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Nós e o Haiti

A
proveitando-se do caos provocado ver hospitais, nem meios de transporte, nem
pelo terremoto que devastou o Haiti serviços públicos organizados, não é um fe-
no dia 12 de janeiro, ceifando mais de nômeno ‘natural’, é o resultado de uma polí-
200 mil vidas, o governo dos Estados Uni- tica aplicada anos a fio sob a disciplina do
dos enviou ao país novo contingente com 10 FMI e em benefício das grandes potências que
mil soldados em frota comandada por porta- apoiaram a ditadura Duvalier até 1981 e de-
aviões nuclear. pois o golpe de Estado que tirou do poder o
Após ocuparem o aeroporto da capital, presidente Aristide em 2004”, sublinha o do-
Porto Príncipe, epicentro da tragédia que con- cumento da Executiva Nacional.
centrou energia equivalente a 25 bombas atô- Agora, para colocar ordem na casa, a se-
micas em um único minuto, as tropas impe- cretária de Estado Hillary Clinton apareceu em
diram o desembarque de médicos, equipes Porto Príncipe para sugerir mais poder ao pre-
de resgate, hospitais de campanha, remédi- sidente Préval, como o de decretar toque de
os e alimentos, que tiveram de ser desvia- recolher: “um decreto assim lhe daria uma
dos para a República Dominicana, parte di- autoridade enorme, que seria delegada aos
reita da ilha Hispaniola, informou a Cruz Ver- EUA”. O governo Obama vê o Haiti da mesma
melha Internacional. Conforme alertou o Pro- forma que seus antecessores, como quintal,
grama de Alimentos da ONU, em meio à ne- que rapidamente pode ser transformado em
cessidade do socorro imediato, inúmeros pro- cemitério, como o fizeram durante a susten-
dutos também não conseguiram chegar a tação das sanguinárias ditaduras de François
tempo, pois a maioria dos voos foram utili- Duvalier, o Papa Doc, e de seu filho Baby Doc,
zados para os militares dos EUA. Enquanto que produziram entre 30 a 60 mil cadáveres
isso, agonizavam os 250 mil feridos, os mais de oposicionistas com os tristemente céle-
de 4 mil mutilados físicos, os 1,5 milhão de bres Tonton Macoutes, os esquadrões da
novos desabrigados... morte do regime.
O número de militares ianques – 17 mil - Conhecer a história desta que foi a nação
já supera em dois mil o de toda a força de mais rica do Hemisfério Norte, como descre-
paz da ONU, constituída por 36 nacionalida- veu Voltaire no século 18, por seu ouro ne-
des, e expõe práticas imperialistas que têm gro, por seus escravos, é refletir sobre a
sido a regra contra a democracia e a sobera- nossa própria trajetória, é denunciar o acos-
nia. so do poder econômico e militar dos EUA e
Enquanto não param de chover tropas de de outros desde a sua independência.
ocupação, conforme o Robert F. Kennedy Com o objetivo de que ganhe vida nas
Memorial Center, “a água é a principal causa salas de aula, o texto a seguir é uma compi-
de mortalidade infantil e doenças nas crian- lação da rica e intensa história do povo
ças. O Haiti agora tem a mais alta taxa de haitiano pela liberdade, trazendo contribui-
mortalidade infantil do Hemisfério Ocidental. ções imprescindíveis de estudos e artigos já
Mais da metade de todas as mortes no Haiti publicados por Carlos Lopes, Eduardo
foram devidas a doenças gastro-intestinais Galeano e Saul Leblon na Revista do Brasil,
transmitidas através da água”. no jornal Hora do Povo e na Agência Carta
Diante de dados tão eloquentes, a Central Maior.
Única dos Trabalhadores reafirma: “O que o A CUT conclama os sindicatos filiados, ra-
Haiti precisa é de médicos, enfermeiros, en- mos e CUTs estaduais a divulgarem o mais
genheiros e não de tropas de ocupação, seja amplamente o artigo abaixo e a contribuir
dos EUA, seja da ONU”. “A situação atual no com depósitos no Banco do Brasil, Agência
Haiti não é uma fatalidade, é fruto histórico 3324-3 conta corrente 956251-6 (SOS Sin-
da superexploração e pilhagem das grandes dical Haiti), encarregando-se a CUT nacional
potências, como a França e os EUA, do país de fazer chegar às organizações sindicais com
que se constituiu na primeira nação negra as quais mantém relação os donativos.
independente do mundo em 1804”, enfatiza Propomos também a organização de bri-
o documento. gadas de trabalhadores cutistas para ajudar
A magnitude da tragédia em um país de na reconstrução do Haiti, em especial do mo-
nove milhões de habitantes, denuncia a CUT, vimento sindical haitiano. A CUT, além de as-
“é resultado das carências e precárias condi- sumir sua responsabilidade na ajuda direta
ções de infraestrutura e das habitações, em ao movimento sindical haitiano, se declara
uma situação em que o desemprego atingia disposta a participar de iniciativas unitárias,
mais de 60% dos trabalhadores/as e os sa- com outras centrais e movimentos popula-
lários são de miséria, enquanto o governo res para reforçar a solidariedade aos traba-
do Haiti pagava mensalmente milhões de dó- lhadores e ao povo do Haiti neste momento
lares de dívida externa”. “O fato de não ha- difícil.
Um terremoto de duzentos anos
“Para os 9 milhões de haitianos, a his- a sangrar o país economicamente desde
tória tem sido uma sucessão de terremo- que ele se libertou, repetidamente invadi-
tos sociais que sedimentaram nessa ilha ram o país, apoiaram ditadores que abu-
do Caribe a maior taxa de pobreza da saram das pessoas, usaram o país como
América e uma das piores do planeta, 70% alvo de dumping para nossa própria van-
da população está abaixo da linha da po- tagem econômica, arruinaram suas estra-
breza e 52% são analfabetos. No Haiti, das e agricultura, e derrubaram as autori-
antes do terremoto, já existiam 3,8 mi- dades eleitas pelo povo. Os EUA até usa-
lhões de crianças subnutridas”. Saul Leblon ram o Haiti como os velhos latifundiários
“De 1825 a 1947, a França forçou o das ‘plantations’ [isto é, os senhores de
Haiti a pagar uma taxa anual para reem- escravos], baixando ali para diversão se-
bolsar os lucros perdidos pelos senhores xual.”
de escravos franceses, cau- “Em 1804, quando o
sados pelo bem-sucedido Haiti conquistou sua liber-
levante de escravos. Ao in- “De 1825 a 1947, dade da França, na primei-
vés de escravizar haitianos a França forçou o ra revolução de escravos
individualmente, a França Haiti a pagar uma bem sucedida no mundo,
considerou mais eficiente taxa anual para os Estados Unidos recusa-
simplesmente escravizar a ram-se a reconhecer o
nação inteira”. Greg Palast reembolsar os país. Os EUA continuaram
“Os Estados Unidos inva- lucros perdidos se recusando a reconhecer
diram o Haiti em 1915 e pelos senhores de o Haiti por mais 60 anos.
governaram o país até escravos franceses, Por quê? Porque os EUA
1934. Retiraram-se quan- continuavam a escravizar
do conseguiram os seus causados pelo bem- milhões de seus próprios ci-
dois objetivos: cobrar as sucedido levante de dadãos e temiam que, se
dívidas do City Bank e abo- escravos. Ao invés reconhecessem o Haiti, en-
lir o artigo constitucional de escravizar corajariam a revolução dos
que proibia vender planta- escravos nos EUA.
ções aos estrangeiros”.
haitianos
“Depois da revolução de
Eduardo Galeano individualmente, a 1804, o Haiti foi alvo, pela
“O que Papa e Baby Doc França considerou França e pelos EUA, de um
não dizimaram, o FMI deu mais eficiente mutilante embargo econô-
cabo através dos seus pla- mico. As sanções america-
nos de ‘austeridade’. Um
simplesmente
nas duraram até 1863. A
plano de austeridade é uma escravizar a nação França, enfim, usou seu po-
forma de vodu orquestra- inteira” der militar para forçar o
da por economistas-zumbis Haiti a pagar indenizações
crentes na irracionalidade de que o corte pelos escravos libertados. As indenizações
dos serviços públicos de algum modo aju- foram de 150 milhões de francos. (A Fran-
dará uma nação a prosperar”. Greg Palast ça vendeu todo o território da Louisiana
“O Haiti não é um país pobre, é um país aos EUA por 80 milhões de francos!).
empobrecido”. Henry Boisrolin
O professor de Direito da Loyola EMPRÉSTIMOS
University New Orleans, William Quigley,
lembra que se o terremoto de 12 de ja- “O Haiti foi forçado a tomar dinheiro em-
neiro de 2010 foi trágico, infelizmente prestado nos bancos da França e dos EUA
mantém a mesma irracionalidade de uma para pagar indenizações à França. Um
lógica que perdura há mais de dois sécu- grande empréstimo aos EUA foi feito em
los. Mais precisamente desde 1804, quan- 1947 para quitar a dívida com os france-
do o país decidiu ser independente. ses. Qual o valor atual do dinheiro que o
Quigley recorda que “há mais de 200 Haiti foi forçado a pagar aos bancos fran-
anos os EUA têm se esforçado para que- ceses e dos EUA? Mais de 20 Bilhões –
brar o Haiti” e que, por uma questão de com B maiúsculo - de dólares.
justiça, é necessário que sejam feitas re- “Os EUA ocuparam e governaram o Haiti
parações. “Os EUA devem Bilhões - com B pela força de 1915 a 1934. O presidente
maiúsculo - ao Haiti. Os EUA usaram o Haiti Woodrow Wilson enviou tropas para inva-
como uma ‘plantation’. Os EUA ajudaram di-lo em 1915. As revoltas dos haitianos
foram esmagadas pelos militares ameri- Countercurrents, 17/01/2010).
canos – que mataram, somente em um Embora tropas da ONU estejam no país
confronto, mais de dois mil haitianos. Nos já quatro anos, o presidente deposto Jean
dezenove anos seguintes, os EUA contro- Bertrand Aristide continua exilado e impos-
laram as alfândegas do Haiti, cobraram im- sibilitado pelo governo norte-americano de
postos e mandaram em muitas das insti- regressar ao país. Muitas dos seus
tuições governamentais. Quantos bilhões apoiadores, lideranças populares, foram
foram sugados pelos EUA durante esses torturados, mortos ou simplesmente “de-
19 anos? saparecidos”.
Como é sabido, esclarece Carlos Lopes,
DITADURAS SANGUINÁRIAS após a sua primeira deposição, em 1991,
e sua volta ao Haiti, em 1994, Aristide ce-
“De 1957 a 1986, o Haiti foi forçado a deu em parte às pressões econômicas
viver sob os ditadores sustentados pelos norte-americanas. Mas, na medida em que
EUA, ‘Papa Doc’ e ‘Baby Doc’ Duvalier. Os tornou-se patente o desastre, recusou-se
EUA apoiaram econômica e militarmente a prosseguir no que percebia como a de-
esses ditadores porque eles faziam o que vastação de seu país - e de seu povo.
os EUA queriam e eram poli- O cineasta norte-ameri-
ticamente ‘anticomunistas’ – As estimativas são cano Kevin Pina, em seu ar-
o que agora se traduz como tigo “The people do not buy
contra os direitos humanos
de que o Haiti deve liberty and democracy at
de seu povo. Duvalier rou- US$ 1,3 bilhão de the market” (“O povo não
bou milhões do Haiti e con- dívida externa e que compra liberdade e demo-
traiu uma dívida de centenas 40% dela foi cracia no mercado” - a fra-
de milhões, que o Haiti ainda contraída pelos se é do presidente Jean-
deve... As estimativas são de Bertrand Aristide), cita que
que o Haiti deve US$ 1,3 bi- Duvaliers, mantidos não há dúvida de “que o
lhão de dívida externa e que pelos EUA movimento político Lavalas
40% dessa dívida foi contra- [o partido de Aristide] opu-
ída pelos Duvaliers, sustentados pelos EUA. nha-se ao modelo econômico neoliberal que
“Trinta anos atrás, o Haiti não importa- está se desenrolando atualmente no Haiti.
va arroz. Hoje, o Haiti importa quase todo A insistência do Fundo Monetário Internaci-
o seu arroz. Ainda que o Haiti tenha sido a onal, do Banco Mundial e do Banco
florescente capital do açúcar do Caribe, Interamericano de Desenvolvimento em
agora também importa açúcar. Por quê? ajustes estruturais que incluíam a elimina-
Os EUA e as instituições financeiras mun- ção das tarifas de importação e exporta-
diais dominadas pelos EUA – o Fundo Mo- ção, a liquidação de empreendimentos e em-
netário Internacional e o Banco Mundial – presas estatais, um salário mínimo baixo e
forçaram o Haiti a abrir os seus mercados uma confiança obsessiva no setor privado
para o mundo. Então, os EUA promove- como o motor do desenvolvimento eco-
ram o dumping no Haiti com milhões de nômico foi chamado ‘o plano da morte’.”
toneladas de arroz e açúcar americano a Pina ressalta ainda que “o principal obs-
preço subsidiado – destruindo os agricul- táculo ao plano das instituições financeiras
tores e levando à ruína a agricultura internacionais para o Haiti era a própria de-
haitiana. Ao arruinar a agricultura haitiana, mocracia, na forma do movimento Lavalas,
os EUA forçaram o Haiti a tornar-se o ter- que representava os interesses da maioria
ceiro maior mercado mundial do arroz dos pobres, e o presidente que eles elege-
americano. Bom para os fazendeiros ame- ram duas vezes, Jean-Bertrand Aristide. O
ricanos, mau para o Haiti. governo recusou a privatização de empre-
“Em 2002, os EUA bloquearam cente- sas-chave, como a Companhia Telefônica
nas de milhões de dólares em emprésti- (Teleco) e a companhia de eletricidade
mos ao Haiti que seriam utilizados, entre (EDH), e enquanto as instituições financei-
outros projetos públicos como educação, ras internacionais também insistiam para
para estradas. São essas as mesmas es- que os programas sociais fossem cortados,
tradas que agora as equipes de socorro o partido Fanmi Lavalas usava os lucros
têm tido tanta dificuldade de percorrer! desses empreendimentos estatais para in-
“Em 2004, os EUA outra vez destruí- vestir em um programa de alfabetização
ram a democracia no Haiti, quando apoia- universal e fornecer milhões de refeições
ram o golpe contra o presidente Aristide, subsidiadas aos pobres. Pela primeira vez
eleito pelo Haiti” (Bill Quigley, “Why the US na história, o Haiti teve uma rede de
Owes Haiti Billions: The Briefest History”, seguridade que protegia contra a fome e a
subnutrição generalizadas. Passando por rio criou problemas para os empregados
cima das objeções das instituições finan- ou a fábrica no conjunto, o gerente,
ceiras internacionais e da elite econômica Raymond DuPoux, disse que ‘eu é que te-
predatória do Haiti, a força de trabalho com nho problemas, porque não posso ir à
pagamento mais baixo do hemisfério teve praia. Portanto, tenho problemas com mi-
o salário mínimo duplicado duas vezes, no nha esposa’ ”. (“The U.S./Haiti Connection
primeiro e no segundo mandato de Aristide. - Rich Companies, Poor Workers”).
Não por coincidência, ambos os mandatos Eric Verhoogen cita algumas destas em-
foram interrompidos por um golpe”. presas:
A aprovação, debaixo da pressão das - Seamfast Manufacturing - produz ves-
multinacionais, do salário-mínimo de US$ tidos para as redes norte-americanas
3,75 por dia, na avaliação de Pina, foi “o Kmart e J.C. Penney.
ato final de retorno oficial do Haiti ao - Chancerelles S.A. - subsidiária da Fine
neoliberalismo”. A rigor, assegura Carlos Form, de Nova Iorque, produz sutiãs e cu-
Lopes, esse salário passou a ser o máxi- ecas para a Elsie Undergarments, da
mo, e não o mínimo, para os trabalhado- Flórida.
res haitianos. O motivo é que o salário por - National Sewing Contractors - produz
peça foi deixado à solta – logo, ninguém pijamas para a Disney e roupas de meni-
consegue ganhar nem mesmo o salário nas para a Popsicle Playwear, de Nova
mínimo, pois as empresas o burlam atra- Iorque.
vés desse pagamento por peça. No pri- - Excel Apparel Exports - produz roupas
meiro mandato de Aristide, no mesmo de- íntimas femininas para a Hanes, divisão da
creto em que aumentou o salário mínimo Sara Lee Corp., vendidas pelo Wal-Mart e
em 140%, o presidente determinou que o pela rede Dillard Department Stores, com
salário por peça teria que corresponder, sede em Little Rock, Arkansas. Observa-
pelo menos, ao salário mínimo. Ou seja, ção de Verhoogen: “Antes do presidente
tinha feito com que o mínimo fosse real- Aristide aumentar o salário mínimo, a cota
mente o mínimo. diária de um trabalhador desta empresa
era 360 peças por dia. Agora [depois da
ESCRAVIZAÇÃO deposição do presidente], a cota passou
para 840 peças por dia. Os trabalhadores
Como alertou o jurista norte-america- não têm o direito de reclamar do ritmo de
no William P. Quigley, defensor das vítimas trabalho; eles não têm nem mesmo o di-
do Katrina contra o governo Bush, “as reito de falar um com o outro”.
corporações dos EUA têm, por anos, com - Alpha Sewing - produz luvas para a
a elite haitiana, dirigido estabelecimentos Ansell Edmont of Coshocton, Ohio, filial da
de escravização com dezenas de milhares Ansell International of Lilburn, Geórgia.
de haitianos ganhando menos do que US$
2 por dia”. RETORNO DE ARISTIDE
A situação grotesca dos locais de tra-
balho é descrita por Eric Verhoogen, pro- Kevin Pina retrata a dura e crua realida-
fessor de economia da Columbia University, de após o golpe de 2004: “Em todas as
de Nova Iorque: “A fábrica é quente, va- partes o movimento Lavalas e os pobres
gamente iluminada, superlotada de gente. continuaram a manifestar-se contra o gol-
O ar é pesado pela poeira e pela lanugem pe, exigindo justiça e que fosse permitido
que solta dos tecidos. Não há nenhuma a Aristide voltar ao Haiti. Seus líderes de-
ventilação de que se possa falar. Pilhas de sapareceram, como Lovinsky Pierre-
sobras de pijamas, vestidos, saias, ento- Antoine, no dia 12 de agosto de 2007, ou
pem cada corredor e cada canto. Os tra- apodrecem na prisão, como Ronald
balhadores têm caras tristes, cansadas. Dauphin, ou sucumbiram às torturas, como
Eles curvam-se por cima de máquinas de o padre Gerard Jean-Juste no dia 27 de
costura antiquadas, algumas com mais de Maio de 2009”. Um dos documentários de
20 anos, costurando vestidos ‘Kelly Reed’ Pina, relata Carlos Lopes, é sobre o fune-
para serem vendidos na Kmart, e outros ral do padre Gerard Jean-Juste, onde mi-
produtos para lojas dos Estados Unidos. lhares de pessoas compareceram e enfren-
Vários trabalhadores informaram que ti- taram uma chuva de balas.
nham trabalhado sete domingos seguidos Como sustenta a CUT, para o pleno
– em outras palavras, mais de 50 dias di- restabelecimento da democracia e da sobe-
retos, sem um dia de folga, mais de 70 rania, “o que o Haiti precisa é de médicos,
horas por semana - durante a estação mais enfermeiros, engenheiros e não de tropas
quente do ano. Perguntado se este horá- de ocupação, seja dos EUA, seja da ONU”.

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