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isso. Para tal proponho, em relação com o “combate à lesbofobia”, uma prioridade e uma
ação na área de Direitos Humanos, uma prioridade e uma ação na área de Saúde, uma
prioridade e duas ações na área de Segurança Pública e uma prioridade e uma ação na
área de educação. Devem ser debatidas, segundo pertinência, a inclusão dessas
propostas nos eixos supramencionados e não a supressão das ações já aprovadas no
seminário em março de 2010.
A principal prioridade a ser incluída no Plano Municipal, no meu ponto de vista, é o
alargamento da perspectiva de “transversalidade de gênero” nas políticas públicas do
município, em diálogo com a área de Direitos Humanos. Como apontou Lourdes Bandeira
(2005), a transversalidade de gênero é resultado das conferências internacionais de
mulheres (Beijing e Pequim) em que as mulheres reivindicaram que as pautas feministas
e de gênero não fossem tratadas apenas por uma agência específica de governo (como é
o caso da CMPPMulheres em Florianópolis), mas que as diversas agências
governamentais fossem responsabilizadas pela produção da equidade de gênero. A essa
perspectiva incluiria a transversalidade de sexualidades, que responsabilizaria as
unidades do governo municipal no tratamento equitativo e na implantação de políticas
públicas de/para populações de mulheres lésbicas, transexuais e bissexuais em todas as
ações da Prefeitura de Florianópolis. Essa prioridade seria alcançada, portanto, através
da assinatura de um Pacto de Gestão, por parte do prefeito. Se responsabilizaria por esta
ação a CMPPMulheres e esta teria como parceria ideal o Conselho Municipal de Políticas
para as Mulheres. Como resultado veríamos o Pacto Assinado.
Área de Direitos Humanos:
Prioridade Ações Unidade Parcerias ideais Produtos
Responsável
A Lei n° 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha” foi a primeira que
reconheceu explicitamente a conjugalidade homossexual no Brasil. Como lei que aborda
a violência conjugal, aponta em seu artigo 5o que “configura violência doméstica e familiar
contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial” ressaltando,
em parágrafo único, que “as relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual”. A Lei Maria da Penha, apesar de não ser diretamente uma resposta à
lesbofobia reconhece outros modelos de família diferentes do heterossexual e logo
posiciona as populações lésbicas no lugar de sujeitas de direito. Nesse sentido, buscando
densificar as respostas à lesbofobia no município, propomos duas ações em relação com
o combate às violências lesbofóbicas e transfóbicas que dizem respeito à elaboração de
um instrumento municipal de registro dessas violências e a elaboração de um diagnóstico
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sobre esse tipo de violência específica no município. Para estas ações sugere-se o
Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência da Prefeitura de
Florianópolis como unidade responsável indicando a CMPPMulheres como parceriais
ideais. Os produtos esperados dessas ações são o instrumento elaborado e o diagnóstico
elaborado e publicado.
Área de Segurança Pública:
Prioridade Ações Unidade Parcerias ideais Produtos
Responsável
No campo da educação propõem-se uma nova prioridade que está em diálogo com
as ações que vêm sendo implementadas no município. A prioridade “estimular e ampliar o
acesso e permanência de travestis e transexuais na escola” está em consonância com
uma política nacional intitulada “Nome Social”. Em Santa Catarina, através de parecer do
Conselho Estadual de Educação e de parecer do Conselho Universitário da UFSC, tanto
na universidade federal como na rede pública de educação básica travestis e transexuais
podem fazer uso de seus nomes sociais, se assim o desejarem, em seus documentos
escolares (principalmente a chamada). Visando “realizar diagnóstico sobre a
implementação da política do ʻNome Socialʼ na rede de ensino municipal” proponho que a
CMPPMulheres, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e com o Conselho
Municipal de Políticas para as Mulheres centralizem o monitoramento e avaliação dessa
política e publiquem, anualmente, um relatório de progresso.
Área de Educação:
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Referências