Вы находитесь на странице: 1из 6

Higiene no Trabalho:

Ruído

Trabalho realizado por:

Ariadna Rodrigues

Filipe Sousa

Tiago Lucas

Formadora: Dra. Catarina Peixoto

30 de Novembro de 2010

Instituto Ciência e Letras


Introdução

Definições

O ruído é entendido como um som desagradável e indesejável que perturba o


ambiente, contribuindo para o mal-estar, provocando situações de risco para a saúde
do ser humano.

O ruído é mensurável através de décibeis (dB), sendo que, quanto mais alto for o
número, mais intenso é o som. O Som, por si, é medido através de várias técnicas, cuja
identificação passa pela adição de uma letra depois do dB, por exemplo dB (A). Como
tal, esta é a forma logarítmica de resposta do ouvido aos estímulos sonoros.

O som, corresponde, assim, em termos físicos, ao movimento de onda que se produz


quando uma fonte sonora coloca em oscilação as partículas do ar, ou seja, é qualquer
variação de pressão que o ouvido pode detectar.

Assim, é igualmente possível medir-se o ruído através da pressão (Pa), em vez de som
(dB).

O som e, respectivamente, o ruído, é influenciado pelas vibrações sonoras originadas


pela fonte, pelo que factores externos como distância e orientação do receptor,
variações de temperatura, altitude, tipo de local, etc. prestam um papel importante na
detecção do ruído, enquanto ruído. Considerando tal, o ruído distingue-se quanto às
frequências, variações de nível temporalmente e quanto às particularidades do campo
sonoro.

São três os tipos de ruído que se podem destacar, nomeadamente:

- Uniforme: Com pequenas flutuações e com sons audíveis;

- Uniforme intermitente: Ruído invariável que pára alternadamente (com um nível que
desce abruptamente para o nível de ruído de fundo várias vezes, durante o período de
observação, mantendo-se constante durante um tempo, de, aproximadamente, 1
segundo ou superior;

- Ruído impulsivo: Constituído por 1 ou mais impulsos de energia sonora, tendo cada
um uma duração inferior a 1 segundo, e separados por mais de 0,2 segundos.

2
Valores Limites de Exposição e Valores de Acção

Os valores de Exposição e valores de acção inferior e superior , referem-se à exposição


diária ou semanal de um trabalhador e ao nível de pressão sonora de pico, sendo que
os mesmos correspondem à seguinte tabela:

Valores Limites de Exposição Lex,8h =Lex,8h=87dB (A) e Lcpico=140dB(C)


equivalente a 200 Pa
Valores de Acção Superiores Lex,8h =Lex,8h=85dB (A) e Lcpico=137dB(C)
equivalente a 140 Pa
Valores de Acção Inferiores Lex,8h =Lex,8h=80dB (A) e Lcpico=135dB(C)
equivalente a 112 Pa

A não esquecer na determinação da efectiva exposição do trabalhador ao ruído é a


atenuação do ruído derivada dos protectores auditivos, isto para a aplicação dos
valores limites de exposição, contudo, para a aplicação dos valores de acção, não se
tem em conta tal factor.

Obrigações das Entidades Patronais


O empregador tem o dever de avaliar, sempre que necessário, os riscos de exposição
ao ruído, em todas as actividades a que ele sejam susceptíveis, devendo fazer uso de
métodos e equipamentos adequados à mediação das características específicas do
ruído e causa, à duração da sua exposição, aos factores ambientais e mesmo as
características do equipamento de medição a utilizar, sempre com respeito às normas
legais nacionais e internacionais para o efeito.

Recorrendo a uma entidade acreditada ou um técnico superior de higiene e segurança


no trabalho com formação específica, a realização das medições e respectivos registos
seguem as instruções delineadas no Decreto-Lei nº 182/2006.

Avaliação de Riscos

A avaliação de riscos em todas as actividades passíveis de apresentar riscos de


exposição ao ruído deve ter em conta o seu nível, natureza e duração, mesmo que se
trate de um ruído impulsivo, os valores limite e de acção e os diferentes efeitos sobre a
segurança e saúde dos trabalhadores.

Como tal, é essencial considerar na avaliação os efeitos indirectos sobre a segurança


dos trabalhadores derivantes das interacções entre o ruído e vibrações, entre o ruído e

3
as substâncias ototóxicas existentes no local de trabalho e entre o ruído e os sinais
sonoros necessários à redução de riscos de acidentes (sinais de alarme).

Igualmente importante é a consideração de todas as informações dispensadas pelos


fabricantes dos equipamentos de trabalho, não descurando a legislação aplicável
acerca da concepção, fabrico e comercialização dos mesmos, bem como e necessária
existência de equipamentos de substituição concebidos para diminuir os níveis de
emissões sonoras.

Assim, é primordial ponderar a extensão do período de trabalho, além do tempo


normal para tal, pois a exposição torna-se maior, tal como é crucial dispor da toda a
informação derivante da necessária e obrigatória vigilância da saúde dos trabalhadores
e correspondente informação médica sobre os efeitos e riscos do ruído na saúde dos
indivíduos.

A avaliação não pode desconsiderar a utilização de protectores auditivos com a


adequadas características de atenuação de riscos/efeitos do ruído.

Redução da exposição ao ruído

O empregador tem de ter a preocupação de reduzir ou eliminar ao mínimo os riscos


resultantes da exposição ao ruído, devendo, assim, dispor de todos os meios possíveis
e legais para o efeito, sendo que deverá recorrer a diferentes formas de coordenação
e/ou planeamento do trabalho, tais como:

- Utilização de métodos de trabalho alternativos;

- Escolha de equipamentos de trabalho ergonomicamente adequados e que limitem o


nível de exposição ao ruído;

- Concepção, organização e disposição dos locais e postos de trabalho;

- Informação e formação aos trabalhadores sobre a correcta utilização dos


equipamentos e instrumentos de trabalho;

- Aplicação de medidas técnicas de redução de ruído, designadamente barreiras


acústicas, medidas de amortecimento e isolamento (estrutura) e encapsulamento e
revestimento com material de absorção sonora (equipamentos);

- Adequação dos programas de manutenção dos equipamentos de trabalho, do local


de trabalho e dos respectivos sistemas;

- Delineação de horários de trabalho que incluam períodos de descanso;

- Organização do trabalho com limitação da duração e da intensidade da exposição;

4
- Utilização de sinalética adequada;

- Disponibilização de locais de descanso com nível de ruído apropriado ao seu


objectivo;

- Disponibilização de equipamentos de protecção colectiva e individual apropriados e


respectiva vigilância para confirmação da sua utilização e controlo de eficácia.

Informação e Formação dos Trabalhadores

A informação e formação dos trabalhadores, bem como dos seus representantes para
a segurança, higiene e saúde no trabalho, é crucial, devendo ser proporcionada pelo
empregador.

O âmbito da informação e formação, prestadas oralmente ou por escrito, individual ou


colectivamente, e sempre considerando as actualizações legais, inclui vários aspectos,
de entre os quais: os potenciais riscos da exposição para a segurança e saúde e as
medidas tomadas para eliminação ou redução dos mesmos; os valores limites de
exposição e acção; os resultados das avaliações realizadas e suas conclusões
(significado e riscos); a correcta utilização dos protectores auditivos, a utilidade e
modo de detecção e notificação de indícios de lesão; as situações em que os
trabalhadores têm direito a vigilância da saúde; e as práticas de trabalho seguras que
reduzam a exposição ao ruído.

Vigilância da Saúde

Considerando as intransponíveis obrigações legais relativas a vigilância na saúde e


ponderando os resultados das avaliações em matéria de riscos provenientes das
exposição ao ruído, o empregador tem de agir no sentido da prevenção e diagnóstico
precoce de qualquer perda de audição, com vista a manutenção da saúde dos
trabalhadores e, mais especificamente, à conservação das funções auditivas.

Assim sendo, há necessidade de detectar precocemente várias relações passíveis de


existir, nomeadamente entre uma doença identificável ou os efeitos nocivos para a
saúde e a exposição do trabalhador ao ruído e entre uma doença ou os efeitos
nefastos para a saúde e as condições particulares de trabalho de um trabalhador, bem
como é necessário utilizar técnicas apropriadas para detectar a doença ou os efeitos
nocivos para a saúde.
5
Neste sentido, o empregador deve, anualmente, assegurar a verificação da função
auditiva, através de exames audiométricos, a todos os trabalhadores que tenham
estado expostos a ruídos acima dos valores de acção superiores, ou bianualmente, no
caso de exposição a valores de acção inferiores.

A não descurar será a calibração periódica dos aparelhos audiométricos a utilizar.

Mediante a detecção, por parte do médico de medicina do trabalho, de uma doença


resultante da exposição ao ruído em local de trabalho, tal deve ser comunicado ao
trabalhador e ao empregador, acompanhado de recomendações acerca de medidas de
vigilância da saúde e adopção de medidas para prevenção de riscos, respectivamente..

Em resultado, o empregador necessita de rever as medidas a adoptar para redução ou


eliminação dos riscos de exposição ao ruído, optando, se necessário, pela
redistribuição de tarefas, bem como providencia a constante vigilância da saúde do
trabalhador em causa e de outros que tenham executado a(s) mesma(s) tarefa(s).

Em todo este processo de vigilância da saúde é necessário que existam registos de


todas as avaliações de riscos realizadas, métodos aplicados e ensaios praticados, dos
trabalhadores implicados (identificação pessoal, posto de trabalho, tempo de
exposição), e das relações entre trabalhador - posto de trabalho - exames de vigilância
de saúde e métodos de trabalho, sendo que tais registos devem ser conservados por
um período de 30 anos pela empresa ou pelo Centro Nacional de Protecção Contra os
Riscos Profissionais

Вам также может понравиться