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A Cidade de Vila Nova de Gaia, situa-se na margem esquerda do


rio Douro, diante da cidade do Porto, e está ligada a esta por
cinco pontes: as pontes de D. Luiz I, da Arrábida, do Freixo, de D.
Maria II e de S. João, sendo estas duas últimas ferroviárias. Uma
nova ponte está actualmente a ser construída, mesmo ao lado da
centenária D.Luiz I, a ponte do Infante.
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Estas duas cidades, voltadas uma para a outra, complementam-se, dada as suas fortes ligações culturais.

Desde sempre que Gaia se caracterizou por ser a antecâmara do litoral-norte do país, para quem vem do
sul por via terrestre. Por isso, o concelho é atravessado por um importante conjunto de estradas e
ferrovias.

Na Idade Média, Gaia serviu de porto de ligação entre o Norte e o Sul do País, situando-se no seu sopé o
Portus Cale, que veio a dar origem, segundo vários historiadores, ao nome de Portugal. Desde essa
altura que Gaia é um importante entreposto vinícola, em especial do Vinho do Porto, a partir do séc. XVIII.

Sem matérias-primas nem terrenos agrícolas de especial valor, a sua principal actividade é, e sempre foi
o Vinho do Porto e as actividades terciárias, em especial o turismo.

As Origens

A origem da cidade é polémica, discutindo-se ainda hoje em que margem se localizava a povoação
romana de Cale. Alguns historiadores defendem, no entanto, que a povoação de Portucale se situava no
que é hoje a cidade de Vila Nova de Gaia, isto no séc. VI. No tempo do imperador romano Aîtonino (138-
161), foi elaborado um itinerário das vias militares, onde era referenciada a estrada entre Olissipo (Lisboa)
e Bracara Augusta (Braga). Cale era referenciada como sendo a última paragem antes do términos da
estrada, e onde se fazia a passagem do rio Douro. Daí a origem do nome Portus Cale (Porto de Cale) e
mais tarde, Portucale. c

Este topónimo terá servido para, a partir do séc. IX, designar o


território de Portugal que entretanto se estendia.

Mais tarde, Portucale passou-se a designar


PortucaleCastrumAntiquum, para se distinguir da cidade que
então se formava na outra margem do Douro, o Porto. Aliás,
CastrumAntiquum era já o nome dado ao antigo Castelo de Gaia ,
c que veio a desempenhar um papel fundamental na história
c gaiense.

Foi em Portucale que por diversas vezes se decidiram os destinos


do território, nas lutas entre Suevos e Visigodos. O domínio
Visigodo terminou com o império Romano, seguindo-se o domínio
dos Mouros. Com a ocupação Árabe, V. N. de Gaia fica a servir
de fronteira entre Muçulmanos e Cristãos. Apesar dos confrontos
c entre Cristãos e Árabes, e devido à importância geográfica da
povoação, não se deixaram de criar importantes lugares de paz e
culto entre a população cristianizada.

No séc. IX, e após o domínio mouro, vêm os Galegos, fazendo com que o castelo de Gaia mude
novamente de mãos. É nesta altura que surge a Lenda de Gaia e por consequência o nome da cidade de
Gaia. Segundo a lenda, D. Ramiro I, rei da Galiza, organiza uma expedição à vila de Portucale em busca
da sua esposa adúltera, a rainha Gaia. D. Ramiro acaba por vencer o rei Mouro, destruir o Castelo, e
matar Gaia, afogando-a no rio Douro.

Após a conquista de Portucale, em 868, por Vímara Peres, Gaia passou a pertencer à diocese de
Coimbra. Só a partir do séc. XII, com a construção da Sé Catedral do Porto, é que passa a pertencer à
diocese do Porto.

OOO e assim nasce Portugal

Assim, foi a partir de uma pequena vila rural junto ao rio Douro, que se estendeu o nome e o território de
Portugal...
No início da nacionalidade, a família real concedeu grandes benefícios e bens aos mosteiros locais, o que
levou D. Afonso III a conceder foral à povoação de Vila de Gaya, em 1255.

O rei desejava no entanto que nascesse uma nova povoação, mesmo em frente à cidade do Porto e tão
importante como esta. Aqui foram criadas várias alfândegas, todas elas vedadas ao poderio do Bispo do
Porto, sendo assim o lugar ideal para o desenvolvimento do comércio na região, pois não pagavam
impostos.

Em 1288, D. Dinis deu foral à povoação de Vila Nova d'El Rei, que juntamente com a Vila de Gaya
formavam o concelho de baixo (Vila Nova) e o concelho de cima (Vila de Gaya). Segundo a tradição estes
dois concelhos eram separados pela "Fonte dos Cabeçudos".

Vila Nova d'El Rei desenvolvia-se rapidamente, provocando um êxodo da população de Vila de Gaya.
Para atenuar as diferenças existentes, os dois concelhos foram fundidos num só. Surge assim o concelho
de Vila Nova de a par de Gaya por foral de D. Fernando em 1367, tendo este sido integrado na jurisdição
do Porto.

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O Castelo de Gaia voltava a ser destruído, desta vez pelo povo, quando Dona Leonor Teles, mulher de
Aires Gonçalves Figueiredo ficou com o poder sobre o castelo, por seu marido ter incorporado as forças
do Mestre de Avis. Tirana, Dona Leonor extorquiu ao povo tudo o que podia, enfurecendo a população,
que se revoltou e tomou de assalto o Castelo, destruindo-o. Esta é a última referência que existe do
Castelo. Ao que se sabe, nunca mais foi reconstruído, e hoje quase nada resta dele...

A Ponte das Barcas

Até 1806, não havia ligação entre as duas margens do rio, entre o Porto e Gaia. Só nesse ano se
construiu a ponte das Barcas (feita com uma série de barcas postas lado a lado e amarradas umas às
outras), tristemente célebre na época das invasões francesas.

Aquando das invasões francesas, o Mosteiro da Serra do Pilar, um dos ex-libris desta cidade, tornou-se
uma peça fundamental na luta pelos destinos do país. Foi daqui que o Duque de Wellington comandou as
tropas que libertaram a cidade do Porto do cerco efectuado pelos franceses, em 1808. A população
portuense tentou fugir da cidade para se refugiar em Gaia, no entanto ao passarem sobre a ponte da
Barcas, uma das barcas que tinha sido desamarrada pelos franceses soltou-se, dando-se a tragédia
quando dezenas de pessoas caíram ao rio, morrendo afogadas.

Também nas lutas liberais, em 1832/33, a Serra do Pilar teve um papel fundamental quando o General
Torres, comandando os soldados de D. Pedro V, fez resistência às tropas miguelistas, a partir do
Mosteiro. É na sequência da vitória dos Liberais e das reformas do liberalismo que Vila Nova e Vila de
Gaya se fundem, dando origem à Vila Nova de Gaya, em 20 de Junho de 1834.

Em 1842, a ponte das barcas foi substituída pela ponte Pênsil, e em 1886 esta foi substituída pela ponte
de D. Luiz I.
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?ila Nova de Gaia e o ?inho do Porto

Na Época Moderna, V. N. de Gaia foi terra de homens do mar, de artífices, de mercadores e de homens
de negócio. Começa então um novo período de desenvolvimento, com a instalação em Gaia de
abastados ingleses, que compram casas e armazéns para o armazenamento e embarque do Vinho do
Porto.

O motivo para os armazéns do Vinho do Porto se terem instalado em Gaia e não no Porto (que lhe deu o
nome), deve-se a dois factores: primeiro, as condições climatéricas e de humidade eram mais favoráveis
do lado de Gaia; segundo, Gaia não pagava impostos ao Bispo do Porto, e assim, apesar do Vinho ser
expedido pela alfândega do Porto, os custos de armazenagem eram menores do lado de Gaia.

Com a industrialização da Vila, criam-se fábricas de cerâmica


artística e armazéns de ferro a par com os do Vinho do Porto, não
esquecendo o aproveitamento dos recursos fluviais, com
destaque para a pesca no Rio Douro e sua Foz, diversificando-se
a indústria pelos mais variados sectores.

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Em 1984, Vila Nova de Gaia foi elevada a cidade numa
demonstração de determinação dos gaienses.
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O Presente e o Futuro

Hoje, Vila Nova de Gaia é um dos concelhos mais prósperos e populosos do país, com um património
artístico e monumental notável. É o segundo maior concelho do país, e o quarto mais populoso, com uma
população residente de cerca de 250 mil habitantes, distribuídos pelos seus 165 Km2, e em constante
crescimento.

O concelho é potencialmente rico em actividades turísticas, não só regionais, mas sobretudo nacionais e
internacionais. Atente-se nas caves do Vinho do Porto e na riqueza panorâmica, paisagística e
etnográfica do concelho, bem como na sua orla marítima, para nos apercebermos do seu potencial
turístico.

Actualmente, o concelho está a adquirir a sua independência e a sua autonomia, como o provam as suas
crescentes infra-estruturas sociais, culturais, recreativas e económicas.
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