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PROJETO SER CRIANÇA - ARAÇUAÍ/MG

ABRIL / MAIO / JUNHO


2008

INTRODUÇÃO

O projeto Ser Criança funciona em um espaço cedido pelo Colégio Nazareth, parceiro do CPCD em
prol da transformação social. Atualmente, atende 180 crianças e adolescentes com idades de 6 a 15
anos, divididos em três grupos pela manhã e quatro à tarde, conforme a faixa etária.

Desenvolvemos atividades lúdicas que valorizam a cultura local, integrando família, escola e
comunidade nesse processo educativo, que valoriza os dizeres, quereres e saberes, conquistando cada
vez mais o seu lugar na sociedade. As atividades são planejadas, realizadas e avaliadas de acordo
com o Plano de Trabalho e Avaliação (PTA), instrumento de trabalho criado pelo CPCD.

Compromisso ambiental, empoderamento comunitário, aprendizagem lúdica, valores humanos e


culturais foram trabalhados através das atividades de Cozinha Experimental, Quintal Maravilha, Rua
de Lazer, Roda de Batuque, Cinema, Oficina na Fabriqueta Dedo de Gente, Música, Algibeira de
Livros, Brincadeiras e Dinâmicas, Biblioteca Virtual, Brinquedoteca, Bornal de Jogos, Exercício de
Relaxamento, Jardim, Pintura em Cartão de Tinta de Terra, além das rodas diárias.

Descrição e análise das atividades desenvolvidas de acordo com o Plano de Trabalho e Avaliação
(PTA)

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• Cozinha Experimental

Utilizando o MDI (Maneiras Diferentes e Inovadoras), discutimos e fizemos uma chuva de idéias para
ver de quantas maneiras diferentes e inovadoras podemos reduzir a lista de compras, sem perder a
qualidade do trabalho, evitando gastos desnecessários, reforçando e apropriando cada vez mais o uso
do alternativo.

As ações realizadas trazem qualidade de vida, bem-estar, apropriação e respeito ao meio ambiente,
tornando-nos mais conscientes do nosso dever com o planeta. Produzimos pasta de brilho, multiuso,
detergente econômico e ecológico, produtos que foram testados no grupo por crianças e adolescentes.

Na cozinha, cada um mexia um pouco a panela e todos estavam empolgados para ver o resultado
final. As receitas são fáceis de fazer e o material é acessível. O grupo fez a divisão de tarefas: uns
ralavam o sabão, outros mediam a água e um outro grupo escrevia a receita e colava na
embalagem.

Utilizamos essas receitas alternativas também como pretexto para trabalhar a escrita e as operações
matemáticas. O grupo colaborou muito e, ao avaliar a atividade, salientamos a importância de
repassar esse aprendizado para a nossa família e a comunidade, multiplicando o aprendizado, para
que juntos possamos gerar empoderamento comunitário e ter uma melhor qualidade de vida.

• Doce de mamão

Para deixar nosso cardápio mais saudável e atrativo, buscamos inovar a cada dia, aproveitando o
máximo que podemos dos nossos materiais e alimentos, como casca de abóbora, de banana e de
mamão. Com o objetivo de despertar nos adolescentes o interesse em multiplicar essas receitas na
comunidade, realizamos a atividade com mais freqüência nos grupos.

Para fazer doce de mamão verde, descascamos e ralamos o mamão, com a participação de todos na
execução da atividade. Houve muita empolgação e ansiedade para ver o resultado. Ao terminar,
todos estavam satisfeitos por saber que haviam aprendido a fazer uma receita nova e tão simples, que
todos experimentaram e gostaram.

Com essas atividades, nota-se a preocupação de todos com a saúde e o bem-estar daqueles que
convivem conosco ou não. Além disso, buscamos fazer tudo sem desperdício, prática que tanto
visamos dentro do projeto, cujo aprendizado, conseqüentemente, tem sido levado também para casa.
Assim, nossos objetivos são alcançados e, a cada dia, percebemos apropriação, além de gerar uma

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satisfação econômica, contribuindo para que tenhamos uma qualidade de vida ainda melhor.

• Quintal Maravilha

O trabalho de permacultura é desenvolvido em todos os projetos do CPCD. São práticas que


contribuem para a preservação ambiental e a sustentabilidade. Entre essas práticas, desenvolvemos
um trabalho com as famílias e a comunidade, que é o “Quintal Maravilha”. Escolhemos casas
próximas ao projeto e lá realizamos as atividades.

As famílias mostram interesse e satisfação por estarem inseridas nessa prática. As crianças se
empolgam ao ver a transformação em suas casas, onde fazemos algumas práticas da permacultura,
como viveiro de mudas, mandalas, espirais de ervas, entre outras.

Participar da construção do Quintal Maravilha na casa do João Vítor e do Jonathan, ambos


participantes do Ser Criança, está sendo uma experiência significativa. Temos a oportunidade de
desenvolver em nossa comunidade um trabalho inteiramente voltado para o meio ambiente, podendo
nos unir e promover um ambiente mais rico em qualidade de vida, tanto para nós quanto para as
gerações futuras, além de sentir o orgulho e a satisfação dos dois por terem a casa como referência do
Quintal Maravilha.

O desenvolvimento desse trabalho constitui, para nós, um laboratório de experiências que nos
acrescenta conhecimentos. As pessoas da comunidade já estão notando que a transformação está
acontecendo, perguntando e se interessando em fazer o mesmo. É a partir de atitudes ambientais
como essas que são gerados multiplicadores de iniciativas para a preservação ambiental em nosso
convívio social.

• Rua de Lazer

Realizamos uma Rua de Lazer muito animada, na qual reunimos os dois turnos do projeto e juntos
saímos do Ser Criança pelas ruas de Araçuaí, cantando músicas que costumamos cantar no nosso
cotidiano e tocando instrumentos, seguindo até a Praça do Coreto.

Caminhar pelas ruas de nossa cidade, despertando o olhar de quem passava, levando um pouco de
nossa alegria, foi muito prazeroso. Ao ouvir nossas músicas, as pessoas olhavam pelas janelas,
algumas saíam nas portas de seus comércios para ver a gente passar, outras paravam para dançar e
participar.

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Para abrir as oficinas, apresentamos a peça teatral “A colcha de retalhos”, produzida pelos
adolescentes, mas aberta também à comunidade. Realizamos diversas oficinas: de brinquedos, na
qual aprendemos a fazer pião de palito de churrasco e revista, pintura no rosto, brincadeiras, cantigas
de roda, batuques e roda de capoeira. As crianças puderam participar de todas as oficinas.

Essa é uma das formas de mostrar à comunidade a responsabilidade social que a nossa instituição tem
em fazer de nossas crianças protagonistas de suas vidas, valorizando o que temos e o que somos, sem
gerar acomodação.

• Roda de Batuque

No intuito de levar nosso trabalho e nossa metodologia para a comunidade, sempre realizamos
atividades fora do projeto, o que muito tem contribuído para o intercâmbio local. Na Praça do Fórum,
realizamos uma roda de batuque, costume de nossa região, atraindo vários olhares curiosos, que
queriam saber o motivo de tanta alegria e euforia.

Ali mesmo na praça, várias pessoas se juntaram a nós, cantando, brincando, jogando versos,
capoeira, tocando tambor, pandeiro e chique-chique. Fomos para a Praça do Fórum cantar e brincar e
encontramos uma turma de americanos que estava na cidade em visita ao Brasil para conhecer um
pouco da nossa cultura, que se juntou a nós na batucada. Apreciamos um capoeirista americano, que
fez bonito junto com as nossas crianças, aumentando ainda mais a nossa alegria.

Desse encontro, surgiu para eles a oportunidade de participar da roda e das atividades, interagindo
assim com o projeto. Dessa forma, multiplicamos nossas práticas educacionais não só para nossa
comunidade, mas para outras cidades e até mesmo outros países, promovendo a transformação
social.

• Cinema

Participar do Cinema Meninos de Araçuaí, semanalmente, é uma forma de entretenimento e


aprendizagem, além de desfrutar de um ambiente agradável e belo, fortalecendo o vínculo dos
participantes do Ser Criança com a equipe do Cinema Meninos de Araçuaí. É uma oportunidade para
crianças, adolescentes e educadores se apropriarem desse espaço. A comunidade se orgulha em ter
recebido de presente do “Coral Meninos de Araçuaí” um lugar bonito e confortável, que proporciona
prazer, conhecimento e diversão.

A atividade no Cinema é bastante prazerosa e enriquecedora. Os filmes nos proporcionam momentos

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de muita alegria, descontração e reflexão, permitindo-nos discutir diversos assuntos que contribuem
com o processo educativo do Ser Criança, como convivência, respeito e cooperação.

Já assistimos a vários filmes, como “Happy Feet”, “Nem que a vaca tussa”, “Ratatuille”, “Bee Movie”,”
A babá encantada”, “ Harry Potter e a pedra filosofal”, “O Galinho Chicken Little” e “A volta do
Capitão Gancho”. Cada um nos trouxe uma mensagem importante para o nosso dia-a-dia, além de
diversão e prazer.

Ir ao cinema está se tornando um hábito tanto para a comunidade quanto para o projeto, pois o Ser
Criança também leva os pais ao cinema. Para as crianças e os adolescentes, toda vez que assistimos a
um filme é como se fosse a primeira vez: há sempre muita emoção e empolgação ao olhar para o
telão.

• Oficina Fabriqueta Dedo de Gente

Com o objetivo de fazer intercâmbio com a Fabriqueta e aperfeiçoar melhor a nossa prática, o grupo
de adolescentes participou da oficina de tinta de terra. Na medida em que os cartões eram criados,
discutíamos padrão de qualidade, não desperdício, experimentações de novas cores de tinta, além de
aprender a operar máquinas de recorte, obedecendo às normas de segurança.

O grupo teve a oportunidade de passar por todas as oficinas e apreciar a beleza de tudo que é
realizado. Foi muito importante ver o quanto o lixo é significativo e reaproveitado. Cada pedacinho de
pano, madeira, plástico, papel ou ferro é transformado em peças criativas, como quadros, bonecas,
móveis, bolsas, enfeites, enfim, muitos objetos bonitos e interessantes.

A experiência foi muito significativa, pois crianças e educadores tiveram a oportunidade de participar
de uma oficina que atende o padrão de qualidade do mercado, uma vez que comercializa seus
produtos sem perder o vínculo educacional que o projeto tem. Aprender as normas com os jovens da
Fabriqueta nos permite preparar melhor as nossas oficinas. Foi um dia muito agradável e todos saíram
felizes com tudo que foi presenciado sobre nossa arte, a moda do Vale e o resgate da nossa cultura.

• Música

No contexto da educação, a música vem atendendo a vários objetivos e tem sido suporte para atender
a propósitos como formação de hábitos, atitudes e comportamentos. Como educadores, temos o
compromisso de levar às crianças músicas que fazem parte da nossa cultura, criando assim o gosto
pela música de boa qualidade. As músicas são grandes indicadores do sucesso de nosso projeto, têm

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presença assídua, trazendo inovação em nosso cotidiano, além de muita alegria. Falam da nossa
história, da nossa raiz, criando a oportunidade de trabalhar valores.

As atividades realizadas nos grupos vêm ganhando bons resultados. Percebemos entrosamento,
cumplicidade, prazer, satisfação e protagonismo nas crianças, que estão mais próximas umas das
outras, trazendo mais harmonia no âmbito do projeto. O trabalho está cada vez mais atrativo. Tivemos
a oportunidade de aprender novas músicas, como “Engenho Novo”, “Ser Criança”, “Filho do Filhote”,
“Corujinha” e “Solar”, que são de autoria de compositores conceituados no campo da educação e em
cultura popular.

Durante a semana, cada grupo tem um dia reservado para o trabalho, que é bastante diversificado,
incluindo oficinas de ritmo, teatro, técnicas vocais, percepção, expressão corporal etc. Esse trabalho
resultou na montagem de coreografias que foram apresentadas na roda pelas crianças, contagiando
também a roda do grupo de pais, que ficaram surpresos com a desenvoltura e a expressividade de
seus filhos.

Essas oficinas permitem desenvolver o senso crítico, a atenção, a concentração, o espírito de equipe e
a criatividade. Criam também a oportunidade de relaxar corpo e mente nos ritmos e movimentos.
Tudo isso é refletido na convivência e nas ações, que nos tornam mais alegres e dispostos, melhorando
nosso cotidiano.

• Algibeiras de Livros

Os livros são cada vez mais utilizados pelas crianças, pelos adolescentes e pelos pais. Como a procura
cresce a todo instante, as algibeiras estão vazias e muitos livros já estão circulando. Percebemos que o
interesse e o gosto pela leitura estão em evidência no projeto. Muitos deles são utilizados nas
mediações de leitura e no trabalho de reflexão e criação de teatros que são desenvolvidos nos grupos.
Com a ajuda do livro “Sai sujeira”, por exemplo, que fala dos cuidados básicos que devemos ter com
o nosso corpo, trabalhamos a higienização com as crianças e os adolescentes. Percebemos que o
cuidado com o corpo melhorou e há maior preocupação com a higiene pessoal.

Com os livros “A árvore que dava dinheiro”, de França Júnior, “Entre cento e tantos gatos”, de Paulo
Bernardo e Terezinha Alvarenga, “A menina e a garrafa verde” e “A Arca de Noé”, de Vinícius de
Moraes, “As fadas”, de Cecília Meireles, as crianças recontaram as histórias com muita criatividade,
imaginação e fantasia, valorizando a leitura e tirando proveito dos ensinamentos que cada livro traz.
Também discutimos sobre a importância de cuidar bem dos livros e de restaurar alguns que se
encontravam estragados, deixando-os organizados para que possam ser utilizados.

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As reflexões realizadas com as lições que os livros nos trazem são de grande importância. Temos a
oportunidade de discutir sobre comportamento, respeito, amizade, necessidade de preservar a
natureza, entre outros assuntos que trazem uma bagagem cheia de aprendizado e desenvolvimento
para todos.

• Mediação de Leitura

O objetivo da mediação de leitura é estimular o hábito da leitura e enriquecer a bagagem cultural das
crianças. Por meio dela, a escrita e outras habilidades podem ser desenvolvidas e aperfeiçoadas com
dinamismo, proporcionando um ensino mais rico e um aprendizado de qualidade.

A mediação acontece de forma tranqüila, porque, antes de tudo, os livros são selecionados,
observando-se a escolha dos títulos conforme a faixa etária. Para tornar essa atividade mais prazerosa,
sempre a realizamos em lugares públicos, como as praças, para que outras pessoas também possam
se interessar pela leitura. Várias mediações aconteceram na Praça do Fórum e na Praça do Coreto. Os
livros foram expostos em cima de um tapete junto aos bornais, ficando de fácil acesso para que as
crianças pudessem escolher aqueles que quisessem, ler as histórias dos livros uns para os outros e
para as pessoas que se aproximassem da atividade.

• Brincadeiras e Dinâmicas

As brincadeiras e dinâmicas são instrumentos de transformação que utilizamos em nosso trabalho,


proporcionando aprendizado, felicidade e troca de saberes. Fizemos várias brincadeiras, como rouba
bandeira, pique ajuda, boca de forno, piaba, chora pião e minha machadinha. Cantamos, batucamos
e brincamos de roda, promovendo respeito, valorização cultural e resgate de brincadeiras antigas,
tornando as crianças e os adolescentes desinibidos e participativos.

Essa é uma das atividades imprescindíveis no nosso dia-a-dia, pois desenvolve, nas crianças e nos
adolescentes, felicidade, auto-estima, protagonismo e confiança. “Elefante Colorido”, “Mamãe Posso
ir?”, “Rouba bandeira”, entre outras, são brincadeiras realizadas constantemente no projeto,
promovendo, além da felicidade, respeito e discussões sobre regras. Promovemos muitas dessas
brincadeiras na roda, para que todos possam participar do grupo, com o pretexto de trabalhar as
necessidades em geral.

• Campeonato de Palavras

Essa atividade foi desenvolvida com o objetivo de trabalhar a escrita, trazendo aprendizado para o

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grupo, estímulo maior à leitura e também a concentração e a atenção das crianças, pois elas precisam
ouvir as palavras, para que possam escrevê-las corretamente. Essa forma de incentivo facilita o
aprendizado das crianças, especialmente por ensinar de forma lúdica, resultando em ações eficientes
para cada uma.

• Dinâmicas

Para melhorar a concentração, o respeito, a socialização, a aproximação e o carinho, fizemos as


dinâmicas “Sensibilidade”, “Floresta dos Sons” e “Troca de presentes”. Todos os participantes tiveram
a oportunidade de fazer a experiência de dar e receber carinho, envolvendo-se uns com os outros por
meio do toque, de sons e falas. Foi também uma oportunidade de ouvir e falar no momento
adequado, respeitando as regras e os combinados.

Estes são pretextos para que crianças e adolescentes possam refletir sobre seu comportamento,
incentivando a mudança de posturas, gerando para cada um a possibilidade de transformação. Com
essas atividades, foi possível obter vários avanços com as crianças, que estão mais desinibidas,
carinhosas e mais próximas umas das outras. Mesmo que inicialmente haja resistência por parte de
algumas, essas brincadeiras são realizadas e avaliadas diariamente.

• Dinâmica do Substantivo

Com o objetivo proporcionar prazer, aprendizagem e entrosamento, trabalhamos com a dinâmica dos
substantivos, na qual os participantes ampliam seus conhecimentos a partir das brincadeiras. Com
lápis e papel, escrevem substantivos e quem está à direita ou à esquerda lê para o grupo usando o
recurso da mímica. O grupo tem que adivinhar, falando qual é o substantivo escrito no papel. Nessa
dinâmica, as crianças fazem duplas, trios ou grupos de quantas pessoas quiserem.

É uma atividade muito construtiva, que permite aos participantes melhorar a escrita, a leitura e o
raciocínio de maneira lúdica, além gerar um ambiente de alegria. Essa dinâmica se tornou um hábito
e tem contribuído muito com o aprendizado de algumas crianças que têm dificuldade de fazer o dever
por não saber escrever ou ler.

• Dinâmica do Museu

A Dinâmica do Museu nos alertou sobre a atenção e a percepção que devem estar presentes a todo
instante no nosso dia-a-dia, uma vez que esses indicadores são de suma importância para que
tenhamos uma boa relação e um bom aproveitamento dentro e fora do projeto.

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O grupo de adolescentes foi dividido em duas equipes, uma representando o museu e a outra os
visitantes. Esses teriam que observar bem as peças do museu e depois deveriam ir embora.
Conseqüentemente, ao voltar, encontrariam peças novas, ou seja, teriam que descobrir o que havia
mudado nelas. Muitos encontraram dificuldades, pois não tinham prestado a atenção necessária, mas
os mais atentos observavam os mínimos detalhes. De modo geral, a participação do grupo foi boa,
pois as pessoas começaram a prestar mais atenção no colega.

Essa dinâmica foi adaptada e realizada com todos na roda grande e nos divertimos e aprendemos
muito com ela. A ansiedade de cada um em descobrir o que foi mudado no outro é tão grande, que a
roda fica bem mais animada. Essa atividade está despertando a percepção, a preocupação com o
outro e com o que acontece ao seu redor, tornando a convivência mais harmoniosa e prazerosa.

• Biblioteca Virtual

A Biblioteca Virtual é um grande facilitador para o desenvolvimento da aprendizagem dentro do


projeto, pois desperta interesse em sua utilização a partir de pesquisas, jogos e brincadeiras, que
estimulam de forma prazerosa o aprendizado das quatro operações matemáticas, do raciocínio lógico,
de ciências, história, língua portuguesa, além de possuir um grande leque de informações para todo
tipo de pesquisa.

Para que a atividade com as enciclopédias virtuais aconteça com participação efetiva e atinja melhores
resultados, fizemos um MDI (Maneiras Diferentes e Inovadoras), para aproveitar da melhor forma esse
recurso que possuímos. Durante um mês, cada grupo deveria utilizar a biblioteca virtual nas sextas-
feiras, durante um maior tempo. Essa nova idéia foi introduzida, porque os grupos possuem, em
média, 20 participantes e temos apenas quatro computadores. Agora, com um tempo maior, podemos
aproveitar e concluir melhor as atividades.

• Brinquedoteca

Por realizar uma educação diferente, que acontece através do brincar, o projeto Ser Criança está
sempre buscando proporcionar alegria, lazer, entrosamento, socialização, prazer e muito
envolvimento, usando as brincadeiras como instrumentos de aprendizagem.

Em razão do grande número de crianças, sentimos a necessidade de confeccionar mais brinquedos,


para que todos tivessem mais oportunidade de se envolver uns com os outros durante as brincadeiras
de bonecas, de casinha e de motorista, que eles tanto adoram.

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Realizamos uma semana de confecção de brinquedos em que cada grupo produziu um tipo de
brinquedo. A motivação das crianças e dos adolescentes contribuiu para o bom desenvolvimento do
trabalho em grupo, permitindo que eles, além de aprender a fazer seus brinquedos, trabalhassem em
equipe. Foram confeccionados soldadinhos, bonecos com tampas de garrafas PET, bilboquê, carrinhos
de papelão, madeira e garrafas PET, pião de revistas e jornais.

Procuramos utilizar material alternativo para aproveitar melhor o reciclável, sabendo que é possível
transformar tudo aquilo que iria para o lixo usando a criatividade. Foram construídos brinquedos mais
bonitos e atraentes, dando alegria e oportunidade para muitas crianças brincarem de maneira
harmoniosa e prazerosa.

Dessa forma, contribuímos para manter um ambiente mais saudável, tendo maior compromisso
ambiental, incentivando as pessoas ao nosso redor a aproveitar o que é possível. As crianças atuam
como multiplicadores com o meio ambiente de uma maneira descontraída e lúdica.

• Bornal de Jogos - Confecção de jogos

O Bornal de Jogos é um grande instrumento de aprendizagem, pois nos permite trabalhar as


dificuldades através do lúdico. Temos um acervo grande de jogos no Bornal e, de acordo com as
necessidades dos grupos, são reproduzidos jogos para trabalhar com as crianças.

Nos grupos também são criados e confeccionados jogos com as crianças e os adolescentes, seguindo
os mesmos critérios do Bornal, que utiliza material alternativo, preocupando-se com o meio ambiente,
reduzindo o lixo e transformando-o. Os jogos são fundamentais no nosso cotidiano, pois funcionam
como uma ponte entre o brincar e o aprender, abrindo um vasto leque de conhecimento.

Por utilizar muitos jogos, a reprodução é sempre necessária. Foi reproduzido, por exemplo, o jogo
“Velhaca”, que tem o objetivo de despertar o interesse da criança pela matemática, tornando mais fácil
o aprendizado dos fatos fundamentais. Muitas crianças têm dificuldade nesse conteúdo e com esse
jogo têm a possibilidade de aprender com mais facilidade e prazer.

Também foram reproduzidos o "Jogo da sílaba" e o "Baralho silábico", que trabalham a escrita, a
leitura e a não competição. Com lápis e papel, as crianças vão formando palavras com as sílabas que
vão sendo sorteadas. Quem acabar com as cartas primeiro ganha o jogo. É uma atividade que todos
participam com muita dedicação e euforia, pois os participantes têm a oportunidade de ampliar seus
conhecimentos e ao mesmo tempo ter momentos de descontração, prazer e entrosamento.

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Confeccionamos nossos próprios jogos e, para produzi-los, usamos o alternativo e o reciclável,
respeitando o meio ambiente e mantendo um compromisso ambiental. Também despertamos nas
crianças a criatividade, o protagonismo e atitudes que contribuem com um meio ambiente mais limpo
e saudável.

Com o objetivo de superar as dificuldades de aprendizagem em matemática, trabalhamos com os


jogos “Damática” e “Direita-esquerda”. O primeiro ajuda nas operações fundamentais e no
desenvolvimento do raciocínio matemático, podendo ser adaptado com as necessidades, enquanto o
segundo trabalha a lateralidade. O legal da atividade é que os colegas que têm facilidade se
preocupam em ensinar para os outros, sentindo-se motivados a ensinar e a aprender.

Com os jogos “Me ajuda”, “Pelotas” e “Coração leal”, proporcionamos aproximação, promovendo
afetividade e companheirismo entre as pessoas. Como esses jogos têm como um dos seus objetivos
cuidar do outro, foram feitas trocas de abraços, de beijos, de carinho e outros gestos que geram
amizade entre as pessoas. As crianças e os adolescentes criam novas maneiras de utilizá-los e vão
adaptando de acordo com as necessidades que vão surgindo. Usamos maneiras diferentes e
inovadoras, para que haja uma aprendizagem significativa e prazerosa.

Os jogos “Árvore ortográfica”, “Tabuleiro da adição”, “Velhaca”, “Pista curvilínea”, “Falando sobre
mim”, “Acorde o dragão”, “Dando nomes”, “Bobeou dançou”, “Lendo e vendo”, “Raciocínio lógico”,
“Pelotas” e “Caminho da Cultura” são utilizados diariamente pelas crianças no horário do dever e de
brincadeiras dirigidas. Percebemos que as crianças estão superando as dificuldades, pois essa é uma
forma de aprendizagem dinâmica, que socializa e abre um leque de informações que enriquece
nossos conhecimentos.

• Exercício de Relaxamento

Com o objetivo de proporcionar tranqüilidade e reflexão, de sentir o movimento das sensações do


corpo, das emoções e dos sentimentos, foi realizada uma sessão de relaxamento com as crianças.
Preparamos todo o ambiente, com fundo musical e textos reflexivos, permitindo, assim, despertar nelas
toda a sua imaginação e o que poderiam estar sentindo naquele momento. Com os olhos fechados,
cada um teve a oportunidade de se concentrar e de refletir.

Depois, cada um falou dos sentimentos bons que devem permanecer dentro de si, de sentimentos
ruins, como mágoa e tristeza, que não devem fazer parte de nossas vidas, assim como da importância
de construir novas histórias. Todos tiveram a oportunidade de cuidar um do outro, causando bem-estar
entre o grupo. Foi um momento em que ficaram longe da agitação do mundo, memorizando apenas

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aquilo que lhes faz bem, que lhes causa prazer. Além de proporcionar harmonia, as crianças ficam
mais calmas e mais concentradas em tudo o que fazem, aproveitando o dia e tornando-o mais
agradável.

• Jardim

O nosso jardim é um lugar atraente, com mandalas, espirais de ervas e várias plantas nativas da
região. Tem dois habitats que chamam a atenção dos visitantes, aves e anfíbios e agora ganhou um
enorme minhocário, que produzirá estrume para colocar nas plantas para deixá-las mais saudáveis e
bonitas.

Temos um cuidado especial com o jardim, por isso ele está sempre ganhando cara nova. Com as
práticas da permacultura, o deixamos mais belo, além de contribuir para um ambiente mais saudável.
As crianças adoram fazer atividades que envolvem a natureza e dessa forma aprendem as práticas da
permacultura, multiplicando o que aprendem aqui, tendo assim maior responsabilidade ambiental.

• Cartão com Tinta de Terra e Quadros Alternativos

Nossa atividade foi produzir cartões utilizando as tintas de terra, material alternativo que é uma das
riquezas da nossa região. O objetivo foi a valorização da nossa cultura, além de exercitar o olhar das
crianças, levando-as a compreender e a respeitar a sua produção e a do outro com sensibilidade.

Elas participaram da atividade junto às crianças e aos universitários de serviço social de Almenara. A
oficina chamou bastante a atenção, porque elas não conheciam essa prática e se admiraram com o
resultado obtido. Essa matéria-prima alternativa – a terra e suas diversas colorações – foi para elas
uma novidade. As crianças fizeram com capricho e carinho cada cartão e a preocupação com a
estética era visível. O resultado foi surpreendente: cada cartão, com sua originalidade e singularidade,
foi utilizado para presentear os nossos visitantes.

Utilizando sementes, folhas secas, terras coloridas, papelão e areia, também foram produzidos
quadros, nos quais as crianças exploraram sua criatividade e ousadia. O objetivo dessa atividade é
desenvolver nos participantes a valorização da nossa cultura, reconhecer a diversidade dos recursos
naturais, reaproveitar o lixo, levando à reflexão de nosso papel como cidadãos em relação ao meio
em que vivemos.

A arte é nossa grande aliada nessa busca de reflexão e de conhecimento. A terra vem sofrendo
sucessivas agressões ambientais e seus efeitos são prejudiciais à população do planeta. O trabalho

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com materiais naturais é uma forma que encontramos para dar nossa contribuição.

Durante uma semana, foram realizadas oficinas de bonecas de pano, chaveiros e flores feitos com
retalhos. Dessa forma, identificamos habilidades e estimulamos integração em grupo, a partir do
alternativo. Todos os grupos participaram da oficina em dias intercalados, tendo um resultado
significativo.

A preocupação das crianças e dos adolescentes em fazer bem feito era evidente. Quebramos tabus de
que costurar é coisa para meninas, pois os meninos também costuravam, sem nenhum problema. A
participação e a cooperação foram muito importantes. Todos puderam concluir a atividade com êxito e
os que sabiam ensinavam a quem não sabia. Para que os adolescentes aprendessem a fazer esse tipo
de atividade, foi oferecida a eles a oportunidade de fazer produtos para vender, permitindo, assim, a
geração de renda.

GERENCIAMENTO DO PROJETO

A entidade CPCD mantém-se assídua aos compromissos com o Ser Criança, estimulando todos a
desenvolver cada vez mais o conhecimento e a valorização da cultura da região. Por meio de
tecnologias e de instrumentos pedagógicos, oferecemos às crianças, aos educadores e à comunidade
a oportunidade de crescimento e transformação.

A coordenação local nos auxilia, dando suporte a necessidades do dia-a-dia, o que favorece e
viabiliza o nosso trabalho. Com a roda, nosso mais eficiente instrumento de trabalho, promovemos
reflexões e discussões que geram mudanças de postura e avanços significativos no trabalho.

DESEMPENHO DOS EDUCADORES

A equipe está sempre em busca do melhor desenvolvimento para o trabalho, por isso a coerência e a
cooperação são indispensáveis ao nosso cotidiano. A troca de experiência contribui com aquilo que
todos têm de melhor, proporcionando aprendizagem e eficácia no trabalho. Com isso, superamos
desafios que aparecem, pois temos uma convicção: para que tudo possa dar certo, deve haver sintonia
entre o grupo, estimulando-o a desenvolver um espírito coletivo e efetivo.

As reuniões com a equipe do Ser Criança, realizadas quinzenalmente, acontecem em um ambiente de


muita reflexão e aproximação, no qual todos têm contribuído, dando suas opiniões e participando das

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tomadas de decisões. Isso tem repercutido em maior apropriação da metodologia.

Nesses encontros, a partir de brincadeiras, dinâmicas, textos e relatos, trouxemos reflexão tanto em
relação ao trabalho como no campo pessoal. Também foi realizada com os educadores uma oficina
de aquecimento utilizando banquetas, para trabalhar corpo e mente de forma descontraída. Esse
crescimento para a equipe é de extrema importância, pois nos preocupamos uns com os outros,
despertando em todos valores humanos e culturais.

Um dos resultados disso é que temos a participação da Girlane, a cozinheira, no horário do dever, o
que está sendo de suma importância na realização da tarefa de casa pelas crianças, além de
contribuir com os educadores, gerando entrosamento entres as crianças e os adolescentes. Assim, a
Regina, que também é cozinheira, sente-se estimulada a participar, dando sua contribuição, que é de
grande auxílio na realização do dever. Para que elas tenham oportunidade de ir ao cinema junto às
crianças, é realizado um rodízio entre os educadores.

O Clube do Vídeo continua sendo uma oportunidade de crescimento e de interação dos educadores.
As sessões aconteceram no cinema Meninos de Araçuaí e no Ser Criança, onde assistimos a um
documentário chamado “Estamira” e ao filme “Regras da vida”, que nos trouxeram muita reflexão.

Também foram realizados os encontros da equipe do CPCD em Araçuaí, que acontecem uma vez por
mês. Nesses encontros, foram discutidas e refletidas nossa postura e nossa ação no trabalho. Pudemos
pensar nossa postura no dia-a-dia e no que estamos contribuindo para preservar o meio ambiente.

Traçamos ações e metas a serem realizadas, colocando algumas ações em prática. Iniciamos um
minhocário no Ser Criança, traçamos um novo desenho para o jardim, aproveitando o espaço para
uma mini-horta. A partir dessas ações, contribuímos para criar um ambiente mais saudável,
despertando nas crianças o interesse em cuidar do meio ambiente, tendo um maior compromisso
ambiental.

Sempre estamos em busca de inovação no sentido de oferecer o melhor para todos que, direta ou
indiretamente, se envolvem com o trabalho. Os problemas que surgem são discutidos e avaliados, até
alcançarmos os objetivos propostos e desejados. Dessa forma, nos sentimos mais confiantes e capazes
de desenvolver nosso trabalho com qualidade, gerando transformação social.

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ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE

Para atingir os objetivos do Ser Criança, é necessário que projeto e comunidade caminhem juntos,
proporcionando um intercâmbio enriquecedor. Uma das formas que encontramos para que essa
relação aconteça de maneira significativa é o encontro de pais, realizado uma vez por mês, que
permite envolver, cada vez mais, comunidade, família e projeto. Esses encontros têm nos
proporcionado vários momentos de descontração, diálogo, lazer e cultura. Há uma grande troca de
experiência que enriquece o nosso trabalho.

Durante um encontro com os pais, apresentamos algumas produções realizadas com o trabalho de
música, foram apresentados um teatro e duas coreografias e exibimos slides de fotos e falas das
crianças com atividades realizadas no nosso dia-a-dia. No final do encontro, fizemos uma roda de
batuque bem animada, com músicas e brincadeiras em que os pais, juntamente com seus filhos,
puderam cantar, dançar e se divertir.

Realizamos também atividades nas principais praças da cidade, como rodas de batuque, brincadeiras,
ruas de lazer, mediação de leitura, teatros e algumas visitas em casas de familiares, permitindo a
quem ainda não conhece a oportunidade de conhecer o nosso trabalho. A rua de lazer foi um
momento em que a comunidade pôde prestigiar e entrar na folia, acompanhando, cantando e
elogiando o trabalho.

Essas atividades são formas que a comunidade tem de se inteirar, conhecendo melhor o trabalho que
é realizado com as crianças, além de trazer alegria e orgulho para crianças e educadores, mostrando
para a comunidade como é importante investir na educação das crianças e dos adolescentes, que
podem fazer a diferença daqui a algum tempo, gerando transformação social. O trabalho com os pais
acontece quinzenalmente, além de ter uma participação assídua dos pais no dia-a-dia do projeto.

ENVOLVIMENTO DE ENTIDADES

No projeto, sempre contamos com a presença de pessoas que vêm visitar o trabalho para conhecer e
contribuir com o que têm de melhor, pois acreditamos que os intercâmbios acrescentam ao trabalho,
nessa mistura de crenças e costumes que resulta em novas brincadeiras e músicas que enriquecem a
nossa cultura.

Duas estudantes de Pedagogia da Fundação Educacional do Vale do Jequitinhonha, Mauricélia e


Vanusa, estiveram filmando a nossa roda para apresentar como anexo em seu trabalho de faculdade

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 15


as brincadeiras que realizamos aqui no Ser Criança.

Visitamos a biblioteca itinerante do SESC, instalada num caminhão, com diversas prateleiras com livros
variados, que puderam ser expostos e emprestados para educadores, professores e alunos.
Interagimos com vários alunos e professores da rede municipal, estadual e particular que participavam
do evento.

Nossa roda está constantemente cheia de gente nova: a turma de universitários de serviço social de
Almenara, professores e a diretora da Escola Coopen, de Belo Horizonte, todos interessados em
conhecer de perto o nosso trabalho e entender a nossa metodologia. Além disso, o intercâmbio
realizado entre nós promove diversos conhecimentos.

Percebemos que a adesão à metodologia do nosso projeto está cada vez maior, pois o nosso
diferencial está na forma como realizamos o aprendizado, a partir do lúdico, o brincar com jogos,
dinâmicas, brincadeiras, confecção de brinquedos com material reciclável e alternativo, valorização
das coisas mais simples. Multiplicando nossa aprendizagem e experiência, permitindo que outras
pessoas possam aprender também, estamos contribuindo para a transformação social.

• Avanços obtidos

- Mais higiene e cuidado com o corpo.


- Auto-estima mais elevada.
- Maior compromisso das crianças com o dever, utilizando jogos e materiais alternativos (pedras,
sementes, tampas etc.).
- Boa freqüência.
- Crianças mais compromissadas em cuidar do meio ambiente.
- Harmonia entre educadores.
- Flexibilidade dos educadores nas ações.
- Maior apropriação das crianças e dos adolescentes.
- Crianças felizes e desinibidas.
- Protagonismo evidente.
- Rodas animadas e descontraídas.
- Aumento na procura de vagas.
- Variação do cardápio (novas receitas e experimentos).
- Maior aceitação com o cardápio alternativo.
- Interação das cozinheiras nas atividades com as crianças.
- Maior interação das crianças e dos adolescentes nas atividades.

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- Maior intercâmbio, com visitas freqüentes ao projeto.
- Mais sintonia entre a equipe.
- Monitoria.
- Crianças mais participativas nas reflexões das rodas.
- Maior número de brinquedos e brincadeiras.

• Índices quantitativos

- Sessão de Cinema: 32
- Dinâmicas realizadas: 14
- Músicas aprendidas: 06
- Livros lidos: 100
- Teatros produzidos: 05
- Mediação de leitura: 12
- Brinquedos produzidos: 100
- Jogos utilizados: 27
- Textos trabalhados: 06
- Cartão com tinta de terra: 40
- Mandalas construídas: 05
- Minhocário: 01
- Mudas de plantas plantadas: 50
- Cozinha experimental: 12
- Rua de Lazer: 01
- Roda de Batuque: 04
- Quintal Maravilha: 01
- Oficina de Tinta de Terra na Fabriqueta Dedo de Gente: 01
- Monitores: 11

• Dificuldades encontradas

- Falta de apropriação da metodologia por algumas crianças.


- Trabalhar melhor a sexualidade.
- Atender à demanda de vagas para o projeto.
- Furtos freqüentes.
- Aproveitar devidamente o espaço da horta.
- Algumas crianças com dificuldade de escrever e ler.

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BREVE SÍNTESE

O trabalho nos proporciona, a cada dia, crescimento e, diante dos resultados, buscamos melhorar
nossas práticas e oferecer à comunidade a possibilidade de transformação social. As rodas estão
alegres e contagiantes, a apropriação a cada dia se fortalece, a equipe está mais disponível e
comprometida com o trabalho, as crianças levam para suas casas e para a comunidade o
aprendizado, fazendo girar essa roda de saberes extraída das experiências de nossa cultura.

Sabendo que o mundo atual muda a cada instante, conduzir crianças e adolescentes no caminho do
conhecimento e da cidadania é uma tarefa difícil. Porém, as iniciativas do projeto em apostar e
provocar os sonhos mexem no cotidiano, abrem novas janelas, mentes e corações. Somos convidados
a respirar uma aragem nova. Sonhar é possível. Os resultados obtidos no trabalho têm sido de
grande valia para o seu desenvolvimento e nos sentimos mais motivadas a seguir em busca de nossos
objetivos.

O estímulo manifestado por meio de elogios e de reconhecimento do trabalho, tanto das pessoas
daqui quanto dos visitantes, fortalece a equipe, nos motivando sempre mais para fazer um trabalho
inovador na busca da transformação social.

Ana Paula Silva


Coordenadora do Ser Criança

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ANEXOS

• Depoimentos

Cozinha Experimental

“Eu prestei bem atenção para aprender a fazer a pasta de brilho e ensinar pra minha mãe, minha
família e meus vizinhos fazerem também, porque é muito bom e fácil.”
Isnaide Martins dos Santos, 11 anos

“Achei muito interessante essa receita, porque foi uma coisa útil que a gente fez para poder usar aqui
no projeto e teve a colaboração de todos.”
Patrícia Rodrigues, 15 anos

“Foi legal porque, a cada etapa da receita, parecia que era uma coisa diferente: o sabão ralado
parecia coco, no fogo parecia doce de mamão e o resultado foi uma pasta de brilho. Gostei muito da
idéia, e a gente fez brincando.”
Leila dos Santos Soares, 13 anos

“Achei o grupo ótimo, porque a gente está aprendendo a fazer coisas boas que um dia a gente vai
precisar fazer ou ensinar para outras pessoas fazerem.”
Alana Ferreira de Alcântara, 11 anos

“Todo mundo se interessou em aprender e colaborou para a atividade ser legal. Agora temos que
passar para nossas mães fazerem também em nossas casas.”
Rayane Gonçalves Fonseca, 13 anos

Doce de mamão

“Fazer esta receita foi interessante. Todos do grupo se interessaram em aprender e estávamos ansiosos
para ficar pronto logo.”
Sabrina Gonçalves, 12 anos

“O legal dessa atividade é que estamos ajudando a variar o cardápio e aproveitar melhor os nossos
alimentos.”
João Batista Fernandes, 14 anos

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“Gostei do dia de hoje. Esse doce está muito bonito e gostoso. Que bom que aprendemos a fazer
coisas diferentes! Não é tão difícil de fazer. Eu vou ensinar a minha mãe a fazer ainda hoje.”
Érika Barbosa, 13 anos

“Fazer esse doce nos prova que aqui no projeto sempre procuramos aproveitar as verduras, frutas e
legumes, pois tudo aqui se transforma numa salada, num doce ou em vitaminas.”
Afrânio Soares, 13 anos

“Acho esse grupo criativo, unido e colaborador. Nós sempre temos idéias novas e eu acho isso muito
legal. E fazer o doce com o grupo foi ótimo! Teve a colaboração de todos nós.”
Anália Pereira, 15 anos

Detergente

“É muito legal poder contribuir de alguma forma. Quando fizemos o detergente biológico, ajudamos
com a economia do projeto e com a preservação da natureza.”
Maria Luíza Santos, 11 anos

“Aprendi a fazer detergente aqui e em casa minha mãe já teve uma boa economia, pois não
precisamos mais comprar no supermercado.”
Sara Gonçalves, 10 anos

“Esse detergente é prático e fácil de fazer. Qualquer pessoa aprende e pode fazer para uso em casa e
também para vender.”
Lauanda Lopes, 10 anos

“Os produtos que usamos para fazer esse detergente são todos caseiros, que não agridem de forma
alguma a natureza. Além de contribuir evitando gastos, ficamos com a consciência tranqüila.”
Lucas Teixeira, 10 anos

“Ensinei em casa pra minha mãe e ela ensinou para algumas amigas dela. Agora todas já produzem
seu próprio detergente.”
Camila Soares, 10 anos

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Quintal Maravilha

“Acho legal a atividade: o quintal é grande e dá para fazer um monte de coisas nele que a gente tem
aqui no projeto. Dá para aprender muitas coisas também e ensinar para quem não sabe.”
Islane Martins, 9 anos

“É muito interessante a gente ir para a casa deles para ensinar a família deles a reciclar os litros e a
cuidar do meio ambiente.”
Patrícia Rodrigues, 15 anos

“Foi bom porque é umas das coisas melhores que a gente pode fazer, porque quando a gente cuida
da natureza a gente cuida da gente também.”
Warley Glender Gomes, 8 anos

“Gostei da idéia do Quintal Maravilha na comunidade: os donos da casa estão orgulhosos com a
beleza das mandalas. O bom é que reciclamos os litros que não teriam outra utilidade no momento.”
Afrânio Soares, 13 anos

“Quando saíamos em busca de litros para fazer as mandalas, as pessoas perguntavam para que
serviam, nós respondíamos e elas achavam superinteressantes essa idéia.”
Jaqueline Alves, 13 anos

“Nosso grupo hoje estava muito bom: todos bem interessados em pôr a mão na massa e ver as
mandalas prontas. Vou fazer um desse na minha casa, para deixar o jardim bem bonito.”
Vanessa Santos, 12 anos

“Hoje o dia foi muito bom: pude participar e cooperar com o Quintal Maravilha. Com isso, a gente
aprende se divertindo ao mesmo tempo. Quando passeamos pela rua, nós cantamos até chegar lá.”
Guilherme Alves, 8 anos

“Todos colaboraram e respeitaram as regras. Teve hora que alguns queriam fugir do combinado, mas
fizemos uma roda e conversamos.”
Felipe Soares, 8 anos

“Aquele quintal vai ficar mais bonito agora, pois o colorido dos litros deixa ele mais alegre.”
Isaack Jaques da Silva, 7 anos

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“Foi legal conhecer o espaço, onde estamos construindo o quintal. Vai ficar ótimo, pois o espaço é
grande e cabe um monte de coisas.”
Maria José Fernandes, 9 anos

“Essa atividade nos ensina a reciclagem com garrafas PET. A gente enfeita os jardins e evita jogá-las
no meio ambiente e poluir o mundo.”
Luzia Ferreira, 9 anos

Rua de Lazer

“Gostei muito da Rua de Lazer: pude mostrar minhas habilidades, apresentei teatro e outras pessoas
de fora assistiram. No começo, fiquei com vergonha, mas depois relaxei e percebi que tudo era
normal e que é a partir daí que vamos crescer.”
Julimara Vieira, 13 anos

“Nossa rua de lazer foi muito animada, ainda mais que foi com os dois turnos juntos. Percebi que as
pessoas na rua ficavam só olhando. Acho que elas também gostaram.”
Lucas Pereira, 13 anos

“Foi ótima a Rua de Lazer: teve muitas novidades, descontração e animação.”


Diulliany Lemes, 12 anos

“A nossa rua de lazer foi muito divertida: todos saíram nas calçadas para nos ver passar. Me senti
muito feliz!”
Rebeka Esteves, 7 anos

“Fiquei cansada de pular e me diverti muito. Foi uma festa do projeto até a Praça: todos ficaram
curiosos em saber o que acontecia na rua. A praça estava cheia de gente que nos prestigiou.”
Ana Luíza Sena, 7 anos

“Eu gostei de ir até a praça brincar. Teve várias atividades diferentes e pude passar por todas. Nosso
dia foi muito divertido!”
Danielle Dourado, 7 anos

“Poderia acontecer mais vezes a Rua de Lazer. Saímos cantando e convidado as pessoas para brincar
conosco.”
Lucas Santos, 7 anos

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“Eu acho muito bom a Rua de Lazer, porque a gente vai para rua e as pessoas conhecem
verdadeiramente e pessoalmente como é o projeto, não só pelo que as pessoas dizem, pois a gente
pode mostrar nosso talento.”
Taís dos Santos Vieira, 13 anos

“As pinturas nos rostos estavam muito bonitas e criativas e as brincadeiras foram ótimas! Todo mundo
estava muito animado.”
Maria Paula Gonçalves, 11 anos

“Foi bom que a gente fez nossas atividades, só que fora do projeto. Serve pra gente distrair e passar
nossos conhecimentos para quem não conhece.”
Éverton Santos Profiro, 12 anos

“Achei boa a Rua de Lazer, porque todo mundo saía pra fora das lojas e parava pra ver a gente na
rua cantando e tocando o tambor.”
Ramom Felipe Souza Santos, 11 anos

“A Rua de Lazer é um momento em que as pessoas podem ver e participar com a gente pelas ruas e
praças.”
Adna Fernandes, 7 anos

“Foi muito animada a nossa Rua de Lazer! Cantamos, dançamos, pintei o rosto e me diverti em todos
os momentos.”
Hiaskara Sad, 10 anos

“Foi muito legal: todos participaram, não teve nenhuma confusão, só muita música e alegria.”
Alexia Lopes, 8 anos

Cinema

“O cinema está trazendo alegria. É a atividade melhor, porque é bom assistir ao filme e cada vez que
vamos é uma novidade.”
Éverton Santos Profiro, 12 anos

“O filme da ‘Babá Encantada’ deixou uma mensagem boa, para não julgarmos as pessoas sem
conhecer primeiro, porque no fundo do coração elas podem ser boas, mesmo que tenham atitudes
ruins.”
Talita Vieira Versiane, 10 anos

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“O cinema é muito bonito! Com aquele telão, eu até esqueci que tinha gente do meu lado. Parece que
a gente também faz parte da história.”
Larissa Vieira Rodrigues, 12 anos

“Eu adorei o filme que conta a história dos pingüins! Eles são muito unidos. Foi um privilégio para mim
ir ao cinema. É realmente bonito como os que eu ia quando morava no Rio de Janeiro.”
Stephany Dourado, 8 anos

“É a primeira vez que vou a um cinema. É tão bonito! Um espaço gostoso que dá vontade de ficar o
dia todo.”
Islane Martins, 9 anos

“Esse cinema ficou muito bonito. A tela é tão grande que parece real. Toda vez que venho, tem um
filme interessante.”
Michele Pereira da Silva, 8 anos

“Toda semana, nós do projeto temos a oportunidade de ir ao cinema. Fiquei muito feliz! Só assim
pude conhecer um cinema de verdade.”
Gabriel Coelho, 8 anos

“Todos nós gostamos de ir ao cinema. Eu acho um lugar bonito, confortável e todos se interessam em
participar, porque lá a gente vê filmes muito engraçados.”
Eleny Coelho, 13 anos

“Com os filmes que assistimos, nós aprendemos várias coisas importantes, como cooperar, respeitar e
fazer amizades. Fico ansiosa para chegar toda quinta-feira logo.”
Viviane Rodrigues, 13 anos

“Antes, a biblioteca só ficava ocupada, nunca dava para assistir um filme em um dia só. Agora a gente
assiste no cinema, com todo o conforto e num telão bem grande.”
Carlos Augusto da Silva, 13 anos

“A gente se diverte indo ao cinema e aprende a conviver melhor uns com os outros.”
Sara July Santos, 9 anos

“O dia em que vamos ao cinema fico muito feliz. As histórias naquele telão parecem que estão
acontecendo de verdade.”
Geovana Rodrigues, 8 anos

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“Os filmes que nós assistimos no cinema são muito bons, ensinam a gente um monte de coisas boas,
como ser amigos.”
Wander Antônio Rodrigues, 8 anos

Roda de Batuque

“Nossa roda de batuque foi ótima! Teve várias pessoas diferentes que fizeram nossa roda ficar ainda
mais bonita e alegre.”
Lucas Teixeira, 10 anos

“Ver as pessoas passando e olhando para a nossa roda de batuque me encheu de orgulho, pois
sentimos que estamos a cada dia sendo mais valorizados.”
Maria Luíza, 11 anos

“Foi muito legal ver aqueles americanos se juntando a nós em nossa roda, valorizando ainda mais a
nossa cultura.”
Sara Gonçalves, 10 anos

“Levar um pouco do nosso trabalho para rua é valorizar ainda mais a nossa cultura.”
Higor Ferreira, 10 anos

Oficina de Tinta de Terra na Fabriqueta Dedo de Gente

“A Fabriqueta é um lugar muito bonito, tranqüilo, cheio de vida e criatividade. Achei tudo muito
interessante! Aquilo é arte de verdade: as pessoas criam com carinho e soltam a imaginação.”
Jéssica Jenny Lopes, 12 anos

“Adorei o passeio na Fabriqueta! Lá tudo tem valor e as pessoas se preocupam em aproveitar o


máximo que podem. Gostei de tudo, principalmente da tinta de terra, pois tivemos a oportunidade de
participar de uma oficina onde aprendemos a cortar os cartões, desde preparar a tinta até colocar
sentimento no que estávamos construindo.”
Érika Barbosa, 13 anos

“Tudo que chega nas mãos das pessoas que trabalham na Fabriqueta se transforma em uma obra de
arte. Adorei as bolsas feitas de sacolinhas de supermercado, pois utilizando esse material a natureza
não vai ficar tão poluída.”
Diulliany Lemes, 12 anos

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“Hoje foi um dia muito importante para nós. Como já somos adolescentes, provavelmente vamos
participar da Fabriqueta e esse papo com os educadores desperta na gente a vontade de criar, de
fazer bonito e colocar sentimento em tudo que a gente faz. Gostei muito dessa oficina!”
Afrânio Soares, 13 anos

“Gostei muito do dia de hoje: nós aprendemos muitas coisas interessantes, como pintar, recortar,
aproveitar sacolinhas, pedaços de ferro e madeiras, preparar a tinta, sobre a origem de cada cor da
terra e como transformá-la em tinta.”
Anália Pereira, 15 anos

Música

“Gosto muito da atividade de música. Hoje, na oficina de expressão corporal, me senti muito bem:
meu corpo ficou relaxado e leve.”
Stephany Dourado, 8 anos

“É muito interessante o aquecimento que fazemos antes de aprendermos as músicas. São letras bonitas
que nos permitem sonhar.”
Adna Fernandes, 7 anos

“A música Ser Criança, de Rubinho do Vale, que aprendemos no projeto, fala da magia do brincar.
Essas músicas fazem bem pra gente.”
Isadora Moreira, 10 anos

“O que mais me alegrou foi a dança que apresentamos na roda. Foi tudo muito legal: os ensaios, a
preparação das roupas... Me senti feliz por ter conseguido dançar tudo certinho.”
Angelina Pereira, 10 anos

“Eu achei a dança muito boa e esse tempo que a gente ensaiou foi um aprendizado. Foi bom até para
espantar os males. Todo mundo gostou.”
Amanda Fonseca da Silva, 12 anos

“É bom dançar porque a gente aprende a soltar o corpo, a interpretar a história e a se envolver mais
com as pessoas do nosso grupo.”
Ramom Felipe Souza Santos, 11 anos

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“A letra ‘Filho do Filhote’ é muito interessante. Todos deveriam conhecê-la, porque ela faz as pessoas
refletirem sobre o que está acontecendo com o nosso planeta e pensar que nós somos os responsáveis
pelo futuro.”
Éverton Santos Profiro, 12 anos

“Nos distraímos muito com as músicas e nos divertimos com as brincadeiras que a Pama faz no grupo.
Desperta a nossa atenção e a confiança.”
Tamires Fernandes, 12 anos

“A música ‘Filho do Filhote’ tem uma letra muito interessante: fala da importância de cuidar da vida,
preservando o meio ambiente.”
Joseph Coelho, 11 anos

“Com os pequenos teatros que fizemos hoje, vamos aprendendo aos poucos a interpretar; muitas
pessoas, com isso, acabam perdendo a inibição, que às vezes atrapalha.”
Sara Gonçalves, 10 anos

“Na música ‘Ser Criança’, percebemos que vale mesmo brincar, nos divertir, deitar e sonhar com um
mundo melhor de se viver.”
Lucas Teixeira, 10 anos

“Nessa brincadeira, aprendemos a confiar mais uns nos outros, a repassar carinho e a ofertar a paz
para todas as pessoas.”
Thaynara Mendes, 11 anos

Algibeiras de Livros

“O livro das fadas tem umas gravuras muito bonitas. Eu acredito nas fadas, uma delas já me ajudou
um vez.”
Jeise de Oliveira, 7 anos

“Estou sempre levando livros para ler em casa: um para mim e outro para o meu pai. Ele lê comigo e
me incentiva a trazer mais.”
Adna Fernandes, 7 anos

“Foi muito importante a gente consertar e colar os livros que estavam estragados. Cada vez que um se
acaba, perdemos a oportunidade de aprender uma história.”
Hiaskara Sad,10 anos

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“Eu já vi uma fada na minha casa. Ela era muito bonita e me visitou num dia em que eu estava muito
triste.”
Michele Pereira da Silva, 8 anos

“As algibeiras têm livros muito bons! Já li vários e quero ler outros.”
Stephany Dourado, 8 anos

“Ler é muito importante e muito bom, pois conhecemos novas pessoas e outras cidades, tudo através
da nossa imaginação.”
Lucas Teixeira, 10 anos

“Com os livros, aprendemos coisas interessantes, palavras diferentes. Tudo isso nos ajuda a sermos
pessoas mais espertas e inteligentes.”
Thaynara Mendes, 11 anos

“Antes, eu achava que ler era perder tempo; agora sei que é o contrário: além de ganhar tempo,
ganhamos mais conhecimentos.”
Tamires Fernandes, 12 anos

“Aqui no projeto temos um montão de livros nas algibeiras. Podemos escolher e ler à vontade: no
grupo, no dever, na hora da brincadeira e até levar pra ler em casa.”
Lauanda Lopes, 10 anos

“Os livros nos divertem, viajamos por lugares distantes e bonitos e sem sair do lugar.”
Sara Gonçalves, 10 anos

Mediação de Leitura

“É muito importante a leitura, porque lendo aprendemos a escrever as palavras corretas.”


Geovana Rodrigues, 8 anos

“Me sinto feliz quando pego um livro para ler. Assim eu aprendo e conto para minha avó, tia, mãe,
amigos e madrinha.”
Sara July Santos, 9 anos

“Lendo a gente se educa. O livro participa da vida da gente, nos ensina coisas muito boas. Eu li dois
livros da biblioteca volante. São histórias diferentes.”
Luzia Ferreira, 9 anos

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“Hoje aprendi a ler um pouquinho, com a ajuda da Joicy, formando palavras que ainda tenho
dificuldade. Pude criar também uma história com um livro que só tinha desenhos.”
Nara Gille Santos, 7 anos

“Nós criamos uma história com os desenhos mudos que falava da bruxa do vira e mexe.”
Emily Pereira, 8 anos

“Essa atividade é legal porque a gente fica à vontade para ler.”


Maria José Fernandes, 9 anos

“O momento de leitura significa aprender, imaginar cada momento da história. Quando a história é
boa, dá vontade de ler tudo de novo.”
João Paulo Vieira, 8 anos

“Eu gostei porque todos do grupo leram livros. Foi legal ler junto com a Mônica o livro ‘Quem tem
medo do escuro?.”
Robson Fernandes, 9 anos

Brincadeiras e Dinâmicas

“A sensação de estar brincando é muito boa: preocupamos com o outro, em não machucar. Se
quebramos as regras, voltamos para a roda e resolvemos.”
Sauany Magalhães, 7 anos

“Quando brincamos no grupo, é diferente. Já brincamos de várias brincadeiras: roda, batuques e no


grupo não temos vergonha do outro, somos amigos.”
Geovana Barbosa, 7 anos

“Aqui é gostoso brincar com outras crianças. Depois de cada brincadeira, avaliamos e sempre há
novidades. Em casa, antes eu ficava sozinha; hoje vivo com muitos amigos.”
Ana Luíza Sena, 7 anos

“Adoro brincar! As brincadeiras aqui são legais e cada um respeita o outro e ninguém briga.”
João Vitor Oliveira, 6 anos

“Tenho dificuldade de abraçar e dar carinho, mas hoje a dinâmica foi interessante: sei que é gostoso
dar e receber carinho.”
Fabrício Lemes, 8 anos

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“Adoro abraçar e beijar as pessoas, pois sei que elas gostam e ficam felizes. A dinâmica ajudou para
que as pessoas fizessem carinho uns nos outros. Isso é muito gostoso!”
Sabrina Pereira, 6 anos

Dinâmica “Floresta dos Sons”

“Achei muito boa a dinâmica! Quando a gente estava com os olhos fechados, senti um frio na barriga,
mas parecia que o som ia puxando a gente para a nossa dupla.”
Felipe Gomes da Silva Queiroz, 12 anos

“A gente pode aprender, com essa dinâmica, que é importante prestar atenção no outro,
principalmente quando ele está falando, e seguir os combinados.”
Dalila Gonçalves dos Santos, 11 anos

“Eu gostei da dinâmica porque a gente pôde se aproximar mais das pessoas e aprender aqui pra
depois brincar lá na rua de casa.”
Isnaide Martins dos Santos, 11 anos

Dinâmicas do Museu e dos Animais

“O grupo foi muito participativo. Aproveitamos as duas brincadeiras, que são divertidas e exigem
atenção e concentração. Com isso, estamos aprendendo a respeitar quem convive conosco.”
João Batista Fernandes, 13 anos

“Nosso grupo está ficando cada vez melhor com o diálogo e com as dinâmicas que temos participado,
pois as pessoas estão bastante interessadas e participativas.”
Débora Ferreira, 12 anos

“Não considero essa atividade apenas uma brincadeira: a gente aprende a respeitar a vez do outro, a
perceber as coisas que estão acontecendo ao nosso redor, valorizando mais as pessoas.”
Jaqueline Alves Coelho, 13 anos

“Gostei muito do dia de hoje: aprendemos que é necessário observar os mínimos detalhes naqueles
que convivem conosco.”
Afrânio Soares, 13 anos

“Pude observar e perceber melhor as coisas, identifiquei meu par através de suas mãos.”
Gabriel Lima, 10 anos

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“Receber o carinho de um abraço me fez sentir muito feliz.”
Tamires Fernandes, 11 anos

“Com as dinâmicas, temos oportunidade de nos aproximar mais das pessoas e conhecê-las um pouco
mais.”
Maria Luíza Santos, 11 anos

“Aprendemos coisas importantes para o nosso dia-a-dia, como conviver e respeitar os outros.”
Lucas Teixeira, 10 anos

“Fiquei feliz quando recebi um elogio diante de todos do grupo. Foi maravilhoso ver que alguém
percebeu essa qualidade em mim!”
Marlon Fernandes, 11 anos

“Aqui no projeto, ao mesmo tempo em que brincamos, também aprendemos, pois todas as
brincadeiras têm aprendizado e regras que nos ajudam no dia-a-dia.”
Higor Ferreira, 10 anos

“Com as brincadeiras, aprendemos a ter boa convivência em qualquer lugar e com isso ganhamos
mais amizades.”
Joseph Coelho, 11 anos

“As brincadeiras são muito divertidas e isso me faz sentir feliz todos os dias.”
Leandro Lopes, 11 anos

“Brincar na roda é muito legal! Brincamos e nos divertimos com todos ao mesmo tempo, numa
sintonia só.”
Lauanda Lopes, 10 anos

Dinâmica do Substantivo

“Foi muito bom porque teve a participação de todos. Algumas pessoas não souberam adivinhar a
mímica do outro, mas puderam aprender depois com o colega.”
Thiago Pereira, 9 anos

“Através da dinâmica, tive a oportunidade de aprender mais sobre os substantivos e adjetivos.”


Joyce Ferreira, 10 anos

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“Eu gostei da atividade: através dos gestos que fazíamos, o colega tinha que adivinhar para saber qual
era o substantivo e o adjetivo.”
Yuri Miranda, 11 anos

“A dinâmica me ensinou a conhecer mais sobre os substantivos. Aqui é bom, porque a gente aprende
brincando, aprende as coisas com mais prazer.”
Luiz Gustavo Pereira, 10 anos

Pique-pega

“Nosso grupo hoje estava cheio de harmonia: brincamos como crianças pequeninas e nos divertimos
bastante.”
Julimara Vieira, 13 anos

“Hoje foi um dia muito bom para mim. Fiquei alguns dias sem vir para o projeto, porque estava
doente, mas quando voltei já me alegrei. Lá em casa, eu só fiquei deitada e triste, mas, ao reencontrar
minhas amigas do projeto, fiquei feliz. E essa brincadeira levantou minhas energias.”
Lídia Barbosa, 13 anos

“Hoje foi um dia muito especial para nós, porque nem sempre temos tempo de brincar como agora. E
essa brincadeira é superdivertida: a gente corre, esconde, pega, sorri, enfim, todos estão muito
felizes.”
Késsia Gonçalves, 13 anos

“A atividade de hoje foi muito boa, porque nos divertimos muito e tomamos um sorvete muito
delicioso.”
Viviane Rodrigues, 13 anos

“Gosto de vir nesta pracinha sempre, mas vir com todos do grupo foi ótimo! Nós ficamos brincando e
nos divertindo, nos entrosamos uns com os outros e fizemos mais amigos.”
Neucínia Pinheiro, 12 anos

Campeonato de Ditado

“Tenho algumas dúvidas em diferenciar S e Z. Sempre me confundo e acabo escrevendo errado. Acho
que, se treinar mais com atividades assim, consigo aprender a escrever da forma correta.”
Maria Luíza Santos, 11 anos

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“Foi divertido treinar e ao mesmo tempo brincar! Fiquei feliz por ter acertado todas as palavras.”
Lucas Teixeira, 11 anos

“É muito legal descontrair brincando de aprender.”


Sara Gonçalves, 11 anos

“Foi legal esse campeonato: só teve vencedores, pois todos nós aprendemos.”
Lauanda Lopes, 11 anos

“Pude tirar algumas dúvidas e aprender mais de uma forma interessante e divertida. Nesse
campeonato, todos nós ganhamos.”
Higor Ferreira, 10 anos

Biblioteca Virtual

“Todo esse tempo eu gostei de mexer no computador. É muito interessante! Dá mais prazer aprender
tabuada com o jogo do que decorando.”
Rayane Gonçalves Fonseca, 13 anos

“Eu gostei dessa nova idéia de usar o computador. A gente tem mais tempo pra mexer e descobrir
mais coisas.”
Ramom Felipe Souza Santos, 11 anos

“O computador é importante para todos do projeto. Eu gosto porque ajuda a gente a ler e a aprender
continhas. Eu gosto do projeto porque tem sempre uma novidade.”
Jéssica de Matos Lopes, 11 anos

“Eu gostei de ter pesquisado no computador, porque ele tem um monte de coisas interessantes. A
gente fica mais informada e aprende coisas importantes para nossa vida.”
Leila dos Santos Soares, 13 anos

“Achei muito interessante ter visto o corpo humano. Agora eu sei como a gente se mexe, como saem
as lágrimas e como é por dentro do corpo. É muito legal aprender pelo computador!”
Alana Ferreira de Alcântara, 11 anos

“Quanto mais tempo a gente fica no computador, mais a gente aprende, porque tem um monte de
coisas legais que ajudam a gente na escola, como o jogo da tabuada.”
Débora Santos Soares, 12 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 33


Brinquedoteca

“Todos no projeto Ser Criança gostam de brincar. Por isso, nós confeccionamos esses brinquedos para
ver as pessoas brincarem e ficarem mais felizes ainda.”
Lucas Pereira, 13 anos

“Hoje foi um dia muito importante para nós: usamos a criatividade e conseguimos confeccionar muitos
brinquedos interessantes. E o legal é que usamos o alternativo e a sucata.”
Carlos Augusto da Silva, 13 anos

“Todos aqui gostam de brincar, por isso é que surgiu essa idéia de reaproveitar os litros, o papelão,
solados de sandália quebrada e outras coisas que pareciam não dar para aproveitar. Conseguimos
fazer vários brinquedos supercriativos.”
Jaqueline Alves Coelho, 13 anos

“A atividade de hoje foi muito interessante, pois estamos desenvolvendo a nossa criatividade, limpando
nosso espaço, reaproveitando o lixo e proporcionando alegria para as pessoas.”
Afrânio Soares, 13 anos

“Sou adolescente, mas brinco como criança. Fazendo esses brinquedos, considero um momento de
brincadeira para nós. Eu adoro brincar de bonecas, fazer roupinhas para elas e rodas de borracha
para os carrinhos dos meus primos.”
Anália Pereira, 15 anos

Jogos : Direita-Esquerda e Me ajuda

“Aprender nunca é demais. Esse jogo nos ensina as 4 operações, algarismos romanos, ajuda a
desenvolver mais a nossa inteligência e a ter cooperação entre o grupo. Isso é muito importante para
nós.”
André dos Santos, 14 anos

“Foi muito legal participar desse jogo! Ele ajuda quem tem dificuldade na escola. Eu mesma não sou
muito boa em matemática, mas estou melhorando através dessas atividades.”
Eleny Coelho, 13 anos

“Gostei muito desse jogo! Ele é divertido e muito educativo, tira as nossas dificuldades.”
Romário Ferreira, 12 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 34


“Gosto quando a atividade é jogo: além de divertir, a gente está aprendendo.”
Vanessa Santos, 12 anos

“Com estes jogos, as pessoas ficam mais unidas: a gente se abraça, dá beijo, passeia e aprende
juntos. Por isso o projeto está cada vez melhor.”
Érika Barbosa, 13 anos

“No projeto, temos muitos jogos que educam. Hoje nós brincamos com o jogo 'Me ajuda', que nos dá
a oportunidade de nos aproximar mais uns dos outros.”
Viviane Rodrigues, 13 anos

“Jogar sem competir é muito bom, pois a gente se preocupa em aprender. Sabemos que o objetivo
dos jogos é despertar em nós o espírito de equipe e de colaboração.”
Afrânio Soares, 13 anos

Jogo Damática

“Achei o dia bom, pois o jogo nos ajudou na dificuldade da matemática. Todos poderiam jogar
porque aprendemos brincando.”
Joyce Ferreira, 10 anos

“Gostei muito do jogo! Ele nos ensina a fazer as operações de forma divertida e nem percebemos que
estamos aprendendo.”
Antônio Carlos, 11 anos

“Esse jogo é muito bom! Todo mundo participou, porque ele é muito divertido. Quem não sabe lidar
com a matemática se interessa em aprender.”
Luiz Gustavo Pereira, 10 anos

“O jogo foi muito interessante, pois nos ensinou a brincar com as quatro operações.”
Amanda Santos, 9 anos

“Através do jogo, tive a oportunidade de aprender as operações de uma forma diferente e divertida.”
Isadora Amorim, 10 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 35


Exercício de Relaxamento

“Parece que saímos de nosso corpo e viajamos por vários lugares diferentes, que às vezes só vimos
pela televisão. É interessante e muito curioso isso.”
Lucas Teixeira, 10 anos

“Engraçado que consegui lembrar de coisas que puxei somente pela memória e que no dia-a-dia já
havia me esquecido, coisas importantes e que sumiram do meu pensamento.”
Sara Gonçalves, 10 anos

“É interessante como todos ficam concentrados ouvindo a música ao longe, pensando em várias
coisas, uma de cada vez. Parece que nossos pensamentos ficam mais organizados.”
Maria Luíza Santos, 11 anos

“Lembrei de pequenos detalhes de minha vida que eu não dava a devida importância. Agora sei a
diferença que eles fazem.”
Joseph Coelho, 11 anos

“Poder fazer nossos próprios brinquedos é gratificante. Aprendemos a reutilizar e a valorizar mais o
que temos.”
Higor Ferreira, 10 anos

“Essa atividade me fez muito bem! Hoje de manhã eu estava um pouco triste com alguns probleminhas
familiares, mas agora me sinto leve e feliz. Aprendi que temos que levantar a cabeça e enfrentar os
problemas de frente, colocar para fora todo o sentimento negativo.”
Eleny Coelho, 13 anos

“Participar desse relaxamento foi muito legal! Fez despertar em mim um novo ânimo. A gente deve
parar um pouco para refletir sobre as nossas ações e nunca deixar acumular sentimentos ruins dentro
de nós, pois isso atrapalha o nosso desenvolvimento e a nossa alegria.”
André dos Santos, 14 anos

“Gostei do dia de hoje, pois refletimos sobre a nossa vida, tanto as coisas boas quanto as ruins. E o
legal é que nos sentimos pessoas novas.”
Vanessa Santos, 12 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 36


Jardim

“Foi divertido cuidar do jardim! Tem um lugar especial onde gostamos de brincar, é um lugar bonito e
todos que chegam gostam de dar uma passadinha lá.”
Lucas Santos Almeida, 6 anos

“O jardim fica bem mais bonito quando limpamos ele. Temos que cuidar para o mato não tomar
conta das mandalas. Agora a visão é outra.”
Warley Glender Gomes, 8 anos

“Eu gosto de mexer com as plantas, pois sei que elas ficam felizes quando cuidamos dela. O jardim
fica limpo e gostoso de ficar.”
Maristane Pereira, 8 anos

“O jardim é um lugar onde gostamos de estar brincando, por isso devemos ter cuidado com ele.
Temos que deixá-lo bonito e limpinho.”
Graziela Lopes, 6 anos

“Quando estamos cuidando do jardim, usamos nossa imaginação e criamos mandalas com vários
desenhos e formas.”
Danielle dos Santos Dourado, 7 anos

“Gosto sempre de ajudar a cuidar do jardim: parece que ele fica mais alegre e bonito.”
Jeisy Esteves, 7 anos

“A natureza também precisa da gente. Eu cuido do jardim molhando e não jogando lixo nele.”
Tauane Moreira Rodrigues, 10 anos

“O jardim fica na entrada do projeto e quem chega logo vê. Cuido dele com carinho para que ele
fique cada vez mais bonito.”
Hiaskara Sad, 10 anos

“Gosto de cuidar do jardim e de encher o laguinho para ver os peixinhos.”


Tiago Júnior Lopes, 8 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 37


Cartão com Tinta de Terra

“Hoje eu acho as pinturas feitas com tinta de terra mais bonitas do que quando a gente fazia com as
outras tintas.”
Ângela Ferreira, 8 anos

“Eu adoro pintar! Só que hoje foi diferente, porque usei um tipo de tinta que não conhecia e meu
cartão ficou lindo!”
Giovana Pereira, 8 anos

“Achei o grupo hoje bom, participativo, não houve bagunça e cada pessoa pôde fazer seu cartão e
ainda ajudar a fazer os outros, que ficaram muito bonitos.”
Emily Pereira, 8 anos

“As visitas ficaram felizes com nossos cartões e ganhamos muitos beijos.”
Nara Gille Santos, 7 anos

“Eu adoro pintar! Não sabia que a terra também pode ser transformada em tinta. Agora posso fazer
minha própria tinta.”
Robson Fernandes, 9 anos

“A colaboração do grupo foi muito importante para realizarmos a atividade. Nós fizemos com calma e
carinho, por isso ficaram todos bonitos.”
Isaack Jaques da Silva, 7 anos

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• Relatório Técnico - Música
Projeto Ser Criança - Período: abril a junho/2008

INTRODUÇÃO

O trabalho de música é realizado de maneira satisfatória. No decorrer desses meses, trabalhamos a


música com as crianças do projeto para que as elas pudessem desenvolver mais a sua criatividade e
aprendizagem. A música é um instrumento que nos permite uma aprendizagem significativa e ao
mesmo tempo prazerosa. A forma como trabalhamos a música com as crianças permite que elas se
soltem e procurem interpretar as letras, expressando com o corpo e pondo para fora os sentimentos
que ela provoca.

As crianças e os adolescentes se sentem mais protagonistas e esse aprendizado se dá por meio de


interpretações, brincadeiras que estimulam o ritmo e também a partir das danças e dos teatros que
foram criadas no decorrer desse tempo.

Tudo o que se propõe nessa atividade faz com que tanto as crianças como os adolescentes se
entreguem com muita vontade, pois o interesse em fazer algo belo é muito grande. Esse é um
indicador que nos dá a certeza de que tudo que se produz com carinho e com criatividade nos
possibilita uma aprendizagem significativa, compartilhando experiências e informações, estimulando a
reflexão e o questionamento, apontando assim caminhos e possibilidades para o seu desenvolvimento.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

• Músicas Aprendidas

Todos os grupos, tanto de manhã como à tarde, aprenderam a música “Filho do filhote”. Inicialmente,
é passada apenas a letra da música e, a cada frase, discuti-se o significado da letra. Essa música
permite uma reflexão muito importante sobre o cuidado que devemos ter com o nosso planeta.

Por ser uma música pequena e bonita, não foi complicado o aprendizado. Todos ficaram muito
ansiosos para aprender a melodia. A partir dessa música, foi criada com o grupo das crianças
menores uma coreografia que encantou a todos que assistiram. “Filho do filhote” é uma música que,
ao ouvir, acalenta o coração. Ao ensinar uma música, as crianças conseguem voar na imaginação.

Outra música ensinada para as crianças, mas dessa vez não para todos os grupos, foi a “Corujinha”,

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 39


do grupo Curupaco. Como de praxe, primeiro é ensinada a letra, para depois ser passada a melodia.
As crianças ficam na expectativa de ouvir logo a melodia para sair cantando a letra aprendida, mas
nem sempre em um ou dois dias dá para aprender corretamente a melodia de cada música. Deve-se
escutar sempre, para que o ouvido se acostume com a música.

Trabalhamos também com a música “Engenho Novo”, do Coral Araras Grandes, um grupo da cidade
de Araçuaí. O objetivo é que as crianças conheçam um pouco do trabalho dos artistas da nossa
região. A partir dela, montamos também uma coreografia.

Outra música aprendida foi “Ser Criança”, de Rubinho do Vale, artista da nossa região. Essa música
traz uma melodia muito gostosa e fala como seria ideal a vida de uma criança. O objetivo desse
trabalho é criar a oportunidade para que a música seja um instrumento presente na vida das crianças
e dos adolescentes, apontando para sua indispensável contribuição à formação de seres humanos
sensíveis, criativos e reflexivos.

• Coreografias

Quando se cria uma coreografia com algum grupo, os meninos ficam muito empolgados, mas nem
sempre todos participam, alguns com receio de não dar conta, outros por timidez. Foram criadas
várias coreografias nesse período, como a dança com a música “Charada”. O tempo para as
coreografias não é muito grande, mas é satisfatório e as crianças se entregam, mesmo com suas
dificuldades. Os ensaios duraram três semanas e a cada semana elas ficavam aguardando qual o
passo que aprenderiam em seguida.

Ao final, foi feita a apresentação e todos se sentiram orgulhosos ao mostrar seus figurinos e mais
orgulhosos ainda quando, no final, ouviram os aplausos para o bis. Isso nos fez perceber que o
trabalho realizado com a música deixa as crianças mais soltas e mais participativas.

Iniciamos o ensaio de uma coreografia dos anos 60 com o grupo de adolescentes da educadora
Talita. O interessante é que, de início, os meninos acharam estranha a melodia e pensaram como as
pessoas poderiam dançar aquele tipo de música. Na medida em que iam se acostumando com a letra,
no entanto, criaram gosto pelo ritmo. Falamos como as pessoas se comportavam naquela época,
como eram os bailes, como dançavam, como era o namoro, o estilo de roupas. Com isso, eles
acharam interessante e faziam comentários que os pais já haviam lhe falado sobre esse tempo.

Houve muita participação e interesse, alegria e harmonia durante a atividade. Cada um dançava da
sua maneira, não fugindo da forma como era a dança da época. Depois, avaliamos o dia e ficamos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 40


surpreendidos com todos, que mostraram grande interesse e gosto pela música. Discutimos sobre as
diferenças entre a época atual e a antiga e, para complementar o trabalho, assistimos aos filmes
“Grease” e “No tempo da brilhantina”, o que nos permitiu fazer uma associação das diferentes
épocas.

No dia da apresentação, foi a maior euforia: todos estavam muito empolgados com as roupas que
reproduziam o estilo da época, principalmente os meninos. A apresentação foi tão boa, que eles
repetiram a dose para as famílias no encontro de pais.

Na reprodução da coreografia da Rosa, os meninos tiveram muita dificuldade da lateralidade


esquerda e direita, o que dificultou um pouco a dança, mas isso não foi empecilho para ninguém
desistir de chegar até o fim e fazer uma apresentação bem bonita para a roda grande. Ao final desse
trabalho, notamos o quanto as crianças estavam mais expressivas e felizes.

• Interpretação de história

As histórias também podem tornar-se um recurso importante no processo da educação musical. Como
o objetivo era estimular a capacidade criativa, as crianças foram divididas em grupos e cada grupo
poderia escolher a sua história. De início, algumas se intimidaram, mas aos poucos foram se soltando.
Percebe-se que as crianças estão mais participativas a todas atividades que são propostas para o
grupo. Essa atividade nos possibilitou trabalhar tanto a interpretação, como ampliar recursos que
incluem o vocabulário das crianças e adolescentes.

• Atividade de expressão corporal

Com o objetivo de trabalhar ritmo e expressão corporal, as crianças teriam que observar, improvisar e
imitar, explorando sons e ritmos. Nota-se que nessa atividade o exercício de concentração exige muito
de cada pessoa, sobretudo a capacidade de concentração. Para alguns, isso foi um ponto dificultador.
De início, as crianças deveriam seguir um ritmo e depois criar o seu próprio.

Essa atividade possibilita a oportunidade de observar e analisar como as crianças ouvem e percebem.
Dá a oportunidade de fazer com que as crianças brinquem, traduzindo em sons seus gestos e
sensações, experimentando e explorando com seu corpo, usando seu mundo de imaginação e faz-de-
conta.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 41


GERENCIAMENTO DO PROJETO

O Ser Criança é gerenciado de uma forma eficaz pela instituição CPCD (Centro Popular de Cultura e
Desenvolvimento), que procurar agilizar as demandas estabelecidas. A coordenação local procura
trazer para as nossas rodas discussões que nos fazem refletir e buscar soluções para a melhoria do
nosso trabalho.

DESENVOLVIMENTO DE EDUCADORES

A equipe de educadores procura desempenhar seu papel de maneira coerente. Para ampliar nossos
conhecimentos e, em contrapartida, fazer um momento de lazer, marcamos nosso clube do vídeo para
assistir ao filme “Regras da Vida”. Esse é um momento em que os educadores se encontram num clima
de muita harmonia e satisfação.

ENVOLVIMENTO DOS EDUCADORES

Acreditamos que, para obter mais êxitos em nosso trabalho, a união entre família e projeto é
fundamental para fortalecer nossos laços. Nesse encontro, podemos mostrar um pouco do trabalho
desenvolvido nas atividades de música realizado com as crianças. Dessa forma, os pais sentem que as
crianças estão mais desinibidas e tanto crianças como pais ficam orgulhosos de mostrar e ver o
resultado de um trabalho. Também foram apresentadas algumas danças produzidas nas atividades
diárias.

Para atingir nossos objetivos, buscamos estabelecer, com a cooperação dos pais, um entrosamento
verdadeiro e cheio de conversas. Quando se tem um envolvimento da comunidade dentro do projeto,
tudo se torna mais eficaz e os objetivos são conquistados com mais facilidade.

ENVOLVIMENTO NAS ATIVIDADES

Todo ano somos convidados pelo Colégio Nazareth, parceiro do Ser Criança, a abrir a semana de
coroações do mês de Maria. Como sempre, preparamos uma coroação junto com algumas crianças
do coro e outras do Ser Criança. Como estamos com o foco voltado para o compromisso ambiental,
fizemos asas de anjo com tiras de retalhos, que foram a atração deste ano. A diretora da Escola

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Estadual Isaltina Cajubi gostou tanto do diferencial dessas asas, que nos procurou e pediu que as
emprestássemos para os alunos da escola usarem.

Atendendo a um convite da Irmã Valéria, o coro fez uma performance no dia 24 de maio para um
seminário realizado pelo colégio. Nesse dia, as crianças do coro puderam também conhecer um
pouco do trabalho realizado por outro coral da folia de reis do Bairro Arraial e, no final, saíram juntos
num animado batuque. Mais uma vez, mostramos um pouco do trabalho realizado dentro do Ser
Criança.

AVANÇOS OBTIDOS

- Maior interação dos adolescentes nas atividades de música.


- Rodas mais animadas com as músicas aprendidas.
- Equipe mais harmônica.
- Crianças mais protagonistas e participativas.
- Crianças mais afinadas.
- Desenvolvimento do trabalho de música com os educadores.
- Alegria e descontração.

DIFICULDADES ENCONTRADAS

- Na roda da tarde, as músicas são cantadas com mais lentidão, por causa do acompanhamento do
atabaque.
- Agitação na atividade de música com as crianças menores na parte da tarde.
- Necessidade de oficina de percussão para educadores e crianças.

BREVE SÍNTESE

O trabalho de música é bem aceito por todas as crianças e educadores, produzindo um efeito
satisfatório para todos os participantes. Quando cantamos, nossas mágoas vão desaparecendo. Temos
momentos de muita interação, transformação e aprendizado, pois a troca de experiência é sempre
válida para o enriquecimento do trabalho.
Pama Dourado - Educadora

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ANEXOS

• Depoimentos

Música

“Gosto muito da atividade de música. Hoje, na oficina de expressão corporal, me senti muito bem,
meu corpo ficou relaxado e leve.”
Stephany Dourado, 8 anos

“É muito interessante o aquecimento que fazemos antes de aprender as músicas. São letras bonitas
que nos permitem sonhar.”
Adna Fernandes, 7 anos

“A música ‘Ser Criança’, do Rubinho do Vale, que aprendemos no projeto, fala da magia do brincar.
Essas músicas fazem bem pra gente.”
Isadora Moreira, 10 anos

“O que mais me alegrou foi a dança que apresentamos na roda. Foi tudo muito legal: os ensaios, a
preparação das roupas. Me senti feliz por ter conseguido dançar tudo certinho.”
Angelina Pereira, 10 anos

“Eu achei a dança muito boa e esse tempo que a gente ensaiou foi um aprendizado. Foi bom até para
espantar os males. Todo mundo gostou.”
Amanda Fonseca da Silva, 12 anos

“É bom dançar, porque a gente aprende a soltar o corpo, a interpretar a história e a se envolver mais
com as pessoas do nosso grupo.”
Ramom Felipe Souza Santos, 11 anos

“A letra da música ‘Filho do Filhote’ é muito interessante. Todos deveriam conhecê-la, porque ela faz
as pessoas refletirem sobre o que está acontecendo com nosso planeta e pensar que nós somos os
responsáveis pelo futuro.”
Éverton Santos Profiro, 12 anos

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“Nos distraímos muito com as músicas e nos divertimos com as brincadeiras que a Pama faz no grupo,
que despertam a nossa atenção e confiança.”
Tamires Fernandes, 12 anos

“A música ‘Filho do Filhote’ tem uma letra muito interessante, que fala da importância de cuidar da
vida, preservando o meio ambiente.”
Joseph Coelho, 11 anos

“Com os pequenos teatros que fizemos hoje, vamos aprendendo aos poucos a interpretar. Muitas
pessoas, com isso, acabam perdendo a inibição, que às vezes atrapalha.”
Sara Gonçalves, 10 anos

“Na música ‘Ser Criança’, percebemos que vale mesmo brincar, nos divertir, deitar e sonhar com um
mundo melhor de se viver.”
Lucas Teixeira, 10 anos

“Nessa brincadeira, aprendemos a confiar mais uns nos outros, a repassar carinho e ofertar a paz
para todas as pessoas.”
Thaynara Mendes, 11 anos

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