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Todo investidor busca a otimização de tr ês aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e proteção. Ao avali á-lo, portanto,
deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe
definir o n ível de risco que est á disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor lucratividade.
Investimentos em Títulos
Abrangem aplicaçõ es em ativos diversos, negociados no mercado financeiro (de crédito), que apresentam características b ásicas com
referência a renda - variável ou fixa.
A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida ao título e seu prazo de resgate. Nesse
caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o certificado de dep ósito banc ário. A renda variável
será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo t ítulo.
Ações
Títulos de renda variável, emitidos por sociedades an ônimas, que representam a menor fra ção do capital da empresa emitente.
Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade
an ônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela
negocia çã o em bolsas de valores ou no mercado de balc ão.
1. O que é uma a çã o?
a. Um t ítulo representativo de um empréstimo que o investidor fez para uma empresa.
b. Um t ítulo representativo da propriedade da menor parcela do capital de uma empresa.
Ordin árias
Proporcionam participa ção nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembléias gerais.
Preferenciais
Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às
ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade.
Formas
Nominativas
Cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbaçã o de
termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando novo acionista.
Escriturais
Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente, na qual os valores são
lançados a d ébito ou a crédito dos acionistas, n ão havendo movimenta ção física dos documentos.
É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participa ção nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, adv ém da posse
da a ção; outra parte adv ém do eventual ganho de capital na venda da açã o.
Dividendos
A participaçã o nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser
definido na Assembléia Geral Ordin ária de Acionistas, de acordo com os resultados obtidos pela empresa em determinado per íodo.
Bonificaçã o em A çõ es
Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a incorpora ção de reservas e lucros, quando são distribuídas
gratuitamente novas a ções a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas.
Direitos de Subscriçã o
É o direito de aquisi ção de novo lote de ações pelos acionistas - com prefer ência na subscri çã o - em quantidade proporcional às
possuídas, em contrapartida à estrat égia de aumento de capital da empresa.
É a compra ou venda de uma determinada quantidade de a ções, a um pre ço estabelecido em pregão. Assim, quando da realização de
um neg ócio, ao comprador cabe dispender o valor financeiro envolvido na opera çã o e ao vendedor a entrega dos títulos-objeto da
transa ção, nos prazos estabelecidos pela BOVESPA.
Títulos-Objeto
Os preços s ão formados em pregão, pela din âmica das forças de oferta e demanda de cada papel, o que torna a cotação praticada um
indicador confi ável do valor que o mercado atribui às diferentes ações.
A maior ou menor oferta e procura por determinado papel está diretamente relacionada ao comportamento hist órico dos pre ços e,
sobretudo, às perspectivas futuras da empresa emissora, aí incluindo-se sua política de dividendos, progn ósticos de expans ão de seu
mercado e dos seus lucros, influ ência da política econ ômica sobre as atividades da empresa, etc.
A realiza ção de negócios no mercado a vista requer a intermedia ção de uma sociedade corretora que est á credenciada a executar, em
pregão, a ordem de compra ou venda de seu cliente, atrav és de um de seus representantes (operadores).
Implica a entrega dos títulos à BOVESPA, pela sociedade corretora intermediária do vendedor. Ocorre no segundo dia útil
(D2) ap ós a realiza ção do neg ócio em pregão (D0). As a çõ es ficam disponíveis ao comprador após a liquidação financeira;
B. Liquidaçã o financeira:
Compreende o pagamento do valor total da operação pelo comprador, o respectivo recebimento pelo vendedor e a efetiva ção
da transferência das a ções para o comprador. Ocorre no terceiro dia útil (D3) após a realiza ção do neg ócio em pregão.
Com o objetivo principal de assegurar uma boa formação de pre ço aos ativos negociados em seus pregões, a BOVESPA, com base
no perfil de negociaçã o de cada título - quantidade de pap éis por negócio mais observada, volume financeiro por neg ócio, etc. - os
distribui pelos diferentes lotes padrão de negociação (quantidade mínima de t ítulos para negociação).
Uma transaçã o efetuada no mercado principal da BOVESPA deve envolver obrigatoriamente um lote padr ão do ativo (ou múltiplos
desse lote). Neg ócios com quantidades inferiores s ão realizados no mercado de frações do lote (Fracionário).
Um investidor adquire açõ es com o objetivo de obter um ganho, uma lucratividade. Esse retorno será proveniente dos direitos e
proventos distribu ídos - dividendos, bonificaçõ es, direitos de subscrição, etc. - aos acionistas pela companhia e da eventual
valoriza ção de preço das açõ es.
Esses fatores, por sua vez, dependerão do desempenho da empresa e de suas perspectivas futuras.
Um investidor vende ações para obter liquidez, isto é, para convert ê-las em dinheiro, que será utilizado na aquisi çã o de novos t ítulos
ou em outro destino qualquer.
Uma a ção normalmente é vendida quando o investidor avalia que suas perspectivas a médio e longo prazos são relativamente menos
favoráveis em comparação a outras açõ es ou mesmo outras alternativas de investimento.
O Mercado de Opçõ es é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote de açõ es, com pre ços e prazos
de exerc ício preestabelecidos.
Esse mercado foi criado com o objetivo b ásico de oferecer um mecanismo de proteção ao mercado de a çõ es contra possíveis perdas.
Uma vez que os pre ços e retornos dos instrumentos financeiros est ão sujeitos a flutuações imprevis íveis, as opções podem ser
usadas para adaptar o risco às expectativas e metas do investidor. Os participantes do mercado que usam opçõ es para limitar os
riscos de oscila ção de preços (opera ções de "hedge") são conhecidos como "hedgers". Entretanto, o mercado também precisa de
participantes que estejam dispostos a assumir o risco: estes s ão chamados "especuladores".
As op ções permitem que o investidor "alavanque" sua posi ção, aumentando o retorno potencial sobre um investimento sem aumentar
o montante do capital investido, pois o capital investido inicialmente para comprar uma op ção é relativamente pequeno em
compara çã o com o ganho.
Contudo, quando dois investidores se comprometem em uma operaçã o a ser realizada no futuro, os riscos são evidentes. Um dos
investidores pode tentar cancelar a opera ção ou simplesmente pode não ser capaz de honrá-la financeiramente. Por esse motivo, todo
capital aplicado em opções pode ser perdido, e o investidor (comprador) deve estar ciente desse risco. Por sua vez, o lan çador de uma
op ção deve ter capacidade financeira para cobrir eventuais preju ízos potencialmente vultosos, bem como dispor de garantias
suficientes para atender às exig ências de margem.
Titular é o investidor que compra a op ção e adquire os direitos (de comprar ou vender a ções) a ela referentes.
Lan çador é o investidor que vende a opçã o e assume os compromissos a ela referentes.
O lan çador de uma op ção de compra é o investidor que vende a opção no mercado mediante o recebimento de um prêmio, assumindo
assim a obrigação de vender as a ções -objeto a que se refere a op ção, após o recebimento de uma notifica ção de que sua posiçã o foi
exercida.
O lan çador de uma op ção de venda é o investidor que vende a op çã o no mercado mediante o recebimento de um prêmio, assumindo
assim a obrigaçã o de comprar as ações -objeto a que se refere a op ção, ap ós o recebimento de uma notificação de que sua posi ção foi
exercida.
Se as condiçõ es de mercado não forem favor áveis à sua estrat égia de investimento , o comprador (ou titular) de uma op ção corre o
risco de perder todo o seu investimento (o prêmio) em um per íodo de tempo relativamente curto. Esse risco reflete a natureza de uma
op ção como ativo esgotável, que perde seu valor no vencimento da op ção. Isto significa que o comprador de uma op ção que não a
venda no mercado secund ário nem a exerça antes do vencimento perderá todo o seu investimento na opçã o.
Ao contrário do titular de uma op ção, cujo preju ízo m áximo é limitado, o lançador de uma opção tem uma posiçã o bem mais arriscada.
O prejuízo potencial referente a uma posi çã o vendida em opção de compra ou posi çã o vendida em opção de venda é ilimitado quando
o pre ço do ativo-objeto se movimenta em dire ção contrária às expectativas do lançador (ou seja, se aumenta para uma opção de
compra ou diminui para uma opção de venda).
Essa situa ção pode ser modificada quando a posi ção é combinada (posição vendida em uma opção de compra com uma posição
comprada no ativo-objeto, ou posi ção vendida em uma op ção de venda com uma posi ção vendida no ativo-objeto); esse tipo de
combinaçã o é conhecido como lan çamento de opção "coberta".
O objetivo do lan çamento de uma op ção descoberta é ganhar o prêmio sem precisar investir no ativo-objeto. Entretanto, o lançador de
op ções descobertas deve dispor de garantias suficientes para atender a um eventual exercício da opçã o (que podem aumentar
substancialmente se o mercado se movimentar em direção contrária à da posição do lançador).
Uma vez que as op ções de a ções são instrumentos derivativos sobre ativos de renda vari ável, não têm garantia de retorno sobre o
investimento nelas efetuado. Esse retorno vai depender basicamente do comportamento do pre ço da a ção-objeto no mercado à vista,
que por sua vez dependerá das condiçõ es da empresa, da conjuntura econômico-financeira do pa ís, etc.
O lançador de uma op ção de compra acredita que o preço das ações no mercado à vista irá cair a um nível abaixo do pre ço de
exerc ício, pois assim o titular não irá exercer a opção e ele (lan çador) ganhará o valor do prêmio. Se o pre ço do ativo-objeto subir,
aumentam suas chances de ser exercido e, por conseq üê ncia, seus riscos. Desta forma, ele deverá depositar mais garantias para
assegurar o atendimento a um eventual exerc ício da opção.
16. Caso as cota ções à vista do ativo se valorizem, o que provavelmente acontecer á com o lançador da opçã o de
compra?
a. Terá que depositar garantias adicionais, uma vez que o risco dele ser exercido (e ter que vender as a ções ao preço
de exerc ício) aumentou.
b. Suas chances de lucro aumentam.
O lançador de uma opçã o de venda acredita que o pre ço das ações no mercado à vista ir á subir a um nível acima do preço de
exerc ício, pois assim o titular não irá exercer a op ção e ele (lançador) ganhará o valor do pr êmio. Se o preço do ativo -objeto cair,
aumentam suas chances de ser exercido e, por conseq üê ncia, seus riscos. Desta forma, ele deverá depositar mais garantias para
assegurar o atendimento a um eventual exerc ício da opção.
O titular, ao comprar uma op ção, adquire o direito de comprar (opção de compra) ou vender (op ção de venda) as ações -objeto ao
preço de exercício. Ele poder á exercer esse direito ou não.
"Exercer uma opção" significa que o titular pode declarar que deseja exercer o direito de comprar (ou vender) conferido pela op ção.
Na prática, nem todas as opções são realmente exercidas, dependendo do ativo-objeto. Muitos investidores simplesmente fecham
(liquidam) sua posição em opçõ es antes da data de vencimento. Fechar uma posiçã o em opçõ es significa assumir uma posi ção oposta
àquela detida no momento.
Por exemplo, para fechar uma posi ção comprada em uma opção de compra, por exemplo, o titular da op ção de compra deve vender
uma op ção de compra da mesma s érie. Ele não pode fechar a opçã o de compra comprando uma opção de venda similar ou vendendo
uma opção de compra de s érie diferente. De forma semelhante, uma posição comprada em opção de venda é fechada pela venda de
uma op ção de venda da mesma s érie.
17. Caso as cota ções à vista do ativo se desvalorizem, o que provavelmente acontecerá com o lançador da opção de
venda?
a. Suas chances de lucro aumentam.
b. Terá que depositar garantias adicionais, uma vez que o risco dele ser exercido (e ter que comprar as ações ao pre ço
de exerc ício) aumentou.
As opções de estilo americano podem ser exercidas a partir do preg ão subseqüente à realização da compra, at é a sua data de
vencimento.
As opçõ es de estilo europeu podem ser exercidas apenas na data de vencimento estipulada no contrato de opções.
21. O lançador da opçã o designado para atender a um exercício pode desistir da opera ção?
a. Sim, ele não é obrigado a fazer a operaçã o.
b. Não, ao receber o prêmio ele assumiu a obrigaçã o de, se designado, ser a contraparte da opera çã o, ou seja, vender
as ações para o titular de op ções de compra ou comprar as açõ es do titular da opçã o de venda .
O pre ço e o retorno de qualquer instrumento financeiro est ão sujeitos a flutuações imprevis íveis. Nesse sentido, as opçõ es são
instrumentos de gerenciamento de risco (servem para adaptar o risco às expectativas e à capacidade financeira do investidor), e
podem ser usadas para limitar o risco dos portfólios em caso de mudan ça inesperada no pre ço das açõ es.
Além disso, o mercado de op ções oferece outras vantagens, tais como a possibilidade de alavancagem dos investimentos (aumento
do retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital investido), menores custos de transa ção (em
compara çã o, por exemplo, com o investimento em ações), indica ção da volatilidade do preço das açõ es, flexibilidade na montagem de
estrat égias de investimento.
Contudo, o mercado de opçõ es apresenta alguns riscos dos quais os investidores devem estar conscientes (apresentados abaixo). Por
exemplo, a alavancagem significativa proporcionada pelas opções pode gerar ganhos substanciais sobre uma pequena quantia do
capital investido, mas tamb ém grandes prejuízos.
Além desses riscos espec íficos, o investidor em opções est á igualmente sujeito às forças mais gerais que regem a oferta e a
demanda, e aos riscos associados ao ativo -objeto.
1) Validade:
As opçõ es têm validade, ou seja, s ão ativos extinguíveis. Assim sendo, as opções perdem, na data de vencimento, qualquer valor que
possam ter.
2) Op çã o de Compra:
l Titular: Pode perder a totalidade do capital investido em um período de tempo relativamente curto (preju ízo m áximo: valor do
prêmio).
l Lançador:
Descoberto: uma vez que o lançador, nesse caso, se compromete a entregar títulos que não possui (se designado para tal),
ele está em situa ção de grande risco, pois o mercado pode se movimentar em direção contrária a sua expectativa. No seu
caso, esse seria o movimento de alta, quando o lan çador teria que comprar as ações para atender ao exercício a um valor
acima do pre ço de exercício. Assim, ele corre o risco de não só "devolver" o prêmio recebido, como tamb ém de ter um
desembolso muito grande (potencial de preju ízo ilimitado).
Coberto: corre um risco um pouco menor, pois possui as a çõ es que deverá entregar em caso de exercício (como "cobertura"
à sua obriga ção); não obstante, um lan çamento de op ção de compra coberta não constitui uma operaçã o de renda fixa.
3) Op çã o de Venda:
l Titular: Pode perder a totalidade do capital investido em um período de tempo relativamente curto (preju ízo m áximo: valor do
prêmio).
l Lançador: Seu risco é quase equivalente ao risco do lan çador descoberto de op ção de compra; a diferen ça é que esse
lançador compromete-se a comprar as ações do titular (ao pre ço de exercício), e seu maior preju ízo ocorre na hip ótese do
preço da açã o-objeto ser zero no momento em que ele for designado para atender ao exercício (potencial de risco
praticamente ilimitado).
Exemplos de Operações com Opções
Confira as simula çõ es que desenvolvemos especialmente para que você veja, na prática, poss íveis resultados das opera ções no
Mercado de Opçõ es.
Introdução
Quanto mais desenvolvida é uma economia, mais ativo é o seu mercado de capitais, o que se traduz em mais
oportunidades para as pessoas, empresas e instituições aplicarem suas poupanças.
Ao abrir seu capital, uma empresa encontra uma fonte de captação de recursos financeiros permanentes. A plena
abertura de capital acontece quando a empresa lança suas ações ao público, ou seja, emite ações e as negocia
nas bolsas de valores.
Uma companhia é considerada aberta quando promove a colocação de valores mobiliários em bolsas de valores
ou no mercado de balcão.
São considerados valores mobiliários: ações, bônus de subscrição, debêntures, partes beneficiárias e notas
promissórias para distribuição pública.
Ações: títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de
uma empresa.
Bônus de subscrição: títulos nominativos negociáveis que conferem ao seu proprietário o direito de subscrever
ações do capital social da companhia emissora, nas condições previamente definidas.
Debêntures: títulos nominativos negociáveis representativos de dívida de médio/longo prazos contraída pela
companhia perante o credor, neste caso chamado debenturista.
Outros títulos menos usuais: partes beneficiárias e notas promissórias para distribuição pública com ampla
divulgação.
As operações de abertura de capital precisam ter autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o
órgão fiscalizador do mercado de capitais brasileiro, o qual também registra e autoriza a emissão dos valores
mobiliários para distribuição pública. As companhias abertas devem atender a diversos requisitos, definidos na Lei
das S.As. e nas regulamentações da CVM, com o objetivo de garantir a confiabilidade das informações e
demonstrações financeiras divulgadas. O mercado considera que a plena abertura de capital ocorre quando há o
lançamento de ações ao público, em função das transformações impostas à empresa e pelo incremento no volume
de negócios com seus títulos.
Ações são títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social
de uma empresa. Ação é um pedacinho de uma empresa.
Com um ou mais pedacinhos da empresa, você se torna sócio dela.
Quais são os tipos de ação?
ordinárias, que concedem àqueles que as possuem o poder de voto nas assembléias deliberativas da companhia;
ou
preferenciais, que oferecem preferência na distribuição de resultados ou no reembolso do capital em caso de
liquidação da companhia, não concedendo o direito de voto, ou restringindo-o.
As ações, ordinárias ou preferenciais, são sempre nominativas, originando-se do fato a notação ON ou PN depois
do nome da empresa.
nominativas registradas, quando há um registro de controle de propriedade feito pela empresa ou por terceiros,
podendo ou não haver emissão de certificado; ou
escriturais nominativas, quando há a designação de uma instituição financeira credenciada pela CVM, que atua
como fiel depositária dos títulos, administrando-os via conta corrente de ações.
As ações também podem ser diferenciadas por classes: A, B, C ou alguma outra letra que apareça após o "ON"
ou o "PN". As características de cada classe são estabelecidas pela empresa emissora da ação, em seu estatuto
social. Essas diferenças variam de empresa para empresa, portanto, não é possível fazer uma definição geral das
classes de ações.
Os dividendos correspondem à parcela de lucro líquido distribuída aos acionistas, na proporção da quantidade de
ações detida, ao fim de cada exercício social. A companhia deve distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro líquido
ajustado.
Quando uma empresa vai bem, ela divide os lucros com quem tem suas ações.
Isso são dividendos.
E bonificações?
As bonificações correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas. Excepcionalmente pode
ocorrer a distribuição de bonificação em dinheiro.
Os acionistas têm ainda preferência na compra de novas ações emitidas ou direito de preferência na subscrição.
Além de garantir a possibilidade de manter a mesma participação no capital total, esse direito pode significar
ganho adicional, dependendo das condições do lançamento. Por fim, se não exercido, o direito pode ser vendido
a terceiros.
Uma vez ocorrendo o lançamento inicial ao mercado, as ações passam a ser negociadas no Mercado Secundário,
que compreende mercados de balcão, organizados ou não, e bolsas de valores. Operações como a colocação
inicial, junto ao público, de grande lote de ações detido por um acionista podem caracterizar operações de abertura
de capital, exigindo registro na CVM. Apesar da semelhança com o mercado primário, os recursos captados vão
para o acionista vendedor (e não para a companhia), determinando, portanto, uma distribuição no Mercado
Secundário.
São os mais importantes centros de negociação das ações, devido ao expressivo volume e maior transparência
das operações.
Organizadas como associações civis, sem fins lucrativos e com funções de interesse público, as bolsas atuam
como auxiliares da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na fiscalização do mercado, em especial de seus
membros, as Sociedades Corretoras, e têm ampla autonomia na sua esfera de responsabilidade.
Bolsa de Valores é o local onde se compram e se vendem as ações das companhias.
A BOVESPA, com seus mais de 110 anos de experiência, tradição e competência, vem, ao longo desses anos,
procurando desenvolver o mercado de capitais.
As Clearings - Entidades de Prestação de Serviços de Liquidação e Custódia
São empresas que se dedicam a gerenciar sistemas e garantias para a liquidação das operações realizadas em bolsa e
para a custódia (guarda e administração dos valores mobiliários negociados em bolsa).
A CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia foi criada em 19 de fevereiro de 1998, com a reestruturação
patrimonial da BOVESPA. A formação da CBLC representa uma resposta à necessidade do mercado brasileiro de uma
estrutura moderna e eficiente de clearing, que compreenda atividades relacionadas à compensação, liquidação, custódia
e controle de risco para os mercados a vista, a termo e de opções. A CBLC foi organizada como uma empresa que
permite a participação de uma grande variedade de instituições fortes e tecnicamente estruturadas, capazes de
administrar risco e atuar como Agentes de Compensação.
São instituições financeiras membros das bolsas de valores, credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e pelas
próprias bolsas, e estão habilitadas, entre outras atividades nos mercados financeiro e de capitais, a negociar valores
mobiliários com exclusividade no pregão físico (viva-voz) ou eletrônico das bolsas.
São indivíduos ou instituições que aplicam recursos em busca de ganhos a médio e longo prazos, que operam nas
bolsas por meio de Corretoras e distribuidoras de valores, as quais executam suas ordens e recebem corretagens pelo
seu serviço.
a Vista, no qual compradores e vendedores estabelecem um preço para um lote de ações a ser entregue e pago no
prazo determinado, atualmente D+3;
a Termo, no qual as partes fixam um preço para a liquidação físico-financeira da ação em prazo futuro determinado;
de Opções de compra ou venda, no qual as partes negociam o direito de comprar/vender a ação a preço e prazo futuro
determinados; e Futuro, no qual ocorre a compra ou venda de ação a um preço acordado entre as partes para liquidação
em data futura específica.
Obs.: não é permitida a negociação nos mercados a termo via Home Broker.
O que é o Pregão?
As ações com o objetivo de obter ganho(s) a médio e longo prazos, em oposição a resultados imediatos, podem ser
divididas em:
"blue chips" ou de 1ª linha - são ações de grande liquidez (grande quantidade de negócios) e procura no mercado de
ações por parte dos investidores, em geral de empresas tradicionais, de grande porte/âmbito nacional e excelente
reputação;
de 2ª linha - são ações um pouco menos líquidas, de empresas de boa qualidade, em geral de grande e médio portes;
de 3ª linha - são ações com pouca liquidez, em geral de companhias de médio e pequeno portes (porém, não
necessariamente de menor qualidade), cuja negociação caracteriza-se pela descontinuidade;
de privatização - são ações de companhias colocadas no mercado por meio de leilões do Programa Nacional de
Desestatização - PND. Algumas das companhias em processo de privatização podem já ter suas ações negociadas em
bolsas de valores, antes mesmo daquele ser completado, tendendo a incrementar sua liquidez após a conclusão do
mesmo.
A Dinâmica das Operações em Bolsa
Tipos de Ordem
Quando o investidor transmite sua ordem a uma Corretora na qual é cadastrado, esta tem o dever de executá-la
prontamente, ao melhor preço disponível, desde que se trate de uma ação com liquidez - é a ordem a mercado.
Essa é a ordem mais comum, mas há várias outras modalidades. O investidor pode, por exemplo, fixar um preço
determinado ou melhor para sua execução - é a ordem limitada. Ou poderá fixar apenas a quantidade de títulos, dando
uma ordem administrada à Corretora, que irá executá-la a seu critério.
A fim de limitar prejuízos, o investidor pode dar a ordem fixando um preço-limite que, se alcançado pela evolução das
cotações, torna a ordem a mercado - é a ordem "on stop".
Há também a possibilidade de vincular a execução de uma operação à execução de outra previamente definida e oposta
(compra versus venda), no mesmo ou em diferentes mercados - é a ordem casada, que só se efetiva se executadas as
duas ordens. De forma similar, há a ordem de financiamento, na qual o investidor determina a tomada de posições opostas,
também no mesmo ou em outro mercado, porém, com prazo de vencimento distinto.
O investidor pode também fixar o prazo de validade de sua ordem por meio da ordem válida para o dia ou da ordem válida
por prazo determinado. Expirado o prazo, a ordem é cancelada. Há ainda a ordem válida por prazo indeterminado, cuja
validade só termina com a execução ou cancelamento da ordem.
Obs.: as ordens por prazo indeterminado, realizadas via Home Broker, são válidas por 30 dias.
Ordem discricionária - pela qual se estabelecem condições para sua execução agregada a outras, efetuando
posteriormente a identificação de titulares, lotes e preços.
Execução
O intermediário financeiro dispõe de profissionais especializados, capacitados a dar orientações sobre investimentos,
receber ordens dos investidores e transmiti-las aos operadores qualificados por ele mantidos nos pregões físicos das
Bolsas; ou ainda encaminhá-las para o pregão eletrônico, o qual também pode ser acessado diretamente pelos clientes
das Corretoras via Home Brokers.
Liquidação
Executada a ordem, tem lugar a liquidação física e financeira, processo pelo qual se dá a transferência da propriedade dos
títulos e o pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido, dentro do calendário específico estabelecido pela
Bolsa para cada mercado.
A liquidação é realizada por empresas de compensação e liquidação de negócios, que podem ser ligadas à Bolsa ou
independentes. A BOVESPA utiliza a CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia para liquidar as operações
realizadas em seus mercados. As Corretoras da BOVESPA e outras instituições financeiras são os Agentes de
Compensação da CBLC, responsáveis pela boa liquidação das operações que executam para si ou para seus clientes.
A BOVESPA coleta, organiza e divulga uma série de informações sobre os negócios realizados em cada pregão. Os
principais indicadores referem-se a preços e volumes das ações negociadas, que traduzem a liquidez do mercado. São
elaborados também índices que mostram o comportamento do mercado como um todo ou segmentos específicos.
O Índice Bovespa (Ibovespa) é o mais importante indicador do desempenho do mercado de ações brasileiro, pois retrata o
comportamento das principais ações negociadas na BOVESPA. Ele é formado a partir de uma aplicação imaginária, em
Reais, em uma quantidade teórica de ações (carteira). Sua finalidade básica é servir como indicador médio do
comportamento do mercado. Para tanto, as ações que fazem parte do índice representam mais de 80% do número de
negócios e do volume financeiro negociados no mercado à vista.
O Ibovespa é uma ferramenta indispensável para quem investe em ações, quer para acompanhar o mercado quer para
avaliar comparativamente o desempenho de sua própria carteira.
o Índice Brasil (IBrX), que mede o retorno de uma carteira de ações integrada pelas cem ações mais negociadas;
o IBrX-50, que mede o retorno de uma carteira de ações composta pelas cinqüenta ações mais negociadas;
o Índice de Energia Elétrica (IEE), índice setorial que mede o desempenho das ações do setor elétrico;
o Índice Setorial de Telecomunicações (ITEL), índice setorial que mede o desempenho das ações do setor de
telecomunicações (tanto telefonia fixa como celular);
o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC), que mede o desempenho de um carteira teórica
composta por ações de empresas que apresentem bons níveis de governança corporativa; e
o Índice Valor Bovespa (IVBX-2), o qual mede o retorno de carteira hipotética constituída exclusivamente por papéis
emitidos por empresas de excelente conceito perante os investidores, classificadas a partir da 11ª posição, tanto em
termos de valor de mercado como de liquidez de suas ações.
Ações são ativos de renda variável, ou seja, não oferecem ao investidor uma rentabilidade garantida, previamente
conhecida.
A rentabilidade das ações é composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela
empresa emissora, além do eventual ganho de capital auferido na venda da ação no mercado secundário (Bolsa de
Valores). O retorno do investimento dependerá de uma série de fatores, tais como desempenho da empresa,
comportamento da economia brasileira e internacional etc.
Justamente porque não há garantia de rentabilidade no investimento em ações, podendo mesmo haver prejuízo na
aplicação, este é considerado um investimento de risco. Por esse motivo, é aconselhável que o investidor não dependa do
recurso aplicado em ações para gastos imediatos e que tenha um horizonte de investimento de médio e longo prazos,
quando eventuais desvalorizações das ações poderão ser revertidas.
> Para mais informações sobre riscos no mercado de ações, ver Curso Básico do Mercado de Ações - Mercado a Vista.
Mercado de Opções
No mercado de opções, em que são negociados direitos de compra ou venda de um ativo com preços e prazos
estabelecidos, os investidores comprometem-se a efetivar uma operação em um momento futuro. Isso traz o risco de a
operação acabar não sendo realizada, ou o risco dos preços do ativo-objeto caminharem em direção oposta à esperada
pelo investidor. Não há, portanto, garantia de rentabilidade.
Além disso, deve-se considerar que existe a possibilidade do comprador de uma opção perder todo o capital investido; e
que o vendedor de uma opção deve ter capacidade financeira para cobrir potenciais prejuízos, bem como dispor de
garantias para atender às exigências de margem.
Mercado Futuro
Como em qualquer mercado de derivativos, as aplicações no mercado futuro também estão sujeitas a riscos.
O investidor deve considerar, em sua análise de investimento, a situação econômico-financeira da empresa emissora, a
situação econômica do País, a expectativa da taxa de juros e a negociação do ativo-objeto no mercado a vista, entre
outros fatores.
Qualquer investidor está sujeito a encontrar problemas em suas conexões à Rede Mundial de Computadores, devido à
diversidade de fatores inerentes ao uso desse meio. Mesmo com a utilização das mais modernas tecnologias de
informática, é importante que o usuário tenha certos cuidados básicos ao operar seus equipamentos domésticos, sobre os
quais a instituição provedora do serviço não tem responsabilidade e os quais esta não tem meios de gerenciar.
As orientações de segurança a seguir poderão minimizar alguns dos problemas que podem ocorrer:
- não divulgue sua senha. Escolha senhas que misturem letras e números e evite colocar nomes de parentes e datas de
aniversários. Altere-a regularmente;
- sempre utilize programas antivírus atualizados e verifique se eles estão ativos antes do acesso à Internet;
- nunca execute arquivos encaminhados por e-mail sem antes verificar a possibilidade de estarem contaminados por vírus;
- atualize seu browser (navegador). A cada atualização, você observa melhorias, inclusive sob o aspecto da segurança;
- evite a utilização de equipamento que não seja de sua confiança e não utilize aplicativos desconhecidos. Você não deve
realizar operações em equipamentos públicos;
- sempre acompanhe as movimentações de sua conta por meio de extratos periódicos. Se houver qualquer crédito ou
débito irregular, você deve contatar sua Corretora imediatamente.
Vale lembrar também que, na conexão via Internet, estão envolvidas diversas situações sujeitas a problemas, que poderão
comprometer sua conexão com a Corretora Home Broker. Entre estes, podemos citar:
- interrupção ou má qualidade de linhas telefônicas, se sua conexão for por meio de acesso discado;
Riscos relacionados ao ciclo de liquidação das operações com ações realizadas no mercado a vista da BOVESPA
A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC é a clearing responsável pela compensação e liquidação de
operações realizadas no mercado a vista da BOVESPA.
No caso de uma operação de venda no mercado a vista, as ações objeto de negociação devem estar disponíveis na conta
de custódia do vendedor, para entrega ao comprador, até o horário limite estabelecido na Tabela de Prazos e Horários do
Ciclo de Liquidação da CBLC, ou seja, até as 9h59 do terceiro dia útil após a realização da operação (D+3).
A não entrega total ou parcial das ações objeto da negociação em D+3 ou a ausência de apresentação de documentos
necessários à liquidação caracterizam a falta da entrega de ativos e resultam em multa ao vendedor das ações.
Caso os ativos não sejam entregues até as 10h de D+4 da operação, a CBLC aciona, no mesmo dia, o mecanismo de
tratamento de falta de entrega - o Processo de Recompra de Ativos - além de cobrar nova multa sobre o valor dos ativos
não regularizados.
A ordem de recompra emitida em D+4 é o instrumento que autoriza a contraparte a executar, a preço de mercado, uma
nova operação de compra dos ativos adquiridos em D+0 e não recebidos no prazo regulamentar por falta na entrega. Essa
ordem de recompra deve ser executada até D+6 e ter confirmada sua execução, perante a CBLC, até D+7. O vendedor em
falta com a entrega dos ativos arcará com a diferença de preço da recompra, quando ela ocorrer.
Caso a recompra não seja executada até o prazo estipulado por qualquer que seja o motivo, a CBLC, em D+8, reverterá a
operação, retornando os valores financeiros ao comprador da operação.
Assim, o cliente deve estar ciente de que uma eventual venda realizada sem ter as ações em sua conta, ou sob a
expectativa de seu recebimento por conta de uma compra do mesmo ativo realizada em data anterior, poderá resultar em
sua inadimplência, com o conseqüente ônus, conforme demonstrado, caso essa compra sofra problemas em sua
liquidação.
A Bolsa de Valores de São Paulo exerce, em defesa do interesse dos investidores, um rigoroso acompanhamento de todas
as transações, o que assegura elevados padrões éticos no cumprimento dos negócios realizados.
Garantias
Com a finalidade de oferecer o máximo de segurança nas operações realizadas em seu sistema de negociação, a
BOVESPA as acompanha minuciosamente. Além disso, exige limites e garantias para a execução dessas operações. A
CBLC administra o risco que essas operações podem associar aos mercados, estabelecendo limites operacionais para os
Agentes de Compensação; estes, por sua vez, às Corretoras; e as mesmas a seus clientes.
Os limites operacionais são estabelecidos de acordo com as respectivas capacidades de liquidação das operações. Esses
limites podem ser aumentados diariamente por meio do depósito adicional de garantias.
A CBLC exige ainda depósito de margens ou cobertura para posições de risco nos mercados a termo e de opções, além do
serviço de empréstimo de títulos - BTC.
Custódia
Para a guarda de títulos e exercício de direitos, o investidor pode dispor de serviço especializado, prestado por instituições
credenciadas pela CVM para esse fim.
A custódia é fungível quando os valores mobiliários depositados podem ser substituídos, na retirada, por outros iguais
(mesma espécie, qualidade e quantidade). Quando os valores são mantidos discriminadamente por depositante, a custódia
é infungível.
A CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, empresa ligada e que presta esse tipo de serviço à BOVESPA,
oferece custódia com padrão de qualidade internacional, tendo conquistado a certificação ISO 9002. A CBLC tem o serviço
de custódia fungível com movimentação "on-line" e "real time" dos ativos da conta de custódia. Além disso, adota a
codificação de títulos ISIN, mundialmente utilizada.
A escolha do intermediário que irá administrar os recursos do investidor exige muita atenção.
É importante que o investidor certifique-se de que esse intermediário atende a alguns requisitos básicos:
Embora o folclore do mercado destaque sempre casos de investidores que tiveram grandes ganhos no curto prazo na bolsa,
não deve ser esta a expectativa de quem decide investir em ações.
Por ser um investimento de renda variável, o investidor nunca deve comprometer na sua aquisição de ações recursos que
serão necessários para despesas de primeira necessidade ou gastos imediatos.
É recomendável que o investidor diversifique seus investimentos entre várias opções de poupança. E dedique ao mercado
de ações aquela parcela de recursos sobre a qual tenha uma perspectiva de retorno de médio e longo prazos, ou seja, o
dinheiro que sobra para um investimento de longo prazo, para formação de patrimônio ou para uma poupança de 5, 10 ou
15 anos.
É importante também que o investidor seja bem assessorado ao decidir suas aplicações. Acompanhar o noticiário
econômico, seguir as publicações legais das companhias, acessar informações específicas requerem esforço e
conhecimentos técnicos especializados.
As Corretoras e outros intermediários financeiros dispõem de profissionais voltados à análise de mercado, de setores e de
companhias, e com eles o investidor poderá se informar sobre o momento certo de comprar e vender determinadas ações
para obter melhores resultados.
O investidor pode ainda buscar orientação sobre formas coletivas de investimento, como clubes e fundos de investimento,
sob a administração de instituições e intermediários financeiros. Caso o investidor opte por deles participar por meio da
aquisição de quotas, a decisão de quando, como e onde aplicar no mercado acionário os recursos dos vários quotistas é de
responsabilidade dessas instituições e intermediários. Mensalmente, o investidor recebe o extrato demonstrativo de sua
posição e pode, a qualquer momento, informar-se sobre a evolução das quotas, calculada e divulgada diariamente.
Outra forma muito importante de participar, amplamente utilizada, foi a troca de parte do FGTS por ações da Petrobrás.
Esse tipo de investimento foi muito rentável para quem o realizou. Para se ter uma idéia, entre agosto/2000 e abril/2001, as
ações da Petrobrás, em média, subiram mais de 55%, enquanto a Poupança rendeu 5,06% e os Fundos de Renda Fixa
atingiram cerca de 5,5%.
Enfim, não importa a forma pela qual se invista, se individual ou coletivamente. O importante é saber que a ação é,
principalmente, uma alternativa de formação de patrimônio.
Diversifique os investimentos
Diversificação de investimentos é o termo técnico utilizado para designar a antiga recomendação de que "não se deve
colocar todos os ovos na mesma cesta".
Assim, da totalidade de seus recursos, o investidor deve separar o montante que estará comprometido com gastos de curto
prazo e com pagamentos em datas fixas (mais os imprevistos) e destiná-lo a aplicações financeiras de curto prazo ou até
mesmo mantê-lo em disponibilidade imediata.
Da parcela destinada ao investimento de médio e longo prazos, poderá destinar parte a aplicações de renda fixa e parte a
operações de renda variável (ou seja, uma aplicação cujo rendimento não se conhece com antecedência e que pode até ser
negativo).
Em princípio, quanto mais conservador, maior a parcela dedicada aos investimentos de renda fixa. Quanto mais agressivo,
maior a exposição aos mercados de renda variável. Entretanto, a moderna gestão de fundos e carteiras consegue diminuir
as diferenças de relação risco-retorno desses dois tipos de investimento por meio do uso de derivativos. Derivativos são
instrumentos financeiros sofisticados, cujo valor se baseia em outro ativo, os quais propiciam a montagem de estratégias de
proteção ("hedge") ou, ao contrário, de alavancagem.
Entre as alternativas de investimento em renda variável destaca-se o investimento em ações. Quando este é realizado com
expectativa de retorno de médio/longo prazos, o risco fica menor. Dessa forma, o risco passa a estar condicionado ao
desempenho/resultado (lucro ou prejuízo) da companhia dentro de um horizonte temporal mais amplo.
O Perfil do Investidor
A estabilidade econômica abriu a possibilidade para uma mudança de visão por parte do investidor: a preocupação maior de
defesa contra a inflação cedeu lugar ao objetivo claro de obter maiores ganhos nos investimentos.
A realidade que se apresenta atualmente é distinta e a oferta de produtos é diversificada, atendendo a todos os tipos de
investidores: do mais conservador ao mais agressivo.
A tendência do mercado brasileiro é a de tornar-se cada vez mais semelhante aos mercados desenvolvidos: com a
participação preponderante de investidores institucionais e com aplicações nas quais os melhores retornos estão associados
a riscos e prazos maiores.
Geralmente, ninguém entra em um empreendimento hoje para sair dele amanhã. A compra de uma ação é a mesma coisa
que investir num bem, num carro, numa casa, e ainda tem a vantagem de ser uma operação simples.
Portanto, pense sempre no investimento em ações como uma formação de patrimônio, uma poupança de longo prazo.
Torna-se mais evidente a cada dia a contribuição positiva do mercado de capitais e, especificamente, o destacado papel do
mercado acionário para o desenvolvimento econômico.
A idéia de que o mercado acionário, notadamente nos países em desenvolvimento, envolveria apenas negociações na
esfera financeira, desprovidas de qualquer impacto sobre o setor real da economia, mostrou-se definitivamente superada.
De acordo com estudos divulgados pelo Banco Mundial, foi encontrado um alto grau de correlação entre os indicadores dos
mercados acionários e o crescimento médio verificado no período 1976-96.
A conclusão foi de que o mercado acionário não apenas seguiu o crescimento econômico, mas proporcionou os meios para
prognosticar as taxas futuras de crescimento do capital, da produtividade e da renda per capita.
O bom funcionamento do mercado acionário, particularmente nos chamados países em desenvolvimento, traz à nação
contribuições além de novos recursos para as empresas.
Investimentos através do mercado acionário geram novos empregos e a expansão do setor privado.
Isso possibilita a reorientação dos recursos do setor público para as camadas e setores menos favorecidos.
Outro aspecto no qual é relevante a participação do mercado acionário hoje é a reforma previdenciária. Nos mais
diversos países, a previdência pública entrou em crise e a solução tem sido substituí-la ou complementá-la com a
previdência privada.
Esse ganho em termos de bem-estar social reflete melhorias nos modelos de arrecadação e remuneração, na eficiência
de gestão e na qualidade dos ativos que compõem os fundos de previdência, onde particularmente se destaca o
crescimento das aplicações em ações.
O mercado de ações é movido a informação. Todos os agentes demandam informações sobre as companhias, os
agregados setoriais e macroeconômicos, os negócios realizados e em andamento e os respectivos investidores.
A informação sobre o passado e o presente é, de início, utilizada para a avaliação de desempenho de uma ação ou do
mercado como um todo. Mas a utilização mais nobre da informação é servir como base para projetar o comportamento
futuro.
As mesmas informações podem gerar interpretações diferenciadas. Isso acontece normalmente, resultando em
comportamentos diferenciados, como por exemplo, alguns considerarem que é momento de vender determinada ação,
enquanto outros tantos decidem que é hora de comprar. Nesse caso, muitos negócios seriam fechados, sem que fosse
exercida qualquer pressão sobre o movimento dos preços.
Para evitar análises equivocadas, o investidor conta com um profissional especializado, o analista de mercado. Atuando
de forma independente ou como funcionário de uma instituição intermediária, o analista deve sempre ser consultado
antes de se tomar decisões quanto à composição de carteiras de investimento e ao momento mais adequado à compra e
venda de ações.
Esses profissionais estão constantemente atentos às informações obrigatórias e voluntárias divulgadas pelas empresas e
aos diversos indicadores de conjuntura setorial, macroeconômica e de mercado. Com esse conjunto de informações,
podem projetar desempenhos e retornos e calcular o preço justo das ações, derivando daí suas recomendações.
Obrigatórias ou espontâneas, as informações são alvo de cuidadosa regulamentação por parte do órgão regulador do
mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e das bolsas de valores, objetivando evitar a chamada "informação
privilegiada". Esta significa a informação fornecida de forma restrita a certos agentes, pelas empresas ou por
intermediários, em menor tempo ou melhor qualidade ou quantidade do que a distribuída ao público em geral,
possibilitando ganhos resultantes do diferencial de informações, aos favorecidos por tal prática.
A regra básica vigente é que toda a comunidade dos investidores receba as mesmas informações ao mesmo tempo,
cabendo punições para os infratores.
Para que a companhia possa manter sua condição de companhia aberta e negociada em bolsa, é necessário que sejam
cumpridas as exigências legais e institucionais decorrentes da abertura, entre as quais a divulgação de um conjunto
básico de informações periódicas e eventuais, destacando-se as seguintes:
Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras Anuais e respectivo Parecer de Auditoria Independente;
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas;
ITR - Informações Trimestrais;
IAN - Informações Anuais;
AGO/E (s): edital e atas;
Divulgação de Fato Relevante.
Todos os itens de informação acima são enviados à CVM e às Bolsas em que a companhia tiver se registrado e ficam
disponíveis para consulta ao público. As demonstrações financeiras, os editais de assembléia e os Fatos Relevantes são
também publicados em jornais de grande circulação.
O ITR é o documento legal no qual são divulgados os dados contábeis trimestrais, acompanhados de explicações
sintéticas, prestando-se ao acompanhamento conjuntural da empresa.
O IAN é um documento mais detalhado, apresentando uma série de informações societárias, contábeis, mercadológicas
e financeiras, além do histórico da companhia.
De acordo com a orientação da CVM, são atos ou Fatos Relevantes certos acontecimentos empresariais e societários que
têm probabilidade de afetar os preços dos valores mobiliários emitidos pela companhia e a decisão dos investidores em
negociar aqueles valores ou exercer direitos a eles inerentes.
Como exemplo de Fatos Relevantes, tem-se acidentes que interrompam drasticamente o fluxo normal de receitas e
resultados, mudança de controle acionário, fusões e cisões e alterações significativas na composição do ativo da empresa.
Além da divulgação das informações legais, dentro dos prazos e veículos específicos, as companhias devem manter a
Diretoria de Relações com o Mercado e o Departamento de Acionistas para atender os investidores.
Atualmente, a informação ganhou perfil de ferramenta mercadológica. A companhia que busca reconhecimento perante o
mercado e objetiva fixar sua imagem institucional mantém política de divulgação de informações superior ao patamar legal.
Além de disponibilizar as informações legais das companhias, as Bolsas divulgam dados sobre os negócios realizados e o
funcionamento do mercado. A BOVESPA mantém um sistema próprio de informações ao mercado.
Internet
No site da BOVESPA (www.bovespa.com.br), além de ter acesso a informações sobre produtos e serviços e dados gerais
da Bolsa, você também pode verificar cotações de ações e informações das respectivas empresas. Em português e inglês.
É responsável pelo atendimento das dúvidas do público em geral sobre o mercado de ações e sobre a Bolsa de Valores de
São Paulo (seus produtos e serviços). Também é responsável pela venda e distribuição das publicações produzidas na
BOVESPA e dos balanços das companhias listadas.
O CIB atende no seguinte endereço: Rua XV de Novembro, 275, subsolo, São Paulo/SP, das 9h às 14h. Tels. (011)
3233-2178/2238/2261; fax (011) 3233-2331; ou SPOT 55800.
Publicações
Guias, Manuais e Folhetos: a BOVESPA é uma das maiores divulgadoras de informações sobre o mercado brasileiro de
capitais. Ela produz e distribui uma série de guias, manuais e folhetos específicos sobre o mercado, sendo que alguns deles
também estão disponíveis em inglês e espanhol. Essas publicações são destinadas aos investidores nacionais e
estrangeiros que buscam maior familiaridade com o investimento em bolsa. Abrangem o funcionamento e a regulamentação
dos mercados a vista, de opções e a termo, além de produtos e serviços.
Boletim Diário de Informações (BDI): permite acompanhar o comportamento de operações e índices da BOVESPA.
Revista Bovespa: publicação bilíngüe (português-inglês) que permite o acompanhamento dos indicadores das principais
bolsas mundiais, além de detalhadas informações sobre o mercado brasileiro.
As publicações podem ser adquiridas no CIB - Centro de Informações Bovespa (veja o item anterior) ou no site da
BOVESPA.
Uma grande quantidade de clientes, no Brasil e no exterior, recebe diariamente informações sobre o pregão e o movimento
das ações do Ibovespa. Por meio de terminais abastecidos pelos Vendors- empresas especializadas no fornecimento de
informações sobre as bolsas - é possível acompanhar, em tempo real e de qualquer lugar do mundo, o desempenho dos
papéis negociados no pregão.
A CVM distribui o Informativo CVM, de periodicidade mensal, em que constam os dados dos lançamentos primários e
secundários autorizados pela instituição, informações sobre as bolsas, mercados de derivativos, fundos de investimentos e
investidores estrangeiros. Mantém ainda centros de informação abertos ao público e parte de suas informações está
disponível na Internet (www.cvm.gov.br).
Os investidores podem obter informações sobre as bolsas e outros segmentos do mercado de capitais nos cadernos
econômicos da imprensa, em programas especializados da mídia (rádio e TV) e em agências de notícias que transmitem
instantaneamente, por terminais de vídeo, informações importantes de todo o mundo.
Informações sobre Intermediários
Os intermediários financeiros - Corretoras, bancos múltiplos, de investimento, distribuidoras e outros - que atuam no
mercado precisam obter autorização para operar, perante a CVM e/ou o Banco Central. Essas duas instituições podem,
portanto, prestar informações legais acerca do intermediário.
A imprensa especializada publica informações sobre o desempenho desses intermediários, o que pode ser útil na escolha
do intermediário adequado para o tipo e volume de negócios desejados.
Finalmente, como esses intermediários divulgam seus produtos e sua performance dentro dos vários segmentos de
atuação nos mercados primário e secundário, o próprio marketing institucional pode ser outra fonte para obtenção de
informações. Embora muitas vezes essa informação seja útil e confiável, deve ser comparada com aquelas divulgadas
pelos concorrentes. Fazendo isso, evita-se uma análise parcial que poderia implicar escolha inadequada de um
intermediário frente às necessidades do investidor.
Para permitir que cada vez mais pessoas possam participar do mercado acionário e, ao mesmo tempo, tornar ainda mais
ágil e simples a atividade de compra e venda de ações, foi criado um moderno canal de relacionamento entre os
investidores e as Sociedades Corretoras da BOVESPA: o Home Broker.
Com essa finalidade, a BOVESPA tem proporcionado às suas Sociedades Corretoras todo o suporte técnico e
operacional para que elas desenvolvam soluções para a implantação de seus próprios Home Brokers na Internet que, por
sua vez, são interligados aos sistemas de negociação da BOVESPA.
De forma semelhante aos serviços de Home Banking, oferecidos pela rede bancária, os Home Brokers das Corretoras
estão interligados ao sistema de negociação da BOVESPA e permitem que o investidor envie, automaticamente, através
da Internet, ordens de compra e venda de ações.
Isso significa que, da mesma forma que já acontece em outros mercados do mundo, você também pode contar com todas
as facilidades dessa nova tecnologia que coloca o Mercado Acionário junto a você, não importando onde você esteja.
Além da praticidade e rapidez nas negociações, o Home Broker oferece outras vantagens. Confira algumas delas:
agilidade no cadastramento e no trâmite de documentos;
consulta, pelo investidor, a posições financeiras e de custódia;
acompanhamento de sua carteira de ações;
acesso às cotações (algumas corretoras poderão oferecer também notícias e análises sobre o mercado);
envio de ordens imediatas, ou programadas, de compra e venda de ações, no Mercado a Vista (Lote-padrão e fracionário)
e no Mercado de Opções (compra e venda de opções);
recebimento da confirmação de ordens executadas e resumo financeiro (nota de corretagem), etc.
Para investir em ações via Internet, é necessário que o investidor seja cliente de uma Corretora da BOVESPA que
disponha dessa facilidade. Para sua segurança, antes de iniciar seus negócios, certifique-se de que se trata de uma
Corretora da BOVESPA.
Aviso: Os dados e links contidos nesta página têm como único objetivo proporcionar uma visão geral do novo conceito de
atendimento e realização de negócios do mercado de ações - Home Broker. A BOVESPA não se responsabiliza pelas
informações contidas nos sites das Corretoras e não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se
responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.