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Bibliografia :
A tramitação processual penal ..............Dr. A. Augusto Tolda Pinto
Direito Processual Penal ...........................Dr. Jorge Figueiredo Dias
Dicionário de DP e DPP...Drs. Henriques Eiras e Guilhermina Fortes
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António Filipe Garcez José
Direito processual penal
É o conjunto das normas jurídicas que orientam e disciplinam o
processo penal.
P° da oficialidade
• promoção ou iniciativa processual P° da legalidade
P° da acusação
P° da investigação
P° da contradição
• prossecução ou decurso processual P° da suficiência
P° da concentração
P° da celeridade
P° da economia processual
P° da presunção de inocência
P° da verdade material
• prova
P° da livre apreciação da prova ou P° da prova livre
P° “in dubio pro reo”
P° da publicidade
• forma P° da oralidade
P° da imediação
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António Filipe Garcez José
Princípio da oficialidade
Princípio da oficialidade
Significa que o impulso para investigar a prática das infracções
penais e a decisão de deduzir ou não deduzir acusação cabe a uma
entidade pública estadual que é o Ministério Público (art. 219°/1
CRP e art. 48° CPP)
Acusação
É o acto formal através do qual o Ministério Público imputa a
alguma pessoa factos criminalmente puníveis, indica a lei que os
proíbe e pune e as circunstâncias que agravam o comportamento,
afim de ser submetida a julgamento (arts. 283° e 284°)
Crimes públicos
Dizem-se públicos aqueles em que o MP promove oficiosamente e
por sua própria iniciativa o processo penal e decide com plena
autonomia, embora estritamente ligado pelo princípio da legalidade,
da submissão ou não-submissão de uma infracção a julgamento.
Crimes semi-públicos
Aqueles em que a legitimidade do MP para por eles acusar precisa
de ser integrada por uma denúncia.
Denúncia
Comunicação feita por alguém (o delator) à autoridade dando
conhecimento de que certa pessoa praticou um crime.
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António Filipe Garcez José
Crimes particulares
São aqueles em que para o prosseguimento da acção penal, o
ofendido tem de apresentar queixa, tem de se constituir assistente e
deduzir acusação particular.
Queixa
Manifestação de vontade do ofendido - do titular do direito de
queixa - que tem por fim dar início a um processo por crime
semi-público ou particular.
Assistente
É um colaborador “particular” do Ministério Público na investigação
dos factos jurídicos com relevo criminal, com vista à condenação
dos seus autores; ...
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António Filipe Garcez José
Princípio da legalidade
Princípio da legalidade (arts. 262°/2 e 283°)
Princípio segundo o qual ninguém pode ser obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei escrita
Em direito penal,
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António Filipe Garcez José
- Não se pode fazer a interpretação extensiva das normas
incriminadoras;
Princípio da acusação
Princípio da acusação (art. 32°/5 CRP)
Significa que a jurisdição não intervém oficiosamente, que não
actua sem que a intervenção seja pedida, que deve haver uma
acusação, e que o tribunal não pode alargar o seu poder de julgar a
pessoas ou factos distintos dos que foram objecto dessa acusação.
Imparcialidade do tribunal
Na medida em que apenas terá de julgar os factos objectos de
acusação
Defesa do arguido
Na medida em que a partir da acusação sabe de que é que tem de
se defender.
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António Filipe Garcez José
Princípio da investigação
P° da investigação (art. 340°, 290°, 323° e 327° )
Significa que é o tribunal que investiga os factos sujeitos a
julgamento; isto acontece quando recai sobre o juiz o ónus de
esclarecer e investigar autonomamente os factos submetidos a
julgamento.
Princípio da investigação
Traduz o poder-dever que incumbe ao tribunal de esclarecer e
instruir autonomamente, mesmo para além das contribuições
da acusação e da defesa, o facto sujeito a julgamento, criando
aquele mesmo as bases necessárias à sua decisão.
Princípio do contraditório
P° do contraditório (arts. 327°, 348°, 355° e 32°/5 CRP)
Significa que o processo se desenrola como uma discussão entre
as partes, como um duelo. Cabe às partes trazer ao processo os
elementos que hão-de servir de base à decisão da causa: têm o
ónus de afirmar, contradizer e impugnar.
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António Filipe Garcez José
Princípio da suficiência
P° da suficiência (art.7°)
Significa que o juiz do crime tem competência para conhecer de
todas as questões prejudiciais de que seja necessário conhecer
para a aplicação da lei penal
Princípio da concentração
Princípio da concentração (art. 328°)
Significa que os actos processuais devem ser praticados, tanto
quanto possível, unitária e continuadamente, concentrados no
espaço e no tempo.
Princípio da celeridade
P° da celeridade
Significa que os procedimentos judiciais devem ser rápidos, de
modo a obter a tutela efectiva e em tempo útil dos direitos
liberdades e garantias (arts 20°/4/5, 32°/2 CRP)
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António Filipe Garcez José
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António Filipe Garcez José
• Se a dúvida razoável incide sobre a questão de direito o
princípio “in dubio pro reo” não funciona, devendo o tribunal
escolher a interpretação que juridicamente seja a mais
correcta..
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António Filipe Garcez José
Princípio da imediação
Significa que a decisão jurisdicional só pode ser proferida por quem
tenha assistido à produção das provas e à discussão da causa pela
acusação e pela defesa.
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António Filipe Garcez José
SUJEITOS PROCESSUAIS
Juiz
Ministério Público
Defensor
Assistente
Sujeitos processuais
São o juiz, a quem cabe o exercício da jurisdição, o Ministério
Público, o arguido, o assistente e o defensor, aos quais cabe o
exercício de poderes e deveres que se conglobam na noção de
acção, quer na forma de acusação, quer na forma de defesa.
JUIZ
O juiz (arts. 110°, 202°, 203°, 204°, 216°/1, 217° e 218° CRP)
Magistrado que tem por função ministrar a justiça. O juiz no
exercício das suas funções tem de realizar os interesses de todo o
povo, decidindo com imparcialidade, com justiça e fundamentando
as suas decisões.
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António Filipe Garcez José
• A independência e a imparcialidade dos juizes são
pressupostos da boa justiça e da liberdade.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Ministério Público
Funções e estatuto
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António Filipe Garcez José
Conceito de Ministério Público (art. 219° CRP e Estatuto do MP)
O órgão do Estado ao qual compete representar o Estado e
defender os interesses que a lei determinar, participar na execução
da política criminal definida pelos órgãos de soberania, exercer a
acção penal e defender a legalidade democrática.
Artigo 53º
b) Dirigir o inquérito;
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António Filipe Garcez José
Função do Ministério Público
No processo penal a função do MP traduz-se na prossecução
penal, ...
A ACÇÃO PENAL
(Promoção do processo penal)
Artigo 48º
Legitimidade
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António Filipe Garcez José
Crimes públicos
Condições de procedibilidade
Crimes semi-públicos
Artigo 49º
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António Filipe Garcez José
• Estas são questões de procedibilidade, pois sem que elas se
verifiquem, o MP carece de legitimidade para promover o
processo penal.
Crimes particulares
Artigo 50º
- se queixem
- se constituam assistentes
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António Filipe Garcez José
Arguido
Noção de suspeito
Toda a pessoa relativamente à qual exista indício de que cometeu
ou se prepara para cometer um crime, ou que nele participou
ou se prepara para participar.
Conceito de arguido
A pessoa que é formalmente constituída como sujeito processual e
relativamente a quem corre processo como eventual responsável
pelo crime que constitui objecto do processo.
Artigo 57º
Qualidade de arguido
Artigo 60º
Posição processual
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António Filipe Garcez José
Artigo 58º
Constituição de arguido
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António Filipe Garcez José
Artigo 59º Constituição
oficiosa
Outros casos de constituição de arguido obrigatória
Artigo 61º
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António Filipe Garcez José
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António Filipe Garcez José
Artigo 64º
Obrigatoriedade de assistência
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António Filipe Garcez José
Defensor
Artigo 32.º
Defensor
É o sujeito processual através, ou com o auxílio, do qual pode, e
nalguns casos deve, ser exercida a função defensiva do arguido; no
âmbito desta função o defensor exerce a defesa técnico-jurídica.
Defesa formal
É a defesa a cargo do próprio arguido e do seu defensor.
Defesa material
Abrange também a actividade do próprio tribunal enquanto dirigida
à realização da Justiça.
Artigo 208.º
Patrocínio forense
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António Filipe Garcez José
• Sendo o processo do tipo acusatório, não cabe ao
defensor proceder a investigações autónomas do material
fáctico, paralelas às que cabem ao MP e aos órgãos seus
auxiliares.
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Assistente
(ofendido)
Assistente
É o sujeito processual que intervém no processo como
colaborador do Ministério Público na promoção da aplicação da lei
ao caso concreto e legitimado em virtude da sua qualidade de
ofendido ou de especiais relações com o ofendido pelo crime ou
pela natureza do crime.
Ofendido
É o titular do interesse que constitui o objecto jurídico imediato da
infracção, do interesse que a lei quis especialmente proteger com a
incriminação, desde que maiores de 16 anos; o ofendido não é
sujeito processual, excepto se se constituir assistente.
Lesado
Sendo aquele que sofreu danos com o crime, pode coincidir e
coincide muitas vezes com o ofendido e, por isso, pode também
constituir-se assistente, não por ser lesado mas por ser
ofendido.
Queixoso
Aquele que é titular do direito de queixa, nos termos do art.113° .
O queixoso independentemente de se constituir ou não assistente,
tem o poder a todo o tempo, até à publicação da sentença da 1ª
instância, pôr termo ao procedimento, desistindo da queixa, desde
que não haja oposição do arguido (art.116°/2)
Em razão da sua qualidade de lesado pode apenas intervir no
processo como parte civil, no pedido de indemnização.
O queixoso não é sujeito processual enquanto não seja constituído
assistente.
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António Filipe Garcez José
Artigo 68º
Assistente
a) Os ofendidos,
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António Filipe Garcez José
Artigo 69º
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António Filipe Garcez José
• Relativamente aos crimes públicos e semi-públicos, ...
o assistente não pode acusar se o MP o não tiver feito,
mas,...
tendo o MP acusado, o assistente pode aderir à acusação já
deduzida (art. 284°/2/a°))...
ou ...
acusar autonomamente pelos mesmos factos, por parte deles ou
por outros que não importem uma alteração substancial daqueles
(art.1°/1 /f))
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António Filipe Garcez José
PROCESSO PENAL
Objecto do processo
O objecto do processo são, os factos descritos na acusação e a
pretensão nela também formulada
INQUÉRITO
Inquérito
Fase em que se busca essencialmente investigar os factos em
ordem à eventual formulação da pretensão punitiva.
Artigo 262º
Artigo 263º
Direcção do inquérito
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António Filipe Garcez José
Dos actos de Inquérito
Artigo 267º
Artigo 241º
Arquivamento do processo
Artigo 277º
Arquivamento do inquérito
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António Filipe Garcez José
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António Filipe Garcez José
...e sobretudo não
percam o próximo
episódio !!!
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