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REDE DE FORMAÇÃO MUNICIPAL

Uma proposta de formação continuada através da EAD

Eliete Hugueney de Figueiredo


Universidade Federal de Mato Grosso
elicpdufmt@terra.com.br

Ana Claudia Lemes de Morais


Secretaria Municipal de Educação de Nova Olímpia
aclmoraes@hotmail.com

Solange dos Santos Melo


Secretaria Municipal de Educação de Nova Olímpia
sol_mel13@hotmail.com

RESUMO

O trabalho intitulado “Rede de Formação Municipal: uma proposta de formação


continuada através da EAD” relata uma ação do projeto em andamento, cujas autoras
Ana Claudia Lemes de Morais, Eliete Hugueney de Figueiredo, e duas colaboradoras
coadjuvantes desenvolvem, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação do
município de Nova Olímpia MT. A elaboração da proposta vem contemplar os trabalhos
desenvolvidos em uma pesquisa experimental que considera as mudanças ocorridas na
educação, principalmente nesta última década, procurando atender, em parte, as
necessidades dos profissionais da educação. Com o crescimento da oferta e a demanda
de utilização das tecnologias voltadas para a formação, muitas são as preocupações
advindas desse avanço. De um lado temos “os profissionais” que necessitam se adequar
às novas formas de aprender e ensinar, e, do outro lado, “as Secretarias de Educação”,
que em meio à tanta oferta procuram se adequar às exigências e compromissos
firmados. Os planos e os sistemas elaborados pelo governo federal possuem metas e
compromissos com prazos definidos. O problema desta nova sociedade está em como
administrar as ofertas de formação e outras ações, mantendo a qualidade dos conteúdos
e atendendo satisfatoriamente aos profissionais da educação. Uma das hipóteses
levantadas na pesquisa seria levar os conteúdos viabilizados pelos kits do MEC através
da sala de professor; outra possibilidade seria preparar formadores do município para
atuar em Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, que trabalhariam como
colaboradores, proporcionando o desenvolvimento intelectual destes profissionais, e, ao
mesmo tempo, atendendo a demanda. Uma terceira hipótese seria trabalhar estes
materiais de acordo com as possibilidades da Secretaria, sem observar prazos e metas.
Como possível solução dos problemas evidenciados acima, esta pesquisa propõe um
ambiente direcionado à formação, com modalidades de ensino subdivididas em
categorias, oferecendo instrumentos tecnológicos aos profissionais, como meios para
desenvolver uma capacitação, a partir de uma dinâmica de aprendizagem interativa.
Nesse contexto, apresentamos as vantagens de interação no software denominado
Moodle, tendo em vista a facilidade no manuseio e automação do tempo, além da
possibilidade de organização quanto às formações e seus direcionamentos. A pesquisa
experimental, de método indutivo, com ênfase no aspecto quantitativo para a
investigação e qualitativo sobre as metodologias, teve início em junho deste ano,
prevendo o alcance de algumas das hipóteses levantadas, tendo como foco propiciar o
desenvolvimento de competências cognitvas aos profissionais da Educação, objetivando
novas possibilidades de construção do trabalho.

Palavras-chave: Ambiente Virtual. EAD. Formação.

INTRODUÇÃO

Diante das mudanças ocorridas nestas três últimas décadas, questiona-se muito a
atuação do professor nesta sociedade. Um dos maiores problemas levantados pelos
sistemas de ensino aponta a falta de preparação do professor para atuar de acordo com
metodologias atuais que acompanhem a dinâmica dos alunos destes novos tempos.
Pesquisas sinalizam que a falta está na formação inicial e continuada destes
profissionais. A maior preocupação está em encontrar capacitações que realmente
atendam a demanda desta nova sociedade. Nessa direção, o sistema federal começa a
investir na formação de professores.
A partir do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, instituído em
2007, surge o Plano de Ações Articuladas (PAR), um documento de sistematização para
o alcance de vinte e oito diretrizes educacionais, sistematizado em quatro dimensões e
trazendo instrumentos eficazes de avaliação e implementação, visando a melhoria da
qualidade da educação, sobretudo da educação básica que vem sofrendo mudanças
desde a Educação Infantil até o final do Ensino Médio. Muitas são as parcerias firmadas
com esse plano de metas, envolvendo ações federais, estaduais e municipais.
Com a adesão do Plano de Metas, o Ministério da Educação e Cultura (MEC)
passou a disponibilizar materiais para download e impressão, consolidando algumas
ações previstas na dimensão formação de profissionais da educação, prevendo a sua
atualização sobre novas diretrizes e metodologias, com resultados levantados através do
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
As Secretarias, perdidas em meio a tantas ações, realizaram muitas adesões no
PAR sem projetar o futuro e sem realizar um levantamento sobre o impacto destas ações
no município. Dentro da dimensão formação continuada, muitas das adesões foram
desnecessárias, sendo que algumas delas foram canceladas.
Outras, que fizeram parte do material já recebido, foram desenvolvidas no
município, de acordo com as metas e os prazos a cumprir.
Partindo de pesquisas, análises e solicitações de formação, finalmente o sistema
federal de ensino entende que a formação continuada e inicial do professor é uma ação
necessária para melhorar a qualidade da Educação. Para atender tal demanda, uma das
iniciativas apresentadas foi o Sistema Informatizado Plataforma Freire, que contém
opções diversas, meio confusas, porém desenvolve excelentes parcerias com as
universidades federais.
As Secretarias que conseguiram se apropriar do sistema PAR tem conhecimento
que o não cumprimento de metas e ações poderá prejudicar recursos viabilizados pelos
programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Estas ações e
metas passam por monitoramentos constantes e quando elas não possuem o percentual
correspondente ao semestre podem prejudicar o município, quanto aos programas, ações
e recursos destinados a ele.
Enfim, todas as solicitações relacionadas à formação continuada estão sendo
atendida nestes últimos anos, ampliando-se, dessa forma, os investimentos e a oferta na
formação dos profissionais relacionados à Educação.

O problema atual está na administração de tantas formações. O estado, como


órgão independente, possui um número maior de formadores e pessoas preparadas para
suprir em parte estas ações, mas as secretarias municipais sofrem com tanta oferta.
Primeiro, porque elas não possuem um contingente necessário de pessoas, com relação à
mão de obra; e segundo, porque nem todas possuem estrutura necessária para o
atendimento dessas capacitações.
Devido ao número expressivo de ofertas de formações, professores que não
possuem o hábito de ler e prosseguir em projetos de estudos que acabam por dispensar
ou não realizar, dentro do processo, esforço suficiente que garanta o sucesso esperado.

Nesse contexto, surgem alguns questionamentos, como por exemplo: Como


atender estas metas e prazos com qualidade? Qual o meio mais provável de mediar estas
formações sem deixar o professor estafado ou ainda sem obrigá-lo a fazer cursos
indesejados? Como proporcionar uma maior interação entre profissionais da mesma fase
em todas as escolas? Como atender aos problemas sem que se perca a qualidade desses
materiais?

Assim, analisando todas as situações apresentadas, surge a proposta de trabalhar


estas formações em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), através da ferramenta
Moodle, sendo entendida como uma excelente alternativa para a aquisição de
conhecimento. “As características deste ambiente proporcionam ao professor uma maior
interação, troca de experiências, automação de tempo, customização de espaços e
recursos, além de diminuir os espaços geográficos, ou seja, uma educação sem
distâncias!” (PRETI, 2009).

A PROPOSTA: REDE DE FORMAÇÃO MUNICIPAL (REDEFOR)

Entendendo a Web 2.0 como a segunda geração de rede Internet, muitas são as
ferramentas disponibilizadas por ela, assim como as informações vinculadas e
divulgadas com um dinamismo jamais previsto nesta nova sociedade, denominada por
Druker (1989 apud Valente, 2007) como a “Sociedade do Conhecimento” e, segundo
Costells (1996 apud Valente, 2007) a “Sociedade da Informação”. Essa nova geração
permite maiores interações entre os cibernautas, facilitadas pelas publicações que
podem ser vinculadas facilmente pelos sites, blogs, revistas eletrônicas e redes sociais.
A Educação a Distância (EAD) se fortalece a cada dia, dentro dos espaços escolares.
Então, questionamos a atitude em não se utilizar todo esse aparato a favor da educação,
considerando os grandes investimentos em estruturas de laboratórios, Internet e
capacitação.

Atualmente, a utilização das tecnologias afeta e modifica significativamente os


hábitos de muitos profissionais, fazendo com que eles assumam um papel ativo,
priorizando uma nova postura no ambiente escolar. Os ambientes virtuais de
Aprendizagem (AVAs) são apontados em pesquisas como o futuro da educação. Moran
(2005), um dos maiores estudiosos sobre a Educação a Distância, aponta que existe a
possibilidade de uma EAD com qualidade, desde que haja projetos orientadores nas
formas de apresentação, nos conteúdos e informações vinculadas.

A proposta pretende considerar os espaços escolares, focalizar os problemas de


aprendizado, organizando estas informações, preparando profissionais para manipulá-
las com qualidade. Dentro da metodologia adotada, a pesquisa em andamento realizará
as capacitações tendo como meio o Ambiente Virtual de Aprendizagem,
especificamente o Moodle. Investigará a quantidade e a qualidade destas formações,
através dos instrumentos de análise externos e do próprio ambiente. A metodologia
abrangerá todos os aspectos que permeiam uma formação EAD de qualidade. Assim, a
proposta levantará estudos sobre o Moodle, EAD, tutoria e criação de cursos. Todos
eles terão a orientação de um plano de curso que passará pela validação do
administrador da plataforma. Os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), uma vez
aprovados, terão os seus temas subdivididos em categorias, ou seja, ao final desta
capacitação cada participante criará um curso de formação continuada. A pesquisa em
andamento levantará o perfil adequado a este voluntariado e a Secretaria certificará
todos os participantes. O projeto pode ser acessado por visitantes na página disponível
em: http://www.redeformacao.moodlelivre.com/.

RESULTADO ESPERADO

Atendendo às expectativas e metodologias da proposta inicial, a pesquisa em


andamento pretende realizar a investigação no prazo de um ano, tendo como início de
análise o mês de junho de 2010, momento da delimitação das ações, partindo de um
anteprojeto. O segundo momento foi o de configuração do ambiente, tendo sua
aprovação pelo Conselho Municipal de Educação e início do desenvolvimento a partir
do dia 11 de agosto, capacitando formadores voluntários.
Até o momento, temos 22 inscritos e voluntários para trabalhar no ambiente com
os kits e materiais enviados pelo MEC, sendo que após a formação de tutores, o
próximo passo será o de capacitação de professores do município.
Espera-se, no desenvolvimento da proposta, coletar dados e subsídios possíveis
para justificar uma forma de gestão na formação continuada de professores, que poderá
ser melhorada, se houver um ambiente AVA para formação a distância.
Pretende-se, através da pesquisa, contribuir no cumprimento de metas e prazos,
além de levar, ao professor da rede municipal, a formação a que tem direito, visando
uma significativa melhoria na sua prática de ensino, a partir dos cursos vivenciados,
entendendo os processos e políticas atuais, que parecem refletir resultados positivos nos
índices educacionais.
Finalizando, o trabalho busca investigar, levantar, fundamentar e propor ações
que administrem as práticas ministradas em TIC, priorizando sempre a formação do
professor e do tutor, valorizando profissionais e o seu desenvolvimento intelectual.

De acordo com Alonso, (2008):

Tratar da EaD e das TICs implica políticas públicas e institucionais,


financiamento e projetos “instituidores” de alternativas pedagógicas
identificados com os princípios da democratização da escola em seus
vários níveis, entendidos como de acesso e permanência com
qualidade ao sistema público de ensino.

A autora acima enfatiza a necessidade de haver políticas públicas para a


mediação, interação e alternativas pedagógicas em AVA, superando, de certa forma, as
diversas barreiras implícitas no espaço escolar.
Nessa direção, a pesquisa tem a intenção de realizar um levantamento das ações
e prazos, visando o alcance de metas, dentro de uma abordagem quali-quantitativa do
universo investigado, dentro da proposta apresentada.
Ao concluir, o trabalho tem a intenção de assegurar a continuidade da Rede
Formação dentro do município, uma vez que os resultados contribuam em número e
qualidade para o ensino de qualidade.

REFERÊNCIAS

ALONSO, Kátia Morosov. Formação e Valorização Profissional – tema: Educação à


Distância e Formação de Professores. In: CONFERÊNCIA NACIONAL DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CONEB, 1, 2008, MEC, Brasília, DF.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB, Lei nº 9394, de 20 de


dezembro de 1996.
GONZALES, M. Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. São Paulo:
Avercamp, 2005.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Parâmetros Curriculares Nacionais:


introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1997.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Plano de Ações Articuladas do


município de Nova Olímpia. PAR, 2007.

MORAN, J. A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 13. ed. Campinas, SP:


Papirus, 2005.

PRETI, O. Educação a distância: fundamentos e políticas/Oresti Preti. – Cuiabá:


Edufmt, 2009.

VALENTE, J. A. Aprendizagem na Era das Tecnologias Digitais. São Paulo:


Avercamp, 2007.

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