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TRATAMENTOS TÉRMICOS
Vitória
2011
Cristiane Virgínia da Silva Rangel
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
2 PROPRIEDADES DO MAGNÉSIO..............................................................................3
3 LIGAS DE MAGNÉSIO............................................................................................... 4
3.1 Tipos de liga............................................................................................................ 4
4 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS DE MAGNÉSIO.........................................................6
4.1 Propriedades das ligas de magnésio....................................................................7
5 RESISTENCIA À CORROSÃO................................................................................... 7
6 PROCESSAMENTO DAS LIGAS................................................................................8
7 TRATAMENTOS TERMICOS APLICÁVEIS E SUAS FINALIDADES.......................11
7.1 Tratamentos térmicos aplicáveis..........................................................................11
8 APLICAÇÕES DAS LIGAS DE MAGNÉSIO.............................................................12
9 CONCLUSÃO............................................................................................................ 13
10 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 14
1. INTRODUÇÃO
2. PROPRIEDADES DO MAGNÉSIO
Número atômico 12
Massa atômica 24.31
Cor Cinza prateado
Densidade 1.738 g/cm-3 a 20ºC
Ponto de fusão 650ºC
Ponto de ebulição 1103ºC
Estrutura cristalina HCP
Calor de combustão 25020 kJ*kg-1
Temperatura da chama ~2800ºC
Calor de fusão 368 kJ*kg-1
Calor de vaporização 5272 kJ*kg-1
Calor específico 1025 J*K-1 a 20ºC
Pressão de vapor 360 Pa a 650º
Estado de valência Mg2+
Viscosidade 1.25
O magnésio é o mais leve dos metais estruturais com a densidade de 1,74 g/cm3 (Fig. 1.1),
além de ser um metal reativo usualmente encontrado na natureza sob a forma de óxido,
carbonato ou silicato, muitas vezes em combinação com o cálcio. A sua elevada reatividade é
uma das razões pela qual a produção de magnésio requer grande quantidade de energia. Uma
grande desvantagem do magnésio é a facilidade à corrosão, esta característica impede a sua
utilização sem adição de elementos de liga. A sua estrutura hexagonal compacta é também
uma desvantagem pois dificulta o trabalho a frio.
Estanho (Sn)
Niquel (Ni)
Zinco (Zn)
Alumínio (Al)
Magnésio (Mg)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Densid ade (ton/ m^ 3)
3. LIGAS DE MAGNÉSIO
O magnésio é utilizado principalmente como elemento de liga, e suas ligas são tratadas
termicamente para melhorar suas propriedades mecânicas. O tipo de tratamento térmico
depende da composição, da forma (fundido ou forjado) e também das condições de serviços
desejaveis.
Ligas Mg-Al
As ligas de Mg-Al-Zn têm uma importância industrial pois apresenta uma boa combinação
de baixo peso, resistência mecânica e resistência à corrosão.
A adição de zinco aumenta a resistência desta ligas por solução sólida e precipitação.
O aumento do teor deste elemento pode provocar um aumento da microporosidade e da
contracção neste tipo de ligas. Estas não são particularmente resistentes ou dúcteis mas têm
baixa densidade e são relativamente de fácil produção. Têm o inconveniente de não poderem
ser aplicadas a temperaturas superiores a 95ºC. A liga AZ91 é a mais utilizada.
A resistência à corrosão do magnésio em condições normais pode ser melhorada com
a diminuição dos teores de impurezas de ferro, níquel e cobre.Temos como exemplo a liga de
alta pureza AZ91D.
Ligas de Mg-Zn-Zr
Estas ligas apresentam excelentes propriedades mecânicas, no entanto não têm uma
vasta aplicação devido à sua suscetibilidade à microporosidade durante o vazamento, não são
soldáveis devido à elevada quantidade de zinco (5 a 6%) e sofrem fissuração a quente. O zinco
permite um aumento da resistência da liga, enquanto o zircónio refina o grão.
Estas ligas têm uma soldabilidade relativamente boa porque o seu baixo ponto de fusão
eutético forma uma cadeia nas ligações dos grãos durante a solidificação na qual tenderá a
diminuir a microporosidade. No entanto, as forças de tensão à temperatura ambiente das ligas
EZ33-T5 e ZE41-T5 são relativamente baixas devido em parte à remoção de Zn da solução
sólida para formar as fases estáveis da liga Mg-Zn-Terras Raras nas ligações do grão. No
entanto, as ligas EZ33 e ZE41 têm uma boa resistência à fadiga.
Para aplicações a temperaturas entre 200 e 250ºC foram desenvolvidas as ligas Mg-
Ag-Terras Raras e Mg-Y-Terras Raras. Com o objetivo de melhorar as propriedades mecânicas
a altas temperaturas surgiu a liga QE22A, a prata substitui zinco e as propriedades mecânicas
são melhoradas pela ação de afinação do grão através do zirconio. A utilização de ítrio surge
para ultrapassar os problemas inerentes ao tório e à prata. O primeiro causa problemas
ambientais e a prata tem um preço muito instável.
Na liga WE54A, o ítrio aparece em quantidades de 5 % combinado com o elemento
terras raras. Esta liga tem melhores propriedades a altas temperaturas e tem uma resistência à
corrosão quase tão boa como as ligas de alta pureza do tipo Mg-Al-Zn.
4. CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS DE MAGNÉSIO
Neste sistema as duas primeiras letras indicam os elementos de liga principais de acordo
com o seguinte código:
A primeira letra indica o elemento de liga que se encontra em mais alto teor. As duas
letras são seguidas de números que indicam as composições nominais (Percentuais em
peso) do principais elementos de liga. As letras “A”, “B” etc, no final referem-se a variações
da composição nominal. A última parte indica o tratamento térmico e/ou mecânico efetuado
na liga:
F – Não tratado
O – Recozido
H10 e H11 – Levemente Encruado
H23, H24, H26 – Encruado e parcialmente recozido
T4 – Tratamento térmico de solubilização
T5 – Envelhecido artificialmente
T6 – Tratamento térmico de solubilização e envelhecido artificialmente (T4 e T5)[4]
Exemplo:
Liga AZ81A-T4
A liga é constituída por alumínio e zinco, com 8 e 1% respectivamente. Foi realizado um
tratamento térmico de solubilização a esta liga.
4.1. PROPRIEDADES DAS LIGAS DE MAGNÉSIO
• Baixa densidade
• Alta resistência
• Baixa ductilidade
• Baixo ponto de fusão
• Boa maquinabilidade
• Soldável
• Boa resistência à fadiga
• Alta resistência ao impacto
• Baixo módulo de Young (45 x 103MPa)
7. RESISTÊNCIA À CORROSÃO
A maior desvantagem apresentada pelo magnésio e pelas suas ligas reside na fraca
resistência à corrosão. Como todos os metais muito oxidáveis, a sua estabilidade só pode ser
conseguida por meio de proteção adequada da superfície. O magnésio e suas ligas não formam
uma película natural de óxido que proteja o metal. As ligas de magnésio escurecem quando
expostas ao ar, pela formação de uma camada de hidróxido de magnésio ou de carbonato de
magnésio, a qual não impede a continuação do ataque.
Para aplicações sujeitas a instabilidades térmicas é importante que o metal seja polido e
isento de bolhas podendo estas ser regiões de acumulação de umidade. As ligas que forem
empregadas em ambientes salinos devem ser cuidadosamente protegidas.
Nas ligas de magnésio, a diminuição da resistência mecânica provocada pela corrosão
pode ser estimada pela intensidade do ataque superficial.
8. PROCESSAMENTO DAS LIGAS
Equipamentos:
Cadinhos
Como o magnésio fundido não ataca o ferro da mesma forma que o alumínio, os
cadinhos podem ser fabricados a partir de materiais ferrosos. Então, os aços utilizados para o
sua fabricação são de baixo teor de carbono (%C < 0.12) e um teor em cobre e em níquel
abaixo de 0.10%, pois estes dois elementos afetam de forma adversa a resistência à corrosão
das ligas de magnésio.A capacidade dos cadinhos varia entre 30 e 910 Kg.
O uso de cadinhos metálicos permite a existência de um espaço livre debaixo dos
mesmos que apresenta uma dupla vantagem:
Colheres de Vazamento
As colheres de vazamento são utilizadas para vazamento manual e podem ser em
forma de balde (Fig. 1.2) ou hemisféricas. São também fabricadas em aço de baixo carbono e
baixo níquel.
Os fornos de fusão das ligas de Mg para fundição são normalmente fornos de cadinho de
processamento.
Neste tipo de forno poder ocorrer a fuga de metal líquido se a espessura das paredes
do cadinho não for verificada regularmente, pois a mesma tende a diminuir por ação da chama.
Outro aspecto importante a considerar é a remoção do metal agregado no exterior do cadinho,
pois se esta operação não for efetuada, o perigo de explosão por reação do óxido de ferro com
indução surgem como alternativa, pois, apesar do elevado investimento inicial, ocupam menos
Escolha do forno
• A superfície exposta do metal líquido deve ser a menor possível de modo a reduzir as
possibilidades de oxidação e absorção dos gases.
• Manter-se o banho tão pouco agitado quanto possível (nas operações de
carregamento, fusão e purificação).
• É conveniente a uniformidade da temperatura no aparelho, assim como um bom
controle dessa temperatura.
Deste modo o forno de indução a alta frequência não poderá ser empregado por provocar uma
agitação muito intensa do banho metálico. Apesar de ser utilizado no alumínio, o forno de
indução de baixa frequência e de núcleo magnético apresenta vários inconvenientes, não se
adequando bem à fusão do magnésio. O forno de cadinho é aquele que melhor satisfaz os
requisitos acima mencionados. Pode ser aquecido a gás, eletricamente ou a óleo sendo este
não muito utilizado por questões ambientais. Quando é aquecido a óleo, o consumo deste é de
22 a 25% em relação ao peso de magnésio.Quando o aquecimento é elétrico, embora a energia
necessária para fundir 1Kg de metal não seja elevada, é necessário um potencial muito superior
para se conseguir uma fusão rápida.
Proteção do Banho
Constituição da Carga
Vazamento
O vazamento no molde deve ser feito à temperatura mais baixa possível de acordo com
a forma do objeto a fundir e sob uma atmosfera protetora. Deve-se evitar o balanceamento do
cadinho para não destacar a crosta do fluxo. Alguns cadinhos de vazamento possuem o “bico
de chaleira” que é muito conveniente.