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Finanças
Empresariais
Nome:
RA:Curso:
Semestre/Turma: Departamento:
GerenciaisProf. Jorge Luiz C.
PereiraFUNDAMENTOS DE FINANÇAS
EMPRESARIAIS
I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 INTRODUÇÃO
1.4 BIBLIOGRAFIA
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Introdução:
O Custo de Capital
77
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PREMISSAS:
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• Taxa de risco cobrada pelo credor adicionalmente aos juros, que varia de
acordo com o tomador (spread).
Cálculo:
KTerceiros = (Klr + Prn + Prf) x (1 - T)
KTerceiros = (11,25 + 1,5 + 2,0 + 3,0) x 0,60 = 10,65%
990.000
1
Del Credere: Cláusula existente nos contratos de empréstimo pela qual fica estabelecido um
prêmio/garantia.
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2 – cálculo da TIR:
990.000 CHS. g . CFo.
190.000 g . CFj.
2 g . Nj .
1.190.000 g . CFj.
f . IRR.
TIR = 19,47%
Onde:
= custos do empréstimo antes do IR
= =
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Equação:
Ki = Kd x (1 – T)
onde: Kd = custo do capital de terceiros antes do IR.
T = alíquota do IR.
Exemplo 1:
Financiamento: $200.000,00
Taxa: 20% a.a.
Alíquota de IR: 40%
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Resolução:
Despesas financeiras brutas $200.000,00 x 20% = $40.000,00
Economia de IR $40.000,00 x 40% = ($16.000,00)
Despesas financeiras líquidas = $24.000,000
Custo líquido do IR
Ki = $24.000,00 = 12% a.a.
$200.000,00
ou
Ki = 20% x ( 1 – 0,40) = 12,0% a.a.
Demonstração do Resultado
Com 100% de C. Próprio Com Capital de Terceiros
Receita $200.000 Receita $200.000
Custo Variável ($120.000) Custo Variável ($120.000)
Lucro Bruto $80.000 Lucro Bruto $80.000
Desp. Vendas ($24.000) Desp. Vendas ($24.000)
Desp. Adm. ($40.000) Desp. Adm. ($40.000)
Lucro Operacional $16.000 Lucro Operacional $16.000
Provisão de I.R. ($6.400) Desp. Financeiras ($4.800)
Lucro Líquido $9.600 LAIR $11.200
Provisão de I.R. ($4.480)
Lucro Líquido $6.720
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Capital Próprio
2
Valor mobiliário, emitido pelas companhias ou sociedades anônimas, representativo de parcela do
capital. O capital da sociedade anônima é dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou
acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
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Exemplo:
Po = R$ 50,00
D1 = R$ 4,00
Dividendos: 2004 R$ 3,80
2003 R$ 3,62
2002 R$ 3,47
2001 R$ 3,33
2000 R$ 3,12
1999 R$ 2,97
KCAPM = Rf + [β x (Rm -
Rf)]
Onde:
k = retorno exigido sobre o ativo.
Rf = taxa de retorno livre de risco.
β = coeficiente beta ou índice de risco não-diversificável para o ativo.
Rm = retorno do mercado; retorno sobre o portfólio de ativos de mercado.
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RF = 7%
b = 1,5 kS = 7 + 1,5(11 – 7) = 7 + 6 = 13%
RM = 11%
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= +g
Onde Nn = recebimento líquido venda ação após deságio e custos de
colocação
= +g
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Onde:
= dividendo pago
= custos de emissão
F = taxa de deságio sobre o preço de lançamento das ações em
percentuais.
d = despesas de underwriting, em percentual.
Exemplo:
- Valor nominal, R$ 87
- Custo da emissão, R$ 5
- Ações preferenciais de 10%, significando dividendo preferencial
(Dp) R$8,70
- Recebimento líquido da venda da ação (Np): R$ 82,00
- Valor nominal: $ 95
- Dividendo: $15
- Taxa de deságio: 10% para subscrição
- Despesas de underwriting: 4%
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Custo de Capital
Vejamos o exemplo:
Determinada empresa recebe hoje uma proposta de investimento a um
custo de $200.000,00, para um prazo de duração de 10 anos. Considerando
que o projeto de investimento apresenta uma taxa interna de retorno – TIR
de 9%, e que o custo de uma fonte de financiamento disponível no
momento, com capital de terceiros seja de 8%. Conclui-se que a empresa
aceitaria viabilizar esse investimento, em vista da rentabilidade
apresentada. Após um período, a empresa recebe uma nova proposta de
investimento a um custo de $200.000,00, pelo mesmo prazo, que apresenta
uma TIR de 11%. Porém, neste momento, a fonte de recursos disponível
provém do capital próprio a um custo de 12%. Nesta situação, após análise,
a empresa rejeitaria a propostas, pois o custo de financiamento é superior
ao retorno esperado do investimento.
Vimos que as decisões levaram a uma aceitação para o investimento
que renderia 8% e a rejeição de outro de rendimento igual a 11%. Se a
empresa utilizar o custo de capital combinado, ponderando o custo de cada
fonte de financiamento, por sua proporção ideal na estrutura de capital,
obtêm-se um custo médio ponderado que refletirá melhor as decisões de
financiamento.
Supondo que a combinação adotada pela empresa para uma estrutura
ideal de capital de 50% de capital de terceiros e 50% de capital próprio, o
custo médio seria:
[(50% x 8% ) + (50% x 12%)] = 10%
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CMPC = ∑ Kj x Wj
Kj = custo específico de cada fonte de financiamento
Conclusão:
• CMPC apurado, 21,8%, representa a taxa mínima de retorno desejada
pela empresa em suas decisões de investimento;
• Um retorno do investimento menor que o CMPC leva a uma
destruição de valor de mercado, reduzindo a riqueza de seus acionistas.
Exercícios:
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A B C
Financiamento 900.000,00 650.000,00 380.000,00
Custo (taxa) 23% 18% 20%
Alíquota de I.R. 34% 34% 40%
Despesas Financeiras Brutas
Economia de I.R.
Despesas Financeiras Líquidas
Custo Capital após I.R. %
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RESPOSTAS:
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1) a) 4,5% b) 12,5%
2) 15,50%
4) Ação Z Ação Y
CENÁRIO 1 20,0% 22,0%
CENÁRIO 2 18,27% 19,72%
CENÁRIO 3 18,75% 20,25%
5) 9,90%
6) a) 11,05% b) 11,83%
7) 14,45%
8) a) 19,23% b) 18,58%
10) 13,65%
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EXERCÍCIOS
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Disponível 50.000 Fornecedores 50.000
Duplicatas a Receber 150.000 Contas a Pagar 50.000
Estoque 50.000
E.L.P.
Empréstimo 150.000
R.L.P. Financiamento 300.000
BNDES
Empréstimos à Coligadas 300.000 Financiamento 150.000
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Terminologia básica
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EXEMPLO:
Uma empresa com fundos de R$ 800.000,00 deve analisar oito projetos, de
A à H. Os projetos A, B e C são mutuamente excludentes; os projetos G
e H também são mutuamente excludentes; e D, E e F são independentes
de cada um dos outros projetos. Abaixo, são listados os projetos com
seus respectivos valores e retornos anuais. Com base no exposto,
escolha os projetos que se encaixam na disponibilidade de recursos da
empresa:
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Projet
Situação Valor Retorno em %
o
A 400.000,00 16
B Excludentes 900.000,00 19
C 400.000,00 11
D 350.000,00 15
E Independentes 400.000,00 13
F 900.000,00 21
G Excludentes 400.000,00 20
H 400.000,00 17
Resolução:
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Exemplo:
Uma indústria está tentando determinar o investimento inicial necessário
para substituir uma máquina antiga por uma mais moderna e com maior
capacidade de produção. O preço de compra da máquina é de $ 380.000 e
mais $ 20.000 para instalar o equipamento. Está nova máquina será
depreciada pelas seguintes taxas: 20%, 32% e 19% para cada ano. A
máquina antiga foi comprada há três anos, ao custo de $ 240.000. Após três
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Exercício:
A Irving mecânica S.A. está pensando em comprar um novo equipamento
para substituir o já existente. O novo equipamento custa $75.000 e exige
custo de instalação de $5.000. Será depreciado de acordo com as seguintes
taxas 20%, 18% e 23%, supondo um prazo de recuperação de cinco anos. O
equipamento antigo foi comprado há quatro anos, a um custo de instalado
de R$50.000; sendo vendido hoje por $55.000, livres de quaisquer custos de
remoção de limpeza. Em conseqüência da substituição proposta, o
investimento em capital de giro líquido da empresa deve aumentar em
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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
PAYBACK
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Exemplo:
Ano Fluxo de Caixa A Fluxo de Caixa
B
0 $ -260.000 $ -85.000
1 5.000 45.000
2 15.000 25.000
3 15.000 11.000
4 425.000 9.800
Resolução:
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FÓRMULA:
Onde:
VPL = Valor Presente Líquido
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Critérios de decisão:
Exemplo:
Investimento R$
Inicial 30.000,00
Ano 1 R$
10.000,00
Ano 2 R$
15.000,00
Ano 3 R$
20.000,00
Ano 4 R$
10.000,00
Custo de Capital 20% ao ano
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VPL
R$ 25.000,00
28,43% (TIR)
VPL > 0
Taxa de
Desconto
4 anos
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R$ 30.000,00
Fórmula:
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Onde:
n = Período de ocorrência do fluxo de caixa
FCn = Fluxo de Caixa em um determinado período
I . I = Investimento Inicial
TIR = Taxa Interna de Retorno
Critérios de decisão:
Exemplo:
Utilizando o exemplo acima podemos determinar a TIR dos projetos A e B.
Assim temos:
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INTERSEÇÃO DE FISCHER
90.000,00
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Critérios de decisão:
• Se IL> 1, o projeto deverá ser aceito (VPL > 0).
• Se IL < 1, o projeto deverá ser rejeitado (VPL < 0).
• Se IL = 1, é considerado como atraente, pois remunera o investidor
em sua taxa desejada de atratividade.
Exemplo:
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Exemplo:
Utilizando o exemplo acima podemos determinar a TMR dos projetos A e B.
Assim temos:
Exercícios:
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Dados:
Investimento inicial: R$ 70.000,00
Entradas de Caixa: R$ 25.000,00
Despesas com manutenção : R$ 5.000,00
Prazo (n) : 5 anos
Custo de capital (i) = 8% ao ano
Determine:
a) Payback convencional
b) Payback descontado
c) VPL
d) TIR
e) TIRM
f) TMR
g) I.R
h) Esse projeto é viavel pelo VPL? Comente.
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9) Uma empresa pretende lançar um novo produto e para isso fizeram uma
pesquisa de mercado e levaram os resultados ao departamento financeiro
as seguintes informações acerca da aceitação e fabricação desse produto:
A) Custos:
Parcela Fixa....................................................................................... $
90.000,00 a.a
Parcela Variável................................................................................ 10% das
vendas
B) Despesas de vendas e administração:
Parcela Fixa: $ 20.000,00 a.a para os dois primeiros anos e de $ 15.000,00
a.a para os demais.
Parcela Variável.............................................................................. 5% das
vendas
C) Taxa de depreciação dos ativos permanentes.............................. 10% a.a
D) Custo do capital empregado...................................................... 13% a.a
E) Alíquota do Imposto de Renda.................................................. 25% a.a
F) Compra de ativos permanentes no início do projeto por........... $
215.000,00
G) Receita de vendas
Ano 1 $ 200.000,00
Ano 2 $ 225.000,00
Ano 3 $ 240.000,00
Ano 4 $ 215.000,00
Ano 5 $ 150.000,00
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Projeto A Projeto B
Investimento Inicial R$ 28.500,00 R$ 27.000,00
Ano Entrada de Caixa
1 R$ 10.000,00 R$ 11.000,00
2 10.000,00 10.000,00
3 10.000,00 9.000,00
4 10.000,00 8.000,00
Pede-se:
a) O Payback de cada projeto.
b) O VPL de cada projeto.
c) A TIR de cada projeto.
d) O Índice de Lucratividade de cada projeto.
e) O VPL e a TIR incremental.
f) Desenhe o gráfico que representa o ponto de Interseção de Fischer.
g) Qual projeto de ser aceito sendo eles mutuamente excludentes.
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Pede-se calcular:
a) a TIR da alternativa A;
b) a TIR do fluxo incremental (A – B);
c) o VPL das alternativas e do fluxo incremental;
d) identificar pela análise do fluxo incremental qual é a alternativa
preferível.
Pede-se:
A) Calcular o Payback para cada projeto
B) Calcular o VPL para cada projeto
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Caso 2 Caso 1
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OU
Caso 2 Caso 1
Aumento / Redução nas -50% + 50%
vendas
Vendas em unidades 500 1.000 1.500
Receitas de vendas $ 5.000 $ 10.000 $ 15.000
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Exercícios:
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Pede-se:
A. admitindo um acréscimo de 15% nas receitas de vendas da empresa,
calcular a variação esperada nos resultados operacionais;
B. calcular o grau de alavancagem operacional para um volume de vendas
de $ 500.000;
C. demonstre que o GAO não se altera mesmo prevendo-se uma redução de
15% no volume de atividade da empresa.
Empresa A Empresa B
Pede-se:
a) Calcular os resultados operacionais das duas empresas;
b) Apurar o volume mínimo de vendas que cada empresa deve atingir
para que não apresente prejuízo; (Ponto de equilíbrio em unidades
monetárias para uma quantidade vendida de 2.000 unidades).
c) Determinar o GAO das duas empresas para o atual volume de
atividade (receita de vendas = $ 1.470.000). Qual das duas empresas
apresenta maior capacidade de alavancagem operacional? Explique a
sua resposta.
d) A partir do GAO calculado acima, explique qual das empresas
apresenta menor risco.
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Caso 2 Caso 1
Aumento / Redução nas vendas - 40% + 40%
LAJIR $ 6.000 $ 10.000 $ 14.000
Menos Juros ($ 2.000) ($ 2.000) ($ 2.000)
Lucro Líquido antes do Imposto $ 4.000 $ 8.000 $ 12.000
de Renda
Menos Imposto de Renda (40%) ($ 1.600) ($ 3.200) ($ 4.800)
Lucro Líquido depois do I.R $ 2.400 $ 4.800 $ 7.200
Menos dividendos preferenciais ($ 2.400) ($ 2.400) ($ 2.400)
Lucro disponível para acionistas $ 0,00 $ 2.400 $ 4.800
ordinários
Lucro por Ação $ 0 ÷ 1.000 $ 2.400 ÷ $ 4.800 ÷ 1.000 =
=$0 1.000 = $ 4,80
$ 2,40
Variação do LPA -100% + 100%
Onde:
LAJIR: lucro antes imposto de renda.
J: juros.
DP: dividendo preferencial.
T: alíquota do imposto de renda.
Exercícios:
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Caso 2 Caso 1
Aumento / Redução
nas vendas
Vendas em unidades 1.000
Receitas de vendas 60.000
Custos e despesas (24.000)
operacionais variáveis
Margem de 36.000
Contribuição
Custos operacionais (27.000)
fixos
Lucro Operacional - 9.000
Lajir
Menos: Juros (3.000)
LAIR 6.000
Imposto de Renda (2.100)
(35%)
Lucro Líquido depois 3.900
I.R
Dividendos (2.000)
preferenciais
Lucro Líquido 1.900
LPA (LL ÷ N°ações)
Pede-se:
A) Calcule para o ano 20X0
O preço de venda unitário
O custo unitário variável
O ponto de equilíbrio em quantidade e em unidades monetárias.
B) Se houver uma queda de 10% das unidades vendidas (20X1), qual será a
alavancagem operacional e financeira?
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Exercícios:
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Definição de risco
O conceito de risco pode ser entendido de diversas maneiras,
dependendo do contexto da pessoa que o está avaliando. Exemplos:
risco aéreo, para uma companhia seguradora; risco de contrair uma
doença, para uma pessoa qualquer; o risco de insucesso de um negócio,
para o empresário; e assim por diante. Risco pode ser entendido como a
volatilidade de resultados futuros ou pelo nível de incerteza associado a
um acontecimento. No caso financeiro, os resultados futuros relacionam-
se, geralmente, ao valor de ativos e passivos.
Em administração e finanças, risco é a possibilidade de perda
financeira. Os ativos (reais ou financeiros) que apresentam maior
probabilidade de perda são considerados mais arriscados do que os
ativos com probabilidades menores de perda.
Risco e incerteza podem ser usados como sinônimos em relação à
variabilidade de retornos associada a um ativo.
Podemos referir a risco também como a possibilidade de algum
evento não favorável ocorrer. Financeiramente, é a probabilidade de
não confirmação de um ganho, através de um prejuízo ou ganho menor
que o esperado.
Essa probabilidade pode se basear em dados objetivos ou
subjetivos.
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Risco de mercado
O risco de mercado é o risco mais fácil de ser entendido. Ele está
relacionado com o valor de bens, serviços, índices, commodities etc. É o
que podemos ganhar ou perder quando compramos ou vendemos um
determinado ativo, contrato ou derivativo, pela simples mudança em seu
preço negociado no mercado. Considere um investidor comprando
ações. Ele está sujeito ao risco de mercado decorrente da flutuação dos
preços desse ativo. Por exemplo, suponha que o investidor adquiriu
1.000 ações preferenciais da Petrobras ao preço unitário de R$ 53,00
desembolsando, portanto, R$ 53.000,00. Quanto valerá essa carteira
amanhã? E daqui a um mês? R$ 50.000,00? R$ 60.000,00? Essa
incerteza em relação ao valor futuro de um ativo ou carteira é o que
caracteriza o risco de mercado.
Risco de liquidez
O risco de liquidez pode ser separado em dois tipos: o risco de
liquidez de financiamento (funding), que se refere à habilidade de
equacionar desequilíbrios no fluxo de caixa através de novas captações
de recursos; e o risco de liquidez de mercado, que se refere ao risco de
não se conseguir fechar posições abertas em tempo hábil, na quantidade
suficiente e a um preço justo. Este último caso resulta basicamente de
aumentos no spread (diferença) entre os preços de compra e de venda,
que, por sua vez, decorrem da falta de liquidez no mercado para o
produto em questão (isto é, ao baixo volume de negócios), ou de a
instituição possuir uma carteira muito grande em relação ao mercado
como um todo. Um exemplo clássico de risco de liquidez consiste na
quebra de uma instituição financeira devido a um movimento de corrida
bancária.
Risco de crédito
O risco de crédito representa a possibilidade de inadimplemento da
contraparte de qualquer instrumento financeiro, gerando a falta de
recebimento para a outra parte. Por exemplo, uma financeira ao
emprestar dinheiro a um cliente, incorre no risco de não receber o valor
nominal emprestado ou os juros devido à insolvência do cliente. O risco
de crédito não ocorre apenas nas chamadas operações de crédito, como
empréstimos e financiamentos, mas em todas as outras modalidades de
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Risco operacional
É o risco proveniente de falhas de sistema, erro humano, falha de
gerenciamento ou, simplesmente, falha de controle e transparência dos
sistemas adotados. Como exemplo efetivo de risco operacional, pode-se
usar o caso da quebra do Banco Barings, no início de 1995, evidenciando
a ausência de mecanismos de controle sobre operações com derivativos
e uma centralização substancial de poderes em uma só pessoa, o que
pode gerar grandes lucros ou volumosos prejuízos. Outro exemplo
bastante útil consiste no treinamento inadequado de funcionários.
Imagine um funcionário responsável pelo controle de risco de uma
instituição que não conhece perfeitamente os diversos modelos de
quantificação do risco. Evidentemente, isso pode ter conseqüências
desastrosas. Lembre-se: pior que não gerenciar o risco é gerenciá-lo de
modo inadequado.
Risco legal
O risco legal pode ser entendido como a possibilidade de perda,
devido à impossibilidade de se executar os termos de um contrato -
incluindo os riscos provenientes de documentação insuficiente, falta de
capacidade ou autoridade de uma contraparte, incerteza legal - e à
incapacidade de implementar uma cobrança por quebra ou insolvência
da contraparte. Como exemplo de manifestação do risco legal, temos o
pagamento de indenizações devido ao não-cumprimento da legislação.
Nos últimos tempos, muito se tem falado a respeito do problema da
legislação sobre o mercado de derivativos. Um dos principais entraves
que o mercado encontra é o desconhecimento do assunto por parte dos
legisladores e juristas, dificultando, em muito, o desenvolvimento e o
crescimento desse mercado.
Além disso, existem grandes diferenças estruturais entre a
legislação dos diversos países. O problema se agrava se considerarmos
que muitas transações são feitas entre empresas sediadas em países
diferentes, o que dificulta a confecção de contratos e a utilização de
termos.
Dessa forma, podemos entender que o risco total de um ativo
qualquer é representado pela sua parte sistêmica (risco sistemático ou
não diversificável) e não sistemático (risco específico ou diversificável).
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Risco Diversificável
Risco Total
Risco Sistemático
5 10 15 20
Quantidade de Ativos
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O risco total de uma carteira pode ser formado por duas partes:
Risco diversificável
Risco Total
Risco Sistemático
5 10 15 20
Quantidade de Ativos
Onde:
Kj = Retorno esperado da ação j;
RF = Ativo sem risco – é aquele no qual o retorno real é sempre o esperado -
(Título do Tesouro Nacional);
βj = Coeficiente beta ou indicador de risco não diversificável do ativo j;
Rm = retorno esperado do mercado; retorno da carteira de mercado
(Ibovespa).
Exemplo:
Calcule o retorno exigido da Natura, supondo que tenha beta igual a 1,25, a
taxa das Letras do Tesouro Nacional seja de 5% e o retorno esperado do
índice Bovespa seja igual a 15%.
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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Finanças Empresariais
Graficamente:
SML
17,5%
Coeficiente - β
Para que você conclua uma análise de determinada empresa é
preciso ter em mãos dados sobre seu desempenho no mercado. Saber
com que freqüência é negociada, e o volume dessa negociação, são
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Para que você entenda melhor como o beta funciona, veja o exemplo:
Se uma ação se comporta exatamente como o Ibovespa,
dizemos que ela tem beta=1. Se a ação variar mais que o
Ibovespa, mas no mesmo sentido, ela terá beta>1 (beta maior
do que um). Se variar menos, mantendo o mesmo sentido, o beta
será menor do que um (beta < 1). Uma ação com beta muito
maior do que 1, por exemplo, tende a subir mais que o Ibovespa
quando este está em alta. Em compensação, tende a cair mais
quando há baixa na bolsa.
No fim das contas, a escolha é sempre do investidor, mas é preciso
estar alerta. "O investidor pode optar por qualquer um dos tipos, mas ele
tem que estar consciente de que, no caso de um beta agressivo, ele
pode ganhar muito, mas perder com a mesma intensidade. Em
momentos de alta volatilidade, um papel agressivo pode levar o
investidor à loucura".
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Exemplo 2:
O beta de uma ação representativa do portfólio, composto por
todas as ações do mercado, teria, por definição o seu Beta igual a 1. O
que representaria na pratica que se o mercado subisse 10% esta ação
subiria 10% se o mercado caísse 30% a ação cairia 30%. Caso o Beta de
uma ação for 0.5, isto significa que esta ação possui metade da
volatilidade do mercado, ou seja se o mercado subir 10% a ação subiria
5%. Caso o Beta de uma ação for 2.0, isto significa que esta ação possui
o dobro da volatilidade do mercado, ou seja, se o mercado subir 10% a
ação subiria 20%.
GRAU DE VOLATILIDADE
mercado, ou seja, uma carteira média tem betas 1,0 em relação a ela
mesma.
Um título com beta > 1,0, por exemplo: uma ação com β = 1,15 significa
que se o mercado (Índice BOVESPA) como um todo apresentar uma
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queda de 10%, aquela ação deverá sofrer uma baixa de 11,50% no seu
preço.
Um título com beta < 1,0, por exemplo: uma ação com β = 0,5 significa
que se o mercado cair 6%, a ação deverá sofrer uma baixa de somente
3%.
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