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5.

1 Fibras Óticas

Fibras óticas (frequentemente abreviadas em FO) utilizadas em transmissão de


dados são frequentemente comparadas a meios de transmissão de banda ilimitada e
possuem excelentes propriedades de atenuação que chegam a valores de 0,25dB/Km.
São muitas as vantagens na utilização das fibras, podemos enumerar:
● Imunidade eletromagnética - por serem feitas de materiais dielétricos como
vidro e plástico, uma fibra ótica é totalmente imune as interferências eletromagnéticas,
além de serem isolantes à passagem da corrente elétrica.
● Segurança no tráfego de informações - as fibras óticas trabalham com sinais
de luz, o que dificulta muito o uso de grampos. Para que possamos executar um grampo
em uma fibra ótica, necessitamos de aparelhos complexos e caros, capazes de decifrar
os sinais de luz.
● Dimensões reduzidas - As fibras óticas apresentam dimensões muito
pequenas, e são feitas de materiais mais leves que o cobre utilizado nos cabos coaxiais,
por isso são mais leves e menores que estes cabos.
● Não é necessário licenças para utilização – diferentemente de sistemas de
telefonia e rádio, na utilização de fibras óticas não são necessárias licenças dos órgãos
regulamentadores para utilização.
Um sistema de transmissão ótica tem três componentes fundamentais: a fonte
de luz, o meio de transmissão e o detector ótico. Por convenção, um pulso de luz indica
bit um, e a ausência de luz representa bit zero. Quando instalamos uma fonte de luz na
extremidade de uma fibra ótica e um detector na outra, temos um sistema de
transmissão de dados unidirecional que aceita um sinal elétrico, converte o sinal e o
transmite por pulsos de luz; depois, na extremidade de recepção, a saída é reconvertida
em um sinal elétrico.
Considerando somente a fibra, teríamos taxa de transmissão e largura de banda
quase infinitas, no entanto, outros componentes do sistema limitam este potencial da
fibra. Em geral, o tempo de resposta de um fotodiodo comercial, que é o detector mais
usado nas extremidades de recepção das fibras, é de 1 nanossegundo, o que limita as
taxas de dados a 1 Gbps, que ainda é uma taxa muita alta para tráfego de informações.
5.1.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Para que a transmissão de informações na fibra funcione de fato, sem que
hajam perdas significativas na transmissão da luz, é necessário levar em consideração o
princípio da reflexão total demonstrado pela Lei de Snell. Quando um raio de luz passa
de um meio mais refringente para outro, por exemplo, de sílica fundida para o ar, o raio
é refratado na fronteira dos meios, como mostra a figura a seguir.

Figura 5.1 – Evolução da refração de um raio de luz até a reflexão total

Inicialmente vemos um raio de luz saindo do meio mais refrativo N 1


atravessando para o meio de menor índice de refração N 2 . Por causa do pequeno ângulo
de incisão ζ 1 , temos que o raio sofre apenas um desvio ao atravessar o limite entre os
meios. À medida que o ângulo incidente aumenta, o ângulo de refração ζ 2 aumenta
também, mas em maior proporção, até chegarmos ao ponto em que o ângulo de refração
se torna perpendicular aos meios. Este é o ângulo de incidência crítico da refração, e a
partir deste ponto, se aumentamos o ângulo incidente, a refração deixa de existir e todo
o raio incidente passa a ser refletido. A este fenômeno chamamos de reflexão total.
Assim, um raio de luz incidente no ângulo crítico ou acima dele é interceptado
no interior da fibra, como mostrado a seguir, e pode se propagar por muitos quilômetros
sem sofrer praticamente nenhuma perda, conforme esquematizado na figura 5.2.

Figura 5.2 – Reflexão total dentro do cabo de fibra


Para utilização das fibras é importante ressaltamos dois pontos críticos que
limitam a transmissão de sinais e implicam na utilização de repetidores assegurar a
recepção dos mesmos, são eles a atenuação ou perdas, que são medidas em decibel por
quilometro (dB/Km), e a dispersão, usualmente medida em largura de banda por
unidade de comprimento (MHz/km). Normalmente as fibras podem ser limitadas em
potencia ou dispersão.
5.1.2 DISPERSÃO
A dispersão é a principal responsável pela limitação da largura de banda do
sinal transmitido. É um fenômeno específico dos sinais digitais, mais comuns em fibras
óticas. Ocorre um alargamento temporal do sinal ótico, que resulta na superposição de
diversos pulsos do sinal, por este motivo é também conhecida como interferência
intersimbólica. Os modos geradores de uma frente de onda de luz são separados quando
trafegam pela fibra ótica, e isto ocasiona a chegada deles atrasados em relação ao tempo
na outra extremidade. Em uma transmissão digital, este fenômeno, vem dificultar a
recepção do sinal no circuito receptor e sua posterior decodificação. Podemos classificar
a dispersão do pulso de duas maneiras: dispersão modal e dispersão cromática.
5.1.2.1 Dispersão Modal
O resultado da geometria da guia de onda e das diferenças dos índices de
refração que permitem à fibra propagar vários raios de luz ou modos, definem a
dispersão multimodo ou modal. As fibras multimodos são as únicas onde ocorre a
dispersão modal, observando-se os vários modos com que os raios de luz percorrem
caminhos diferentes a um determinado ponto em tempos distintos. Mais adiante
veremos um pouco mais sobre os tipos de fibras óticas.

Figura 5.3 – Diferentes caminhos percorridos pelos raios de luz dentro da fibra ótica
Este fenômeno ocorre quando são lançados vários raios de luz diferentes.
Alguns têm mais reflexões dentro da fibra que outros modos, fazendo assim com que
parte da energia transmitida pelos modos de alta ordem, aqueles que percorrem o
caminho mais longo, sejam mais demorados, quando comparados com modos de baixa
ordem. De forma simplificada podemos analisar que os modos terão a mesma
velocidade dentro da fibra, a velocidade da luz, mas como eles percorrerão caminhos
diferentes dentro dela, cada um chegará em tempos diferentes.
5.1.2.2 Dispersão Cromática
Em todas as fibras está presente a dispersão cromática, porque depende do
índice de refração do material da fibra com relação ao comprimento de onda. As
dispersões cromáticas são divididas em dois tipos: dispersão material e dispersão de
guia de onda.
A dispersão material ocorre por causa das fontes de luz utilizadas para
transmitir informações pela fibra. Como nenhuma delas é ideal, certas frequências da
luz viajam mais rapidamente que outras, causando da mesma forma um atraso nos
pulsos transmitidos. Cada comprimento de onda enxerga um valor diferente de índice de
refração num determinado ponto, por isso cada um viaja no núcleo com velocidade
diferente, provocando a diferença de tempo de percurso, ou seja, a dispersão do impulso
luminoso.
Uma das maneiras de amenizar este efeito é utilizando-se uma fonte de luz
monocromática, que é efetivamente melhor do que um LED convencional, já que essa
fonte de luz gera uma luz mais pura e com menor largura espectral.
Já a dispersão de guia de onda é provocada por variações nas dimensões do
núcleo e variações no perfil de índice de refração ao longo da fibra ótica, depende
também do comprimento de onda da luz. Essa dispersão só é percebida em fibras
monomodo que tem dispersão material reduzida.
Figura 5.4 – Efeito da dispersão em um trem de pulsos

A figura 5.4 mostra o efeito da dispersão em um trem de pulsos. A energia


transmitida pelos pulsos positivos segue com atraso onde não há energia efetiva, quando
o bit sinaliza o estado zero. Outro método que pode limitar este efeito, além da
utilização de fontes emissoras de luz monocromáticas, é utilizar fibras monomodais, que
possuem menor diâmetro de fibra. Por este motivo, fibras monomodais são obrigatórias
para casos em que são necessárias altas taxas de transmissão de dados, superiores a 622
Mbps, e também para longas distâncias. O diâmetro menor, aliado ao emprego de
comprimentos de onda mais longos, permitem ao usuário utilizar tais fibras com taxas
de transmissão de até 10Gbps.
5.1.3 ATENUAÇÃO
Outro fenômeno que deve ser observado são as perdas de sinal. À medida que a
luz se propaga pela fibra ótica, perde parte da potência pela absorção de luz na casca,
bem como imperfeições do material empregado na fabricação (sílica) dentro da fibra,
por um processo que chamamos de atenuação do sinal, que é medido em dB/km,
conforme citado anteriormente. As dispersões também influenciam na potencia do sinal
de saída, mas convenientemente separamos estes itens para facilitar o entendimento, já
que a dispersão é utilizada para definir parâmetros de largura de banda das fibras óticas.
O grau de atenuação da luz através da fibra depende basicamente de dois
fatores: as propriedades físicas do vidro e o comprimento de onda da luz transmitida. A
absorção da luz por materiais dentro da fibra, a difusão da luz e o vazamento de luz do
núcleo, estão relacionados as perdas pelas propriedades físicas do material utilizado na
fabricação da fibra.. A atenuação pelo comprimento de onda da luz é demonstrada no
gráfico a seguir:

Figura 5.5 – Atenuação do sinal pelo comprimento de onda

A figura 5.5 mostra a parte de infravermelho do espectro que, na prática, é a


utilizada. A luz visível tem comprimentos de onda ligeiramente mais curtos, conforme
figura 5.6, que variam de 0,4 a 0,7 micrometros. A comunicação ótica utiliza três
bandas de comprimentos de onda, elas são centralizadas em 0,85, 1,30 e 1,55
micrometros respectivamente. As duas últimas têm boas propriedades de atenuação com
uma perda inferior a 5% por quilômetro. A banda de 0,85 micrometros tem uma
atenuação maior, mas por outro lado, nesse comprimento de onda, os lasers e os chips
podem ser produzidos a partir do mesmo material tornando a utilização da fibra mais
barato.

Figura 5.6 – Espectro eletromagnético com destaque para luz visível


A atenuação total em decibéis também pode ser obtida pela seguinte equação:
P 
dB = 10 log out  (5.1)
 Pin 
Onde a potencia de saída pela potencia de entrada é chamado de fator de perda.
5.1.4 TIPOS DE FIBRA ÓTICA
Os cabos de fibra ótica são semelhantes aos cabos coaxiais, a figura 5.7a
mostra a vista lateral de uma única fibra. No centro, fica o núcleo de vidro através do
qual se propaga a luz. Nas fibras multimodo, o núcleo tem em média 62,5 micrometros
de diâmetro, o que corresponde à espessura de um fio de cabelo humano. Nas fibras
monomodo, o núcleo tem entre 8 e 10 micrometros.

Figura 5.7 – (a) Estrutura em corte de uma fibra ótica; (b) Cabo de fibra com duas fibras óticas

O núcleo é envolvido por um revestimento de vidro, ou plástico, com um


índice de refração inferior ao do núcleo, para manter toda a luz no núcleo. Em seguida,
há uma cobertura de PVC para proteger o revestimento interno. Geralmente, as fibras
são agrupadas em feixes, protegidas por um revestimento exterior, conforme a figura
5.7b.
Em alguns cabos de fibra temos ainda fios de kevlar, que é uma fibra sintética
de aramida, um polímero usado para fazer fios com alta resistência a calor, cortes e
rompimentos. Este material é utilizado para fabricação de cintos de segurança, em
construções aeronáuticas e até mesmo em coletes a prova de bala. A associação de fios
de kevlar com a fibra agrega maior resistência mecânica aos cabos e fios de fibra e isto
auxilia na instalação, onde é necessário tracionar os cabos na maioria das vezes, e no
transporte, já que por natureza é um material frágil.
Existem três categorias de FO que as distingue pelas características físicas,
forma de propagação dos raios de luz e capacidade de transmissão, são elas:
5.1.4.1 Multimodo de Índice Degrau
As fibras multímodo, no geral, são aquelas que possuem vários modos de
propagação, ou seja, vários raios de luz podem ser transmitidos simultaneamente através
da fibra, e eles percorrem diversos caminhos no interior da mesma. Tal característica,
nos permite classificar este tipo de fibra de duas formas: fibras multimodo de índice
degrau e fibras multimodo de índice gradual.
A primeira delas possui o núcleo composto por um material homogêneo de
índice de refração constante e sempre superior ao revestimento secundário. É chamada
de índice degrau porque há uma única diferença entre os índices de refração do núcleo e
do revestimento secundário, desta forma os raios de luz enxergam um degrau de índice
de refração.
Fibras de índice degrau possuem mais simplicidade em sua fabricação e, por
isto, possuem características inferiores aos outros tipos, sendo que uma das deficiências
que podemos enumerar é a banda passante estreita, quando comparada com as fibras
monomodo, o que restringe a capacidade de transmissão da fibra, e a atenuação que
também é alta comparada com as fibras monomodo. Todas essas desvantagens podem
restringir as aplicações com fibras multimodo com relação à distância e à capacidade de
transmissão.
5.1.4.2 Multimodo de Índice Gradual
O segundo tipo de fibras multimodo é caracterizada por possuir um núcleo
composto de um índice de refração variável. Esta variação geralmente é do tipo
parabólica, e tem o efeito de reduzir o alargamento do impulso luminoso, aproximando
assim os tempos de propagação dos vários modos, reduzindo a dispersão modal.
A fabricação deste modelo é um pouco mais complexa, porque somente
conseguimos o índice de refração gradual dopando com doses diferentes o núcleo da
fibra, o que faz com que o índice de refração diminua gradualmente do centro do núcleo
até a segunda camada.
Na prática esse índice de refração variável faz com que os raios de luz
percorram caminhos diferentes, com velocidades diferentes, e cheguem à outra
extremidade da fibra praticamente ao mesmo tempo, aumentando a banda passante e,
consequentemente, a capacidade de transmissão.
Independente do tipo de fibra multimodo, as dimensões do núcleo vão de 50
até 200µm, sendo que comercialmente adota-se o valor de 62,5µm e do revestimento
secundário os valores vão de 125 até 240µm, adotando-se comercialmente o valor de
125µm.
5.1.4.3 Monomodo
As fibras monomodo possuem um único modo de propagação, ou seja, os raios
de luz percorrem o interior da fibra por um só caminho. Neste tipo de fibras o diâmetro
do núcleo é tão pequeno, por volta de 0,8µm, que não há mais do que um modo de
propagação, logo, não existe dispersão modal.
Por possuírem suas dimensões mais reduzidas que as fibras multimodos, as
fibras monomodais tem fabricação mais complexa, contudo as características destas
fibras são muito superiores às multímodos. A banda passante deste tipo de fibra é mais
larga, o que aumenta a capacidade de transmissão, e à atenuação mais baixa, permitindo
seu uso em distâncias maiores entre transmissor e receptor sem o uso de repetidores. Os
enlaces com fibras monomodo, geralmente, ultrapassam 50 km entre os repetidores,
podendo ser até maiores, dependendo da qualidade da mesma.
Quanto as dimensões, possuem os valores de 07 à 0,9µm tipicamente adotados
para o núcleo, sendo que comercialmente é adotado o valor de 08µm, e para o
revestimento secundário, valores que variam de 125 até 240µm, adotando-se
comercialmente o valor de 125µm.

Figura 5.8 – Tipos de fibra ótica


A figura 5.8 traz um pequeno resumo dos tipos de fibras que citamos,
informando os valores mais comuns para o diâmetro do núcleo e do revestimento
secundário da fibra , a propagação dos modos dentro da fibra, e ainda o aspecto gráfico
dos sinais de luz na entrada e na saída.
5.1.5 CONEXÃO DE FIBRAS ÓTICAS
Os cabos de fibra ótica estão disponíveis no mercado em diversas dimensões, é
comum encontrar lances inteiros de 1Km, mas também estão disponíveis cabos que
chegam a extensão de 10Km ou mais. Em qualquer destes casos é obrigatório encontrar
alguma maneira de conectar as fibras à fontes e detectores de luz, e também a outros
cabos de fibra, conversores ou amplificadores de acordo com a necessidade.
Há dois métodos pelos quais as fibras podem ser unidas: utilizando conectores
ou realizando emendas. Em qualquer um dos casos, o objetivo é transferir tanta luz
quanto possível pela junção. Uma boa emenda é muito mais eficiente do que a
utilização de conectores, segundo Freeman (2005) as perdas de sinal para os casos de
emenda podem chegar a 0,09dB, enquanto que os melhores conectores possuem perdas
de aproximadamente 0,3dB.
A realização de emenda, no entanto, requer do usuário habilidade para fazer
um alinhamento de alta precisão e ainda um bom acabamento, para que se obtenham
resultados satisfatórios, ou seja, é necessário investimento na qualificação de mão-de-
obra para tal serviço.
5.1.5.1 Conectores
Apesar de menos eficientes, os conectores são muito utilizados no emprego das
fibras, devido a sua grande maleabilidade, que facilitam a reconfiguração dos sistemas,
sobretudo em caso de defeito de um dos componentes da rede de comunicação.
Obviamente a utilização de conectores limita o sistema por causa das perdas, cabendo
ao usuário analisar em quais aplicações será viável a utilização dos mesmos.
O maior cuidado que é requerido destas terminações é a inspeção e limpeza,
devido ao pequeno diâmetro das fibras, qualquer grão de sujeira pode interferir na rede
de comunicação entre os equipamentos. A figura 5.9 mostra os tipos de conectores mais
usados no mercado com suas respectivas nomenclaturas.
Figura 5.9 – Modelos de conectores mais utilizados no mercado

Atualmente são conhecidos e aplicados comercialmente dois tipos de emendas


em fibras óticas, são elas a emenda mecânica e a emenda por fusão.
5.1.5.2 Emendas mecânicas
A emenda do tipo mecânica é baseada no alinhamento das fibras através de
estruturas mecânicas. São dispositivos dotados de travas para que a fibra não se mova
no interior da emenda que contém líquidos entre as fibras, chamados líquidos casadores
de índice de refração. Tais líquidos devem possuir índices de refração muito próximos
aos do núcleo da fibra e tem a função de diminuir as perdas das emendas.
Antes de realizar a emenda é preciso efetuar a clivagem e posteriormente a
limpeza da fibra, com substâncias pobres em água, como álcool isopropílico, em
seguida as fibras devem ser alinhadas para permitir a passagem de luz. Em alguns casos
é desejável fazer a luz passar pela junção, para em seguida realizar pequenos ajustes
cuja finalidade é aumentar a precisão, diminuindo as perdas de transmissão.
A clivagem é o processo de corte da ponta da fibra ótica. É efetuada a partir de
um pequeno ferimento na casca da fibra e depois ela é tracionada e curvada sob o risco,
assim o ferimento se propaga pela estrutura cristalina da fibra. Um alicate de corte
especialmente projetado para esta finalidade é usado para efetuar a clivagem.
As emendas mecânicas são realizadas em cerca de 5 minutos por uma equipe
treinada, ainda assim este procedimento é recomendado para aqueles que tem um
número reduzido de junções a realizar, pois mesmo o custo desses dispositivos é sendo
relativamente baixo, além de serem reaproveitáveis, é mais indicado realizar emendas
por fusão quando há muitas a serem realizadas, visto que após a aquisição de um
equipamento específico as junções podem ser feitas e refeitas rapidamente por uma só
pessoa, e tantas vezes quanto for necessário.
5.1.5.3 Emendas por fusão
Emendas por fusão são conhecidas como emendas a quente, neste tipo de fusão
a fibra deverá ser inicialmente limpa e clivada para, posteriormente, ser introduzida
numa máquina, chamada máquina de fusão, para, após o alinhamento apropriado, ser
submetida à um sobreaquecimento, geralmente causado por um arco voltaico, que eleva
a temperatura nas extremidades das fibras, provocando o derretimento e soldagem das
fibras. O arco voltáico é obtido a partir de uma diferença de potencial aplicada sobre
dois eletrodos de metal.

Figura 5.10 – Máquina de fusão de fibras óticas

Após a fusão a fibra é revestida por resinas que tem a função de oferecer
resistência mecânica à emenda, protegendo-a contra quebras e fraturas. Após a proteção,
a fibra emendada é acomodada em recipientes chamados caixa de emendas.
As caixas de emendas podem ser de vários tipos de acordo com a aplicação e o número
de fibras, umas são pressurizáveis ou impermeáveis, outras resistentes ao sol, para
instalação aérea.
A união por fusão é quase tão boa quanto uma fibra sem emendas, no entanto,
mesmo nesse caso há uma pequena atenuação. Nos três tipos de junção podem ocorrer
reflexões no ponto de junção, principalmente se houver imperfeições no processo, e a
energia refletida pode interferir com o sinal. É altamente recomendado testar todo o
circuito de comunicação após modificações, sejam elas simples mudanças entre
conector e fonte/detector ou emendas, pois assim é assegurado a continuidade e
segurança do sistema.
Embora sejam necessários aquisição de equipamentos e treinamento de mão-
de-obra para realização de emendas, está cada vez mais econômico pagar por este tipo
de tecnologia, principalmente para o caso da fusão. As máquinas de fusão atuais são
pequenas e portáteis e ainda de interface amigáveis, bastante intuitivas, o que facilita o
aprendizado, amenizando os custos com treinamento de pessoal.

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