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Jornal de

Jornal de Parede
Par ede
ESPECIAL 1º DE MAIO
número 0 jornalparede.setubal@gmail.com Setúbal, Maio 2011
ficaram logo ali feridos. Alguns polícias com Anticapitalista porque vivemos num sistema
No dia 1 de Maio aconteceu uma manifestação shotguns começaram inesperadamente a disparar político e financeiro- o capitalismo- onde as
Anti-autoritária e Anti-capitalista que se queria sobre toda a gente, estivesse longe ou perto. Gás pessoas e o planeta são vistos como recursos a
fazer ouvir em Setúbal de “forma autónoma, pimenta foi despejado na cara de alguns presentes explorar. Uns poucos têm o poder de lucrar com
colectiva e a partir da base” (ver caixa). que, já no chão, receberam vários tiros de shotgun. essa exploração, que destrói a Natureza e
Como tal, saímos para as ruas, muitos de nós desta As pessoas defenderam-se lançando o que tinham à controla as nossas vidas.
cidade e muitos de outros sítios, porque é um lugar mão, pedras e garrafas, desmontando uma Anti-autoritária pois não queremos que o
que nos inspira, uma terra que respeitamos, onde esplanada para se protegerem da chuva de balas. Estado, as grandes empresas e outras instituições
não queremos ver a ganância e a exploração dos Depois da dispersão forçada, várias pessoas foram de poder, aqueles que defendem os interesses
poderosos a avançar. perseguidas por grupos de agentes que as financeiros acima referidos, nos roubem a
O que aconteceu: espancaram e balearam com as tais balas de autonomia e a capacidade de decisão. Queremos
Uma concentração no Largo da Misericórdia, borracha, já nas ruas do Montalvão. escolher as regras pelas quais nos vamos guiar,
seguindo em manifestação até ao Quebedo, onde se É de espantar que, posto isto, o facto de nos termos não perdendo a liberdade nem o respeito pelos
esperava integrar a manifestação da CGTP. É de defendido no Largo gere controvérsia ou mal- outros. Rejeitamos a maneira de viver que nos
referir que um cordão policial, uma carrinha das entendidos. Uma coisa deve ficar desde já clara: impingem, com os tristes jogos políticos e
BIR e o cordão da CGTP nos isolaram sempre da nunca em momento algum tivemos intenção de partidários, hierarquias em toda a parte e falsas
manifestação, logo desde que chegámos. Seguimos gerar “desacatos” na Fonte Nova. Tratou-se de crises económicas que geram ainda mais
pela Av. 5 de Outubro, gritando as nossas palavras defendermos a nossa integridade fisica e a nossa injustiças.
de ordem e ditribuindo panfletos às pessoas que, dignidade! Se não se tivesse mantido a polícia à
muitas delas, os receberam com interesse e distância, que até tiros reais disparou, teríamos
palavras de incentivo. Chegados à Av. dos sofrido ferimentos e espancamentos mais graves.
Combatentes optámos por outro percurso, em Foram vários os feridos, muito para além do «Uma coisa deve ficar desde já clara:
direcção à avenida General Daniel de Sousa, número que a polícia nunca em momento algum tivemos
admitiu à imprensa. Na intenção de gerar “desacatos” na
nossa opinião, temos
razões e legitimidade
Fonte Nova (…) Houve quem reagisse
para sair à rua em contra os agentes da autoridade e
manifestação e não achamos que já não era sem tempo!»
devemos acatar as
ordens e brutalidades
destes mentecaptos só
porque não nos querem
ali. Também somos
daqui e estamos fartos
da prepotência e do
abuso de quem tem o
poder ou armas na mão!
Naquele 1º de Maio
desembocando na Av. Luísa Todi. Durante este houve quem reagisse contra os agentes da
tempo, a manif interrompeu a circulação normal autoridade e achamos que já não era sem tempo!
dos carros, o dispositivo policial já não nos Apesar disto, a nossa luta está bem mais além
acompanhava e tudo decorreu sem problemas. destes confrontos, que não provocámos. Por outro
Entrámos no bairro da Fonte Nova em direcção ao lado, permanece um sentimento assustador de que,
largo principal, onde se pretendia fazer um apenas por ter participado num 1º de Maio
momento final de convívio no bairro com música e autónomo, algum dos manifestantes poderia ter Os 2 primeiros polícias a chegar ao largo, momentos
comida. Durante a manifestação foram lançados morrido...Por aparecerem umas frases escritas nos depois já com shotguns; 5 ferimentos de balas à queima-
alguns petardos e fogo de artifício de baixa bancos que tanto nos roubam?! Porque tínhamos roupa numa só perna
intensidade. Quatro frases foram escritas em umas tochas de sinalização?! Que tristes
paredes de bancos e stands de automóveis. conclusões se tiram disto...Da nossa parte podemos C O M O O S M E D I A M E N T E M
O ambiente foi sempre contestatário, mas calmo e dizer que continuaremos nas ruas: com jornais,
sem confrontos, tal como pretendíamos. O mesmo com manifs e se for preciso, com pedras! Sem o Afirmações perigosas e vergonhosas:
não se pode dizer do final da manifestação quando, medo que nos tentam impôr!! “Já na zona da Fonte Nova este grupo terá
no largo da Fonte Nova, chega um carro da PSP provocado alguns desacatos. A PSP foi chamado ao
trazendo dois agentes que abordam algumas local havendo registo de alguns disparos de armas
pessoas junto ao carro do qual saía música. de fogo, alegadamente por parte do referido grupo''
Queriam que se baixasse a música. Eram 5 da tarde in Setubalense, 2 Maio2011
de Domingo e a música não estava assim tão alta, Forma mentirosa de justificar o seu ataque:
mas baixou-se à mesma. Então, o objectivo destes “Fonte policial adiantou que os incidentes terão
agentes passou a ser o de identificar e levar o começado quando as forças policiais chegaram ao
responsável por esta manifestação. Ora, como esta local e foram recebidas com o arremesso de vários
manifestação não tem responsáveis (estes senhores objectos” in Jornal i online, 1 Maio 2011
é que não concebem a vida sem hierarquias) A hipocrisia de quem nos quer marginalizar:
apressaram-se a tentar agarrar e levar à força uma “o grupo (…) pretendendo incorporar a
das pessoas abordadas. Numa onda de reacção manifestação (da CGTP) com o intuito de se
indignada, vários manifestantes tentaram impedir a contramanifestar com palavras de ordem e acções
detenção daquela pessoa, gerando uma luta entre os que, pela sua natureza, podiam hostilizar a
agentes que procuravam um bode expiatório e os manifestação previamente comunicada levando à
manifestantes que tentavam libertá-lo. A carrinha consequente alteração de ordem pública.”
na 5 de Outubro isolados da manifestação “oficial” in Jornal do Barreiro. 2 maio 2011
de intervenção tinha acabado de chegar, os polícias
começaram à cacetada e vários manifestantes
Cola tu também! Grupo editorial “Paredes vazias, Povo mudo”

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