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INTRODUÇÃO
O uso de tecnologia da informação e o acesso à Internet constituem mais uma forma de segregação
observada na sociedade brasileira, e isso não é diferente no município de Curvelo. Aos pobres e
excluídos não são dadas possibilidades iguais às da elite para desenvolver habilidades de uso da
tecnologia e empregá-las em benefício próprio. É a chamada exclusão digital, manifestação da
exclusão social mais ampla, que deve ser compreendida como um processo a ela associado,
alimentando e sendo alimentada por ela. Funda-se em obstáculos econômicos, ausência de infra-
estrutura e carências na área da educação.
Além disso, é preciso levar em conta as barreiras ao acesso ocultas sob as relações sociais, como as
impostas pelas relações de gênero, por exemplo. Ainda recentemente, o problema ganhou status de
objeto de política pública, com foco na promoção da igualdade de oportunidades.
A política de inclusão digital é, portanto, uma política de combate a um aspecto específico da exclusão
social: a privação de acesso a um conjunto de recursos decisivos para o acesso à cultura, ao trabalho,
à educação, à informação e a outros direitos. Dificilmente a inclusão digital pode ser resolvida em
termos individuais ou com medidas governamentais de curto prazo. Sabendo que as proporções da
demanda reprimida são consideráveis, uma política de inclusão digital com objetivos ambiciosos passa
necessariamente pela implantação de telecentros comunitários.
Além do acesso à rede mundial de computadores, o Telecentro também disponibiliza mais de 1.500
cursos para seus usuários, o que possibilita uma pré-formação para uma capacitação técnica futura.
Paralelamente ao acesso a essa rede, são oferecidos acessos a informações relacionadas à cultura
local. O objetivo é dar ao usuário a oportunidade de apropriação de tecnologias populares e,
conseqüentemente, a valorização do meio em que vive.
Com isso, incluímos as pessoas das regiões de maior exclusão na luta por seus direitos e no exercício
de seus saberes coletivos, na busca de suas necessidades e no desenvolvimento de habilidades e
competências necessárias ao cotidiano em mudança.
A capacitação profissional também tem sido outra ação do Telecentro, não como formador, mas como
instrumento de formação de bases de conhecimento para uma futura formação. Ao mesmo tempo,
trabalha a requalificação do espaço em torno da unidade, onde a comunidade pode acessar não
apenas o mundo digital, mas o literário, uma vez que o ponto de montagem do Telecentro é
estratégico, situando-se ao lado da Biblioteca Pública e em parceria com o Banco do Livro.
A disseminação de software livre está sendo uma das ações em prol da diminuição da exclusão social.
Isso tem sido feito a partir da participação dos usuários, que, além de aprender a utilizar o software,
descobrem as vantagens de tê-lo em seus computadores quando o adquirem.
Como próximos passos, estamos pensando em desenvolver o jornalismo comunitário, por meio de site
do Telecentro. A idéia é conseguir divulgar, a partir da participação popular, tecnologias de domínio
público, além de experiências e riquezas locais.
• Índices quantitativos
• Índices qualitativos
GERENCIAMENTO DO PROJETO