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Muito acertadamente o Prof.

Sabbag discorre que

Em princípio, o tributo deve ser cobrado da pessoa que pratica o fato gerador. Nessas
condições, surge o sujeito passivo direto (“contribuinte”). Em certos casos, no
entanto, o Estado pode ter necessidade de cobrar o tributo de uma terceira pessoa,
que não o contribuinte, que será o sujeito passivo indireto (“responsável tributário”).

Comecemos pelo exame da regra geral, inserta no art. 128 do CTN:

“Sem prejuízo do disposto neste Capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador
da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-
a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”

Este artigo estabelece casos de responsabilidade, entretanto, afirma que a lei


poderá estabelecer hipóteses diversas. Dessa forma, significa dizer que os casos de
responsabilidade previstos no CTN não são exaustivos, podendo outras hipóteses ser
criadas, desde que não conflitem com o CTN.

A doutrina afirma que esta responsabilidade tributária pode ser de dois tipos:

1- Responsabilidade por transferência: num primeiro momento, o dever de


pagar o tributo era do contribuinte, no entanto, tendo em vista a ocorrência
de algum fato ou de alguma situação prevista em lei, este dever é transferido
para o responsável. Essa transferência poderá excluir a responsabilidade do
contribuinte ou atribuí-la em caráter supletivo.

2- Responsabilidade por substituição: neste caso, a figura do contribuinte não


aparece. A característica dessa responsabilidade é a exclusão da figura do
contribuinte. Desde o início quem tem o dever de pagar o tributo é o
responsável. Ex.: imposto de renda retido na fonte, em que, por força legal, a
fonte pagadora é obrigada a reter e recolher os cofres públicos o montante
descontado do indivíduo que prestou serviços com ou sem vínculo
empregatício. Assim, a obrigação do contribuinte (que auferiu a renda) fica
excluída, passando a ser responsável aquele que pagou pelo trabalho
exercido.

Perceba que o “responsável tributário” (responsabilidade por transferência)


responde por débito alheio, enquanto o “substituto tributário” (responsabilidade por
substituição) responde pelo próprio débito.

Contribuinte: é a pessoa, física ou jurídica, que tenha relação de natureza econômica,


pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador (art. 121,
parágrafo único, I, do CTN). Sua responsabilidade é originária, existindo uma relação
de identidade entre a pessoa que deve pagar o tributo e a que participou diretamente do
fato imponível, dele se beneficiando economicamente.

Responsável: não tendo relação de natureza econômica, pessoal e direta com a situação
que constitua o fato gerador, o responsável é sujeito passivo indireto, sendo sua
responsabilidade derivada, por decorrer da lei e não da referida relação (art. 121,
parágrafo único, II, do CTN).

Da leitura do art. 128, concluímos que a responsabilidade tributária pode recair


exclusivamente sobre o sujeito passivo- caso de exclusão da responsabilidade do
contribuinte- ou sobre este incidir de modo subsidiário ou supletivo, ou seja, a hipótese
em que um e outro serão chamados a arcar com o ônus tributário, em uma natural ordem
de preferência.

Casos de responsabilidade no CTN:

Responsabilidade de devedores sucessores


Está disciplinada nos arts. 129 a 133 do CTN. Aqui a obrigação se transfere para
outro devedor em virtude do “desaparecimento” do devedor original. Esse
desaparecimento pode ser por morte do primeiro devedor, recaindo o ônus sobre os
herdeiros, ou por venda do imóvel ou estabelecimento, incidindo o importe tributário
sobre o comprador.

Hipóteses:

1- AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS (art. 130, CTN)

De acordo com o artigo 130 do CTN, na aquisição de bens imóveis a


responsabilidade será do adquirente (regra geral). Esta responsabilidade é pessoal e não
real, e sendo assim, não está limitada ao valor do imóvel, que responde pela dívida, no
lugar da pessoa (adquirente).

Este dispositivo se refere aos tributos incidentes sobre bem imóvel- impostos
(IPTU ou ITR), taxas de serviços (taxas de lixo, esgoto, água) e contribuições de
melhoria- que passam a ser exigíveis do adquirente deste bem.

ATENÇÃO!!! É devido ao notário ou tabelião exigir todos os documentos necessários


à lavratura da escritura, os quais comprovem o recolhimento dos tributos devidos. Caso
contrário responde solidariamente com o contribuinte nos atos em que intervir ou pelas
omissões que foi responsável.
Exceções:

A- Quanto à responsabilidade do adquirente: este não será responsável se constar do


título de aquisição, a quitação de todos os tributos. Ex: vendedor mostrou
certidões negativas do imóvel.

B- Quanto à responsabilidade pessoal: a regra é que haja sub-rogação pessoal em


relação à dívida. Se houver a aquisição do imóvel em hasta pública, neste caso
ocorrerá a sub-rogação do débito no preço do imóvel. Se o preço alcançado na
arrematação em hasta pública não for suficiente para cobrir o débito tributário,
não fica o arrematante responsável pelo eventual saldo devedor.

2- SÃO PESSOALMENTE RESPONSÁVEIS (art. 131, CTN):

I- O adquirente ou remitente (é aquele que praticou a remição, que é o ato do


devedor pagar a dívida e resgatar o bem) pelos tributos relativos aos bens
adquiridos ou remidos: No caso de aquisição de bens a responsabilidade é do
adquirente. Quando se tratar de bens imóveis, há algumas exceções, conforme
vimos acima. Já no caso de bens móveis, não há exceção!

II- O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo
“de cujus” até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação: sucessor a
qualquer titulo é aquele que passa a ser proprietário em virtude do falecimento
do proprietário anterior. Como a meação não é herança, o CTN se refere ao
sucessor e ao meeiro, que é o cônjuge sobrevivente ao seu consorte.

III- O espólio, pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a data da abertura da
sucessão: espólio é o patrimônio de uma pessoa depois de sua morte e antes de
concluído o respectivo inventário.

Até a abertura da sucessão são responsáveis o espólio e o inventariante. A partir


da homologação da partilha, são responsáveis os sucessores e o cônjuge meeiro, no
limite de seu quinhão ou da meação, de forma que esta responsabilidade não atinge os
bens pessoais dos sucessores ou do cônjuge.

A responsabilidade do espólio e do inventariante é subsidiária. O inventariante


só responderá na impossibilidade do espólio. Já a responsabilidade entre os sucessores e
o cônjuge meeiro é solidária.

Vejam:

• Resp. 212 554→ execução proposta após a realização da partilha.

• Resp 295 222→ as multas moratórias devem ser pagas pelos responsáveis.

Multa moratória: decorre da moratória. Em regra é de 20%.


Multa punitiva: o fundamento é a realização de um lançamento de ofício.

EX:

→ o spassivo faz o pagto após o vencimento (multa de mora)

FG→ OT→NÃO PAGTO→LANÇAMENTO (de ofício)

A administração quando faz o lançamento de ofício, cobra o tributo, os juros de


mora (calculados pela taxa SELIC) e também uma multa de ofício, que é
exclusivamente punitiva, podendo variar de 75% a 150%. Essa cobrança é
simplesmente para penalizar o contribuinte que não pagou o tributo antes do
lançamento. Essa multa é pessoal (não se transfere aos responsáveis).

Seria irrazoável o apenamento dos responsáveis, inflingindo sanção aos


descendentes do de cujus, que responderiam por comportamento ilícito alheio.

3- RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA EM FUNÇÃO DA REALIZAÇÃO


DE OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS COM PESSOAS JURÍDICAS (art. 132,
CTN).

A pessoa jurídica que resultar da operação societária será responsável pelas


dívidas anteriores, ou seja, haverá responsabilidade empresarial até a data do ato,
valendo dizer que o desaparecimento de uma gera a responsabilidade daquela outra que
a suceder.

Responsabilidade na:

a) FUSÃO: A+B = AB LTDA (20-05-2005)

b) TRANSFORMAÇÃO: A LTDA = A S.A (20-05-2005)

c) INCORPORAÇÃO: A absorve B = A b LTDA (20-05-2005)

Suponhamos que estas empresas, no dia 30-10-2006 (após as operações societárias),


receberam um lançamento de imposto de renda relativo ao FG 2004. De quem será a
responsabilidade pelo pagamento de um débito cujo fato gerador ocorreu antes da fusão,
incorporação e transformação?

O CTN diz que a responsabilidade será da empresa que sobrar (AB LTDA; A S.A;
A b LTDA).
Quanto às empresas cindidas, vale ressaltar que não foram mencionadas
textualmente no dispositivo do CTN, pois a cisão veio a ser regulada pela Lei da
Sociedades Anônimas (Lei 6404 de 76), publicada quase uma década após a edição do
CTN. Não obstante, a doutrina e a jurisprudência têm entendido válida a extensão da
regra à cisão.

No caso da CISÃO (A= B e C), a responsabilidade será de B e C (solidária).

O parágrafo único do art. 132 dispõe que “o disposto neste artigo aplica-se aos
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da
respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio,
sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.”

Ex: imagine-se que havia uma pessoa jurídica que vendia garrafa pet, mas essa
indústria foi extinta, entretanto, um dos sócios dessa pessoa jurídica iniciou uma nova
sociedade, continuando a vender garrafas pet. Essa nova sociedade será responsável
pelos débitos da sociedade que foi extinta. Isso acontece porque o sócio continuou a
exploração da mesma atividade.

4- RESPONSABILIDADE NA AQUISIÇÃO DE PESSOAS JURÍDICAS (art.


133, CTN).

A responsabilidade na aquisição de pessoa jurídica será do adquirente, mas para que


este seja responsável devem-se cumprir alguns requisitos:

a) O adquirente deve adquirir estabelecimento comercial ou fundo de comércio;

b) Não basta adquirir. Deve-se comprar o estabelecimento comercial ou fundo de


comércio e dar continuidade à exploração (mesmo nome ou nome distinto). Ex:
adquire uma farmácia e dá continuidade esta exploração.

c) A responsabilidade do adquirente pode ser integral ou subsidiária com o


alienante.

Para saber a extensão da responsabilidade do adquirente, deve-se saber o que o


alienante está fazendo (possui uma atividade econômica ou deu início à nova atividade
no prazo de 06 (seis) meses)?

Se o alienante permanece com a atividade, responderá em 1º lugar pelos débitos do


estabelecimento comercial e somente em 2º lugar, o adquirente responderá (subsidiária).

O mesmo se aplica se o alienante der início à nova atividade no prazo de 06 (seis)


meses.

Se não ocorrer nenhuma das hipóteses, o adquirente responderá integralmente pelos


débitos tributários.
ATENÇÃO!!!! Vale o alienante ter qualquer atividade econômica (ex: tinha uma
pizzaria e abriu uma borracharia).

RESUMINDO:

“A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por


qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social
ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:

I- Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou


atividade;

II- Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar


dentro de 06(seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

• Arts. 134 e 135 do CTN.

ART. 134, CTN ART.135, CTN

• Responsabilidade de terceiros • Responsabilidade de terceiros

• Aplica-se nos casos de atos • Atribui a responsabilidade em


praticados com omissão ou função de atos praticados com
negligência (culpa atribuível ao fraude ou infração à lei (dolo
terceiro). praticado por terceiro).

• Responsabilidade subsidiária (o • Responsabilidade pessoal e


terceiro só responde na exclusiva do terceiro porque
impossibilidade do contribuinte agiu com dolo.
responder).

ATENÇÃO!!!!
O art. 134 do CTN comete uma impropriedade, pois fala em responsabilidade
solidária, onde, na verdade, seria caso de responsabilidade subsidiária em virtude da
presença de um benefício de ordem.

Hipóteses de responsabilidade (art. 134, CTN):

1- Os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

2- Os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

3- Os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

4- O inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

5- O síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo


concordatário;

6- Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos


sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

7- Os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Parágrafo único: o disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades,


às de caráter moratório (a multa punitiva é pessoal, portanto não se aplica aos
terceiros).

A configuração dessa responsabilidade subsidiária exige que as pessoas


indicadas pelo art. 134 do CTN estejam à frente dos negócios e deveres de seus
dependentes ou representados.

Exemplos:

• O tabelião passa escritura de compra e venda de imóvel e não exige o


recolhimento do imposto de transmissão sobre bens imóveis (ITBI)- na hipótese
de não ser mais possível cobrar do contribuinte, ele ficará responsável pelo
imposto;

• O escrivão não exige do espólio ou dos sucessores “mortis causa” o imposto


sobre heranças e doações- deverá responder pelo imposto na impossibilidade de
as partes responderem;

• O administrador de bens de terceiros, com procuração plena, deixa de pagar, por


negligência, o IPTU incidente sobre imóveis de propriedade de seu cliente,
incidente em determinado exercício- se inviável a cobrança a do tributo do
proprietário, o administrador torna-se responsável pelo imposto;
• O administrador judicial negligencia o pagamento dos impostos devidos pela
massa em processo de liquidação judicial- em sendo o numerário esgotado pelo
pagamento a credores preferenciais, fica responsável pelos impostos não pagos.

Art. 135, CTN: São pessoalmente responsáveis pelos créditos


correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

I- As pessoas referidas no artigo anterior (todos aqueles terceiros


referidos no artigo anterior que tenham praticado atos dolosos saem da
responsabilidade do artigo 134 e caem na responsabilidade do artigo
135);

II- Os mandatários, prepostos e empregados

III- Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de


direito privado.

O dispositivo acima agrava a responsabilidade dos terceiros mencionados no art.


134, transformando-a de subsidiária em responsabilidade pessoal, estendendo-a a mais
duas categorias de responsáveis não mencionadas no artigo anterior: os mandatários,
prepostos ou empregados e os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas
de direito privado.

O rigor do dispositivo tem fundamento, porque sua aplicação exige que os


responsáveis tenham agido com má-fé, merecendo, por isso mesmo, o peso inteiro da
responsabilidade tributária por substituição, em decorrência de seus atos. Nesta
hipótese, tanto o valor do tributo como o da multa, tanto moratória, como punitiva, são
transferidos a tais terceiros.

É importante destacarmos a responsabilidade prevista no art. 134, VII e art. 135,


III, ambos do CTN, uma vez que tratam da responsabilidade dos sócios pelos débitos da
pessoa jurídica.

Responsabilidade dos sócios

ART. 134, VII, CTN ART. 135, III, CTN


• Decorre de atos praticados com • Decorre de atos praticados com
culpa. infração à lei, excesso de poderes
ou com infração ao contrato social
• Tendo em vista os atos praticados ou estatutos.
com culpa ter-se-á a
responsabilidade subsidiária. • De uma forma geral o sócio é
Primeiro responderá a pessoa responsável quando pratica atos
jurídica e depois o sócio. dolosos (que geram a necessidade
da desconsideração da
• Este tipo de responsabilidade personalidade da pessoa jurídica
acontecerá nos casos de liquidação de modo que o sócio seja atingido
de sociedade de pessoas (não se pessoalmente).
aplica às sociedade de capital-
Ltda’s e S.A’ s). • Deve ser responsabilizado o sócio
que praticou o ato doloso (sócios
gerentes ou administradores- que
possua poder de gestão).

• Para a Fazenda qualquer hipótese


de não pagamento de tributo
(infração à lei) gera a
responsabilidade pessoal do sócio.
O simples inadimplemento gera a
desconsideração da personalidade
da pessoa jurídica.

• O STJ afirma que o simples não


pagamento de tributo não é
suficiente para gerar a
responsabilidade pessoal do sócio.
Este deverá praticar um ato doloso.

• Embargos de divergência no Resp.


260 107.

ATENÇÃO: A jurisprudência do STJ evoluiu e começa a fazer uma diferenciação.

Para o STJ, infração à lei é diferente de não pagamento de tributo, pois aquela
está vinculada à prática de um ato doloso, logo, a responsabilidade do sócio está
vinculada a um ato doloso.

Sendo assim, este ato doloso que é uma condição para a responsabilidade, deve
ser provado.

De quem é o ônus de provar a prática do ato doloso?

O STJ entende que quem prova dependerá da certidão da dívida ativa (CDA).
Assim, se o sócio estiver na certidão deverá fazer a prova. Caso contrário, quem deverá
provar é a Fazenda Pública.

Ver: EResp 702 232 e EResp 635 858


Responsabilidade por infrações

Art. 136, CTN: Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações
da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável
(responsabilidade objetiva) e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Art. 137, CTN: A responsabilidade é pessoal ao agente (responsabilidade subjetiva):

I- quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou


contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de
administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;

II- quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente


seja elementar;

III- quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo


específico:

a- das pessoas referidas no art. 134, contra aquelas por quem


respondem;

b- dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus


mandantes, preponentes ou empregadores;

c- dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas


de direito privado, contra estas.
DENÚNCIA ESPONTÂNEA

Art. 138, CTN: A responsabilidade é excluída pela


denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o
caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou
do depósito da importância arbitrada pela autoridade
administrativa, quando o montante do tributo dependa de
apuração.
Parágrafo único: não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a
infração.

O art. 138 do CTN estabelece um benefício para o sujeito passivo que pagar o
tributo, já em atraso, antes da cobrança da fiscalização.

Ex: Suponhamos que o sujeito passivo tenha realizado o FG e em virtude disso


tenha nascido a obrigação tributária (dever do spassivo pagar o tributo). Este sujeito
passivo, entretanto não faz o pagamento e o próximo passo então seria constituir o
crédito tributário através do lançamento.

Ocorre que, na maioria das vezes, quando temos uma situação de não
pagamento, pode ocorrer de, anteriormente a este, termos uma fase de fiscalização onde
a autoridade administrativa chega na empresa para recolher os livros fiscais, as notas
fiscais e as declarações com o intuito de checar se o valor do tributo foi corretamente
recolhido num determinado período.

Neste caso, há uma notificação ao sujeito passivo relativa ao início de uma


fiscalização e durante esta a Administração terá por objetivo colher provas relativas à
omissão do fato gerador ou provas relativas à omissão de pagamento. Este período de
fiscalização é inquisitório, ou seja, não haverá contraditório, uma vez que a
administração só busca documentos dentro da pessoa jurídica. No final desta
fiscalização, ter-se-á um termo de encerramento que poderá resultar em um lançamento
tributário no caso da administração provar que o fato gerador foi omitido ou que algum
pagamento não foi feito.

A denúncia espontânea se caracteriza pelo pagamento do tributo após o


vencimento, mas antes de qualquer medida de fiscalização.

Este pagamento será efetuado com juros, mas sem a multa de mora.

De uma forma geral, a notificação quanto ao início da fiscalização tem por


objetivo retirar a espontaneidade.
Exceção: art. 47 da Lei 9430 de 96 (se aplica somente aos tributos federais).

“A pessoa física ou jurídica submetida à ação fiscal por


parte da Secretaria da Receita Federal poderá pagar, até o 20º
(vigésimo) dia subseqüente à data de recebimento do termo de
início de fiscalização, os tributos e contribuições já
declarados, de que for sujeito passivo como contribuinte ou
responsável, com acréscimos legais aplicáveis nos casos de
procedimento espontâneo”.
Em relação aos tributos federais que tenham sido declarados como devidos,
poderão ser pagos até o 20º dia subseqüente ao recebimento do termo com os
acréscimos do procedimento espontâneo (juros de mora).

Discussões acerca do tema:

1- Quais são os acréscimos devidos por ocasião da denúncia espontânea,


nos termos dos artigos 138 do CTN e 47 da Lei 9430 de 96?

FAZENDA STJ

• A Fazenda entende que estes dois • O STJ diz que a denúncia


dispositivos excluem a aplicação espontânea exclui toda e qualquer
da multa de ofício*, mas não a multa, logo, tem-se esta quando
multa de mora. paga-se o tributo (acrescido dos
juros de mora) antes da
• Resultado= Denúncia espontânea= fiscalização e depois do
tributo+ juros de mora+ multa de vencimento.
mora. Tudo isso devendo
acontecer após o vencimento, mas • Resp. 509926.
antes da fiscalização.

*A multa de ofício é aquela devida


por conta do lançamento de ofício
(penalidade pelo fato de ter
acionado a administração levando
à realização do lançamento). Está
prevista no art. 44 da Lei 9430 de
96.

2- Possível equiparação entre denúncia espontânea e parcelamento


tributário.
DENÚNCIA ESPONTÂNEA PARCELAMENTO

• O pagamento é realizado de uma • O pagamento é realizado em


única vez (à vista). parcelas (a prazo).

• O parcelamento inclui a multa


moratória a não ser que a lei diga o
contrário.

• Art. 155-A introduzido pela LC


104 de 2001.

• Resp 378795.

3- Possibilidade de denúncia espontânea dos tributos lançados por


homologação.

• Art. 150, CTN

FG pagto antecipado homologação do pagto

Na Legislação Tributária Federal e a Estadual (ICMS) o lançamento por


homologação sofreu certa sofisticação.

ICMS GIA GARE

FG obrigação relativa dever de pagar o valor declarado

ao dever de declarar o

FG e quanto é devido

de tributo

Ex: Suponhamos que o sujeito passivo tenha realizado o FG do ICMS e tenha declarado
em maio de 2007 R$ 80.000,00 de ICMS. Entretanto, não realiza o pagamento do
imposto apesar da declaração realizada. Posteriormente, em novembro de 2007 a
empresa do sujeito passivo levanta um grande capital, passando a ter dinheiro para
realizar o pagamento do tributo e ainda, até esta data o sujeito passivo não recebeu a
visita de nenhum fiscal para saber sobre a declaração do ICMS. Por sua vez, o sujeito
passivo resolve fazer o pagamento do tributo, para que configure assim uma denúncia
espontânea, porque é um pagamento depois do vencimento, mas antes de qualquer
medida de fiscalização.

Diante deste exemplo, o STJ afirma que o sujeito passivo não pode realizar a
denúncia espontânea porque esta pressupõe o desconhecimento do Fisco quanto à dívida
tributária e neste caso o sujeito passivo já confessou a dívida quando fez a declaração.

Confessando a dívida no momento da declaração, a Administração já terá


ciência que o tributo é devido, até porque o crédito tributário já está constituído.

Assim, de uma forma totalmente paradoxal, se o sujeito passivo comete crime


contra a ordem tributária, omitindo que realizou o fato gerador poderá realizar a
denúncia espontânea, por outro lado, se não cometer crime (realizando a declaração),
não terá o benefício da denúncia espontânea.

Existe, inclusive, um voto do Ministro José Delgado, que afirma que denúncia
espontânea é para os casos de sujeitos que não emitem nota fiscal, sonegam tributo, não
declaram o valor devido... Isso é um absoluto desvirtuamento da figura deste instituto.

Há precedentes no STJ que dificulta bastante a postura dos contribuintes.

Ver:

• Embargos de divergência no Recurso Especial 572606

• Resp. 836564

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