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Em princípio, o tributo deve ser cobrado da pessoa que pratica o fato gerador. Nessas
condições, surge o sujeito passivo direto (“contribuinte”). Em certos casos, no
entanto, o Estado pode ter necessidade de cobrar o tributo de uma terceira pessoa,
que não o contribuinte, que será o sujeito passivo indireto (“responsável tributário”).
“Sem prejuízo do disposto neste Capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador
da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-
a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”
A doutrina afirma que esta responsabilidade tributária pode ser de dois tipos:
Responsável: não tendo relação de natureza econômica, pessoal e direta com a situação
que constitua o fato gerador, o responsável é sujeito passivo indireto, sendo sua
responsabilidade derivada, por decorrer da lei e não da referida relação (art. 121,
parágrafo único, II, do CTN).
Hipóteses:
Este dispositivo se refere aos tributos incidentes sobre bem imóvel- impostos
(IPTU ou ITR), taxas de serviços (taxas de lixo, esgoto, água) e contribuições de
melhoria- que passam a ser exigíveis do adquirente deste bem.
II- O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo
“de cujus” até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação: sucessor a
qualquer titulo é aquele que passa a ser proprietário em virtude do falecimento
do proprietário anterior. Como a meação não é herança, o CTN se refere ao
sucessor e ao meeiro, que é o cônjuge sobrevivente ao seu consorte.
III- O espólio, pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a data da abertura da
sucessão: espólio é o patrimônio de uma pessoa depois de sua morte e antes de
concluído o respectivo inventário.
Vejam:
• Resp 295 222→ as multas moratórias devem ser pagas pelos responsáveis.
EX:
Responsabilidade na:
O CTN diz que a responsabilidade será da empresa que sobrar (AB LTDA; A S.A;
A b LTDA).
Quanto às empresas cindidas, vale ressaltar que não foram mencionadas
textualmente no dispositivo do CTN, pois a cisão veio a ser regulada pela Lei da
Sociedades Anônimas (Lei 6404 de 76), publicada quase uma década após a edição do
CTN. Não obstante, a doutrina e a jurisprudência têm entendido válida a extensão da
regra à cisão.
O parágrafo único do art. 132 dispõe que “o disposto neste artigo aplica-se aos
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da
respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio,
sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.”
Ex: imagine-se que havia uma pessoa jurídica que vendia garrafa pet, mas essa
indústria foi extinta, entretanto, um dos sócios dessa pessoa jurídica iniciou uma nova
sociedade, continuando a vender garrafas pet. Essa nova sociedade será responsável
pelos débitos da sociedade que foi extinta. Isso acontece porque o sócio continuou a
exploração da mesma atividade.
RESUMINDO:
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
ATENÇÃO!!!!
O art. 134 do CTN comete uma impropriedade, pois fala em responsabilidade
solidária, onde, na verdade, seria caso de responsabilidade subsidiária em virtude da
presença de um benefício de ordem.
Exemplos:
Para o STJ, infração à lei é diferente de não pagamento de tributo, pois aquela
está vinculada à prática de um ato doloso, logo, a responsabilidade do sócio está
vinculada a um ato doloso.
Sendo assim, este ato doloso que é uma condição para a responsabilidade, deve
ser provado.
O STJ entende que quem prova dependerá da certidão da dívida ativa (CDA).
Assim, se o sócio estiver na certidão deverá fazer a prova. Caso contrário, quem deverá
provar é a Fazenda Pública.
Art. 136, CTN: Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações
da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável
(responsabilidade objetiva) e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
O art. 138 do CTN estabelece um benefício para o sujeito passivo que pagar o
tributo, já em atraso, antes da cobrança da fiscalização.
Ocorre que, na maioria das vezes, quando temos uma situação de não
pagamento, pode ocorrer de, anteriormente a este, termos uma fase de fiscalização onde
a autoridade administrativa chega na empresa para recolher os livros fiscais, as notas
fiscais e as declarações com o intuito de checar se o valor do tributo foi corretamente
recolhido num determinado período.
Este pagamento será efetuado com juros, mas sem a multa de mora.
FAZENDA STJ
• Resp 378795.
ao dever de declarar o
FG e quanto é devido
de tributo
Ex: Suponhamos que o sujeito passivo tenha realizado o FG do ICMS e tenha declarado
em maio de 2007 R$ 80.000,00 de ICMS. Entretanto, não realiza o pagamento do
imposto apesar da declaração realizada. Posteriormente, em novembro de 2007 a
empresa do sujeito passivo levanta um grande capital, passando a ter dinheiro para
realizar o pagamento do tributo e ainda, até esta data o sujeito passivo não recebeu a
visita de nenhum fiscal para saber sobre a declaração do ICMS. Por sua vez, o sujeito
passivo resolve fazer o pagamento do tributo, para que configure assim uma denúncia
espontânea, porque é um pagamento depois do vencimento, mas antes de qualquer
medida de fiscalização.
Diante deste exemplo, o STJ afirma que o sujeito passivo não pode realizar a
denúncia espontânea porque esta pressupõe o desconhecimento do Fisco quanto à dívida
tributária e neste caso o sujeito passivo já confessou a dívida quando fez a declaração.
Existe, inclusive, um voto do Ministro José Delgado, que afirma que denúncia
espontânea é para os casos de sujeitos que não emitem nota fiscal, sonegam tributo, não
declaram o valor devido... Isso é um absoluto desvirtuamento da figura deste instituto.
Ver:
• Resp. 836564