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Texto Áureo: Is 55.11 – “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não
voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a
enviei.”
Esboço da Lição:
Introdução
I. O caráter das promessas de Deus
II. Para quem são as promessas de Deus
III. O propósito das promessas de Deus
Conclusão
Introdução
Eu poderia citar centenas de exemplos como este, tirados de vários livros repletos de
promessas bíblicas, mas isto seria algo deselegante e poderia parecer excessivamente
crítico. A única coisa que quero deixar claro é que precisamos identificar nitidamente o
que é e o que não é uma promessa bíblica. Só então poderemos depositar nossa
segurança confiadamente na Palavra de Deus.
Para isso, sugiro alguns princípios básicos para a compreensão do que é e do que não é
uma promessa bíblica. São observações simples baseadas em muitos anos de estudo
da Palavra de Deus.
3. Algumas promessas bíblicas feitas no Antigo Testamento são aplicáveis aos dias de
hoje.
Nessa categoria estão as promessas bíblicas baseadas na natureza de Deus, e não em
circunstâncias específicas concernentes aos israelitas. Um exemplo disso é Isaías 55.11,
que faz referência à eficácia da Palavra de Deus: “Assim será a palavra que sair da
minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará
naquilo para que a enviei”. Essa promessa está baseada inteiramente na soberania
intrínseca de Deus. Como o versículo está baseado na natureza de Deus (uma natureza
que não muda), ele fala de algo que é verdade em qualquer tempo e em qualquer
lugar.
Portanto, podemos ficar seguros de que a Palavra de Deus é tão eficaz hoje quanto era
na época do Antigo Testamento. Algumas promessas feitas no Antigo Testamento se
aplicam hoje por causa das fortes promessas paralelas encontradas no Novo
Testamento. Esses paralelos indicam que Deus faz determinadas promessas gerais aos
que o seguem, não importa se viveram na época do Antigo ou do Novo Testamento, ou
até depois. Um exemplo está em Salmos 34.22: “O Senhor resgata a alma dos seus
servos, e nenhum dos que nele confiam será condenado”. Isto soa bem semelhante a
João 3.18, onde lemos: “Quem crê nele não é condenado”.
Além disso, algumas promessas divinas do Antigo Testamento foram feitas aos que
“confiam no Senhor” ou “buscam refúgio no Senhor” ou “esperam no Senhor”, e,
portanto, se aplicam aos cristãos de hoje que confiam no Senhor, se refugiam nEle e
esperam nEle. Por exemplo, em Isaías 40.31, está escrito: “Mas os que esperam no
Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se
cansarão; caminharão e não se fatigarão”. Em Salmos 31.23, lemos que “o Senhor
guarda os fiéis”. Em Salmos 34.10 lemos que “aqueles que buscam ao Senhor de nada
têm falta”. Essas promessas gerais parecem se aplicar aos crentes de todas as eras.
Mas um princípio geral sempre tem exceções à regra. Lembre-se de que Deus é o Pai
mais perfeito que existe, mas seus filhos, Adão e Eva, certamente se desviaram.
A boa notícia é que, se você seguir os princípios gerais expostos no livro de Provérbios,
você, com certeza, verá certos resultados positivos em sua vida, e será muito mais
bem-sucedido! Mas princípios não são o mesmo que promessas.
Da mesma forma, em Jó 8.6, lemos: “se fores puro e reto, certamente, logo despertará
por ti e restaurará a morada da tua justiça”. Mais uma vez, à primeira vista, parece que
Deus está fazendo uma promessa aqui. Mas o contexto mostra que essas palavras
foram ditas por Bildade, o suíta. Precisamos sempre ter o cuidado de não tomar como
promessa de Deus algo que uma pessoa disse a outra.
Outro exemplo é João 15.7: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras
estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Essa promessa
garante o atendimento das orações somente para aqueles que permanecem em Cristo
e em quem as palavras de Cristo permanecem. Se a condição for satisfeita, a promessa
é cumprida. Uma promessa incondicional não depende de tais requisitos para seu
cumprimento. Não há nenhum “se” embutido. O que foi prometido é concedido
soberanamente ao beneficiário da aliança, independentemente de qualquer
merecimento (ou falta de merecimento) por parte deste. Essas promessas são válidas
para todos os que pertencem à família de Deus.
Precisamos interpretar essa promessa à luz do que é revelado por outros versículos da
Bíblia. O contexto mais amplo da Escritura impõe limitações sobre o que Deus nos
dará. Deus não pode nos dar, literalmente, qualquer coisa. Algumas coisas são
realmente impossíveis para Deus nos dar. Por exemplo, Deus não pode atender a
solicitação de uma criatura para ser Deus, nem atender um pedido de aprovação do
nosso pecado. Deus não nos dará uma pedra, se pedirmos um pão, nem uma serpente,
se pedirmos um peixe (Mt 7.9,10). A Bíblia impõe outras condições, além da fé, sobre a
promessa de Deus de atender a oração. Precisamos estar nEle e deixar que a sua
Palavra esteja em nós (Jo 15.7). Não podemos “pedir mal” para satisfazer nosso
egoísmo (Tg 4.3). Além disso, precisamos pedir “segundo a sua vontade” (1 Jo 5.14).
Não podemos nos esquecer que, quando reivindicamos promessas condicionais de
Deus, este “se for da tua vontade” deve sempre ser dito, explícita ou implicitamente.
A maioria das modernas versões bíblicas tem referências cruzadas listadas numa
coluna. Recomendo que, ao ler uma promessa bíblica, você examine as referências
cruzadas para ter certeza de que está interpretando a promessa corretamente.
Outra ilustração pode ser encontrada em Isaías 53.5: “Verdadeiramente ele tomou
sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos
por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”. Alguns reivindicam esse
versículo como uma promessa de cura física, mas o que parece estar sendo tratado
aqui é a cura espiritual do problema do pecado. A palavra hebraica que significa cura
(napha) pode se referir não só à cura física como também à cura espiritual. O contexto
de Isaías 53.4,5 indica uma cura espiritual. Afinal de contas, “transgressões” e
“iniqüidades” estabelecem o contexto do que está sendo “curado”. Além disso, vários
versículos bíblicos corroboram a visão de que a cura física na vida mortal não é
garantida na expiação e de que nem sempre é da vontade de Deus realizar a cura. O
apóstolo Paulo não pôde curar o problema estomacal de Timóteo (1 Tm 5.23) e nem
curar Trófimo em Mileto (2 Tm 4.20) ou Epafrodito (Fp 2.25- 27). Paulo falou que teve
uma “fraqueza da carne” (Gl 4.13-15). Ele também sofria por causa de um “espinho na
carne” que Deus permitia que ele tivesse (2 Co 12.7-9). Deus certamente permitiu que
Jó passasse por um período de sofrimento físico (Jó 1–2). Em nenhum desses casos, os
indivíduos envolvidos agiram como se acreditassem que sua cura estava prometida na
expiação. Eles aceitaram as situações que estavam enfrentando e confiaram na
suficiência da graça de Deus.
Aqui está uma revisão dos princípios que discutimos: Princípios para a Interpretação
das Promessas Bíblicas
Fonte
Site CPAD - Coordenação Escola Dominical
Publicado em: 05/10/2007
http://www.catedraldafamilia.com.br/imagens_layoutnovo/palavraselecionada.asp?id_palavra=197