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Introdução
Evolução da biogeografia
Outro naturalista importante foi o inglês Charles Darwin, cuja teoria de origem da vida mudou
a visão da época na qual acreditava-se que as espécies eram imutáveis, e produto da
criação divina. Depois de suas viagens, Darwin reuniu informações sobre a distribuição dos
organismos. Surpreso pelas semelhanças e diferenças entre as várias espécies, assim como
com os restos fósseis dos organismos que habitaram a Terra, desenvolveu a “Teoria da
Evolução das Espécies”, em 1859. Nessa teoria, Darwin sugeria que a seleção natural era o
principal mecanismo para a troca das espécies através do tempo. Ao mesmo tempo, Wallace
viajou pelo sudeste asiático estudando sua fauna e sua flora e chegou às mesmas
conclusões que Darwin. Assim, foi atribuída a ambos a formulação da Teoria da Evolução.
Além disso, Wallace escreveu em 1876 um dos primeiros e mais importantes trabalhos sobre
biogeografia: “A distribuição geográfica dos animais”. Através de seus trabalhos, Wallace
estabeleceu os conceitos básicos da biogeografia, que ainda são vigentes. Por esses
motivos Wallace é considerado o pai da biogeografia.
Dispersão
Todas as espécies de plantas e animais conhecidas atualmente tiveram sua origem a partir
de uma área específica e limitada. De fato, se atualmente existem espécies em diferentes
áreas significa que no passado puderam se deslocar e se situar em outros lugares, que não
seus lugares de origem. Isso significa que os organismos foram capazes de se deslocar de
um lugar a outro e se fixarem em novas regiões. Esse fenômeno, conhecido como dispersão,
é o processo no qual certos membros de um grupo de organismos podem se deslocar de
seus lugares de origem para uma nova região, o que dá a possibilidade de colonizá-la.
Barreiras
Assim, o endemismo de uma espécie ou subespécie às vezes limita-se a uma região muito
limitada, como um vale rodeado por montanhas ou uma pequena ilha (Eliomys ophiusae,
roedor da ilha Fomenteira); enquanto o endemismo de determinado gênero, família ou ordem
pode ser estendido a um continente (cactáceas e monotremas). O fenômeno do endemismo
está relacionado ao estabelecimento em uma região e época remotas, de uma barreira de
isolamento que cortou as relações de flora e fauna com as de regiões circunvizinhas. O
isolamento das classificações leva à diferenciação progressiva em relação àqueles que
foram separados. Dessa maneira, surgem novas classificações endêmicas.
Regiões biogeográficas
Quando os naturalistas do século XIX levantaram dados sobre a distribuição dos organismos,
se deram conta que podiam agrupá-los em conjuntos característicos de acordo com as
diversas regiões. Os organismos adaptaram-se às condições de cada região e dessa
maneira produziram as unidades biogeográficas. Essas unidades são caracterizadas por um
endemismo de ordens ou famílias, subdivididas em regiões com endemismos de famílias e
gêneros. Essas, por sua vez, estão divididas em domínios; os domínios, em setores, e esses
finalmente em distritos, cujos táxons endêmicos acontecem respectivamente em nível de
gênero, espécie e subespécie.
Com base na distribuição das plantas e animais (principalmente mamíferos), Wallace propôs
que a Terra fosse dividida nas seguintes regiões:
Cabe lembrar que a união das grandes regiões biogeográfica é conhecida como zona de
transição.
Fontes de informação