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INFORMATIVO

TÉCNICO
FICAP

RECOMENDAÇÕES DE
INSTALAÇÃO
INFORMATIVO TÉCNICO
1. INTRODUÇÃO
A maneira de se instalar um cabo tem grande influência não somente no investimento inicial da instalação, mas também
no custo operacional e na continuidade de serviço do sistema.

Em última análise, existem quatro modalidades de instalação para cabos de energia para fazer frente às necessidades
dos sistemas de energia elétrica:

• Instalação em dutos subterrâneos;


• Instalação direta no solo;
• Instalação em canaletas;
• Instalação em bandejas.

Para a escolha adequada do tipo de instalação a ser projetada, alguns fatores básicos devem ser considerados, tais como:
investimento inicial, tempo de manutenção, dissipação de calor, multiplicidade de circuitos, etc.

Quando se trata de sistemas de distribuição urbanos ou mesmo industriais de grande porte, principalmente devido às
características dos sistemas de distribuição, a instalação em dutos subterrâneos é normalmente a mais difundida. Isto se
deve ao fato de, apesar do custo de implantação ser bastante elevado, permitir que sejam construídos tendo-se em mente
a ampliação dos sistemas com a instalação de novos circuitos e, sob o aspecto de manutenção, permitir a substituição de
um lance defeituoso em um tempo mínimo.

Devido principalmente ao atrativo econômico, vem sendo cada vez mais difundida a técnica de instalação direta no
solo. Esta, que no passado era restrita a cabos de iluminação pública, instalados em parques e jardins, hoje em dia se
estende também aos modernos sistemas de distribuição.

Sua principal desvantagem é no que diz respeito ao tempo necessário às substituições de cabos defeituosos e à limitação
do número de circuitos na mesma vala. Atualmente sua aplicação é bastante difundida no caso de cabos para
transmissão subterrânea e em sistemas radiais residenciais urbanos.

Instalações de cabos em canaletas ou sobre bandejas são restritas respectivamente a instalações em usinas e subestações
com trechos de pequenos comprimentos ou no interior de instalações industriais.

2 - ASPECTOS GERAIS DAS INSTALAÇÕES EM DUTOS SUBTERRÂNEOS

2.1-DIMENSIONAMENTO DAS LINHAS DE DUTOS


Inúmeros materiais vêm sendo aplicados tendo como objetivo a obtenção do mais compatível aos cabos de energia.
Normalmente, procura-se coordenar diversos fatores na especificação dos materiais, visando atender às exigências que
se seguem:

• Resistência mecânica elevada;


• Boa condutibilidade térmica;
• Baixo coeficiente de atrito;
• Estabilidade perante ácidos do solo;
• Estabilidade térmica em condições de curto-circuito.

Dentro destas características são atualmente utilizados dutos de Polietileno de Alta densidade corrugados e de PVC. A
tendência atual é a utilização deste último com paredes reduzidas, a fim de melhorar a dissipação de calor e dos de
PEAD corrugados objetivando uma facilidade maior de instalação em trechos curvos. Isto se deve à redução de custos e
faci1idade de instalação.

a) Esmagamento

Quando se dimensiona uma linha de dutos, um dado de importância é o fator de ocupação no duto pelo cabo a ser
instalado, prevendo-se o crescimento do sistema e a instalação de cabos com maior seção ou nível de tensão.

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Quando os dutos forem projetados para a instalação de três cabos unipolares, o diâmetro do duto deve ser sempre menor
que três vezes o diâmetro de um cabo. Isto para que seja evitado que um dos cabos se localize entre os outros dois,
sofrendo um esmagamento. Na prática, recomenda-se que o diâmetro do duto seja sempre inferior a 2,8 vezes o
diâmetro do cabo unipolar.

Uma forma simples de evitar o esmagamento é a especificação de cabos unipolares triplexados. Neste caso, será
possível a padronização dos dutos subterrâneos para uma gama de seções e classes de tensão sem o risco de
esmagamento.

Existem várias recomendações para a determinação do diâmetro mínimo do duto em função do cabo ou cabos a serem
instalados, ou seja: critério da relação diâmetro do duto e diâmetro do cabo, relação de áreas e o critério da folga
padrão.

Baseados no critério da relação de área ocupada pelo cabo ou cabos, apresentamos a Tabela 1 onde pode ser obtido o
diâmetro adequado do duto em função do número de cabos a serem instalados e seus diâmetros.

Tabela 1
Diâmetro externo dos cabos (mm)
Diâmetro do Duto
Número de cabos no duto
Pol mm 1 2 3 4
3 76 56,5 30,5 28,5 24,5
3½ 89 65,5 35,0 32,5 28,5
4 101 74,0 40,0 37,0 32,0
4½ 114 83,5 45,0 42,0 36,0
5 127 93,0 50,0 46,5 40,5
6 152 112 60,5 56,0 48,5
Percentual de ocupação 53% 31% 40% 40%

É bom esclarecer que durante a fabricação dos cabos de energia existe uma tolerância para mais no diâmetro externo
dos cabos. Normalmente, os valores nominais dos diâmetros dos cabos devem ser acrescidos de 5% a 10% a fim de
compensar tolerâncias de fabricação.

No caso em que se deseja determinar a bitola de um duto necessário a um número de cabos superior a 4, e de mesmo
diâmetro, deve-se multiplicar o diâmetro de um deles por n / 4 . Com este novo diâmetro, entra-se na tabela para
quatro cabos e determina-se o duto conveniente à instalação de n cabos.

Já para o caso de cabos com diferentes diâmetros, determina-se diâmetro equivalente pela equação abaixo, entrando-se
a seguir na coluna correspondente ao número total de cabos e determinando a bitola do duto a ser utilizado.

n 1 d 12 + n 2 d 22 + ... + n n d 2 n
Deq = (1)
n 1 + n 2 + ... + n n

Onde:
Deq - diâmetro equivalente (mm)
nn - nº de cabos com diâmetro dn
dn - diâmetro externo de cada cabo (mm)

b) Folga entre cabos e duto

Folga mínima (F) é aquela destinada a evitar que o cabo superior seja pressionado contra o topo do duto, quando três
cabos são instalados em um duto.

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A folga deve se situar entre 6 a 25 mm, com o maior valor sendo usado para os cabos de maiores dimensões,
puxamentos mais severos e trechos com curvas.

Para cabos dispostos com configuração triangular em um duto, a folga pode ser determinada pela equação:

2
⎛ d ⎞
F = 0 ,5D − 1,366d + 0 ,5(D − d ) 1 − ⎜ ⎟ (2)
⎝D−d⎠

Onde:
D - diâmetro interno do duto (mm)
d - diâmetro externo de cada cabo (mm).

A solução gráfica para a equação 3.2 é apresentada pelo Gráfico I.

c) Curvatura admissível dos cabos

Para cabos com isolação polimérica, são apresentados abaixo os valores dos raios mínimos sob os quais os cabos
isolados (unipolares e multipolares) podem ser curvados em estado permanente durante as instalações. Estes limites
não se aplicam a dutos curvos, roldanas ou outra qualquer superfície curva sobre a qual o cabo será tracionado durante a
instalação. Maiores raios de curvatura são necessários nestas condições. Em todos os casos o raio mínimo especificado
se refere à superfície de contato do cabo com o caminho curvo e não ao seu eixo.

a) Cabos de energia sem blindagem metálica ou armação, dados de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2
Diâmetro externo do cabo Raio mínimo de curvatura como
(mm) múltiplo do diâmetro externo
Até 25 4
De 25 a 50 5
Acima de 50 6

b) Cabos de energia armados ou blindados.

O raio mínimo de curvatura para cabos armados com fitas ou fios ou para cabos blindados deve ser igual a 12(doze)
vezes o diâmetro do cabo.
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2.2 - DETERMINAÇÃO DA TENSÃO MÁXIMA DE PUXAMENTO

Basicamente existem dois modos dos cabos serem tracionados durante o processo de instalação, ou seja: puxamento
pela cobertura e puxamento pelo condutor.

O puxamento pelo condutor deve ser adotado normalmente como regra, pois a tensão máxima permissível será bem
mais elevada do que quando do tracionamento pela cobertura. Este último é normalmente adotado para pequenos
trechos de cabos ou mesmo para a arrumação dos cabos no interior das caixas de passagem (off-set).

A tensão de puxamento, quando este é realizado pelo condutor, não deve atingir um determinado valor que cause um
estiramento do material condutor. Esta deformação, mesmo dentro dos limites elásticos do material, poderá causar
danos permanentes aos cabos de energia devido ao destaque das camadas isolantes e semicondutoras.

O valor limite de tensão para o cobre recozido e para o alumínio duro é de cerca de 7kgf/mm2.

Porém, um valor recomendado para a tensão admissível destes materiais é de 4kgf/mm2.

Esta redução se deve ao fato de que a distribuição de tensões nos condutores não é igual e que mesmo que o puxamento
seja contínuo, este dificilmente será uniforme; conseqüentemente poderá haver picos de tensões e estes não devem
ultrapassar os 7kgf/mm2.
Já para o caso em que o cabo é tracionado pela cobertura, a tensão máxima de puxamento não deve ser maior do que
4kgf/mm2 de condutor, com um máximo de 500 kgf, cujos valores calculados são apresentados na Tabela 3.

O valor máximo de 500kg para tração com camisa de puxamento é o limite que as capas de chumbo podem suportar nos
cabos de papel. É interessante que esse valor seja válido para cabos com cobertura que apresente pouca aderência ao
resto do cabo. Alguns testes limitados indicam que este valor pode ser baixo para cabos com aderência integral, isolação
e cobertura, mas testes mais consistentes são necessários antes que outros valores sejam usados.

Tabela 3
Força máxima de puxamento pelo condutor (σ = 4 kgf mm2)
Seção Força Seção Força
mm2 kgf mm2 kgf
25 100 150 600
35 140 185 740
50 200 240 960
70 280 300 1200
95 380 400 1600
120 480 500 2000

2.3 - DETERMINAÇÃO DO ESFORÇO LATERAL

Outro fator que deve ser considerado para o puxamento de um cabo é o esforço lateral.

Esforço lateral é a força radial exercida sobre a isolação e a cobertura de um cabo, em uma curva, quando o cabo está
submetido a uma tensão de puxamento. Excedendo o valor máximo permissível de esforço lateral, pode ser
comprometida a integridade do cabo.

O esforço lateral máximo não deve exceder 900kgf por metro de raio do caminho curvo por onde passará o cabo de
energia e a 150kgf por metro de raio para cabos de controle.Muitos cabos têm sido seriamente danificados quando
puxados através de curvas muito acentuadas.

Para se evitar isso, o raio das curvas por onde passará o cabo deve exceder, em ordem de prioridade: O valor necessário
para as limitações do esforço lateral, ou 20 vezes o diâmetro externo dos cabos blindados e 12 vezes dos
cabos não blindados.

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O esforço lateral é diretamente proporcional à força de puxamento na saída da curva e inversamente proporcional ao
raio da curva. O esforço lateral que atua sobre um cabo e qualquer curva pode ser estimado a partir das seguintes
fórmulas, em função da geometria do circuito.

a) um cabo por duto

T
EL = S (3)
R
Onde:
Ts = força de puxamento na saída da curva (kgf)
R = raio da curva (m)
EL = esforço lateral (kgf/m)

b) três cabos c/ formação triangular inversa

EL =
(3K O − 2 )TS (4)
3R

Onde:

KO = fator de correção para o puxamento simultâneo (ver equação 8)

c) três cabos c/ formação triangular direta

K 0 TS
EL = (5)
2R

Onde:
KO = fator de correção para o puxamento simultâneo (ver equação 8)

Pelo que foi até aqui exposto, vemos que a força de puxamento de um cabo não deve exceder o menor dos seguintes
valores:

− Tensão permissível no(s) condutor(es);


− Tensão permissível pelo tipo de puxamento;
− Esforço lateral permissível.

2.4 - DETERMINAÇÃO DO LANCE MÁXIMO DE PUXAMENTO

O máximo lance de um ou mais cabos que podem ser instalados de uma só vez depende de inúmeros fatores, tais como:
lance máximo de fabricação para o cabo, tensão máxima de puxamento, coeficiente de atrito entre cabo e duto, número
de cabos a serem instalados simultaneamente e massa dos cabos.

No caso de instalações de cabos em dutos, a tendência normal do projetista é no sentido de diminuir o número de caixas
de emenda ao longo da rota e com isto minimizar a necessidade de confecção de emendas.

Porém, quanto maiores forem os lances entre caixas, maior será o custo de manutenção do sistema no caso de
substituição de lances defeituosos.

Um balanço técnico e econômico deve normalmente ser efetuado, mas em casos de rotas retilíneas de sistemas de
distribuição urbanos ou mesmo industriais a distância típica de 80m - 150m entre caixas pode, algumas vezes, atingir
aos 300m

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Para um trecho retilíneo, o máximo comprimento de cabo a ser instalado pode ser determinado pela equação:
nσA
L = (m ) (6)
µP

Onde:

n = número de cabos instalados simultaneamente


σ = tensão máxima admissível (kgf/mm2)
A = área total do condutor (mm2)
µ = coeficiente do atrito efetivo (µ = µo x ko)
P = massa total dos cabos (kg/m)
µo = coeficiente de atrito entre cabo e duto
ko = fator de correção para o puxamento simultâneo

Quando dois ou mais condutores são puxados simultaneamente no interior de um duto, surge uma múltipla ação entre os
cabos e o duto que causa um aumento efetivo da força de puxamento. Este acréscimo depende da relação dos diâmetros
dos cabos e dutos e do tipo de formação atingida pelos cabos durante a instalação.

Para o caso da instalação de dois cabos por fase ou de cabos multipolares triplexados, o fator de correção para
puxamento simultâneo pode ser determinado por:

1
K0 = (7)
1 − [d /(D − d )]2

Onde:

D = diâmetro interno do duto (mm)


d = diâmetro externo do cabo (mm)

Já para o caso do puxamento simultâneo de três cabos unipolares, a configuração final estabelecida pelos cabos depende
da folga existente entre os cabos e o duto. Esta configuração tanto pode ser triangular direta como inversa e,
normalmente, é tomado um fator de correção médio para estas duas configurações.

Para o caso de uma configuração triangular inversa, o fator de correção para puxamento simultâneo pode ser
determinado por

2
⎡ d ⎤
K o = 1 + 1,33 ⎢ ⎥ (8)
⎣ (D − d ) ⎦

configuração
triangular
inversa

A solução gráfica da equação 7 é apresentada no Gráfico II.

O valor médio do fator de correção para puxamento simultâneo pode ser obtido a partir do Gráfico III.

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GRÁFICO II

Ko
2,0

1,8

1,6

1,4

1,2

D/ d
1,0
2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2

A força final de puxamento será fundamentalmente afetada quando da existência de curvas no trajeto da instalação, face
à pressão que os cabos irão exercer sobre a parede do duto.

Estas curvas poderão ser traduzidas num acréscimo do comprimento real do trecho denominado de comprimento virtual
da instalação e que pode ser determinado pela equação:

2
⎛R⎞
Leq = L 1 cosh µα + senh µα L21 + ⎜⎜ ⎟⎟ (9)
⎝µ⎠

Onde:

Leq = comprimento equivalente total (m)


L1 = comprimento retilíneo na entrada da curva (m)
µ = coeficiente de atrito efetivo
α = ângulo da curvatura (radianos)
R = raio de curvatura (m)

No caso em que L1 for maior do que 10R/µ, o comprimento equivalente será aproximadamente igual a:

Leq ≅ L 1 e µα (10)

Para o caso comum em que µ = 0,5 temos:

Tabela 4
α 15º 30º 45º 60º 75º 90º
eµ α
1,14 1,30 1,48 1,68 1,92 2,19

Quando são instalados grandes comprimentos de cabos ou existem excessivas curvas no trajeto, os esforços calculados
podem se situar próximo à força máxima de puxamento permissível pelo cabo. Neste caso, é recomendado o uso de
dinamômetros a fim de medir e controlar os valores das tensões verificadas durante o puxamento.
O dinamômetro pode ser acoplado ao carro guincho ou fixado no local para onde o cabo vai ser puxado. Um esquema
normalmente utilizado pode ser visto na figura abaixo.

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Leitura no dinamometro
F=
2. cos(β / 2 )

Tabela 5
β ½ cos (β/2) β ½ cos (β/2)
oº 0,500 110º 0,872
30º 0,518 120º 1,00
45º 0,541 130º 1,18
60º 0,577 140º 1,46
90º 0,707 150º 1,93
100º 0,778 160º 2,88

Para que os esforços sejam mínimos, os cabos devem ser lançados, sempre que possível, da caixa mais próxima a
eventuais curvas no trajeto.

2.5 - EQUAÇÕES PARA O CÁLCULO DA FORÇA DE PUXAMENTO

Uma vez abordados os parâmetros e seus limites, vamos discutir as equações para cálculo da força de puxamento.

a) Puxamento horizontal

Trecho reto: T = K 0 µ 0 PL(kgf ) (11)

Tm
Comprimento máximo: Lm = (m ) (12)
K 0µ0P
b) Puxamento em plano inclinado
(onde “a” é o ângulo com a horizontal, em radianos)

Para cima: T = PL (sen a + K o µ o. cos a) (13)

Para baixo: T = - PL (sen a - K o µ o cos a) (14)

c) Puxamento com curva horizontal


(onde “α” é o ângulo da curvatura, em radianos)

TS = TE cosh K 0 µ 0 α + (senh K 0 µ 0 α ) (TE )2 + (PR )2 (15)

Onde:
TS = força na saída da curva
TE = força na entrada da curva

d) Puxamento com curva horizontal


(aproximações)

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se TE > 10 PR então: (16)

TS ≅ TE e K0µ0α (17)

e) Puxamento com curva vertical (puxamento para cima)

e.1) Concavidade para baixo (Equação 18)


e.2) Concavidade para cima (Equação 19)

f) Puxamento com curva vertical (puxamento para baixo)

f.l) Concavidade para baixo (Equação 20)


f.2) Concavidade para cima (Equação 21)

g) Puxamento com curva vertical (aproximação)

se TE > 10 PR então: (22)

TS ≅ TE e K0µ0α (23)

Uma curvatura implica em fator de multiplicação da força de entrada na curva. Por isso deve-se calcular a força
requerida para o puxamento em ambas as direções. Puxa-se na direção que requeira a menor força.

e.1) TS = TEeK 0µ0α + PR


1 + (K 0µ0 )2
[2K µ e
0 0
K 0µ0 α
sen α + (1 − K o2µo2 )(1 − eK 0µ 0α cos α) (18)]

e.2) TS = TE e K0µ0α −
PR
1 + (K 0 µ 0 )2
[2K µ 0 0 sen α − (1 − K o2 µ o2 )(e K0µ0α cos α) (19) ]

f.1) TS = TE e K 0µ0α +
PR
1 + (K 0 µ 0 )2
[2K µ 0 0 sen α − ( 1 − K o2 µ o2 )(e K 0µ0α cos α ) (20) ]
PR ⎡ K 0µ 0 α K 0µ 0 α ⎤
f.2) T S = TE e K 0 µ 0 α − ⎢2K 0 µ 0 e sen α + (1 − K o2 µ o2 )(1 − e cos α )⎥ (21)
1 + (K 0 µ 0 ) 2 ⎣ ⎦

Exemplo de Aplicação

Instalação de três cabos unipolares 240 mm2, 12/20 kV em duto de PVC, conforme o esquema abaixo:

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Dados:
− Diâmetro do cabo - 40,0 mm
− Massa do cabo - 3,044 kg/m
− Seção dos condutores - 240 mm2

a) Determinação do duto mínimo adequado

d = 1,15 x 40 d = 46 mm
De acordo com a Tabela I
D = 5” (127mm)

Verificação da possibilidade de esmagamento

2,8 x 46 = 129 mm > D

b) Determinação da máxima força admissível no puxamento

Fadm = n(σA) = 3 (4 x 240) = 2880 kgf

c) Determinação do máximo comprimento retilíneo permissível

Fadm
L=
µP

c.1) Determinação de Ko

D 127
= = 2 ,76
d 46

O valor médio do fator de correção é obtido através do Gráfico III:

KO = 1,3.

c.2) Determinação do coeficiente de atrito efetivo.


Considerando dutos de PVC:
µO = 0,35

µ=KOµO=1,3 x 0,35 = 0,455

Logo:

2880
L= = 693m
0 ,455 × 3 × 3,044

d) Determinação do comprimento virtual da instalação

2
⎛R ⎞
Leq c = L 1 cosh µα 1 + senh µα 1 L 21 + ⎜⎜ 1 ⎟⎟
⎝ µ ⎠
2
= 120 cosh (0,455 x 0,523) + senh (0,455 x 0,523) 120 2 + ⎛⎜ 0 ,8 ⎞⎟ =
⎝ 0 ,455 ⎠
= 152 m

Adotando a equação aproximada:

Leqe = (Leqc + L2) e µ α2 =167 x e (0,455 x 0,785) = 239 m


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Leqg = (Leqe. + L3) e µ α3 = 309 x e (0,455 x π/2) = 631m

LV = Leqg + L4 = 631 + 10 = 641 m

e) Cálculo da máxima força durante o puxamento

T = LV µ Pt = 641 x 0,455 x 3 x 3.044 = 2663 Kgf

Comparando-se os valores dos itens “b” e “e”, concluímos que o esforço máximo de puxamento para os 641 metros
virtuais encontra-se dentro do limite admissível para o puxamento simultâneo de 3 condutores de 240 mm2

Entretanto, é necessário verificar ainda se os esforços laterais não excederão o limite de 450 kgf por metro de raio dos
caminhos curvos.

Para os valores de R1 = R2 = R3 = 0,80 m, teremos:

ELadm = 600 Kgf/m

• E LC =
(3K O − 2 )TS onde Ts = Tc
3×R
TC= Tb x e µα1
Tb = µ LP = 0,455 x 120 x (3 x 3,044) = 499kgf

Tc = 499 x e (0,455 x 0,5230) = 633 kgf


(3 × 1,3 − 2 ) × 633
E LC = = 502 kgf / m (E LC < E Ladm )
3 × 0 ,80

• E Le =
(3K O − 2 )TS onde Ts = Te
3×R

Te= Td x e µα2

Td = Tc + Tcd = 633 + 0,455 x 15 x 3 x 3,044 = 695 kgf

Te = 695 x e 0,455 x 0,785 = 993 kgf

(3 × 1,3 − 2 ) × 993
• E Le = = 787 ,2 kgf / m (E Le < E Ladm )
3 × 0 ,80
• E Lg =
(3K O − 2 )TS onde Ts = T
g
3×R

Tg= Tf x e µα3

Tf = Te + Tef = 993 + 0,455 x 70 x 3. x 3,044 = 1284 kgf

Tg = 1284 x e (0,455 x π/2) = 2624 kgf

(3 × 1,3 − 2 ) × 2624
E Lg =
0 ,80
(
= 2076 kgf / m E Lg > E Ladm )
Concluímos, então, que não é possível o puxamento de “A” para “H”, porque o limite máximo de esforço lateral
permissível no ponto “G” seria excedido.

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f) Determinação do comprimento virtual de “H” para “A”.

Leqf = L1 eµ α3 = 10 x e(0,455 x π/2) = 20,4 m

Leqd = (Leqf + L3) eµ α2 = 90,4 x e (0,455 x 0,785) = 129m

Leqb = (Leqd + L2) eµ α1 = 144 x e (0,455 x 0,523) = 183m

LV = Leqb + 120 = 183 + 120 = 303 m

g) Cálculo da máxima força de puxamento de “H” para “A”.

T = Lv µ Pt = 303 x 0,455 x 3 x 3,044 = 1259 kgf

h) Cálculo dos esforços laterais

• E Lf =
(3K O − 2 )TS onde Ts = Tf
3× R

Tf = Leqf x µ x Pt = 20,4 x 0,455 x 3 x 3,467 = 97 kgf

1,9 × 97
E Lf = = 69kgf / m (E Lf < E Ladm )
3×R

• E Ld =
(3K O − 2 )TS onde Ts = Td
9 ,84 × R

Td = Leqd x µ x Pt = 129 x 0,455 x 3 x 3,044 = 536 kgf

1,9 × 536
E Ld = = 423,12kgf / m(E Ld < E Ladm )
9 ,84 × 0 ,80

• E Lb =
(3K O − 2 )TS onde Ts = Te
3× R

Tb = Leqb x µ x Pt = 183 x 0,455 x 3 x 3,044 = 760 kgf

1 ,9 × 760
E Lb = = 600 kgf / m (E Lb < E Ladm )
3 × 0 ,80

Verificamos que puxando de “H” para “A” teremos uma sensível redução, tanto na tensão sobre os condutores como
também no esforço lateral que será exercido sobre os cabos ao longo das curvas existentes no trecho, comportando-se os
valores finais dentro dos limites máximos admissíveis.

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2.6 - ACESSÓRIOS PARA INSTALAÇÃO
Para se instalar economicamente um cabo em dutos subterrâneos, sem perdas adicionais, equipamentos simples e
eficientes devem ser utilizados para facilitar os trabalhos, sendo de real importância uma inspeção periódica para avaliar
seu estado e evitar imprevistos quando da época das instalações.

a) alças de puxamento - São dispositivos utilizados para tracionar o


cabo ou cabos a serem instalados onde a tensão de puxamento atinge
um valor tal que não permite a utilização de camisas de puxamento.
Nelas são introduzidos os condutores, sendo a união feita por meio de
solda com liga de estanho e chumbo.
Normalmente são confeccionadas em ferro fundido mas
preferivelmente em bronze.

b) boquilha - Equipamento destinado a proteger o cabo de energia


contra possíveis danos a que está sujeito quando de sua entrada no
duto, face às quinas deste. É engatado na boca dos dutos.

c) camisas de puxamento - São normalmente utilizadas para


tracionar cabos de seções menores, em dutos subterrâneos onde a
força de puxamento está dentro dos limites permissíveis pela
cobertura do cabo. São constituídas pelo trançamento de cabos de aço
formando uma malha aberta. São instaladas na extremidade do cabo
de modo que, quanto maior força tensão de puxamento, maior será a
pressão exercida sobre a cobertura do cabo.

d) destorcedor - Importante equipamento para ser instalado entre o


cabo de aço e a alça de puxamento para evitar que esforços de torção
danifiquem o cabo de energia ou o cabo de aço durante a instalação.
Em geral, é apresentado em diversas formas, fabricado em aço, para
cargas de diversas tensões.

e) elo - Elemento empregado para a conexão entre destorcedor e


camisa de puxamento (ou alça de puxamento) e entre destorcedor e
cabo de aço.

f) guias :horizontal e vertical - Armações constituídas de perfis de


aço e roldanas de alumínio ou ferro fundido. São utilizadas para guiar
os cabos nas entradas e no interior de caixas, bem como para permitir
arranjos na caixa por onde será efetuado o puxamento dos cabos.

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g) mandril - Utilizado para a desobstrução e verificação de
irregularidades no interior de dutos. Geralmente constituído de
corpo de madeira e extremidades de aço.

h) mandril de corrente - Utilizado para a desobstrução e


verificação de irregularidades no interior de dutos. Adequado para a
retirada de pontas de cimento, camadas de lama, etc.

i) manilha - Utilizada nas montagens para puxamento na conexão de


elementos.

j) moitão - Utilizado nas montagens para puxamento, permitindo o


desejável direcionamento do cabo de aço.

k) pá para dutos - Utilizada para a limpeza de dutos. É fixada às


varas para duto, mediante engate com peça rosqueada. Possui uma
tampa articulada para o interior que, após o recolhimento dos
materiais obstruidores do duto, não permite a saída dos mesmos
durante a operação de limpeza. Há na parte central de seu corpo uma
abertura para a retirada posterior dos detritos.

l) tubos de alimentação – Em caixas de emendas congestionadas


normalmente são utilizados tubos flexíveis que servem de guia para
o cabo desde a entrada da caixa até o duto Estes evitam que os cabos
sejam danificados e possibilitam o aumento da velocidade do
puxamento. Em geral, possuem diâmetro de 100mm comprimento de
2m.

m) varas para dutos - São utilizadas para limpeza e desobstrução de


dutos, assim como para o lançamento da corda guia. São geralmente
confeccionadas em madeira de lei, tubos de aço ou fibra de vidro,
com engate de bronze, latão ou tubo de aço. Medem cerca de um
metro de comprimento.

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2.7 - PREPARATIVOS PARA A INSTALAÇÃO DE CABOS EM DUTOS
Antes de iniciar-se os trabalhos de instalação, faz-se uma inspeção de todas as caixas de acesso existentes no trecho de
lançamento, verificando seu estado geral, notadamente quanto à presença de água, gases, combustíveis e óleos,
elementos esses não desejáveis durante a execução dos trabalhos.

Atenção especial deve ser dada às caixas através das quais serão puxados os cabos. Há de se observar se nessas caixas
estão devidamente instaladas as alças de fixação dos suportes para puxamento de cabos. Em tal vistoria, deve-se atentar
também quanto à necessidade de ferramentas ou maquinário especial para permitir o puxamento.

a) Preparação dos dutos

Uma vez feita a inspeção das caixas, é necessário a preparação dos dutos para a instalação dos cabos. Essa preparação
envolve o teste de sua aptidão para receber o cabo e a passagem do cabo de aço que será usado para o puxamento do
cabo de energia.

O teste do duto e a passagem do cabo de aço devem ser feitos pouco antes do lançamento do cabo de energia. Com
isso, evita-se que haja danos no cabo de energia em decorrência de possível entrada de objetos estranhos no duto
durante o intervalo de tempo entre o preparativo do duto e o lançamento do cabo de energia.

O teste de aptidão do duto consiste na verificação da existência de irregularidades no interior do mesmo, tais como
resíduos de sua construção (pedaços de concreto), pedras, lama e outros objetos possíveis de impedir a passagem do
cabo ou mesmo danificá-lo.

Essa verificação é feita com a passagem pelo duto de um mandril de diâmetro apropriado ou, quando se dispõe de
compressor, de uma bola de isopor também de diâmetro adequado. A passagem do mandril é feita com o uso de uma
corda ou cabinho de aço. Para a passagem da corda ou cabinho de aço, alguns métodos podem ser citados: a utilização
de varas para duto; passagem de uma bola de isopor acoplada com um fio de nylon ou pela utilização de guias de
passagem constituídas por vibra de vidro impregnada por resina epóxi e protegida por filme de polietileno.

No caso do uso de varas para duto, estas são encaixadas uma a uma na caixa por onde será lançado o cabo de energia, e
introduzidas para dentro do duto.

Quando a primeira vara aparecer na caixa seguinte, é fixada à sua extremidade a corda guia com que se fará o
puxamento do mandril. O conjunto será puxado para a caixa de lançamento, à medida que as varas forem sendo
desconectadas.

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Quando um duto atravessar uma caixa intermediária em situação bem próxima da linear, as varas poderão passar
diretamente pela caixa sem a necessidade de serem desengatadas, de modo que essas varas, ao mesmo tempo que são
retiradas de um lance, são enfiadas no lance seguinte.

Embora outros métodos mais eficientes e menos trabalhosos tenham sido desenvolvidos para substituir o uso de varas
para dutos, estas quase sempre serão necessárias em lances difíceis ou para uso com os equipamentos de limpeza.

A passagem de um fio de nylon, puxado por uma bola de isopor que atravessa o duto por ação de jatos de ar, é um
método bastante rápido e eficiente. Esse método, quando usada uma bola com diâmetro suficientemente grande, pode
não só servir para a passagem da guia para puxamento como também para denunciar, de antemão, a existência ou não
de obstáculos à passagem do cabo de energia.

A bola de isopor leva o fio de nylon através do duto, mediante o uso de um compressor de ar.

Quando a bola de isopor atingir a caixa seguinte, fixa-se a guia de puxamento à linha de nylon e puxa-se até a caixa de
lançamento.

A passagem de guia de fibra de vidro é um método bastante simples e eficaz em dutos com baixo nível de obstrução.
Estas guias geralmente possuem diâmetros de 9mm ou 11mm e são disponíveis em comprimentos de 60m a 300m.

Feita a passagem da guia de puxamento pelos métodos acima descritos pode-se passar pelo duto um mandril seguido de
uma escova de aço.

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O mandril deverá ter um diâmetro de 6 a 12mm menor que o diâmetro do duto. Outra recomendação é que o mandril
tenha no mínimo 6mm a mais de diâmetro do que o cabo a ser puxado.

Se o mandril passar pelo duto sem problemas, pode-se considerar as instalações aptas para o lançamento do cabo de
energia. Todavia, se surgirem obstáculos, deve ser feita a desobstrução do duto.
Para esse fim, lança-se mão de dispositivos de limpeza tais como pá para duto, mandril de correntes e escovas de aço ou
mesmo da aplicação de jato de água sob pressão capazes de retirar o obstáculo.
Alguns métodos de desobstrução podem ser observados nas figuras que se seguem.

PÁ PARA
DUTO

É importante atentar para que os instrumentos de limpeza e desobstrução do duto tenham diâmetro suficientemente
grande para garantir a passagem segura do cabo ao longo do duto.

Sempre que um dispositivo de limpeza for puxado através do duto, deverá ter fixado na sua parte traseira outra corda
guia, quer para o puxamento de outros dispositivos, se necessário, quer para a passagem do cabo de aço para puxamento
do cabo de energia.

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b) Preparação das caixas

b.1) Caixa por onde se fará o puxamento

A preparação da caixa de puxamento para a instalação ou remoção de um cabo deve adaptar-se às condições internas da
caixa e da superfície do terreno.

Ela será bastante simplificada quando nas paredes da caixa existirem alças de fixação.

Nesse caso, um moitão é fixado à alça para guiar o cabo de puxamento em linha com o duto, enquanto uma guia
horizontal é fixada à entrada da caixa para guiar o cabo de aço até o guincho. Deve-se instalar entre o moitão e a alça
de fixação um dinamômetro para leitura das tensões de puxamento.

Quando a posição relativa entre duto e alça de fixação for tal que não permita o alinhamento do cabo de aço com o duto,
pode-se lançar mão da guia vertical para esse alinhamento.

Na inexistência de alças de fixação nas paredes da caixa, outros arranjos deverão ser efetuados. Uma solução seria a
utilização de um suporte telescópico de aço. Esse equipamento possui uma alça ajustável próxima a sua base. Ele é
apoiado entre o teto e o piso da caixa, de tal forma que suportará a tensão de puxamento.

Uma vantagem do tubo telescópico é que ele pode ser usado em caixas de diferentes alturas, sem grande gasto de tempo
e mão-de-obra.

Todavia, na falta desse equipamento, diversos outros arranjos podem ser idealizados mediante o uso de tubos de aço e
abraçadeiras tipo Mills.

Esses tubos, devidamente apoiados entre teto, piso e paredes da caixa, permitem a obtenção de um suporte para a
fixação do moitão e do dinamômetro.
A desvantagem na utilização desse tipo de arranjo (montagens com tubos de aço) é o dispêndio de tempo e mão-de-obra
na sua montagem e desmontagem.

De um modo geral, mais de um tipo de arranjo será necessário para o puxamento de cabos nos vários tamanhos e
formatos de caixas. Um dos aspectos a se considerar no uso de qualquer um desses arranjos é a facilidade com a qual
ele pode ser montado e o tempo necessário para a sua instalação. O número e a localização dos cabos na caixa também
deverão ser levados em consideração na escolha do tipo de arranjo a ser usado.

GUIA HORIZONTAL

.
.
MOITÃO
.
.
DINAMÔMETRO
.
ALÇA DE FIXAÇÃO

SUPORTE
TELESCÓPIO

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b.2) Caixas intermediárias

A preparação das caixas intermediárias será regida, fundamentalmente, pelo grau de alinhamento dos dutos por onde
passará o cabo de energia. Quando o banco de dutos passa linearmente pela caixa intermediária, a única providência
recomendável seria a instalação de uma guia horizontal para evitar que as quinas dos dutos provoquem danos ao cabo.
O uso de boquilha também é indispensável nesse caso.

Quando os dutos não são alinhados, obrigatoriamente deverão ser empregados guias ou roletes que dêem ao cabo a
curvatura adequada para evitar o seu esmagamento à saída e entrada dos dutos.

Nessas situações, dever-se-á ter sempre em mente que as curvas provocadas pelos roletes não tenham raio inferior a
12/20 vezes o diâmetro externo do cabo que está sendo lançado.

Outra observação importante é que os roletes tenham sua superfície côncava, de modo a acomodar o formato cilíndrico
do cabo, evitando, assim, possíveis danos ao mesmo.

b.3) Caixa de lançamento do cabo

A preparação da caixa de lançamento consiste num adequado posicionamento da bobina à sua entrada, e o uso do tubo
de alimentação. Com isso, haverá maior segurança para o cabo a ser lançado, economia de mão-de-obra e maior
rapidez no lançamento.

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c) Uso de lubrificantes

A lubrificação dos cabos para o lançamento será tão mais importante quanto maiores forem o comprimento do duto, o
número de curvas do trajeto e o diâmetro do cabo. As principais características a serem observadas na escolha de um
lubrificante são sua eficiência na redução do atrito entre cabo e duto, sua fácil aplicação e a garantia de que não
prejudicará uma possível remoção do cabo anos mais tarde.

Os principais tipos de lubrificantes usados na instalação de cabos são constituídos de sabão, graxa neutra ou talco.

O lubrificante deve ser aplicado, diretamente no cabo, à medida que este vai entrando no tubo de alimentação.
Igualmente, sua aplicação se faz necessária durante a passagem do cabo pelas caixas intermediárias.

2.8 - O PUXAMENTO

Uma vez concluídos todos os preparativos, inicia-se o puxamento mediante o tracionamento do cabo de aço. Para
maior segurança na execução do serviço, é interessante o emprego de meios de comunicação entre os operários
envolvidos. Geralmente, empregam-se rádios transceptores de baixa potência ou são usados sinais devidamente
codificados. Os pontos em que se requerem essas comunicações são:

a) junto ao carretel do cabo;


b) nas caixas intermediárias;
c) caixa de puxamento;
d) junto ao guincho.

Com o emprego da comunicação entre esses pontos, é possível a coordenação dos movimentos, controle da velocidade
de puxamento e imediata parada do puxamento no caso de anormalidade em qualquer ponto sob observação.

3 - ASPECTOS GERAIS DA INSTALAÇÃO DE CABOS DIRETAMENTE NO SOLO


Esta modalidade de instalação vem sendo utilizada há vários anos na Europa, para cabos de transmissão e distribuição
subterrânea, como regra e com grande êxito.

Nos Estados Unidos esta prática vem sendo utilizada principalmente em sistemas de distribuição residenciais subterrâneos
(URD).

No Brasil esta técnica, antes restrita a cabos armados de baixa tensão instalados sob calçadas e a cabos de iluminação
publica instalados em parques e jardins, vem se difundindo cada vez mais objetivando uma maior economia dos
sistemas subterrâneos e tem sua aplicação generalizada em áreas de condomínios e em alguns sistemas industriais.

A tendência, é da especificação de cabos de baixa tensão mutipolares armados e de cabos de média tensão unipolares
triplexados não armados, sendo que neste caso a responsabilidade da proteção contra danos mecânicos, provenientes de
escavações, fica por conta de lajotas de concreto dispostas ao longo da rota dos cabos ou simplesmente por fitas de
polietileno com inscrições de alerta.

3.1 - MÉTODOS DE LANÇAMENTO

Basicamente existem dois métodos para a instalação de cabos diretamente no solo, ou seja:

I. lançamento direto na vala

II. puxamento sobre roletes

O lançamento direto dos cabos na vala é o normalmente preferido, pois dispensa o uso de acessórios especiais e não
submete o cabo a esforços de tração durante a instalação. No entanto, a dificuldade quase sempre consiste na obtenção
de espaço físico para o deslocamento do carretel ao longo da rota do sistema.

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A limitação do lance a ser instalado se deve principalmente à existência de obstáculos ao longo da rota, ou sejam:
tubulações de água, gás, óleo, etc. e ao lance máximo de fabricação do cabo.

Neste caso a instalação pode ser simultânea com a abertura da vala, ou seja a bobina de cabo é acoplada a uma
escavadeira específica que ao mesmo tempo que abre a vala lança o cabo.

O puxamento sobre roletes é o ideal sob o aspecto da flexibilidade operacional para locais com interferências, pois a
bobina permanece alocada em um único ponto durante todo o lançamento.

São dispostos roletes, ao longo da rota, espaçados de 0,8 a 1,2m, sobre os quais é lançado o cabo. O puxamento,
dependendo do esforço durante a instalação, pode ser feito por meio de camisas ou alças de puxamento e, entre o cabo
de energia e o cabo de aço deve ser instalado o destorcedor para evitar a propagação de esforços de torção.
Para a determinação dos esforços e lances máximos de instalação pode ser tomado 0,25 como sendo o valor médio do
coeficiente de atrito entre cabo e roletes.

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3.2 - EXECUÇÃO DAS OBRAS CIVIS NA INSTALAÇÃO

a) Escavação

Corta-se a pavimentação exatamente conforme a marcação; a vala deve ser escavada sobre a linha marcada tendo as
paredes perpendiculares até atingir a profundidade necessária, considerando as indicações do projeto e as dimensões
padronizadas das valas.

Sempre que o terreno for de baixa resistência, deve ser previsto um escoramento pleno, com pranchas de 20 mm de
espessura.

Um espaçador de 75 x 75 mm deve ser colocado a cada 2 m para o escoramento das pranchas. O material escavado
deve ser depositado afastado pelo menos de 50 cm da borda da escavação.
Quando a abertura total não for possível, a vala deverá ser escavada sempre numa extensão 20 m superior ao lance do
cabo a ser instalado.

O fundo da vala deverá ser uniformemente desbastado.

Em terrenos de baixa capacidade de sustentação, e nos casos em que a vala foi reenchida, deve-se compactar o seu
fundo.

A camada de areia (terra passada em peneira de 3/8”), que serve de apoio aos cabos, deve ter uma espessura uniforme
de 10 cm, ser compactada no fundo da vala e estar isenta de poços de água.
Quando da modificação da direção, os raios de curvatura da vala, tanto vertical como horizontal, deverão ser de no
mínimo 20 vezes o diâmetro externo do cabo a ser instalado.

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Quando de travessias de vias em dutos, nas embocaduras destes, a vala deverá ser de cada lado 30 cm mais larga e mais
profunda do que o banco de dutos. numa extensão de 1 m .

A vala, nos dois lados de bancos de dutos, deverá acompanhar, tanto horizontal quanto verticalmente, o alinhamento
dos dutos, por uma extensão de 2 m antes de iniciar eventuais curvas.

b) Caixas de emendas

As caixas deverão ser plenamente escoradas com pranchões de 20mm de espessura.

O fundo da caixa deverá ser uniformemente desbastado e posteriormente compactado. A areia (terra passada em
peneira de 3/8”) que serve de apoio aos cabos deve ser compactada e posteriormente protegida por pranchões de
madeira a fim de não ser afetada durante a confecção das emendas.

Para maior facilidade de confecção das emendas, as caixas deverão ter uma profundidade igual à da vala mais 20 cm,
sendo que a queda deverá ser suave e iniciada a 50 cm da sua embocadura, conforme esquema abaixo.

Logo após o lançamento dos cabos e confecção das emendas, deverá ser iniciada a cobertura dos cabos com terra
passada em peneira de 3/8” que deverá ser também compactada. As pranchas de escoramento deverão ser retiradas
somente após a colocação e compactação da camada de areia sob as lajotas de proteção.

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3.3 - RECOMENDAÇÕES PARA A TRAVESSIA DE VIAS

As travessias de vias de tráfego podem ser divididas em dois padrões distintos:

a) Travessia com instalação em dutos

b) Travessia com instalação em valas

No crédito de escolha do tipo de travessia, deve se levar em consideração os seguintes itens:

a) Possibilidade de interrupção do tráfego

Quando da instalação dos circuitos, deve-se prever a interrupção pelo tempo necessário à abertura da vala, preparação
do leito dos cabos, puxamento dos cabos, reaterro e pavimentação.
Quando da manutenção corretiva, deve-se prever a interrupção pelo tempo necessário à abertura da vala, retirada do
cabo ou circuito defeituoso, lançamento dos cabos, confecção de emendas, reaterro e pavimentação.

Neste particular, existe ainda a possibilidade de “repuxar” o cabo para a confecção de emendas no próprio lance
defeituoso.

Havendo estas possibilidades, deve-se dar preferência à instalação em valas.

Onde existe tráfego leve, é recomendada ainda a alternativa de construção de valas, com portes em pranchões de aço.

b) Impossibilidade de interrupção do trafego

Nos casos de grandes avenidas de tráfego intenso ou vias de acesso que não podem ter seu tráfego obstruído por longos
períodos, deve-se optar pela solução de travessias em dutos, pois estes permitem sua construção independentemente do
lançamento dos cabos, bem como, quando de eventual. manutenção nos cabos ou circuitos, não haverá interrupção.

Para facilidade das obras civis, podem ser previstos trechos diretamente enterrados intercalados por linhas de dutos .
Quando da especificação das linhas de dutos, devem ser observados os padrões que regem a sua construção.

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Em casos de travessias tem sido cada vez mais frequente o uso de Perfuratrizes Horizontais Direcionais para a
instalação de dutos pelo método não destrutivo.

Perfuração Direcional

3.4 - DIMENSIONAMENTO DAS VALAS E DISPOSIÇÃO DOS CIRCUITOS

O dimensionamento das valas é função do número de circuitos instalados e da localização das instalações e pode seguir
os seguintes critérios:

a) circuitos de média tensão

Os cabos, quando singelos, no caso de serem instalados em trifólio, devem sofrer uma amarração em espaços regulares
a fim de garantir esta configuração. Cabos triplexados são favoráveis neste sentido, pois dispensam as amarrações.
Se instalados na pista de rolamento, a vala deverá ter uma profundidade de 80cm. Já nos casos de instalação sob
calçadas de pedestre, estas poderão ter uma profundidade de 60cm.

b) circuitos de baixa tensão


As dimensões das valas podem ser idênticas às dos circuitos de média tensão.

c) circuitos conjugados
São consideradas valas conjugadas as que abrigam circuitos de média tensão e circuitos de baixa tensão.

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4. - ENSAIOS DO DIELÉTRICO ANTES E APÓS A INSTALAÇÃO

Nesta fase, estabelecemos as condições gerais que devem ser observadas quando do ensaio de tensão no dielétrico para
cabos de energia, baseadas nas recomendações das normas de fabricação e experiências de concessionárias de energia
elétrica adquiridas ao longo do tempo.

Quando se testa um circuito subterrâneo, após a sua instalação e antes da sua entrada em serviço, estará sendo verificada
a sua confiabilidade no que se refere à instalação propriamente dita e à montagem dos acessórios (emendas e terminais).
Com isto, estará sendo garantido o seu desempenho perante todo o sistema elétrico a ele associado.

Por outro lado, a experiência nacional e internacional das concessionárias de energia elétrica tem demonstrado que
testes consecutivos e prolongados, durante o período de vida ativa dos cabos, levam a um envelhecimento precoce do
dielétrico. Trataremos aqui principalmente de ensaio em corrente contínua, pois este está condicionado aos seguintes
fatores:

• Os ensaios com tensão alternada exigem equipamentos de grandes dimensões e alto custo, devido à necessidade de
grandes potências.
• Os ensaios com tensão alternada, em cabos longos, produzem altos valores de corrente de carga.
• Os ensaios com corrente contínua são menos destrutivos do que os em corrente alternada.
• Os ensaios com corrente contínua são os previstos nas Normas dos Cabos de Potência.

Os ensaios de muito baixa freqüência (Very Low Frequency - VLF) tem seu campo de aplicação recém desenvolvido e
somente agora passam a ser introduzidos para cabos de média tensão e, serão tratados em 4.2.

4.1 - ENSAIOS NO DIELÉTRICO

Em última análise, existem três períodos distintos para serem efetuados os ensaios de tensão aplicada no dielétrico, ou
seja: após a fabricação, após a instalação (antes da entrada em serviço) e durante o período de vida ativa dos cabos.

a) Ensaio após a fabricação


Este ensaio é normalmente efetuado pelo fabricante perante inspetor do cliente e fundamentalmente regido pelas
especificações.

b) Ensaio após a instalação (antes da energização)

O cabo ou circuito (incluindo acessórios), imediatamente antes da sua entrada em serviço, poderá ser submetido à
tensão de ensaio em corrente contínua, especificada na Tabela 6, continuamente, durante 15 minutos .

Tabela 6
Ensaios após a instalação

Tensão de isolamento Tensão de teste


kV kV - cc
3,6/6 21
6/10 29
8,7/15 42
12/20 58
15/25 72
20/35 96

Se por motivos de falhas no cabo ou acessórios, o tempo total das aplicações atingir a 30 minutos, o tempo de aplicação
dos eventuais ensaios subseqüentes deve ser reduzido a 5 minutos.

Os ensaios com corrente contínua aplicados à cabos com isolação extrudada, principalmente de instalações antigas,
podem causar o seu envelhecimento precoce. Recomendamos que a instalação, nestes casos, seja testada através de sua
energização sem carga, por um período de 24 horas.

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c) Ensaio durante o período de vida ativa do cabo

No caso em que um cabo ou circuito subterrâneo for retirado de serviço para reparos ou para expansão do sistema,
muitas vezes se deseja testar a sua confiabilidade antes de sua reenergização.

Este tipo de teste serve para detectar possíveis defeitos incipientes causados durante a manutenção ou expansão da rede,
ou mesmo constatar a manipulação imprópria tanto no lançamento como na montagem de acessórios, assegurando as
condições de serviço futuro.

Existem também os testes chamados de “ensaios de manutenção” que são efetuados após a entrada em serviço dos
cabos subterrâneos em qualquer época de sua vida.

Os ensaios de manutenção constituem, em algumas concessionárias de energia elétrica, uma rotina periódica para
assegurar de modo preventivo a confiabilidade de suas linhas subterrâneas de distribuição primária.

Contudo, este procedimento depende mais da filosofia de manutenção e não deve ser tomado como regra, visto que suas
vantagens técnico-econômicas, até hoje, não constituem ponto pacífico.

Um ensaio pode produzir ou precipitar um defeito que jamais ocorreria se o dielétrico não fosse solicitado por tensões
elevadas. Por outro lado, um ensaio preventivo elimina, em momento conveniente, os defeitos incipientes que poderiam
ocorrer durante a operação normal do sistema, provocando transtornos e perdas monetárias.

Os ensaios de alta tensão em cabos de energia, de maneira geral, são utilizados a partir da tensão de isolamento de
3,6/6kV, salvo condições especiais que os justifiquem.
Não existem normas ou padrões que estipulem valores para as tensões/tempo para ensaios durante o período de vida
ativa dos cabos. No entanto, existem filosofias de usuários de cabos de energia para tal procedimento.

Um método utilizado é o de aplicar o equivalente de corrente continua da tensão nominal (2,4 x Vo a 25ºC), de acordo
com a tabela 7, durante 5 minutos consecutivos.

Tabela 7
Ensaios de manutenção
Tensão de isolamento Tensão de teste
kV kV - cc
3,6/6 8,5
6/10 14,5
8,7/15 21,0
12/20 29,0
15/25 36,0
20/35 48,0

4.2 – ENSAIOS DE TENSÃO COM FREQUÊNCIA DE 0,1 Hz - VLF


Os ensaios com “Very Low Frequence” tem sido introduzidos para permitir testar longos comprimentos de cabos no
campo, através de equipamento portátil, sem o risco de introdução de danos permanentes na isolação causados pela
aplicação de potenciais DC.

Por ser um ensaio em corrente alternada o VLF permite avaliar o estado da isolação perante praticamente os mesmos
parâmetros do sistema e não sobre solicita o sistema dielétrico, principalmente durante ensaios de manutenção, de cabos
antigos que contenham “water trees”.

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Apesar das Normas de cabos de média tensão ainda não tratarem desta modalidade de ensaio, projetos de
desenvolvimento já oferecem guias para a tensão de ensaio durante a instalação; de aceitação e de manutenção que
devem ser aplicados por 15 minutos que estão conforme a tabela 8.

Tabela 8
Tensão de Teste (kV) a 0,1 Hz
Tensão
Durante a
(kV) Aceitação Manutenção
instalação
5 12 14 10
15 25 28 22
25 38 44 33
35 55 62 47

4.3 - MÉTODOS DE ENSAIOS

Nos cabos unipolares, a tensão de ensaio deve ser aplicada entre o condutor e a blindagem metálica aterrada, tendo
antes interligado a esta qualquer eventual revestimento metálico componente do cabo.

Nos cabos de três condutores, a tensão de ensaio deve ser aplicada entre cada condutor individualmente e a sua
blindagem. Deve ser notado que as três fases devem ser ensaiadas e que os ensaios são fase-terra.

Quando a tensão é aplicada continuamente, seu aumento deve ser gradativo e uniforme a uma taxa de aproximadamente
1 kV por segundo, de tal forma que a tensão máxima de ensaio seja atingida em não menos de 10 e não mais de 60
segundos.

Quando a tensão máxima de ensaio for atingida, deve-se tomar leituras da corrente de fuga a cada minuto até o término
do ensaio, para que se possa avaliar os resultados.

Ao final do teste em corrente contínua, a tensão deve ser reduzida a zero, porém, uma tensão residual permanece e,
portanto, o cabo deve ser adequadamente aterrado após a realização do ensaio por um período no mínimo igual a duas
vezes o tempo de duração do teste.

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5 - ARMAZENAGEM DOS CARRETÉIS

Um aspecto importante a ser observado antes e durante a instalação de cabos de energia é o do armazenamento dos
carretéis, de modo a garantir a sua integridade e, conseqüentemente, a dos cabos.

Com essa finalidade, é recomendável a adoção dos seguintes critérios de armazenagem:

a) Quando os carretéis estiverem estocados diretamente no solo, a resistência deste deve ser tal que permita a penetração
dos apoios por mais de 20mm, para evitar migração excessiva de umidade na parte inferior dos flanges dos carretéis.

Deverá haver um sistema de drenagem de modo que, em caso de inundação, o nível d'água nunca atinja a parte
inferior dos cabos no carretel.

b) No caso de estocagem por um período superior a 90 dias, recomenda-se o uso de tábua de madeira alcatroada de
25mm de espessura por baixo dos carretéis, ou dormentes, como apoio.

c) Quando o material for estocado ao tempo, por um período superior a 180 dias, os carretéis devem ser cobertos com
uma lona impermeável de boa qualidade para minimizar a ação das intempéries.

d) A cada 12 meses de estocagem, deverá ser feita aplicação de creosoto nas faces externas de ambos os flanges dos
carretéis.

e) Os carretéis mantidos em estoque deverão, obrigatoriamente, ser fechados com réguas de madeira em toda periferia.

f) No caso de utilização parcial de um lance de cabo acondicionado num carretel fechado com réguas de madeira, estas
deverão ser recolocadas tão logo a parte desejada do cabo seja removida.

g) Em todos os casos, quer seja feita uma utilização parcial do lance do cabo, quer seja aberta a vedação da ponta do
mesmo por qualquer motivo, uma nova selagem deverá ser feita. No caso de cabos com dielétricos sólidos, usar
capuzes termo-retráteis ou, na falta desses, aplicam-se 3 camadas de fita autoaglomerante isolante e 2 camadas de
fita adesiva plástica.

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____________________________________________________________________________Engenharia do Produto
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