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SERGIPE - FANESE
CURSO DE DIREITO
Acadêmico
Hélio Pereira
Aracaju – SE
2010
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SUCESSÃO NA ÚNIÃO ESTÁVEL E DOS CÔNJUGES
Trabalho apresentado à
disciplina Direito Civil
Sucessões da FANESE, sob a
orientação da Prof. José Carlos
Aracaju – SE
2010
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SUCESSÃO NA ÚNIÃO ESTÁVEL E DOS CÔNJUGES
1 – Introdução
O presente trabalho visa explanar o estudo do tema da sucessão da união estável e dos
cônjuges visando marcar suas simetrias, e diversidade compondo uma concepção sobre
a legislação em vigor e o instituto da sucessão dentro do novo código civil de 2002.
Ao iniciar o estudo ficou evidente que se faz necessário a conciliação do
desenvolvimento histórico do instituto bem como sua concepção institucional diante da
nova composição da família na sociedade moderna.
1. UNIÃO ESTÁVEL
• artigo 1.719, inciso III: proibia que o concubino fosse inserido no testamento.
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Existiram, no entanto, algumas leis esparsas que regularizavam e faziam previsão de
direitos entre os concubinos, como:
Com a criação da Lei da União Estável, não se aplicou mais a Súmula n. 380.
Existem, entretanto, relações de concubinato que não configuram união estável (p. ex.:
união adulterina fora do casamento) nas quais continuou aplicando a Súmula, tendo em
vista não serem protegidas pela Lei da União Estável.
1.2. Conceito
Alguns autores entendem que, como a Lei n. 9.278/96 não fala em separados
judicialmente, não poderiam esses manter uma união estável. É admitida, entretanto, a
união estável, tendo em vista que a lei anterior dava essa permissão.
A jurisprudência majoritária admitia a união estável para quem já estava
separado de fato por mais de dois anos, fundamentando-se no fato de que aquele que
estava separado de fato por mais de dois anos podia requerer a separação judicial.
Caso houvesse união quando um dos conviventes for casado, o outro teria direito
à meação dos bens adquiridos, fundamentando-se na Súmula n. 380, no entanto, não
seria considerada união estável.
O artigo 1723 do Código Civil é claro: "É reconhecida como entidade familiar a
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união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família".
Quanto à meação, a lei fazia menção somente à pós mortem, o que não era certo,
visto que, havendo separação em vida, deveria ser utilizada a Súmula n. 380, que
estabelecia a divisão patrimonial proporcional à participação de cada agente na
constituição de bens. Nesse caso, o ônus da prova era do autor da ação, aplicando-se o
artigo 333 do Código de Processo Civil.
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• não havia condomínio se houvesse contrato escrito dispondo em contrário:
havendo contrato escrito prevendo que não haveria condomínio, para haver a
meação deveria haver prova do esforço comum para a aquisição dos bens.
A união estável, gerando todos esses direitos, é exercitada por meio de ação
própria. Como regra, deve ser uma ação ordinária de reconhecimento da união estável e
de sua dissolução para fins de meação, alimentos etc. Essa ação é de competência da
Vara de Família. O Ministério Público também funciona nessa ação como custus legis,
tendo em vista estar se reconhecendo uma entidade familiar.
O artigo 1790 do código civil de 2002 e o artigo 1829, I são segundo a maioria
dos estudiosos um dos piores artigos já redigidos neste código, portanto tem sua
compreensão interpretativa de forma muito discutível, pois vários doutrinadores
enveredam por diferentes conceituações. Superando estas varias conceituações se
pacificou na jurisprudência dominante a conceituação e compreensão de união estável
como entidade familiar, companheirismo e do outrora chamado concubinato.
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familiar, em parelha ao casamento. Talvez explique (embora não justifique) esse
tratamento diferenciado o fato de a União Estável não constar do projeto original, só
vindo a merecer acolhida no novo Código a partir das reformas aprovadas no Senado
Federal, quando se deu sua alocação na parte final do texto anteriormente elaborado.
2. CASAMENTO: CONCEITUAÇÃO
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* 2. Longe vai o conceito romanístico de casamento como sendo conjunctio maris et
feminae, consortium omnis vitae, divinae et humanae juris comunicatio. A união de
marido e mulher pelo casamento, na hodierna acepção de nosso direito, perdeu as
características de indissolúvel e sacramental, uma vez que legalizado o divórcio e
adotada a forma civil de união, ainda que se admita o registro do casamento religioso
para efeitos civis.
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BIBLIOGRAFIA