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Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento...

1. INTRODUÇÃO

A flexibilidade ou amplitude máxima de um dado movimento articular, é um dos


fatores que constituem a performance humana, sua importância pode ser
evidenciada e desejada aos praticantes de uma atividade esportiva, na realização
segura e eficiente das tarefas do cotidiano e na prevenção de lesões(DUTRA et al,
2003).

Numerosos pesquisadores têm estudado a influência da associação dos


recursos termoterapêuticos ao alongamento para potencialização e aceleração do
ganho de flexibilidade. E os resultados ainda são controversos.

Silva et al (2007) e Signori et al (2008) relatam que os recursos térmicos não


influenciam no ganho de flexibilidade e que isto ocorre apenas devido ao
alongamento. Já Costa et al (2008) e Stieven et al (2007) observaram influência da
termoterapia no aumento da amplitude de movimento relatando que tanto o frio
quanto o calor são eficazes.

Dutra et al(2003) verificaram que o calor profundo é mais eficaz e Brasileiro et al


(2007) e Rochedo(2004) encontraram maior eficácia com a crioterapia.

O calor parece ser mais eficaz no ganho de flexibilidade devido ás suas


características fisiológicas como: aumento da extensibilidade dos tecidos
encurtados, relaxamento, diminuição da sensibilidade dos reflexos dos fusos
musculares e um aumento na sensibilidade dos órgãos tendinosos de golgi, inibindo
a tensão muscular, facilitando o alongamento (KISNER e COLBY, 2005).

O frio apresenta características fisiológicas que ora podem facilitar e ora podem
limitar a flexibilidade: reduz o espasmo muscular, a velocidade de condução nervosa
e consequentemente a sensação dolorosa e diminui a ativação muscular reflexa
(diminui a ativação do fuso muscular), aumentando a tolerância do indivíduo às
manobras de alongamento; mas também causa também aumento na rigidez tecidual
e redução da viscoelasticidade, o que limita a flexibilidade tecidual (KNIGHT, 2000).
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Portanto, este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão dos estudos que
foram realizados comparando o uso do frio e do calor associados ao alongamento
no ganho de flexibilidade.

2. ALONGAMENTO MUSCULAR

Alongamento é um termo geral usado para descrever qualquer manobra


elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e subsequentemente
melhorar a amplitude de movimento (ADM) por meio do aumento do comprimento de
estruturas que tiveram encurtamento adaptativo e tornaram-se hipomóveis com o
tempo (KISNER e COLBY, 2005).

Durante o alongamento ocorre maior separação dos filamentos de actina e


miosina, determinando aumento do comprimento dos sarcômeros. Quando a força
de alongamento é liberada, os sarcômeros individuais retornam ao seu comprimento
de repouso. Para que ocorram aumentos de comprimento mais permanentes, a
força de alongamento precisa ser mantida por um longo tempo (KISNER e COLBY,
2005).

O alongamento muscular apresenta inúmeros efeitos benéficos para o organismo


como: redução do encurtamento musculotendíneo; redução do risco de lesões
músculo-articulares; aumenta o relaxamento muscular e melhora a circulação
sanguínea; melhora a coordenação e evita a utilização de esforços adicionais no
trabalho e no desporto; reduz a resistência tensiva muscular antagonista e aproveita
mais economicamente a força dos músculos agonistas; libera a rigidez e possibilita
melhorar a simetria muscular; e evita/ reduz problemas posturais que alteram o
centro de gravidade (ACHOUR JUNIOR, 2002).

É importante distinguir o alongamento da flexibilidade, que consiste na amplitude


de movimento de uma articulação ou de uma série de articulações. O comprimento
do músculo junto com a integridade articular e a extensibilidade dos tecidos moles
periarticulares determinam a flexibilidade (KISNER e KOLBY, 2005; FRONTERA et
al, 2001).
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2.1. RESPOSTA NEUROMUSCULAR AO ALONGAMENTO

O fuso muscular é o principal órgão sensorial ( receptor de alongamento) do


músculo. Seus receptores estão localizados nas porções centrais do fuso muscular.
Existem dois tipos de fusos musculares: primários e secundários. Os primários
respondem tanto ao grau de alongamento muscular como ao ritmo desse
alongamento (resposta dinâmica). Os fusos secundários respondem somente ao
grau de alongamento (resposta estática). Como a resposta dinâmica é muito mais
vigorosa que a resposta estática, um ritmo lento de alongamento não consegue
ativar a resposta dos fusos musculares (HALL, 2000; KISNER e COLBY, 2005;
MACHADO, 2002).

A resposta dos fusos inclui a ativação do reflexo de alongamento e a inibição da


elaboração de tensão no grupo dos músculos antagonistas (inibição recíproca)
(HALL, 2000).

Os órgãos tendinosos de golgi (OTGs) localizam-se perto da junção miotendínea,


enrolados nas terminações das fibras extrafusais dos músculos. São sensíveis a
tensão muscular causada pelo alongamento passivo ou por uma contração muscular
ativa. Os OTGs são um mecanismo de proteção que inibe a tensão no músculo onde
se encontram(promovendo relaxamento muscular). Os órgãos tendinosos têm um
limiar muito baixo de disparo após uma contração muscular ativa e um limiar alto de
disparo para alongamento passivo (KISNER e COLBY, 2005; MACHADO, 2002).

Os procedimentos de alongamento realizados com velocidade muito alta podem


na verdade aumentar a tensão no músculo que está sendo alongado, pois os
receptores do fuso muscular são ativados e estimulam a contração do músculo
(KISNER e COLBY, 2005).

Se uma força de alongamento lenta é aplicada no músculo, os OTG disparam e


inibem a tensão no músculo, permitindo que o sarcômero do músculo permaneça
relaxado e se alongue (KISNER e COLBY, 2005).
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2.2 MÉTODOS DE ALONGAMENTO

Existem vários métodos de alongamento, os principais são:


 Alongamento estático: um método por meio do qual os tecidos moles são
alongados um pouco além do ponto de resistência do tecido, e então mantidos na
posição alongada por um longo tempo com uma força de alongamento. É um meio
eficaz de melhorar a flexibilidade, pois minimiza a ativação do reflexo do fuso e ativa
o reflexo tendinoso de golgi, gerando menos trauma aos tecidos e menos dor
muscular (KISNER e KOLBY, 2005; FRONTERA et al, 2001).

 Alongamento balístico: é um alongamento intermitente rápido, forçado, ou


seja, um alongamento de alta velocidade e alta intensidade. É caracterizado pela
utilização de movimentos amplos vigorosos criando impulso para conduzir o
seguimento do corpo rapidamente por meio de ADM de modo a alongar as
estruturas encurtadas. Embora tenha sido demonstrado que o alongamento balístico
aumenta a ADM em indivíduos jovens e saudáveis que participam de programas de
condicionamento, em geral ele não é recomendado, pois ativa o reflexo do fuso e
tem mais probabilidade de produzir sofrimento muscular do que outros métodos de
alongamento (KISNER e KOLBY, 2005; FRONTERA et al, 2001).

Em indivíduos idosos ou sedentários este tipo de alongamento é contra indicado,


pois os movimentos que ocorrem em alta velocidade e alta intensidade são difíceis
de controlar; os tecidos, enfraquecidos pela imobilização ou desuso são facilmente
lesados; e o tecido conjuntivo denso encontrado nas contraturas crônicas não cede
facilmente com o alongamento rápido, na verdade torna-se mais quebradiço e
rompe-se mais rápido (KISNER e KOLBY, 2005).

 Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP): algumas técnicas da FNP


são utilizadas para promover alongamento muscular e aumento da amplitude de
movimento (ADM).
Contrair-relaxar: envolve uma contração isotônica máxima do antagonista (músculo
a ser alongado) contra resistência a partir de um ponto de limitação de ADM,
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seguido por um período de relaxamento. Logo depois, o terapeuta move o membro


passivamente através da maior amplitude possível até o ponto em que a limitação
de ADM é sentida. Depois o processo é repetido (ALTER, 2001).Após a contração
há um breve período durante o qual o músculo se acha reflexamente relaxado e,
portanto, pode ser alongado com mais facilidade. O relaxamento reflexo ocorre
devido atuação dos OTG (KISNER e COLBY, 2005).

Contrair-relaxar com contração do agonista: é idêntica á técnica anterior exceto


que durante a fase de alongamento final o agonista é contraído concentricamente
(ALTER, 2001).

Manter-relaxar: envolve uma contração isométrica do antagonista seguida por um


período de relaxamento. Depois o membro move-se passivamente através da maior
amplitude possível até o ponto em que a limitação de ADM é sentida. Em seguida o
processo é repetido (ALTER, 2001).

3. TERMOTERAPIA

A termoterapia inclui tanto a aplicação do frio quanto do calor com finalidade


terapêutica.

3.1. CALOR

O aquecimento dos tecidos do organismo produz efeitos como (AGNE, 2007;


KITCHEN, 2003; STARKEY, 2001):
 Aumento da velocidade dos processos metabólicos;
 Vasodilatação, com maior circulação de sangue, melhor abastecimento de
oxigênio e substratos, o que é pré requisito para o aumento do
metabolismo;
 Aumento na velocidade de contração;
 Aumento da velocidade de condução nervosa;
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 Diminuição a resistência elástica e viscosa da musculatura, aumentando a


extensibilidade do colágeno, ocorrendo assim uma diminuição do risco de
rompimento de músculos, tendões e ligamentos;
 Alívio do espasmo muscular;
 Aumento da produção de líquido sinovial, que hidrata a cartilagem
articular, aumentando sua espessura, o que leva a uma melhor absorção
das forças de pressão. Assim, as articulações apresentam maior
capacidade para suportarem carga;
 Redução da dor;
 Regeneração dos tecidos: isso ocorre devido ao aumento da circulação, o
que aumenta a disponibilidade de oxigênio e de nutrientes para o reparo
dos tecidos.

O aquecimento de estruturas do organismo pode ocorrer por meio de três


modalidades (AGNE, 2007):
 Condução: modalidade em que o aquecimento ocorre por contato entre as
superfícies (compressas quentes, parafina);
 Convecção: o aquecimento ocorre por meio de fluidos que absorvem calor
em um determinado local e se desloca para outro, onde se mistura com
uma zona de fluido com temperatura menor (sauna, ducha quente);
 Conversão: o aquecimento se produz por transformação de outras formas
de energia em energia térmica (infravermelho, ondas curtas, microondas e
ultra-som)

De acordo com Agne (2007) os agentes térmicos podem ser classificados,


quanto à profundidade de ação, em superficial (compressas, parafina, sauna,
infravermelho) e profundo (ondas curtas, microondas e ultra-som). A seguir serão
detalhados os recursos termoterapeuticos utilizados no presente trabalho.

3.1.1 RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

Consiste em uma modalidade de termoterapia que promove aquecimento


superficial, atingindo apenas a epiderme. Apresenta comprimento de onda de 770 a
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10.000 nm, sendo consideradas terapêuticas aquelas situadas próxima a 1.000nm


(AGNE, 2007; STARKEY, 2001).
As fontes produtoras de infra vermelho (IV) são divididas em geradores
luminosos como as lâmpadas com gás de baixa pressão e não luminosos, como os
filamentos de resistência enrolados em porcelana (KITCHEN,2003).

A radiação infra vermelha constitui uma forma de aquecimento por conversão.


Sua penetração é de 5 a 10 mm abaixo da pele, o que permite interagir com
capilares e terminações nervosas (AGNE, 2005; MACHADO, s/d).

• Efeitos terapêuticos

A radiação por infravermelho possui efeitos terapêuticos como:(AGNE, 2007;


STARKEY, 2001)
 Hiperemia: produzido por vasodilatação cutânea;
 Antiinflamatório e melhora da cicatrização: decorrente de maior aporte de
nutrientes e células de defesa;
 Relaxamento muscular: devido maior irrigação sanguínea;
 Redução da rigidez articular;
 Analgesia;
 Aumenta a velocidade de condução nervosa;
 Espasmolítico e descontraturante.

• Aplicação da radiação infravermelha

Para maior penetração do IV através da pele do paciente a distância entre a


lâmpada e a pele deve ser de aproximadamente 50 cm e o ângulo de incidência
deve ser de 90 graus, o que implica em maior absorção e menor reflexão
(STARKEY, 2001).

O infravermelho pode ser aplicado diretamente sobre a pele do paciente ou com


a utilização de uma toalha úmida interposta ente a pele do paciente e a lâmpada de
infravermelho. Este segundo método parece ter melhor aceitação por parte do
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paciente, que refere melhor comodidade e menor irritabilidade ao calor (AGNE,


2007).

• Contra indicações

O IV não deve ser aplicado em áreas isquêmicas e hemorrágicas, áreas com


perda de sensibilidade e em caso de processo inflamatório agudo (MACHADO, s/d).

3.1.2. BOLSA QUENTE

A bolsa quente é um método de aquecimento superficial por contato entre o


agente terapêutico e os tecidos. A transferência de calor ocorre por condução e o
aquecimento de tecidos mais profundos é devido á condução dentro dos próprios
tecidos assim como á convecção através dos fluidos (KITCHEN, 2003).

O aquecimento local da superfície da pele por condução leva a um aumento


acentuado e rápido na temperatura da pele (ás vezes seguido por uma leve queda)
por alguns minutos (6 a 8 minutos), e então é mantida uma temperatura de pele
constante. Para alcançar níveis terapêuticos de aquecimento a temperatura obtida
nos tecidos deve estar entre 40 e 45 C. Acima desse nível é provável que ocorram
queimaduras e abaixo de 40 C os efeitos do aquecimento são considerados fracos
demais para terem uso terapêutico (KITCHEN, 2003; REED e LOW, 2001).

Em relação á profundidade de penetração, como o epitélio e a gordura tem


condutividade mais baixa que os tecidos aquosos, a transferência de calor por
condução dentro dos tecidos será obstruída pela camada de gordura subcutânea, e
o aumento da temperatura tenderá a ficar confinado á epiderme (REED e LOW,
2001).

• Efeitos terapêuticos
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Os efeitos terapêuticos da bolsa quente são semelhantes ao infravermelho, que


também é um método de termoterapia superficial. Esses efeitos são os mesmos da
aplicação do calor, porém mais superficialmente (REED e LOW, 2001).
 Analgesia;
 Redução do espasmo muscular;
 Aceleração da cicatrização, especialmente de lesões superficiais;
 Resolução de estados inflamatórios crônicos;
 Aumento da amplitude de movimento articular ou alongamento de tecidos
cicatriciais.

• Aplicação da bolsa quente

Existem vários tipos de bolsas quentes que podem ser utilizadas para gerar calor
a pequenas áreas. Entre elas existem as bolsas hidrocoladas, compressas úmidas e
bolsas aquecidas eletricamente.
 Bolsas hidrocoladas: consiste em sílica gel hidrofílica (que absorve água)
colocada dentro de um invólucro de algodão. A bolsa é aquecida em um
banho de água quente de aproximadamente 75 C, envolvida em uma
toalha ou outro material apropriado e então aplicada ao corpo. A
temperatura final da compressa deve ficar, em torno de 40 a 42 C. ocorre
resfriamento gradual (KITCHEN, 2003; REED e LOW, 2001);
 Compressas úmidas: essas são imersas em água quente
(aproximadamente 36 a 41C) e tem função similar á anterior, mas tende a
resfriar mais rapidamente já que não promove uma camada isolante. Tais
compressas precisam ser substituídas após aproximadamente 5 minutos
(KITCHEN, 2003);
 Bolsas aquecidas eletricamente: variam de tamanho e o fio de resistência
elétrica fica dentro da estrutura e o design permite que a temperatura de
40 a 42 C seja controlada por termostato (KITCHEN, 2003).

• Contra indicações
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A bolsa quente não deve ser aplicada em caso de falta de sensibilidade térmica
na parte do corpo a ser tratada; circulação comprometida; feridas abertas;
carcinomas de pele; em tecidos lesados ou infectados e em caso de processo
inflamatório agudo (KITCHEN, 2003).

3.1. 3. DIATERMIA POR ONDAS CURTAS

É uma modalidade de aquecimento profundo que utiliza energia semelhante á


das ondas de radio, mas com comprimento de onda menores. São correntes de alta
frequência (27, 12 MHZ) e não ionizantes (KITCHEN, 2003; STARKEY, 2001).

Os aparelhos de Ondas Curtas (OC) constam de dois circuitos oscilantes, um


chamado de circuito primário ou de produção (aparelho de ondas curtas) e outro
secundário ou de aplicação (eletrodos e paciente). Para conseguir o máximo efeito é
necessário que as ondas destes circuitos tenham a mesma freqüência, o que se diz
“estar em sintonia” (AGNE, 2007).

Nos equipamentos de OC, devido à heterogeneidade dos tecidos, tem que haver
a sintonização e o ajuste da impedância do conjunto. É importante fazer a melhor
sintonização possível para se obter o máximo rendimento do equipamento. Portanto,
durante a aplicação o paciente não pode movimentar o seguimento tratado e deve
relatar constantemente a sensação térmica (AGNE, 2007).

• Ondas curtas pulsada

Alguns aparelhos de Ondas Curtas permitem que a energia eletromagnética seja


aplicada ao paciente em disparos curtos de energia. Essa aplicação é conhecida
como diatermia por Ondas Curtas Pulsadas (OCP). As características físicas das
OCP e OC são idênticas, sendo a única diferença o fato de o campo ser
interrompido ou pulsado. Embora as OC contínuas sejam geralmente confinadas a
uma frequência de 27,12MHz, a pulsação resulta no desenvolvimento de bandas
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laterais; isso pode significar que a energia usada varia em frequência entre 26,95 e
27,28MHz, com pouca ou nenhuma energia estando na banda secundária. Contudo,
em termos de efeito fisiológico nos tecidos essas bandas laterais são de pouca
relevância clínica (KITCHEN, 2003)

Quando são usadas OCP isso significa que há períodos nos quais nenhuma OC
é emitida e o paciente recebe uma dose mais baixa de OC; e consequentemente os
tecidos são sujeitos a uma carga térmica mais baixa. Portanto, o conceito que
escora as OCP é dar aos tecidos uma carga de energia na forma de campo
eletromagnético sem que os tecidos precisem tolerar uma carga térmica (KITCHEN,
2003).

• Efeitos terapêuticos de OC e OCP

O principal efeito das OC e das OCP é o aquecimento dos tecidos profundos. Em


decorrência desse aquecimento a diatermia por OC e OCP apresenta os seguintes
efeitos (AGNE, 2007, KITCHEN, 2003):
 Aumenta o fluxo sanguíneo, o metabolismo
 Assiste na resolução da inflamação;
 Aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo;
 Diminui a rigidez articular;
 Alivia dor (devido diminuição da excitabilidade dos nervos periféricos) e
espasmo nos músculos profundos.

• Aplicação da diatermia por ondas curtas

Durante a aplicação de OC o paciente é ligado ao circuito elétrico do gerador de


alta frequencia por meio de um aplicador capacitivo ou uma bobina indutora: (AGNE,
2004; KITCHEN, 2003; REED e LOW, 2001).

Técnica capacitiva:
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Essa técnica pode ser aplicada através de dois tipos diferentes de eletrodos:
placas metálicas flexíveis (eletrodos maleáveis) ou discos metálicos rígidos. As
placas metálicas flexíveis são folhas metálicas chatas cobertas com uma camada
espessa de borracha. Um material como o feltro é usado para assegurar que seja
mantido espaço suficiente entre o eletrodo e o paciente. Os discos metálicos rígidos
são metálicos chatos, arredondados, envolvidos por uma cobertura plástica
transparente.

Os eletrodos devem ser de tamanho igual. Caso contrário ocorrerá um


aquecimento mais forte perto do eletrodo menor, pois o campo será concentrado
sobre uma área de superfície menor. Além disso, os eletrodos devem ser um pouco
mais largos do que a parte do corpo, pois o campo elétrico é menos uniforme na
margem das placas.A distancia entre a pele e o eletrodo deve ser de 2 a 4 cm,
sendo colocados paralelos á superfície da pele.

Na técnica capacitiva os eletrodos podem ser colocados de três formas:


contraplanar (transversa), com um eletrodo em cada lado do membro; coplanar, com
os dois eletrodos colocados do mesmo lado do membro; e aplicação longitudinal, na
qual um eletrodo é colocado proximal e o outro distalmente.

Essa modalidade gera um campo eletromagnético ao redor dos cabos e


eletrodos, o que obriga limitar uma distância de segurança em torno de 3 metros
com outros aparelhos de eletroterapia e pacientes em tratamento, salvo que se
proteja a Unidade de OC e seu entorno com uma jaula metálica (jaula ou gaiola de
Faraday).

Técnica indutiva:

Essa técnica é aplicada através de um único eletrodo. Existem atualmente dois


tipos de eletrodos, um formado por um cabo espiralado, revestido com material
flexível, utilizado para tratar extremidades; e um segundo tipo que é um eletrodo
circular conhecido como bobina ou tambor.

• Precauções
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Deve-se evitar o cruzamento dos cabos, o contato deles com a pele e sobre a
roupa sintética; manter objetos metálicos e equipamentos eletrônicos longe da área
de tratamento; evitar aplicações próximas á cabeça (pode provocar vertigem e
cefaléias) (STARKEY, 2001).

• Contra indicações

As contra indicações para aplicação de OC incluem: utilização de marcapassos


implantados, metal nos tecidos ou fixadores externos, sensação térmica
comprometida, alteração cognitiva, gestação, áreas hemorrágicas (inclusive
menstruação), febre, tecido isquêmico, tumores malignos, tuberculose ativa,
trombose venosa recente, áreas da pele afetadas por sessões de raios-X (AGNE,
2004; STARKEY, 2001).

3.1.4. MICROONDAS

É uma modalidade de aquecimento profundo que converte energia


eletromagnética de alta frequência em calor. O comprimento de onda autorizado
para terapia é de 12 cm e frequência de 2450 MHZ. Também são autorizados para
emprego terapêutico as frequências 433,92 MHZ e 915 MHZ (AGNE, 2007;
STARKEY, 2001).

Consiste em uma radiação não ionizante, que não produz alteração na estrutura
molecular, sendo a água a principal responsável pela transformação em calor da
energia das microondas (AGNE, 2007).

A diatermia por microondas, embora mais profunda do que o aquecimento


superficial não é tão profunda quanto às ondas curtas capacitivas, porque a radiação
das microondas (MO) não consegue penetrar na camada adiposa, na mesma
extensão das oc. Como a energia é coletada pelo tecido adiposo, os efeitos ocorrem
em cerca de 1/3 da profundidade dos efeitos das OC, chegando a uma profundidade
máxima de 3 cm. Além disso, as microondas produzem alguns efeitos não térmicos
(KITCHEN, 2003; STARKEY, 2001).
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Diferente da diatermia por Ondas Curtas, a energia eletromagnética das


microondas pode ser dirigida diretamente sobre o tecido que se deseja tratar,
minimizando deste modo os riscos de sobre aquecimento dos tecidos limítrofes.

A característica fundamental do tratamento por este tipo de ondas


eletromagnéticas é a profundidade, já que atravessarão a pele, sobretudo o tecido
gordurosos de pequena espessura sem perder energia, cedendo toda sua energia
nas capas musculares subjacentes (AGNE, 2007).

O aparelho de microondas é constituído de um corpo central (produz as


microondas), cabo coaxial (transmite a energia do aparelho ao refletor), braço
articulado (sustenta o refletor) e refletores (apresentam antena incorporado).

• Efeitos terapêuticos

São os mesmos efeitos do aquecimento: aumento do fluxo sanguíneo, do


metabolismo; aumento da extensibilidade do tecido colagenoso; redução do
processo inflamatório; relaxamento muscular; diminuição da dor e do espasmo
muscular; e redução da rigidez muscular.

O aquecimento com microondas é adequado para o aquecimento dos tecidos


superficiais, tanto de músculo quanto de estruturas articulares perto da superfície
como a articulação do punho ou a face anterior do joelho, mas provavelmente não
afeta estruturas localizadas mais profundamente cobertas com espesso tecido
muscular como a articulação do quadril (REED e LOW, 2001).

• Aplicação da diatermia por microondas

Para aplicação das microondas deve-se manter uma distancia de 1 a 10 cm entre


o refletor e a pele do paciente, sendo que a incidência do feixe deve ser sempre
perpendicular á área tratada (Lei do co-seno)
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• Precauções

O local de tratamento através das microondas não deve conter equipamentos


eletrônicos e nem objetos metálicos. O fisioterapeuta que aplicar o tratamento não
deve ficar na linha direta do feixe ou dentro da área de dois metros da antena.

• Contra indicações

Não aplicar sobre tumores malignos, em pacientes portadores de marcapasso,


mulheres gestantes, crianças, áreas próximas ao coração, sobre lesões
hemorrágicas, área isquêmica, alteração de sensibilidade, olhos, testículos, sobre
roupas sintéticas ou em área úmida (AGNE, 2007).

3.2. FRIO (CRIOTERAPIA)

A crioterapia consiste na aplicação de qualquer substância ao corpo que resulta


em remoção do calor corporal, diminuindo assim a temperatura dos tecidos
(KITCHEN, 2003).

Enquanto a temperatura da pele pode ser mudada abruptamente e


acentuadamente com a aplicação do frio, os tecidos mais profundos são resfriados
bem menos e muito mais lentamente (REED e LOW, 2001).

• Efeitos terapêuticos (KNIGHT, 2000)

 Diminuição da circulação, do metabolismo local e da inflamação;


 Redução da condução nervosa no sistema nervoso periférico, o que leva a
diminuição do quadro álgico;
 Redução da rigidez tecidual e articular;
 Redução do espasmo muscular (diminuição do limiar de resposta dos fusos
de alongamento)
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• Métodos de aplicação

Existem numerosas técnicas para aplicação do frio. As principais são (KNIGHT,


2000):
 Compressas de gelo: são recipientes com gelo picado, raspado ou partido
aplicados ao corpo. Os recipientes podem ser toalhas, sacos de plástico e
recipientes especiais para gelo.
 Compressas de gel frio: são recipientes de vinil cheios de uma substância
gelatinosa. As compressas contem água, um anticongelante (como sal) para
que não endureçam e permaneçam flexíveis, e gelatina ou papel picado ,
para dar consistência á substancia da compressa;
 Imersão em gelo: a área do copo a ser tratada é imersa em um recipiente
contendo água e gelo;
 Massagem com gelo: é utilizado um cubo de gelo na região a ser tratada, com
movimentos de vaivém paralelo a fibra muscular subjacente;
 Aparelhos de frio: consistem em reservatórios que mantêm gelo e água ou
uma unidade que resfria um líquido. O liquido resfriado circula, então, por
acolchoados aplicados ao corpo. Exemplos desses aparelhos são o Cryo Cuff
(permite combinar frio e compressão) e Polar Care;
 Sprays refrigerantes: utilizam substancias como cloreto de etila e
fluorometano, que evaporam muito rápido quando aplicados ao corpo,
retirando o calor da pele nesse processo. Como sua evaporação é veloz, os
efeitos são muito superficiais. É utilizado somente para redução da dor e
espasmo muscular. Não devem ser utilizados quando o objetivo é diminuir a
temperatura dos tecidos subjacentes.

• Contra indicações

A utilização da crioterapia esta contra indicada nos seguintes casos:


enfermidades vasculares periféricas; insuficiência circulatória; em solução de
continuidade nos tecidos superficiais; enfermidades neoplásicas; alterações de
sensibilidade; em crianças e idosos; em alterações mentais; em pacientes com
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insuficiência arterial aguda ou crônica; e pacientes nas quais as adaptações


vasomotoras periféricas estejam alteradas (diabéticos, alcoólatras).

• Crioalongamento

O crioalongamento consiste em uma técnica que combina a aplicação do frio com


o alongamento passivo. Sua finalidade é diminuir a dor e o espasmo muscular,
permitindo maior flexibilidade (KNIGHT, 2000; STARKEY, 2001).

Essa técnica é indicada para aplicação em qualquer músculo com espasmo


muscular residual; distensão muscular de primeiro grau e músculos rígidos por
desuso prolongado (imobilizado) (KNIGHT, 2000).

4. EFEITOS DA TERMOTERAPIA ASSOCIADA AO ALONGAMENTO


MUSCULAR

A aplicação de calor sobre os tecidos moles antes do alongamento aumenta a


extensibilidade dos tecidos encurtados, relaxam, e o tecido conjuntivo cede mais
facilmente ao alongamento. Há também uma diminuição na freqüência de disparo
das fibras eferentes dos fusos musculares (reduzindo assim a sensibilidade dos
reflexos dos fusos musculares) e um aumento na sensibilidade dos órgãos
tendinosos de golgi, o que aumenta sua probabilidade de disparar. Ambas as
respostas inibem a tensão muscular, facilitando o alongamento (KISNER e COLBY,
2005).

O aquecimento pode ainda diminuir o desconforto que alguns pacientes sentem


durante o alongamento, o que, por sua vez, diminui a defesa muscular e minimiza a
chance de microtraumas aos tecidos moles e, portanto, pode reduzir a dor muscular
tardia pós exercício.

O calor superficial e o profundo apresentam praticamente os mesmos efeitos,


porém o calor profundo é um recurso comprovadamente eficaz no aquecimento de
tecidos profundos, atingindo profundidades de até 3 cm. Enquanto isso o
Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 25

infravermelho alcança apenas profundidades de 5 até 10 mm(ROBERTSON et al,


2005; AGNE, 2007).

Dessa forma, estudos têm demonstrado que a utilização de calor profundo é mais
eficaz para o incremento da flexibilidade do que o calor superficial, pois o primeiro
apresenta uma profundidade de ação maior (ROBERTSON et al, 2005;
ALENCASTRO e DUMAS, 2007).

A aplicação do frio reduz o espasmo muscular, a velocidade de condução


nervosa e consequentemente a sensação dolorosa e a ativação muscular reflexa
(diminui a ativação do fuso muscular), aumentando a tolerância do indivíduo às
manobras de alongamento. Porém, o resfriamento causa também aumento na
rigidez tecidual e redução da viscoelasticidade, o que limita a flexibilidade tecidual
(KNIGHT, 2000).

Brasileiro et al (2007) relata que o efeito da crioterapia sobre a velocidade de


condução nervosa prevalece sobre as alterações na extensibilidade dos tecidos, já
que a limitação álgica durante as manobras de alongamento precede a limitação
tecidual.

Kisner e Colby (2005) recomendam que o frio seja aplicado depois do


alongamento, com o músculo mantido na posição alongada para minimizar a dor
muscular pós-alongamento e promover ganhos mais duradouros na amplitude de
movimento.
Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 26

5. OBJETIVOS
Objetivo Geral:
- Avaliar a influencia da termoterapia associada ao alongamento na flexibilidade
muscular.

Objetivos Específicos:
- Identificar o melhor recurso da termoterapia para potencialização do
alongamento muscular;
Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 27

6. METODOLOGIA

O estudo constitui-se numa pesquisa bibliográfica dirigida para trabalhos que


estudam a associação da termoterapia ao alongamento muscular no ganho de
flexibilidade. A pesquisa foi realizada no período de agosto a outubro de 2009,
incluindo apenas artigos científicos e teses, excluindo-se livros.

A seleção das pesquisas foi feita na base de dados BIREME e através do


GOOGLE, incluindo apenas trabalhos de instituições de ensino superior. Utilizaram-
se as seguintes palavras-chave: ALONGAMENTO, FLEXIBILIDADE, CALOR,
TERMOTERAPIA, CRIOTERAPIA, HEAT, STRETCHING, SHORTWAVE,
DIATHERMY. Foram incluídos nesta revisão apenas trabalhos de 2003 a 2008,
experimentais, em humanos e animais.

Os estudos incluídos poderiam comparar a hipertermia e a hipotermia associados


ao alongamento, ou comparar o alongamento isolado e associado á hipertermia, ou
comparar o alongamento isolado e associado á hipotermia, ou comparar o calor
superficial e profundo, todos avaliando a influência dessas condutas na flexibilidade.

Os trabalhos foram avaliados e separados de acordo com metodologia e os


resultados obtidos. A partir dessa pesquisa procurou-se obter uma conclusão acerca
do tema, verificando se a termoterapia influência no ganho de flexibilidade e se sim,
qual seria o melhor recurso. Esse estudo torna-se importante para nortear melhor o
tratamento fisioterapêutico dos profissionais quando o objetivo é o ganho de
flexibilidade, de amplitude de movimento e melhora do desempenho.
Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 28

7. RESULTADOS
Foram incluídos apenas 13 trabalhos que tratavam do tema proposto. Do total,
oito trabalhos comparam os efeitos do frio e do calor associado ao alongamento no
ganho de flexibilidade; dois trabalhos comparam o calor superficial e profundo; dois
comparam o uso ou não do calor profundo associado ao alongamento e um trabalho
compara o uso ou não da crioterapia associada ao alongamento. O quadro 1 mostra
as pesquisas analisadas com o resumo de suas metodologias e resultados.

Autor/Ano Procedimento Resultados


Silva et al (2007) Ratos; grupo controle, grupo Grupo alongamento apresentou maior
imobilizado, grupo imobilizado + flexibilidade que o grupo crioterapia e
alongamento, grupo imobilizado infravermelho. E o grupo infravermelho
+crioterapia + alongamento, grupo apresentou maior flexibilidade que o
imobilizado + infra vermelho + grupo crioterapia.
alongamento (n=37).
Signori at al (2008) Humanos; grupo controle (G1), grupo Todos os grupos que realizaram
crioterapia + alongamento (G2), grupo alongamento apresentaram aumento
bolsa quente + alongamento (G3), significativo da flexibilidade em
grupo alongamento (G4) (n= 42) comparação com o grupo controle.Porém,
Não houve diferenças entre os grupos
G2, G3 e G4.
Costa at al (2008) Humanos; grupo alongamento, grupo Houve aumento da flexibilidade nos três
ondas curtas (OC) + alongamento, grupos. O aumento foi maior nos grupos
grupo crioterapia + alongamento que utilizaram recursos térmicos, porém
(n=24). sem diferença estatisticamente
significante entre os grupos que utilizaram
frio e calor.
Stieven et al (2007) Grupo OC + alongamento, grupo Ambos os grupos apresentaram aumento
crioterapia + alongamento (n=20) da flexibilidade, sem diferenças
estatísticas entre as modalidades.
Rochedo (2004) Grupo OC (20’) +alongamento, grupo Grupo que realizou crioterapia obteve
crioterapia (20’) + alongamento (n=20) maior flexibilidade que o grupo que
utilizou Ondas curtas, porém não foi
estatisticamente significante.
Brasileiro et al (2007) Grupo controle, grupo alongamento, Grupo que utilizou crioterapia obteve
grupo crioterapia (25’) + alongamento, efeitos agudos maiores que os outros
grupo OC (25’) + alongamento (n=40). grupos, Porém, os efeitos crônicos não
foram influenciados pelo aquecimento
nem resfriamento.
Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 29

Toledo et al (2006) Grupo alongamento, grupo OC + Grupo que utilizou crioterapia obteve
alongamento, grupo crioterapia + maior flexibilidade que os demais grupos.
alongamento.

Dutra at al(2003) Grupo alongamento, grupo OC (20’) + Grupo que utilizou OC obteve maiores
alongamento, grupo crioterapia(20’) + ganhos de flexibilidade em relação aos
alongamento (n=12) demais grupos, e o grupo que realizou
apenas alongamento obteve menores
ganhos em relação aos demais grupos.
Grupo controle, grupo OC + O grupo que utilizou OC apresentou
Draper et al(2004) alongamento, grupo OC desligado + maior flexibilidade que o grupo com OC
alongamento(n= 30) desligado. O grupo controle apresentou
diminuição da flexibilidade.
Grupo controle, grupo alongamento, O grupo que utilizou OC apresentou maior
Pinfild et al(2004) grupo OC(20’) + alongamento(n=30). flexibilidade que o grupo alongamento,
com significância estatística.

Robertson et Grupo controle, grupo calor Grupo que utilizou ondas curtas
al(2005) superficial(bolsa quente) e grupo calor apresentou maior incremento na
profundo(OC) (n= 24). flexibilidade que o grupo que utilizou
bolsa quente.
Grupo alongamento, grupo
Os grupos que utilizaram termoterapia
Alencastro e Dumas infravermelho + alongamento, grupo
apresentaram maior flexibilidade que o
(2007) microondas + alongamento(n=19).
grupo alongamento apenas. Porém não
houve diferença estatística entre os
grupos que foram submetidos à
termoterapia.
Grupo controle, grupo experimental,
Houve ganho estatisticamente maior na
Fites (2006) sendo realizado crioterapia +
flexibilidade do tríceps sural do lado
alongamento na perna direita e
direito(crioterapia) em comparação com
somente alongamento na perna
lado esquerdo(sem crioterapia).
esquerda.

Quadro 1 – pesquisas incluídas na revisão com suas metodologias e resultados


Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 30

8. DISCUSSÃO

Existem ainda controvérsias em relação á aplicação prévia de agentes térmicos


associados ao alongamento. Stieven et al (2007) e Costa et al (2008) afirmam que
ambos os recursos térmicos ( frio e calor) auxiliam no ganho de flexibilidade. Já Silva
et al (2007) e Signori et al (2008) relatam que esses recursos não auxiliam no ganho
de flexibilidade, pois o aumento da amplitude de movimento se deve aos
alongamentos apenas.

Silva et al (2007) ainda verificou que a associação de recursos térmicos ao


alongamento prejudicou os efeitos do alongamento no ganho de flexibilidade, pois os
grupos que foram submetidos a essa associação apresentaram menor amplitude de
movimento quando comparado com o grupo que realizou apenas alongamento.

Dutra et al (2003) em seu estudo verificou que a associação do Ondas Curtas ao


alongamento produz maior ganho na flexibilidade em relação á utilização de
crioterapia ou apenas alongamento.

Rochedo(2004) e Toledo et al (2006) obtiveram maior ganho na flexibilidade ao


associar o alongamento á crioterapia em comparação com a utilização de ondas
curtas.

Brasileiro et al(2007) relata que os efeitos agudos do alongamento são


favorecidos pela aplicação do resfriamento. Já os efeitos crônicos não foram
influenciados pelo resfriamento e aquecimento.

Fites(2006)verificou que o alongamento associado á crioterapia produziu maiores


ganhos na flexibilidade que o alongamento sozinho.

Pinfild et al (2004) e Draper et al (2004) verificaram em seus estudos que a


utilização do calor profundo (Ondas curtas) em associação com o alongamento
produz maiores ganhos na flexibilidade comparado á utilização apenas do
alongamento.
Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 31

Em relação á utilização do calor, Alencastro e Dumas (2007) encontraram em


seus estudos que tanto o calor superficial quanto o calor profundo associados ao
alongamento produzem ganhos na flexibilidade. Já Robertson et al( 2005) relatam
que o calor profundo aumenta mais a extensibilidade muscular que o calor
superficial.
Hashimoto, S. A. Efeitos da termoterapia associada ao alongamento... 32

9. CONCLUSÃO:

A partir desta pesquisa bibliográfica verificou-se que a maioria dos estudos (11
trabalhos) encontrou influência da termoterapia associada ao alongamento no ganho
de flexibilidade. Porém ainda existem controvérsias em relação ao melhor recurso
recomendado para potencialização do alongamento muscular.

Sugere-se a realização de novos estudos acerca deste tema para se obter


maiores esclarecimentos acerca dos melhores recursos termoterapeuticos a serem
utilizados no ganho de flexibilidade. Isso se torna importante para nortear os
fisioterapeutas no momento da seleção dos recursos e da prescrição do tratamento
de pacientes com limitação na flexibilidade.

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