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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA- UniFOA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, ESPORTE E
LAZER

O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ATRIBUIÇÕES DADA


PELO PROFESSOR

RODRIGO LANDIM ALVES


Volta Redonda

Janeiro, 2007
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM


FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR,
ESPORTE E LAZER

O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:


ATRIBUIÇÕES DADA PELO PROFESSOR

Artigo apresentado como exigência para a


obtenção do título de Pós-Graduando em
fundamentos da Educação Física Escolar,
Esporte e Lazer do Centro Universitário de
Volta Redonda.

Por: Rodrigo Landim Alves

Orientadores:
Profª. Ms. Ivanete da Rosa Silva de Oliveira
Profº. Ms. Coriolano Pereira da Rocha Júnior

Volta Redonda
Janeiro, 2007
Termo de Aprovação

DATA _____/_____/_____

BANCA

(1º Examinador) ________________________


Ivanete da Rosa silva de Oliveira

(2º Examinador) ________________________


Coriolano Pereira da Rocha Júnior
ii
O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ATRIBUIÇÕES DADA
PELO PROFESSOR.

Rodrigo Landim Alves


CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

RESUMO: O tema a ser tratado neste artigo é o jogo. Realizamos algumas


reflexões sobre o assunto entendendo-o como um fenômeno universal que possui
uma pluralidade de olhares, que está presente em todas as culturas e possuidor de
um caráter natural e espontâneo, mas que também pode ser usado nas aulas de
Educação Física Escolar como um recurso pedagógico eficiente, explorando uma
diversidade de conteúdos, e dando ao mesmo sentido sócio-cultural, e não apenas
para desenvolvimento de determinadas habilidades técnicas. Daí veio à
necessidade de se compreender como os professores de Educação Física
entendem e utilizam o jogo em suas aulas. Realizamos uma revisão da literatura
para entender as diferentes análises sobre o jogo e aplicamos um questionário junto
aos professores da rede pública de Rio claro (RJ). Ao confrontarmos os dados do
questionário com os da revisão bibliográfica, verificamos que ao jogo são atribuídas
várias funções, pois o mesmo é compreendido de vários aspectos. O jogo constitui-
se como uma importante atividade para o desenvolvimento humano e para a
construção da autonomia, podendo ser utilizado pelo professor de formas variadas,
visando sempre ao prazer de quem o executa.
Palavras-chaves: jogo; educação física escolar; desenvolvimento humano;
prazer .
iii

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo surge dos questionamentos acerca do fenômeno “jogo” e


da necessidade de se compreender como os professores de Educação Física vêem
e utilizam o jogo como conteúdo da Educação Física Escolar, sua organização e
quais valores são atribuídos a ele.

Nossa intenção é melhor compreender as maneiras com que o jogo é


concebido e tratado no espaço da escola e isto se justifica tão somente por ser o
jogo um dos meios mais tradicionais de trabalho da Educação Física e mesmo por
ser um fator comum ao cenário de nossa sociedade. Para o desenvolvimento do
estudo lançaremos mão da revisão de literatura como mecanismo de entender as
análises sobre o jogo e efetuaremos nossa pesquisa junto a um público de
professores que atuam na rede pública básica de ensino de Rio Claro (RJ), usando
do questionário como modo de levantar dados. Nossa interpretação tentará ser
qualitativa, tratando os dados do questionário em associação aos da revisão,
chegando assim as nossas conclusões.

O jogo pode ser visto como um fenômeno universal que possui uma
pluralidade de olhares e que está presente em todas as culturas, possuindo um
caráter natural e espontâneo. Também existe a possibilidade de ser usado como um
recurso pedagógico nas aulas de Educação Física, justo por explorar uma
diversidade de conteúdos e por poder atribuir aos mesmos um sentido sócio-cultural,
não o vendo apenas como um elemento para o desenvolvimento de determinadas
habilidades técnicas.

Sobre isto, Ferreira (1995) diz que o jogo no espaço escolar está resumido a
aprendizagem das regras de cada modalidade e no aprimoramento dos alunos; já
Correia (2006) diz que o cotidiano escolar reproduz à competição através da
esportivização da Educação Física Escolar, idéia que é compartilhada por Melo
(1998) ao dizer que o jogo vem sendo concebido pela Educação Física dentro de
uma ótica competitiva.
A partir destas reflexões surge a possibilidade de se renovar e ampliar o
modo como a Educação Física vê e utiliza o jogo, indo ao encontro de suas funções
educativas que são de irrefutável valor.

Dentro do cotidiano infantil o jogo merece destaque, pois parece ser um


elemento de grande importância e conseguir conciliar sua característica de
espontaneidade e sua função educativa é papel fundamental do educador. Esse
educador muitas vezes sente-se limitado e impossibilitado de dar sentido ao que é
ensinado por conta de estar arraigado a uma prática deficitária e pobre de meros
aperfeiçoamentos de habilidades técnicas e motoras, vendo o jogo de forma utilitária
(SANTIN, 1987) associado ao quadro tradicional do ensino formal.

Não podemos negar a existência do esporte dentro dos conteúdos da


Educação Física Escolar, entretanto não podemos deixar acontecer à exacerbação
de seu viés competitivo e técnico, fazendo com que a função do esporte na escola
se limite apenas a treinar em detrimento do educar. Segundo Galvão (1996) este
fato reforça uma imagem dualista do homem, dividindo-o em corpo e mente onde a
Educação Física se compromete apenas com a primeira parte.

O homem deve ser visto como um todo (SANTIN, 1990), pois uma visão
fragmentada contribui com sua alienação e dentre outras coisas para que isso não
ocorra a Educação Física deve estar incluída no currículo escolar, passando de
mera instrução física para uma colaboradora efetiva do processo de
desenvolvimento do indivíduo, utilizando para isto seu principal meio para
construção do conhecimento: o movimento humano.

É nesse contexto que o jogo se faz presente, propiciando vivências


significativas e não apenas imitações de gestos ou mera distração. Por si só a
criança joga, brinca, imagina e abstrai-se numa intensa e constante prática de
atividades motoras. Devemos considerar a possibilidade de fazer do jogo estratégias
metodológicas intencionais objetivando ensinar alguma coisa para alguém,
considerando-o como um momento de criação e construção, mas mantendo sua
característica lúdica e valorizando sua espontaneidade, sendo capaz de
proporcionar prazer, alegria e facilitar o entendimento do jogo como ato social.
Siedentop (1972) (apud Knijnik 2001) diz que a fonte de significado pelo qual
a Educação Física é mais compreendida é o jogo, surge daí a importância de
valorizá-lo e identificá-lo como um elemento indispensável à educação formal.

No decorrer de nosso estudo não nos preocuparemos em diferenciar o jogar


do brincar, sabendo que ambos podem ter o mesmo entendimento, fato visto em seu
aspecto lingüístico onde jogar e brincar podem ter o mesmo significado, como
acontece em várias línguas européias a exemplo do alemão (spielen), do inglês (to
play), do francês (jouer) e do espanhol (jugar). Por alguns momentos jogar e brincar
caminham lado a lado e por outros se confundem a tal ponto que não se possa
delimitar onde começa um e termina o outro, mas sempre temos em mente que
ambos são de fundamental importância justamente por suas funções de construção
lúdica na organização psíquica e para o desenvolvimento infantil.

Prenderemos-nos apenas nas definições e teorias do jogo, sendo que não o


interpretaremos como sinônimo de esporte independente de ser escolar ou
institucionalizado, mesmo considerando que o esporte em determinados momentos
também pode ser um jogo.

2. DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO JOGO

Antes de começarmos a apresentar algumas definições e comentários acerca


do jogo, apresentaremos a idéia de Paula (1996: p.86) que diz ser o jogo “uma
entidade sem definições, pois representa uma busca de satisfação de uma
necessidade não material do ser”. Segundo a mesma autora, fazendo analogia com
as necessidades vitais, se ficarmos sem alimentação morreremos e se não
respirarmos isso também ocorrerá, mas com o jogo é diferente, se não jogarmos a
morte não virá e continuaremos vivos. Talvez venha daí a idéia de que o jogo é
descartável e supérfluo, porém o prazer que o mesmo provoca o transforma numa
necessidade.
A questão do prazer e da alegria também é citada por Macías (2006) que
ainda o relaciona com ações humanas destituídas e diferentes de trabalho árduo, já
que é visto como uma atividade não-séria por se contrapor ao trabalho, que é visto
como sério.

Encontramos no “Miniaurélio séc. XXI: o minidicionário da língua portuguesa”,


uma definição para jogo. Neste o jogo é entendido como uma “atividade física ou
mental fundada em sistemas de regras que definem a perda ou ganho. Passatempo”
(FERREIRA, 2001, p. 408). Isso dá uma idéia de que para o jogo existir é necessário
ter um vencedor e conseqüentemente um perdedor. Tal compreensão se mostra
limitada e estreita, podendo se adotada no ambiente escolar exacerbar a
competição. Com relação a outras perspectivas, está é uma definição reducionista,
pois como veremos mais adiante outras definições vão analisar o jogo sob outros
prismas, entendendo-o como possuidor de outras propriedades que não a de mera
reprodução e possuidor de outras possibilidades que não somente a competição.
Esses conceitos serão posteriormente mais aprofundados.

Huizinga (1996) em sua célebre obra “Homo Ludens” apresenta uma


definição para o jogo, onde o autor dá a este uma idéia de cultura, distanciando-o do
paradigma biológico (que predominava na época) e que ele é mais do que um
fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico. O referido autor procura entender o
jogo numa dimensão histórica, tentando determinar seu caráter lúdico e ressaltando
que ele vai além da esfera da vida humana. Vamos então à definição, onde Huizinga
diz que

O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e


determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si
mesmo, acompanhado de um sentido de tensão e de alegria e de uma
consciência de ser diferente da vida quotidiana. (Huizinga, 1996, pg. 33)

O autor entende o jogo com elemento da cultura humana, sendo de fato mais
antigo que a própria cultura e que os homens, já que é fácil observar que os animais
também brincam. Lara e Pimentel (2006) realizaram um estudo sobre a obra de
Roger Callois e identificaram alguns pontos de discordância deste autor com
Huizinga, como o fato da cultura ser posterior ao jogo. Ainda Lara e Pimentel (op.cit)
não entendem o jogo como alheio ao meio social e acreditam que este modifica e é
modificado pelas ações do homem, caracterizando-o como “uma atividade livre,
separada, incerta, improdutiva, regulamentada e fictícia” (p. 180).
Huizinga (1996) entende o jogo como uma atividade livre, porém afirma que
ele possui regras (mesmo que internas e subentendidas, forjadas por seus próprios
participantes) que devem ser aceitas e seguidas para a sua realização, que possui
uma determinada duração e local específico para ocorrer, mas não atribui ao homem
a sua criação. Essa característica livre também é observada por Macías (2006) que
cita alguns autores que a identificam no jogo como é o caso do próprio Huizinga,
Cagigal, Blanchard e Cheska.

Ao contrário de Huizinga, o Coletivo de Autores1 (1992) o entende como uma


invenção do homem, um ato intencional que desperta curiosidade resultando num
processo criativo capaz de mudar, mesmo que imaginariamente a realidade e o
presente. Ainda o definem como uma forma de expressão corporal que deve buscar
desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas e representações
do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, podendo ser
identificado simbolizando vivências historicamente criadas e culturalmente
desenvolvidas.

Assim como no Coletivo de Autores, encontramos no PCN (1996) a indicação


do jogo como conteúdo da Educação Física, estando presente em um bloco
juntamente com os esportes, lutas e ginástica. Há uma visão ampla e muito flexível
sobre o tema, entendendo-o como cooperativo ou recreativo, com caráter
competitivo, simples passatempo ou diversão. Por ter um caráter de orientação e
subsídio para o professor, questiona o ensino por condicionantes e entende o jogo
como uma atividade cultural.

Carvalho (1993) vê no jogo condicionantes sociais e econômicos, definindo-o


como “um processo pedagógico histórico e social (pg. 47)” e parafraseando Marx,
diz que “as crianças não produzem seus. jogos a partir da sua vontade exclusiva,
mas a partir de um legado cultural lúdico, produzido historicamente pelas gerações
passadas. (pg. 49)”, afirmando que muitas vezes o jogo serve aos interesses
1
Pelo fato desta obra ser comumente citada deste modo, decidi também assim faze-lo.
hegemônicos das classes dominantes através do desenvolvimento de valores. Este
autor com essas idéias descaracteriza teses espontaneístas e dá ao jogo um caráter
de dependência dos fenômenos exteriores da existência e não do desenvolvimento
do cérebro infantil e reforça sua crítica ao jogo desideologizado e despolitizado,
entendendo-o como um sistema de representações e esquemas que reforçam uma
infância de imitações do real, que é uma fantasia criada pela telerrealidade.

Bracht (1986) também dá peso a essa crítica, ressaltando que “não podemos
prescindir de uma análise crítica do papel social da Educação Física em nossa
sociedade (p. 62)” e Gadotti (1984) afirma que é melhor um educador manipulador a
um incapaz de posicionar-se criticamente.

Dentro desta discussão surge uma nova perspectiva, o fato de o jogo poder
conduzir para a autonomia. Galvão (1996) o identifica como um meio apropriado
para isso, pois “através dele é possível formar sujeitos capazes de cooperar, de
questionar, criticar e transformar”. (p. 118).

Autores como Taffarel (1985) e Kinjnik (2001) corroboram essa idéia de


capacitar o aluno a ter autonomia sobre a criação e gestão de seus jogos através da
estimulação de atos criativos, considerando suas condições sociais, ambientais e a
questão dos materiais disponíveis.

Apesar de contrárias, essas teorias acerca do jogo se encontram no mesmo


caminho quando valorizam sua importância na vida e principalmente no
desenvolvimento infantil, reforçando-o como fenômeno cultural. Rechia (2006) cita
alguns estudiosos, entre eles: Chateau, Vygostsky, Piaget, Huizinga, Wallon e
Winnicott que apontaram o jogo como elemento essencial no desenvolvimento e no
universo infantil e o próprio Huizinga (1996) diz que apesar de autêntico e
espontâneo, o jogo é profundamente sério.

Oliveira (1994) analisa o jogo como uma atividade onde “as pessoas têm
oportunidade de se constituírem como tais, reintegrando o cognitivo, psicomotor e
afetivo-social num todo. (p. 32)”, sendo por meio do jogo que a criança inicia sua
integração social aprendendo a conviver e a se situar no mundo ao qual vive. Já
Melo (1989) o define como “uma atividade ou ocupação voluntária, onde o real e a
fantasia se encontram” (pg. 61).
Após algumas caracterizações e definições acerca do tema ‘jogo’, recorremos
a Kishimoto (1998) que citando Christie (1991) elabora alguns critérios para a
identificação de características que sirvam para se distinguir o jogo. A autora inicia
com a não-literalidade, onde o sentido habitual é substituído por um novo; depois
cita o efeito positivo que o jogo provoca, caracterizado pelo prazer e pela alegria que
estimula, tendo o sorriso como sinal de sua exteriorização; há ainda a questão da
flexibilidade, pois jogar deixa a criança mais flexível a buscar novas alternativas de
ação, já que o jogo reduz a pressão do ambiente e ajuda a criar um clima propício
para a investigação de novas soluções para eventuais situações problemas; outra
característica importante, é que na criança existe a prioridade do processo de
brincar, por esta não visar o produto da ação, mas apenas pensa em brincar, onde
brincar e jogar possuem finalidades em si e como disse Freire (1992) a criança é
uma especialista em brincar. Outras características apresentadas são a livre escolha
e o controle interno, pois “o jogo só pode ser jogo quando selecionado livre e
espontaneamente pelas crianças.” (KISHIMOTO, op.cit., p. 06) e quando os próprios
jogadores determinam o desenvolvimento dos acontecimentos.

Após essa fase de caracterização e definição do jogo, vimos que alguns


pontos e elementos comuns foram apontados. Mesmo possuindo uma liberdade de
ação o jogo deve respeitar regras (explícitas ou implícitas) para existir e o caráter
voluntário que ele apresenta. Há o fato de ser não-literal e de estimular a
imaginação, mas de ser também uma representação do real; têm relevância no
processo de brincar com caráter improdutivo, mas dentro do ambiente escolar o jogo
pode surgir de forma contextualizada e objetivando a formação de valores e
princípios. Seja a partir de visões espontaneístas ou politizadas, o jogo é sempre
entendido como importante na contribuição do processo de desenvolvimento do ser
humano, de um ser humano completo.

3. PERSPECTIVAS DE ANÁLISES DO JOGO


Muitas são as correntes que tentam analisar, definir e identificar as
características do jogo. Por ser entendido de forma muito distinta e possuir
significados variados o jogo é colocado em uma ampla categoria, onde segundo
Kishimoto (1998) foi analisado por historiadores (Huizinga, Callois), filósofos (Platão,
Dewey), psicólogos (Piaget, Freud), educadores (Alain, Chateu), antropólogos
(Henriot) e Lingüistas (Vygotski) entre outros. Nessa fase do nosso trabalho
apresentaremos algumas dessas visões, demonstrando mais uma vez sua
pluralidade de olhares.

Citamos mais uma vez Kishimoto (1998) que diz existir algumas teorias
externalistas, concebendo o jogo como “dispêndio de energia física, como meio de
preparação para a vida adulta, como imitação da vida e das atividades do adulto, ou,
ainda, como distração” (p. 10). Porém existem outras teorias que discutem os
processos internos relacionados com as atividades lúdicas, focalizando o jogo como
representação de um objeto.

Iniciaremos com a visão da psicanálise sobre esse assunto. O jogo por fazer
parte da vida psíquica do homem, não é arbitrário ou indeterminado e visa um
objetivo e obediência a determinadas leis exteriores que são determinantes e
profundas por detrás de sua voluntariedade, liberdade e gratuidade.

O jogo assume uma conduta que é capaz de proporcionar um equilíbrio entre


o mundo interior e exterior e propicia uma simbólica realização de desejos,
contribuindo para o desenvolvimento emocional da criança, exteriorizando
sentimentos negativos e uma suspensão do real.

Na teoria cognitiva, como no caso da piagentiana, o jogo é visto como um


processo de construção que insere o sujeito no meio social através da adaptação e
da interação com o meio. O jogo serve para a consolidação das habilidades
aprendidas e serve como reflexo do nível de desenvolvimento cognitivo da criança e
é no jogo que ela aplica tudo que aprende. Kishimoto (1998) identifica na obra de
Piaget que “cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio entre duas tendências:
assimilação e acomodação” (p. 39), mas o próprio Piaget (1975) identifica o jogo
como sendo simples assimilação funcional ou reprodutora.

Piaget (1975) define “três grandes tipos de estruturas que caracterizam os


jogos infantis: o exercício, o símbolo e a regra” (p. 144) que são verificados durante
o desenvolvimento da inteligência e da gênese do conhecimento da criança. Estes
elementos são encontrados também na obra de Freire (1992) e de Kishimoto (1998),
que citam os três tipos de jogos. Aqui não vemos necessidade de defini-los e
caracterizá-los aqui, pois entendemos que esses autores acima citados já o fizeram
com muita propriedade. Além dessas três fases que se sucedem existem ainda os
jogos de construção que para Piaget (1975) “não caracterizam uma fase entre as
outras, mas assinalam uma transformação interna na noção de símbolo, no sentido
da reprodução adaptada” (p. 148), representando uma transição entre os jogos
simbólicos e de regras.

Outro importante autor que relacionou o jogo com o desenvolvimento infantil


foi Wallon, que assim como Piaget entende que a origem do comportamento lúdico
provém da imitação que está ligada à acomodação. Wallon citado por Kishimoto
(1998) classifica o jogo em quatro tipos: funcionais, de ficção, de aquisição e de
construção.

Na perspectiva sócio-histórica temos Vygotski como seu grande


representante. Nela a criança constrói seu processo de desenvolvimento num
contexto social e momento histórico que dão condições determinadas para a
aprendizagem. Nessa situação os jogos são condutas que imitam ações reais, já
que para ele o jogo é a memória em ação, pois mesmo sendo uma situação
imaginária, “é compreensível somente à luz de uma situação real” (VYGOTSKI,
1998, p. 135).

Essas situações são mediadas pelo meio físico e social através do uso de
instrumentos e signos, dentre eles o jogo que em um primeiro momento pode levar a
criança a atingir uma situação imaginária clara com regras ocultas. Vygotski (1998)
cita que posteriormente com o desenvolvimento da criança essa situação imaginária
passa a ser oculta apresentando explicitamente as regras. Vygotski (1998) segundo
Heinsius (2000) considera o jogo um gerador de Zona de Desenvolvimento Proximal
(ZDP), que são as funções que ainda não foram interiorizadas plenamente, mas
estão em processo de maturação. Ainda, há diferenças entre o nível atual que a
criança possui para solução de problemas de forma independente e seu nível de
desenvolvimento potencial, que é marcado pela ajuda dos adultos quando a criança
desempenha em suas atividades lúdicas papéis para os quais ainda não está
preparada na vida real, dando ao jogo “um caráter antecipatório ou preparatório”
(Heinsius, 2000, pg. 29).

Uma outra visão sobre a importância do jogo no universo infantil surge com
Froebel, que para Kishimoto (1998) é o primeiro pensador a incluir o jogo como parte
integrante do trabalho educativo, vendo-o como recurso para o desenvolvimento
físico, mental e intelectual da criança.

Arce (2004) observa em Froebel uma visão romântica e naturalizante do jogo,


já que ele o via como a principal fonte de desenvolvimento na primeira infância.
Cortez (1996) aponta outro ponto importante da teoria de Froebel, que é o fato do
jogo livre e espontâneo não impedir a ação educativa do professor. Cita que a
espontaneidade não deve ser sacrificada em nome da aquisição do conhecimento,
preservando assim as necessidades de liberdade da criança e respeitando a
capacidade do jogo de fazer com que essas crianças expressem suas próprias
decisões.

A psicologia histórico-cultural de Elkonin e Leontiev citada por Arce (2004) vê


no jogo “um dos mecanismos dentro e fora da escola capazes de auxiliar a criança a
apreender o conjunto das riquezas produzidas pela humanidade, gerando
revoluções no desenvolvimento infantil” (p.23), ligando a infância e
consequentemente o jogo a tudo que compõe nossa organização social, como
resultado da história escrita pela humanidade. Elkonin (1984) apud Kishimoto (1998)
entende o jogo como uma situação imaginária que está ligada pelo contato da
criança com a realidade social.
Tendo por base estas diferentes perspectivas e análises do jogo,
identificamos que este muda suas características conforme a realidade e o modo
como o observador (no caso, o professor) e o jogador (no caso, o aluno) o vêem.
Desta forma, para uma compreensão e um trato pedagógico mais concreto torna-se
necessário considerar o contexto em que o jogo está inserido, os atos de quem joga
e que significados são atribuídos a esse jogo por seu observador.

4. DISCUSSÕES ACERCA DO JOGO

Partiremos agora para uma nova fase da nossa discussão, fazendo algumas
colocações e posicionamentos acerca do tema. É grande a quantidade de textos
sobre o jogo, mas alguns tendem a demonstrá-lo por um único prisma e o jogo é
uma questão multifatorial, pois se vincula a muitos fatores que o organizam e o
orientam. Ele possui uma gama enorme de nuances e variações que contribuem
muito para a variedade de definições e entendimentos que possuímos acerca desse
assunto que é de grande e inegável relevância para o desenvolvimento da criança,
seje ele psíquico, social, cultural ou motor. Independente de definições, benefícios
ou características, o que mais importa nesse trabalho é compreender como o jogo
se dá dentro do ambiente escolar, como é organizado e entendido pelo professor e
quais as intenções e objetivos são atribuídos a ele.

Várias das definições colhidas por nós e descritas nessa obra se aproximam e
em determinados momentos se confundem umas com as outras. É fato também que
algumas o entendem de forma completamente diferente, porém essas variações são
facilmente aceitas, pois vários desses autores se manifestaram em fases e situações
diferentes. Consideramos todas de fundamental importância sobre o assunto.

O jogo possui valor inegável, Melo (1989) cita a UNESCO (1979), entidade de
grande importância no cenário internacional da educação que o considera a “razão
de ser da infância, de importância vital e condicionador do desenvolvimento
harmonioso do corpo, da inteligência e da afetividade” (pg. 63).
Dias (2001) defende a “visão do homem como ser simbólico, que se constrói
coletivamente e cuja capacidade de pensar está ligada à capacidade de sonhar,
imaginar, jogar com a realidade” (pg. 46), dando ao ser humano a capacidade de
‘jogar com a realidade’. A autora identifica no jogo a gênese da metáfora, que é o
primeiro instrumento para a aquisição de conhecimentos.

Outra discussão importante sobre o tema é sua relação com a competição e


com o esporte. Para Freire (1992), “a competição não nasce no jogo, mas é nele
representada” (p. 150), Huizinga (1996) diz que a competição possui muita das
características do jogo, porém o importante não é negar a competição, mas dosá-la
sem exacerbar sua presença, principalmente no espaço escolar.

Para Knijnik & Knijnik (2004) existem algumas relações entre jogo e esporte,
mas estes não são semelhantes. Essas relações traçadas pelos autores fazem com
que possamos entender jogo como esporte; em contrapartida para que possamos
entender esporte como jogo seria necessário “relaxamento das regras, uma menor
organização, a ausência da busca incessante da vitória, entre outras” (Knijnik &
Knijnik, 2004, p. 10).

Dentro do ambiente escolar uma boa opção para a realização do jogo seja a
já conhecida estratégia dos ‘jogos cooperativos’, que tem no professor Fábio Otuzi
Brotto seu principal expoente aqui no Brasil, também Cortez (1996) ressalta a
importância do papel desempenhado pelos jogos cooperativos no processo
educacional dos alunos. Autores como a própria Cortez (1996), Brotto (1997), Soler
(2002) e Correia (2006) entendem os jogos cooperativos como mais uma alternativa
pedagógica que vai ajudar na transformação do cotidiano da prática escolar.

Os jogos cooperativos são propostas para tornar a Educação Física menos


competitiva e excludente. Correia (2006) diz que os jogos devem ser pensados para
que terminem sem perdedores, não importa se criando novos jogos ou
reestruturando os já existentes. Para Soler (2002) a Educação Física possui um
espaço privilegiado para se trabalhar a cooperação, pois assim como à competição,
ambas são ensinadas ou aprendidas pela educação formal e informal.
5. O JOGO NO COTIDIANO ESCOLAR

Ao discutirmos a questão do jogo na escola é pertinente ressaltar também a


questão da presença da Educação Física nesse espaço que é local para o
aprendizado de conhecimentos sistematizados. A Lei de Diretrizes e Base da
Educação Nacional (LDB nº. 9.394/96) entende a Educação Física como
componente curricular obrigatório da educação básica, se integrada à proposta
pedagógica da escola, o que é previsto em seu artigo 26 § 3º (que recentemente foi
alterada pela lei nº. 10793, de 01/12/2003). Com isso, a Educação Física passa a
ser mais uma área de conhecimento dentro do universo da educação formal. A
questão é como a Educação Física vem ocupando seu espaço nesse universo e que
concepções ela tem das contribuições do movimento, da atividade física e em
especial do jogo na formação do indivíduo.

Para Piaget (1972), “o jogo é um caso típico das condutas negligenciadas


pela escola tradicional...” (p. 156), mostrando que muitas vezes o jogo não recebe a
devida atenção, sendo legado a ele apenas um papel secundário no cotidiano
escolar, já que segundo o mesmo autor muitos o consideram destituídos de
significados funcionais.

Pozobon & Asquith (2006) relatam que os jogos esportivos ocupam um papel
de destaque na Educação Física Escolar, porém não sofrem avanços e continuam
baseados em modelos que privilegiam as habilidades técnicas. Os mesmos autores
relatam que em muitos casos o esporte fica restrito apenas a função de treinar,
perdendo o caráter educativo. O mesmo ocorre com o jogo, que tem a função de
aprimoramento ou entretenimento, Bruhns (1996) citada por Knijnik & Knijnik (2004)
diz que o jogo não deve ser confundido com o modelo atual de esporte, pois é parte
integrante da cultura lúdica.

Kishimoto (2001) levanta o debate das condições e preparo dos professores e


da própria escola, que trabalhão o jogo com rigorosidade fazendo com que perca
sua ludicidade, transformando-o em obrigação para ter uma função educativa. A
autora ressalta que para existir o jogo educativo, este deve manter sua função
educativa e sua função lúdica, já que o desequilíbrio entre as duas funções leva a ter
apenas ensino (predomina função educativa) ou apenas jogo (predomina função
lúdica). O uso coercitivo do jogo educativo tolhe o aluno de sua liberdade e inibe sua
autonomia, anulando assim características citadas anteriormente neste trabalho que
são: a prioridade no processo de brincar, quando prioriza apenas o produto, a
aprendizagem de habilidades ou técnicas; o controle interno e a livre escolha,
quando há autoritarismo na escolha, direção, e desenvolvimento do professor.

Freire (1992) vai além e critica sobretudo a falta de criatividade nas aulas de
Educação Física Escolar. Ao buscar as raízes desta situação, percebe que a
formação profissional é falha, pois ainda hoje são muitos os cursos de graduação
que se preocupam com a reprodução sem análise de atividades e a esportivização
dos conteúdos, vendo a educação pelo paradigma empresarial: o da eficiência dos
gestos. Entendendo que essa crítica de Freire e as próprias propostas de mudança
da Educação Física estão em nosso meio desde meados da década de oitenta do
século XX, cremos que o cenário atual pode já apresentar mudanças, caminhando
para a superação desse viés tecnicista2. O saudoso professor Paulo Freire (1996)
diz que “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho
de destrezas...”, e que “... ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para sua produção”. (FREIRE, 1996, p.14)

Os professores que vêem o jogo como ferramenta de ensino entendem que


este carece de uma intencionalidade, pois é parte da prática pedagógica. Por isso
deve-se pensar qual o tipo de desafio que o jogo passa para a criança,
considerando-o do ponto de vista teórico, sem deixar de levar em conta a questão
do prazer e da ludicidade a fim de torná-lo um conhecimento que deva ser
pedagogicamente sistematizado e trabalhado no âmbito escolar, como identificou
Santos (2004).

Existe para Santos (2004) a possibilidade de no âmbito escolar haver uma


tensão entre duas formas de se tratar a questão do jogo, a referida autora identifica
a presença de uma vertente que é tratada por ela como “atividade-meio”. Essa
2
Compreensões do próprio autor, fundadas em suas experiências no espaço escolar.
vertente concebe o jogo como uma estratégia pedagógica de ensino que ajuda no
desenvolvimento da criança, abrangendo diferentes dimensões do comportamento
humano como a biológica, intelectual, social e moral e objetiva com sua prática,
atingir finalidades externas a ele. Ou seja, o jogo é visto como um recurso facilitador
e motivador para se atingir objetivos específicos da Educação Física favorecendo o
desenvolvimento das qualidades físicas, das habilidades motoras e dos esquemas
corporais. A outra vertente é tratada como “atividade-fim” e concebe o jogo como
uma fonte de conhecimento, possibilitando vivências corporais, além de
fundamentos conceituais, os quais vão sistematizar e justificar o seu aprendizado.
Tem como “objetivo de ensino-aprendizagem os seus princípios, os seus
fundamentos, as suas características próprias, aliados a possibilidade de uma
formação crítica, participativa e autônoma” (SANTOS, 2004, p.263), vendo o jogo
também como um elemento motivador para tratar de aspectos éticos e morais.

A partir da visão do jogo como atividade-fim torna-se importante para o


professor de Educação Física não só que o jogo seja aprendido e executado, mas
que passe a ser entendido e refletido por seus praticantes de forma que os mesmos
possam reconstruí-los e transforma-los, adaptando-os (se necessário) as suas
necessidades. De acordo com o Coletivo de Autores (1992) deve-se ver o jogo como
constituinte do acervo cultural da humanidade, significando-o a partir de sua
estruturação da ação pedagógica e como nos diz Kishimoto (1998, p. 19) “... desde
que não entre em conflito com a ação voluntária da criança”.

Lopes & Madureira (2006, p. 10) apontam o jogo como sendo “o alicerce do
divertimento, da criação, do prazer e da plena expressão do corpo e das vontades.”,
entendendo-o como um meio onde se desenvolve a aprendizagem, a ludicidade e
que principalmente contribui para a aquisição e ampliação do acervo motor, onde
este dentro da escola e integrado ao currículo deixa de ser considerado como
atividade secundária, passando a ser aceito pedagogicamente como parte dos
conteúdos. Esta ação proporciona uma riqueza de oportunidades ao educando e
torna o jogo uma atividade mais significativa, devido a sua descontração e
desburocratização de movimentos.
Alain (1957) citado por Kishimoto (1998) defende o emprego do jogo no
ambiente escolar por este favorecer o aprendizado pelo erro e pelo fato desse erro
não constranger a criança, o que estimula as explorações de tentativa para solução
de problemas, devendo ser fundamental respeitar as características de uma
atividade lúdica.

Se o jogo dentro da escola for visto para além de um fim restrito com relação
à suas ações e desvinculado da necessidade excessiva de treinamento técnico,
possivelmente poderá ser observado como uma forma de expressão humana que
supera os movimentos previstos pela execução técnica, já que proporciona ao
praticante uma maior possibilidade e variedade de movimentos. Independente de ser
visto ou considerado como “atividade-meio” ou “atividade-fim” como nos mostrou
Santos (2004) o importante para uma formação ampla do educando é o fato de
existir a presença do jogo no ambiente escolar seja de forma mais esportiva, pelos
jogos cooperativos ou pelos jogos tradicionais.

6. APRESENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

Passada a fase de apresentação e conceituação do tema jogo buscamos


agora olhar as formas com que esse é concebido e tratado por professores no
espaço escolar, para com isto termos a chance de operacionalizar uma análise mais
concreta deste tema dentro de um cenário que nos caracteriza uma realidade do
cotidiano escolar.

Para tanto foram distribuído um total de dez questionários para professores


de Educação Física da rede municipal e estadual de Rio Claro 3 (RJ) e destes seis
foram respondidos e quatro não foram. Dos que responderam os questionários todos
são formados num tempo que varia de cinco até vinte e cinco anos e atuam a pelo
menos três anos no município de Rio Claro (RJ), da educação infantil ao ensino
médio. Dos seis contatados três são homens e três são mulheres, três estão
trabalhando concomitantemente entre escolas municipais e estaduais, dois
trabalham apenas em colégio municipal e um apenas em colégio estadual.

3
A opção por esta cidade se dá pelo fato de ser a cidade de trabalho e residência do autor.
O questionário4 foi composto por cinco questões abertas e entregue aos
investigados, daí estes tiveram trinta dias para respondê-lo e entregá-lo. Ainda, este
mesmo questionário foi testado antes de sua aplicação, para se chegar a sua versão
final. Iniciaremos a análise das respostas obtidas.

A primeira questão “Caro professor (a) apresente uma definição de jogo,”


procurava identificar uma definição para o jogo a fim de compreender como os
professores entendem esse tema. Não foi percebida uma única visão sobre o tema,
o que reforça a idéia de multiplicidade de olhares atribuídos ao jogo e que foi
encontrado por nós na avaliação da literatura. Dentro das respostas colhidas
observamos uma variedade de compreensões sobre o tema, encontrando definições
desde as mais externalista de acordo com Kishimoto (1998), como dispêndio de
energia física ou mera distração. Ainda, outras que o entendem como atividades
para o desenvolvimento bio-psico-social da criança, integrando assim o cognitivo, o
afetivo-social e psicomotor como disse Oliveira (1996), além de servir como um meio
para relacionar o indivíduo com o mundo, proporciona vivências prazerosas ou não.

Vimos o jogo sendo definido como uma necessidade biológica, o que de certo
modo se contrapõe à Paula (1996) e sua análise de que a falta do jogo não contribui
para a morte do indivíduo, mas ao mesmo tempo se aproxima da referida autora se
considerarmos essa necessidade biológica estando relacionada ao prazer. O mesmo
foi definido como um ato voluntário assim como o Coletivo de Autores (1992) o fez e
ainda como sendo uma forma de expressão.

Já a segunda questão era “Apresente tipos ou categorias de jogos que


conhece e que podem ter uso nas aulas de educação física”, tratando dos tipos de
jogos que os professores conheciam e utilizavam. Observamos algumas referências
à classificação de Piaget para o jogo, com citações a jogos “simbólicos” e de
“regras”. Identificamos à presença do esporte e da competição através de jogos pré-
desportivos e estafetas, mas também vimos citações a jogos cooperativos e
populares. Mesmo com 50% dos entrevistados relacionando em suas respostas pelo
menos um tipo de jogo competitivo, isso não quer dizer que há uma exacerbação da
4
Anexo I
competição. Mesmo esses 50% também relacionaram em suas respostas
referências a atividades cooperativas e populares, o que mostra que há uma
preocupação com a utilização do jogo como propagador da cultura popular, do
prazer em participar e não apenas na valorização do melhor ou do vencedor.

A terceira questão, “Para você, qual a função do jogo nas aulas de educação
física?”, tentava identificar quais eram os objetivos que os professores tentavam
atingir com a utilização do jogo. Para isso dividiremos as respostas em dois grupos
assim com fez Santos (2004), identificando suas funções como “atividade-meio” ou
“atividade-fim”.

Dos seis entrevistados quatro o entenderam como atividade-meio e dois com


flutuação entre atividade-meio e atividade-fim. Os que o compreenderam como
atividade-meio o relacionaram com a função de desenvolvimento bio-psico-social,
respeito às regras e socialização. Já os que identificaram haver uma flutuação entre
as duas categorias, atribuíram ao jogo funções críticas e formadoras de valores
éticos, identificando uma função pedagógica do jogo, mas também o atribuíram ao
desenvolvimento das dimensões do comportamento humano, de diagnóstico de
personalidade e de iniciação esportiva.

Ao analisarmos as funções atribuídas pelos professores ao jogo e quais


objetivos são por eles almejados, podemos fazer uma reflexão sobre a formação dos
profissionais avaliados. O fato de termos encontrado muitas citações ao
desenvolvimento do educando nos dá a possibilidade de relacionar isso a uma
formação ligada a princípios construtivistas e psicomotores. As referências de
função diagnóstica, iniciação esportiva e do respeito às regras nos sugere uma
formação com princípios tecnicistas, o que não está diretamente relacionado ao fato
de esses profissionais se pautarem apenas por essa vertente, mas que de certo
modo tem ligação com o tempo de formado desses profissionais, mas que mesmo
assim absorveram princípios de correntes mais críticas.

A quarta questão, “Em quais momentos e/ou fases da aula acredita ser mais
importante ou necessária à utilização do jogo?”, procurou identificar a freqüência de
utilização do jogo e se o mesmo era observado como conteúdo da aula. Apenas dois
entrevistados não apresentaram uma resposta que satisfizesse o que se procurava
investigar. Os demais apresentaram basicamente à mesma resposta, relatando sua
utilização em todos os momentos da aula, o que podemos entender como sendo
uma consideração de que o jogo é visto como um conteúdo importante nas aulas de
educação física.

Infelizmente a quinta questão, “Quais os critérios didático-pedagógicos


usados para seleção, sistematização e execução dos jogos utilizados por você em
suas aulas?”, acabou não sendo efetivamente compreendida. Atribuímos isso ao
fato de os questionários terem sido entregues aos avaliados para que o respondesse
sem a participação do avaliador, o que provavelmente ocasionou dúvidas e
interpretações equivocadas quanto à resposta da última questão, sendo esta uma
limitação de nosso estudo. Pretendíamos identificar como os profissionais de Rio
Claro (RJ) organizavam suas aulas, como faziam à escolha dos jogos utilizados e de
que modo esses jogos eram aplicados, se seguiam alguma progressão, qual a
relação entre a aplicação do jogo e os objetivos almejados, se consideravam os
conhecimentos prévios dos alunos ou se havia a participação deles na elaboração
dos jogos. Este fato nos forçou a não considerar esta questão neste estudo, mesmo
reconhecendo sua importância e como não havia mais a possibilidade de um novo
contato com os pesquisados, este tópico fica fora de nossas análises.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Grande parte da literatura analisada entende como sinônimo o jogo, o


brinquedo e a brincadeira. Não temos com esta obra a pretensão de estabelecer
uma diferenciação destes termos, apesar de nos prendermos na análise apenas do
jogo, até mesmo porque entendemos que esses termos se relacionam e se
completam e por tanto também o entendemos como sinônimos. O que procuramos
foi explorar uma variedade de olhares sobre o jogo e com isso possibilitar sua maior
utilização.
Após a realização de uma análise da literatura e uma análise dos
questionários respondidos por professores de Rio Claro (RJ), identificamos
realmente haver uma pluralidade de olhares sobre o jogo. Este é compreendido por
vários aspectos e a ele são atribuídas várias funções diferentes. Essa multiplicidade
de olhares faz com que o jogo acabe constituindo-se como um instrumento
pedagógico de grande valor no ambiente escolar, proporcionando vivências e
experimentações variadas.

Vimos que os jogos possuem uma grande relação com aspectos


socioculturais, o que o torna um fenômeno histórico e cultural fazendo sua presença
dentro da escola indispensável, pois assim como sua importância são inegáveis os
benefícios atribuídos a ele, já que colaboram com o desenvolvimento infantil de
forma singular, atingindo todas as dimensões do comportamento humano.

É claro que independentemente de estar em uma escola ou não a criança vai


jogar e brincar. O que torna o jogo importante dentro da escola e principalmente
para a Educação Física, é o fato de além de ser um poderoso recurso pedagógico,
ter grande capacidade de proporcionar prazer e vivências lúdicas aos seus
praticantes. O jogo possui a capacidade de contribuir para o desenvolvimento não só
de qualidades e capacidades físicas, mas também para a disseminação de valores
morais e éticos que venham a contribuir para formação intelectual e da
personalidade do indivíduo. Sendo assim, não podemos negar o caráter educacional
do jogo, que se constitui como atividade para o desenvolvimento humano.

Dentro do nosso trabalho nos deparamos com algumas definições e formas


diferentes de entender e analisar o jogo, mas observamos também que elas em
determinados momentos possuem certo grau de aproximação, mostrando que o jogo
não existe de uma única forma ou que ele sobreviva em um único ambiente. Na
verdade todas essas definições se completam, pois ficaria difícil apenas uma
definição dar conta de um fenômeno tão abrangente.

Nossas observações nos levaram a perceber que o jogo é utilizado dentro do


ambiente escolar muitas vezes de forma competitiva e até em alguns momentos se
confundindo com outro fenômeno, o esporte. Mas observamos que a aprendizagem
de gestos técnicos não é a única forma de utilização do jogo, este também é
utilizado de forma lúdica, tem caráter cooperativo e visa objetivos pedagógicos,
contribuindo para formação da personalidade, transmitindo valores diversos.

Tentamos nos pautar nos pilares da educação para propormos a utilização


do jogo de forma fundamentada para que ele possa contribuir com mudanças
significativas, não só no ambiente escolar ou nas aulas de Educação Física, mas
para a construção de autonomia, no resgate de valores e de forma geral na vida das
pessoas.

Assim como foi visto anteriormente, sugerimos ao profissional de Educação


Física uma ampla utilização do jogo, não o limitando a simples adestramento
técnico, mas transcendendo a barreira da competição e do aperfeiçoamento de
habilidades. Para isso é fundamental o planejamento de um amplo programa com
atividades lúdicas, cooperativas, culturais e populares que venham a suprir
necessidades afetivas, motoras e sócio-culturais das crianças, objetivando em suas
metas atingir não apenas de forma secundária, mas de modo primordial o prazer e a
satisfação na realização das atividades.

Desse modo acreditamos que estaremos propiciando um quadro de bem-


estar, proporcionando uma maior interação do indivíduo com o meio através de uma
postura mais autônoma diante da sociedade, criando situações favoráveis ao
aprendizado do indivíduo. Isto contribuirá para atingirmos alguns objetivos, como:
melhorias na qualidade de vida através da estimulação de um estilo de vida mais
ativo e saudável e uma reflexão da realidade através de análises do jogo que vão
além de sua representação simbólica, modificando-o e contextualizando-o a fim de
redirecioná-lo para uma visão crítica.

Queremos deixar claro que não vemos o jogo como o redentor da Educação
Física ou como a única salvação para uma sociedade mais justa e igualitária e não
queremos aqui expurgar a competição do meio escolar, negando-a e deixando-a a
margem de uma educação de qualidade. Pretendemos mostrar que o jogo não deve
necessariamente ser interpretado como algo altamente competitivo ou deve servir
apenas para distrair e entreter, mas sim como uma das muitas alternativas para a
aquisição de conhecimentos, vivências e trocas de experiências. Para tanto, deve-se
construir objetivos que possam aproximar as pessoas e uni-las na busca de
objetivos comuns, sendo um elo da grande corrente que é a vida em comunidade.

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Editora Ao Livro Técnico – RJ, 1985.

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– SP. 6º edição, 1998.

9. ANEXOS

QUESTIONÁRIO

CARO PROFESSOR
Este questionário é parte de uma pesquisa maior em andamento, intitulada “O
jogo na educação física escolar: atribuições dada pelo professor”. Prevendo a
continuação desta pesquisa, solicito sua atenção e favor em responder a este
questionário. Os dados servirão para análise visando posterior publicação, se
preservando os nomes dos informantes. Vale dizer que esta atividade se realiza a
partir das exigências do Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Fundamentos da
Educação Física Escolar, do Esporte e do Lazer ministrado pelo Centro Universitário
de Volta Redonda.
Certo de sua atenção, agradeço desde já.

Dados de identificação.
Gênero: M ( ) F ( ) – Município de atuação: ___________________________
Tempo de atuação profissional: ________________________________________
Tempo de atuação nesta escola: _______________________________________
Turmas em que atua: ________________________________________________

1. Caro professor (a) apresente uma definição de jogo.


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2. Apresente tipos ou categorias de jogos que conhece e que podem ter uso nas
aulas de educação física.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3. Para você, qual a função do jogo nas aulas de educação física?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4. Em quais momentos e/ou fases da aula acredita ser mais importante ou


necessário à utilização de jogos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5. Quais os critérios didático-pedagógicos usados para seleção, sistematização e


execução dos jogos utilizados por você em suas aulas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Grato pela atenção e respostas.
______________________________
Assinatura

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