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CAPÍTULO 2
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA MONOFÁSICO
1.0 Introdução
O transformador que estudaremos será o transformador de potência, ou seja,
aquele que transfere potência através de um circuito magnético de um enrolamento
(primário) até um outro enrolamento (secundário) com tensões e correntes distintas.
1.1 Utilização
Sabemos que a perda ôhmica (joule) é proporcional ao quadrado da corrente
(potência dissipada em um condutor na forma de calor).
W=R.I2
P = V . I . cos ϕ
1
2.0 Transformador ideal
dφ
e= −N onde o sinal negativo indica que a força eletromotriz e é
dt
considerada como sendo uma fonte de tensão, como na figura 1, e1 esta fazendo
a função de carga , ou seja corrente entrando no positivo (receptor), utilizaremos
a notação passiva de sinal.
dφ
e= N ℑ = N . I = ℜ .φ = H . l
dt
2
Utilizando-se valores eficazes, podemos deduzir a equação fundamental do
transformador, apresentada abaixo.
dφ
e1 = N 1 → E1 = 4,444 . N 1 . f . Bm . A
dt
dφ
e2 = N 2 → E 2 = 4,444 . N 2 . f . Bm . A
dt
dφ
e3 = N 3 → E 3 = 4,444 . N 3 . f . Bm . A
dt
dφ
e1 = N 4 → E 4 = 4,444 . N 4 . f . Bm . A
dt
E1 E 2 E3 E 4
= = = = ⋅⋅⋅
N1 N 2 N 3 N 4
V1 V2
= 1a equação do transformador
N1 N 2
Como transformador ideal não apresenta perdas, a soma das potências que
entram é a mesma das que saem do transformador ideal (sempre nula).
p1 + p 2 + p 3 + p 4 = 0
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Figura 2 – Transformador ideal constituído de dois enrolamentos
p1 + p 2 = 0 por tan to e1 . i1 + e2 . i2 = 0
e1 e N2
Como: = 2 → e2 = e1 .
N1 N2 N1
N2
Vem: e1 . i1 + e1 . . i2 = 0 → i1 . N 1 + i2 . N 2 = 0
N1
Portanto ℑ1 + ℑ2 = 0 → i1 . N1 = − i2 . N 2
⎛N ⎞ ⎛N ⎞
i1 = − ⎜⎜ 2 ⎟⎟ . I 2 m . cos(ωt ) → i1 = ⎜⎜ 2 ⎟⎟ . I 2 m . cos(ωt + π )
⎝ N1 ⎠ ⎝ N1 ⎠
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A corrente i1 está defasada de 180º em relação à i2 .
Tomando as correntes em valores eficazes (rms) temos a segunda equação do
transformador.
N1 . I 1 = N 2 . I 2 2a equação do transformador
v1 = V1m . cos(ωt )
V1m V1m
cos (ωt − π )
1
L ∫
i1 = v1 dt → i1 = sen (ωt ) → i1 =
ωL ωL 2
N1
e como N 1 . i1 = − N 2 . i2 → i2 = − . i1
N2
i2 = I 2 m . cos (ωt + π )
2
5
Figura 4 – Diagrama fasorial de i1, i2 e v1 do transformador da figura 3
Como o fluxo é proporcional a corrente, este deve estar em fase com a corrente
que o produz.
L . i1 L . I 1m
φ= = . cos (ωt − π ) = φ m . cos (ωt − π )
N1 N1 2 2
dφ
e2 = − N 2 . → e2 = N 2 .φ m .ω . cos (ωt ) → e2 = E 2 m . cos (ωt )
dt
A tensão e2, esta em fase com a tensão v1 e adiantada de 90º em relação ao fluxo.
A tensão e1 esta em fase com a tensão e2.
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Figura 6 – Diagrama fasorial de i1, v1, e1, i2, v2, e2, φ mútuo ,do transformador da figura 3
Adotando ωt = 0 → referência
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Figura 7 – Diagrama fasorial de I1, V1, E1, I2, V2, E2, φ mútuo ,do transformador da figura 3
figura 3
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Figura 9 – circuito eletromagnético de um transformador real
φ mútuo ou φ12 → é o fluxo produzida na bobina N1, que enlaça a bobina N2.
XL = ω . L
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Quando conectamos uma carga no secundário do transformador, aparece I2.
Da mesma forma que no primário
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onde:
RF Perda Foucault
RH Perda Histerese
Rme Perda magneto estrictiva
Rr Perda de ruídos
onde:
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Vp Vs Np
= log o Vp = .Vs
Np Ns Ns
ou seja :
N1
V2' = .V2
N2
Ns
N p .i p = N s .is → ip = .is
Np
ou seja :
N2
i 2' = .i2
N1
3.2.3 Numa unidade ideal, temos que a potência primária é igual à potência
secundária.
Sp = Ss
Qual valor de impedância no primário que corresponde à impedância de
secundário?
2 2
Vp2 Vs2 ⎛ N p ⎞ Vs2 Vs2 ⎛ Np ⎞
= → ⎜⎜ ⎟⎟ . = portanto Z p = ⎜⎜ ⎟⎟ . Zs
Z p Zs ⎝ s⎠
N Z p Zs ⎝ Ns ⎠
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2
⎛N ⎞
R = ⎜⎜ 1
'
2
⎟⎟ . R 2 → resistência sec undária referida ao primário
⎝ N2 ⎠
2
⎛N ⎞
X '
L2 = ⎜⎜ 1 ⎟⎟ . X L 2 → reatância sec undária referida ao primário
⎝ N2 ⎠
Potência saída
η=
Potência entrada
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Potência entrada = Potência saída + perdas
5.0 Regulação
É a variação na tensão terminal do secundário em circuito aberto e em plena
carga. Esta definição normalmente se consolida para corrente nominal com carga
puramente resistiva.
A regulação é expressa em porcentagem do valor da tensão em plena carga.
V 20 − V 2 n V 1 − V 2'
R = . 100 (% ) = . 100 (% )
V2n V 2'
Prof. Malange
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