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FINANCEIRA
1
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Objetivo:
- "Estudar o crescimento no tempo de um capital aplicado, fornecendo os
critérios para avaliar a rentabilidade dos investimentos no mercado de
capitais."
a) Náufrago em uma ilha deserta - pegava peixes para se alimentar com as mãos
b) Desenvolveu mecanismo mais sofisticado para a pescaria - lança ou rede
c) Obtinha assim recursos excedentes ao que necessitava para seu consumo,
gerando uma reserva ou poupança = garantia para o consumo do dia de
amanhã
d) Necessitou de uma moradia e construiu uma cabana que lhe satisfazia não
apenas o dia de amanhã, mas também os dias depois de amanhã
e) Surge assim o conceito de investimentos, ou seja, uma garantia de consumo
para o depois de amanhã.
2
Exemplo:
Terra Aluguel
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Trabalho Salário
Capital Juros LUCRO
Oportunidade do negócio e excedente
Capacidade empresarial
3
Engenharia Econômica
4
ANÁLISE MATEMÁTICA X ANÁLISE CONTÁBIL
Engenharia Econômica
(Matemática Financeira) Contabilidade
Análise da Viabilidade Decisão de Análise dos
Antes Investir
Depois
Econômica de Projetos Relatórios Contábeis
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Conceitos Básicos
5
Ao se dispor a emprestar, o dono do dinheiro, para avaliar a taxa de remuneração
de seus recursos deve atentar para os seguintes fatores:
i= J/ P
Onde,
i = taxa de juros
J= valor do juro
P= capital inicial, principal, valor atual ou valor presente.
As taxas de juros se referem sempre a uma unidade de tempo (mês, semestre,
ano, etc.) e podem ser representadas equivalentemente de duas maneiras:
J = (1000/100) x 20 x 1
J = 10 x 20 x 1
6
J = $ 200,00
b) Taxa Unitária – a taxa refere-se à unidade do capital, ou seja, estamos
calculando o que rende a aplicação de uma unidade de capital no intervalo
de tempo referido pela taxa.
Exemplo:
J = 1000 x 0,20 x 1
J = $ 200,00
Para se transformar a forma percentual em unitária basta dividir a taxa
expressa na forma percentual por 100.
Devemos observar que é mais fácil trabalhar-se com a forma unitária, pois se
simplifica os cálculos.
7
FLUXO DE CAIXA - É uma sucessão de recebimentos e pagamentos, em
dinheiro, para um determinado período de tempo, para uma empresa, uma
família ou uma pessoa.
8
SÍMBOLOS:
i: Taxa de Juros
n: número de capitalizações
FÓRMULAS:
J = VP . (i /100) . n
VP = J / [ (i /100).n ]
( i /100) = J / (VP.n)
n = J / [ VP. ( i /100) ]
VF = VP + J
VF = VP. [ ( 1 + ( i /100) . n ) ]
VP = VF / [ 1+ (i /100). n ]
(i/100) = [ (VF/VP) -1 ] / n
9
HP-12C – Primeiro contato
Na HP-12C, você vai procurar a tecla igual (=) e não vai achar. A ordem de
entrada dos dados da HP é diferente. Vamos fazer a mesma operação (2+3),
agora usando a HP.
Agora aperte novamente a tecla 2, em seguida, tecle ENTER, maior tecla da HP.
Como a HP foi projetada para fazer muitos tipos de cálculos, se ela tivesse uma
tecla para cada função, seu tamanho seria bem maior. Para caber no seu bolso, o
fabricante bolou uma saída inteligente: mais de uma função para determinadas
teclas. Por isso encontramos teclas com até três funções, simbolizadas por
caracteres impressos em cores distintas (amarelo, branco e azul).
10
Primeiros contatos:
• PILHA DE MEMÓRIA
Z
W
Y
X (visor)
Exemplo: 3 x ( 4 + 5 ) = 27
3 ENTER
4 ENTER
5 + X
• MEMÓRIAS DE ARMAZENAMENTO
STO = ARMAZENA
RCL = RECUPERA
11
Quando se faz cálculos sucessivos utilizando sempre o mesmo número pode-se
armazená-lo com o auxílio da função STO seguida de um dígito de 0 a 9, ou de .0
a .9, o que perfaz o total de 20 memórias
• TECLAS DE LIMPEZA
• PORCENTAGEM - %
1000 ENTER
10 %
100
• DIFERENÇA PERCENTUAL - ∆%
Exemplo: Uma pessoa comprou uma mesa por $ 360,00 e a revendeu por
$ 459,00. A operação gerou lucro ou prejuízo. Qual a porcentagem?
360 ENTER
459 ∆%
27,5
Exemplo:
Um carro foi comprado por $ 5.000,00 e vendido por $ 4.300,00. Qual a taxa de
prejuízo da operação? Resp: 14%
12
• PORCENTAGEM DO TOTAL - %T
3200 ENTER
1440 %T
45
CLX
800 %T
25
CLX
960 %T
30
• CASAS DECIMAIS
Por exemplo:
• PONTO E VÍRGULA
13
Note que no visor aparece 2,532.23
• Desligue a máquina;
• Pressione a tecla ON, mantendo-a pressionada;
• Pressione a tecla do ponto ( . ) , mantendo-a pressionada;
• Solte a tecla ON;
• Solte a tecla do ponto ( . )
X
• POTÊNCIA – Y
3
2 x 2 x 2 = 8, podemos expressar em potência: 2 = 8
2 ENTER
X
3 Y
8
• FUNÇÕES CALENDÁRIO
g D.MY
14
Exemplos:
10.061995 ENTER
25.122000 g ∆DYS
2025 DIAS
26.051995 ENTER
180 g DATE
22.11.1995 3
Que é uma quarta-feira ( 1= segunda feira, 2 = terça feira, 3 = quarta feira......7 =
domingo).
Exemplo:
a) Digite 30
b) Pressione CHS . Aparecer -30 no visor.
c) Para obter novamente 30, basta teclar CHS novamente.
PV = Capital Inicial
i = Taxa de juros
15
Observações:
Exemplo:
PV = $ 200.000,00
n = 90 dias
i = 160% ao ano
J = ?
Na HP-12C :
200.000,00 CHS PV
90 n
160 i
f i
16
DESCONTOS
CONCEITO
ATENÇÃO:
17
DESCONTO COMERCIAL, BANCÁRIO OU “POR
FORA”.
Por definição:
D=N-V
Onde:
V = valor atual ou líquido, ou seja, o valor pelo qual o título é liquidado, ou valor da
antecipação, ou ainda adiantamento de determinada quantia (valor presente).
D = desconto
Assim,
D = N x ( d ÷ 100 ) x n
Como se pode observar, o desconto comercial nada mais é do que o juro cobrado
sobre o valor nominal ou de resgate.
18
Exemplos:
1) Qual será o valor do desconto e o valor atual de uma duplicata com valor
nominal de R$ 845.000,00, sendo que vencerá daqui a 45 dias, e a taxa de
desconto é de 60%.
- N = 845.000
- n = 45 dias
- d = 60 % a.m. = 2% ao dia
D = N x ( d ÷ 100 ) x n
V = N-D
V = 845.000 - 760.500 = 84.500
N = 675.000
D = 273.375
.n = 27 dias
D = N x ( d ÷ 100 ) x n
273.375
_________ = d ÷ 100
675.000 x 27
19
Exercícios – Descontos Comercial ou Bancário
R) $ 926,10 e 49 dias
R) $ 4.536,00 e 6% ao mês
R) 5,5% ao mês
5) Calcular o valor atual de um título, com 83 dias a vencer, cujo valor nominal é
igual a $ 35.000,00, sabendo-se que a taxa de desconto bancário é de 6,45%
ao mês.
R) $ 28.754,25
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“POR DENTRO”
Esta modalidade será sempre mais interessante para quem solicita o desconto,
mas como na maioria dos casos quem tem a posse dos recursos financeiros
normalmente determina a metodologia de cálculos da operação, torna-se uma
prática pouco usada.
VP = VF / (1+ i x n )
D = VF – VP então
D = VF - VF / (1+ i x n)
Podemos observar que nas operações de desconto racional a taxa incide sobre o
Valor Presente da operação, por isso é também denominado Desconto por Dentro.
Exemplo:
Um título no valor nominal de $ 500, 00, com vencimento programado para daqui a
três meses, foi descontado hoje. Sabendo que foi aplicado desconto racional no
regime de capitalização simples, a uma taxa de 4,5% a.m., calcule o desconto e o
valor líquido recebido.
D= VF – VF / (1+ i x n)
D= 500,00 - 500,00 / ( 1 + 0,045 x 3 )
D= 500,00 - 440,53
D= 59,47
21
O Valor líquido no desconto racional corresponde ao valor presente, que neste
caso é:
VP = VF – D
VP = 500,00 – 59,47
VP = 440,53 = Valor líquido.
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
É aquela em que a taxa de juros incide sempre sobre capital inicial acrescidos
dos juros acumulados até o período anterior.
A unidade de tempo utilizada par o período (n) deve ser a mesma da taxas de
juros (i).
Fórmulas Matemáticas
22
n
FV = PV. (1 + i/100)
n
PV = FV / (1+i/100)
n ________
i = √ FV/ PV -1
Exemplo:
J = FV-PV
Assim:
NÃO ESQUEÇA:
23
1) Antes de armazenar os dados do problema nas teclas financeiras, verifique se a
unidade de tempo no período "n" é a mesma da taxa “i”. Se não for, compatibilize
o período à taxa.
Exemplo:
STO EEX
Note que aparecerá no visor a letra “C”, anunciando que a máquina está pronta
para efetuar cálculos de juros compostos com períodos inteiros e fracionários.
É aconselhável que você conserve a sua calculadora com a indicação “C” no visor.
Exemplo:
Fazendo na HP:
PV = 800.000,00
n = 2,5 meses
i = 5% ao mês
FV = 903.781,06
Se a letra “C” não estivesse no visor, a HP calcularia, no período fracionário
(15dias), juros simples e no período inteiro, juros compostos, resultando em $
904.050,00.
Observe que:
24
No exemplo acima, com os mesmo dados do problema, vamos calcular o período
n
na HP:
800.000,00 CHS PV
5 i
903.781,06 FV
n = 3,00
O resultado acima revela uma limitação da HP-12C : o cálculo do prazo por
intermédio da tecla n é sempre um número inteiro.
NA HP:
903.781,26 g %T
800.000,00 g %T
-
1,05 g %T
===============================================================
TAXAS DE JUROS-
TAXA - Definição - É a unidade de medida pela qual os juros são fixados na
remuneração de um capital num determinado período de tempo (dias, meses,
anos, etc..).
Dizemos também que é um índice numérico relativo cobrado sobre um capital
para a realização de alguma operação financeira.
25
Por Exemplo: 6% ao ano, com capitalização anual.
6% ao semestre, com capitalização semestral.
Muitas vezes as taxas de juros são informadas no mercado e temos que adequá-
las às condições padronizadas pela HP12C.
Exemplos:
26
TAXAS PROPORCIONAIS- Juros Simples- São taxas de juros
fornecidas em unidades de tempos diferentes que, ao serem aplicadas a
um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo
montante acumulado no final daquele prazo, no regime de juros simples.
Dizemos que duas taxas são proporcionais quando se verifica que a razão
entre elas é a mesma razão entre seus períodos.
Exemplos:
a) 3% a . m. é proporcional a 36% a . a.
3% - 1 mês
36% - 12 meses
3 x 12 = 36 x 1
36 = 36
0,4 % - 1 dia
12% - 30 dias
0,4 x 30 = 12 x 1
12 = 12
EXERCÍCIOS:
27
baseiam em juros simples e as taxas equivalentes se baseiam em juros
compostos.
Nd/nc
- iq = [(1+ ic /100) – 1 ] X 100
- iq = taxa equivalente
- ic = taxa conhecida
- nd = período referente à taxa desconhecida
- nc = período referente à taxa conhecida
Por exemplo, se você quer calcular a taxa Diária equivalente a uma taxa mensal,
nd e nc devem ser expressos em dias; se você quer calcular a taxa anual
equivalente a uma taxa trimestral, nd e nc devem ser expressos em trimestre, e
assim por diante.
Supomos então:
PV = 100
Juros i = 2 % ao mês
Período n = prazo desconhecido / prazo conhecido
. n = 12 meses / 1 mês = 12
28
Programa de Equivalência de Taxas:
1 01- 1 Introduz 1
x
Y 10- 21 Eleva o conteúdo do registro Y
pelo conteúdo X.
29
Após colocarmos o programa de cálculo de equivalência de taxas em nossa
calculadora, utilizaremos da seguinte maneira:
Exemplo:
10 i
30 FV
360 PV
R/S
213,84 % AO ANO
30
TAXA EFETIVA x TAXA NOMINAL
A taxa nominal, por outro lado, é aquela cuja unidade de tempo não coincide com
o período de capitalização.
Toda taxa nominal traz em seu enunciado uma taxa efetiva implícita, que é a taxa
de juros a ser aplicada em cada período de capitalização.
Exemplo:
1 )Numa taxa de 12% ao ano, capitalizados mensalmente, qual será a taxa efetiva
para o período de 1 mês?
Como podemos ver, a taxa efetiva implícita de uma taxa nominal é obtida
sempre no regime de juros simples (conceito de taxas proporcionais).
31
Exemplo:
Calcular a taxa efetiva anual equivalente a uma taxa nominal de 36% ao ano, com
capitalização mensal.
3i
30 FV
360 PV
R/S
Resultado: 42,58% ao ano, que é a taxa efetiva anual.
TAXA REAL: Taxa Real é a taxa efetiva excluída dos efeitos da inflação.
A taxa real refere-se ao Juro Real, que pode ser um Ganho Real ou Custo
Financeiro Real.
Devemos ressaltar que a taxa real é diferente da taxa efetiva.
[ (------------------- ) -1 ] x 100
1+ (infl / 100)
32
NOTA: Existe uma fórmula prática de encontrarmos a taxa real na HP12C:
3) Digite a tecla ∆ %
No exemplo:
EXERCÍCIOS:
1) Um cliente aplicou R$ 2.500,00 em um fundo de renda variável e obteve R$
2.518,75. Considerando que a inflação no período foi de 1,3% , calcular o ganho
ou perda real do investimento.
R: 0,54% no período.
33
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
VALOR PRESENTE - Antes de você receber, ou pagar juros, você tem que
depositar dinheiro na conta (ou inversamente, pegar uma quantia emprestada).
O valor presente (VP) é outro nome para o principal: refere-se ao valor do dinheiro
hoje, no presente.
Por exemplo, quando você entra no banco com seus $ 100 o valor do depósito é o
seu valor presente. Refere-se ao valor do dinheiro, isto é, do seu investimento,
hoje.
JUROS - Sempre que se pega dinheiro emprestado, é cobrada uma taxa pelo uso
desses fundos. Da mesma forma, quando você investe ou deposita dinheiro em
uma caderneta de poupança, você é pago pelo uso dos seus recursos.
O juro (J) refere-se à quantidade de dinheiro que se ganha ou se cobra pelo uso
do dinheiro. Às vezes você ganha, como quando deposita na caderneta de
poupança, às vezes você paga, quando financia um carro ou faz uma hipoteca.
O valor dos juros é determinado pela taxa que o banco emprega para calculá-los.
- Tempo - Quanto mais o dinheiro permanecer na conta, mais juros ele vai
render.
- Taxa - Quanto maior a taxa, maiores os juros e, consequentemente, o valor
futuro.
À primeira vista, se poderia dizer que sim, pois as entradas totais de $ 1,8 milhão
(200.000 x 9 ) são superiores à saída de $ 1 milhão. Entretanto, esse montante de
$ 1 milhão é pago imediatamente, ao passo que as parcelas anuais de $ 200.000
são recebidas no futuro.
34
Esta relação é denominada conceito de valor do dinheiro no tempo. É importante
em áreas tais como orçamento de capital, decisões de arrendamento ou compra,
análise de contas a receber, esquema de financiamento, fusões e contribuições a
fundos de pensão.
FLUXO DE CAIXA
A fim de simplificar o entendimento dos problemas de juros simples e juros
compostos, utilizamos gráficos contendo setas dirigidas para cima e para baixo,
representando assim, a entrada e a saída do dinheiro ao longo do tempo.
Para saber distinguir entradas e saídas devemos definir o ponto de vista sob o
qual desejamos enfocar o problema: se do cliente ou do banco ou loja.
Exemplo:
PV = 100.000
(entrada)
__________ ↑______________________↓__________n
dias
0 30
FV = 130.000
(saída)
A linha horizontal representa o tempo, que pode ser expresso em dias, semanas,
meses, anos, etc.,
Admite-se como convenção que seta para cima ↑ é entrada e que seta
0para baixo ↓ é saída. O que importa é que a entrada (PV) e a saída (FV)
possuam sempre sentidos opostos.
35
O fluxo de caixa é o conjunto de entradas e saídas de dinheiro ao longo do
tempo.
Nos negócios, assim como na vida, existem muitas situações em que você tem
que escolher entre duas ou mais opções, como comprar ou fazer um leasing. As
opções normalmente envolvem ou fazer um pagamento único, ou fazer uma série
de pagamentos iguais no decorrer de um período futuro. É comum termos esse
tipo de situação na hora de tomarmos a decisão de comprar ou fazer um leasing
de um carro ou computador, por exemplo.
O processo pelo qual nós podemos decidir o que fazer exige que encontremos
uma ferramenta que compare todas as opções com uma medida padrão. Essa
medida padrão pode ser encontrada se usarmos os cálculos do valor presente ou
do valor futuro para determinar o valor da série de pagamentos seja no futuro,
quando os pagamentos já tiverem sido feitos, seja agora, no início, como no valor
presente.
Até agora, o nosso enfoque voltou-se para o valor presente e o valor futuro de
uma única quantia em dinheiro. Nesse momento, estudaremos situações
financeiras em que existem múltiplos pagamentos no decorrer de um período.
- somente à vista
- sem entrada, + 2, + 3, + 4, +5, +6 prestações
- com entrada, + 2, +3 , +4 , +5 prestações
- com entrada para daqui a 60 dias e restante em + 4 prestações.
E assim por diante. Onde então deveremos comprar?
36
Somente podemos dizer qual a melhor opção de compra, se analisarmos cada
fluxo de caixa e transformamos cada proposta em seu valor equivalente à vista.
Existem vários métodos de análise de investimos, contudo em função de serem os
mais utilizados no mercado, estudaremos dois: o Valor Presente Líquido – NPV
(Net Present Value) e a Taxa Interna de Retorno - IRR (Internal Rate Return).
37
Vejamos o gráfico para Série Postecipada:
PV 1 2 3 4
↑__________↓____________↓____________↓__________↓_______n
0 carência
PMT
PV 1 2 3 4
↑__________↓____________↓____________↓__________↓__________n
↓0
PMT
- g 8 para postecipada
- g 7 para antecipada
Exemplo:
38
a) o problema não nos informa se é com entrada (antecipada) ou sem entrada
(postecipada), dessa forma, vamos calcular nos dois modelos.
b) PMT tem sinais contrários de PV, como podemos notar pelas setas do fluxo de
caixa.
39
Série Postecipada – (sem entrada)
40
EXERCÍCIOS - Série Uniforme de Pagamentos
Resp.: 9,05%
Resp.: $ 2.499,33
Resp: $ 973,58
4) Uma loja vende uma calça com duas opções de pagamento, $ 45,.00 à vista ou
em quatro vezes mensais iguais sem entrada. Sabendo-se que a taxa de juros
que o lojista aplica na venda a prazo é de 69,59 % ao ano, qual o valor de cada
prestação.
Resp.: 12,54
Resp.: 6,11%
41
7) Calcule o montante, ao final de dois anos, correspondente à aplicação de 12
parcelas iguais e bimestrais de $ 2.000,00 cada uma, sabendo-se que a taxa
de juros é de 3,85% ao mês e que a primeira aplicação foi feita 60 dias após o
início da contagem do tempo.
Resp.: $ 37.618,34
Resp.: 12,67%
9) Uma loja anuncia que o preço de uma mercadoria é de $ 120,00 e que esse
valor pode ser pago em três prestações iguais com entrada. Para pagamentos
à vista, em dinheiro ou em cheque, a loja oferece um desconto de 10%. Qual é
a taxa de juros mensal que a loja está cobrando em seus financiamentos?
Resp.: 11,55%
Resp.: 18 pagamentos
42
12) Paulo comprou um apartamento pagando $ 25.000,00 de entrada e o restante
em 90 prestações mensais fixas de $ 2.100,00, sendo que o pagamento da
primeira prestação ocorrerá 30 dias após o fechamento do negócio. Calcule o
valor atual do apartamento supondo as seguintes taxas de juros:
Resp. $ 76.981,91
Resp. $1.959,14
15) Uma loja está vendendo um automóvel em seis prestações mensais iguais de
$ 4.500,00, devendo a primeira prestação ser paga 90 dias após o fechamento
do negócio. Sabendo-se que a taxa de juros utilizada pela instituição
financiadora da operação é de 9,5% ao mês, pede-se o valor presente do
automóvel.
Resp. $ 16.587,82
43
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
DEFINIÇÕES
44
k) SALDO DEVEDOR - é o estado da dívida, ou seja, do débito, em um
determinado instante do tempo.
l) PERÍODO DE AMORTIZAÇÃO - é o intervalo de tempo existente entre duas
amortizações.
Neste sistema as parcelas de amortização são iguais entre si. Os juros são
calculados, a cada período, multiplicando-se a taxa de juros contratada pelo
saldo devedor existente no período anterior.
Desta forma as prestações são continuamente decrescentes e formadas
por parcela de principal mais juro. Assim, o valor da amortização do capital
é constante em todos os períodos. Já a parcela de juros diminui a cada
período, uma vez que a taxa é aplicada sobre o saldo devedor.
45
Exemplo - Um empréstimo de $ 16.000,00 deve ser quitado em 4 parcelas
mensais, mediante emprego do Sistema de Amortizações Constantes -
SAC. A taxa de juros mensal da operação é igual a 2%.
Calcule o valor de cada parcela, sabendo-se que a primeira será paga em
30 dias.
Resposta:
0 16.000, 00 - - -
1 16.000,00 4.000,00 320,00 4.320,00
2 12.000,00 4.000,00 240,00 4.240,00
3 8.000,00 4.000,00 160,00 4.160,00
4 4.000,00 4.000,00 80,00 4.080,00
46
b) SISTEMA FRANCÊS OU TABELA PRICE
B) calcular a parcela de juros - fazer incidir a taxa de juros sobre o saldo devedor
do
período anterior.
47
EXEMPLO - Um financiamento de um equipamento no valor de $ 57.000,00 está
sendo realizado pelo Sistema Francês ou Tabela Price, em seis meses, à taxa de
15% ao mês.
Como fica a planilha desta operação, sabendo-se que a primeira prestação vence
daqui a um mês?
48
ATENÇÃO: Quando pressionamos 1 n (f) AMORT , a calculadora busca o
valor dos juros do próximo período. No entanto, se pressionarmos 2 n (f) n, o
resultado será o valor dos juros acumulados nos dois primeiros períodos.
Se, em seguida, pressionarmos a tecla x ≥ y, obtemos o valor amortizado nos
dois períodos, enquanto que as teclas RCL PV no fornecem o saldo devedor no
final dos dois períodos também.
Esse procedimento pode ser feito para qualquer número de prestações. Desta
forma fica mais fácil trabalhar com prazos alongados.
Utilizando a HP12C:
TECLAS VISOR
g 8 0,00
60 n 60,00
3 i 3,00
PMT 1.373,05
49
EXERCÍCIOS - SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
Resp: a) $ 2.465,82
b) $ 10.977,39
c c) $ 3.745,58
d) $ 11.049,34
50
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA ECONÔMICA
Se fatores não quantificáveis vão influir na tomada de decisão, essa análise não
poderá ser feita com um estudo matemático. Assim, na escolha entre dois
equipamentos, por exemplo, não teria sentido uma análise matemática que
envolvesse preços, capacidade de produção, custos operacionais, durabilidade,
etc., se a pretensão fosse adquirir o mais estético ou o de menor porte.
51
Tais situações práticas identificam a taxa de custo do capital (ou a taxa de juros do
mercado financeiro) como a taxa de rentabilidade mínima aceitável para um
projeto de investimento.
Assim,
h= L÷G
Podemos verificar que o índice h revela o retorno anual por unidade de capital
investido no projeto. O projeto de investimento será tanto melhor quanto maior for
a quantidade de recuperação dos recursos por unidade de investimento.
52
2) PAYBACK – Período de Retorno de Investimento
Também conhecido por pay-back period , o período de retorno do investimento é
um dos métodos de avaliação mais largamente difundidos entre os
administradores de empresas.
que:
p=1÷h
Por outro lado, como esse método não leva em conta o valor do dinheiro no
tempo, poderão ocorrer situações em que projetos desiguais do ponto de vista do
fluxo de caixa apresentem o mesmo pay-back period, tornando-os indiferentes à
luz desse indicador.
53
Exemplo:
Quantos anos precisaremos esperar até que os fluxos de caixa acumulados desse
investimento se iguale ou superem seu custo?
Num investimento inicial de $ 50.000, temos o seguinte fluxo de caixa:
1 30.000
2 20.000
3 10.000
4 5.000
Critérios de decisão:
Outro Exemplo:
Após os dois primeiros anos, os fluxos de caixa totalizam $ 300. Após o terceiro
ano, os fluxos de caixa totalizam $ 800, e, portanto, o projeto paga-se em algum
momento entre o final do ano 2 e do ano 3.
54
Como o fluxo de caixa acumulado nos dois primeiros anos é igual a $ 300,
precisamos recuperar outros $ 200 no terceiro ano.
Assim, devemos esperar 2, 4 anos para recuperar os $ 500, que foi nosso
investimento.
CONCLUSÃO
55
MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO
Se o valor encontrado NPV for positivo, esse valor representará quanto a renda do
investimento excede a renda esperada, isto é, significa que a taxa de renda que o
investimento proporciona ultrapassa a taxa de atratividade. Neste caso, o
investimento analisado interessa ao investidor.
Se o valor encontrado NPV for negativo, esse valor representará quanto falta para
que a renda do investimento atinja a renda desejada, isto é, significa que a taxa de
renda que o investimento proporciona é menor que a taxa de atratividade. Neste
caso o investimento não interessa ao investidor.
56
Exemplo: Uma empresa transportadora está analisando a conveniência de
compra de um caminhão no valor de $ 103 milhões. Segundo os técnicos
dessa empresa, a utilização desse veículo nos próximos cinco anos deverá
gerar receitas líquidas estimadas de $ 30, $ 35, $32, $ 28, e $ 20 milhões,
respectivamente. Sabendo-se que no final do 5º. Ano se espera vender esse
caminhão por 17 milhões, verificar qual a decisão da empresa pra taxas de
retorno fixadas em 15% e 18% ao ano.
Obs: fluxo de caixa no 5º.ano corresponde ao preço de venda do caminhão +
receita do ano = 17 + 20 = 37.
a) Valor presente líquido para taxa mínima de 15% = $ 5,01. Como o valor
presente líquido é positivo, significa que a taxa efetiva de retorno é superior
à taxa mínima fixada e, portanto, o investimento deverá ser feito.
b) Valor presente líquido para taxa mínima de 18% = - $ 2,35. Nesse caso,
como o valor presente líquido é negativo, o investimento não deverá ser
feito, visto que taxa efetiva de retorno é menor que a mínima fixada.
Como o valor presente líquido neste caso resulta em $ 122,52 e é positivo, isso
significa que a taxa de juros cobrada no empréstimo é superior a 7% ao mês.
A técnica de valor presente líquido passou então a ser utilizada para se determinar
apenas o valor presente da operação nos casos em que são conhecidas a taxa de
juros e os valores de pagamentos ou recebimentos.
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CONCLUSÃO
Se o resultado do VPL ou NPV for maior que zero, ou seja, positivo, significa
que o valor presente das entradas supera o valor presente das saídas de caixa.
Nesse caso, o projeto será economicamente interessante à taxa de juros
considerada. Quando maior o Valor Presente Líquido, mais interessante será o
projeto de investimento.
No caso do VPL ou NPV for igual à zero, significa que o valor presente das
entradas é igual ao valor presente das saídas de caixa. Nessa situação, o projeto
ainda não é desinteressante do ponto de vista econômico, pois as entradas futuras
são equivalentes ao desembolsos realizados como o projeto. Isso implica dizer
que o projeto produz retorno igual à taxa de atratividade da empresa.
Por fim, se o VPL ou NPV for menor que zero, ou seja, negativo, significa que o
valor presente das entradas é inferior ao valor presente das saídas de caixa.
Nesse caso, o projeto não será economicamente interessante à taxa de juros
considerada, pois não ocorre sequer a recuperação do investimento realizado.
Quando vários investimentos estão sendo analisados, pode ocorrer que todos
sejam interessantes ou desinteressantes, ou ainda que alguns sejam
interessantes e outros não. Em qualquer dos casos, o investimento mais
interessante é o que apresenta maior NPV.
Essa taxa é chamada de Taxa Interna de Retorno (ou IRR, do inglês, Internal Rate
of Return) e corresponde à taxa de lucratividade esperada dos projetos de
investimento.
A Taxa Interna de Retorno de um fluxo de caixa pode ser entendida como sendo a
taxa de juros para qual o valor presente líquido das entradas iguala o valor
presente das saídas do seu fluxo de caixa. Caracteriza, desta forma, a taxa de
remuneração do capital investido.
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Após determinar a TIR do projeto, devemos compará-la com a TMA (taxa mínima
de atratividade). O projeto será considerado rentável e, portanto, atraente do ponto
de vista econômico se sua TIR for, no mínimo, igual à TMA. Ou seja, TIR deve ser
maior, ou igual, a TMA.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
EXEMPLO
Para ilustrar a idéia por trás da TIR, considere um projeto que custa $ 100,00 hoje
e rende $ 110 daqui a um ano.
Parece tanto natural quanto óbvio afirmar que o retorno é de 10%, porque você
recebe $ 1,10 de volta. De fato, 10% é a taxa interna de retorno, ou TIR, deste
investimento.
Esse projeto com uma TIR de 10% é um bom investimento? Mais uma vez,
aparentemente só será um bom investimento se nossa taxa exigida de retorno for
inferior a 10%.
A intuição está correta, e ilustra a regra da TIR: "Com base na regra da Taxa
Interna de Retorno - TIR, um investimento é aceito se a TIR é maior do que o
retorno exigido. Caso contrário deve ser rejeitado."
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Cálculos do VPL (NPV) e da TIR (IRR) pela Calculadora
HP-12C
Em todo o processo de análise de projetos e decisões de investimentos, a
matemática financeira possui um papel fundamental, pois, com a aplicação das
técnicas certas, é possível avaliar com maior clareza e segurança os riscos
inerentes a esses processos.
FV
___________↑
↓0 1
PV
PV 1 2 3 4
↑__________↓____________↓____________↓__________↓_______n
0
PMT
b) Fluxo de caixa não convencional : Neste modelo, existirá uma saída ou uma
entrada inicial e, em seguida, haverá uma série de pagamentos ou
recebimentos alternados, ou seja, poderão ocorrer recebimentos ou
pagamentos no mesmo fluxo.
PV 1 2 3 4
↑__________↓____________↑___________↑__________↓_______n
0
PMT
60
Tanto no item "b" quanto no item "c" pode ocorrer o que chamamos de série mista,
ou seja, ao contrário das séries uniformes, as séries de pagamentos podem ter
diferentes valores em um mesmo fluxo de caixa.
Exemplo:
0 - 125.000,00
1 45.000,00
2 35.000,00
3 50.000,00
4 35.000,00
5 30.000,00
61
No exemplo acima, a TIR seria encontrada, aplicando-se as teclas f IRR , e
obteríamos uma taxa interna de retorno de 17,95% ao mês.
2º. Exemplo:
Período Fluxo
0 - 2.000,00
1 720,00
2 1.080,00
3 0
4 1.200,00
3º. Exemplo:
Calcular o valor presente líquido (NPV) do fluxo de caixa a seguir, para uma
taxa de atratividade de 3% ao mês:
Período Fluxo
0 - 2.000,00
1 1.000,00
2 1.000,00
3 1.000,00
4 3.000,00
62
Assim, na HP-12c :
2000 CHS g PV
1000 g CFj
3 g Nj
3.000 g CFj
3 i
f CF0(NPV)
NPV = 3.494,07
Podemos ainda calcular a taxa interna de retorno IRR, apertando a tecla f IRR:
50 %
ANÁLISE DE PROJETOS
Dois projetos que não são mutuamente excludentes são independentes. Por
exemplo, se possuirmos um terreno de esquina, poderemos construir um posto de
gasolina ou prédio de apartamentos, mas não os dois. Essas são alternativas
mutuamente excludentes.
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"Decisão de Projetos ou Investimentos Mutuamente Excludentes significa
uma situação na qual aceitar um projeto ou investimento impede que se
aceite outro."
A resposta é simples: aquele que tiver o maior Valor Presente Líquido - VPL.
Porém não podemos afirmar que o melhor é aquele que possui a maior TIR, no
caso de investimentos mutuamente excludentes.
Pensar dessa maneira parece contrariar a intuição. Suponha que você disponha
de duas alternativas de investimento. Um deles tem um retorno de 10% e o torna
imediatamente $ 100 mais rico.
O outro tem 20% de retorno e o torna $ 50 mais rico. Qual deles você preferiria?
Claro que Ter $ 100 em vez de $ 50, independentemente dos retornos, e, portanto
gostamos mais do primeiro investimento.
Apesar das deficiências, a TIR é muito usada na prática, até mais do que o VPL.
Por exemplo: Um administrador prefere dizer a outro: "A reforma da ala do setor
administrativo tem retorno de 20%. De alguma forma isso deve ser mais simples
do que dizer:" a uma taxa de desconto de 10%, o valor presente líquido é
$ 4.000”.
Por fim, sob algumas circunstâncias, a TIR pode ter uma vantagem prática em
relação ao VPL. Não podemos estimar o VPL a menos que conheçamos a taxa de
desconto apropriada, mas ainda podemos estimar a TIR.
Suponha que não conheçamos o retorno exigido de um investimento, mas
descobrimos, por exemplo, que tem um retorno de 40%. Estaríamos inclinados a
aceitá-lo, uma vez que é muito pouco provável que o retorno exigido seja tão alto.
64
TÍTULOS UM INVESTIMENTO ATRAENTE
MERCADO DE CAPITAIS
Note-se que, não apenas títulos são negociados, mas também os chamados
contratos futuros de mercadorias, metais preciosos, moedas ou taxas de juros.
Esses contratos são denominados de derivativos.
65
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Ações - São títulos que garantem ao portador uma participação no capital de uma
empresa, tornando o investidor um co-proprietário da sociedade, podendo Ter
direito a recebimento de dividendos.
Existem dois tipos de títulos, os títulos com cupom e os títulos com cupom zero.
66
COMO FUNCIONAM OS CUPONS DOS TÍTULOS
A maioria dos títulos de empresas é chamada de títulos com cupom, porque eles
geram um pagamento periódico (o cupom), normalmente a cada seis meses,
sobre o prazo de duração do título.
Exemplo:
Imagine que uma empresa emita um título com prazo de 10 anos, a uma taxa de
cupom de 8%, com valor de face de R$ 1.000,00. Qual o fluxo de caixa
correspondente para o investidor ?
Veja : + $ 1.000
$80 $80 $80 $80 $80 $80 $80 $80 $80 $80 $80
↑↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑
__________________ ano 10
↓ $ 1.000
Considere que os pagamentos dos cupons são anuais e que o preço de venda é $
1.000. As quantias nas setas apontando para cima representam o retorno do
investimento, quantias das setas que apontam para baixo representam custos do
investimentos. Observe que no pagamento final, o valor de face de $ 1.000
também é incluído.
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Emitente A empresa ou governo que toma o dinheiro
Assim, quando empresas que oferecem maior risco emitem seus títulos, elas
devem oferecer taxas de cupons maiores que as taxas praticadas pelo mercado
para empresas consideradas seguras.
Os compradores de títulos exigem um prêmio para investir em empresas menos
seguras. E quanto maior o risco da empresa, maior o valor do prêmio.
68
Uma vez estabelecida a taxa do cupom para emissão de títulos, ela fica em vigor
até o título vencer, quando o último cupom e o valor de face são pagos aos
investidores. A taxa de desconto pode variar, afetando assim novas emissões,
isto é, novos títulos entrarão no mercado com pagamentos maiores ou menores
do cupom, dependendo da taxa de desconto.
São títulos emitidos sem qualquer pagamento intermediário, isto é, sem cupom.
Assim, em vez de você receber cupons, você recebe um desconto.
Diferentemente dos títulos de empresas, os títulos de cupom zero são
instrumentos financeiros vendidos com desconto, não tem cupons e, quando do
seu vencimento, pagam o valor de face do título. O preço do título é normalmente
o valor presente da quantia de face descontada a taxa de emissão (a taxa
impressa no título, da mesma forma que a taxa do cupom), que é usada para
calcular o preço, isto é, o valor com desconto.
________________________________________________ ↑
↓ Anos 1 - 9 $ 1.000 (ano 10)
$ 463,19
Não há emissão de cupons
Taxa de Desconto: 8%
69
Matematicamente:
-X
VP = VF (1 + 0,08)
-10
VP = 1.000 ( 1,08 )
VP = 463,19
Na HP 12C
$ 1000,00 CHS FV
10 n
8 i
PV ?
PV = 463,19
TENTE VOCÊ:
Resposta: $ 214,55
Existe uma relação muito importante entre o período de tempo que um título de
cupom zero é mantido e o valor do título - quanto mais próximo o vencimento do
título, mais o preço do título se aproxima do valor de face.
Vamos considerar que o valor de um título seja o seu preço, caso você deseje
vendê-lo. Para ajudar a nossa matemática, considere o caso em que o
Departamento de Trânsito de S. Paulo esteja emitindo títulos de cupom zero por
20 anos, para financiar melhorias nas estradas do estado. Imagine que, quando
da sua emissão, você compre um título com valor de face de $ 10.000,00, como
uma estratégia para sua aposentadoria, a uma taxa de 7,5%, pelo valor de $
2.354,13.
70
Enquanto você fica com o título, como o seu valor se modifica?
Especificamente, qual o seu preço, à medida que se aproxima a data de
vencimento? Isto é, se você precisasse vender o título antes do vencimento, para
atender a uma emergência familiar, quanto ele valeria?
Estes cálculos mostram que quanto mais você ficar com o título, mais o seu valor
se aproxima do valor de face.
Vamos comprovar isso, com o nosso título de $ 10.000,00 de cupom zero e taxa
7,5%.
71
Podemos verificar que quando a taxa de desconto aumenta de 7 para 8, o valor
do título diminui. Ainda assim, ao se aproximar do vencimento, os preços
convergem para o valor de face do título.
Investidores privados (como você) compram títulos por causa do fluxo de caixa
garantido que eles oferecem para o futuro.
Grandes investidores (por exemplo, fundos de pensão e companhias de seguros)
compram grandes quantidades desses títulos para terem fixo um fluxo de caixa
que lhes garanta pagar os seus beneficiários, cujos planos de aposentadoria são
por eles administrados.
Essa fixação do fluxo de caixa é o motivo pelo qual os títulos costumam ser
chamados de instrumentos de renda fixa, pois o seu fluxo de caixa é fixo, isto é,
previsível, diferentemente de ações, que flutuam conforme as condições de
mercado.
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Fontes Bibliográficas:
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