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Leonard de Araújo Carvalho

Direito Administrativo

Quais os princípios constitucionais que fundamentam a licitação? Explique.

O artigo 3º da Lei 8.666 de 21/06/93 dispõe que as licitações deverão ser processadas e
julgadas em estrita conformidade dos princípios básicos da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhe são correlatos.

Ao disposto no parágrafo anterior acrescentam-se os princípios da legalidade, impessoalidade


e moralidade, conforme já previsto no artigo 37, caput, da Constituição.

A seguir apresentam-se, de forma resumida, os conceitos de cada um dos princípios listados.

1 . Do Princípio da legalidade

A atividade, no procedimento licitatório, é totalmente vinculada significa assim, a ausência de


liberdade para a autoridade administrativa. A lei define as condições e forma de atuação dos
Agentes Administrativos, estabelece a ordenação dos atos a serem praticados e impõe
condições excludentes de escolhas pessoais ou subjetivas.

Contudo a lei ressalva a liberdade para a Administração definir as condições da contratação


administrativa, mas, também, estrutura o procedimento licitatório de modo a restringir a
discricionariedade.

2 . Do Princípio da impessoalidade

Está relacionado a outros dois princípios, o da isonomia e do julgamento objetivo: todos os


licitantes devem ser tratados igualmente em termos de direitos e obrigações, devendo a
Administração em suas decisões, pautar-se por critérios objetivos sem levar em consideração
as condições pessoais do licitante ou as vantagens por ele oferecidas, salvo as expressamente
previstas na lei ou no instrumento convocatório.

3 . Do Princípio da igualdade

Este princípio prevê o dever de se dar oportunidade de disputar o certame, quaisquer


interessados que podem oferecer as indispensáveis condições de garantia. É o que prevê o já
referido artigo 37, XXI do texto constitucional. Não obstante o parágrafo 1º do artigo 3º da Lei
8.666/93 proíbe que o ato do certame admita, preveja, inclua ou tolere cláusulas ou condições
capazes de frustrar ou restringir o caráter competitivo do procedimento licitatório e veda o
estabelecimento de preferências ou distinções em razão da naturalidade, sede ou domicílio dos
licitantes ou de quaisquer outras circunstâncias impertinentes ou irrelevantes para o objeto do
contrato.

4 . Do Princípio da moralidade
Este princípio exige da Administração comportamento não apenas lícito, mas também
consoante com a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de
justiça e equidade.

5 . Do princípio da publicidade

Duas funções exercem o princípio da publicidade. Primeiro é a objetiva, no qual permiti o amplo
acesso dos interessados ao certame. A segunda trata da publicidade e orienta-se a facultar a
verificação da regularidade dos atos praticados.

A Lei 8.666/93, no § 3º do artigo 3º, estatui que “a licitação não será sigilosa, sendo públicos e
acessíveis ao público, os atos de seu procedimento, salvo, quanto ao conteúdo das propostas
até a respectiva abertura."

6 . Do Princípio da vinculação ao instrumento convocatório

Pelo artigo 41, da Lei n.º 8.666/93, o edital é a lei interna da Licitação e, como tal, vincula ao
seus termos, tanto aos licitantes, quanto a Administração que o expediu. Tal vinculação ao
edital é princípio básico de toda Licitação.

7 . Do Princípio do julgamento objetivo

No momento da análise e julgamento das propostas, a comissão julgadora deve decidir a


licitação de forma absolutamente objetiva e clara.

O que é aditamento da licitação?

Os aditamentos de contratos administrativos são alterações em relação a contratação inicial,


estando previstos no art. 65 da Lei 8.666/93, que podem ocorrer de forma unilateral, pela
Administração, ou em comum acordo entre as partes.

Abaixo transcrito, in verbis, o referido artigo com as previsões de aditamentos admitidos de


serem realizados pela Administração.

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo
ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem
como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos
termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de
circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a
antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço;
d) (VETADO).
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos
ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo
anterior.
§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços,
esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no §
1º deste artigo.
§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os
materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos
custos de aquisição regularmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber
indenização por outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que
regularmente comprovados.
§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a
superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da
proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes
para mais ou para menos, conforme o caso.
§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a
Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.
§ 7º (VETADO).
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio
contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das
condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo,
podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.
O que é registro de preço em licitação?
O Registro de Preço, também denominado Sistema de Registro de Preços, está especificado
pelo artigo 15 da Lei 8.666/93.

O Sistema de Registro de Preços possibilita uma otimização de procedimentos e de redução de


custos operacionais, à medida que viabiliza a habilitação de fornecedores e respectivos preços
cotados por um período não superior a doze meses, mas não obriga à aquisição ou
contratação, por parte da Administração, das quantidades licitadas, ou seja, durante a vigência
do registro de preços poder-se-á contratar apenas o que for efetivamente necessário, ou o que
os recursos disponíveis permitirem, sem a necessidade de efetuar novas licitações.

Tal sistemática, pela sua inerente rapidez, torna desnecessária, também, a formação de
estoques, uma vez que os materiais são comprados somente quando e nas quantidades
necessárias.

O registro de preços é obrigatoriamente efetuado mediante um processo licitatório na


modalidade Concorrência Pública ou Pregão, independentemente do valor estimado da
aquisição/contratação.

Abaixo transcrito, in verbis, o artigo 15 da Lei 8.666/93, que dispõe regulamentação sobre a
matéria.

Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:


I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações
técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção,
assistência técnica e garantias oferecidas;
II - ser processadas através de sistema de registro de preços;
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado;
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades
do mercado, visando economicidade;
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração
Pública.
§ 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.
§ 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da
Administração, na imprensa oficial.
§ 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as
peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:
I - seleção feita mediante concorrência;
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;
III - validade do registro não superior a um ano.
§ 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações
que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a
legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em
igualdade de condições.
§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser
informatizado.
§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em
razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.
§ 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda:
I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca;
II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função do consumo e
utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas
técnicas quantitativas de estimação;
III - as condições de guarda e armazenamento que não permitam a deterioração do material.
§ 8o O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23 desta Lei,
para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três)
membros.

BIBLIOGRAFIA

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

JUSTEN FILHO, Marçal. Comentário à Lei de Licitação e Contratos Administrativos. 8ed. São
Paulo. 2000.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 24. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1990.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 11. ed. rev., atual. e
ampl. São Paulo: Malheiros, 1998.

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