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A ESCOLA MODERNA E A ESCOLA À

ANTIGA
• Postado por Patricia Salesbrum Elias em 14 maio 2011 às 14:18
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Entre as escolas chamadas de modernas e as escolas


mais parecidas com as antigas, encontramos um amplo leque de diferenças. Vou tomar
aqui um aspecto muito peculiar: como umas e outras crianças, diferentes entre si pela
genética e pela história de vida, mesmo que curtinha, reagem às diferentes culturas com
relação à disciplina e competição.
Crianças fortes, ágeis, espertas, com bom tônus muscular, boa visão de distância vivem
felizes em qualquer escola, do ponto de vista da disciplina. Sobressaem, defendem-se –
dominam o cenário. Enquanto isso, as menores, mais frágeis, menos espertas
fisicamente temem a presença das fortes e dependem da presença de serventes, bedéis,
monitores, eventualmente professores, para serem protegidas de apanhar e ser
humilhadas.
O ranking entre os mais fortes e os mais frágeis não passa primordialmente pela
produção intelectual, pelo menos nos primeiros anos de escola. Não adianta ter
aprendido a ler primeiro, ter boa caligrafia e ser por isso elogiado pelos professores.
Entre crianças, o valor está na habilidade com que se consegue gerenciar o corpo. É
preciso saber correr, jogar, lançar, bater, equilibrar-se, enfrentar, não chorar à toa,
enfim, sobreviver.

Modernamente, foi introduzida a ideologia da “não intervenção”, como se o tônus


muscular fosse resultante não de genética, mas de um dom divino a ser aperfeiçoado
pelo uso, que deve ser livre. Tônus muscular, além de carga genética, conta também
com a história de vida, o tipo de exercícios feito, os irmãos, primos e vizinhos com
quem convivem, competem e são tomados como modelo. Há um tipo de escola que
costuma fazer um vôo rasante por cima desses fatos, como se eles não existissem, como
se todos fossem iguais entre si e como se sempre tivessem vivido em liberdade ideal e
que basta interagir para que o equilíbrio seja alcançado. Trata-se sem dúvida de algo
que se aproxima de um falso democratismo, uma má compreensão do papel da
competição no desenvolvimento das crianças.
Deixar crianças livres para resolver problemas de obesidade, dislexia, questões
psicomotoras, na primeira infância pode funcionar como uma condenação a uma longa
vida de cidadão de segunda classe. Mesmo que logo mais os valores intelectuais de
apreensão e aplicação de conteúdo comecem a valer, deixando em segundo plano as
habilidades motoras, as cicatrizes dos primeiros anos deixarão marcas.

Criança precisa de proteção, na liberdade dos pátios de recreio. Lembro das palavras de
uma criança que conseguiu sair de uma escola libertária, onde fugia do recreio para a
casa da caseira, para evitar o vexame, ao chegar em casa, no seu primeiro dia em uma
escola mais careta. Ao lhe ser perguntado como tinha sido esse primeiro dia de aula na
escola pública, onde servente está lá também para evitar violência, ela disse: “Tem um
homem que foi separar duas crianças que estavam brigando”. Foi esse seu único
comentário. Desde então, nunca mais precisou se refugiar para fugir à sanha dos mais
fortes e pode se desenvolver no que lhe era mais fácil – dotes intelectuais.

É preciso perceber que a liberdade vale entre, se não iguais, pelo menos semelhantes.
As crianças pequenas diferem muito umas das outras e o sentido de compaixão,
alteridade é incipiente. Portanto, digo eu, a liberdade desprotegida pode ser massacrante
para uns e palco de exibição de força para outros. Não é o melhor ambiente para um
desenvolvimento equilibrado. (Anna Veronica Mautner)

A DESEDUCAÇÃO NO BRASIL
• Postado por Patricia Salesbrum Elias em 14 maio 2011 às 13:53
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Escola não é o primeiro lugar a se educar


o indivíduo, mas na maioria das vezes é o primeiro lugar a deseducá-lo. Será nesse
ambiente que o aluno irá dar continuidade a sua socialização, passo fundamental
para aprender novos valores.
Mas a questão é: Que valores serão esses? O que a sociedade espera do indivíduo?
Até que ponto a escola é obrigada a “formar” e não a educar os alunos?
Ao analisarmos a palavra “formar”, leva-nos a alusões como colocar em forma, o
mesmo que padronizar, estandardizar, isto é, fazer com que os educandos tenham o
mesmo comportamento, atitude e maneira de pensar. Podemos também trabalhar a
palavra “formar” no sentido de construir, dar forma, que é uma outra divergência do que
é esperado, pois, com a globalização e o dinamismo das informações, percebe-se que
nem os profissionais encontram-se formados, ou seja, eles estão em constante formação,
por isso então a escola não forma, apenas faz o aluno galgar os primeiros degraus de sua
construção como cidadão e protagonista.
Seria uma quimera imaginar uma escola a qual o conhecimento não seja tão
institucionalizado? É a tão conhecida pedagogia da autonomia, conceito esse aplicado
em regiões na qual a educação é vista como fator de suma importância para o
crescimento e desenvolvimento, por isso, ela é investimento. No Brasil, a educação é
vista como gasto, e por isso se aplica a pedagogia do empurrão ou pedagogia do
emburrecimento, ou seja, reprovação zero, reprovação essa que, apesar de não existir
mais nas escolas, existirá na vida.
A escola está preparando esse aluno para o quê? Quando o educando sair desse
sistema, a sociedade irá se lembrar que não existe reprovação e, consequentemente, não
irá reprová-lo também? Será que estamos preparando nossos educandos para se
tornarem homens de bem? Sêneca (por volta de 4 a. C. – 65) insistia na educação para a
vida e a individualidade: “non scholae, sed vitae est docendum”, isto é, “não se deve
ensinar para a escola mas para a vida” e para que vida estamos ensinando nossos
alunos? Uma vida de mediocridades e de miséria que fará do educando um mero
escravo do destino?
Este trabalho tem o intuito de levantar dúvidas e fomentar uma criticidade no
educador fazendo com que o mesmo analise até que ponto se sente manipulado por um
discurso que se faz imperar uma demagogia e o leva a ser mais um multiplicador de
números que mascaram uma realidade que violenta a dignidade de um povo. Precisamos
fugir da esperança, pois ela apenas prolongará o nosso tormento, deixando-nos passivos
e inertes. Necessitamos apenas de atitudes. Será que estamos tão cansados a ponto de
nadarmos contra uma maré de descasos com a verdadeira educação?
Precisamos repensar a função da escola e o ato de educar e sair de nossa passividade
intensa, de nosso estado cataléptico para um protagonismo que implicará em mudanças.
Terezinha Azerêdo Rios nos mostra uma visão pessimista sobre a escola enquanto a
sociedade apresentar suas limitações e, em contrapartida, nos dá também uma visão
otimista falando que uma boa escola ajuda a uma boa sociedade. A questão é: quem é o
maior influenciador nesse processo? A sociedade ou a escola? Seja qual for a sua
resposta, não estamos levando nossos alunos a uma reflexão. Estamos alienando-os cada
vez mais e tornando-os manipuláveis por um poder corruptor.
Cabe à escola oferecer ao aluno um agir interativo com o seu contexto, com uma
identidade responsável, e dar forma ao conhecimento que será aplicado as suas
necessidades sentidas e vivenciadas com o seu entorno.
Texto de Wolmer Ricardo Tavares, mestre em Educação e Sociedade e docente da
Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) – E-mail:
wolmertavares@gmail.com

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