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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO

FACULDADE DE ENGENHARIA - DEP. DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ELE 0941 - ELETROTÉCNICA

CAPÍTULO 2
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA MONOFÁSICO

1.0 Introdução
O transformador que estudaremos será o transformador de potência, ou seja,
aquele que transfere potência através de um circuito magnético de um enrolamento
(primário) até um outro enrolamento (secundário) com tensões e correntes distintas.

1.1 Utilização
Sabemos que a perda ôhmica (joule) é proporcional ao quadrado da corrente
(potência dissipada em um condutor na forma de calor).

W=R.I2

Numa transmissão de energia elétrica, é importante diminuir estas perdas para


que a potência transmitida seja razoavelmente estável.

Sendo a potência (ativa) transmitida.

P = V . I . cos ϕ

Para diminuirmos a corrente (consequentemente as perdas) a única maneira é


subir a tensão para que o produto V.I seja constante.
É nesta situação que se necessita um uso tão grande dos transformadores de
potência.

1
2.0 Transformador ideal

2.1 Equações básicas


Um transformador é considerado ideal quando:

• Possui núcleo com permeabilidade infinita ( μ = ∞ ) e sem perdas


(Histerese, Foucault, etc.) - ℜ = 0 .
• Tem enrolamentos de condutor sem perdas (R = 0).
• Não apresenta fluxo de dispersão, todo fluxo produzido por um
enrolamento, concatena o outro.

Figura 1 – Circuito eletromagnético de um transformador ideal com 4 bobinas

Para o transformador ideal, valem todas equações do eletromagnetismo.


e= −N onde o sinal negativo indica que a força eletromotriz e é
dt
considerada como sendo uma fonte de tensão, como na figura 1, e1 esta fazendo
a função de carga , ou seja corrente entrando no positivo (receptor), utilizaremos
a notação passiva de sinal.

e= N ℑ = N . I = ℜ .φ = H . l
dt

2
Utilizando-se valores eficazes, podemos deduzir a equação fundamental do
transformador, apresentada abaixo.


e1 = N 1 → E1 = 4,444 . N 1 . f . Bm . A
dt

e2 = N 2 → E 2 = 4,444 . N 2 . f . Bm . A
dt

e3 = N 3 → E 3 = 4,444 . N 3 . f . Bm . A
dt

e1 = N 4 → E 4 = 4,444 . N 4 . f . Bm . A
dt

E1 = 4,444 . N 1 . f .φ m = 4,444 . N 1 . f . Bm . A Eq. fundamental do transformador

com essa equações encontramos a primeira equação do transformador.

E1 E 2 E3 E 4
= = = = ⋅⋅⋅
N1 N 2 N 3 N 4

para transformador com dois enrolamentos:

V1 V2
= 1a equação do transformador
N1 N 2

Um transformador obedece rigidamente o princípio da reversibilidade, ou seja,


se aplicarmos a tensão nominal em qualquer enrolamento aparecerá nos outros suas
tensões nominais.

Como transformador ideal não apresenta perdas, a soma das potências que
entram é a mesma das que saem do transformador ideal (sempre nula).

p1 + p 2 + p 3 + p 4 = 0

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Figura 2 – Transformador ideal constituído de dois enrolamentos

Tomemos um transformador com 2 enrolamentos (embobinamentos) conforme


figura 2

Balanço de potência (valores instantâneos):

p1 + p 2 = 0 por tan to e1 . i1 + e2 . i2 = 0

e1 e N2
Como: = 2 → e2 = e1 .
N1 N2 N1

N2
Vem: e1 . i1 + e1 . . i2 = 0 → i1 . N 1 + i2 . N 2 = 0
N1

A equação acima mostra que a soma das f.m.m. é sempre nula.

Portanto ℑ1 + ℑ2 = 0 → i1 . N1 = − i2 . N 2

Fazendo i2 = I 2 m cos( ωt ) temos:

⎛N ⎞ ⎛N ⎞
i1 = − ⎜⎜ 2 ⎟⎟ . I 2 m . cos(ωt ) → i1 = ⎜⎜ 2 ⎟⎟ . I 2 m . cos(ωt + π )
⎝ N1 ⎠ ⎝ N1 ⎠

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A corrente i1 está defasada de 180º em relação à i2 .
Tomando as correntes em valores eficazes (rms) temos a segunda equação do
transformador.

N1 . I 1 = N 2 . I 2 2a equação do transformador

2.2 Análise fasorial


Seja uma alimentação em tensão alternada

v1 = V1m . cos(ωt )

Figura 3 – Transformador ideal alimentando uma carga puramente indutiva

Como o circuito é puramente indutivo.

V1m V1m
cos (ωt − π )
1
L ∫
i1 = v1 dt → i1 = sen (ωt ) → i1 =
ωL ωL 2

N1
e como N 1 . i1 = − N 2 . i2 → i2 = − . i1
N2

i2 = I 2 m . cos (ωt + π )
2

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Figura 4 – Diagrama fasorial de i1, i2 e v1 do transformador da figura 3

A corrente i1 esta atrasada de 90º em relação a v1.

Como o fluxo é proporcional a corrente, este deve estar em fase com a corrente
que o produz.

L . i1 L . I 1m
φ= = . cos (ωt − π ) = φ m . cos (ωt − π )
N1 N1 2 2

Figura 5 – Diagrama fasorial de i1, v1 e φ mútuo do transformador da figura 3


e2 = − N 2 . → e2 = N 2 .φ m .ω . cos (ωt ) → e2 = E 2 m . cos (ωt )
dt

A tensão e2, esta em fase com a tensão v1 e adiantada de 90º em relação ao fluxo.
A tensão e1 esta em fase com a tensão e2.

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Figura 6 – Diagrama fasorial de i1, v1, e1, i2, v2, e2, φ mútuo ,do transformador da figura 3

2.3 Representação fasorial

Adotando ωt = 0 → referência

v1 (t ) = V1m . cos (ωt ) → V&1 = V1m ∠0

e1 (t ) = E1m . cos (ωt ) → E& 1 = E1m ∠0

e2 (t ) = E 2 m . cos (ωt ) → E& 2 = E 2 m ∠0

i1 (t ) = I 1m . cos (ωt − π ) → I&1 = I 1m ∠ − 90


2

i2 (t ) = I 2 m . cos (ωt + π ) → I&2 = I 2 m ∠90


2

φ (t ) = φ m . cos (ωt − π 2 ) → φ& = φ m ∠ − 90

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Figura 7 – Diagrama fasorial de I1, V1, E1, I2, V2, E2, φ mútuo ,do transformador da figura 3

2.4 Representação no domínio do Tempo

Figura 8 – Representação no Domínio do tempo de v1, I2, φ mútuo ,do transformador da

figura 3

3.0 Transformador Real

8
Figura 9 – circuito eletromagnético de um transformador real

φ mútuo ou φ12 → é o fluxo produzida na bobina N1, que enlaça a bobina N2.

φ d → é o fluxo produzido em N1 que é perdido ou disperso pelo ar.

3.1 Circuito equivalente


Nos embobinamentos do transformador real, existem, alem da dispersão do
fluxo, a perda no cobre das bobina.
O fluxo de dispersão pode ser representado por uma reatância indutiva, e as
perdas ôhmicas por uma resistência.

XL = ω . L

Figura 10 – circuito elétrico representativo das perdas no primário do transformador

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Quando conectamos uma carga no secundário do transformador, aparece I2.
Da mesma forma que no primário

Figura 11 – circuito elétrico representativo das perdas no secundário do transformador

A corrente i1 deve atender a duas situações:

a) Gerar o fluxo mútuo (magnetizar o núcleo)


− corrente de excitação do transformador I0
− simular as perdas no núcleo

b). Contrabalançar a f.m.m. gerada por i2


− corrente de carga.

Então o circuito equivalente fica:

Figura 12 - circuito equivalente completo de um transformador

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onde:
RF Perda Foucault
RH Perda Histerese
Rme Perda magneto estrictiva
Rr Perda de ruídos

As perdas no núcleo podem ser simplificadas conforme figura abaixo.

Figura 13 - circuito equivalente simplificado de um transformador

onde:

Rp → Representa as perdas no núcleo


Xm→ Reatância de magnetização do núcleo

3.2 Parâmetro referidos

3.2.1 Qual o valor de tensão no primário do transformador representa o valor tensão


secundária ?

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Vp Vs Np
= log o Vp = .Vs
Np Ns Ns

ou seja :

N1
V2' = .V2
N2

3.2.2 Qual o valor da corrente no primário do transformador representa o valor da


corrente secundária ?

Ns
N p .i p = N s .is → ip = .is
Np

ou seja :

N2
i 2' = .i2
N1

3.2.3 Numa unidade ideal, temos que a potência primária é igual à potência
secundária.

Sp = Ss
Qual valor de impedância no primário que corresponde à impedância de
secundário?

2 2
Vp2 Vs2 ⎛ N p ⎞ Vs2 Vs2 ⎛ Np ⎞
= → ⎜⎜ ⎟⎟ . = portanto Z p = ⎜⎜ ⎟⎟ . Zs
Z p Zs ⎝ s⎠
N Z p Zs ⎝ Ns ⎠

ou seja, para o circuito equivalente referido ao primário teremos:

12
2
⎛N ⎞
R = ⎜⎜ 1
'
2
⎟⎟ . R 2 → resistência sec undária referida ao primário
⎝ N2 ⎠

2
⎛N ⎞
X '
L2 = ⎜⎜ 1 ⎟⎟ . X L 2 → reatância sec undária referida ao primário
⎝ N2 ⎠

O novo circuito equivalente referido ao primário fica

Figura 14 - circuito equivalente de um transformador, referido ao primário

Pode-se também referir todos os parâmetros do primário para o secundário,


2
N Np ⎛N ⎞
Vs = s .V p is = .i p Zs = ⎜ s ⎟ . Zp
Np Ns ⎜N ⎟
⎝ p ⎠

4.0 Rendimento do transformador real

Potência saída
η=
Potência entrada

Potência saída = S. cos ϕ = V1m . I1m . cos ϕ

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Potência entrada = Potência saída + perdas

onde: cos ϕ - é o fator de potência da instalação.


Perdas - podem também serem calculadas através dos ensaios à vazio e em
curto circuito.

5.0 Regulação
É a variação na tensão terminal do secundário em circuito aberto e em plena
carga. Esta definição normalmente se consolida para corrente nominal com carga
puramente resistiva.
A regulação é expressa em porcentagem do valor da tensão em plena carga.

V 20 − V 2 n V 1 − V 2'
R = . 100 (% ) = . 100 (% )
V2n V 2'

Prof. Malange

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