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Sistema digestório

Cyntia Lara Meira V. Coqueiro

Características

O tubo digestivo apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago,


estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. A parede do tubo
digestivo tem a mesma estrutura da boca ao ânus, sendo formada por
quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
Os dentes e a língua preparam o alimento para a digestão, por meio da
mastigação, os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços,
misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. A
língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para
que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas
gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores
primários: doce, azedo, salgado e amargo.
A presença de alimento na boca, como sua visão e cheiro, estimula as
glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase
salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias.

Saliva e peristaltismo

A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o


glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Os
sais, na saliva, neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um
pH levemente ácido (6, 7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que
se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo
da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas
ondas peristálticas (como mostra a figura ao lado), levando entre 5 e 10
segundos para percorrer o esôfago. Através do peristaltismo, você pode
ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao
intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando
que o alimento penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a
passagem do alimento para o interior do estômago.
Estômago e suco gástrico

No estômago, o alimento é misturado com a secreção estomacal, o suco


gástrico (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas (pepsina e
renina).
A pepsina decompõem as proteínas em peptídeos pequenos. A renina,
produzida em grande quantidade no estômago de recém-nascidos,
separa o leite em frações líquidas e sólidas.
Apesar de estarem protegidas por uma densa camada de muco, as
células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela
ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo
regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente
reconstituída a cada três dias. O estômago produz cerca de três litros de
suco gástrico por dia. O alimento pode permanecer no estômago por até
quatro horas ou mais e se mistura ao suco gástrico auxiliado pelas
contrações da musculatura estomacal. O bolo alimentar transforma-se
em uma massa acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos
poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a parte mais
importante da digestão.
Intestino delgado, suco pancreático e bile.

O intestino delgado é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. A


digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas
primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco
pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas
digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no
fígado, que apesar de não conter enzimas, tem a importante função,
entre outras, de transformar gorduras em gotículas microscópicas.

Hormônios
Durante a digestão ocorre a formação de certos hormônios. Veja na
tabela abaixo, os principais hormônios relacionados à digestão:

hormônio Local de produção órgão-alvo função


Estimula a
Gastrina Estômago Estômago produção de suco
gástrico
Estimula a
Secretina Intestino Pâncreas liberação de
bicarbonato
Estimula a
liberação de bile
Colecistoquinin Pâncreas e pela vesícula e a
Intestino
a vesícula biliar liberação de
enzimas pelo
pâncreas.
Inibe o
Enterogastrona Intestino Estômago peristaltismo
estomacal

Absorção de nutrientes no intestino delgado

O álcool etílico, alguns sais e a água, podem ser absorvidos diretamente


no estômago. A maioria dos nutrientes são absorvidos pela mucosa do
intestino delgado, de onde passa para a corrente sanguínea.
Aminoácidos e açúcares atravessam as células do revestimento
intestinal e passam para o sangue, que se encarrega de distribuí-los a
todas as células do corpo. O glicerol e os ácidos graxos resultantes da
digestão de lipídios são absorvidos pelas células intestinais, onde são
convertidos em lipídios e agrupados, formando pequenos grãos, que são
secretados nos vasos linfáticos das vilosidades intestinais, atingindo a
corrente sanguínea.
Depois de uma refeição rica em gorduras, o sangue fica com aparência
leitosa, devido ao grande número de gotículas de lipídios. Após uma
refeição rica em açúcares, a glicose em excesso presente no sangue é
absorvida pelas células hepáticas e transformada em glicogênio e sendo
convertida em glicose novamente assim que a taxa de glicose no
sangue cai.

Absorção de água e de sais


Os restos de uma refeição levam cerca de nove horas para chegar ao
intestino grosso, onde permanece por três dias aproximadamente.
Durante este período, parte da água e sais é absorvida. Na região final
do cólon, a massa fecal (ou de resíduos), se solidifica, transformando-se
em fezes. Cerca de 30% da parte sólida das fezes é constituída por
bactérias vivas e mortas e os 70% são constituídos por sais, muco,
fibras, celulose e outros não digeridos. A cor e estrutura das fezes são
devido à presença de pigmentos provenientes da bile.

Flora intestinal

No intestino grosso proliferam diversos tipos de bactérias, muitas


mantendo relações amistosas, produzindo as vitaminas K e B12,
riboflavina, tiamina, em troca do abrigo e alimento de nosso intestino.
Essas bactérias úteis constituem nossa flora intestinal e evitam a
proliferação de bactérias patogênicas que poderiam causar doenças.
Esquema do Sistema Digestório

Defecação
O reto, parte final do intestino grosso, fica geralmente vazio, enchendo-
se de fezes pouco antes da defecação. A distensão provocada pela
presença de fezes estimula terminações nervosas do reto, permitindo a
expulsão de fezes, processo denominado defecação.

GASTROENTEROLOGIA

FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO

O Aparelho digestivo ou sistema digestório, como recomenda a nova


nomenclatura, é composto de uma série de órgãos tubulares
interligados formando um único tubo que se estende desde a boca até o
ânus. Recobrindo este tubo há um tipo de "pele" chamado de mucosa.
Na cavidade oral (boca), estômago e intestino delgado a mucosa contêm
pequenas glândulas que produzem líquidos específicos utilizados na
digestão dos alimentos.
Há dois órgãos digestivos sólidos, o fígado e o pâncreas, que também
produzem líquidos utilizados na digestão, estes líquidos chegam ao
intestino delgado através de pequenos tubos. Outros sistemas
apresentam um importante papel no funcionamento do aparelho
digestivo como o sistema nervoso e sistema circulatório (sangüíneo).

Porque a Digestão é Importante?

Os alimentos como são ingeridos não estão no formato que o corpo pode
aproveitá-los. Devem ser transformados em pequenas moléculas de
nutrientes antes de serem absorvidos no sangue e levados às células
para sua nutrição e reprodução. Este processo chama-se de digestão.

Como o Alimento é Digerido?

A digestão ocorre através da mistura dos alimentos, movimento destes


através do tubo digestivo e decomposição química de grandes
moléculas de alimento para pequenas moléculas. Inicia-se na cavidade
oral através da mastigação e se completa no intestino delgado. O
processo químico se diferencia para cada tipo de alimento.

O Trânsito dos Alimentos Através do Tubo Digestivo.

Os órgãos digestivos tubulares contêm


músculos que possibilitam dar
movimento às suas paredes. Este
movimento (peristalse) pode impulsionar
e misturar os alimentos com os sucos
digestivos. O movimento peristáltico é
como uma onda do mar, promovendo
uma área estreitada que empurra o
alimento para baixo até o final do órgão.

O primeiro movimento é o da deglutição.


Apesar de podermos controlar quando
engolimos algo, a partir deste momento
há uma reação em cadeia de
movimentos involuntários controlados
pelo sistema nervoso.

O esôfago é o órgão ao qual os alimentos são impulsionados após a


deglutição. Ele comunica a cavidade oral ao estômago. Sua única função
é transportar o alimento ao estômago. Ao nível da junção do esôfago
com o estômago, há uma estrutura valvular que permanece fechada
entre os dois órgãos. Com a aproximação do alimento esta válvula se
abre permitindo a passagem do alimento ao estômago.

O alimento então entra no estômago, que tem três funções mecânicas


básicas. A primeira, como reservatório do alimento, função realizada
pela parte superior do estômago que relaxa sua musculatura e aumenta
sua capacidade. A segunda função é realizada pela parte inferior do
estômago misturando os alimentos com o suco digestivo produzido pelo
estômago. E finalmente a terceira é a de liberar os alimentos
(esvaziamento gástrico) , já parcialmente digeridos para o intestino
delgado. Este processo ocorre lentamente.

Vários fatores afetam o esvaziamento gástrico como o tipo de alimento,


ação da musculatura do estômago e a capacidade do intestino delgado
de receber mais alimentos parcialmente digeridos. Quando o bolo
alimentar chega ao intestino delgado ele sofre a ação do suco digestivo
produzido pelo pâncreas, fígado e intestino e é impulsionado para frente
para dar espaço a mais alimento vindo do estômago.

Ao final todos os nutrientes digeridos são absorvidos através da parede


do intestino delgado. A parte não digerida que são as fibras e restos
celulares da mucosa do intestino. Este material é levado ao intestino
grosso (cólon) mantendo-se lá por um dia ou dois até as fezes serem
expelidas pelo movimento do intestino grosso até a evacuação.

Produção de Sucos Digestivos

As glândulas do sistema digestivo são essenciais no processo da


digestão. Elas produzem tanto os sucos que degradam os alimentos
como também os hormônios que controlam todo o processo.

As primeiras glândulas são as que estão na cavidade oral (glândulas


salivares). A saliva produzida por essas glândulas, contém uma enzima
que inicia o processo da digestão, agindo sobre o amido presente nos
alimentos degradando-o a moléculas menores.

O próximo grupo de glândulas encontra-se na mucosa do estômago.


Produzem o ácido e enzimas que digerem as proteínas. O ácido
produzido no estômago é capaz de digerir todos os alimentos que
chegam ao estômago, porém não afeta o próprio estômago devido a
mecanismos especiais de proteção que este órgão tem.

Após o esvaziamento gástrico, o alimento já parcialmente digerido com


o suco gástrico vai para o intestino delgado encontrar mais dois sucos
digestivos para continuar o processo da digestão. Um deles é produzido
pelo pâncreas que contêm enzimas capazes de digerir carboidratos,
gordura e proteínas. Outra parte é produzida pelas glândulas do próprio
intestino.

O fígado produz ainda outro suco digestivo: a bile. A bile é armazenada


na vesícula biliar e durante as refeições esta “se espreme" liberando-a
através de ductos para o intestino. Ao atingir o alimento a bile tem como
principal função desmanchar as gorduras para serem digeridas pelas
enzimas produzidas pelo pâncreas e intestino.

Absorção e Transporte dos Nutrientes

As moléculas digeridas dos alimentos , como também a água e sais


minerais , são absorvidos na porção inicial do intestino delgado. O
material absorvido atravessa a mucosa e atinge o sistema sanguíneo e é
levado a outras partes do corpo para ser armazenado ou sofrerem
outras modificações químicas. Este processo varia de acordo com o tipo
de nutriente.

Carboidratos: A grande maioria dos alimentos contém carboidratos .


Bons exemplos são o pão, batatas , massas, doces, arroz, futas e
vegetais. Muitos destes alimentos contém amido , que pode ser digerido
e também fibras que não são digeridas.

O carboidratos digeridos são decompostos em moléculas menores por


enzimas encontradas na saliva, no suco pancreático e no intestino
delgado. O amido é digerido em duas etapas : Sofrendo a ação da saliva
e do suco pancreático , o amido é transformado em moléculas
chamadas de maltose; em seguida , uma enzima encontrada no
intestino delgado chamada maltase, degrada a maltose em moléculas
de glicose. A glicose pode ser absorvida para a corrente sangüínea
através da mucosa do intestino. Uma vez na corrente sangüínea , a
glicose vai para o fígado onde é armazenada ou utilizada para promover
energia para o funcionamento do corpo.

O açúcar comun também é um carbohidrato que precisa ser digerido


para ser utilizado. Uma enzima encontrada no intestino delgado degrada
o açúcar em glicose e frutose , ambos absorvidos pelo intestino. O leite
contém outro açúcar chamado lactose. A lactose sofre a ação da lactase
no intestino delgado transformando-se em moléculas absorvíveis.
Proteínas: Alimentos como carne, ovos , e grãos contém grandes
moléculas de proteínas que precisam ser digeridas antes de serem
utilizadas para reparar e construir os tecidos orgânicos. No estômago há
uma enzima que incia a degradação das proteínas. A digestão é
finalizada no intestino delgado pelo suco pancreático e intestino
propriamente dito. O produto final das proteínas é absorvido pelo
intestino delgado e encaminhado ao organismo pela corrente sanguínea.
É utilizado para a construção das paredes e diversos componentes das
células.
Gorduras: Moléculas de gordura são uma grande fonte de energia para o
corpo.
Como se sabe a gordura não se mistura com a água, portanto o primeiro
passo para a digestão de gorduras é transformação da mesma em
produtos que possam ser misturados com a água (hidrossolúveis). Os
ácidos biliares produzidos pelo fígado atuam diretamente sobre as
gorduras como detergentes permitindo a ação das enzimas sobre as
gorduras transformando-as em moléculas menores de ácidos graxos e
colesterol. Os ácidos biliares combinados com os ácidos graxos e
colesterol permitem a passagem das moléculas pequenas através das
células do intestino. As moléculas pequenas depois transformam-se
novamente em moléculas maiores e são transportadas através de vasos
linfáticos do abdomen até o tórax onde então são despejadas na
circulação sangüínea para serem armazenadas nas diferentes partes do
corpo.
Vitaminas: Outra parte vital dos nossos alimentos que é absorvida pelo
intestino delgado são as vitaminas. Existem dois tipos de vitaminas: as
que são dissolvidas pela água ou hidrossolúveis ( todo o complexo B e
vitamina C) e as que são dissolvidas pela gorduar ou lipossolúveis ( A, D,
E e K).

Como o Processo Digestivo é Controlado?

Hormônios reguladores
No estômago a liberação de ácido clorídrico é feita
através do estímulo da célula (parietal) produtora de
ácido que está presente apenas na porção do corpo e
fundo gástrico. Este estímulo é feito através da gastrina ,
histamina e acetil-colina.

Um dos aspectos fascinantes do sistema digestivo é a de autoregulação.


A grande maioria dos hormônios que controlam as funções do sistema
digestivo são produzidas e liberadas pelas células da mucosa do
estômago e intestino delgado. Estes hormônios são liberados na
corrente sangüínea vão até o coração e retornam ao sistema digestivo
onde estimulam a liberação de dos sucos digestivos e os movimentos
dos órgãos. Os principais hormônios que controlam a digestão são a
gastrina, a secretina e a colecistoquinina (CCK):

• Gastrina: estimula a produção de ácido do estômago para


dissolver e digerir alguns alimentos. É também fundamental para
o crescimento da mucosa gástrica e intestinal.
• Secretina: estimula o pâncreas liberando o suco pancreático que é
rico em bicarbonato. Estimula o estômago a produzir pepsina, uma
enzima encarregada de digerir proteínas. Também estimula o
fígado a produzir bile.
• CCK: estimula o crescimento celular do pâncreas e a produção de
suco pancreático. Provoca o esvaziamento da vesícula biliar.
Sistema nervoso

Dois tipos de nervos ajudam a controlar a digestão. Nervos extrínsicos


(de fora) que chegam aos órgãos digestivos da parte não consciente do
cérebro ou da medula espinhal. Eles liberam um produto chamado
acetilcolina e outro chamado adrenalina. A acetilcolina faz com que os
músculos dos órgãos digestivos se contraiam com maior intensidade ,
empurrando o bolo alimentar e sucos digestivos através do trato
digestivo. A acetilcolina também estimula o estômago e pâncreas a
produzirem mais suco digestivo. A adrenalina relaxa os músculos do
estômago e intestino e diminui o fluxo sangüíneo nestes órgãos.

Mais importante ainda são os nervos intrínsicos (de dentro). Em forma


rede , cobrem a parede do esôfago, estômago, intestino delgado e
cólon. São estimulados pela disternsão da parede dos órgãos pelo
alimento. Liberam inúmeras substâncias que aceleram ou retardam o
movimento da comida ou da produção de sucos digestivos.

(Fonte: Clínica Marchesini)

O SISTEMA DIGESTÓRIO

O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso,


ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão.
Apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso e ânus.
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por
quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.

BOCA

A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí se


encontram os dentes e a língua, que preparam o alimento para a
digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em
pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura
ação das enzimas.

Características dos dentes


Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm

Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior


e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados,
de forma direta, na articulação das linguagens. Os nervos sensitivos e
os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por
várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância
mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está
situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade
pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo,
ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento
separa a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à
gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-
se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes.
Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos
sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo.

Tipos de dentes

Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o


nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes
dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos
dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas
e os molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do
alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A
primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes
chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás fica os
molares, que têm uma superfície de mastigação relativamente plana, o
que permite triturar e moer os alimentos.

Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm
A língua

A língua movimenta o alimento empurrando-o


em direção a garganta, para que seja engolido.
Na superfície da língua existem dezenas de
papilas gustativas, cujas células sensoriais
percebem os quatro sabores primários: amargo
(A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D).
De sua combinação resultam centenas de
sabores distintos. A distribuição dos quatro
tipos de receptores gustativos, na superfície da
língua, não é homogênea.

As glândulas salivares

A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro,


estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima
amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A
amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o
glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três
pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal:
parótida, submandibular e sublingual:

• Glândula parótida - Com


massa variando entre 14 e
28 g, é a maior das três;
situa-se na parte lateral da
face, abaixo e adiante do
pavilhão da orelha.
• Glândula submandibular -
É arredondada, mais ou
menos do tamanho de uma
noz.

• Glândula sublingual - É a
Imagem: menor das três; fica abaixo
www.webciencia.com/11_11glandula. da mucosa do assoalho da
htm boca.

Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um


pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O
alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua
para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago,
impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado
esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago.
Através do peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e,
mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um
mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas
vias respiratórias.

Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a


passagem do alimento para o interior do estômago.

FARINGE E ESÔFAGO

A faringe, situada no final da cavidade


bucal, é um canal comum aos sistemas
digestório e respiratório: por ela passam o
alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar,
que se dirige à laringe.

O esôfago, canal que liga a faringe ao


estômago, localiza-se entre os pulmões,
atrás do coração, e atravessa o músculo
Imagem: CD O CORPO diafragma, que separa o tórax do abdômen.
HUMANO 2.0. Globo O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos
Multimídia. para percorrê-lo.

ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO

O estômago é uma bolsa de parede


musculosa, localizada no lado
esquerdo abaixo do abdome, logo
abaixo das últimas costelas. É um
órgão muscular que liga o esôfago ao
intestino delgado. Sua função
principal é a digestão de alimentos
protéicos. Um músculo circular, que
existe na parte inferior, permite ao
estômago guardar quase um litro e
Imagem: meio de comida, possibilitando que
www.webciencia.com/11_09estom. não se tenha que ingerir alimento de
htm pouco em pouco tempo. Quando está
vazio, tem a forma de uma letra "J"
maiúscula, cujas duas partes se
unem por ângulos agudos.

Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical".


Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande
tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela
pequena tuberosidade.

Segmento inferior: é denominada "porção horizontal", está separado


do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é
chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande
curvatura. O orifício esofagiano do estômago é a cárdia.

As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas;


serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido
conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio
de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago
tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.

O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente,


altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O
ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0.
Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos,
auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.

A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico é secretada na forma


de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o
produzem. Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado
na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a
digestão de proteínas.
A pepsina, ao catalizar a hidrólise de
proteínas, promove o rompimento
das ligações peptídicas que unem os
aminoácidos. Como nem todas as
ligações peptídicas são acessíveis à
pepsina, muitas permanecem
intactas. Portanto, o resultado do
trabalho dessa enzima são
oligopeptídeos e aminoácidos livres.

A renina, enzima que age sobre a


caseína, uma das proteínas do leite, é
produzida pela mucosa gástrica
durante os primeiros meses de vida.
Seu papel é o de flocular a caseína,
Imagem: CD O CORPO HUMANO facilitando a ação de outras enzimas
proteolíticas.
2.0. Globo Multimídia.

A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege


da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem
protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa
estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco
gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se
que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três
dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o
que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no
aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).

A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à


absorção da vitamina B12.

O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou


mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da
musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa
acidificada e semilíquida, o quimo.

Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos


poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da
digestão.

INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento
por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno
(cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o
piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este
esvazia seu conteúdo no intestino.

A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas


primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco
pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas
digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no
fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e
8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou
emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de
microgotículas).

O suco pancreático, produzido pelo


pâncreas, contém água, enzimas e
grandes quantidades de bicarbonato
de sódio. O pH do suco pancreático
oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção
digestiva é responsável pela hidrólise
da maioria das moléculas de
alimento, como carboidratos,
proteínas, gorduras e ácidos
nucléicos.

A amilase pancreática fragmenta o


amido em moléculas de maltose; a
lípase pancreática hidrolisa as
moléculas de um tipo de gordura – os
Imagem: CD O CORPO HUMANO triacilgliceróis, originando glicerol e
2.0. Globo Multimídia. álcool; as nucleases atuam sobre os
ácidos nucléicos, separando seus
nucleotídeos.

O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o


quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas
proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma
inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do
duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima
secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se me
tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo
quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os
em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem
ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.

A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em


enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a
enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam
dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco
entérico há enzimas que dão seqüência à hidrólise das proteínas: os
oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos.

Suco pH
Enzima Substrato Produtos
digestivo ótimo
polissacarídeo
Saliva Ptialina neutro maltose
s
Suco
Pepsina ácido proteínas oligopeptídeos
gástrico
peptídeos
proteínas
Quimiotripsina alcalino
peptídeos
proteínas
Tripsina alcalino
maltose
polissacarídeo
Amilopepsina alcalino
Suco s
ribonucleotídeos
pancreático
Rnase alcalino
RNA
desoxirribonucleotíde
Dnase alcalino os
DNA
Lípase alcalino glicerol e ácidos
lipídeos
graxos
Suco Carboxipeptidas alcalino oligopeptídeo aminoácidos
intestinal e s
ou entérico alcalino aminoácidos
Aminopeptidase oligopeptídeo
alcalino s aminoácidos
Dipeptidase
dipeptídeos
Maltase alcalino glicose
maltose
Sacarase alcalino Glicose e frutose
sacarose
Lactase alcalino Glicose e galactose
lactose

No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das


paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que
este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo
transformado em quilo.

A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou


passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou
mucosa, dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos
maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas
vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção
intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal
apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas
microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida,
os íons e as vitaminas.

Imagem: www.webciencia.com/11_13intes.htm

Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao


fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da
digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados)
chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros
nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas
em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de
proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos
linfáticos e, em seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam as
células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.

INTESTINO GROSSO

É o local de absorção de água, tanto o ingerido quanto a das secreções


digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que
se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do
intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu
trânsito e eliminação pelo ânus.

Imagem: www.webciencia.com/11_14intest.htm

Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon


ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto.
A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o
rodeia, o esfíncter anal.

Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu


trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis,
reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias
estranhas, geradoras de enfermidades.

As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem


absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal.
Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem
eliminadas.

O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos,


normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis.
Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se
condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.

GLÂNDULAS ANEXAS

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula


mista, de mais ou menos 15
cm de comprimento e de
formato triangular, localizada
transversalmente sobre a
parede posterior do abdome,
na alça formada pelo duodeno,
sob o estômago. O pâncreas é
formado por uma cabeça que
se encaixa no quadro
duodenal, de um corpo e de
uma cauda afilada. A secreção
externa dele é dirigida para o
duodeno pelos canais de
Wirsung e de Santorini. O canal
Imagem: de Wirsung desemboca ao lado
www.webciencia.com/11_17pancreas.ht do canal colédoco na ampola
m de Vater. O pâncreas comporta
dois órgãos estreitamente
imbricados: pâncreas exócrino
e o endócrino.

O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas


denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de
finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior,
que desemboca no duodeno, durante a digestão.

O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já


trabalhados no sistema endócrino.

Fígado
É o maior órgão interno, e é ainda
um dos mais importantes. É a mais
volumosa de todas as vísceras, pesa
cerca de 1,5 kg no homem adulto, e
na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg.
Tem cor arroxeada, superfície lisa e
recoberta por uma cápsula própria.
Está situado no quadrante superior
direito da cavidade abdominal.
Imagem: CD O CORPO HUMANO
2.0. Globo Multimídia.

O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o


nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou
hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais
passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para
formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula
biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no
duodeno.

As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias


nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como
esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito
versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz
carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de
carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica
muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado
para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.

Funções do fígado:

• Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras


ingeridas, facilitando, assim, a ação da lípase;
• Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as
quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos
momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em
moléculas de glicose, que são relançadas na circulação;
• Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
• Metabolizar lipídeos;
• Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores
imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de
oxigênio e gorduras;
• Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na
desintoxicação do organismo;
• Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais,
transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento
castanho-esverdeado presente na bile.

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