Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
wagner_g3@yahoo.com
Mestrando em Geografia - Universidade Estadual Paulista – FCT – P. Prudente - SP
INTRODUÇÃO
Tabela 01: Expansão da Zona Urbana e novos loteamentos particulares por décadas
Períodos Área urbana Área Aumento Aumento Nº de Participação de
(por construída agregada médio em % loteamentos2 empresas
décadas) total (km2) em km2 anual (km2) da AUC1 loteadoras (%)
1960 31,79 18,35 1,8 - - -
1970 34,6 24,7 2,3 53 102 54
1980 59,3 29,89 2,98 59,35 34 82,3
1990 89,19 29,32 2,9 41,6 110 80
2000 118,51 30,9 3,1 24 87 80
2007 149,41 - - -
1
: área urbana construída
2
: referentes a iniciativa privada
Fonte: Fresca (2002); Oliveira (2005a e 2005b); Polidoro, Takeda e Barros (2009); Londrina, 2008.
Organização: o autor.
Segundo um estudo realizado por Polidoro, Takeda e Barros (2009) por meio de
técnicas de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto aplicadas à imagens orbitais do
satélite LANDSAT 5, a evolução da mancha urbana de Londrina, no período
compreendido entre os anos 2000 e 2007, demonstra (ver tabela 01) um crescimento da
área urbana construída da ordem de 30,9 km2, aumentando de 118,51 km2 para 149,41
km2, dos quais, 30% constituíam-se de vazios urbanos em 2006, conforme Alves e
Antonello (2009, p. 2)1. Deste total, cerca de 50% correspondiam as amplas áreas não
loteadas e os outros 50% aos lotes urbanos de tamanhos diferenciados, em torno de
250m² a 500m², dispersos por toda a cidade.
1
De acordo com os levantamentos realizados pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de
Londrina (IPPUL) para a revisão e atualização do novo Plano Diretor Participativo.
II - TENDÊNCIAS RECENTES NA EXPANSÃO DAS FRENTES DE
LOTEAMENTO EM LONDRINA
Tabela 02: Total de ocupações residenciais e Tabela 03: População total e área por Zonas
de lotes sem uso por Zonas da cidade de Urbanas da cidade de Londrina – 2000
Londrina nos novos loteamentos – 1998-2007 Zonas População Área em
Zonas Uso Residencial Lotes sem Uso residente ha
Centro 124 40 Centro 86891 1472
Leste 1391 3183 Leste 83655 4900
Norte 1734 4914 Norte 107347 5147
Oeste 483 1573 Oeste 77441 3679
Sul 653 1579 Sul 70072 3886
Fonte: Londrina, 2008, Seção 3.3. Total 424696 19084
Fonte: Londrina, 2008, Seção 3.3.
Mapa 02: Áreas não loteadas e áreas de expansão de Londrina. Fonte: Londrina, 2008, Seção 3.3.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se levarmos em consideração a soma total de áreas aprovadas entre 1998 e 2007,
16.556.793,55 m²; considerando a média de área aprovada por ano de 1.655.679,36 m²,
se a demanda pelas áreas não loteadas até 2007 de 78.237.767,34 m² seguirem a mesma
tendência que tem demonstrado até hoje, haverá disponibilidades de áreas para mais 47
anos2, conforme relatou a pesquisa do PDPML de 2008.
Predomina– isto é, até 2007 – uma tendência declinante da área aprovada pela Diretoria
de Loteamentos da Prefeitura Municipal de Londrina, isto é, um crescimento mais
intenso das áreas loteadas sobre o volume das não loteadas a partir de 1998, cujas linhas
se cruzaram entre 2003 e 2004, e a ultrapassaram, diferentemente do que se observava
antes desse marco.
Um caminho acessível, no entanto necessário, descrever quantitativamente a expansão
da zona urbana e dos novos loteamentos, porém pouco explicativo se a análise fica
somente no nível formal e descritivo. Acompanhar a dinâmica da incorporação de novas
áreas à superfície urbana da cidade requer a análise dos processos e da dinâmica na qual
se encaixa a lógica de atuação dos agentes produtores do espaço urbano. Neste sentido,
reconhece Oliveira (2005b, p. 3) que, analisar o comportamento do parcelamento da
terra e do lançamento de novos loteamentos permite compreender e conhecer agentes
específicos da produção do espaço urbano, as loteadoras, e um elemento chave presente
em suas estratégias, a especulação fundiária.
Atualmente, o entendimento da dinâmica do mercado imobiliário como um todo, e
também em Londrina, requer análises que não se restrinjam apenas àquela apresentada
pelas formas, pelos valores e números. Vários outros processos incidem no padrão de
ocupação residencial de uma cidade, como fatores econômicos, sociais, culturais e
políticos, somando-se à produção social do espaço urbano redefinindo sua estruturação
e, de tempos em tempos, sua reestruturação. A pesquisa, em desenvolvimento, requer a
aplicação de metodologias que identifiquem pontualmente os agentes destes inúmeros
processos e as ligações com as determinantes estruturais e macroeconômicas, visando
compreender a lógica da produção do espaço construído e sua relação com a dispersão
das novas formas urbanas que valorizam o espaço tornando-o objeto de lucros e desejo
para uma minoria e pouco acessível para a maioria marginalizada do direito à cidade.
2
Porém, “esta previsão não pode ser considerada parâmetro para liberação de áreas de expansão, tendo
em vista que não foram consideradas neste cálculo as áreas não loteáveis respeitando as restrições
ambientais como topografia, mananciais, e áreas de reservas florestais, etc. Apenas serve como
diagnóstico para um aprofundamento interdisciplinar e cautela do poder público ao liberar ou transformar
áreas da expansão urbana em loteamentos de maior densidade” (PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO,
2008, Seção 3.3, p. 24).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: