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União Homoafetiva

Família.
Não consta do texto da Constituição de forma determinada, o que se considera
FAMÍLIA.
Porém, a mesma Constituição, cuida de diversas maneiras, de formas especiais
da proteção à família e seus entes.

Numa destas definições, diz que:


Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
...
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e
a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer
dos pais e seus descendentes.
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente
pelo homem e pela mulher.

Destas disposições, saem a raiz para os que não aceitam a união homoafetiva,
“justificar” o impedimento legal desta e suas conseqüências.

Porém, de outra lado, tem-se lá em cima na mesma Constituição, lá naquele


artigo que trata das chamadas GARANTIAS FUNDAMENTAIS de todos os
cidadãos, a determinação do seguinte:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

É aí, que muitos sustentam que diante do estabelecimento da ordem maior e


principal de igualdade do artigo 5º, a restrição do artigo 226 não pode
prevalecer.

Será que quando o artigo 226 foi redigido, algum dos constituintes pensou de
forma absolutamente consciente em barrar a união homoafetiva?

Será mesmo que isto foi feito de forma determinada, com este propósito?

Se o foi, isto aconteceu num outro momento cultural e social.

Tem-se que reconhecer que a Constituição de 1988 criou quase que uma ruptura
entre conceitos de direito, de sociedade, mas principalmente de cidadania em
relação à sua antecessora.

Naquele momento, estava o mundo apenas entrando numa onda de grandes


mudanças e na era da globalização. A tecnologia ainda não havia acelerado à
evolução cultural e social da humanidade para o ritmo desenfreado deste século
21.
Muito provavelmente, diante da formação cultural da Assembléia Constituinte
de 1988, não houve a intenção expressa e proposital de barrar a união
homoafetiva.

Porém, ainda que tivesse havido, o principio maior de igualdade do artigo 5º,
que deve ser o norte para as disposições seguintes, mostra-se acima desta
barreira dissimulada e permite que homens e mulheres possam escolher como e
com quem viver e instituir FAMÍLIA!

Assim, tudo mais que vem abaixo do artigo 5º deve ser interpretado em razão
desta igualdade e liberdade.

Por aqui ficamos, neste prólogo, tratando só desta simples e objetiva referência
constitucional.

O desmembramento disto, desde as mais variadas situações hipotéticas, até


todos os possíveis casos concretos, serão tratados em outros textos, específicos
a cada caso.

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