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Aula 1 – Introdução
- A Constituição tem muitas normas de caráter social.
- Artigo 1º da Constituição: garante o direito democrático à cidadania, à dignidade da pessoa
humana, aos valores sociais do trabalho e à livre iniciativa.
- Artigo 3º da Constituição: norma que estabelece a erradicação da pobreza e a redução da
desigualdade social, bem como a garantia do bem comum e a proibição da discriminação.
- Artigo 5º da Constituição: garantias individuais e fundamentais.
- Artigo 6º e 7º da Constituição: regulação da proteção à saúde e ao trabalhador.
- Artigo 7º da CF: Inciso III (FGTS); Inciso XXVIII (SAT); e Inciso XVIII (Licença Maternidade).
- Artigos 231 e 232 da Constituição: tratam sobre a organização social indígena.
- Legislação Social: é o conjunto de princípios e regras jurídicas com o objetivo de estudar dos
Direitos Sociais.
- Direitos Fundamentais (direitos essenciais aos cidadãos), pela Constituição: Divididos em
Direitos Civis (os mais antigos – constantes no artigo 5º, são aqueles que se referem à liberdade do
indivíduo, como por exemplo, o direito à liberdade de consciência e crença, e o direito à locomoção);
Direitos Políticos (constantes nos artigos 12 a 17 – refere-se a participação do individuo, como por
exemplo, o eleitor); e Direitos Sociais (constantes nos artigos 6º ao 11º, referente à igualdade entre as
pessoas e eliminação das diferenças sociais).
- Fontes da Legislação Social: são as normas pelos quais se manifestam os Direitos Sociais.
- Fontes da Legislação Social, além da Constituição: as Leis mencionadas no artigo 59 da
CRFB/88; os Atos Administrativos; as súmulas do TST; as Sentenças Coletivas; as Convenções
Coletivas; e os Acordos Coletivos.
- Trabalhadores amparados pela Lei: trabalhadores urbanos (que desenvolvem atividades
industriais, comerciais ou prestação de serviços não relacionados à exploração agropastoril);
trabalhadores rurais (que desempenham atividades de exploração agropastoril, através de prestação de
serviços não eventuais a empregador rural); trabalhadores domésticos (que prestam serviço de
natureza não lucrativa em âmbito residencial); Servidores Públicos Civis (mencionados no $ 2º do
artigo 39 da CF); e Militares (contemplados no $ 11 do artigo 42 da CF).
- Principais motivos que levam a maioria da população viver no setor informal: Carga tributária e
excesso de burocracia na abertura e no fechamento das empresas.
- Empregador: empresa individual ou coletiva que admite, assalaria e dirige a prestação pessoal dos
serviços.
- Empregado: toda pessoa física que presta serviço de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
- Contrato individual de trabalho: acordo correspondente à relação de emprego; negócio jurídico
realizado entre empregador e empregado.
- Característica típica do contrato de trabalho: dependência ou subordinação do empregado ao
empregador (tem uma carga horária a ser cumprida).
- Se a pessoa tem um horário de trabalho independente, não tem que cumprir um horário
predeterminado de trabalho, e recebe um salário mensal com base em suas vendas: ela não se
subordina a empresa, pois escolhe sua carga horária, não possui características de empregado comum
regido pela CLT, apenas presta serviço à empresa.
- Características do contrato de trabalho: é bilateral (tem livre manifestação de vontade de ambas
as partes); oneroso (realizada mediante salário); de direito privado (regido pelas normas trabalhistas);
comutativo (deve ter equilíbrio entre a prestação e contraprestação do serviço); consensual (deve haver
um consenso, mesmo quando a formalidade é exigida); sinalagmático (empregado tem obrigação de
trabalhar e empregador tem obrigação de pagar pelo serviço); de trato sucessivo (tem execução
continuada, mês após mês); subordinação jurídica (empregado fica subordinado ao empregador);
caráter personalíssimo (serviço tem que ser prestado pelo empregado, não sendo permitida a sua
substituição por outra pessoa sem consentimento do empregador).
- Teorias que procuram explicar a natureza jurídica do contrato de trabalho: contratualista e
anticonstitucionalista.
- Teoria contratualista: relação entre empregado e empregador é contratual, decorrente de livre
vontade de ambas as partes.
- Teoria anticontratualista: empregado se submete à autoridade do empregador, objetivo do trabalho
é a produção e o empregado não tem autonomia sobre as clausulas contratuais.
- Exemplo de contrato anticontratualista: Quando se assina um contrato que estipula uma carga
horária de trabalho superior à permitida, esse contrato não tem validade na Justiça do Trabalho.
- Regras e características necessárias para que o contrato de trabalho seja válido: agente capaz
(empregado deve ser maior de 18 anos (capacidade absoluta). O trabalhador de 14 até 16 anos ao pode
trabalhar como aprendiz (relativamente capaz) mediante autorização do responsável, pode assinar
recibos de salário, mas não pode assinar rescisão de contrato, o que deve ser feito pelo responsável);
objeto lícito, possível e determinado ou determinável (deve ser uma atividade lícita, e possível de ser
executada, devendo o empregado saber exatamente para o que foi contratado a fazer); forma prescrita
ou não proibida por lei (contrato de trabalho é não solene, é consensual);
- Se o menor de 16 anos prestar serviço, mesmo o contrato de trabalho sendo proibido, tem validade.
- O empregado menor de 16 anos só pode ser contratado como aprendiz, não pode trabalhar mais que
8 horas por dia, não pode fazer hora extra e nem trabalhar em horário noturno. Caso desrespeite a lei,
a empresa deve pagar multa e indenizar o funcionário, pagando todos os direitos trabalhistas, como se
ele fosse maior de 18 anos.
- Se o empregado trabalha como faxineiro de um prostíbulo (negócio ilícito), seu contrato tem
validade, pois sua atividade (faxina) é uma atividade lícita, independente de onde ele trabalhe.
- Se o empregado trabalhar em uma atividade ilícita, como exemplo, apontador do jogo do bicho, o
empregado não pode cobrar pagamento de salários, férias ou rescisão, e o empregador também não
pode pedir restituição de valores pagos.
- Exemplos de contratos consensuais: contrato de aprendizagem, de experiência, de prazo
determinado, de trabalho temporário e de trabalho voluntário.
- Classificação dos contratos de trabalho: quanto à forma (expresso ou tácito); quanto a
regulamentação (comuns ou especiais); quanto à duração (por tempo determinado ou indeterminado).
- Contrato expresso e tácito: Contrato tácito não há manifestação escrita ou verbal, existe pela
pratica da prestação de serviços sem manifestação contraria do empregador; e contrato expresso pode
ser verbal ou escrito, sendo que o contrato escrito só é exigido por lei no caso de contrato de trabalho
temporário ou contrato de aprendizagem.
- O contrato de trabalho, independentemente de sua forma, deve ser sempre anotado em CTPS. O
empregador tem o prazo de 48 horas para anotar na CTPS a data de admissão, remuneração e
condições especiais de trabalho, se houver.
- Contratos comuns e especiais: Contrato comum é aquele que não possui exigências especiais, e
contrato especial é aquele que possui exigências especiais.
- Contrato por tempo determinado e contrato por tempo indeterminado: Contrato por tempo
determinado é aquele que tem duração predeterminada, tem previsão da data de seu término, e contrato
por tempo indeterminado é aquele que a data final para termino do trabalho não foi estabelecido pelas
partes (segue o princípio da continuidade)
- Princípio da continuidade: determina que a relação trabalhista entre empregado e empregador é
feito para durar até a aposentadoria do empregado, levando-se em conta que o trabalho é fonte de
subsistência do empregado.
- Quando é válido o contrato por tempo determinado: quando for contrato de experiência (para
testar a aptidão e capacidade do empregado, ao mesmo tempo que o empregado avalia se o emprego
corresponde às suas expectativas); quando for para executar serviços que seja breve ou temporário,
como exemplo, uma pintura em uma fábrica); quando a atividade da empresa só funcionar por um
determinado período, como exemplo, empresa de Ovos de Páscoa, que só funciona no período da
Páscoa).
- Regras gerais do contrato por tempo determinado: duração máxima de dois anos, com exceção
do contrato de experiência que tem duração máxima de 90 dias; só pode ser renovado uma única vez,
nunca ultrapassando a sua duração máxima na totalidade; não há estabilidade no emprego; não pode
suceder outro contrato por prazo determinado no período inferior a seis meses, e caso ocorra,
passa a ser considerado por prazo indeterminado.
- Os contratos por tempo determinado podem ser convertidos em indeterminados quando não são
cumpridas suas exigências, como prazo de duração superior a dois anos, mais de uma prorrogação,
etc...
- Mesmo que o prazo máximo do contrato seja de dois anos, não pode, por exemplo, haver um contrato
de seis meses com mais duas prorrogações de mesmo prazo.
- Mutabilidade: o contrato de trabalho pode ser alterado durante o seu desenvolvimento, desde que
haja concordância de ambas as partes e que não tragam prejuízo ao trabalhador.
- O empregador pode fazer pequenas alterações no contrato de trabalho, como mudança de horário, de
sala, de turno, ou retorno de cargo de confiança ao cargo efetivo ocupado anteriormente. O
empregado pode, caso se senta prejudicado, preitear sua rescisão indireta do contrato de trabalho
(pedido de demissão feito pelo empregado diante do juiz pelo descumprimento das regras do contrato
pelo empregador).
- Transferência de empregado: quando provoca mudança de domicilio, alterando o contrato de
trabalho.
- Se o empregado é transferido de filial, mas não muda de residência, tem direito a receber o valor
correspondente ao acréscimo das despesas de transporte.
- Se o empregado é transferido e muda de residência, deve haver a concordância do empregado,
além da comprovação da necessidade da prestação do serviço na outra localidade.
- A prova da necessidade de serviço é sempre obrigatória, mas a concordância do empregado nem
sempre é exigível, como transferência para exercer cargo de confiança, ou decorrer de clausula
explicita ou implícita do contrato. A transferência será licita quando ocorrer a extinção do
estabelecimento onde o empregado trabalha, independentemente da concordância do empregado.
- Se a transferência for provisória, empregado tem direito a receber um adicional de 25% do seu
salário durante sua duração. Se a transferência for definitiva, o empregado não tem direito a este
adicional, mas tem o direito de receber do empregador todas as despesas referente a sua mudança.
- Suspensão e interrupção do contrato de trabalho: paralisações do contrato de trabalho previstas
em lei, e não cessão o contrato.
- Suspensão total do contrato de trabalho: paralisação provisória total da execução do contrato de
trabalho. O empregado não tem o dever de trabalhar nem o empregador tem o dever de pagar salário,
e o período de afastamento não é considerado como tempo de serviço, para efeitos legais.
- Exemplos de suspensão do contrato de trabalho: suspensão disciplinar imposta por pratica de uma
falta disciplinar, faltas injustificadas ao trabalho, licença médica (a partir do 16º dia).
- Interrupção ou suspensão parcial do contrato de trabalho: paralisação provisória e parcial da
execução do contrato de trabalho. O empregado não tem o dever de trabalhar, mas o empregador tem
o dever de pagar salário, e o período da paralisação é considerado como tempo de serviço do
empregado.
- Exemplos de interrupção ou suspensão parcial do contrato de trabalho: férias, RSR, licença
maternidade, feriados, faltas justificadas, licença médica (doença ou acidente de trabalho, durante os
15 primeiros dias).
- Serviço militar obrigatório: não se enquadra nem como suspensão nem como interrupção do
contrato de trabalho. O empregador não paga salário, mas deposita o FGTS mensalmente, e o tempo
de afastamento é considerado como tempo de serviço.
- Greve: a princípio é considerada uma suspensão do contrato de trabalho (que não deveria ter
pagamento de salários), mas que as relações entre empregado e empregador durante o período de
paralisação devem ser regidas por um acordo, convenção, decisão judicial, que pode considerar que o
empregador deve pagar os salários durante a paralisação, passando assim, a ser considerada uma
interrupção.
- Fases da Previdência Social: Período de formação (Lei do Seguro-Doença e Lei do SAT até o
término da Primeira Guerra Mundial); período de expansão geográfica (de 1911 até o final da Segunda
guerra Mundial); transformação da Previdência Social (inicio na Segunda guerra Mundial, com a
ampliação da Previdência para o regime de seguridade social); e reformulação da Previdência Social
(o fim da Guerra Fria, a globalização e o aumento da expectativa de vida geraram reflexos na
seguridade e na Previdência Social).
- Principais características da ampliação da Previdência para o regime de seguridade social:
acréscimo dos riscos cobertos; melhoria nas condições de concessão de benefícios; extensão da
previdência para todos os trabalhadores.
- Seguridade Social: assegura os direitos à saúde, previdência e assistência; tem por finalidade
alcançar o bem estar e a justiça social; e seu fundamento básico é o trabalho. Visa garantir ao cidadão
uma existência digna ao longo da vida, em situações que ocorram a perda ou diminuição do
rendimento familiar.
- Objetivos e características da Seguridade Social: assegurar uma renda mínima no caso de
incapacidade de trabalho ou morte de provedor da família; uniformidade na fórmula de cálculo dos
benefícios previdenciários entre trabalhadores rurais e urbanos; a renda só é assegurada àqueles que
contribuem para a previdência; benefícios sofrem reajuste periódico mas não podem ser reduzidos e
nem ser inferior a um salário mínimo; cada um deve contribuir na medida de suas possibilidades; é
financiada por toda sociedade de forma direta e indireta, por varias formas de custeio.
- Regimes previdenciários que constituem a Previdência Social no Brasil: Regime Geral da
Previdência Social; Regime próprio da União, Estados e Municípios; e Regime Geral da Previdência
Complementar.
- Regime Geral da Previdência Social: operado pelo INSS, mais amplo regime de previdência e está
voltado para os trabalhadores em geral, inclusive os regidos pela CLT e servidores públicos cujo ente
da Federação não tenha instituído regime próprio de Previdência.
- Regimes próprios da União, Estados e Municípios: protegem os servidores cujo ente da Federação
tenha instituído regime próprio de previdência.
- Regime Geral da Previdência Complementar: constituído pelos segmentos aberto e fechado, é
facultativo, privado, e tem como objetivo implementar ou suplementar o beneficio previdenciário
oficial.
- Beneficiários da Previdência Social: são os sujeitos ativos das prestações previdenciárias.
Classificados em segurados (que exercem atividade remunerada e/ou contribuem) e dependentes
(favorecidos pela obtenção de proteção previdenciária).
- Tipos de segurados da Previdência Social: segurados obrigatórios (são aqueles que exercem
qualquer atividade remunerada, abrangida pelo Regime Geral de Previdência Social, de forma efetiva
ou eventual, com ou sem vinculo empregatício) e segurados facultativos (são aqueles maiores de 16
anos que não exercem atividade remunerada praticada pelos segurados obrigatórios da Previdência
Social).
- Segurados obrigatórios: Empregados em geral, empregados domésticos, contribuintes individuais,
trabalhadores avulsos e segurados especiais.
- Segurados facultativos: dona de casa, síndico de condomínio filiado ao INSS de 1991 à 1997,
beneficiário em auxilio doença ou auxilio suplementar, bolsista ou estagiário, estudante, ex
empregador rural que continua a recolher sem interrupções suas contribuições previdenciárias,
brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior, aquele que deixou de ser segurado
obrigatório, e presidiário que não exerce atividade remunerada nem está vinculado a qualquer regime
de Previdência Social.
- Dependentes: podem ser presumidos (não precisam demonstrar dependência econômica, apenas o
vinculo entre ele e o segurado) ou comprovados (devem provar que vivem na dependência do
segurado).
- Classificação dos dependentes: Classe 1 ou preferencial (o cônjuge, a companheira, o filho não
emancipado menor de 21 anos ou inválido); Classe 2 (os pais, que deverão fazer prova de dependência
econômica, ainda que parcial); e Classe 3 (irmão não emancipado menor de 21 anos ou inválido).
- Período de graça: período de carência para que o segurado não perca seus direitos como segurado.
- Para não perder seus direitos, o segurado deve contribuir como segurado facultativo se não conseguir
retornar ao mercado de trabalho em alguma atividade que o enquadre como segurado obrigatório.
- Quando o segurado pode perder seus direitos previdenciários: em caso de sua morte ou após
ultrapassado o período de graça.
- Renda mensal do benefício: valor pecuniário a ser pago. É o salário do benefício multiplicado pelo
percentual legal a ser aplicado aos benefícios (exemplo: auxílio doença 91% do salário; aposentadoria
por invalidez 100% do salário; auxílio acidente: 50% do salário; pensão por morte 100% do salário)
- A Seguridade Social é financiada por toda a sociedade. É financiada de forma direta (por meio
das contribuições sócias pagas pelos participantes) ou indireta (recursos orçamentários destinados pela
União, Estados, Municípios e Distrito Federal e outras receitas que a legislação destina à seguridade
social).