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A unificação e comercialização da
internet foram encaminhadas a partir de 1993, mas apenas em dois anos ela atingiu seu
ápice: a NSFnet deixou de ser a “dona” das redes e todo o tráfego passou a ser público.
As universidades, centros de pesquisa e unidades militares não eram mais os únicos
locais privilegiados com a rede. Ao mesmo tempo, surgia o domínio de sites comerciais
para computador, o “.com”, ainda com baixa afiliação de páginas.
Internet sem freios
O crescimento desenfreado da rede deu origem a um fenômeno conhecido como bolha da
internet. Não é possível definir a data exata de seu início, mas é possível citar alguns
fatos que a influenciaram, como a venda pública de ações da Netscape e o crescimento
da Nasdaq (a bolsa de valores responsável por empresas da área de tecnologia), que
gerou a venda de ações por preços acima do normal.
Apesar de parecer inicialmente uma boa notícia (afinal, a rede foi muito desenvolvida e
recebeu altos investimentos nessa época), o avanço inconsequente gerou sérios
problemas na década seguinte.
Em terras tupiniquins
O Brasil viveu uma história similar na internet: começou restrita às universidades e
conquistou abrangência nacional com projetos da Rede Nacional de Pesquisa (RNP),
criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 1990.
Além disso, o software podia ser usado como cliente de protocolos FTP para transferência
de arquivos e discussões nas redes USENET e Gopher, dois antecessores da WWW. O
fato de rodar no Windows também aumentou sua popularidade.
O Mosaic, entretanto, tinha a desvantagem de ser o precursor, o que significa o risco de
ser facilmente superado por concorrentes quase iguais a ele. E foi mais ou menos assim
que aconteceu.
O domínio do Netscape
Em 1994, o próprio Marc Andreessen, que havia saído de sua antiga empresa e
começado uma nova companhia, lançava outro navegador: o Netscape Navigator.
Baseando-se em seu projeto anterior, o Mosaic, Andreessen apostava dessa vez na
popularização. E conseguiu: seu produto foi o primeiro da área com propósitos
comerciais, disputando o primeiro lugar durante anos com outros softwares de peso.
Além disso, o navegador operava em diversos sistemas operacionais sem perder em
qualidade ou serviços, fazendo dele o preferido entre usuários da Apple e da Microsoft,
por exemplo.
Explore a internet
Em 1995, a primeira versão do Internet Explorer era lançada. Ainda tímido, o aplicativo
pouco assustava o Netscape Navigator, líder incontestável da área. A Microsoft,
entretanto, já contava com clientes fiéis que, ao utilizarem o sistema operacional da
empresa (na época, o Windows 95), tinham a oportunidade imediata de acessar a
internet, pois o programa estava incluso no serviço.
O novo navegador não parava de crescer: ainda nessa década, o que parecia improvável
aconteceu: o Netscape foi derrotado por seu concorrente, após vários lançamentos
adicionais do Internet Explorer.
Como resultado, o código aberto do Netscape foi liberado em 1998, além do foco da
empresa tornar-se outro projeto, que daria muita dor de cabeça à Microsoft no futuro: o
Mozilla.
Quem procura, acha
O que seriam de nossos trabalhos escolares e dúvidas sem o Google? Hoje é muito difícil
imaginar nossa navegação sem um sistema que encontre dados pesquisados na vasta
rede que compõe a internet. Foi exatamente essa necessidade que motivou a criação dos
primeiros sistemas de busca, logo no início da década.
Bem antes do Google
Em 1990, o estudante Alan Emtage, da Universidade McGill, bolou o primeiro sistema de
buscas, o Archie. Derivado de archive (arquivo, em inglês), sua função era listar arquivos
espalhados no sistema FTP do local. A ideia era boa e gerou frutos: expandiu-se para
vários sites na internet, ganhando cada vez mais funções.
Criado por Shawn e John Fanning, o programa permitia o livre download de músicas em
MP3 de forma organizada e atrativa, como ainda não havia no mercado. A paz para seus
criadores não durou muito tempo, pois nos anos seguintes começariam os protestos e
processos liderados por artistas e gravadoras.
Além disso, a tal bolha da internet já atingia um tamanho crítico na mudança de década.
Eventualmente, ela iria estourar e prejudicar financeiramente várias empresas e
consumidores da área da informática. Em 2000, ela estourou.
Fonte: http://www.tecmundo.com.br