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ADRIANA ELIAS PIRES

MANIPULAÇÕES FARMACÊUTICAS HOMEOPÁTICAS


SEGUNDO AS FARMACOPÉIAS

TECNIFAR - INSTITUTO TECNOLÓGICO FARMACÊUTICO DO PARANÁ

HOMEOPATIA E TECNOLOGIA FARMACÊUTICA E COSMECÊUTICA

Curitiba – PR, 2001


MANIPULAÇÕES FARMACÊUTICAS HOMEOPÁTICAS
SEGUNDO AS FARMACOPÉIAS

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ADRIANA ELIAS PIRES

MANIPULAÇÕES FARMACÊUTICAS HOMEOPÁTICAS


SEGUNDO AS FARMACOPÉIAS

Trabalho apresentado como exigência


parcial para obtenção do título de pós-
graduada em Homeopatia e Tecnologia
Farmacêutica e Cosmecêutica apresentado
à TECNIFAR sob orientação do Professor
Hamilton Celso Bach.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA FARMACÊUTICA DO PARANÁ - TECNIFAR


Homeopatia e Tecnologia Farmacêutica e Cosmecêutica

Curitiba – PR, 2001

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1. TINTURA-MÃE

1.1. FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA

1.1.1. Tintura-Mãe

SÍMBOLOS: TM
FÁRMACO (Matéria-prima) - Vegetal, todo ou parte, fresco.
VEÍCULO ( insumo inerte) - Salvo indicação especial na monografia, etanol
dos seguintes títulos, de acordo com a tabela sinótica:
a 90%, para os grupos I e II, resíduo seco até 25%
a 80%, para os grupos III e IV, resíduo seco de 30% a 35%
a 70%, para os grupos V, VI e VII, resíduo seco de 40%, 45% a 50%
PROCESSOS:
1º - Maceração
2º - Percolação

DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SECO:


Tome uma amostra (cerca de 100g) de vegetal fresco divida-o em fragmentos
suficientemente reduzidos e deixe-o em estufa à temperatura inferior a 50ºC, até peso
constante. Calcule a percentagem do resíduo seco na amostra e arredonde o número obtido
igualando-o ao mais próximo na tabela sinótica. Se o resíduo obtido for inferior a 20%,
considere-o igual a 20%. Calcule o peso total do resíduo seco no vegetal fresco.
Multiplique este número por 10 para obter a quantidade ( peso ou volume) da tintura-mãe.

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PREPARAÇÃO:
PROCESSO DE MACERAÇÃO - sem esperar o resultado da determinação do
resíduo seco, submeta logo o vegetal fresco à divisão por meio de moagem, contusão ou
turbólise (passagem em liqüidificador), com parte de etanol, que será computada no
veículo. Acrescente-lhe quantidade de etanol igual à metade de seu peso, misture-o, feche
bem o recipiente e deixe o material em repouso, em início de maceração.

Procure na tabela nº 3 (coluna 5, linha3) a quantidade de etanol a ser usada,


subtraia desta a quantidade usada inicialmente, acrescente o restante do etanol ao
macerado, misture bem e deixe em maceração, em lugar fresco, por 15 dias ou mais,
agitando o recipiente diariamente. Decante e guarde este primeiro líquido. Prense o
macerado e junte o líquido obtido ao primeiro. Se o total não atingir a quantidade igual a
10 partes do resíduo seco (tabela nº3, coluna 5, linha 1), acrescente ao resíduo da
prensagem a quantidade necessária de etanol, misture bem, prense novamente e com o
líquido obtido complete a quantidade da tintura-mãe. Filtre.

PROCESSO DE PERCOLAÇÃO - macere o vegetal fresco devidamente


dividido, em quantidade de etanol igual à metade de seu peso, por 8 dias ou mais. Transfira
o macerado para um percolador, deixe escoar a parte líquida e percole, como na Regra 2,
com quantidade de etanol necessária para obter quantidade de tintura-mãe, igual a 10
partes do resíduo seco. Filtre.

CONSERVAÇÃO - recipiente bem fechado, ao abrigo do calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE - Muito longo. Eventual turvação, devido à


sedimentação de partículas suspensas, deverá ser eliminada por meio de filtração.

1.1.2. Tintura-Mãe

SÍMBOLOS: TM
FÁRMACO (Matéria-prima) - Vegetal, todo ou parte, dessecado

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VEÍCULO (insumo inerte) - Salvo indicação especial na monografia, etanol a
60% (tabela sinótica nº3 Grupos VIII e IX)
PROCESSOS:
1º - Percolação
2º - Maceração

PREPARAÇÃO:
PROCESSO DE PERCOLAÇÃO - reduza o vegetal dessecado a pó
moderadamente grosso ou semi-fino de moagem ou contusão; umedeça-o com quantidade
de etanol igual a cerca de 20% de seu peso, ou submeta-o a turbólise (passagem em
liqüidificador) por 15 a 30 minutos, para reduzi-lo a fragmentos de pequenas dimensões,
com quantidade suficiente de etanol; no caso de o fármaco ter sido apenas umedecido,
deixe-o em maceração por 12 horas ou mais. Transfira-o para um percolador, comprima-o
para evitar formação de canais por onde o líquido viesse a passar rapidamente, sem esgotar
o fármaco, e cubra-o com o restante de etanol, permanecendo a torneira aberta. Logo que a
coluna do fármaco fique impregnada e o líquido comece a escoar, regule a torneira de
modo que escoem 8 gotas por minuto para cada 100g do fármaco.

PROCESSO DE MACERAÇÃO - deixe o vegetal dessecado e devidamente


dividido, por 15 dias ou mais, em contato com 10 partes do etanol, agitando o recipiente
diariamente. Decante e guarde este primeiro líquido. Prense o macerado em junte o líquido
obtido ao primeiro. Se não atingir 10 partes do fármaco, acrescente ao resíduo da
prensagem a quantidade necessária do etanol, prense novamente e com o líquido obtido
complete a quantidade de tintura-mãe. Filtre.

CONSERVAÇÃO - recipiente bem fechado, ao abrigo do calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE - Muito longo. Eventual turvação devido à


sedimentação de partículas suspensas, deverá ser eliminada por meio de filtração.

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1.2. FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA II

1.2.1. Tintura-Mãe
ABREVIATURA: Tint mãe
SÍMBOLOS: TM, Ø
DROGA: vegetal ou animal

PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE DE ORIGEM VEGETAL:


Droga: vegetal fresco ou dessecado
Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção
Insumo inerte: etanol em diferentes graduações em função do resíduo sólido da
droga utilizada na preparação.
A graduação alcoólica deverá estar especificada na monografia. De modo
geral, deverá ser obedecida a seguinte orientação:
Resíduo sólido até 25%, utilizar etanol 90% (p/p)
Resíduo sólido entre 30% e 35%, utilizar etanol a 80% (p/p)
Resíduo sólido entre 40% e 50%, utilizar etanol a 70% (p/p)

Determinação do Resíduo Sólido de Vegetal Fresco: tomar uma amostra de


peso definido de vegetal fresco, fracioná-la em fragmentos suficientemente reduzidos
deixando-a em estufa à temperatura interior a 50º C, até peso constante. Calcular a
porcentagem do resíduo sólido na amostra e arredondar o número obtido igualmente ao
mais próximo possível da orientação contida no sub-item Insumo Inerte (1.1) ou àquela
constante na monografia específica. Se o resíduo sólido for inferior a 25% deve-se
considerá-lo igual a 25%. Calcular o peso total do resíduo sólido contido no vegetal fresco.
Multiplicar esse número por dez (10) para obter a quantidade (peso ou volume) da tintura-
mãe.
Resumindo, pode ser aplicada a seguinte fórmula

V=V1 X r.sol.
100

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Onde:
V = volume da tintura-mãe a ser obtido
V1 = quantidade de vegetal fresco
r.sol. = resíduo sólido

Relação Droga/Insumo Inerte: 1:10 (p/v) (10%)

PROCESSOS:
1º - Maceração
2º - Percolação

MACERAÇÃO - quando o vegetal for fresco, determinar previamente o


resíduo sólido para obter o título alcoólico do líquido extrator. Calcular o volume total da
tintura-mãe a ser preparado. Em seguida, iniciar o processo extrator. Para vegetal
dessecado, seguira a respectiva monografia.

Processo consiste em deixar o vegetal, fresco ou dessecado, devidamente


dividido. Por 20 dias, em contato com 85% do volume total do líquido extrator, em
ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A
seguir, filtrar e guardar o filtrado.

Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação àquele


anteriormente filtrado. Acrescentar ao resíduo de prensagem quantidade suficiente de
líquido extrator, mistura bem prensar novamente, filtrar. Completar o volume final a ser
obtido. Deixar em repouso por 48horas, filtrar e armazenar adequadamente.

CONSERVAÇÃO - Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do


calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE - A ser determinado, caso a caso.

PERCOLAÇÃO
Processo: colocar a droga vegetal dessecada, finamente dividida e tamisada
(tamis 40 ou 60 - Anexo). Adicionar em recipiente adequado e bem vedado, o líquido

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extrator em quantidade correspondente a 20% do peso da droga para umedecer o pó.
Deixar em contato por 4 horas, transferir para percolador de capacidade ideal. Colocar
volume suficiente de líquido extrator para obtenção da quantidade almejada de tintura-mãe
em contato por 24 horas. Percolar, então a velocidade de VIII gotas por minuto para cada
100g da droga. Para o resíduo (torta), misturar o líquido assim obtido com o percolado e
adicionar, se for o caso, quantidade suficiente do líquido extrator (menstruo) para
completar o volume. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente.

CONSERVAÇÃO - Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do


calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE - A ser determinado, caso a caso.

1.2. FARMACOPEA HOMEOPÁTICA DO DR. WILLMAR SCHWABE

1.3.1 - Tinturas mães ou extratos obtidos das plantas verdes

1.3.1.1 - Tinturas mães ou extratos com partes iguais em peso de suco espremido e
álcool de 90%.

Valor em força medicamentosa: 1/2. (A regra fundamental para esta classe vem
consignada na 3ª edição da R.A.M.L., tomo I, 1830, pág.11 de Hahnemann).

A planta, ou uma das suas partes cortada e reduzida a pasta fina, é espremida
por um pano linho novo. Mistura-se agitando fortemente o suco exprimido com partes
iguais em peso de álcool de 90%. Deixa-se esta mistura durante algum tempo num frasco
bem rolhado num sítio apropriado; decanta-se e filtra-se.

Os extratos preparados segundo item 1.3.1.1. devem ser completamente claros,


e refiltrados os que se turvarem mais tarde.

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1.3.1.2 - Extratos preparados com partes iguais em peso de suco resultante e álcool
de 90%.

Valor em força medicamentosa: 1/2. (A regra fundamental para esta classe vem
consignada na 2ª edição da R.A.M.L., tomo V, 1326, pág.122 de Hahnemann).

A massa da planta misturada com 1/2 parte em peso de álcool de 90%, segundo
a regra dada em C.I.1., ajunta-se o resto do álcool, assim que as partes em peso de álcool
são iguais às do suco resultante contido na massa. Mistura-se tudo bem, agitando
fortemente e guarda-se durante 8 - 14 dias em maceração num sítio apropriado. Depois
prensa-se e passados alguns dias, filtra-se.

Os extratos preparados segundo o item 1.3.1.2., devem ser completamente


claros e refiltrados os que se turvarem mais tarde.

1.3.1.3 - Extratos preparados com 1 parte em peso de suco resultante e 2 partes em


peso de álcool de 90%.

Valor em força medicamentosa: 1/3. (A regra fundamental para esta classe vem
consignada na 2ª edição da R.A.M.L., tomo III, 1825, pág.265 de Hahnemann).

À massa da planta misturada com 1/2 parte em peso de álcool. Seguindo a


regra dada e, C.I.1., junta-se o álcool assim que as partes em peso de álcool são duplas das
do suco resultante contido na massa. Mistura-se tudo exatamente, e guarda-se em
maceração durante 8 - 14 dias num sítio apropriado. Depois decanta-se separando o extrato
da substância vegeta; prensa-se a última. Os líquidos reunidos filtram-se passados alguns
dias.

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Os extratos preparados segundo o item 1.3.1.3, devem ser completamente
claros e refiltrados os que se turvaram mais tarde.

1.3.2 Tinturas preparadas dos vegetais secos e animais frescos

1.3.2.1 - Tinturas preparadas com 10 partes em peso de álcool.

Valor em força medicamentosa: 1/10. A tintura-mãe é a 1ª dinamização


decimal. (A regra fundamental para esta classe vem consignada na 1ª edição da R.A.M.L.,
tomo V 1819, pág.206 de Hahnemann).

A preparação das tinturas se faz, se a natureza da droga permitir, pelo método


da percolação, porque este processo demonstrou com evidência sua superioridade da
maceração simples (durante 14 dias - 4 semanas) até hoje em uso, para quantas tinturas têm
sido examinadas neste sentido.

Deve preceder à percolação a maceração da droga durante 2 dias com a metade


em peso de álcool, por qual processo se consegue duma parte a impregnação completa da
droga com o veículo extrator indiferente, por outra se evita portanto a absorção do ar pela
massa a extrair, o que perturba a percolação. Pesa-se antecipadamente a droga
grosseiramente pulverizada, umedece-se perfeitamente num vaso com a metade do seu
peso de álcool destinado à operação, malaxa-se exatamente, e deixa-se bem rolhado num
lugar apropriado durante 2 dias, agitando de vez em quando. Passados os 2 dias, põe-se
tudo no aparelho percolador, juntando-lhe a quantidade respectiva de álcool. Arranja-se o
processo da percolação assim que da massa em cada minuto se desembaracem cerca de 20
gotas, e ajunta-se o álcool necessário afim de obter duma parte em peso da droga, 10 partes
em peso de percolado. Além disso deve ter-se bem cuidado de que a afluência de álcool
não seja interrompida, para evitar que entre ar na massa, e se formem poros pelos quais o
álcool passa rapidamente. Pela mesma razão devem ser contadas mais amiúde as gotas que
se desprendem.

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Os resíduos todavia úmidos da droga prensam-se, e o líquido obtido guarda-se
bem para aproveitá-lo na primeira ocasião que se apresentar, para a preparação da mesma
tintura juntando-lhe estando em maceração.

A força do álcool do que deve servir-se, é indicada para cada tintura


separadamente. As drogas e os vegetais, cuja natureza não permitir a percolação,
misturam-se com 10 partes em peso de álcool segundo a regra prescrita, e põem-se em
maceração durante 14 dias agitando com freqüência. Depois do passado este tempo
decanta-se a tintura do resíduo, prensa-se o último, filtram-se os líquidos reunidos estando
em repouso durante alguns dias.

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2. DINAMIZAÇÃO

2.1. FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA

DILUIÇÃO - A partir de forma farmacêutica líquida


ABREVIATURA - Diluição acompanhada de escala e dinamização
INSUMO ATIVO (matéria prima):
 Para as primeiras diluições, decimal e centesimal (D1 – 1X e C1):
Tintura-mãe (Regra 1, 2 e 3)
Solução-mãe (Regra 5)
Preparação glicerinada (Regra 6)
 Para as diluições subsequentes (a partir de D2 – 2X e C2): diluição de
dinamização imediatamente inferior à que se pretende obter.
VEÍCULO (insumo inerte) partindo-se de:
 - Tintura-mãe: etanol diluído, salvo indicação especial na monografia,
para as diluições iniciais (D1=1X, D2=2X e C1).
 - Solução-mãe: etanol do mesmo título usado na preparação desta,
salvo indicação especial na monografia, para as diluições iniciais (D1=1X,
D2=2X e C1) e etanol diluído para as diluições subsequentes.
 - Preparação glicerinada: glicerina diluída (partes iguais de glicerina e
água destilada) para as diluições iniciais (D1=1X, D2=2X e C1) e etanol diluído
para as diluições subsequentes.
 - Diluição a partir de uma determinada dinamização: etanol diluído
para as diluições subsequentes.

PROCESSO: Dinamização (diluição e sucussão sucessivas)

PREPARAÇÃO:

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2.1.1 Processo Clássico ou de Frasco Múltiplo

Disponha sobre a mesa, em série, tantos frascos, quantas dinamizações se


pretende obter. A capacidade dos frascos deve ser, pelo menos, um terço maior do
que o volume da diluição, a fim de permitir boa sucussão. Rotule os frascos ou
marque as rolhas de acordo com a escala (decimal ou centesimal) e o número de
ordem da dinamização, desde a inicial até a final.

Exemplos:
Caso se parta da forma farmacêutica básica:
D1=1X, D2=2X ... D29=29X, D30=30X;
C1, C2, C3, ... C20, C30
Caso se parta de uma determinada diluição:
D6=6X, D7=7X ... D11=11X, D12=12X;
C3,C4,C5,C6,C7,C8,C9,C10,C11,C12

2.1.1.1. - Escala Decimal

Símbolos: D ou X, acompanhados do número de ordem da dinamização

 Para obter 10 partes da primeira diluição decimal (D1 – 1X), coloque


no 1º frasco: 9 partes de veículo (agite o frasco para umedecer suas paredes) e 1 parte
do insumo ativo (forma farmacêutica básica).Proceda a 10 sucussões vigorosas. A 1ª
diluição decimal encerra 1/10 da forma farmacêutica básica.

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 Para obter 10 partes da 2ª diluição decimal (D2 – 2X), coloque no 2º
frasco: 9 partes de veículo (agite para umedecer as suas paredes) e 1 parte do
insumo ativo (1ª diluição decimal).Proceda a 10 sucussões vigorosas. A2ª diluição
decimal encera 1/10 da 1ª diluição decimal ou 1/100 da forma farmacêutica básica,
e corresponde, portanto, à 1ª diluição centesimal (C1).

Empregue a mesma técnica para as diluições decimais subsequentes.

2.1.1.2. - Escala Centesimal

Símbolo: C, acompanhado do número de ordem da dinamização.

 Para obter 100 partes da 1ª diluição centesimal (C1), coloque no 1º


frasco: 99 partes de veículo (agite o frasco a fim de umedecer as suas paredes) e 1
parte do insumo ativo (forma farmacêutica básica). Proceda a 20 sucussões
vigorosas. A 1ª diluição centesimal encerra 1/100 da forma farmacêutica básica e
corresponde, portanto, à 2ª diluição decimal.
 Para obter 100 partes da 2ª diluição centesimal (C2), coloque no 2º
frasco: 99 partes do veículo (agite o frasco a fim de umedecer as suas paredes) e 1
parte do insumo ativo (1ª diluição centesimal). Proceda a 20 sucussões vigorosas. A
2ª diluição encerra 1/100 da 1ª diluição ou 1/10.000 da forma farmacêutica básica e
correspondente, portanto, à 4ª diluição decimal.

Empregue a mesma técnica para as diluições centesimais subsequentes.

No caso de as substâncias “praticamente insolúveis” ou “insolúveis”


(Farm. Bras.), não há solução e as suas diluições são preparadas a partir da 4ª
trituração decimal (Regra 12).

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No caso de a substância ser solúvel em 1.000 partes do dissolvente, esta
solução constitui a 1ª diluição decimal (D1=1X) e ponto de partida para as diluições
subsequentes (D2=2X e C1).

No caso de a substância ser solúvel em 1.000 partes do dissolvente, esta


solução constitui a 2ª diluição decimal (D2=2X) ou a 1ª diluição centesimal (C1) e
ponto de partida para as diluições subsequentes (D3=3X e C2).

2.1.2. - Processo de Korsakov ou Korsakoviano ou de Frasco Único

SÍMBOLO: K, acompanhado do número de ordem da dinamização.

Este processo só é permitido para preparar diluições acima de 30ª


centesimal (C30), uma vez que, bem antes desta, cessam diferenças quantitativas
apreciáveis entre as diluições Korsakovianas e as Hahnemannianas (obtidas pelo
processo clássico).

Para obter a 31ª diluição Korsakovianas (K31), coloque, num frasco de


20 ml, 5 ml de insumo ativo (30ª diluição centesimal). Emborque o frasco, deixando
o líquido escorrer livremente por cerca de 5 segundos. A diluição aderente às
paredes do frasco constitui o insumo ativo (ponto de partida) para a diluição
seguinte. Coloque no frasco 5 ml de etanol diluído e proceda a 20 sucussões
vigorosas. Designe esta diluição por K31.

Empregue esta mesma técnica para as diluições Korsakovianas


subsequentes.

CONSERVAÇÃO - recipiente bem fechado, ao abrigo de calor e luz


direta e da umidade.

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PRAZO DE VALIDADE - indeterminado.

DILUIÇÃO - a partir da forma farmacêutica sólida.

ABREVIATURA - dil., acompanhada da escala e dinamização.

INSUMO ATIVO (matéria-prima):


 Para as primeiras diluições, decimal e centesimal (D1=1X e C1):
Trituração-mãe (Regra 9) de substância de grau de solubilidade de 1 a 5
(Regra 5).
 Para as diluições subsequentes: trituração (Regra 13 e 14) de
dinamização imediatamente inferior à que se pretende obter.
 Caso se parta da 1ª, 2ª e 3ª trituração decimais: (D1=1X, D2=2X e
D3=3X) ou da 1ª trituração centesimal (C1), de substância “meio pouco solúvel” ou
“praticamente insolúvel” (dissolvente, respectivamente de 1.000 a 10.000 e mais de
10.000 partes, (Farm. Bras.), a 4ª trituração decimal (D4=4X).
Esta trituração encerra 1/10.000 da trituração-mãe ou 1/100.000 da
trituração a 10% ou 1/1.000.000 do fármaco.

Segundo algumas Farmacopéias Homeopáticas, a 4ª trituração decimal


da Farm. Hom. Bras. à 6ª trituração decimal.

VEÍCULO (insumo inerte):


 Caso se parta da trituração-mãe:
Etanol a 20%, para as diluições iniciais (D1=1X e C1),
Etanol diluído, para as diluições subsequentes.
 Caso se parta da trituração de uma determinada dinamização:
Etanol a 20%, para a diluição seguinte,
Etanol diluído, para as diluições subsequentes.

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 Caso se parta da 4ª trituração decimal (D4=4X):
Etanol a 20% para a 6ª diluição decimal (D6=6X) ou a 3ª diluição
centesimal (C3),
Etanol diluído, para as diluições subsequentes.

Não se deve preparar a 5ª diluição decimal (D5=5X) a partir da 4ª


trituração decimal, preparada com substância insolúvel.

PROCESSO: Dinamização (diluição e sucussão sucessivas)

PREPARAÇÃO:
 Empregue a técnica descrita na Regra 11.
 Verifique sempre se a trituração-mãe ou a trituração se dissolveu
completamente.

CONSERVAÇÃO - recipiente bem fechado, ao abrigo do calor, da luz
direta e umidade.

PRAZO DE VALIDADE - indeterminado.

2.2. FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA II

2.2.1. Métodos de preparação das formas farmacêuticas derivadas

As formas farmacêuticas derivadas são preparadas nas escalas


centesimal, decimal e cinqüenta milesimal. Como não há correspondência entre as
mesmas, fica vedada sua interconversão.

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Ponto de partida: forma farmacêutica básica ou a própria droga.

Preparação: quando for tintura-mãe ou droga solúvel nos insumos inertes


indicados, a preparação será por diluição seguida de sucussões. Quando for droga
insolúvel, a preparação será por triturações sucessivas.

Insumo inerte para drogas solúveis: etanol em diferentes graduações. Nas


três primeiras dinamizações, para a escala centesimal e nas seis primeiras para a
escala decimal. Será empregado etanol com mesmo título etanólico da tintura-mãe.
No caso específico de drogas de origem mineral, ou químico-farmacêutica será
empregado etanol no mesmo título etanólico de seus dissolventes inicias.

Insumo inerte para drogas insolúveis: lactose nas três primeiras


triturações para a escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal, salvo
especificação contida na monografia específica.

2.2.2 - Método Hahnemanniano: Escala Centesimal e Decimal

2.2.2.1 - Drogas Solúveis

Ponto de partida: forma farmacêutica básica (tintura-mãe), dinamização


anterior ou droga solúvel em insumo inerte hidroalcoólico a 20% no mínimo, sendo
obedecidas as escalas centesimal e decimal, respectivamente.

Insumo inerte: etanol em diferentes graduações. Nas três primeiras


dinamizações, para a escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal,
será empregado etanol com mesmo título alcoólico da tintura-mãe e para caso
específico de drogas de origem mineral ou químico-farmacêutica será empregado
etanol no mesmo título etanólico de seus dissolventes iniciais.

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Nas preparações intermediárias, assim como para as de estoque, será
empregado etanol 70% (p/p). Para a dispensação, quer na escala centesimal, quer na
escala decimal, será utilizado etanol 30% (p/p).

Número de frascos: tantos quantos forem as dinamizações a serem


preparadas.
Volume: o líquido a ser dinamizado deverá ocupar 2/3 da capacidade do
frasco utilizado na preparação.
Número de sucussões: 100

Processo: diluição e sucussão. Manual ou mecânico


Processo manual: a sucussão será executada através de movimento
contínuo e ritmado, no sentido vertical, com o antebraço, de modo que produza
choque do fundo do frasco contra um anteparo semi-rígido.
Processo mecânico: a sucussão será feita em máquina que mantenha as
características do processo manual.

TÉCNICA:
 Dispor sobre a bancada tantos frascos quantos forem necessários para
atingir a dinamização desejada.
 Colocar em cada frasco volume de insumo inerte na proporção
indicada, respectivamente nas escalas centesimal e decimal.
 Acrescentar no 1º frasco 1 parte do ponto de partida e sucussionar 100
vezes. Obtém-se assim 1CH ou 1DH.
 Transferir para o 2º frasco 1 parte da 1CH ou 1DH e sucussionar 100
vezes. Obtém-se assim a 2CH ou 2DH.
 Transferir para o 3º frasco 1 parte da 2CH ou 2DH e sucussionar 100
vezes. Obtém-se assim a 3CH ou 3DH.
 Proceder de forma idêntica para as preparações subsequentes até
atingir a dinamização desejada.

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CONSERVAÇÃO: recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido
do calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE: a ser determinado, caso a caso.

2.2. FARMACOPEA HOMEOPÁTICA DO DR. WILLMAR SCHWABE

2.2.1 - Dinamizações de Tinturas mães ou extratos obtidos das plantas verdes

2.2.1.1 - De Tinturas mães ou extratos preparados com partes iguais em peso de


suco espremido e álcool de 90%.

2.2.1.1.1 - Escala centesimal

2 partes em peso do extrato e 98 de álcool de 45% dão a 1ª dinamização.


1 parte em peso da 1ª dinamização e 99 de álcool de 45% dão a 2ª
dinamização. E assim a seguir.

2.2.1.1.2 - Escala decimal.

2 partes em peso do extrato e 8 de álcool de 45% dão a 1ª dinamização.


1 parte em peso da 1ª dinamização e 9 de álcool de 45% dão a 2ª
dinamização. E assim a seguir.
Au usum externum, se não é dada uma prescrição especial, mistura-se 1
parte em peso de tintura mãe com 1,5 partes em peso de álcool de 45%.

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2.2.1.2 - De Tinturas mães ou extratos preparados com partes iguais em
peso de suco resultante e álcool de 90%.

2.2.1.2.1 - Escala centesimal

2 partes em peso do extrato e 98 de álcool de 45% dão a 1ª dinamização.


1 parte em peso da 1ª dinamização e 99 de álcool de 45% dão a 2ª
dinamização. E assim a seguir.

2.2.1.2.2 Escala decimal

2 partes em peso do extrato e 8 de álcool de 45% dão a 1ª dinamização.


1 parte em peso da 1ª dinamização e 9 de álcool de 45% dão a 2ª
dinamização. E assim a seguir.

Au usum externum, se não é dada uma prescrição especial, mistura-se 1


parte em peso de tintura mãe com 1,5 partes em peso de álcool de 45%.

2.2.1.3 De Tinturas mães ou extratos preparados com 1 parte em peso de


suco resultante e 2 partes em peso de álcool de 90%.

2.2.1.3.1 - Escala centesimal

3 partes em peso do extrato e 97 de álcool de 60% dão a 1ª dinamização.


1 parte em peso da 1ª dinamização e 99 de álcool de 45% dão a 2ª
dinamização. E assim a seguir.

22
2.2.1.3.2 - Escala decimal

3 partes em peso do extrato e de álcool de 60% dão a 1ª dinamização.


1 parte em peso da 1ª dinamização e 9 de álcool de 60% dão a 2ª
dinamização.
1 parte em peso da 2ª dinamização e 9 de álcool de 60% dão a 3ª
dinamização.
1 parte em peso da 3ª dinamização e 9 de álcool de 45% dão a 4ª
dinamização. E assim a seguir.

Au usum externum, se não é dada uma prescrição especial, mistura-se 1½


partes em peso de tintura mãe com 1 parte em peso de álcool de 60%.

2.2.2 Dinamizações de Tinturas mães obtidas das vegetais secos e animais frescos

2.2.2.1 De Tinturas mães ou extratos preparados com 10 partes em peso de álcool

2.2.1.1.1 Escala centesimal

10 partes em peso da tintura e 90 de álcool (da força empregada na


preparação da tintura) dão a 1ª dinamização.
1 parte em peso da 1ª dinamização e 99 de álcool de 45% dão a 2ª
dinamização. E assim a seguir.

23
2.2.1.1.2 - Escala decimal

A tintura representa a 1ª dinamização.


1 parte em peso da tintura e 9 de álcool (da força empregada na
preparação da tintura) dão a 2ª dinamização.
1 parte em peso da 2ª dinamização e 9 de álcool (da força empregada na
preparação da tintura) dão a 3ª dinamização.
1 parte em peso da 3ª dinamização e 9 de álcool de 45% dão a 4ª
dinamização. E assim a seguir.

Au usum externum, se não é dada uma prescrição especial, mistura-se 1


parte em peso de tintura mãe com 1 parte em peso de álcool da força empregada na
preparação da tintura mãe.

24
3 TRITURAÇÃO

3.1. FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA

3.1.1.Trituração a 10 por cento

ABREVIATURA - trit. a 10%


FÁRMACO (matéria-prima) - substância de qualquer natureza e estado
EXCIPIENTE (insumo inerte) - lactose
PROCESSO - Trituração, manual ou mecânica

PREPARAÇÃO
Para obter 10 partes da trituração a dez por cento, triture 1 parte do
fármaco com 9 partes da lactose.

É uma forma farmacêutica intermediária, raramente usada. Ela não


constitui ponto de partida para dinamizações, devendo, para este fim, ser
transformada em trituração-mãe, a 1% (Regra 9). Segundo algumas Farmacopéias
Homeopáticas, ela corresponde à 1ª trituração decimal.

No caso de substâncias químicas hidratadas, compute no peso do


excipiente o da água de cristalização.

No caso do fármaco líquido ou pastoso, terminada a trituração, verifique


o peso do produto resultante e, se necessário, complete com lactose a eventual perde
de peso por evaporação ou volatilização e triture por mais de 10 minutos para
homogeneizar a trituração.

25
3.1.1.2. Do Processo Manual, Clássico ou Hanhemaniano

Este processo deve ser aplicado, de preferência, a pequenas quantidades


e dinamizações intermediárias. Ele é obrigatório, para o início das triturações de
fármacos “praticamente insolúveis” (Farm. Bras.), quando se destinam à preparação
posterior de diluições.

Divida a lactose em três porções aproximadamente iguais. Triture em


gral de porcelana a primeira porção por alguns minutos a fim de tapar os poros da
porcelana.

Acrescente o fármaco por seis minutos Raspe as paredes e o fundo do


gral e misture o pó por 4 minutos. Triture por 6 minutos e raspe por 4 minutos.

Acrescente a segunda porção de lactose. Triture por 6 minutos e raspe


por 4 minutos. Acrescente a última porção de lactose. Triture por seis minutos e
raspe por quatro minutos.

A trituração e a raspagem devem ser feitas vigorosamente. Tempo total


de trituração: 60minutos.

3.1.1.3. Do Processo Mecânico Industrial

Grandes laboratórios homeopáticos utilizam máquinas trituradas


providas de vários pistilos grandes ou de um pistilo gigante, raspadores
permanentes e grais de porcelana com capacidade de 1000g ou mais de trituração.
Estas máquinas são fechadas em caixas de madeira envidraçadas para proteção
contra impurezas, proporcionando melhores condições de higiene. Caso se verifique
aderência de pó às paredes ou ao fundo de gral, proceda à raspagem manual com
espátula. Da ausência do fator humano, cansaço ou distração, resulta um produto

26
mais perfeito do que o obtido em processo manual, pois as partículas
medicamentosas ficam reduzidas a dimensões muito menores; além disto, é menos
sujeito a contaminações.

Ponha a triturar aproximadamente um terço da lactose, a fim de tapar os


poros da porcelana. Acrescente o fármaco misturado com os restantes dois terços da
lactose. Triture por 60 minutos.

No caso de fármaco particularmente duro “praticamente insolúvel”


(Farm. Bras.), triture-o inicialmente pelo processo manual, com pequena quantidade
de lactose. Termine a trituração com o restante da lactose, na máquina, por 1 ou 2
horas. Considere a operação terminada, quando a trituração se apresentar com
aspecto homogêneo ao microscópio, com pequeno aumento.

CONSERVAÇÃO - recipientes de boca larga, bem fechado, ao estágio


do calor, da luz direta e da umidade.

PRAZO DE VALIDADE - Observe a validade das triturações de


substâncias perecíveis, de conservação precária, que só podem ser de uso imediato.
Para conservação prolongada, a trituração deve ser transformada em trituração-mãe,
a 1% (Regra 9), partindo desta trituração até a 4ª trituração decimal e transformada
na 6ª diluição (Regra 12).

3.1.2.Trituração - Mãe

Abreviatura - trit. TM
FÁRMACO (matéria- prima) - Trituração a dez por cento (Regra 8)
EXCIPIENTE (insumo inerte) - Lactose
PROCESSO - Trituração, manual ou mecânica.

27
PREPARAÇÃO:
Para obter 100 partes da trituração-mãe, triture 10 partes da trituração a
dez por cento com 90 partes da lactose. A trituração-mãe, portanto, 1 parte do
fármaco e 99 partes da lactose.
Segundo algumas Farmacopéias Homeopáticas, ela corresponde à 2ª
trituração decimal ou à 1º trituração centesimal.
Proceda à trituração segundo as técnicas descritas na Regra 8.
A trituração-mãe constitui ponto de partida para a preparação das
primeiras triturações, decimal e centesimal, e das subsequentes, de modo análogo
como a tintura-mãe, a solução-mãe e a preparação glicerinada o são para as
diluições.

CONSERVAÇÃO - recipientes de boca larga, bem fechado, ao abrigo do


calor, da luz direta e da umidade.

PRAZO DE VALIDADE: Vide item anterior

3.1.3. Trituração de Tintura - Mãe

ABREVIATURA - TM trit.
FÁRMACO (matéria-prima): Tintura-mãe (Regras 1, 2 e 3).
Tintura (Farm. Bras.)
Extrato fluido (Farm. Bras.)
Trituração-mãe ( Regra 9)
Trituração (Regras 13 e 14)
EXCIPIENTE (insumo inerte): os admitidos na Farm. Bras. Bem como
nos compêndios oficiais e oficializados.

28
3.1.3.1 Preparação a partir de tintura-mãe, tintura, trituração-mãe e
trituração

Use 1 parte de insumo ativo para 10 partes de insumo inerte.

3.1.3.2 Preparação a partir do extrato fluido

Use 1 parte de insumo ativo para 100 partes de insumo inerte.

No caso de o insumo ativo ser líquido e o inerte ser manteiga de cacau, e


necessário confirmar o aquecimento até a evaporação completa da fase líquida ou
transformar o insumo ativo, previamente, em trituração.

Cada supositório deve pesar de 2 a 5 g.

CONSERVAÇÃO - cada supositório deve ser envolvido em papel de


alumínio ou estanho. Nos dias de calor, guarde em refrigerador.

PRAZO DE VALIDADE - Indeterminado. Controle do estoque


periodicamente, a fim de surpreender eventual deterioração, eliminando as
respectivas embalagens.

ADVERTÊNCIA - Não devem ser usados ativos de fármacos tóxicos ou


irritantes, em virtude do grande poder de absorção da mucosa retal.

EXCIPIENTE (insumo inerte) - Lactose

PROCESSO - TRITURAÇÃO

29
PREPARAÇÃO
Para obter 1 parte da trituração de tintura-mãe, misture 1 parte de tintura-
mãe com 1 parte de lactose.

Deixe em estufa, à temperatura inferior a 50º C, o tempo necessário para


evaporação completa da fase líquida. A secagem de pequenas quantidades pode ser
efetuada sobre placa de vidro ou de a de grandes quantidades, em cuba.

Evite a secagem simultânea de mais de um medicamento na mesma


estufa.

Triture até homogeneização do produto. Cada parte desta trituração


encerra 1 parte da tintura-mãe.

CONSERVAÇÃO - Recipiente de boca larga, ao abrigo do calor e da luz


direta.

PRAZO DE VALIDADE - Indeterminado.

3.1 FARMACOPEÍA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA II

PONTO DE PARTIDA - drogas insolúveis, quando sua solubilidade for


inferior a 10% no insumo inerte líquido, e qualquer droga na preparação da L.M

INSUMO INERTE - lactose para a fase sólida e etanol. Em diferentes


graduações, para a fase líquida.

PROCESSO - trituração para a fase sólida, diluição e sucussão para a


fase líquida. Manual ou mecânica .

30
TÉCNICA
1. Dividir a quantidade total da lactose a ser utilizada, em 3 partes iguais. Um
Terça parte de lactose será colocada em gral de porcelana e triturada para tapar
os poros do gral.
2. Sobre este terço de lactose, coloca-se 1 parte do insumo ativo a ser triturado,
obedecendo à escala centesimal ou decimal.
3. Homogeneizar com espátula de porcelana ou de aço de inóx.
4. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
5. Raspar, com espátula de porcelana ou de aço de inóx, o triturado aderido ao gral
e ao pistilo, durante 4 minutos, homogeneizando- o.
6. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de lactose.
7. Raspar o triturado durante 4 minutos.
8. Acrescentar a segunda terça parte da lactose.
9. Triturar, vigorosamente, durante 4 minutos.
10. Raspar o triturado durante 4 minutos.
11. Triturar, vagarosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de lactose.
12. Raspar o triturado durante 4 minutos.
13. Acrescentar o último terço de lactose.
14. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
15. Raspar o triturado durante 4 minutos.
16. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
17. Raspar o triturado durante 4 minutos.
18. Este triturado será acondicionado em frasco bem fechado e protegido da luz
solar direta, recebendo o nome da substância medicinal e a designação do
primeiro triturado:1/100 ou 1/10. Ex: Petroleum 1CH trit. ou Petroleum 1 DH
trit...
19. Para obtenção do segundo triturado, 1/10.000 ou 1/100. Usar como insumo ativo
1 parte do primeiro triturado, para 100 ou 10 partes de lactose (respectivamente
escala centesimal ou decimal) repetindo-se o procedimento anterior. (itens 3 a
17)

31
20. Este triturado será acondicionado em frasco bem fechado e protegido da luz
solar direta, recebendo o nome da substância medicinal e a designação do
segundo triturado 1/10.000 ou 1/100. Ex: Petroleum 2 CH trit. ou Petroleum
2DH trit...
21. Para obtenção do terceiro triturado, 1/1.000.000 ou 1/1.000, usar como insumo
ativo 1 parte do segundo triturado para 100 ou 10 partes de lactose
(respectivamente escala centesimal ou decimal) repetindo-se o procedimento
anterior (itens 3 a17)
22. Este triturado será acondicionado em frasco bem fechado e protegido da luz
solar direta, recebendo o nome da substância medicinal e a designação do
terceiro triturado 1/1.000.000 ou 1/1.000. Ex: Petroleum 3CH trit. ou Petroleum
3DH trit.
23. No caso de trituração na escala decimal (DH), para obtenção das triturações
subsequentes, repetir o procedimento anterior até a obtenção da 6ª trituração
(itens 3 a 17).
24. Para solubilizar a 3ª trituração CH ou a trituração DH, dissolver 1 parte da
trituração em 80 partes de água destilada. Completar com 20 partes de álcool
96% (v/v) e sucussionar 100 vezes, obtendo assim, a 4ª CH ou a 7 DH em
solução hidroalcoólica a 20% (p/p). A preparação com este grau de dinamização
não será estocada. As demais dinamizações serão preparadas em solução
hidroalcoólica a 70 % (p/p) para estocar e solução hidroalcoólica a 30% (p/p)
para dispensar.

CONSERVAÇÃO - recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido


do calor, umidade e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE - a ser determinado, caso a caso.

32
3.3 FARMACOPEA HOMEOPÁTICA DO DR. WILLMAR SCHWABE

3.3.1 Triturações das substâncias medicamentosas secas

( A regra fundamental para esta classe vem consignada na 2ª edição da


Mat. médica pura Vol. II, pág. 41 no artigo Arsenic).

As proporções de pesos e medidas para as substâncias medicamentosas


secas baseiam-se sobre os seguintes elementos:

3.3.1.1 Escala centesimal

 1 parte em peso da substância medicamentosa e 99 partes em peso de


açúcar de leite dão a 1ª trituração;
 1 parte em peso da substância medicamentosa da 1ª trituração e 99
partes em peso de açúcar dão a 2ª trituração;
 1 parte em peso da substância medicamentosa da 2ª trituração e 99
partes em peso de açúcar dão a 3ª trituração;
Proporções de pesos e medidas na preparação dos extratos-fluidos, etc.
 1 grão (0,06) em peso da 3ª trituração e 50 gotas de água misturado
com 50 gotas de álcool retificado dão a 4ª dinamização;
 1 gota da 4ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 5ª
dinamização;
 1 gota da 5ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 6ª
dinamização.

33
3.3.1.2 Escala decimal

 10 partes em peso da substância medicamentosa e 90 partes em peso


de açúcar de leite dão a 1ª trituração;
 10 partes em peso da 1ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 2ª trituração;
 10 partes em peso da 2ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 3ª trituração;
 10 partes em peso da 3ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 4ª trituração;
 10 partes em peso da 4 trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 5ª trituração;
 10 partes em peso da 5 trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 6ª trituração;
 1 grão (0,06) em peso da 6ª trit e 50 gotas de água destilada misturada
com 50 gotas de álcool retificado dão a 8ª dinamização.
 10 gotas da 8ª dinamização 90 gotas de álcool diluído dão a 9ª
dinamização;
 10 gotas da 9ª dinamização e 90 gotas de álcool retificado dão a 10ª
dinamização;
 10 gotas da 10ª dinamização e 90 gotas de álcool retificado dão a 11ª
dinamização e assim a seguir.

3.3.2 Triturações de substâncias líquidas

(A regra fundamental para esta classe em consignada na 2ª edição das


Doenças crônicas de Hahnemann, volume IV, 1838, pag. 498 no artigo Petroleum).

34
As proporções de pesos e medidas para estas substâncias baseiam-se
sobre o seguintes elementos:

3.3.2.1 Escala centesimal

 1 gota do medicamento e 99 grãos (6,14 gramas) de açúcar de leite


dão a 1ª trituração;
 1 parte em peso da 1ª trituração e 99 partes em peso de açúcar de leite
dão a 2ª trituração;
 1 parte em peso da 2ª trituração e 99 partes em peso de açúcar de leite
dão a 3ª trituração;
 1 grão (0,06 grama) da 3ª trituração e 50 gotas de água destilada
misturada com 50 gotas de álcool retificado dão a 4ª dinamização
 1 gota da 4ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 5ª
dinamização;
 1 gota da 5ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 6ª
dinamização;
 1 gota de 6ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 7ª
dinamização e assim a seguir

3.3.2.2 Escala decimal

 10 gotas do medicamento e 90 grãos (5,6 gramas) de açúcar de leite


dão a 1ª trituração;
 10 partes em peso da 1ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 2ª trituração;
 10 partes em peso da 2ª trituração. e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 3ª trituração;

35
 10 partes em peso da 3ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 4ª trituração;
 10 partes em peso da 4ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 5ª trituração;
 10 partes em peso da 5ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de
leite dão a 6ª trituração;
 1 grão (0,06) em peso da 6ª trituração e 50 gotas de água destilada
misturada com 50 gotas de álcool retificado dão a 8ª dinamização;
 10 gotas da 8ª dinamização e 90 gotas de álcool diluído dão a 9ª
dinamização;
 10 gotas da 9ª dinamização e 90 gotas de álcool retificado dão a 10ª
dinamização;
 10 gotas da 10ª dinamização e 90 gotas de álcool retificado dão a 11ª
dinamização e assim a seguir.

3.3.3 Triturações de substâncias animais e vegetais verdes

(A regra fundamental para esta classe, cujas triturações baixas não


devem ser conservadas por causa da sua pouca estabilidade, vem consignada na 2ª
edição das Doenças crônicas. de Hahnemann Vol II, pág 1 no artigo Agaricus).

Reduzem-se a princípio os vegetais e os animais recentes ao estado de


polpa fina esmagando-os ou pisando-os, depois tritura-se e dinamiza-se seguindo as
seguintes proporções de pesos e medidas:

36
3.3.3.1 Escala centesimal

 partes em peso da substância e 99 partes em peso de açúcar de leite


dão a 1ª trituração;
 1 parte em peso da 1ª trituração e 99 partes em peso de açúcar de leite
dão a 2ª trituração;
 1 parte em peso da 2ª trituração e 99 partes em peso de açúcar de leite
dão a 3ª trituração;
 1 grão (0,06 grama) da 3ª trituração e 50 gotas de água destilada
misturada com 50 gotas de álcool retificado dão a 4ª dinamização;
 1 gota da 4ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 5ª
dinamização;
 1 gota da 5ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 6ª
dinamização;
 1 gota de 6ª dinamização e 99 gotas de álcool retificado dão a 7ª
dinamização e assim a seguir

3.3.3.2 Escala decimal

20 partes em peso da substância e 90 partes em peso de açúcar de leite


dão a 1ª trituração;
10 partes em peso da 1ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de leite
dão a 2ª trituração;
10 partes em peso da 2ª trituração. e 90 partes em peso de açúcar de leite
dão a 3ª trituração
10 partes em peso da 3ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de leite
dão a 4ª trituração;
10 partes em peso da 4ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de leite
dão a 5ª trituração;

37
10 partes em peso da 5ª trituração e 90 partes em peso de açúcar de leite
dão a 6ª trituração;
1 grão (0,06) em peso da 6ª trituração e 50 gotas de água destilada
misturada com 50 gotas de álcool retificado dão a 8ª dinamização;
10 gotas da 8ª dinamização e 90 gotas de álcool diluído dão a 9ª
dinamização;
10 gotas da 9ª dinamização e 90 gotas de álcool retificado dão a 10ª
dinamização;
10 gotas da 10ª dinamização e 90 gotas de álcool retificado dão a 11ª
dinamização e assim a seguir.

38

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