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1. A visita
2. A Mina do Lousal
3. A Mina e a popu1ação
Um dos aspectos
mais impressionantes
desta visita de estudo foi
perceber a importância
que a Mina do Lousal tinha
para os habitantes daquela
terra. Na realidade, pode
mesmo dizer-se que tudo
girava em torno da mina e
que tudo dependia do
sucesso da sua
exploração.
A mina tinha mais
de dois mil e quinhentos
trabalhadores que
constituíam, na maior parte
dos casos, agregados
familiares. Tudo era
pertença da mina: as
habitações, a casa de
saúde, a farmácia, o posto
médico, instalações
comerciais, a escola e até
mesmo o salão de festas,
bem como os empregados
em todos estes serviços.
Se analisarmos os
dados referentes à
população do Lousal de
1911 até 1960,
percebemos que houve um
acentuado acréscimo
populacional, situação que
se inverteu, numa primeira
fase devido á mecanização
do trabalho e, mais tarde,
ao encerramento da mina:
Percebe-se por isso a importância da mina. Se ela fechasse, fechava-se também a
vida de milhares de pessoas. Daí que, após o seu encerramento, se tivesse assistido a uma
grande tristeza e descrença por parte da população do Lousal.
O encerramento da mina levou a urna estagnação da economia da região e a uma
grande ruptura na vida da população[b]. Esta diminuiu drasticamente e envelheceu muito, por
causa da baixa esperança média de vida (os mineiros morrem prematuramente devido aos
acidentes de trabalho, poeiras que provocam a silicose e ruídos que provocam surdez), do
grande fluxo migratório de jovens para fora do Lousal e por causa de a maioria dos mineiros
não ter direito sequer à reforma por questões burocráticas.
4. O impacto ambiental
5. O projecto de musea1ização
4. Tendo em vista a execução plena e eficaz das suas atribuições, o CSM e os agentes da Segurança Mine
de regime remuneratório especial a aprovar pelo Governo.
A r t i g o 2 1 9
(Atribuições do Corpo de Segurança Mine
1. Em estreita dependência, e sob a coordenação das autoridades com competência legal para a realização
processoscrime, a Segurança Mineira pode realizar actos de investigação conducentes à recolha de provas
instrução de processoscrime,
nos termos estabelecidos pela lei para os órgãos de investigação e instru
2. Sem prejuízo das competências gerais dos órgãos policiais e de instrução penal estabelecidas por
Mineira são conferidas as seguintes atribuições esp
a) Assegurar o combate à exploração, ao tráfico ou à mera posse de minerais que seja realizada à
especialmente dos minerais estratégicos;
b) Organizar, controlar e executar toda a actividade operativa para prevenir e combater todas as acçõ
contra as leis mineiras e as políticas do Estado para o sector
c) Propor e aplicar medidas que garantam o desmantelamento de grupos, redes e indivíduos que se dediq
ao tráfico ilícito de minerais e a outras práticas
d) Zelar pela organização e execução do sistema de segurança industrial do sector mineiro nos casos em
incida sobre um mineral estratégico;
e) Executar a actividade de pesquisa operativa em todo o circuito de produção, tendente a prevenir furtos
ilícitas sobre minerais estratégicos;
f) Acompanhar as actividades desenvolvidas pelas empresas ligadas à prospecção, exploração, compra e
de minerais estratégicos, com vista à recolha de informações e demais elementos de interesse par
segurança dos mesmos;
g) Acompanhar e fiscalizar as operações de segurança realizadas autonomamente pelas empresas co
direitos mineiros em geral;
h) Emitir credenciais e outros documentos afins de acesso às zonas restritas e de reserva de minera
i) Emitir credenciais e outros documentos de acesso e de trabalho nas áreas de exploração artesanal, nos
neste código;
C A P Í T U L O X V
TRANSGRESSÕES PENAIS
S e c ç ã o
(Prevenção e Repressão)
A r t i g o 2 2 0
(Âmbito)
1. O regime penal estabelecido neste capítulo aplicase às pessoas e aos actos envolvendo minerais e
direitos e obrigações a eles associados, tipificados neste código como infrac
2. Nos casos não tipificados como crime pelo presente código, mas que constituam infracção penal envol
actos relacionados com a actividade minera, aplicase o regime penal comum.
A r t i g o 2 2 1
(Órgãos Competentes)
1. A prevenção e repressão dos crimes envolvendo minerais comuns compete, em todo o território naci
comuns de prevenção e repressão criminal do Estado, nos termos estabelecidos pela
2. A prevenção e repressão dos crimes envolvendo minerais estratégicos compete, em todo o territór
órgãos policias especiais de prevenção e repressão de crimes envolvendo minerais estratégicos, nos term
neste código e na lei comum
3. O Governo pode criar no interior dos órgãos judiciários de investigação e instrução processual com
especializadas de prevenção, investigação e instrução de processos penais de minerais estratégicos, as q
todo o caso, sujeitas a uma mesma direcção orgânica e a uma fiscalização comum do Mini
4. O Governo pode criar uma corporação policial especializada para a prevenção e repressão de cri
minerais estratégicos, nos termos definidos no Artigo.
A r t i g o 2 2 2
(Regimes Especiais de Remuneração)
O Conselho de Ministros pode estabelecer regimes especiais de remuneração para a Polícia Nacional
Judiciais e do Ministério Público, funcionários da justiça e demais trabalhadores dos restantes órgãos
repressão criminal, colocados nas áreas de produção de minerais, sempre que a necessidade de prevenção
o justifiquem.
A r t i g o 2 2 3
(Recompensa por Colaboração)
As pessoas que, por qualquer forma, determinarem a apreensão de minerais estratégicos, terão direi
equivalente a 25% do respectivo valor.
A r t i g o 2 2 4
(Minerais Apreendidos)
1. Os minerais apreendidos no âmbito de acção penal devem ser submetidos a exame e avaliação por peri
credenciados pelo Ministério da Tutela e entregues a este, que actuará como fiel depositária enquanto d
Depois de avaliados, e mediante requisição
órgãos competentes de investigação e de instrução processual, transitarão, sob termo de entrega, para a
2. Os minerais apreendidos serão depois do julgamento condenatório definitiva entregues aos seguinte
a) Às empresas detentoras de títulos de direitos de prospecção ou de exploração, quando estiver clarame
que foram extraídos ou furtados das jazidas de produção, instalações de escolha, de tratamento, d
segurança dos respectivos titulares;
b) Ao Estado, através do ministério da tutela ou dos órgãos públicos de comercialização de minerais estr
existirem, nos restantes casos.
S e c ç ã o I
Crimes Mineiros
A r t i g o 2 2 5
(Entrada não Autorizada em Zona Restri
1. O acesso e a permanência de pessoas numa zona restrita de produção mineral estratégica, fora dos ca
permite, é punidos com prisão e multa até 2
2. Havendo negligência, a pena é a de prisão até 6 meses ou multa até 1 ano.
A r t i g o 2 2 6
(Introdução Ilícita em Áreas de Mineração Arte
1. Todos os que se introduzirem, sem título, numa área demarcada para a exploração artesanal de mine
serão punidos com prisão até 6 meses ou multa até 1
2. A pena é a de prisão e multa até 2 anos, se o agente não tiver residência permanente na zona em
infracção.
3. Em caso de negligência a pena é a de prisão até 3 meses ou multa até 6 meses.
A r t i g o 2 2 7
(Actividade Ilícita de Prospecção)
1. A actividade de reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação de minerais estratégicos sem se
nos termos deste código e da legislação complementar, é punível com a pena de prisão e multa até 2 an
autores morais ou materiais.
2. A mesma actividade praticada por agentes ou mandatários dos autores morais ou materiais, é punida
cumplicidade.
A r t i g o 2 2 8
(Actividade Ilícita de Exploração)
A actividade de exploração de minerais estratégicos, assim como a sua simples extracção, sem o com
título de concessão de direitos de exploração, é punida como crime de furto com a pena de 2 a 8 anos
salvo se, havendo extracção, outra mais grave lhe couber, em razão do valor dos minerais extraídos.
A r t i g o 2 2 9
(Furto de Minerais Estratégicos)
1. O furto de minerais estratégicos em bruto é punível com pena de 8 a 12 anos de prisão maior, se outra
lhe couber, em razão do valor dos minerais extraídos e das circunstâncias em que o crime
2. O furto de minerais estratégicos transformados, depositados em locais de guarda e conservação, é puni
de furto, agravadas.
A r t i g o 2 3 0
(Posse Ilícita de Minerais Estratégicos)
1. A posse ou a mera detenção, fora dos casos legalmente autorizados, de minerais estratégicos em bruto,
pena de 2 a 8 anos de prisão
2. A posse ou mera detenção não autorizada de minerais estratégicos transformados, depositados em lo
conservação, sem que haja a intenção de furtar, é punida com a pena de prisão, podendo a pena ser subs
até 1 ano, em função da pouca gravidade do acto.
A r t i g o 2 3 1
(Tráfico Ilícito de Minerais Estratégicos)
1. Constitui tráfico ilícito de minerais estratégicos a compra, a venda, a dação em pagamento ou outra qu
transmissão, assim como a saída do território nacional, fora dos casos legalmente autorizados, de minerais
bruto.
2. O tráfico ilícito de minerais estratégicos é punível com a pena de 8 a 12 anos de
3. A comercialização de minerais estratégicos transformados, sempre que tal comercialização esteja sujeit
expressas ou a medidas de segurança especiais em razão da sua perigosidade para a saúde pública, é pu
de prisão e multa até 2 anos.
A r t i g o 2 3 2
(Introdução Ilícita de Minerais Estratégicos em Território
1. A introdução não autorizada em território nacional de minerais estratégicos em bruto, é punível com
anos de prisão maior.
2. Tratandose de minerais estratégicos perigosos para a saúde pública, em bruto ou transformados, a pen
anos de prisão maior.
A r t i g o 2 3 3
(Tráfico de Minerais sem Valor)
O tráfico de minerais sem valor fazendoos passar por minerais estratégicos, em bruto ou transformados,
pena de prisão e multa até 2 anos.
A r t i g o 2 3 4
(Condições de Punibilidade)
Os agentes dos crimes descritos nos artigos anteriores só são punidos se forem surpreendidos em flagrante
A r t i g o 2 3 5
(Actos Preparatórios, Cumplicidade e Encobriment
1. Os actos preparatórios dos crimes enunciados neste capítulo são puníveis com pena de prisão e multa
2. Os cúmplices de actos criminosos praticados por autores dos crimes previstos neste capítulo são punid
aplicáveis aos respectivos autores, mas atenua
3. O encobrimento de actos criminosos ou de pessoas que pratiquem os crimes previstos neste capítulo é
penas aplicáveis aos autores.
A r t i g o 2 3 6
(Multa Acessória)
1. A pena acessória de multa pela condenação por qualquer crime mineiro que a preveja não pode ser
valor dos minerais estratégicos objecto do crime cometido nem superior ao seu v
2. Se o crime for cometido por representantes, mandatários ou empregados de sociedades ou outras pesso
seu interesse, estas respondem solidariamente pelo pagamento da multa.
A r t i g o 2 3 7
(Medidas de Segurança)
1. Os agentes dos crimes previstos na presente capítulo que sejam estrangeiros nos termos da lei ango
expulsos do território nacional, depois de terem cumprido a
2. No caso de haver convenções internacionais ou bilaterais de que o Estado Angolano seja parte, sob
outras medidas semelhantes, serão estas aplicadas em conjugação com as penas previstas
3. Se os agentes dos mesmos crimes exercerem profissão titulada ou actividade económica sujeita a l
forem agentes ou administradores de sociedade legalmente constituída, poderá serlhes aplicada a pe
interdição do exercício da profissão, actividade de gerência, administração ou outra responsabilidade, pelo
anos.
4. Aplicase à interdição estabelecida no número anterior o disposto no nº 5 do artigo 70º do Código
necessárias adaptações.
A r t i g o 2 3 8
(Bens Perdidos a Favor do Estado
1. Nos crimes dolosos previstos neste capítulo, os minerais e materiais apreendidos devem ser declaradas
do Estado.
2. Incluemse nesta medida os equipamentos de produção ou de tratamento mineral usado para o crime
que, fora das condições previstas neste código, circulem nas áreas mineiras de acesso restrito, como ta
código, e as viaturas em que essas mercadorias e os agentes do crime forem transportados, salvo se perte
outras, a pessoas sem nenhuma participação no crime e que estejam de boa fé.
A r t i g o 2 3 9
(Atenuação Especial de Penas)
1. Em caso de confissão voluntária e útil para a descoberta de crimes e dos seus agentes, pode o tr
qualquer pena de prisão maior por penas de prisão e isentar os réus do cumprimento das penas de pri
acessória.
2. O tribunal pode igualmente reduzir qualquer pena de prisão maior até ao mínimo de 1 ano, ou subs
correccional nunca inferior a 6 meses, sempre que, pr
circunstâncias que justifiquem o uso da faculdade de atenuação especial da pena, o dano ou perigo de
sejam de valor reduzido ou insignificante.
A r t i g o 2 4 0
(Desobediência)
1. Os titulares de direitos mineiros que se recusem a cumprir as ordens e orientações transmitidas por ag
com poderes estabelecidos neste código ou na legislação comum, cometem o crime de desobediência, n
penal.
2. O crime de desobediência é agravado nos casos em que do acto resultem prejuízos para o Estado ou
casos em que o infractor deve responder acessoriamente pelos prejuízos causados.
L I V RO I V
DO REGIME TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO
C A P Í T U L O X V I
REGIME TRIBUTÁRIO
S e c ç ã o
Disposições Gerais
A r t i g o 2 4 1
(Objecto e Âmbito)
As disposições constantes do presente Capítulo constituem o regime tributário aplicável a todas as entida
estrangeiras que exerçam as actividades de reconhecimento, pesquisa, prospecção e de exploração d
termos do presente código, em território nacional, bem como em outras áreas territoriais ou internacionais
direito ou os acordos
internacionais reconheçam poder de jurisdição tributária à República de Angola.
A r t i g o 2 4 2
(Encargos Tributários)
1. As entidades referidas no artigo anterior estão sujeitas, consoante a sua actividade, aos seguintes enca
a) Imposto de rendimento;
b) Imposto sobre o valor dos recursos minerais
c) Taxa de superfície;
d) Taxa de exercício da actividade min
e) Contribuição para o Fundo Ambient
2. Os encargos referidos no n.º 1 do presente artigo não excluem a sujeição das entidades referidas no a
Objecto e Âmbito do Regime Tributário) a outros impostos ou taxas, bem como direitos e demais impos
devidos por lei, pela prática de actos complementares ou acessórios das actividades referidas no artig
Capítulo, excepto quando deles estejam expressamente isentos, assim como dos emolumentos previstos n
A r t i g o 2 4 3
(Independência dos Encargos e das Obrigações Tribu
O cálculo da matéria colectável e a liquidação dos encargos tributários das entidades referidas no ar
Objecto e Âmbito do Regime Tributário) fazse, para cada concessão mineira, de forma autónoma, send
entre si as obrigações tributárias relativas a uma determinada concessão mineira e a quaisquer outras.
A r t i g o 2 4 4
(Imposto sobre Aplicação de Capitais)
Os dividendos distribuídos pelas sociedades ou associações, resultantes dos rendimentos obtidos na
exploração mineira, estão sujeitos ao imposto sobre aplicação de capitais, nos termos da lei.
A r t i g o 2 4 5
(Imposto sobre o Rendimento do Trabalh
Ostrabalhadores estrangeiros, residentes ou não, contratados pelos concessionários ou por quem, de form
a actividade de pesquisa, prospecção ou exploração de recursos minerais, bem como todos aqueles que fo
para prestar serviços técnicos, científicos ou artísticos, não tributados por outro imposto, ficam sujeitos ao
rendimento do trabalho, nos termos e condições previstos na lei.
A r t i g o 2 4 6
(Legislação Subsidiária)
Em tudo o que não estiver previsto no presente código sobre a tributação é aplicado, subsidiariamente
Tributário e demais legislação avulsa de natureza fiscal e administrativa.
S e c ç ã o I
Encargos Tributários
S u b s e c ç ã o
Imposto de Rendimento
Artigo 247º
(Definição)
O imposto de rendimento sobre a actividade mineira referido na alínea a), n.º 1, do artigo 242º
Tributários), é o imposto industrial que se encontra genericamente regulado na legislação comum.
A r t i g o 2 4 8
(Taxa)
A taxa do imposto de rendimento para a indústria mineira é de 35%. A
(Incidência)
1. O imposto de rendimento previsto neste diploma incide sobre os lucros imputáveis ao exercício das ent
ou estrangeiras que, nos termos do presente código, tenham adquirido os direito
2. As associações em par t icipação ou out ras associações sem personalidade jurídica são responsáveis p
da obrigação fiscal decorrente da sua actividade, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos seus
medida das suas par t icipações, em caso
incumprimento.
3. Para os efeitos referidos no número anterior, as associações em participação e outras entidades se
jurídica devem proceder ao cadastro tributário junto da repartição fiscal respectiva, nos termos es
Ministério das Finanças.
Artigo 250º
(Isenções)
Ficam isentos do pagamento do imposto sobre o rendimento as entidades que, nos termos do presente
sujeitas ao pagamento da Taxa sobre o Exercício da Actividade Mineira.
A r t i g o 2 5 1
(Custos ou Perdas Dedutíveis)
1. Para efeitos de determinação do rendimento líquido tributável das entidades sujeitas ao imposto sob
nos termos deste código, consideramse custos ou perdas imputáveis ao exercício o
a) Encargos da actividade básica, acessória ou complementar, relativos à produção mineira, tais como o
matérias utilizadas, mãodeobra, energia e outros gastos gerais de fabricação, de conservação
b) Encargos de distribuição e venda, abrangendo os de transportes, publicidade e colocação dos mine
c) Encargos de natureza financeira, entre os quais juros de capitais alheios empenhados na empresa, d
transferências, oscilações cambiais, gastos com operações de crédito, cobrança de dívidas e emissõ
obrigações e prémios de reembolso;
d) Encargos de natureza administ rat iva, designadamente com remunerações, quotas, subsídios e compa
associações económicas e organismos corporativos, abonos de família, ajudas de custo ou subsídios diá
consumo corrente, transporte e comunicações, rendas, contencioso, pensão de reforma, previdência socia
excepção dos de vida a favor dos s
e) Encargos com análises, racionalização, investigação, consulta e especialização técnica do
f) Encargos fiscais e parafiscais a que estiver sujeito o contribuinte, sem prejuízo do disposto no
g) Reintegrações e amortizações dos elementos do activo sujeitos a deperecimento, mas com observância
artigo ____º deste Capítulo e dos artigos 30.º a 35.º do Código do Imposto
h) Encargos aduaneiros que tenham sido pagos por incorporação no preço dos bens de equipamento impor
internamente a não detentores de direitos mineiros que não beneficiem de isenções semelhantes ao
direitos mineiros, nos termos deste
código;
i) Provisões;
j) Indemnizações e prejuízos resultantes de eventos cujo risco não seja
k) Encargos emergentes da segurança das actividades
l) Imposto sobre o Valor dos Recursos Mi
m) Custos de prospecção e pesquis
n) Contribuição para o Fundo Ambient
2. As ofertas ou donativos feitas ao Estado ou para fins de natureza educativa, cultural, científica, caridad
desde que previamente autorizados pela autoridade fiscal, também são considerados custos ou perda
exercício.
A r t i g o 2 5 2
(Custos Fiscais de Amortizações e Reintegraç
São tidos como custos ou perdas do exercício, até ao limite das taxas anuais indicadas, os seguin
reintegração e amortização do activo imobiliz
a) Equipamentos mineiros fixos: 20%;
b) Equipamentos mineiros móveis: 25%;
c) Ferramentas e utensílios de mineração: 3
d) Equipamentos de acampamento: 20%;
e) Bens incorpóreos, incluindo despesas de prospecção e pesquisa: 25%.
A r t i g o 2 5 3
(Provisões para Recuperação Ambiental)
1. Os concessionários dos direitos de exploração que, nos termos do presente código, procedam à actividad
mineira, devem constituir uma provisão destinada a custear a restauração ou recuperação do ambiente
danos provocados pelas actividades geológicas e m
2. As taxas e o limite da provisão, são fixados pelo Ministro das Finanças, ouvidos os ministros de tute
mineira e do ambiente, de acordo com o montante determinado pelo estudo de impacto ambiental qu
estudo de viabilidade técnicoeconómica
no processo de obtenção dos direitos de expl
3. As despesas efectuadas com a recuperação ambiental são primeiramente abatidas ao valor acumul
existente e, no limite desta, antes que possam ser deduzidas a título de custo d
4. A provisão existente deverá ser utilizada até ao termo da concessão ou do contrato, devendo o titular d
respectivo ou a associação, no último ano de exploração, prestar uma caução, sob a forma de garantia ba
equivalente ao da provisão ou do seu remane
5. Havendo manifesta incúria do titular do direito mineiro ou de quem legalmente proceda a actividad
mineira, certificada pelos ministros de tutela da actividade mineira e do ambiente, e sem prejuízo da apl
medidas previstas em lei pelos organismos competentes, as despesas efectuadas para a respectiva recupe
não serão
dedutíveis da matéria colectável do imposto de rendimento.
A r t i g o 2 5 4
(Dedução de Prejuízos de Exercícios Anterio
Os prejuízos verificados num determinado exercício económico serão deduzidos nos lucros tributáveis,
cinco anos posteriores, devidamente corrigidos nos termos previstos na lei.
A r t i g o 2 5 5
(Custos ou Perdas não Dedutíveis)
1. Não se consideram custos ou perdas do e
a) O imposto de rendimento;
b) As despesas incorridas por falta grave, negligência grave ou dolo por parte do contribuinte ou quem
deste;
c) As comissões pagas aos intermediári
d) As indemnizações, multas ou penalidades por incumprimento das obrigações legais ou contratuais e as
verificação de eventos cujo risco seja segu
e) As despesas incorridas em processos de arbitragem, salvo quando realizadas para defesa das oper
f) As ofertas ou donativos que não tenham sido feitas ao Estado ou para fins de natureza educativa, cu
caridade e beneficência e com a autorização prévia da autoridade
g) Os juros intercalares pagos nos termos do parágrafo 2.º do artigo 192.º do Códig
h) As despesas de formação do pessoal expatriado e dos programas de formação que não respeitem os te
legislação aplicável;
i) Quaisquer impostos e contribuições devidos, seja a que título for, pelos trabalhadores residentes e nã
Angola, bem como pelos administradores, directores, gerentes, membros do Conselho Fiscal e outros
contribuinte, se este os substituir no pagamento de tais
j) As despesas de representação escrituradas a qualquer título, e ainda que devidamente documentada
exceda 20% da remuneração base;
k) As despesas de carácter pessoal de sócios ou accionistas do c
l) As contrapartidas oferecidas ao Estado pela atribuição de concessões
2. Não são permitidas deduções que se traduzam em duplicação.
A r t i g o 2 5 6
(Incentivos Fiscais)
1. A requerimento dos interessados, dirigido ao Ministro das Finanças, ouvido o parecer do ministro da tute
Nacional de Impostos, os titulares de direitos mineiros sujeitos a imposto industrial podem obter incentivos
de custos dedutíveis.
2. São passíveis de incentivos, designadamente, os seguintes actos relevantes para a econo
a) O recurso ao mercado local de bens e serviços compl
b) O desenvolvimento da actividade em zonas r
c) A contribuição para a formação e treinamento de recursos humano
d) A realização de actividades de pesquisa e desenvolvimento em cooperação com instituições académ
angolanas;
e) O tratamento e beneficiação local dos m
f) A relevante contribuição para o aumento das exp
3. Os titulares de direitos mineiros que o requeiram, nos termos do número um deste artigo, poderão obte
prémios de investimento (uplift) e períodos de graça no pagamento do importo de rendimento, sem
abrangidos pelas alíneas a)e b)do número 2 deste artigo.
S u b s e c ç ã o I
Imposto sobre o Valor dos Recursos Minerais (Royalty)
Artigo 257º
(Incidência)
1. O Imposto sobre o Valor dos Recursos Minerais, ou Royalty, incide sobre o valor dos minerais extraídos
ou, quando haja lugar a tratamento, sobre o valor dos con
2. Tratandose de mineração artesanal de diamantes, o roaylty incide sobre o valor dos lotes adquirid
públicos de comercialização, nos termos deste c
3. Tratandose de mineração artesanal de outros minerais, estratégicos ou não, o roaylty incide sobre o va
adquiridos pelos órgãos públicos de comercialização e outros compradores autorizados, nos termos do artig
A r t i g o 2 5 8
(Valor dos Minerais)
1. As entidades sujeitas ao Imposto sobre o Valor dos Recursos Minerais devem, até ao dia 15 de cada m
repartição fiscal competente, uma declaração Modelo D, em triplicado, ou outro documento que legalm
substituir, contendo as quantidades mensais produzidas no mês anterior, o seu valor, as bases u
determinação do seu preço e
outros elementos necessários ao cálculo do imposto
2. O valor dos minerais produzidos, para efeitos de cálculo do royalty é determinado em função do preç
das vendas feitas no período reportado ou, quando tal não seja possível, é fixado em relação à méd
internacionais.
3. Os exemplares da declaração referida no número 1 deste artigo, depois de visadas pelo Ministério
autenticadas com selo branco, destinamse um ao declarante, um para o processo existente no Ministério
outro para o ministério da tutela
4. As disposições contidas nos números anteriores deste artigo são aplicáveis às entidades comercial iz
termos deste capítulo, devem pagar o Imposto sobre o Valor dos Recursos Minerais dos minerais por
entidades que exercem exploração artesanal.
Artigo 259º
(Isenções)
1. Estão isentos do pagamento do Imposto sobre o Valor dos Recursos Minerais os minerais extraídos pela
exerçam apenas actividades de prospecção e pesquisa, cujo valor comercial seja
2. É competente para dirimir conflitos sobre a relevância ou irrelevância de minerais extraídos du
reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação, o ministro da tutela.
A r t i g o 2 6 0
(Taxa)
1. As taxas do royalty a aplicar sobre o valor dos recursos minerais são as
a) Minerais estratégicos: 5%;
b) Pedras e minerais metálicos preciosos:
c) Pedras semipreciosas: 4%;
d) Minerais metálicos não preciosos: 3
e) Materiais de construção de origem mineira e outros minera
2. Quando haja variação positiva dos preços dos minerais, face aos preços constantes do estudo
técnicoeconómica, às taxas referidas no número anterior serão acrescidas as taxas constantes da tabe
Anexo II deste código e que dele é parte integrante, consoante a proporção da variação do preço.
Artigo 261º
(Pagamento)
1. O pagamento do Imposto sobre o Valor dos Recursos Minerais é feito até ao final do mês estabelecido p
declaração a que se refere o artigo 258º (sobre Valor dos Minerais), podendo ser efectuado em dinheiro
2. Não havendo notificação para pagamento em espécie, este será sempre efectuado
3. Quando o Estado optar pelo recebimento do royalty em espécie, a obrigação da entrada da receita resp
do Estado transitará para o organismo oficial que for encarregado de receber e administrar os min
pagamento pelas empresas exploradoras, devendo as empresas exploradoras entregar mensalme
correspondentes a tal organismo.
4. O prazo de entrega dos minerais a que se refere o número anterior é de 15 dias, findo o período a
pagamento do imposto.
5. O organismo oficial de que trata o número 3 deste artigo fica obrigado a entregar nos cofres do te
documento de arrecadação de receitas, até ao último dia de cada mês, as receitas realizadas com a vend
mês anterior, ou comunicar, dentro do mesmo prazo, a circunstância de não ter havido vendas, se e
6. No caso de haver pagamento em espécie, declaração idêntica à referida no artigo 258º (sobre Valor do
prestada em quadruplicado ao organismo oficial de que trata este artigo, que ficará com um exemplar
restantes pelas entidades mencionadas nesse artigo.
A r t i g o 2 6 2
(Penalidades)
1. Sempre que, por facto imputável ao contribuinte, for retardado o pagamento do royalty,a este acrescer
refere o artigo 39º do Código Geral Tributário, sem prejuízo da multa aplicada
2. Decorridos 30 dias sobre o prazo referido no artigo anterior, será ainda devida multa de valor igual ao im
3. Decorridos mais 30 dias, sem que se achem pagos o imposto e acréscimos legais, será imposta multa ag
igual ao dobro do imposto não pago, sem prejuízo dos procedimentos legais para cobrança coerciva das dív
S u b s e c ç ã o I I
Taxa de Superfície
Artigo 263º
(Incidência)
Os titulares de direitos de prospecção mineira concedidos nos termos do presente código estão obrigado
anual de uma taxa de superfície que incide sobre a área da concessão.
A r t i g o 2 6 4
(Taxa)
1. Durante a vigência da título de reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação no período inicial
detentor fica sujeito ao pagamento da Taxa de Superfície, na unidade monetária com curso legal, por quiló
da área correspondente à cada título, nos seguintes
a) Para os diamantes: o equivalente a 7 dólares dos Estados Unidos da América, no primeiro ano;12 dól
ano;20 dólares no terceiro ano;30 dólares no quarto ano e 40 dólares no
b) Para os restantes minerais estratégicos: o equivalente a 5 dólares dos Estados Unidos da América no
dólares no segundo ano;15 dólares no terceiro ano;25 dólares no quarto ano e 35 dólares n
c) Para as pedras e metais preciosos: o equivalente a 5 dólares dos Estados Unidos da América no primeir
no segundo ano;15 dólares no terceiro ano;25 dólares no quarto ano e 35 dólares
d) Para pedras semipreciosas: o equivalente a 4 dólares dos Estados Unidos da América no primeiro a
segundo ano;10 dólares no terceiro ano;15 dólares no quarto ano e 20 dólares no
e) Para minerais metálicos não preciosos: o equivalente a 3 dólares dos Estados Unidos da América n
dólares no segundo ano;7 dólares no terceiro ano seis;12 dólares no quarto ano e 18 dólares n
f) Para os materiais de construção de origem mineira e outros minerais: o equivalente a 2 dólares dos Es
América no primeiro ano;4 dólares no segundo ano;6 dólares no terceiro ano;10 dólares no quarto ano
quinto ano.
2. Para cada período de prorrogação do período inicial de 5 anos, previsto no presente código, os valores
correspondentes ao dobro do valor do quinto ano, por cada ano de
3. Os valores da taxa de superfície estabelecidos no número1 deste artigo poderão ser alterados medi
Governo, com fundamento nas alterações cambiais, monetárias, inflacionistas e outras que tenham
motivem a necessidade objectiva de tais alter
4. Havendo retenção de parte da área de concessão, em conformidade com as disposições deste capít
direitos mineiros respectivo deve pagar o triplo dos valores estabelecidos para o quinto ano, recaindo sobre
de concessão não libertada.
Artigo 265º
(Pagamento)
1. Para obtenção do título de prospecção ou da sua prorrogação, os interessados devem proceder ao pag
de superfície junto da Repartição Fiscal competente, com base numa guia de pagamento a emitir em
ministério de tutela, onde conste:
a) O mineral objecto da título de prosp
b) Área abrangida pela título de prospecção, em quilómetros quadrados, e sua
c) A fase de reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação, dis
o período inicial ou prorrogação em que se deve e
d) O montante a pagar anualmente nos termos estabelecidos neste
2. Os pagamentos subsequentes ao primeiro ano deverão ser efectuados até 31 de Janeiro do ano a que
sendo dispensada a apresentação de nova guia, a menos que se verifique qualquer alteração nos
3. Os exemplares da guia referida no número 1 deste artigo, depois de averbados pela Repartição Fisca
elementos que comprovem o seu pagamento, destinamse um para apresentação no ministério da tu
integrar o processo da Repartição Fiscal e o terceiro para o interessado.
A r t i g o 2 6 6
(Penalidades)
1. O atraso no pagamento da taxa de superfície, até 60 dias, para além do prazo estabelecido no núm
anterior, é punido com multa igual ao dobro do valor da
2. Decorridos 30 dias após o prazo referido no número anterior, sem que se ache regularizado o pagam
taxa devida e as cominações neles previstas, o devedor ficará sujeito a uma multa equivalente a cinco
taxa.
3. No caso do prazo mencionado no número anterior ser excedido, ou ainda
reincidência na mora e sem prejuízo para a execução das penalidades anteriores, será anulado, n
adequada, o título de concessão.
Subsecção IV
Taxa Artesanal
A r t i g o 2 6 7
(Taxa Artesanal dos Minerais não Estratégic
As entidades que exerçam actividade de exploração mineira artesanal de minerais não estratégicos
presente código, estão sujeitas ao pagamento da Taxa sobre o Exercício da Mineração Artesanal, ou Taxa A
A r t i g o 2 6 8
(Taxa Artesanal e Pagamento)
1. A Taxa Artesanal referida no artigo anterior é estabelecida por Decreto do Governo, por proposta d
Finanças e da tutela.
2. O valor da Taxa Artesanal é fixado em Salários Mínimos, sendo distinto para cada tipo de min
3. As normas processuais para o pagamento da Taxa Artesanal serão estabelecidas no Decreto do Gov
taxa.
A r t i g o 2 6 9
(Impostos e Taxas dos Minerais Estratégic
1. O titular do título de exploração artesanal de minerais estratégicos está sujeito ao pagamento de impost
e a um royaltyde até 5% do valor dos m
2. O imposto e a taxa descritos no número anterior são retidos na fonte pelo órgão público de comercializa
estratégicos por cada pagamento efectivo e entregue nos cofres do Estado, através da repartição fi
exercício da actividade artesanal, devendo para o efeito entregar ao titular da título um recibo provisó
3. A liquidação e entrega dos impostos devidos são da responsabilidade do órgão público de comercializa
estratégicos, que responde pela totalidade de cada imposto e acréscimos no caso de não
4. O órgão público de comercialização de minerais estratégicos é responsável pela entrega do comprovativ
do royalty ao titular da título
5. As repartições fiscais devem manter organizados os processos de cada titular de título de exploraç
minerais estratégicos a quem atribuirão o respectivo número de contribuinte.
S u b s e c ç ã o
Fundo Ambiental
A r t i g o 2 7 0
(Dever de Contribuição)
1. Com excepção da actividade mineira artesanal, as entidades que exerçam a actividade de exploraçã
sujeitas ao pagamento de uma contribuição ao Estado que se destina à constituição de um Fun
2. A competência para criar o Fundo Ambiental e aprovar a sua orgânica e competências é do Governo, o q
o montante da contribuição referida no número anterior, bem como outras regras, incluindo a forma d
afectação das receitas respectivas.
C A P Í T U L O X V I I
REGIME ADUANEIRO
A r t i g o 2 7 1
(Objecto)
1. Os titulares de direitos mineiros concedidos ao abrigo do presente código ficam sujeitos ao regime ad
neste capítulo.
2. Em tudo quanto não se encontre estabelecido neste capítulo, é aplicável o regime g
A r t i g o 2 7 2
(Isenção para Operações de Prospecção)
1. É isenta de direitos e da taxa de serviço relativa aos emolumentos gerais adu
excepção do imposto de selo, da taxa estatística de 1/1000 e das restantes taxas de prestação de servi
importação de mercadorias destinadas exclusiva e directamente à execução das operações de prosp
reconhecimento, exploração e tratamento de recursos minerais, constantes de lista a aprovar por Decreto
proposta do Ministério das Finanças e da
2. Por solicitação do titular de direitos mineiros respectivo, e após parecer da Direcção Nacional das Alfând
acrescentadas às listas anexas, através de Decreto Executivo dos Ministros das Finanças e da tutela, ou
destinadas exclusiva e directamente à execução das operações mineiras referidas no número anterior.
A r t i g o 2 7 3
(Protecção da Indústria Nacional)
A isenção prevista no artigo anterior não é aplicável no caso de se produzirem em Angola as mercad
isenção, da mesma ou similar qualidade, e que estejam disponíveis para venda e entrega em devido tem
preço não exceda 10% relativamente ao custo do artigo importado, antes da aplicação dos encargos adua
inclusão dos custos de transporte e seguro com o método de avaliação do valor da Organização Mundial do
A r t i g o 2 7 4
(Exclusividade)
1. No acto de importação das mercadorias referidas no artigo anterior, deverá ser presente às autoridades
declaração de compromisso, visada pelo ministério da tutela, da sua aplicação exclusiva nas opera
presente decreto, cabendo àquelas autoridades a sua fisc
2. O visto a que se refere o número anterior só pode ser aposto por uma entidade do ministério de tutela
esteja reconhecida junto da Direcção Nacional das Alfâ
3. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, constitui descaminho de direitos, previsto e puníve
aduaneira em vigor, a utilização dos bens, das matériasprimas e dos produtos cuja importação é isenta, re
anterior, para fins diferentes dos previstos e auto
4. O desvio da regra da exclusividade de aplicação nas operações dos bens importados com isenção adua
presente regime aduaneiro, bem como a sua alienação, deverá, nos termos da legislação em vigor,
requerido ao Ministro das Finanças, sendo os bens, no caso de o requerimento ser favoravelmente despa
do pagamento dos
encargos devidos.
A r t i g o 2 7 5
(Proibição de Venda)
Os bens importados no âmbito do regime de isenções previsto no artigo 272º (sobre Isenções par
Prospecção), não poderão ser vendidos no território Nacional, sem a prévia autorização da Direcç
Alfândegas e sujeitos ao pagamento dos direitos e demais imposições aduaneiras.
A r t i g o 2 7 6
(Importação para Venda, Uso ou Consumo dos Trabal
A isenção a que se refere o artigo 272º (sobre Isenções para Operações de Prospecção) não se aplic
importadas pelos titulares de direitos mineiros quando se destinam a venda aos seus trabalhadores e ao
individual e/ou colectivo destes.
A r t i g o 2 7 7
(Importação Temporária)
É permitida a importação temporária, com dispensa de caução, dos bens referidos no artigo 272º (sob
Operações de Prospecção), sendo livre de encargos aduaneiros a consequente reexportação, à excepçã
selo de despacho e das taxas normalmente devidas pela prestação de serviços.
A r t i g o 2 7 8
(Exportação Temporária)
1. É permitida a exportação temporária, com dispensa de caução, dos bens mencionados no artigo 272º
para Operações de Prospecção), que vão para reparação, beneficiação ou conserto, sendo livre de encarg
respectiva reimportação, devendo para o efeito apresentarse uma declaração de compromisso de reimpo
máximo de um ano.
2. A regra contida no número anterior aplicase às amostras extraídas durante as operações geológicomine
de ser analisadas no exterior do país, desde que não existam iguais condições de análise em Angola.
A r t i g o 2 7 9
(Importações de Bagagens e Objectos Pesso
A importação de bagagens e objectos de uso pessoal e doméstico pertença de técnicos estrangeiros
temporária no país, bem como dos familiares que os acompanhem e com eles coabitem, segue o conce
regime de bagagens em vigor no país.
A r t i g o 2 8 0
(Responsabilidade Fiscal)
As isenções previstas nos artigos anteriores não incluem eventuais multas e custas de processos por in
aduaneiras, as quais são sempre devidas.
A r t i g o 2 8 1
(Exportação de Minerais)
A exportação de recursos minerais legalmente ext raídos ou transformados, efectuada directa ou indi
titular de direitos mineiros, desde que devidamente licenciada nos termos da legislação em vigor, não
pagamento de direitos e demais imposições aduaneiras, incluindo taxa de serviço, à excepção do i
emolumentos pessoais e subsídios de transporte.
A r t i g o 2 8 2
(Exportação de Amostras)
A exportação de amostras minerais destinadas à análises e ensaios não está sujeita ao pagamento de d
imposições, a excepção do imposto de selo e taxas pela prestação de serviços.
A r t i g o 2 8 3
(Desalfandegamento Expedito)
1 . No c a s o d e me r c a d o r i a s q u e , p e l a s u a n a t u r e z a , e x i j am desalfandegam
autoridades aduaneiras devem autorizar a sua saída imediata, mediante medidas cautelares ad
responsabilidade do importador ultimar o respectivo bilhete de despacho no prazo máximo 3
2 . Para poderem beneficiar do sistema de desalfandegamento expedito referido no número anterior
direitos mineiros podem, caso assim o decida a Direcção Nacional das Alfândegas, prestar caução que cub
aduaneiras susceptíveis de pagamento no âmbito deste regime aduaneiro especial, bem como eventuais
de processos
resultantes do incumprimento dos prazos referidos no número anterior e outros procedimentos aduaneiros
A r t i g o 2 8 4
(Abertura de Posto Aduaneiro)
1. O Ministro das Finanças, sempre que razões ponderosas o justifiquem, pode autorizar a abertura de p
nas áreas onde se localizem projectos min
2. Pelo posto aduaneiro poderão ser desalfandegadas todas as mercadorias de qualquer natureza, que sej
luz do presente código e qualquer que tenha sido o local de entrada em Angola, desde que o seu a
obedeça as normas internacionais para circulação
mercadorias em transportes internacionais.
A r t i g o 2 8 5
(Fiscalização Aduaneira nas Áreas Mineiras)
As áreas de concessão mineira são consideradas sob fiscalização permanente das Alfândegas, pelo qu
aduaneira deve ser permitido o livre acesso a todos os locais das mesmas, respeitadas as restrições impos
P A R T E S E G U N D
REGIMES JURÍDICOS ESPECIAIS
C A P Í T U L O X I
PRODUÇÃO ARTESANAL DE DIAMANTES
A r t i g o 2 8 6
(Regime Jurídico)
1. Ao acesso e exercício de direitos mineiros de exploração artesanal de diamante
as regras deste código e, em especial, as regras definidas neste
2. Compete ao Governo aprovar as regras complementares para regular a actividade mineira artesanal
diamantes, sempre que se mostre necessário.
Artigo 287º
(Outorga de Direitos para Exploração Artesanal de Dia
1. Compete ao ministério da tutela, sob proposta da empresa concessionaria nacional dos direitos
diamantes, a outorga de direitos mineiros para a exploração artesanal de
2. A exploração artesanal de diamantes só pode realizarse nos jazigos aluvionares e, ainda assim, desde q
a sua exploração não pode ser feita à escala industrial.
Artigo 288º
(Título para a Exploração Artesanal)
1. O exercício da actividade de exploração artesanal de diamantes é permitido mediante a emissão d
ministério da tutela, designada Senha Mine
2. A área autorizada por cada título para o exercício de exploração artesanal é de até 1 (um) hect
delimitada e demarcada.
3. Não é permitida a acumulação de mais de um título por cada indivíduo.
A r t i g o 2 8 9
(Duração do Título)
1. A autorização para a exploração artesanal de diamantes é concedida por 1 (um) ano, contado a p
emissão do título, podendo ser prorrogada por iguais períodos, desde que o titular tenha cumprido cab
obrigações legais no período anterior.
2. Para o efeito do preceituado no N. 1 deste artigo, o requerimento deve ser entregue no ministério da t
órgão administrativo local, no prazo máximo de 45 dias, antes da caducidade da an
3. A falta de resposta ao pedido no prazo de 45 dias significa indeferimento, devendo cessar as operações
A r t i g o 2 9 0
(Requisitos para a Obtenção do Títul
1. Para a obtenção de um título para a exploração artesanal de diamantes os requerentes deverão preenc
requisitos:
a) Ser cidadão nacional com mais de 18 anos de
b) Residir há mais de dez anos nas comunas circundantes das áreas destinadas à exploração artes
2. A qualidade de cidadão nacional e de residente são reconhecidas, respectivamente, mediante a apresen
de Identidade e do Atestado de Residência emitido pela Administração
3. Em caso de dúvida sobre a informação prestada acerca da residência, esta deve ser comprovada
tradicional da área respectiva, mediante prova testemunhal feita perante o órgão da administração local
tutela, da qual se lavrará uma acta assinada pelos inter
4. Caso a autoridade tradicional não confirme a residência, o facto deve ser comunicado à Administraç
emitiu o Certificado de Residência e ao órgão policial competente para a sua solução antes de se prossegu
atribuição do título.
A r t i g o 2 9 1
(Direitos do Titular)
O titular do título para a exploração artesanal de diamantes tem, entre outros, os segu
a) Acesso às informações geológicomineiras disponíveis, junto do Órgão de tutela e da empresa
b) Comercializar os diamantes extraídos na área concedida, nos termos do regime estabelecido pelo presen
A r t i g o 2 9 2
(Obrigações do Titular)
O titular da título tem, entre outras, as seguintes o
a) Usar a credencial de identificação para o exercício da
b) Permitir o controlo e a fiscalização da actividade por parte do órgão de tutela, das autoridades competen
concessionária e dos órgãos policiais competen
c) Informar às autoridades competentes sobre a ocorrência de outros minerais que eventualmente sejam
decurso da actividade de exploração artesa
d) Vender os diamantes produzidos da actividade de exploração artesanal ao órgão público de com
diamantes, nos termos estabelecidas na presente s
e) Pagar pontualmente as taxas e impostos d
f) Informar às autoridades competentes a ocorrência de acidente de trabalho ou doenças
g) Preservar a natureza e reparar os danos causados ao
h) Garantir e promover o cumprimento das normas de segurança e higiene n
i) Depositar os diamantes extraídos e não vendidos na caixa forte da concessionária na presença de um r
órgão policial competente;
A r t i g o 2 9 3
(Competências do Órgão de Tutela)
Compete ao ministério da tutela as seguintes
a) Emitir, suspender o e revogar os títulos para o exercício da actividade de exploraç
b) Acompanhar e fiscalizar a actividade de exploração
c) Controlar e registar a produção artesanal de di
d) Organizar o cadastro único da actividade de exploração artesanal, em conformidade com o estipul
secção.
A r t i g o 2 9 4
(Obrigações da Concessionária Nacional)
1. É da responsabilidade da concessionária nacional dos direitos mineiros sobre ediamantes definir e de
para a exploração artesanal de diamantes, com fundamento nos resultados dos trabalhos de prospec
2. A concessionária nacional dos direitos mineiros sobre ediamantes deve cooperar com o ministério da
órgão policial competente no acompanhamento e fiscalização do exercício da actividade de exploração arte
A r t i g o 2 9 5
( A t r i b u i ç õ e s d a s A u t o r i d a d e s L o c a i s d a Administraçã
Constituem atribuições da Administração Municipal da Província, nas áreas em que o titular da títu
actividade, as seguintes:
a) Emitir o atestado de residência e declaração de honorabilidade dos candidatos à obtenção de título
certificação testemunhal da autoridade tradiciona
b) Confirmar por Declaração escrita que o candidato à obtenção da título reúne os requisitos exigidos por
exercer a actividade de produção artesanal de dia
c) Velar pela aplicação das normas referentes à circulação de pessoas e bens, bem como de activid
industriais, agrícolas ou outras alheias à produção de diamantes, nas áreas de exploraç
d) Garantira cooperação institucional entre as diversas instituições públicas sedeadas na província que c
actividade mineira, as empresas concessionárias e as autoridades tradicionais.
A r t i g o 2 9 6
(Procedimentos para a Obtenção do Títu
1. A solicitação para a obtenção de título é feita mediante requerimento dirigido ao ministro da tutela, co
de título de mineração artesanal préestabelec
2. O requerimento dá entrada no órgão administrativo local do ministério da tutela na província em que s
exploração requerida, e é registado em livro de entrada próprio, segundo a ordem de recepção, deven
respectivo recibo.
3. O requerimento deve ser acompanhado dos seguintes documentos do requerente e membros da equ
a) Atestado de residência;
b) Fotocopia do bilhete de identidad
c) Fotocópia do cartão de contribuint
d) Lista nominal dos membros da equipa de t
e) Registo criminal ou certificado de honorabilidade emitido pela administração
f) Três fotografias tipo passe;
4. Recebido o requerimento, o ministério da tutela notifica o órgão policial competente, juntando cópia d
análise, a fim de obter deste o respectivo
5. Após a emissão favorável do parecer pelo órgão competente da polícia, o ministério da tutela tem o pra
contar da data de entrada, para decidir sobre o requ
6. Aceite o pedido pelo ministério da tutela, este notifica o requerente através dos seus órgãos administra
o levantamento da respectiva título e creden
7. A entrega da título e das credenciais é feita pelos órgãos administrativos locais do ministério da
pagamento dos seguintes emolumentos:
a) Para a título, o correspondente a dois salários
b) Para a credencial, o correspondente a um salário mínimo por ca
8. A emissão de segundas vias da título e da credencial está sujeita ao pagamento de emolumentos corr
valores referidos no número anterior.
9. Os valores acima referidos devem ser pagos nas repartições fiscais do Ministério das Finanças da áre
entregue, sendo a cópia do Documento de Arrecadação de Receitas respectivo apresentado aos órgãos loc
da tutela e do órgão policial competente no acto do levantamento da título e da credencial.
A r t i g o 2 9 7
(Proibições Específicas)
1. Sem prejuízo de outras proibições previstas na lei, no exercício da actividade de exploração artesa
prática dos seguintes actos:
a) Introdução de produção de diamantes fora da área c
b) Inclusão de cidadãos estrangeiros na activ
c) Prestação de falsas declarações sobre o resultado da
d) Permissão da actividade de garimpo ou de tráfico ilícito de diamantes nos limites da área
e) Uso de equipamentos ou de meios não autorizados para a actividade
f) Comercialização de diamantes fora do circuito estabelecido neste código e pela autoridade
g) O exercício da actividade industrial agrícola ou outra, na área de exploração
h) O uso de equipamentos ou meios diferentes dos especificados neste código e nos regulamentos qu
aprovados.
A r t i g o 2 9 8
(Intransmissibilidade do Título)
1. É proibida a transmissão da título entre vivos e por morte do s
2. Em caso de morte ou incapacidade permanente do titular da título, qualquer membro do seu agregado
direito de preferência sobre a área concedida, desde que manifeste o interesse em dar continuidade a
mesma área, demonstre capacidade, reuna os requisitos previstos no presente regulamento e se candid
dos respectivos direitos.
3. Para o cumprimento do disposto no número anterior o interessado deve, por requerimento dirigido ao m
manifestar o seu interesse, no prazo de 30 dias após a morte ou a manifestação de incapacidade do titular
A r t i g o 2 9 9
(Suspensão do Título)
1. O ministro da tutela pode ordenar a suspensão da título para o exercício de direitos mineiros de explora
diamantes sempre que ocorra uma das seguintes si
a) Por razões de força maior
b) Incapacidade ou interdição declarada do titular da
c) Incumprimento das obrigações do titular da
d) Inobservância do dever de cooperação, previsto na presente
2. A autoridade competente deve manter actualizado o registo de suspensão
3. A suspensão de títulos pelas causas previstas nas alíneas a) e b) do número 1 deste artigo suspende
tempo da sua validade até que estejam ultrapassadas as razões da suspensão.
A r t i g o 3 0 0
(Rescisão do Título)
O ministro da tutela pode rescindir a título e as credenciais de mineração artesanal quando ocorrer um
situações:
a) Interesse público relevante, incompatível com a exploração artesanal e
b) Falsificação de prova de nacionalidade ou de re
c) Prestação de falsas informações sobre o resultado da actividade de exploração
d) Falsificação de registo de produçã
e) Incumprimento das proibições previstas no Artigo 297º (sobre Proibições
f) Violação do dever de cooperaçã
g) Inclusão directa ou indirecta de cidadãos estrangeiros na
h) Comercialização de diamantes fora do circuito legal;
A r t i g o 3 0 1
(Cessação do Direito ao Título)
Para além das causas previstas na lei, a título e a credencial emitidas no âmbito da presente secção, cessa
casos:
a) Por caducidade;
b) Por morte do titular;
c) Por rescisão.
A r t i g o 3 0 2
(Modelos de Título e de Credencia
O modelo da título para o exercício da actividade de exploração artesanal de diamantes e a sua validad
ministério da tutela sob proposta do órgão policial competente.
A r t i g o 3 0 3
(Avaliação dos Diamantes)
1. A avaliação dos diamantes provenientes da exploração artesanal é feita no momento
2. Os diferendos que eventualmente surgirem durante o processo de avaliação dos diamantes de explo
deverão ser dirimidos pela via negoci
3. No caso de persistir o diferendo, compete à central pública de comercialização de diamantes, ou ao
comercialização de minerais estratégicos, a mediação e solução definitiva da negociação.
A r t i g o 3 0 4
(Compra e Venda)
1. Os diamantes provenientes da exploração artesanal são obrigatoriamente vendidos ao órgão público de
de diamantes, directamente pelo titular do
2. O valor de cada lote de diamantes adquirido é pago pelo órgão público de comercialização de diaman
título imediatamente após a avaliação dos me
3. Com a compra dos diamantes, o órgão público de comercialização de diamantes emite um recibo do
especificação do lote e dos valores praticados para efeitos de
4. Os procedimentos para a compra e venda dos diamantes devem ser realizados na presença de um r
órgão policial competente.
A r t i g o 3 0 5
(Impostos e Taxas)
1. O titular da título de exploração artesanal de diamantes está sujeito ao pagamento de impostos e tax
royaltyde até 5% do valor dos diama
2. O imposto e a taxa descritos no número anterior são retidos na fonte pelo órgão público de com
diamantes por cada pagamento efectivo e entregue nos cofres do Estado, através da repartição fiscal da á
da actividade artesanal, devendo para o efeito entregar ao titular do título um recibo provisório
3. A liquidação e entrega dos impostos devidos são da responsabilidade do órgão público de comercializaçã
que responde pela totalidade de cada imposto e acréscimos no caso de não
4. O órgão público de comercialização de diamantes é responsável pela entrega do comprovativo de
royaltyao titular da título.
5. As repartições fiscais devem manter organizados os processos de cada titular de título de exploraç
diamantes a quem atribuirão o respectivo número de contribuinte.
A r t i g o 3 0 6
(Emolumentos)
Os actos públicos para a atribuição de direitos mineiros estão sujeitos ao pagamentos de emolumentos, n
código e da legislação aplicável.
C A P Í T U L O X
LAPIDAÇÃO DE DIAMANTES
A r t i g o 3 0 7
(Regime Económico)
A lapidação e quaisquer outras formas de tratamento e beneficiamento industrial de diamantes em bruto
alínea c), do nº 1, do artigo 2º (sobre Âmbito de Aplicação deste Código), considerada actividade mine
governamental do ministério competente.
A r t i g o 3 0 8
(Investimento na Indústria de Lapidação)
O regime de investimento na indústria de lapidação de diamantes é o estabelecido na legislaçã
investimento privado, com as seguintes adaptaç
a) A entrega das intenções de investimento é feita junto da empresa concessionária de diamantes, que a
Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP) com o respectivo parecer técnico, económico
b) A negociação dos contratos de investimento deve sempre contar com a participação da empresa co
diamantes e da Central Pública de Comercialização de Diamantes.
A r t i g o 3 0 9
(Regime Fiscal e Aduaneiro)
O regime fiscal e aduaneiro, incluindo o regime de incentivos fiscais e aduaneiros, são os estabelecidos nes
actividade mineira.
A r t i g o 3 1 0
(Licenciamento)
O exercício da actividade industrial de lapidação está sujeita à obtenção das respectivas títulos e alva
comuns da actividade económica e comercial, devendo ser observados os seguintes
a) Ser empresa de direito angolano, com participação maioritária de cidadãos nacionais, ou emp
igualmente com participação maioritária de cidadãos nacionais, quando não forem empre
b) Ter capacidade técnica e financeira adequadas ao exercício da actividade de lapidação e de inv
indústria;
c) Apresentar um Estudo de Viabilidade Técnica, Económica e Financeira, juntamente com a intenção
aprovação pelo órgão competente pela aprovação do investimento, podendo ser submetido a uma audito
antes da aprovação;
d) Indicar o local de instalação, a capacidade de produção anual da fábrica de lapidação, as característ
mesma e o tamanho mínimo e máximo de diamantes em bruto que está capaz de lapidar, bem como o m
dos diamantes lapidados,
e) Cumprir as exigências de segurança estabelecidas nesta secção.
A r t i g o 3 1 1
(Aquisição de Diamantes em Bruto)
1. A aquisição de diamantes em bruto, nos termos e para os fins referidos nesta se
pelas regras estabelecidas nos artigos seguin
2. A aquisição de diamantes em bruto para lapidação está sujeita aos impostos e taxas estabelecido
actividade comercial em geral e ao pagamento das taxas e comissões a que houver lugar para cobrir ga
processo de comercialização, promoção interna e externa dos diamantes e estabilidade do mercado.
A r t i g o 3 1 2
(Canais de Aquisição de Diamantes em B
1. A aquisição de diamantes em bruto para lapidação fazse pela
mercado de produção interna, ou pela via da imp
2. Qualquer das duas vias de aquisição de diamantes em bruto para lapidação, referidas no número 1 des
a intervenção da Central Pública de Comercialização de Diamantes, criada pelo Governo nos termos da leg
A r t i g o 3 1 3
(Regime de Importação de Diamantes em B
1. A importação de diamantes em bruto para lapidação segue os procedimentos comuns de importação, m
autorização prévia do ministro da tutela, mediante parecer favorável da Central Pública de Comercializaçã
2. O pedido de autorização de importação de diamantes em bruto é dirigido ao ministro da tutela, d
indicação da quantidade e da qualidade de diamantes a importar, a origem, o valor parcial e global e
necessidade da sua importação.
3. Só estão autorizados a importar diamantes em bruto para lapidar as empresas possuidoras de fábric
estabelecidas no País.
4. A importação de diamantes em bruto para lapidação está sujeita às formalidades de garantia e certificaç
processo de Kimberly (CPK) estabelecidas neste código e na legislação específica sobre a matéria.
A r t i g o 3 1 4
(Características e Volume das Pedras a Adq
1. As empresas possuidoras de fábricas de lapidação só podem adquirir, no mercado nacional ou externo
bruto de tamanho compatível com as características e a capacidade técnica da respe
2. As empresas possuidoras de fábricas de lapidação não podem constituir stocks de diamantes em br
capacidade de produção de 2 meses da respectiva fábrica.
A r t i g o 3 1 5
(Proibição de Comercializar e Exportar Diamantes em
1. As empresas possu idoras de fábricas de lapidação não podem comercializar nem exportar diama
2. Os diamantes em bruto que, por qualquer razão, não possam ser lapidados na respectiva fábrica, devem
à Central Pública de Comercialização de Diamantes, ao preço da compra, menos o valor dos impostos e
calculado em termos proporcionais em relação ao lote inicialmente
3. Quando se tratar de diamantes em bruto importados, que não possam ser lapidados na respectiva fábr
importadoras devem, até 3 meses após a sua importação, vendêlos à Central Pública de Comercialização d
preço da compra, acrescidos das taxas e impostos pagos pela importação.
A r t i g o 3 1 6
(Justificação de Posse de Diamantes em B
1. As empresa possuidoras de fábricas de lapidação ficam obrigadas a informar à Central Pública de Co
Diamantes, através de um relatóriotipo a aprovar e a homologar por esta, a existência de diamantes em
lapidados, relativamente a cada lote de diamantes brutos adquiridos, até 3 meses após a s
2. Para efeitos dos Artigo 230º (sobre Posse Ilícita de Minerais Estratégicos), constitui prova de autorizaçã
de diamantes em bruto o documento que comprove a sua aquisição e a informação sobre posse de diam
ainda não lapidados, regulada no número anterior, depois de homologada pela Central Pública de Com
Diamantes.
3. A não apresentação da prova da autorização legal de posse de diamantes em bruto referida no núme
artigo, faz incorrer o seu responsável no crime de Posse Ilícita de Minerais Estratégicos, previsto no Ar
Posse Ilícita de Minerais Estratégicos).
A r t i g o 3 1 7
(Sistema de Segurança)
1. As fábricas de lapidação de diamantes em bruto devem estar equipadas com os sistemas de segurança
a necessidade de prevenir adequadamente furtos das pedras de diamantes em bruto e lapidadas
2. O sistema de segurança deve fazer parte das especificações técnicas da fábrica que serão apresentad
de viabilidade técnica, económica e financeira, para efeitos de aprovação do
3. Os sistemas de segurança das fábricas de lapidação de diamante devem combinar adequadamen
vigilância humanos e electrónicos.
4. Compete ao Corpo Especial de Segurança Mineira, criado nos termos dos Artigos 217º e 218º (sobre
Comando da Segurança Mineira), emitir o parecer sobre os sistemas de segurança das fábricas, para efeito
do investimento.
5. O furto e eventuais desaparecimentos de pedras de diamantes em bruto ou lapidadas devem ser
imediato às autoridades competentes, por escrito, indicandose as circunstâncias do furto ou do desapareci
hora, as pessoas envolvidas e as pessoas suspeitas de terem praticado o furto.
C A P Í T U L O X X
COMERCIALIZAÇÃO DE DIAMANTES LAPIDADOS
S e c ç ã o
Normas Gerais
A r t i g o 3 1 8
(Liberdade Comercial)
A comercialização de diamantes lapidados no mercado nacional é livre, devendo, no entanto, obedece
formalidades definidas nos artigos seguintes, tendentes a garantir a estabilidade do mercado e a
transações.
A r t i g o 3 1 9
(Sistemas de Comercialização)
A comercialização de diamantes lapidados no mercado nacional realizase a grosso e a retalho.
A r t i g o 3 2 0
(Comercialização a Grosso)
1. Apenas as empresas possuidoras de fábricas de lapidação estão autorizadas a vender diamantes lapi
2. As empresas possuidoras de fábricas de lapidação que vendam diamantes lapidados a gross
previamente, junto da Central Pública de Comercialização de Diamantes, os respectivos certificados de
origem, com indicação das quantidades de lotes, sua origem e sua composição em termos de tamanho
pedras.
3. Podem adquirir a grosso, das fábricas de lapidação, diamantes lapidados, as seguinte
a) Joalharias e outros estabelecimentos similares licenciados para operar no mercad
b) Compradores nacionais legalmente autorizados a realizar o comércio internacional de diaman
c) Compradores estrangeiros que sejam autorizados a importar de Angola diamante
4. A autorização para realizar o comércio de diamantes lapidados a grosso e para importar de Angola diam
a grosso é conferida pelo ministério da tutela, mediante parecer favorável da Central Pública de Com
Diamantes.
5. Os compradores nacionais e os compradores estrangeiros apenas podem comprar a grosso, das empr
de fábricas de lapidação, diamantes lapidados, quando tais aquisições se destinem à revenda no mercad
6. As vendas a grosso de diamantes lapidados são efectuadas através de leilões a realizar no País, abert
similares, compradores nacionais e a compradores estrangeiros autorizados, cujas regras de organização
são aprovadas pelo ministério da tutela, mediante proposta da Central Pública de Comercialização de Diam
A r t i g o 3 2 1
(Comercialização a Retalho)
1. Apenas as joalharias e outros estabelecimentos similares, legalmente licenciados, estão autorizados a r
retalho de diamantes lapidados no mercado na
2. A venda a retalho de diamantes lapidados obedece às regras do comércio a retalho em geral, e está s
pelo estabelecimento de venda a retalho respectivo, de um certificado de qualidade e de garantia, de acor
aprovado pela Central Pública de Comercialização de Di
3. As joalharias e outros estabelecimentos similares, legalmente licenciados para o comércio a retalh
lapidados, devem enviar, mensalmente, para a Central Pública de Comercialização de Diamantes, para efe
relatórios sobre a quantidade dos diamantes comprados e vendidos no mês anterior, medidos em quilate
tamanhos e pedras especiais.
A r t i g o 3 2 2
(Investimento no Comércio a Retalho)
O investimento em joalharias e outros estabelecimentos para encastrar ou comercializar diamantes la
pedras preciosas para o comércio a retalho, obedece às regras do licenciamento da actividade comerci
termos gerais.
A r t i g o 3 2 3
(Segurança das Joalharias)
1. As joalharias e outros estabelecimentos autorizados a encastrar e/ou a comercializar jóias e pedras
tomar as medidas de segurança especiais que previnam adequadamente furtos dos diamantes lapidados
2. Tendo em vista prevenir furtos, as joalharias estão dispensadas da obrigação de indicar os preços das pe
dos diamantes lapidados cujos valores, individualmente considerados, sejam, pela sua grandeza, susceptí
a cobiça de criminosos e malfeitore
3. O furto e eventuais desaparecimentos de pedras de diamantes lapidadas devem ser comunicadas
autoridades policiais competentes, por escrito, indican
as circunstâncias do furto ou do desaparecimento, o local, a hora, as pessoas envolvidas e as pessoas su
praticado o furto.
A r t i g o 3 2 4
(Emolumentos)
A emissão, pelo ministério da tutela e pela Central Pública de Comercialização de Diamantes, dos certifica
e de origem estabelecidos nesta secção, está sujeita ao pagamento dos emolumentos respectivos.
A r t i g o 3 2 5
(Base de Dados Estatísticos)
1. As empresas possuidoras de fábricas de lapidação, as joalharias e outros estabelecimentos de comercia
de diamantes lapidados, ficam obrigadas const ituir, para efeitos estat íst icos, uma base de dados pe
actualizada com todas as informações técnicas referentes aos diamantes em bruto e lapidados compra
mencionando designadamente a quantidade, o peso, o corte, a cor e a
2. É competente para fiscalizar o cumprimento desta obrigação o ministério da tutela e o Corpo de Segur
Estratégicos.
S e c ç ã o I
Exportação de Diamantes Lapidados
A r t i g o 3 2 6
(Regime Legal)
A exportação de diamantes lapidados realizase nos termos gerais, com observância da seguin
a) Obtenção, junto da Central Pública de Comercialização de Diamantes, de um certificado de qualidade,
origem dos diamantes, a quantidade e a qualidade dos diferente
b) Obtenção, junto do ministério da tutela, do Certificado de Origem, nos mesmos termos dos exigidos p
de diamantes em bruto;
c) Obtenção das títulos de exportação respectivas, no termos gerais.
A r t i g o 3 2 7
(Entidades Autorizadas a Exportar)
A exportação de diamantes lapidados pode ser realizada pelas empresas possuidoras de fábricas de la
compradores nacionais e estrangeiros autorizados.
A r t i g o 3 2 8
(Prestação de Informação sobre Exportação
1. As empresas possuidoras de fábricas de lapidação devem enviar, mensalmente, para a Cen
Comercialização de Diamantes, para efeitos estatísticos, relatórios sobre a quantidade dos diamantes ex
anterior, medidos em quilates de cada pedra, agrupadas em lotes de tamanhos iguais, as pedras espe
diamantes exportados, por lotes e por pedras es
2. A Central Pública de Comercialização de Diamantes é obrigada a manter uma base de dados com inf
exportação de diamantes lapidados, incluindo os exportados pelas empresas possuidoras de fábricas d
exportados pelos compradores nacionais e estrangeiros autorizados, com indicação das datas da export
das pedras, por lotes e por unidade, preços de aquisição a grosso, fábricas de lapidação vendedoras, e
interesse estatístico.
S e c ç ã o I I
Importação de Diamantes Lapidados
A r t i g o 3 2 9
(Condições de Importação)
A importação de diamantes lapidados só é permitida se no mercado internos não houver diamante
quantidade e qualidade suficientes para os fins comerciais que cada agente comercial retalhista interno pre
A r t i g o 3 3 0
(Autorização para Importar)
A ent rada de diamantes lapidados no país, para efei tos de comercialização no mercado naciona
autorização específica do Ministério do Comércio, mediante parecer positivo da Central Pública de Co
Diamantes.
A r t i g o 3 3 1
(Empresas Autorizadas a Importar)
Apenas as joalharias e outros estabelecimentos licenciados para o encastramento ou a сomercialização d
preciosas podem importar diamantes lapidados.
A r t i g o 3 3 2
(Prestação de Informação sobre Importação
As empresas autorizadas a importar diamantes lapidados devem enviar, mensalmente, para a Ce
Comercialização de Diamantes, para efeitos estatísticos, relatórios sobre a quantidade dos diamantes im
anterior, medidos em quilates de cada pedra, agrupadas em lotes de tamanhos iguais, as pedras especi
diamantes importados, por lotes e por pedras especiais.
C A P Í T U L O X X I
MINERAIS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
Artigo 333º
(Definição)
1. É considerado mineral para a construção civil toda a substância de origem mineral usada directame
construção civil ou como matéria prima para o fabrico de produtos destinados à con
2. O Governo publica e actualiza, sempre que se torne necessário, a relação de substâncias de
consideradas, para os efeitos deste código, como minerais para a construção civil.
A r t i g o 3 3 4
(Regime Jurídico)
O regime jurídico aplicável aos minerais para a construção civil é o estabelecido neste código para os mine
estratégicos, com as devidas adaptações e tendo em conta os artigos seguintes.
A r t i g o 3 3 5
(Entidade Competente)
É competente para conceder direitos para a prospecção ou exploração de minerais destinados à construçã
que tutela a geologia e minas.
A r t i g o 3 3 6
(Condições de Concessão)
Os direitos mineiros para a prospecção ou exploração de minerais para a construção civil só podem s
cidadãos angolanos ou a pessoas colectivas de direito angolano detidas exclusivamente por cidadãos an
capital seja detido por cidadãos nacionais em pelo menos 2/3.
A r t i g o 3 3 7
(Tramitação Processual)
1. As entidades que pretendam prospectar ou explorar recursos minerais considerados por este código c
construção civil, deverão requerer ao ministro da tutela a concessão dos respectivos direitos, instruindo
com os dados referidos no Artigo 100º (sobre Pedidos de Informação de Áreas de
2. O requerimento a que se refere o número 1 deste artigo é entregue na estrutura competente do Cadastr
deve emitir e remeter ao ministro da tutela um parecer sobre o pedido no prazo de 30 dias apó
requerimento.
3. A concessão de direitos mineiros para prospecção ou exploração de recursos minerais destinados á c
feita por Despacho do ministro da tutela, podendo essa competência ser delegada nos órgãos administ
ministério da tutela, no prazo de 15 dias contados desta a entrada do parecer no gabinete do min
4. O Despacho de concessão de direitos mineiros para minerais destinados à construção civil é publica
República e dele decorre a emissão do Alvará Mineiro, nos termos do artigo 90º (sobre Títulos de Direitos M
A r t i g o 3 3 8
(Recusa do Pedido de Concessão)
A decisão de recusa de pedido de concessão de direitos mineiros destinados à construção civil só pode fu
lei e no interesse público, cabendo dela reclamação e recurso nos termos do procedimento e
administrativo.
A r t i g o 3 3 9
(Direitos dos Titulares)
Os titulares de direitos mineiros sobre recursos minerais para a construção civil gozam dos seguintes dire
a) Realizar as operações mineiras decorrentes do plano de trabalhos
b) Implantar as instalações e anexos necessários para execução dos trabalhos mineiros nas áre
c) Dispor dos recursos minerais explorados para a sua comercialização no território nacional e para exporta
legais.
A r t i g o 3 4 0
(Obrigações dos Titulares)
Os titulares de direitos mineiros sobre recursos minerais para a construção civil têm os seguintes deve
a) Remeter periodicamente ao ministério da tutela, através dos seus órgãos administrativos locais,
económicas e dados técnicos relevantes sobre a sua a
b) Fazer uso de tecnologia apropriad
c) Reparar os danos ambientais decorrentes da sua a
d) Cumprir as normas legais gerais e específicas sobre a sua actividade.
A r t i g o 3 4 1
(Perímetro de Protecção)
1. É obrigatória a fixação de um perímetro de protecção para garantia da segurança e disponibilidad
efectuado com base no trabalho de reconhecimento, prospecção, pesquisa e
2. A demarcação das áreas de prospecção e exploração é feita nos termos definidos neste código sobre as
de mineração, com as devidas adaptações.
A r t i g o 3 4 2
(Áreas para Prospecção)
A área para a prospecção de recursos minerais destinados à construção civil é de até 50 Km2, devendo a
definida pela entidade concedente, em função do pedido e das circunstâncias locais de uso do solo para ou
A r t i g o 3 4 3
(Áreas para Exploração)
Quando se trate de direitos mineiros de exploração, a área a conceder deve ser confinada ao depósito
instalações de beneficiação, até um raio de 1 Km, a fixar pela entidade concedente em função das condiç
exploração.
A r t i g o 3 4 4
(Demarcação)
A demarcação das áreas concedidas para prospecção ou exploração de recursos minerais para a construç
efectuada até 90 dias após a emissão do respectivo título de concessão de direitos, nos termos e condiçõ
neste código sobre as Zonas Restritas de mineração.
Artigo 345º
(Duração)
1. Os direitos mineiros para a prospecção de recursos minerais para construção civil são concedidos por u
de três (3) anos, podendo ser prorrogados por mais dois períodos de um
2. Os direitos de exploração dos recursos minerais, a que se refere o número anterior, terão a duraçã
necessária para o seu integral aproveitamento, mas serão atribuídos por um período inicial de
sucessivamente prorrogáveis por períodos de igual d
3. Os títulos de atribuição de direitos mineiros de exploração de minerais para a construção civil de
condições de prorrogação.
C A P Í T U L O X X I I
ÁGUAS MINERAIS
Artigo 346º
(Definição)
Para efeitos deste código são consideradas águas minerais as provenientes das fontes e reservas natura
elementos físicoquímicos distintos dos das águas comuns, com características que lhes confiram proprieda
ou efeitos especialmente
favoráveis à saúde humana.
A r t i g o 3 4 7
(Regime Jurídico)
1. Nos termos do n.º 2 do Artigo 2º (sobre o Âmbito de Aplicação deste Código), as águas minerais s
minerais, estando sujeitos à tutela do órgão do governo co
2. O reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação das águas minerais é feito de acordo com o es
código para os minerais comuns não estratégicos e pela legislação complementar específica que venha
pelos órgãos competentes, tendo em conta as regras estabelecidas nos artigos seguintes.
A r t i g o 3 4 8
(Classificação das Águas Minerais)
. As águas minerais são classificadas de acordo com os seguintes
a) Composição química;
b) Composição física;
c) Gases;
d) Temperatura.
2. Regulamentação específica a aprovar por decreto Executivo Conjunto do ministro da tutela e do mini
saúde estabelecerá o conjunto de características e os parâmetros para classificação das águas minerais d
critérios do número anterior deste artigo.
A r t i g o 3 4 9
(Reconhecimento, Prospecção, Pesquisa e Avaliação de Águas Minerais) Os trabalhos de reconhecime
pesquisa e avaliação das águas minerais devem incluir o estudo geológico e o estudo analítico das águas e
A r t i g o 3 5 0
(Condições de Exploração de Águas Miner
1. Por exploração de água mineral entendese todo o trabalho ou actividade relacionada com a capt
distribuição e comercialização de águas mine
2. A exploração de águas minerais é realizada de acordo com o estabelecido neste código para a explora
minerais, com as necessárias adaptações, e na legislação complementar específica que venha a ser apro
de tutela e/ou pelos órgãos com competências
razão das matérias a regular.
3. Quando a exploração de uma fonte de água mineral não estiver a ser feita de acordo com as cond
técnicas, ou higiénicas estabelecidas no presente código ou na legislação complementar, ela poderá s
completa reparação das falhas detectadas, podendo ser interdita se até 60 dias depois da notificação de su
reparada tal falha.
A r t i g o 3 5 1
(Concessão de Direitos Mineiros de Exploraç
1. É competente para conceder direitos mineiros para águas minerais o ministro que tutela a geo
2. O acesso ao exercício de direitos mineiros de exploração de águas minerais está condicionado aos mesm
acesso aos direitos mineiros para exploração de minerais destinados à construção civil, estabelecido no A
Condições de Concessão de direitos pa
minerais para construção civil).
A r t i g o 3 5 2
(Tramitação Processual dos Pedidos e da Conc
1. O regime da tramitação processual dos pedidos e da concessão de direitos mineiros para águas mine
aos pedidos e à concessão de direitos para minerais destinados à constr
2. A solicitação para a exploração de uma fonte ou reserva de água mineral deve ser acompanha
elementos:
a) Certificado de análise físicoquímica e bacteriológica da
b) Projecto de instalação e descrição dos processos utilizados para a captação e protecção das fon
distribuição das águas;
c) Dados sobre vazão e temperatura das fontes.
A r t i g o 3 5 3
(Perímetro de Protecção)
1. É obrigatória a fixação de um perímetro de protecção para garantia da disponibilidade e caracterís
efectuado com base no trabalho de reconhecimento, prospecção, pesquisa e
2. A demarcação das áreas de prospecção e exploração é feita nos termos definidos neste código sobre as
de mineração, com as devidas adaptações.
A r t i g o 3 5 4
(Comercialização de Águas Minerais)
1. Para a comercialização de águas minerais o titular do direito concedido deve fornecer ao órgão compete
da tutela, anualmente, até 30 de Março do ano seguinte ao que disser respeito, um número mínim
bacteriológicos, com espaços máimos de 2 meses entre cada exame, que comprovem e garantam a purez
águas engarrafadas, de
acordo com as normas estabelecidas complementarmente pelos ministérios de tutela da actividade geoló
da saúde
2. É obrigatório o uso de um rótulopadrão nas embalagens e nas garrafas de águas minerais engarrafada
dos resultados dos exames referidos no número anterior e de outros elementos de validade e de pure
serem definidos conjuntamente pelos ministros de tutela da actividade geológica e mineira
3. Só é permitida a comercialização de águas minerais, quando sejam cumpridos os requisitos estabelec
código e na demais legislação aplicável.
C A P Í T U L O X X I
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
A r t i g o 3 5 5
(Entrada em Vigor)
O presente código entra em vigor na data de publicação da lei que o aprova.
A r t i g o 3 5 6
(Processos Pendentes)
Aos processos e actos que estejam a decorrer nos serviços competentes à data da entrada em vigor deste
que já tenham sido aprovados, aplicamse as disposições do mesmo, sempre que de tal aplicação não resu
mais gravosa para o interessado.
Anexo I
GLOSSÁRIO
1. Ministério da Tutela – O órgão do Governo que tutela a actividade geológica
2. Ministro da Tutela – O titular do órgão do Governo que tutela a actividade geológic
3. Órgão Competente – A entidade com poderes públicos a quem, nos termos deste código, são atribuíd
decidir ou conceder aprovação sobre as matérias nele r
4. Concessionária Nacional – A entidade empresarial a quem o Estado confere direitos exclusivos sob
minerais, nos termos da lei.
5. Concessionária – Titular de direitos mineiros decorrentes de contrato, despacho de concessão, decreto d
título de concessão, nos termos e condições estabelecidas neste código e demais legislação aplicável. São
(os) as entidades, públicas ou privadas, a quem tenham sido concedidos temporariamente direitos min
deste código.
Por vezes este termo vai referido a uma determinada Concessionária Nacional, devendo, neste caso, o sen
mesmo resultar do contexto gráfico e normativo em que se
6. Órgão Público para a Comercialização – Instituição pública criada pelo Governo para regular a com
minerais estratégicos e intervir como canal único de comercialização interna
7. Act ividade Minei ra – Conjunto de act ividades que incluem o reconhecimento, prospecção, pes
exploração, beneficiação e comercialização de recursos minerais. Esta actividade é também referida ne
mineração. (2)
8. Investigação Geológicomineira – Primeira fase de um projecto mineiro de raiz, compreende os estud
reconhecimento, a prospecção, pesquisa e a avaliação, de acordo com os termos deste códig
9. Estudos Geológicos – Estudos no âmbito da Geologia, ciência que estuda a história, a estrutura e a comp
destinados a obter o conhecimento sobre as características das formações geológicas. Na actividade mi
geológicos constituem a base da investigação geológicom
(2)
10. Estudos Cartográficos – Conjunto dos estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que intervê
dos mapas a partir dos resultados das observações directas ou da exploração da documentação, be
utilização. A cartografia estuda a concepção dos mapas e trata de todas as informações recolhidas no c
representação final no
mapa, servindose de ferramentas como a fotografia aérea e de satélite, e de software variado na execu
processamento de dados e na representação da informação. A Cartografia encontrase no curso de uma l
revolução, iniciada em meados do século passado. A introdução da fotografia aérea e da detecção re
tecnológico nos métodos de gravação e impressão e, mais recentemente, o aparecimento e v
computadores, vieram alterar profundamente a forma como os dados geográficos são adquiridos,
representados, bem como o modo como os interpretamos e e
(Associação Cartográfica Internacional) (2)
11. Reconhecimento – Estudo, à escala regional, através do qual se identificam as áreas de forte potencial
mineralização por intermédio dos seguintes meios: resultados de estudos geológicos regionais, m
regionais, estudo preliminar no terreno, métodos aéreos e indirectos e extrapolação de dados
Reconhecimento tem como objectivo localizar áreas mineralizadas nas quais se justifiquem estudos sub
pormenorizados. (2)
12. Prospecção – Processo destinado à procura sistemática de um jazigo mineral através da delim
promissoras, isto, é, de forte potencial de mineralização. A prospecção usa métodos directos como a
afloramentos e a cartografia geológica, e métodos indirectos, tais como a geofísica e a geoquímica. Podem
sanjas, sondagens e recolha sistemática de amostras como métodos dire
13. Pesquisa– Processo inicial de delimitação de um depósito já identificado. Os métodos utilizados para
cartografia de superfície, a amostragem em sanjas e sondagens, em todos estes casos ainda bastante es
tendo em vista a avaliação preliminar da quantidade e da qualidade do minério, incluindo, se necess
laboratoriais, e por
fim, interpolações limitadas dos resultados obtidos com a aplicação de métodos indirectos. O objectivo
pesquisa é a determinação das principais características geológicas do epósito, fornecendo indicações ade
sua continuidade e uma primeira determinação das suas dimensões, configuração, estrutura e do teor do m
é também conhecida como pesquisa geral.
14. Avaliação – Delimitação pormenorizada e a três dimensões de um depósito já conhecido. Os métodos
avaliação são a colheita de amostras em afloramentos, sanjas, sondagens, galerias, poços, etc., e estud
das mesmas. A malha da amostragem deve ser apertada de maneira a que as dimensões, a configuraçã
depósito e o teor do minério e eventuais outras características possam ser conhecidos com elevado grau
fase de avaliação pode já tornarse necessário, promover ensaios de tratamento para o que se necessit
amostras da massa a granel, compatível com o objectiv
alcançar. O conjunto das informações obtidas na fase de avaliação permite efectuar o dimensionamento
do jazigo, o estudo das características de mineralização, o cálculo de reservas de minério e decidir da
efectuar um estudo de viabilidade. Esta fase é também conhecida como pesquisa porme
15. Preparação ou Tratamento de Minério – Conjunto de operações que têm como objectivo transformar os
em produtos utilizáveis ou comercializáveis no mercado de consumo final, utilizando as operações de
visam a libertação das espécies úteis dos minérios e as operações de separação para a obtenção do
incluindo a
lapidação e a industrialização de rochas ornamentais. O processo de preparação ou tratamento varia co
minério, indo da simples beneficiação, constituída por extracção da ganga por meio de simples lavagem
métodos de flutuação e bacteriológicos.
16. Beneficiação de Minérios – conjunto de operações que têm como objecto a transformação dos min
produtos utilizáveis ou comercializáveis no mercado de consumo final, nos mesmos termos da preparaçã
de mineiro.
17. Reserva Mineral – Quantidade de minério economicamente explorável existente num jazigo, tal
evidência pelos estudos de viabilidade efectua
18. Cálculo de Reservas – Resultado da avaliação e dos estudos de viabilidade, que indica a reserva mine
O cálculo de reservas deve ser efectuada por prof issional competente, de acordo com os procedimen
internacionalmente aceites e permitidas pelo órgão de tutela.
19. Exploração Actividade que se realiza em fase posterior à do reconhecimento, da prospecção, da
avaliação, abrangendo a preparação e a extracção, o carregamento e o transporte do minério em bruto
bem como o seu tratamento e beneficiação. Neste código em alguns casos vem referenciada como explor
termos correspondentes na língua inglesa são mining ou exploitati
20. Comercialização de Recursos Minerais – Conjunto de operações de avaliação, negociação e venda de
ou minérios concentrados. Também se utiliza a expressão comercialização dos produtos da m
21. Restauração de Áreas – Acções destinadas a devolver ao terreno afectado pela actividade mineira as c
existentes antes do início da actividade mineira, a realizar de acordo com o estudo de impacto ambien
148)
22. Recuperação de Áreas – Acções destinadas a devolver ao terreno afectado pela actividade mineira a
suportar um ou mais usos do solo, diferentes do uso anterior às actividades mineiras, sem prejuízo do a
em consideração o estabelecido no estudo de impacto ambiental aprovado.
23. Recursos Minerais – Substâncias minerais que ocorrem naturalmente no solo, subsolo, na plataform
noutros domínios territoriais estabelecidos em convenções ou acordos internacionais sobre os quais
soberania nacional, também designados apenas por minerais.
24. Produto Mineral – Minério extraído, com ou sem tratamento. Também designado por produto minei
utilizamse também os termos produtos da mineração e produto da actividade m
25. Mineração – Neste código utilizase com o mesmo sentido do termo actividade
26. Minerais Estratégicos – Recursos minerais como tal declarados pelo Conselho de Ministros, em
importância relevante para o País, designadamente pelo impacto que produzem no desenvolvimento eco
na segurança militar e na procura no mercado internacional. Nos termos deste código, os minerais es
submetidos a um regime de protecção jurídica mais acentuado, incluindo um regime penal com sançõe
liberdade. (7,89, 90)
27. Minerais para a Construção Civil – Designação genérica que engloba os recursos minerais directamen
construção civil. Também se utiliza a expressão materiais de construção de origem m
28. Substâncias Explosivas – Compostos químicos ou misturas de produtos químicos que podem produzir e
ou pirotécnicos. (7)
29. Direitos Mineiros – Faculdades subjectivas conferidas nos termos deste código e de outra legislação min
entidades jurídicas para a execução de estudos geológicos, reconhecimento, prospecção, pesquisa e ava
exploração, t ratamento e/ou benef iciação e comercialização de recursos minerais num horizonte tempor
área previamente delimitada. (12)
30. Operações mineiras Trabalhos realizados no âmbito de uma título de exploração, consistindo na prepar
carregamento e transporte dentro da mina do minério bruto, bem como o seu tratamento e ben
31. Órgão de Tutela – O órgão do Governo que superintende as actividades geoló
Actualmente esta tutela é exercida pelo Ministério da Geologia e Minas. Neste código também se usa o ter
Tutela. (12)
32. Estudo de Viabilidade TécnicoEconómico – Estudo que se realiza com base nos dados colhidos na fase
geológicomineira, com a finalidade de se avaliar a qualidade técnica e a viabilidade económica de um p
Serve para tomar decisões em matéria de investimentos e para a obtenção de financiamento do projecto
presente código
é um documento obrigatório para outorga dos direitos mineiros de exploração. Os dados relativos aos c
razoavelmente exactos. O conceito de exactidão inclui a quantificação das reservas por uma entidade idó
uma avaliação metodologicamente correcta das reservas minerais. Constitui um meio de auditoria a toda
geológicas, técnicas, do ambiente, jurídicas e sócioeconómicas do projecto. Contém a indicação d
exploração, do tratamento do minério, das instalações mineira
dos parques de apoio operacional e habitacional, assim como os cálculos dos respectivos investimentos
Algumas vezes é designado apenas por estudos de viabilidade
33. Título de Prospecção – Documento emitido com base num contrato ou título que certifica que o
autorizado a proceder às operações de reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação nele especific
referido neste código apenas por título de prospecção.
34. Título de Exploração – Documento emitido com base num contrato de exploração ou título certificando
está autorizado a realizar as operações mineiras de preparação e a extracção, o carregamento e transport
do minério bruto, o seu tratamento e beneficiação, assim como a sua comercialização, e a efectuar
restauração e/ou
recuperação dos terrenos como estabelecido no estudo de impacto ambiental apr
35. Alvará Mineiro – Título de direitos mineiros emitido pelo órgão de tutela para certificar que o seu titula
a realizar o reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação ou a exploração de recursos minera
construção civil, nos termos definidos neste código e na legislação compleme
36. Senha Mineira – Título de direitos mineiros emitido pelo órgão de tutela, ou pela entidade a quem e
poder, certificando que o seu tiular está autorizado a realizar actividade mineira artesanal nos termos
código e na legislação complementar. (1
37. Certificado de Registo de Pedido de Concessão Mineira – Documento emitido pelo Cadastro Mineiro par
o seu titular cumpriu todos os requisitos e procedimentos legais o pedido de concessão mineira que o habil
obter, junto da entidade competente, um título mineiro para realizar operações mineiras. Este certif
designado pela
iniciais de RPCM.
38. Certificado – Documento emitido pela entidade competente para atestar a atribuição de poderes ou dir
ao seu titular, destinado a comprovar publicamente a sua atribuição le
39. Informação Geológicomineira Conjunto de documentos e informações resultante de trabalhos de estu
de outros no âmbito da investigação geológicomineira e dos estudos cartográ
40. Demarcação – Acção que consiste na colocação de marcos no terreno em cada vértice da figura geom
os limites da área previamente delimitada para exercício dos direitos mineiros.
41. Delimitação – Acção que consiste na definição em carta topográfica dos limites de uma área para realiz
autorizadas no âmbito dos direitos mineiros outor
42. Plano de Exploração – Documento que contempla a execução das operações mineiras, contendo
métodos, da tecnologia e das instalações, da programação das operações e da produção, das activida
estudo de impacto ambiental, da segurança industrial, assim como do cálculo dos custos e da previsã
económicos. (24, 81)
43. Exploração Ambiciosa – Exploração das partes mais ricas de uma jazida em detrimento de outras que
ricas, devem ser exploradas técnica e economicamente em conjunto com aquela
44. Jazida – Designação genérica que engloba a acumulação natural de recursos minerais, cuja utilidade e
ainda esta por determinar.(28)
45. Jazigo Mineral – Designação usada para referir a acumulação natural de recursos minerais, de re
económico e utilidade, determinada através de estudos geológicos e acções de reconhecimento, prospe
avaliação de jazidas minerais, susceptíveis de serem explorados economicamente.
46. Mina – A área devidamente demarcada para o exercício do direito mineiro de exploração, incluindo
objecto da concessão, e todos os meios técnicos e infra
necessárias para a realização das operações mineiras, bem como as benfeitorias de carácte
47. Garimpo – Actividade mineira ilegal, que consiste na exploração ilícita de minerais a partir de um
podendo ser realizada com recurso a métodos artesanais ou a métodos convenciona
48. Encerramento da Mina – Processo através do qual se finalizam as actividades mineiras numa determin
cujos direitos tenham sido concedidos ao abrigo dos direitos mineiros definidos neste código e noutra leg
mas que não termina com o esgotamento das reservas do jazigo ou término das operações mineiras. O tér
se verifica com a conclusão das acções de restauração e ou recuperação dos terrenos como previsto no es
ambiental aprovado.
49. Área de Concessão Demarcação geográfica definida pelo órgão responsável pelo cadastro mineiro
estabelecida no local de acordo com o contrato de concessão
50. Plano de Prospecção – Plano das actividades a serem realizadas pela concessionária no âmbito do direi
para a realização do reconhecimento, da prospecção, da pesquisa e da aval
51. Classificação de Reservas – Sistemas metodológicos utilizados para classificar as reservas e recurs
base nos resultados da investigação geológicamineira efe
52. Mineral Acessório Mineral de importância secundária numa rocha, não sendo necessária a definição
acessório ocorre em pequena quantidade em uma rocha. A sua presença ou ausência não afecta a analise
sendo essencial para a classificação da mesma. Os minerais acessórios podem ser menores ou acidenta
acessórios
menores os que ocorrem comumente em pequenas quantidades nas rochas, como a patita, hematita,
sendo comuns, muitas vezes, em determinados tipos de rochas;São minerais acessórios acidentais ou oc
que aparecem com menos frequência, podendo, em certos c a s o s , t o r n a r s e p r e d omi n a n t e s ,
d e r o c h a
metassomatizadas/hidrotermalizadas, como topázio, turmalina, etc., Estes minerais podem formar mas
local izadamente. (98)
53. Minerador – Pessoa que se dedica à actividade mineira artesanal nos termos deste código
complementar.
54. Minério – Formação geológica contendo um ou mais minerais úteis, no interior de um jazigo.
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Edições Online
"O Sector Mineiro Metálico Nacional no Último Decénio e
Perspectivas de Evolução Futura"
Luís Rodrigues da Costa - Presidente do IGM
1 - Introdução
Este processo de globalização repercutiu-se na indústria mineira mundial, que teve que
acompanhar a mudança que se verificava nas relações económicas e geopolíticas
internacionais. No Ocidente, embora a indústria mineira tivesse já uma longa tradição
de operação em mercado aberto, a liberalização económica veio tornar acessíveis ao
investimento mineiro muitos novos países e regiões, quer na prospecção, quer na
exploração de recursos minerais, embora a ausência de infra-estruturas, a rigidez
administrativa e a insuficiência das garantias jurídicas dos direitos mineiros, constituam
sérios obstáculos à rápida concretização destas oportunidades. A globalização das
comunicações e da informação veio acelerar espectacularmente a velocidade de difusão
das actividades e experiências, mesmo em áreas remotas. A emergência de valores
globais, de certo modo consequência do ponto anterior, veio estabelecer uma densa rede
de interdependências e a percepção de que qualquer mudança num país pode ter
implicações económicas, sociais e ambientais em todos os outros. Contudo, foi a
consolidação dos valores ambientais aquela que teve maior impacte na indústria,
embora alguns admitam que a recente emergência de valores sócio-culturais possa ter,
ainda, um maior impacte no futuro. A generalidade dos países que consideram os
recursos minerais um elemento relevante do seu modelo de desenvolvimento sentiu a
necessidade de modernizar e tornar mais competitivas as suas economias o que
desencadeou a nível mundial uma onda de modernização do enquadramento legislativo
e regulamentar, de grande amplitude, e cujos efeitos se irão fazer sentir por um período
dilatado.
Um mundo em mudança !
Anos 80 Anos 90
Globalização/hegemonia da
economia de mercado
Liberalização
Macroeconomia
Desestatização da economia
Privatização
Descentralização
Operador Regulador
Papel dos Governos
no sector mineiro
Detentor de activos Administrador de direitos
Contudo, esta realidade deve ser analisada num contexto mais amplo, particularmente
comparando a sua evolução com a dos restantes sectores da indústria extractiva, os
quais podem englobar-se na designação genérica de "não metálicos" (minerais não
metálicos, rochas ornamentais e rochas industriais), para o que se apresenta a estrutura
da produção em três anos distintos, separados por uma década de intervalo.
Fonte: IGM
Fonte: IGM
O investimento médio anual situou-se ligeiramente abaixo dos 870 000 contos,
equivalendo a quase 5 MUS$, ou seja, mais de 0,15% do investimento a nível mundial
em prospecção e pesquisa. O investimento para metais preciosos representou 33% do
total, enquanto o investimento para metais básicos representou 60%. O seu valor
unitário foi 5,09 conto/ha (509 conto/km2), para os metais preciosos, e 6,55 conto/ha
(655 conto/km2), para os metais básicos. O investimento estrangeiro teve um ligeiro
predomínio (55%), sendo o remanescente nacional, mas no qual as empresas em que o
Estado Português detém uma posição accionista (directa ou indirecta) representaram a
quase totalidade. Contudo no caso da prospecção do ouro o investimento foi
predominantemente estrangeiro (85%), enquanto nos metais básicos teve uma menor
expressão (45%). No período em análise assistiu-se, igualmente, ao envolvimento de
operadores de menor dimensão ("junior companies), cujo volume de investimento
representou globalmente 21,5% do total, mas que atingiram mesmo uma posição
maioritária no caso dos metais preciosos, com 56% do investimento e cerca de 2/3 dos
contratos celebrados. A actividade desenvolvida pelo IGM acompanhou de alguma
forma esta evolução, focando a sua acção de prospecção e pesquisa de minérios
metálicos, nos metais preciosos e básicos, respectivamente, nas Zonas Centro-Ibérica e
de Ossa Morena e Sul-Portuguesa.
• a cartografia geológica tem vindo a assumir uma importância crescente, quer regional,
quer localmente;
• fracção considerável dos contratos (80%) atingiu a fase da pesquisa, com a realização
de trincheiras e/ou sondagens, e em 3 das áreas de prospecção dos metais preciosos,
atingiu-se mesmo a fase de abertura de poços e/ou megatrincheiras (não referidos no
quadro).
Como balanço global podemos referir que os trabalhos de pesquisa intersectaram zonas
mineralizadas com uma frequência bastante maior no caso dos metais preciosos.
Metais preciosos
Como seria de esperar, o nível do investimento privado nas três primeiras áreas atingiu
valores incomparavelmente superiores às restantes, sendo de 621.681 contos para
Montemor-o-Novo, 412.000 contos no caso de Castromil e 409.746 contos em
Jales/Gralheira, totalizando 1.443.427 contos, ou seja, cerca de 60% do investimento
global realizado na prospecção de metais preciosos.
Também o IGM desenvolveu trabalhos de prospecção que, na década de 90, incidiram
nas áreas de Vila Verde/Pte. da Barca, Serra d’Arga, Portalegre, Caramulo, Castromil,
Alto Sobrido e Mirandela, tendo contribuído para a valorização do seu potencial
aurífero, atraindo assim o interesse do sector privado, o que conduziu a que para todas
elas fossem requeridos direitos de prospecção e pesquisa.
Metais Básicos
Merece igualmente realce a descoberta feita pela Somincor, na área de Neves Corvo, de
uma estrutura tipo "stockwork", no sector de Lombador/Neves Corvo, atravessada numa
extensão de 159 metros, e de um horizonte de sulfuretos maciços com 6,70 m de
possança, evidenciado na anomalia do Monte dos Mestres. A espessura daquele
"stockwork" constitui uma das maiores até agora intersectada na FPI.
Refira-se, por último, que os já referidos estudos de avaliação que decorrem neste
momento na mina de Aljustrel, tendo em vista a reabertura da mina para a exploração de
zinco, chumbo e prata, se encontram associados à prospecção e pesquisa do jazigo da
Estação. Os trabalhos de reconhecimento da massa de Feitais possibilitaram já a
definição de uma reserva de 22 Mt de minério de zinco e uma reserva adicional de
"stockwork" cuprífero.
Outros metais
Com esta alteração o País passou a dispor de um quadro legal moderno, no qual se
acolheram novos conceitos e práticas de política mineira. Na base desta alteração está o
abandono das figuras do registo mineiro e do alvará de concessão, passando os direitos
mineiros a ser outorgados por contrato administrativo, tanto na fase de pesquisa como
na da exploração, negociados livremente entre o pretendente e o Governo (o Ministério
da Economia, através do Instituto Geológico e Mineiro), o que possibilita o acolhimento
e a consideração das características inerentes a cada projecto, passando a concessão a ter
um período limitado de tempo de duração, adequado ao volume de recursos evidenciado
e ao ritmo de exploração do jazigo. A concessão passa a ter a forma poligonal que
melhor se adapta à geometria do depósito a explorar, simplificando extraordinariamente
os processos administrativos e o cadastro mineiro, com claras vantagens para o
concessionário e para a Administração Pública.
Fonte: IGM
Contudo, a maior tarefa que enfrentamos, aliás condição necessária para a consideração
da oportunidade que se referiu, é a já referida requalificação ambiental dos sítios
mineiros abandonados, caracterizando a natureza dos impactes e efectuando as
intervenções necessárias à sua correcção ou simples mitigação. Os próximos programas
operacionais, a vigorar entre 2 000 – 2 006, contemplam medidas específicas neste
domínio, com intervenções em quase uma centena de sítios, para o que está prevista
uma apreciável dotação financeira.
Mas a mina abandonada ou simplesmente inactiva pode também ser encarada como
repositório para deposição final de resíduos tratados (inertizados), aproveitando para tal
as cavidades de exploração, quer estas sejam subterrâneas quer a céu aberto. Embora
não exista ainda em Portugal nenhum projecto consistente neste domínio, pensamos que
existem condições para, num futuro não muito distante, esta possibilidade vir a ser
cuidadosamente encarada em ligação com a criação do Sistema de Tratamento de
Resíduos Industriais (STRI), particularmente para a deposição de resíduos industriais
tratados ou a deposição de resíduos radioactivos de baixo nível de actividade, para a
qual as formações salinas reúnem, geralmente, condições favoráveis pela sua
capacidade de confinamento e impermeabilidade.
• incide sobre recursos, em geral, não aparentes, situados no subsolo e, por esta razão,
carecidos de revelação através da prospecção e pesquisa;
Pode dizer-se que a década que vimos analisando se iniciou com fundadas expectativas
relativamente à afirmação da importância do sector mineiro nacional. A primeira era a
do aparecimento de um grupo mineiro nacional forte que, a partir dos meios financeiros
libertos pela exploração de Neves-Corvo e baseado na capacidade técnica e na
experiência obtida com a realização do projecto, pudesse desencadear um processo de
internacionalização que possibilitasse a superação do constrangimento que constitui o
limitada extensão território nacional e conferisse condições de auto-sustentabilidade à
actividade. A segunda era a possibilidade de desenvolvimento de raiz de um projecto
totalmente nacional, com o projecto PPC, em Aljustrel, consolidando a nossa
capacidade tecnológica neste domínio. Sabemos como estas expectativas não foram
concretizadas, pelo menos até ao presente, e que as condições para a sua concretização
dificilmente voltarão a ser tão favoráveis.
A União Europeia, ultrapassada uma fase em que manifestou alguma preocupação com
o abastecimento de matérias-primas, não mostra qualquer apetência por políticas activas
com incidência na indústria mineira. Com efeito, o paradigma da generalidade das
economias desenvolvidas, talvez com a excepção dos EUA e do Japão, baseia-se na
convicção de que a situação de abundância existente, reflectida na baixa continuada das
cotações dos metais, é estrutural e de que a possibilidade de quaisquer acordo entre
produtores é altamente improvável ou mesmo impossível na presente situação do
comércio mundial.
Esta circunstância não tem impedido que alguns países, caso de Portugal e de Espanha,
em ligação com sectores da indústria, venham invocando algumas fortes razões para que
as coisas devam ser encaradas de modo distinto, nomeadamente:
• pelas reais potencialidades mineiras existentes nos países membros, com destaque
para Portugal, Espanha, Irlanda, Finlândia, Suécia aos quais se juntarão, no futuro, os
novos países aderentes (Hungria, Polónia, Roménia e Bulgária), com tradições no
domínio da indústria extractiva, o que introduzirá alterações na estrutura da indústria na
U.E.
• pela localização dos centros produtores que constituem, nas regiões onde se inserem,
um factor muito importante de desenvolvimento endógeno.
Em 1996 este assunto seria retomado, mas num plano ainda mais modesto.
Cabe aqui recordar que Portugal, durante a sua última presidência, desempenhou um
papel relevante e de influência na preparação dos documentos atrás referidos dado o
reconhecimento pela "Comissão" das nossas potencialidades mineiras no quadro da
União Europeia.
Uma avaliação dos resultados alcançados mostra que a expectativa nacional no domínio
mineiro, criada com a adesão europeia, não se materializou, restando, no plano dos
resultados concretos, a publicação do "European Minerals Yearbook" e o apoio a alguns
projectos na área da informação, mas com reduzida expressão financeira.
As novas adesões previstas irão trazer para o interior do espaço da União países com
tradição mineira e com uma indústria ainda com razoável expressão (claro que trarão
também sérios problemas ambientais!), embora necessitando de programas de
reestruturação, o que pode constituir uma oportunidade para a procura de novos aliados,
embora no alargamento anterior não se tenha visto qualquer efeito significativo, apesar
do grupo de novos aderentes incluir a Suécia e a Finlândia.
O alvo tipo Neves-Corvo, para metais básicos, na Faixa Piritosa, e os recursos auríferos
deverão continuar a suscitar o interesse do investimento estrangeiro, embora a
perspectivas de evolução dos respectivos mercados seja determinante na sua
concretização. Com efeito, regista-se actualmente uma retracção nos investimentos em
prospecção e pesquisa a nível mundial, em consequência da baixa generalizada do preço
dos metais: em 1998 esses investimentos terão sido reduzidos a cerca de 1/3 dos
realizados em 1997, totalizando 3.500 milhões de dólares americanos. Esta situação,
conjugada com a existência de mais campo livre para prospecção e pesquisa, resultado
da abertura da generalidade das economias dos outros países, vai tornar mais dura a
concorrência pelo "dólar para a prospecção". A prática ausência de iniciativa privada
nacional neste domínio obriga a que o investimento para esta finalidade seja estrangeiro,
devendo o País oferecer condições favoráveis à sua aplicação. O País tem demonstrado
capacidade para a captura e acolhimento de investimento directo estrangeiro para esta
actividade, mas pensamos que estas podem ainda ser melhoradas.
Neste sentido a acção dos serviços oficiais deve orientar-se para a promoção
internacional do potencial mineiro do País, disponibilizando informação e
proporcionando facilidades de instalação aos potenciais investidores. O sistema de
informação resultante do projecto Geomist (cuja região-alvo é a Faixa Piritosa Ibérica)
deverá estender-se a todo o território nacional e à generalidade das substâncias,
proporcionando uma rápida tomada de decisão dos investidores, bem como uma
redução apreciável do período preparatório das operações. A participação em reuniões e
encontros especializados deverá completar aquela acção, apoiando-a com a elaboração
de documentação promocional de informação, tanto sobre o potencial mineiro do
território, como do ambiente económico geral do País. Esta presença proporcionará
também um melhor conhecimento do mundo dos pequenos operadores ("junior
companies"), cujo modelo de financiamento bolsista é vulnerável à penetração de
agentes movidos por simples critérios especulativos. Vimos a importância que nos
últimos anos os pequenos operadores assumiram no nosso País e podemos fazer um
balanço positivo da sua acção até ao presente, mas não devemos descuidar a
possibilidade de um recém-chegado ser motivado por outros critérios de negócio que
nada interessam à valorização do nosso potencial mineiro.
Pelas razões apontadas o IGM tem preconizado, junto dos competentes serviços do
ordenamento, a necessidade de definir e concretizar "os usos e acções compatíveis com
a REN" com vista a clarificar o regime desta condicionante nomeando os ecossistemas
compatíveis com a prospecção e a exploração e a tipologia de acções que podem ou não
ser viabilizadas na REN.
• aproveitar a abertura do processo de revisão dos vários PDM´s, à medida que ocorra,
para, com base nos conhecimentos existentes e a experiência adquirida com os
contratos de prospecção e pesquisa, inscrever nestes instrumentos áreas potenciais
para IE cingindo-as à classe de espaço rural e definindo-as como áreas favoráveis para
a pesquisa e eventual exploração de recursos geológicos;
• definir áreas para exploração entendidas como os espaços para IE onde existam
explorações ou, inserindo-se em áreas potenciais, possa vir a ser licenciada esta
actividade;
5 - Conclusão
A indústria mineira metálica é uma indústria madura, com razoável risco e apreciáveis
impactes ambientais, e com taxas de rendibilidade muito mais baixas do que a de outros
sectores da economia industrial, pelo que somente no caso de jazigos excepcionais, de
elevados teores ou muito baixos custos de produção, se atingem desempenhos
económico-financeiros muito atractivos. Ainda assim, cremos que Portugal tem recursos
mineiros metálicos, em quantidade e qualidade, para num horizonte temporal de 10-15
anos, continuar a ter uma indústria mineira metálica com alguma importância
económica, diversificando mesmo as suas produções, embora a sua competitividade
venha a ser condicionada por circunstâncias externas, sejam elas a actuação dos
concorrentes directos, sejam os normativos ambientais e outros que, no plano interno
(entenda-se da UE) lhe venham a ser impostos. Em qualquer circunstância, parece
previsível antecipar que a indústria irá estar sobre grande pressão no sentido de que os
seus processos e produtos se venham a conformar com um novo padrão que emergirá da
aplicação dos grandes princípios de sustentabilidade ambiental. Na realidade, se nada
está definitivamente perdido para o futuro, também é verdade que nada está
definitivamente ganho, o que significa que o resultado final está, em grande parte, nas
nossa mãos.
Pensamos, igualmente, que este período será decisivo para definir o perfil empresarial
nacional neste sector. Seremos capazes de desenvolver uma indústria de base nacional
que, operando a partir de Portugal e que, aproveitando a infra-estrutura científica e
tecnológica e a rede de empresas prestadoras de serviços, possa operar nos espaços
económicos de afirmação da internacionalização da nossa economia ou ficaremos,
definitivamente, limitados à condição de país de acolhimento de iniciativa estrangeira e
de prestadores de serviços, mas destituídos de qualquer centro de decisão estratégica
empresarial do sector?
Agradecimentos:
o autor é plena e exclusivamente responsável pelas opiniões expostas, contudo não pode
deixar de se referir e agradecer a todos os que, de algum modo, directa ou
indirectamente, ajudaram à preparação deste trabalho, nomeadamente: ao Dr Luís
Martins, Director do Departamento de Prospecção de Minérios Metálicos do IGM, o
contributo na compilação e análise dos dados históricos sobre a prospecção de minérios
metálicos; ao Dr Carlos Magno, Chefe de Divisão de Licenciamento, o contributo dado
nas questões de ordenamento do território; ao Dr Alcides Pereira, o contributo dado
para as questões relativas à política mineira na União Europeia; ao Machado Leite,
Director do Laboratório do IGM, o contributo para a área de I&D e pelo permanente
estímulo e convite à análise destas questões (e outras!); ao Engº Luís Santos, director da
Lavaria Piloto de Aljustrel (EDM), a parte relativa às campanhas realizadas na
instalação. Finalmente, ao Prof. Cotelo Neiva uma referência especial por ter suscitado
esta reflexão e a necessidade da sua passagem a escrito.