas é possível que tenha oferecido
a Deus dos melhores frutos, certamente ele pensou que aqueles frutos poderiam ser
oferecidos, a Deus, em sacrifício, pois ele era lavrador: “e deu à luz mais a seu irmão
Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.” (Gn 4:2), mas
infelizmente ele estava errado: “e o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por
que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não
fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves
dominar.” (Gn 4:6,7), Deus perguntou se bem fizeres, daí alguém pergunta que bem é
esse? O sacrifício certamente teria de ser de um animal, embora a Bíblia não mencione
claramente, é fato que Deus sacrificou um animal para com sua pele vestir Adão e a
Eva: “e fez o SENHOR Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” (Gn
3:21), este sacrifício era um sinal do sacrifício, que seria feito pelo Mestre na cruz,
“então a túnicas de peles foi providenciada, por Deus, pela morte de um animal, este
retrato da roupa da justiça que foi providenciada para pecadores culpados através do
derramamento do sangue do Cordeiro de Deus, faz disponível a nós a base da fé197.”.
É possível que Caim desconhecesse o significado do sacrifício, mesmo
assim, não deveria desobedecer ao mandamento, mesmo que o significado lhe fosse
escondido, ele deveria ser fiel ao que lhe foi requerido, Moisés, neste caso, é outro
exemplo negativo, Deus falou a ele: “eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha,
em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o
fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel.” (Ex 17:6), mas na segunda vez Deus disse:
“toma a vara, e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha, perante os
seus olhos, e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha, e darás a beber à
195
Gingrich, p. 213
196
Strong, p. 1432
197
MacDonald, p.
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congregação e aos seus animais.” (Nm 20:8), portanto, falai à rocha, mas não foi o que
Moisés fez:
Então Moisés tomou a vara de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado. E Moisés e
Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes,
porventura tiraremos água desta rocha para vós? Então Moisés levantou a sua mão, e feriu a
rocha duas vezes com a sua vara, e saiu muita água; e bebeu a congregação e os seus
animais. E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me
santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra
que lhes tenho dado. (Nm 20 9-12).
Deus, na primeira vez, o mandou ferir a rocha, na segunda mandou falar
à rocha, por desobedecer, o mandamento de Deus, ele não pôde pisar na terra prometida,
possivelmente ele não sabia, mas aquela rocha era o símbolo de Cristo: “e beberam
todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os
seguia; e a pedra era Cristo.” (I Co 10:4), que foi ferido uma única vez: “assim também
Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hb 9:28). Reitero a pergunta, no culto
qual a vontade deve ser satisfeita? A Bíblia claramente responde: “porque assim diz o
SENHOR a respeito dos eunucos, que guardam os meus sábados, e escolhem aquilo em
que eu me agrado, e abraçam a minha aliança:” (Is 56:4), “porque Deus é o que opera
em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp 2:13), “vos
aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que
perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre.
Amém.” (Hb 13:21), “saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo,
combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e
consumados em toda a vontade de Deus.” (Cl 4:12), “e não sede conformados com este
mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2),
“porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da
fornicação;” (I Ts 4:3), “porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito
aos homens.” (Rm 14:18).
O homem espiritual tem alegria em fazer a vontade de Deus, em outras
palavras, a vontade dele é fazer a vontade de Deus: “deleito-me em fazer a tua vontade,
ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.” (Sl 40:8), “ensina-me a fazer a
tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana.” (Sl
143:10), a suma, dos versos do parágrafo anterior, fala que existem duas leis, duas
vontade em jogo, uma a de Deus, a outra a do mundo, à qual Rm 12:2, fala para não nos
conformarmos com ela, este ensino é repetido em outros lugares: “para que, no tempo
que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas
segundo a vontade de Deus.” (I Pd 4:2), “porque, segundo o homem interior, tenho
prazer na lei de Deus;” (Rm 7:22), trazendo outro ensino, a que o homem interior, ou
seja, o novo homem, tem prazer em executar o ensino bíblico, de fazer e buscar a
vontade de Deus, em contraste com o velho homem:
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me
prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu
sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso
Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à
lei do pecado. (Rm 7:23-25).
Deixando claro que agradar a si mesmo é uma inclinação carnal: “porque
a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a
inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em
verdade, o pode ser.” (Rm 8:6,7), à qual o crente deve rejeitar, para viver uma vida
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
agradável a Deus, a Quem seja a glória para sempre: “e o Senhor me livrará de toda a
má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o
sempre. Amém.” (II Tm 4:18).
2.6.3.3.1. Palmas
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Deus quer o pentecostalismo?
Um verbo significando golpear, bater, ferir, tem vários exemplos de golpear fisicamente
(Ex 21:15,19; Jó 16:10; Sl 3:7,[8]; Ct 5:7), esta palavra é usada também em diferentes
sentidos, como quando os homens de Sodoma foram tornados cegos pelos dois anjos (Gn
19:11), quando um sacerdote enfiava o garfo dentro caldeira (I Sm 2:14), quando o povo
batia palmas (II Rs 11:12), ou quando o povo verbalmente abusava de Jeremias (Jr 18:18),
Deus feriu os egípcios com pragas (Ex 3:20) e trouxe julgamento para sobre o povo (Is
5:25)206.
Resta a pergunta as palmas deveriam ser usadas no culto? A resposta é
não, pois o uso de palmas, no culto, não encontra guarida nas palavras hebraicas, menos
ainda no uso da palavra no Novo Testamento, os versos, que contêm palmas com a
̂
palavra “saphaq”, são os seguintes: “cada um baterá palmas contra ele e assobiará
tirando-o do seu lugar.” (Jó 27:23), “porque ao seu pecado acrescenta a transgressão;
entre nós bate palmas, e multiplica contra Deus as suas palavras.” (Jó 34:37), “todos
os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam as suas cabeças sobre
a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam: perfeita em
formosura, gozo de toda a terra?” (Lm 2:15), fica claro que bater palmas aqui é em
sinal de repreensão ou escárnio; o segundo grupo é o da palavra “taqa’”, ̂ faria mais
sentido, pois é bater palma face a vitória: “batei palmas, todos os povos; aclamai a
Deus com voz de triunfo.” (Sl 47:1), “não há cura para a tua ferida, a tua chaga é
dolorosa. Todos os que ouvirem a tua fama baterão as palmas sobre ti; porque, sobre
quem não passou continuamente a tua malícia?” (Na 3:19), mas há o óbice que nas
duas vezes, que aparece, não está ligada com o culto público a Deus.
Os outros dois grupos são os da palavra “macha’”,̂ ̂ “os rios batam as
palmas; regozijem-se também as montanhas,” (Sl 98:8), “porque com alegria saireis, e
em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e
todas as árvores do campo baterão palmas.” (Is 55:12), também bater palma em júbilo,
que, de tão poético que é, se diz que os montes e rios batam palmas; por derradeiro,
“nâkâh”, “então Joiada fez sair o filho do rei, e lhe pôs a coroa, e lhe deu o
testemunho; e o fizeram rei, e o ungiram, e bateram as palmas, e disseram: Viva o rei!”
(II Rs 11:12), que aqui está ligada ao ato político, uma salva de palmas pela chegada do
novo rei. A palavra palmas só aparece no Velho Testamento, o que quer dizer que
sequer uma vez aparece no Novo Testamento, como se viu, as palavras para palmas têm
outros significados, em oito passagens, acima mencionadas, elas equivalem a palmas,
no conceito que temos, mas em todas as ocasiões, as palmas aparecem divorciadas do
culto a Deus, o que é correto dizer que nenhuma passagem bíblica indica o uso de
palmas no culto a Deus, posteriormente ela foi adicionada ao culto.
Só para que ninguém seja pego desapercebido, a palavra palma aparece
no Novo Testamento, em português: “depois destas coisas olhei, e eis aqui uma
multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas,
que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com
palmas nas suas mãos;” (Ap 7:9), esta palavra não significa palmas, no sentido de bater
as mãos, a palavra grega é “phoinix” e significa “palmeira -1. a árvore como tal Jo
12:13. -2. ramo de palmeira Ap 7:9.207”, existe mais um argumento contra o uso das
palmas no culto:
Entre 1991 e 1994, em João Pessoa, os Pastores Walter Russell Gordon e Aureliano Colaço
leram de vários púlpitos (em várias igrejas Batistas Regulares) um artigo do “Jornal
Batista” com o título “Palmas que Valem Milhões”. Este artigo cita que um pastor norte-
americano, depois de profundo estudo da Bíblia e de todas a fontes arqueológicas e
históricas disponíveis, desde há muitos anos estabeleceu o prêmio de alguns milhões de
206
Baker, p. 946
207
Gingrich, p. 219
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
dólares para quem conseguisse provar que jamais músicas foram acompanhadas por palmas
(marcando-lhes o ritmo) nos cultos, quer no Tabernáculo, ou no Templo, ou nas igrejas do
Novo Testamento, ou nas inúmeras igrejas primitivas. Este prêmio foi depositado na Justiça
Americana, e até hoje lá está, ninguém nunca conseguiu ganhá-lo. Você não concorda
conosco que isto é muito impressionante208?
“Por isso estimo todos os teus preceitos acerca de tudo, como retos, e odeio toda falsa
vereda.” (Sl 119:128).
208
Silva, p. 32
209
Gingrich, p. 169
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Deus quer o pentecostalismo?
Em algumas de suas aparições, ela nos ensina muitas coisas: “as quais
também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito
Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” (I Co 2:13), dá o
contraste entre a sabedoria humana e a espiritual; na próxima aparição ela traz uma
diferenciação importantíssima para entender o que é espiritual: “e eu, irmãos, não vos
pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.” (I Co
3:1), a diferenciação é que ela deixa de lado oposto a carnalidade, portanto, espiritual é
o que não é carnal. Com isso em mente, fica mais fácil entender que o princípio, que
rege os estilos de músicas, deve ser diferente: “como, pois, se saberá agora que tenho
achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de
modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da
terra?” (Ex 33:16), portanto, as músicas devem ser diferentes, o princípio de separação
permanece até hoje: “e não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes
condenai-as.” (Ef 5:11), (cf Rm 12:2; Tt 2:11,12; Tg 4:4; I Jo 2:15,16), por isso, a igreja
tem de viver separada, a justificativa é: “sabemos que somos de Deus, e que todo o
mundo está no maligno.” (I Jo 5:19), todo crente batista deve ter no coração: “abstende-
vos de toda a aparência do mal.” (I Ts 5:22), a direção dada então é: “mas, como é
santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de
viver;” (I Pd 1:15).
A música eclesiástica, bem como as demais coisas da igreja, deve seguir
as normas colocadas pelo Senhor, Ele mesmo foi Quem a estabeleceu na Terra: “pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela;” (Mt 16:18), “regozijo-me agora no que
padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu
corpo, que é a igreja;” (Cl 1:24), Ele mesmo a sustenta pelas gerações: “a esse glória
na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Ef
3:21), por isso, Ele é Quem legisla, aprouve a Ele dar um código de conduta que seja de
separação do mundo: “não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o
mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência
da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do
mundo.” (I Jo 2:15).
Algo precisa ficar claro, a música é para adorar a Deus: “cantai a Deus,
cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu
nome é SENHOR, e exultai diante dele.” (Sl 68:4), é Ele Quem tem de ser
engrandecido, isso com reverência: “por isso, tendo recebido um reino que não pode
ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com
reverência e piedade;” (Hb 12:28), é fato de que a música tem sido usada para pregar o
evangelho, mas esse não é o objetivo primordial dela, com essa desculpa, a de pregar o
evangelho, algumas músicas chamadas cristã, ou seja, as músicas dançantes se
assemelham muito com as mundanas, mas isso não é correto: “adúlteros e adúlteras,
não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer
que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tg 4:4), respondendo a
quem pensa assim, além de não poder rebaixar o padrão de Deus, há um fato que é
esquecido, Deus salva ao crente pela pregação do evangelho: “visto como na sabedoria
de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os
crentes pela loucura da pregação.” (I Co 1:21), a música cristã é espiritual e os
incrédulos são homens naturais: “ora, o homem natural não compreende as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente.” (I Co 2:14), motivo que não é o meio melhor de chegar a
eles.
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
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Deus quer o pentecostalismo?
ao conhecimento teológico dos nossos músicos hoje, não? Há outra coisa, a falar deles,
quando Salomão recebeu sabedoria, que excedeu a todos os humanos, para falar da sua
sabedoria a compararam com a de outros homens e curiosamente dois, dos três líderes
da música, estavam na comparação: “e era ele ainda mais sábio do que todos os
homens, e do que Etã, ezraíta, e Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o
seu nome por todas as nações em redor.” (I Rs 4:31), então fica a exortação aos
músicos que manejem bem a Bíblia e que o conhecimento da sã doutrina exceda ao
musical.
Há ainda há uma série de lições, a serem aprendidas com a música, dois
exemplos a serem estudados, o primeiro é o de um rei, o nome dele é Jeosafá, ele foi um
bom rei, seguiu nos caminhos dEle (II Cr 17:1-6,12) e foi próspero, mas se aliou com
acabe, um ímpio (II Cr 18:1-3), o que fez Deus enviar Jeú, para mostrar Seu
descontentamento com a aliança feita entre eles (II Cr 19:1-3), e neste ponto é bom
parar e refletir, Jeosafá aliou-se com Acabe para guerrear contra inimigos comuns a
eles, embora ele soubesse que isso não era o correto a fazer ele tinha uma desculpa, se
alguém o indagasse, exatamente o que nós temos feito e o que nos têm sido proposto, é
o famoso ecumenismo, aliemos às demais denominações, cantemos a mesma música,
abramos mão de algumas doutrinas, como o caso aqui é a música, então seria, “não seja
tão criterioso em selecionar uma música” ou ainda “tudo isso agrada a Deus”,
infelizmente tal aliança deixou seqüelas em Jeosafá, tanto que ele novamente se aliou a
um outro rei ímpio, de nome Acazias, e foi novamente, e agora duramente, repreendido
por Deus (II Cr 20:35-37).
A lição para nós hoje é: “não vos enganeis: as más conversações
corrompem os bons costumes.” (I Co 15:33), caminhar e pedir orientação, que saiam do
modelo dado por Deus, só trará desvios, pois haverá pequenas concessões, o que já foi
advertido: “não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz
levedar toda a massa?” (I Co 5:6), “um pouco de fermento leveda toda a massa.” (Gl
5:9), a direção é a oposta: “por isso estimo todos os teus preceitos acerca de tudo, como
retos, e odeio toda falsa vereda.” (Sl 119:128), conservar a sã doutrina: “tem cuidado
de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás,
tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (I Tm 4:16), “amados, procurando eu
escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade
escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Jd
1:3), da qual a igreja é coluna e firmeza: “mas, se tardar, para que saibas como convém
andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (I
Tm 3:15). A segunda lição é que a música é uma linguagem, ou seja, e com ela milhares
de pessoas foram levadas a adorar uma estátua (Dn 3:5-7), a linguagem utilizada foi a
musical, e infelizmente isso tem ocorrido muitas e muitas vezes, pois não somente
adorar ao deus errado (falso) que está incorreto, a forma de adorar ao Deus Supremo
também precisa ser correta: “e ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías
acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o
seu coração está longe de mim;” (Mc 7:6), (cf Is 29:13; Mt 15:8), por isso que Ele,
muitas vezes, não recebe tal louvor.
2.6.3.3.3. Danças
(Ex 15:20; 32:19; Jz 11:34; 21:21,23; I Sm 18:6; 21:11; 29:5; 30:16; II Sm 6:14,16; I Cr
15:29; Jó 21:11; Sl 30:11; 149:3; 150:4; Ec 3:4; Is 13:21; Jr 31:4,13; Lm 5:15; Mt
11:17; 14:6; Mr 6:22; Lc 7:32; 15:25).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
2.6.3.3.3.1. Chîyl
(Gn 8:10; Dt 2:25; 32:18; Jz 3:25; II Sm 3:29; I Cr 10:3; 16:30; Et 4:4; Jó 15:7,20;
20:21; 26:5,13; 35:14; 39:1; Sl 10:5; 29:8,9; 37:7; 51:5; 77:16; 90:2; 96:9; 97:4; 114:7;
Pv 8:24,25; 25:23; 26:10; Is 13:8; 23:4; 26:17,18; 45:10; 51:2; 54:1; 66:7,8; Jr 5:3,22;
23:19; 30:23; 51:29; Lm 3:26; 4:6; Ez 30:16; Os 11:6; Jl 2:4-6; Mq 1:12; 4:10; Hc 3:10;
Zc 9:5).
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Deus quer o pentecostalismo?
jurado os homens de Israel em Mizpá, dizendo: Nenhum de nós dará sua filha por
mulher aos benjamitas.” (Jz 21:1), “como havemos de conseguir mulheres para os que
restaram deles, pois nós temos jurado pelo SENHOR que nenhuma de nossas filhas lhes
daríamos por mulher?” (Jz 21:7), mas posteriormente eles se arrependeram: “e
arrependeram-se os filhos de Israel acerca de Benjamim, seu irmão, e disseram:
Cortada é hoje de Israel uma tribo.” (Jz 21:6), “porém nós não lhes poderemos dar
mulheres de nossas filhas, porque os filhos de Israel juraram, dizendo: Maldito aquele
que der mulher aos benjamitas.” (Jz 21:18), então já se inicia o verso 21, a idéia foi de
enquanto as filhas de Siló dançassem nas vinhas os benjamitas deveriam ir e roubá-las,
para que pudessem casar com elas, chegando no ponto que importa, que é o da dança,
aquela não foi uma dança no culto a Deus, o contexto deixa claro que era uma dança
secular, por isso, não há, com base nessa passagem como dizer que a Bíblia a dança está
incluída no culto a Deus. Como a palavra se refere a dançar em círculo é possível que
tenha sido a dança em roda, talvez a típica dança de roda ainda comum no interior do
Brasil.
2.6.3.3.3.2. Râqad
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
encaixa nisso, se Davi tivesse feito isso quando a nação estivesse juntada no Yom Kippur,
então seria fora de contexto e errado216.
Devemos novamente lembrar que este não foi no culto a Deus, quando se
refere culto a Deus devemos ter em mente os tópicos anteriores, sobretudo o que narra o
culto a Deus, no Velho Testamento, ser ligado ao tabernáculo e templo, era lá onde
eram realizados o culto e a adoração direta a Deus.
“Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;” (Ec 3:4).
̂ ̂
2.6.3.3.3.3. Machol
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Deus quer o pentecostalismo?
“Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe o seu louvor com tamborim e harpa.” (Sl
149:3).
220
Holy Bible. The World Publishing Company, p. 664
221
Clarke,
222
Gill, p. 694
223
Spurgeon, Charles H. The Treasury of David. Kregel Publications; abridged edition edition, 2004, p.
720
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מחולmachol, a flauta. Saltério uma espécie de violino, isso nunca significa dança, veja
a nota em Sl 149:3.224”, relembrando que na tradução inglesa KJV também tem a nota
de rodapé, mostrando outra possível tradução da palavra e lá aparece “ou flautas 225”,
mas já que abordamos a prática de dança consideremos como sendo dança; o salmo
começa assim: “louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no
firmamento do seu poder.” (Sl 150:1), isso deixa claro que o salmo é figurado, é
poético, pois onde fica esse firmamento obra das mão dEle, certamente não é aqui na
Terra: “depois olhei, e eis que no firmamento, que estava por cima da cabeça dos
querubins, apareceu sobre eles uma como pedra de safira, semelhante a forma de um
trono.” (Ez 10:1), o objetivo do salmo é conclamar: “tudo quanto tem fôlego louve ao
SENHOR. Louvai ao SENHOR.” (Sl 150:6), de modo algum suporta a dança no culto a
Deus.
̂ ̂
2.6.3.3.3.4. Mecholah
“Então Miriã, a profetiza, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as
mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças.” (Ex 15:20).
224
Clarke,
225
Holy Bible. The World Publishing Company, p. 664
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Deus quer o pentecostalismo?
vitórias (Jz 11:34; I Sm 18:6,7; 21:12; 29:5), possivelmente uma imitação do modelo
egípcio (veja minha Archäologie, §137, nota 8)226.
Daí as mulheres as acompanharam:
E todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças - nós entenderemos
isso ao atentar para o moderno costume oriental, onde a dança, uns gestos devagar, sérios e
solenes, geralmente acompanhada com canto e ao som do tamborim, ainda é dirigido pela
principal mulher da companhia, as demais imitam os movimentos dela repetindo as
palavras da música assim que ela fala227.
̂ ̂ ”, traduzida por dança:
Voltando para a palavra “mecholah
E com danças - מחלתMecholah. Muitos homens versados supõe que esta palavra signifique
algum outro instrumento musical de sopro, pois a palavra vem da raiz, חללchalal, a idéia
significa aquilo que é para perfurar, penetrar, cortar, cravar e daí girar; flautas ou tubos
ocos, como flautas, oboés, assim devem ser entendidas228.
Mesma colocação de Gill:
Tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e
com danças. Tamboril foi um tipo de tambor, que quando batido gerava som musical,
talvez parecido como nosso tímpano, e as danças eram usadas, às vezes, no exercício
religioso, ainda a palavra pode significar outro tipo de instrumento como apito ou flauta,
assim têm traduzido alguns, e pelas versões siríaca e árabe, sistros, que eram instrumentos
musicais muito usados pelos egípcios...229
Como o nosso estudo se refere à dança então entendamos esta palavra
significando dança; o verso-texto mostra a alegria do povo de Israel pela travessia do
Mar Vermelho, expressa uma forte gratidão a Deus, mas não está ligada ao culto a Ele,
é só ler o contexto, o que fica claro é que se trata de uma festa de celebração, uma
comemoração, esta passagem também não endossa a dança no culto.
“Vindo, pois, Jefté a Mizpá, à sua casa, eis que a sua filha lhe saiu ao encontro com
adufes e com danças; e era ela a única filha; não tinha ele outro filho nem filha.” (Jz
11:34).
Esta é uma passagem que mostra o uso da dança, como era um ato cívico,
uma festa:
Com adufes e com danças - por este exemplo nós encontramos um antigo costume para as
mulheres saírem e encontrarem os regressos conquistadores com instrumentos musicais,
musicas e danças, isso continuou é evidente, por exemplo o de I Sm 18:6, onde Davi foi
encontrado, em seu retorno da vitória sobre Golias e os filisteus, por mulheres de todas as
cidades de Israel, com canto e dança e vários instrumentos musicais230.
Neste caso comemorando a vitória sobre os amonitas:
Eis que a sua filha lhe saiu ao encontro com adufes e com danças, acompanhada com
jovens mulheres, que tinham adufes nas suas mãos e tocavam sobre elas com danças à
medida que caminhavam, expressando sua alegria e agradecimento a ele, pela vitória que
havia obtido sobre os filhos de Amon231.
226
Keil, p. 237
227
Jamieson, p. 367
228
Clarke,
229
Gill, p. 636
230
Clarke,
231
Gill, p. 637
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
“Sucedeu, porém, que, vindo eles, quando Davi voltava de ferir os filisteus, as mulheres
de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, com
adufes, com alegria, e com instrumentos de música.” (I Sm 18:6).
“Porém os criados de Aquis lhe disseram: Não é este Davi, o rei da terra? Não se
cantava deste nas danças, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez
milhares?” (I Sm 21:11).
“Não é este aquele Davi, de quem uns aos outros cantaram nas danças, dizendo: Saul
feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares?” (I Sm 29:5).
2.6.3.3.3.5. Kârar
(II Sm 6:14,16).
232
Keil, p. 420
233
Barnes, p. 503
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Deus quer o pentecostalismo?
2.6.3.3.3.6. Pâcach
Página 177
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
bezerro que lhes dera, e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã
até ao meio dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem
respondesse; e saltavam sobre o altar que tinham feito.” (I Rs 18:26).
2.6.3.3.3.7. Châgag
Por fim, “châgag”, que significa: “1) realizar uma festa, realizar um
festival, fazer peregrinação, realizar uma festa de peregrinação, celebrar, dançar,
cambalear, 1a) (Qal), 1a1) realizar uma festa de peregrinação, 1a2) rodopiar.237”, o verso
em que ela pode possivelmente ser entendida como dança é: “e, descendo, o guiou e eis
que estavam espalhados sobre a face de toda a terra, comendo, e bebendo, e dançando,
por todo aquele grande despojo que tomaram da terra dos filisteus e da terra de Judá.”
(I Sm 30:16), o contexto deste verso mostra o sua aplicação se é ou não dança para
adorar a Deus:
Então Davi lhe disse: De quem és tu, e de onde és? E disse o moço egípcio: Sou servo de
um homem amalequita, e meu senhor me deixou, porque adoeci há três dias. Nós
invadimos o lado do sul dos queretitas, e o lado de Judá, e o lado do sul de Calebe, e
pusemos fogo a Ziclague. E disse-lhe Davi: Poderias, descendo, guiar-me a essa tropa? E
disse-lhe: Por Deus jura-me que não me matarás, nem me entregarás na mão de meu
senhor, e, descendo, te guiarei a essa tropa. E, descendo, o guiou e eis que estavam
espalhados sobre a face de toda a terra, comendo, e bebendo, e dançando, por todo aquele
grande despojo que tomaram da terra dos filisteus e da terra de Judá. E feriu-os Davi, desde
o crepúsculo até à tarde do dia seguinte; nenhum deles escapou, senão só quatrocentos
moços que, montados sobre camelos, fugiram. (I Sm 30:13-17).
2.6.3.3.3.8. Orcheomai
2.6.3.3.3.9. Choros
237
Strong, p. 301
238
Strong, p. 1514
239
Vine, p. 212
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Deus quer o pentecostalismo?
240
Strong, 1464
241
Gingrich, p. 224
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
obras do corpo, vivereis.” (Rm 8:13), “porque o que semeia na sua carne, da carne
ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.”
(Gl 6:8).
Sexta, no culto só deveria ser admitido, aprovado algo excelente: “para
que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até
ao dia de Cristo;” (Fp 1:10), “aprovando o que é agradável ao Senhor.” (Ef 5:10), “os
lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, só perversidades.” (Pv
10:32). Agora abordando de modo específico, as palmas jamais foram usadas no culto a
Deus, nunca foram em toda a Bíblia! Isso deveria ser o suficiente para mostrar que não
deveriam ser introduzidas no culto; em relação á música ai sim ainda é mais gritante, já
que a música no culto é para ser espiritual, “pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai
louvores com inteligência.” (Sl 47:7), algo que apele ao emocional, então não pode ser
usada, se não for espiritual também, por fim, Deus não quer ouvir a nossa música, Ele
quer ouvir a música dEle: “com eles, pois, estavam Hemã e Jedutum, com trombetas e
címbalos, para os que haviam de tocar, e com outros instrumentos de música de Deus;
porém os filhos de Jedutum estavam à porta.” (I Cr 16:42); já a dança não poderia ser
usada também, me refiro a música sem conotação sensual, sem contato físico homens e
mulheres, sem requebro, sem nada disso, pois a essas a Bíblia diretamente proíbe em
um vasto número de passagens, a referência aqui é a qualquer tipo de dança, mesmo as
mais amenas, pois, além das razões já postas, há:
(1) O fracasso em provar que a dança realmente era um componente da adoração divina no
Templo, na sinagoga, e na igreja primitiva. (2) O fracasso em reconhecer que das vinte e
oito referências a dançar ou danças no Velho Testamento, apenas quatro se referem sem
contestação à dança religiosa, e nenhuma destas está relacionada à adoração na Casa de
Deus...242
Fora isso há a omissão de dança nos culto do Novo Testamento, no
Velho Também, mas como estamos falando da igreja, que é do Novo Pacto, por qual
motivo ela não aparece, se ela fosse um elemento do culto a Deus? Esquecimento não
foi, pois os crentes eram diligentes e eles sabiam que o culto atual é o culto racional e
em verdade, os símbolos, tipos, sombras ficaram para trás e mesmo que se a dança fosse
um deles, o que não é, teria ficado para trás também, alguns defensores da dança
mencionam o rei Davi, ai eles se complicam ainda mais:
É importante notar que Davi, que é considerado por muitos como o exemplo principal para
a dança religiosa na Bíblia, nunca deu instruções aos levitas com respeito a quando e como
dançariam no Templo. Se Davi cresse que a dança deveria ser um componente na adoração
divina, sem dúvida teria dado instruções relativas a ela aos músicos levitas que designou
para se apresentarem no templo. Acima de tudo, Davi foi o fundador do ministério de
música no Templo. Vimos que ele deu claras instruções aos 4.000 músicos levitas
pertinentes a quando cantarem e que instrumentos usarem para acompanharem seu coral.
Sua omissão da dança na adoração divina dificilmente pode ser considerada como um
lapso. Ao contrário, ela nos fala da distinção que Davi fez entre a música sacra, executada
na Casa de Deus e a música secular tocada fora do Templo para o entretenimento243.
2.6.5. Reflexões
Deus é a Quem devemos adorar: “vós também, como pedras vivas, sois
edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (I Pd 2:5), (cf Rm 15:16; Hb 13:15), Ele é digno
de todo louvor (II Sm 22:4; I Cr 16:25; Sl 18:3; 48:1; 96:4; 143:3), Ele vê diferente do
homem, Ele olha o coração do adorador: “porém o SENHOR disse a Samuel: Não
atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho
242
Bacchiocchi, p. 3
243
Bacchiocchi, p. 3
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Deus quer o pentecostalismo?
rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está
diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.” (I Sm 16:7), com isso Deus
pode não receber o culto (Jó 27:9; Sl 18:41; 66:18; Pv 1:28; Is 1:11-15; 48:1,2; Jr 11:11;
Jr 14:12; Ez 8:18; Mq 3:4; Zc 7:13; Jo 9:31; Tg 4:3), isso parece atualmente algo
incrível dizer que Deus não aceita qualquer tipo de culto, mas é fato. Ele também pode
receber a adoração (I Cr 29:17; Sl 17:1; 32:2; 50:23; 51:6,17; 147:11; Is 10:20; 57:15; Jr
3:10; 4:2), Ele quer servos que tremam diante da Palavra dEle: “porque a minha mão
fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse
olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra.” (Is 66:2)
assim O sirva de todo coração: “tão-somente temei ao SENHOR, e servi-o fielmente
com todo o vosso coração; porque vede quão grandiosas coisas vos fez.” (I Sm 12:24),
pois assim o crente saberá como Ele quer ser adorado e o fará como estabelecido, assim
não incorrerá no erro de alguns do passado e presente.
O erro deles é achar que Deus é obrigado a receber o culto, daí a
pergunta se o culto está errado, se Deus não irá receber porque não consertar? Porque
continuar no erro? Que adianta ensaiar tanto, ter muita gente se o seu culto não será
aceito? Caim pensou que o culto dele seria aceito, mesmo entregando frutos da terra
(Gn 4:3), alguns israelitas também: “e o SENHOR feriu os homens de Bete-Semes,
porquanto olharam para dentro da arca do SENHOR; feriu do povo cinqüenta mil e
setenta homens; então o povo se entristeceu, porquanto o SENHOR fizera tão grande
estrago entre o povo.” (I Sm 6:19), de igual forma Uzá: “então se acendeu a ira do
SENHOR contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e morreu ali
perante Deus.” (I Cr 13:10). Sabedores disso, façamos tudo correto, não sejamos como
os judeus na época de Jeremias: “ah SENHOR, porventura não atentam os teus olhos
para a verdade? Feriste-os, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a
correção; endureceram as suas faces mais do que uma rocha; não quiseram voltar.” (Jr
5:3), “mas não escutaram, nem inclinaram os seus ouvidos; antes endureceram a sua
cerviz, para não ouvirem, e para não receberem correção.” (Jr 17:23), “e viraram-me
as costas, e não o rosto; ainda que eu os ensinava, madrugando e ensinando-os,
contudo eles não deram ouvidos, para receberem o ensino.” (Jr 32:33), pelo contrário,
nos corrijamos.
2.7. A pregação
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
moral bíblico, como homossexuais, artistas do ramo pornográfico, pessoas que são
conviventes, mas não casadas, etc., e a pregação, até para atrair tais pessoas, tem se
voltado às bênçãos materiais e conforto no momento de dificuldade, fazendo até uso da
psicologia.
“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para
os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a
Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” (I Co 1:23,24).
Pelo fato de Cristo ser o Senhor e estabelecer Sua vontade pela Bíblia, a
igreja, bem como os crentes, não está livre para pregar o que bem entender e sim estar
fixamente presa à Bíblia: “tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe
acrescentarás nem diminuirás.” (Dt 12:32), esta pregação necessariamente tem de
proclamar a Cristo, para Quem são todas as coisas: “porque dele e por ele, e para ele,
são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Rm 11:36), “porque
convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe,
trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação
deles.” (Hb 2:10), e é o Salvador, esta pregação é como um perfume: “porque para
Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para
estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para
vida. E para estas coisas quem é idôneo?” (II Co 2:15,16), outro ponto importante é
identificar o destinatário, pois é necessário sempre dar a porção que cada um merece,
correção para quem correção, consolo a quem consolo, não se pode inverter, fazer com
que o errado passe por certo ou vice-versa, pior ainda se o privilegiado, ou o motivo do
privilégio, seja o financeiro, prestigiar um maior em detrimento de um menor: “não
discriminareis as pessoas em juízo; ouvireis assim o pequeno como o grande; não
temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos for difícil
fareis vir a mim, e eu a ouvirei.” (Dt 1:17), “não farás injustiça no juízo; não
respeitarás o pobre, nem honrarás o poderoso; com justiça julgarás o teu próximo.”
(Lv 19:15), do crente deve agir e ser digno de tais palavras: “e perguntaram-lhe,
dizendo: Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não
consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus.” (Lc
20:21).
2.7.2.1. Santidade
(Mt 5:48; At 24:16; Rm 6:1-23; 7:4,6; 8:1,4,12; 12:1,2; 13:12-14; 14:17; 16:19; I Co
3:16,17; 5:7; 6:12,13,19,20; 7:23; 8:12; 10:21,31,32; 15:34; II Co 6:14-17; 7:1; 10:3,5;
11:2; 13:7,8; Gl 2:17; 5:22-25; Ef 1:4,13,14; 2:21,22; 4:20-24; 5:1,3,8-11; Fp 1:10,11;
2:15; 4:8; Cl 1:22, 3:5-15; I Ts 2:12; 3:13; 4:3,4,7; 5:5,22,23; II Ts 2:13; I Tm 1:5; 4:12;
6:11,12; II Tm 2:19,21,22; 3:17; Tt 1:15; 2:9,10,12).
“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma
geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” (Fp
2:15).
Deus tem vários atributos (cf 2.1.2.1. O Pai), geralmente o mais querido é
o amor, já que somos beneficiados com o amor dEle, mas não é o maior atributo dEle,
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Deus quer o pentecostalismo?
quando Ele Se revela, Se mostra ao homem, a primeira coisa que Ele nos faz lembrar é
que Ele é santo, e Ele requer um padrão de santidade de todos os Seus servos: “e
qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é
puro.” (I Jo 3:3), “deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e
invejas, e todas as murmurações,” (I Pd 2:1):
Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências
carnais que combatem contra a alma; tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para
que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da
visitação, pelas boas obras que em vós observem. (I Pd 2:11,12).
Ele requer uma conduta ilibada do crente:
Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em
vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em
toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. (I
Pd 1:14-16).
O crente precisa refletir Cristo em sua vida diária: “e vos revistais do
novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Ef 4:24):
Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.
Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com
tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne
do coração. (II Co 3:2,3).
2.7.2.2. Separação
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém
no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Sl 1:1).
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2.7.2.3. Arrependimento
(II Rs 17:13; II Cr 30:6; Pv 1:23; Is 22:12; Jr 25:5; Ez 14:6; 18:31; 33:11; Dn 4:27; Os
14:2; Jl 2:12; Ml 3:7; Mt 3:2; Lc 13:2,3; Ac 3:19; 8:22; 17:30; 26:20).
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os
homens, e em todo o lugar, que se arrependam;” (At 17:30).
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Deus quer o pentecostalismo?
“Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa
reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos
perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se
o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não
será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho
da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora;
de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (II
Ts 2:1-4).
2.7.3.1. Pragmatismo
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instando a conversão, que as pessoas se corrijam, como esta doutrina é dura, então é
difícil lotar a igreja, mas ninguém é contra o crescimento, afinal todos precisamos
frutificar.
2.7.3.1.1. Libertinagem
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Deus quer o pentecostalismo?
rejeita a Deus: “portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus,
que nos deu também o seu Espírito Santo.” (I Ts 4:8).
2.7.3.1.2. Ecumenismo
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seja válida é necessário jogar de acordo com as regras do jogo: “e, se alguém também
milita, não é coroado se não militar legitimamente.” (II Tm 2:5), imagine a situação de
um esportista ganhar, mas seja por uso de doping ou alguma trapaça, ele não será
coroado, aplicando a mesma lição ao nosso tema, nós só poderemos agradar a Deus se
fizermos segundo as regras, o fim pode ser atingido e mesmo assim o homem ser
desqualificado diante de Deus. A segunda lição é similar:
Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo
jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; e, chegando-se a ele o tentador,
disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém,
respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra
que sai da boca de Deus. (Mt 4:1-4).
O Senhor Jesus fora conduzido ao deserto, lá já estava fazia 40 dias,
quando o tentador pediu que Ele transformasse a pedra em pão, já que Ele estava com
fome, a resposta dEle é o padrão a ser seguido, ora, Ele estava faminto, era plenamente
justo Se alimentar, mas Ele falou que o fim alimentação, alimentar o corpo, que é algo
extremamente necessário, até mesmo para a manutenção da vida e saúde, não poderia
ser realizado, pois existe um meio correto, e Ele explica a existência do meio e a
importância dele, Ele fala: “Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de
pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4:4), o meio
é a Palavra de Deus, que tem de ser seguida, desde que ela seja seguida, então se poderá
agradar a Deus: “e as franjas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os
mandamentos do SENHOR, e os cumprais; e não seguireis o vosso coração, nem após
os vossos olhos, pelos quais andais vos prostituindo.” (Nm 15:39); outros casos
poderiam ser citados, por exemplo, o de Moisés que feriu a pedra para que dela saísse
água, ele conseguiu, mas foi reprovado, já que era tão somente para falar a ela.
2.7.3.1.4. Psicologia
“Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e
profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se
desviaram da fé. A graça seja contigo. Amém.” (I Tm 6:20,21).
2.7.3.1.5. Modernismo
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244
Mulholland, Dewey M. Marcos introdução e comentário, Edições Vida Nova, 2005, p. 50
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Deus quer o pentecostalismo?
atenção, pois ele espreita como um leão: “sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;”
(I Pd 5:8), um arcanjo, que é chefe dos anjos, não agiu com desprezo: “mas o arcanjo
Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não
ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.” (Jd
1:9), deveria então o crente agir? Lembre-se que arcanjo é chefe dos anjos, e os anjos
ainda são mais fortes que os homens, atualmente somos menores que os anjos: “Tu o
fizeste um pouco menor do que os anjos, De glória e de honra o coroaste, E o
constituíste sobre as obras de tuas mãos;” (Hb 2:7).
Então como é que faz para vencê-lo? Primeira coisa é o crente jamais
achar que ficará firme pelas suas forças, pois “aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe
não caia.” (I Co 10:12), até porque: “a soberba precede a ruína, e a altivez do espírito
precede a queda.” (Pv 16:18), o caminho é inverso é de sujeição a Deus e resistência ao
inimigo: “sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4:7),
sujeitar a Deus envolve obedecê-lO, e Ele, justamente pela obediência, em breve,
esmagará ao inimigo embaixo dos pés dos crentes:
Quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos. Comprazo-me, pois, em vós; e quero
que sejais sábios no bem, mas simples no mal. E o Deus de paz esmagará em breve Satanás
debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém. (Rm
16:19,20).
2.8.2. Determine
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alguém Mc 7:17, pedir algo a alguém Mt 16:1. Perguntar Rm 10:20.248”, ela aparece
mais vezes (Mt 15:23; 16:13; 21:24; Mc 4:10; 7:26; Lc 4:38; 7:3,36; 8:37; 9:45; 11:37;
14:18,19,32; 16:27; 19:31; 20:3; 22:68; Jo 1:19,21,25; 4:31,40,47; 5:12; 8:7;
9:2,15,19,21,23; 12:21; 14:16; 16:5,19,23,26,30; 17:9,15,20; 18:19; 19:31,38; At 10:48;
18:20; 23:18,20; Fl 4:3; I Ts 4:1; 5:12; II Ts 2:1; I Jo 5:16; II Jo 1:5); “apaiteō”, “1)
pedir de volta, exigir, cobrar alguma dívida249”, palavra que não aparece em relação a
Deus, os versos em que ela aparece são: “e dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar
o que é teu, não lho tornes a pedir.” (Lc 6:30), “mas Deus lhe disse: Louco! esta noite
te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12:20).
Continuando, a próxima é “exaiteomai”, que é “reclamar, exigir, pedir
permissão: Lc 22:31250”, aparece em: “disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que
Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;” (Lc 22:31); “aitema ̄ ”, “1) pedido,
requisição, exigência251”, aparece em: “então Pilatos julgou que devia fazer o que eles
pediam.” (Lc 23:24), “não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições
sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.”
(Fp 4:6), “e, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos
̄
as petições que lhe fizemos.” (I Jo 5:15); “eleemosune ̄”, “piedade, ação de ajudar aos
necessitados. Mt 6:2-4; Lc 11:41; 12:33; At 3:2,3,10; 9:36; 10:2,4,31; 24:17.252”;
“kataseiō”, “1) agitar, derrubar, 2) acenar, 2a) fazer um sinal, sinalizar com a mão para
alguém253”, aparece em At 12:17; 13:16; 19:33; 21:40; “deomai”, “δέομαι pedir, orar,
suplicar Mt 9:38; Lc 8:38; At 8:24; 10:2; II Co 8:4; 10:2. δέομαι σου rogo-te, como em
Gl 4:12, pode algumas vezes = por favor Lc 8:28; At 21:39.254”, aparece mais vezes (Mt
9:38; Lc 5:12; 8:28,38; 9:38,40; 10:2; 21:36; 22:32; At 4:31; 8:22,24,34; 10:2; 21:39;
26:3; II Co 5:20; 10:2; Gl 4:12; I Ts 3:10).
Ainda tem mais palavras, “proseuchomai”, “orar: Mt 6:5-7; 24:20; 26:42;
Mc 1:35; 6:46; 11:24,25; 12:40; 13:18; Lc 1:10; 6:28; 18:11; 20:47; 22:41; At 1:24;
8:15; Rm 8:26; I Co 11:4,5; 14:14,15; Ef 6:18; Fp 1:9; Cl 1:3,9; 4:3; I Ts 5:17,25; II Ts
1:11; 3:1; Hb 13:18; Tg 5:13,16-18; Jd 20.255”, “paraiteomai”, “pedir, requisitar,
interceder por Mc 15:6. Desculpar έχε με παρητημένον considere-me desculpado Lc
14:18,19; cf 18.-2. Declinar -a. rejeitar, recusar I Tm 5:11; Tt 3:10; Hb 12:25.-b.
rejeitar, evitar At 25:11; I Tm 4:7; II Tm 2:23. -c. pedir, implorar Hb 12:19256”. Ou seja,
̄ ̄ que foi propositadamente posto
vários são os verbos para pedir, ficou um, que é “zeteo”,
por último para poder melhor analisar, ela significa:
-1. procurar, buscar por Mt 13:45; 18:12; Mc 1:37; Lc 19:10; Jo 18:4; At 10:19,21; II Tm
1:17; buscar At 17:27. Investigar, examinar, considerar, deliberar Mc 11:18; Lc 12:29; Jo
8:50; 16:19.- 2. um pouco distante da idéia de procura: tentar obter; desejar possuir Mt
6:33; 26:59; Lc 22:6; Jo 5:44; Rm 2:7; Cl 3:1. Esforçar-se (para), objetivar, desejar, querer
Mt 12:46; Lc 17:33; Jo 1:38; At 16:10; I Co 13:5; Gl 1:10. Pedir, requerer, demandar Mc
8:1 ls; Lc 12:48; Jo 4:23; II Co 13:3. Pass. requer-se que I Co 4:2257.
Esta palavra aparece em um verso, que poderia ser entendido como
alguém exigindo algo do Senhor Jesus: “e outros, tentando-o, pediam-lhe um sinal do
céu.” (Lc 11:16), esta pode ser uma ocasião em que foi exigido algo do Senhor Jesus,
248
Wilbur, p. 79
249
Strong, p. 1206
250
Tuggy, p.
251
Strong, p. 1169
252
Tuggy, p.
253
Strong, p. 1447
254
Gingrich, p. 51
255
Tuggy, p. 125
256
Gingrich, p. 156
257
Gingrich, p. 92
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Deus quer o pentecostalismo?
mas algumas coisas precisam ficar clara, o verso diz que eles estavam tentando ao
Mestre, o que é vedado: “e Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao
Senhor teu Deus.” (Lc 4:12), que é nosso Deus: “e Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor
meu, e Deus meu!” (Jo 20:28), “aguardando a bem-aventurada esperança e o
aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo;” (Tt 2:13), de
modo que, mesmo se fosse esse o caso, seria pecado. A questão de exigir está voltada a
autoridade, quem tem autoridade, como visto, Cristo é a Autoridade máxima, jamais se
poderia exigir algo legitimamente a Ele, pois Ele é o Altíssimo, exigir algo dEle mostra
a terrível, abominável, horrenda inversão de valores, pois o Senhor é o Senhor, os
servos são servos:
O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu
sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que
desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome? (Ml 1:6).
2.8.3. Fogo
3. Conclusão
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
3.1.1. Apologética
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Deus quer o pentecostalismo?
menor refutação por parte dos membros nem líderes que são os maiores culpados dessa
blasfémia e querem que os outros acreditem que esse show deprimente e tenebroso vem de
Deus. A Bíblia diz a respeito de muitos que eram cheios de experiências espirituais e dons:
“…Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7:21). Que
tragédia!
6. O Movimento Carismático busca sinais como atalho para espiritualidade! A Bíblia diz:
“…tudo o que não é de fé, é pecado.” (Rm 14:23).
7. O Movimento Carismático declara que as (suas) línguas são linguagens celestiais. A
Bíblia diz claramente que aquele fenómeno era simplesmente um dom espiritual que
consistia na capacidade dada aos discípulos de falar linguagem humana existente: “Como,
pois, os ouvimos cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (At 2.8. Note
também que, no Novo Testamento, após Atos capítulo 2, aqueles discípulos, incluindo os
apóstolos, não falaram mais em línguas desconhecidas! Leia todo o Novo Testamento e
procure-os falando em línguas desconhecidas. Você não achará!
8. O Movimento Carismático clama que a cura física está na promessa da Expiação. Esse
ensino é fácil de ser refutado. Se isso fosse verdade, nenhum crente morreria! Depois de
dois mil anos de história, é óbvio que milhões de crentes salvos em Jesus Cristo, incluindo
piedosos missionários e outros incontáveis crentes cheios do Espírito Santo, morreram
vítimas de terríveis e inúmeros tipos de doenças! A Bíblia diz claramente que o maior
agente de cura no novo Testamento (exceto Jesus Cristo), o apóstolo Paulo, não podia curar
o seu próprio amigo! Isso prova que os dons miraculosos foram cessando mesmo na era
apostólica: “Erasto ficou comigo em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto.” (II Tm
4:20).
9. O Movimento Carismático negligencia o ensino claro da ordem na igreja. A Bíblia diz:
“As mulheres estejam caladas nas igrejas…” (I Co 14.34). Para os homens: “E, se alguém
falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e
haja intérprete.” (I Co 14:27). “As línguas são um sinal…” (I Co 14:22). Esse sinal
temporário era para os judeus e já cessou: “…havendo línguas, cessarão…” (I Co 13.8.
“Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.” (I Co 13:10)
O “perfeito” aqui é, sem a menor sombra de dúvida, o cânon encerrado (Ap 22:21) das
Escrituras.
10. O Movimento Carismático clama o endosso de Deus para suas práticas. A Bíblia,
entretanto, proclama que Satanás também é carismático! Esses carismáticos “cheios do
poder”, cheios de arrogância espiritual, não são prova de NADA, pois a Bíblia diz:
“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, como todo o poder, e sinais e prodígios
de mentira.” (II Ts 2:9), “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à
terra , à vista dos homens.” (Ap 13:13).
Conclusão
É impossível um eleito (crente) morrer sendo carismático. Eu creio que lá há muitos
cristãos, mas ainda vão se arrepender e sair de lá. Na verdade, uma boa parte dos
carismáticos são pessoas que querem até servir ao Senhor, porém estão apoiando muitos
enganos doutrinários e isso é conivência com heresia. Existe muitos que estão enganando a
si próprios nesse movimento, que prega, inclusive, a perda da salvação, que é a maior
heresia e ensino falso de todo o Movimento Carismático - Pentecostal - Renovado. Isso é a
mesma coisa que salvação pelas obras! Se alguma pessoa nesse movimento, crê na salvação
pelas obras, não é possível que seja salva. Lembremo-nos também que, multidões lotando
templos (argumento preferido dos carismáticos para tentar autenticar suas crenças) ou
denominações super-poderosas, não significam absolutamente NADA nos dias de apostasia
em que vivemos. Saia da confusão, “Porque não ignoramos os seus ardis.” (II Co 2:11)258.
258
Rocha, Dalton Catunda. Confusão Carismática, artigo disponível no sítio eletrônico
http://www.baptistlink.com/creationists/confuca.htm acesso em 13.08.09
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
3.3. Resposta
3.4. Ao pentecostal
Meu caro leitor, irmão pentecostal, leitor, pois lê esta obra, irmão desde
que tenha crido em Cristo como seu Salvador pessoal, independente da igreja que vá ou
se não vá a nenhuma, é um dos meus irmãos em Cristo, esta obra não foi escrita para
você, mas seria muita pretensão minha evitar que ela chegasse ao seu conhecimento,
desejo que as exortações mencionadas, uma a uma, seja analisada por você, confronte
com a Bíblia cada ponto, veja se estou certo ou errado, como todo humano, eu também
erro, não falei nem pensei, nem me pus como superior aos demais, muito menos penso
que a igreja, da qual sou membro, seja superior às demais, falo isso para remover uma
possível impressão de que penso, ou a igreja batista, sobretudo as tradicionais, pensa ser
superior. Este livro é uma “carapuça” se ela lhe servir, use-a e volte-se para Deus, mas
agora fazendo como Ele quer, rogo que aceite a repreensão, que foi breve: “rogo-vos,
porém, irmãos, que suporteis a palavra desta exortação; porque abreviadamente vos
escrevi.” (Hb 13:22), “por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escrevi
abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na
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Deus quer o pentecostalismo?
qual estais firmes.” (I Pd 5:12). Estou à sua disposição, para responder algo, conversar,
inclusive ser corrigido, caso precise, basta me mandar email, porém, antes de tudo isso,
ore e peça ajuda ao Mestre, Ele lhe ajudará a caminhar pelo caminho correto. Para
encerrar quero dizer que amo você, em Cristo, amo até aos inimigos, com certeza você é
um dileto irmão, se corrija e fique firme.
“Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer
vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito,
combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.” (Fp 1:27).
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Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior gozo do que
este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade.” (III Jo 1:3,4), “pelo qual
recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo
seu nome,” (Rm 1:5), “conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando,
fizeram naufrágio na fé.” (I Tm 1:19), “propondo estas coisas aos irmãos, serás bom
ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens
seguido.” (I Tm 4:6), “se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com
as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a
piedade,” (I Tm 6:3), “retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para
que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os
contradizentes.” (Tt 1:9), “tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” (Tt 2:1),
“purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor
fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;” (I
Pd 1:22).
Esta é chamada de boa milícia, à qual todos os crentes são encorajados
lutar: “este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que
houve acerca de ti, milites por elas boa milícia;” (I Tm 1:18), “milita a boa milícia da
fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa
confissão diante de muitas testemunhas. Conserva o modelo das sãs palavras que de
mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus.” (I Tm 6:12,13), “combati o
bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas
também a todos os que amarem a sua vinda.” (II Tm 4:7), milícia à qual não pode haver
nenhum tipo de cessão: “aos quais nem ainda por uma hora cedemos com sujeição,
para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.” (Gl 2:5), ou seja, a Bíblia
restringiu a possibilidade de nós, os crentes, baixarmos a guarda sequer por um instante,
pois “um pouco de fermento leveda toda a massa.” (Gl 5:9), daí a necessidade do crente
estudar e conhecer bem a doutrina, tanto para defendê-la, para pregá-la e ensinar aos
outros: “e o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que
sejam idôneos para também ensinarem os outros.” (II Tm 2:2), com isso, não ser
menino no entendimento: “para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados
em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia
enganam fraudulosamente.” (Ef 4:14), antes preparado para dar a razão, o motivo de
cada ponto da fé: “antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai
sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a
razão da esperança que há em vós,” (I Pd 3:15), assim poder entregar a fé como
recebeu: “porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu
por nossos pecados, segundo as Escrituras,” (I Co 15:3).
Este livro versou sobre a exposição de erros carismáticos, como falado,
na introdução, não foi a redação mais agradável de fazer, mas é extremamente
necessária, visto a necessidade de defender a fé e identificar o que é contrário à fé, para
que possamos nos afastar: “e não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas,
mas antes condenai-as.” (Ef 5:11), sobretudo nestes terríveis dias: “porque virá tempo
em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão
para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;” (II Tm 4:3). Procurei, ao
máximo possível, usar referências bíblicas, espero um dia poder escrever um artigo
integralmente com referências bíblicas; alguns podem achar exagerado o meu apego, o
apego do povo batista, em geral, já que por muitos anos foi conhecido como “o povo do
Livro”, mas isso não é novo, já vem assim desde a antiguidade: “do preceito de seus
lábios nunca me apartei, e as palavras da sua boca guardei mais do que a minha
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Deus quer o pentecostalismo?
porção.” (Jó 23:12), uns podem até pensar numa referência: “o qual nos fez também
capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque
a letra mata e o espírito vivifica.” (II Co 3:6), algo que nada tem a ver com a nossa
situação, pois o escritor contendia com os falsos mestres que falavam da lei, sem Cristo,
eles estavam era separando o povo do Novo Pacto, o Novo Testamento, já que foi feito
pelo Mestre, daí o escritor fala que a letra da lei mata, e isso é claro, ela só é sombra de
Cristo, é o mesmo que ignorar o principal e se refugiar no acessório.
Em nosso caso, a Bíblia é a Palavra da Vida: “retendo a palavra da vida,
para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.”
(Fp 2:16), pois temos o Filho e O seguimos obedecendo as Suas Palavras, na mesma
passagem Paulo fala: “como não será de maior glória o ministério do Espírito?” (II Co
3:8), pois o Espírito Santo ministrou e ministra a Bíblia aos Seus servos, Ele é o Autor
da Bíblia, por isso ministrou, e é o Professor: “mas aquele Consolador, o Espírito
Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará
lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14:26), “e a unção que vós recebestes dele,
fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua
unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos
ensinou, assim nele permanecereis.” (I Jo 2:27), então aprendemos no mesmo capítulo,
que o Espírito atua com a leitura da Bíblia: “mas todos nós, com rosto descoberto,
refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em
glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (II Co 3:18).
Finalizando a Deus seja toda a glória: “a esse glória na igreja, por Jesus
Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Ef 3:21), Ele é Quem fará
este livro ser proveitoso e útil: “e respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR
a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz
o SENHOR dos Exércitos.” (Zc 4:6), a minha parte é exortar ao irmão a ter um ânimo
sincero: “amados, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto
com exortação o vosso ânimo sincero;” (II Pd 3:1):
Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais,
e estejais confirmados na presente verdade. E tenho por justo, enquanto estiver neste
tabernáculo, despertar-vos com admoestações, sabendo que brevemente hei de deixar este
meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado. Mas
também eu procurarei em toda a ocasião que depois da minha morte tenhais lembrança
destas coisas. (II Pd 1:12-15).
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