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Mensagem nº.

2
Tema: Deserto sem deserção

Para algumas pessoas a oração é um auto-serviço em que você coloca a moeda e escolhe
o produto. Para outro é como um jogo de parque de diversões, você coloca a moeda na
máquina e se der sorte ou dominar a técnica você sai com o prêmio. Ainda para outros,
orar é como um jogo olímpico, uma maratona de palavras, quem pára primeiro perde. O
caso é que a oração não é assim.
Eu me lembro de um moço, no início da minha fé cristã que quando ele orava co
coração contrito ele dizia: “Deus, tenha misericórdia de mim porque eu sou pior do que
papinha de criança”.
O mérito da oração deste irmão era a sua espontaneidade; embora estranha, reconheço.
Mas seja como for, nós podemos entender a respeito da oração, a luz da Palavra de
Deus é que a oração nos traz alívio interior porque a oração nos alinha com a pessoa de
Deus. É onde podemos abrir o nosso coração, podemos falar das nossas frustrações, dos
nossos sucessos, podemos falar com Deus a respeito das coisas que desejamos e das
coisas que não desejamos. Podemos falar com Deus a respeito dos nossos sonhos,
podemos falar com Deus a respeito do nosso desânimo e Deus está sempre disposto a
nos ouvir.
Imagine que você tivesse convivido como um dos discípulos de Jesus, logo ali, nos seus
primeiros anos de ministério e você tivesse a oportunidade de pedir ao mestre Jesus que
te ensinasse a orar. Esta, sem dúvida, seria uma oportunidade ímpar. Pois isto
aconteceu, nós encontramos o registro disso na Palavra de Deus no evangelho de Lucas
no cap. 11, nos vv. de 2 a 4 e encontramos em Mateus cap. 6, vv. de 5 a 13. Vejamos o
texto de Lucas o que nos diz a Palavra de Deus:

“E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja
o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.
Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;
E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve,
e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal.”

E em Mateus cap. 6, vv de 5 a 13 nós temos uma pequena variante desta mesma oração,
onde diz assim a Palavra de Deus:

“E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas
sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo
que já receberam o seu galardão.
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito
falarem serão ouvidos.
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes
de vós lho pedirdes.
Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a
glória, para sempre. Amém.”
Quando olhamos neste texto de Mateus, a primeira coisa que Jesus diz é como não
devemos orar. Lembre-se, o contexto, os discípulos estão pedindo para que o mestre
Jesus os ensine a orar. E Jesus começa primeiro considerando negativamente, como não
orar e Jesus diz assim, no v. 5, que nós não devemos orar para impressionar os homens:

“E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas
sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo
que já receberam o seu galardão.”

O problema destas pessoas, o problema das pessoas naqueles dias em que Jesus trazia o
seu ensinamento é que a oração deles visava apenas impressionar os homens, ele
desejam apenas que os homens reconhecessem seu belo e sofisticado vocabulário, que
os homens pudessem ao término destas longas orações, apenas reconhecerem quão
brilhante ou espiritual eles eram. Jesus disse: quando vocês orarem , vocês que são
meus discípulos não orem assim, não orem para impressionarem os homens. Mas
também é interessante que no v. 7, Jesus disse:

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios (ou os não-judeus, ou os
pagãos neste contexto), que pensam que por muito falarem serão ouvidos.”

Jesus quer dizer: não ore para impressionar a deus. As nossas palavras, o nosso
vocabulário, a nossa sofisticação não impressiona a Deus.
Muitos povos antigos e muitos ainda hoje utilizam a repetição de palavras ou frases
produzindo uma espécie de auto-hipnose, tentando impressionar a Deus, acreditando
que pela sua repetição frenética Deus ficará impressionado com eles, mas isso não pode
acontecer. Um exemplo que temos no antigo testamento de um episódio que um grupo
de pessoas fez isto encontra-se em I Reis 18:26, diz assim:

“E tomaram o bezerro que lhes dera, e o prepararam; e invocaram o nome de Baal,


desde a manhã até ao meio dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz,
nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que tinham feito.”

Imagine a cena. Estas pessoas estão ali com um sacrifício para oferecerem ao falso Deus
pagão, Baal e eles gritam desde a manhã até o meio-dia a mesma coisa: “Ah! Baal,
responde-nos! Ah! Baal, responde-nos!”. E eles fazem isto de maneira tão frenética que
a ultima parte deste versículo nos diz que eles acabaram numa histeria coletiva. O texto
diz: saltavam sobre o altar que tinham feito. Todas estas pessoas estão pulando e
repetindo a mesma coisa e o texto nos diz: porém, nem havia voz, nem quem
respondesse.
Em atos 19:34, temos um outro exemplo muito parecido, diz assim:

“Mas quando conheceram que era judeu, todos unanimemente levantaram a voz,
clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios.”

Por duas horas repetiam a mesma coisa: Grande é a Diana dos efésios.
O que nós temos nestas duas passagens são repetições vãs, repetições vazias. E Jesus
estava dizendo que os seus discípulos não deveriam ser pessoas que repetem
incansavelmente as mesmas palavras, as mesmas frases pensando que Deus, de alguma
forma ficará impressionado com isso. Deus não se impressionará com repetição de
palavras. Como orar então? Na seqüência do texto Jesus passa a ensinar os seus
discípulos agora considerando positivamente o que deveria ser feito. Então, no v. 6,
Jesus diz: ore com intimidade:

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Jesus obviamente não queria dizer aqui que todas as atividades de oração pública
deveriam ser restringidas ou deveriam ser canceladas. Nós temos vários exemplos,
especialmente nos primórdios da igreja cristã em que os discípulos oravam juntos. O
que Jesus está dizendo aqui é algo mais profundo, é que as minhas orações não devem
ser produto de status social, mas deve ser a realidade de uma vida íntima, profunda com
Deus.
Note, Jesus disse: entre no quarto, com aporta fechada; e observe ainda a palavra
secreta que repete-se no texto por duas vezes. O texto diz:

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto...”

Quarto aqui, é a palavra utilizada pelo tradutor, mas em outras partes ela pode significar
o interior da casa, seria o que algumas pessoas chamam de closet, onde você entra e
troca de roupa. É o lugar em que você pode estar nu, é o lugar em que você pode ser
quem você é, sem segredos.
O que Jesus está dizendo que nossa intimidade com Deus é uma intimidade tão
profunda que é o lugar em que eu posso ser quem realmente sou.
A oração é o lugar em que você é, nada mais e nada menos que você mesmo. É o lugar
em que você não precisa mais impressionar ninguém com as suas roupas, com o seu
jeito de dizer, com o seu jeito de falar, com a sua postura; a oração é um lugar em que
você pode ser quem é.
Ore em secreto, teu Pai te vê em secreto. Jesus está falando de intimidade, intimidade
profunda em que eu e você deixamos de fazer como fazem os pagãos que buscam
impressionar a Deus com suas palavras rebuscadas. Nós podemos ser exatamente quem
somos, com tudo que somos e podemos abrir o coração a Deus.
Então, como orar? Ore com intimidade. Segundo: ore com segurança, v. 8, Jesus diz
assim:

“Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes
de vós lho pedirdes.”

Deus, o Pai, conhece todas as nossas necessidades. Aliás, só oramos quando, de fato,
confiamos em deus porque nós não gastaríamos tempo com aquilo que não funciona,
não gastaríamos tempo com alguém em quem não confiamos, mas note, o texto
pressupõe confiança em deus e não no desfecho da oração, ou seja, Deus sabe o que
necessito e não me negará aquilo que necessito por outro lado, ele não me dará uma
cobra se eu lhe peço um peixe; nem me dará uma pedra se lhe pedir pão.
Assim, se estou pedindo cobra e pedra, continuarei a receber pão e peixe, quando
amadurecemos, então nós vamos entender que podemos agradecer a Deus por as
chamadas “orações não respondidas”; porque algumas vezes nós estaremos pedindo
pedra e cobra e Deus não nos dará nem uma coisa nem outra porque temos a garantia de
que o Pai sabe do que temos necessidade e é isso que ele nos dará.
Deus não nos dará para as nossas voracidades, ele nos dará de acordo com as nossas
necessidades.

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