Faculdade de Administração e Ciências Contábeis – FACC
Administração Pública – Modalidade a Distancia – PNAP
RODRIGO GONÇALVES RIBEIRO – 200974171B - TURMA BC
ECONOMIA BRASILEIRA
A inflação é um aumento de preços de produtos e serviços de forma
generalizada e ininterrupta no país. Este aumento persistente acarreta na perda do poder aquisitivo da moeda, ou seja, acarreta com o tempo que esta moeda valha cada vez menos, sendo necessária mais moeda para comprar o mesmo produto ou serviço. Este processo de inflação acaba por se tornar um “ciclo vicioso”, sendo necessário cada vez mais reajustes de preços e salários.
A correção monetária tem por objetivo minimizar ou até neutralizar esta
situação, reajustando os saldos de depósitos com base em índices de inflação medidos no período anterior. No Brasil, estes índices são medidos por entidades como o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio- Econômicos, FGV - Fundação Getúlio Vargas, FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, entre outros que procuram mensurar a variação do nível de preços. Os índices de preços e a inflação são, portanto um meio de mensuração da variação dos níveis de preço e caracteriza-se pela média ponderada dos preços de um conjunto de produtos, chamado de “cesta”, por um determinado período de tempo. No Brasil existem vários índices diferentes com o intuito de medir a inflação e corrigir a variação da moeda, como exemplo o IPC – Índice de Preços ao Consumidor, IGP-M - Índice Geral dos Preços do Mercado e o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado. Os principais tipos de inflação são: a Inflação de demanda, a Inflação de custos, a Hiperinflação e a Espiral Inflacionaria. A Inflação de demanda é ocasionada por uma diferença entre a oferta e a demanda, ou seja, é a inflação gerada pela compra exagerada, quando ocorre uma expansão de renda daquela população e os meios de produção não possuem a devida capacidade para tal demanda. O Brasil atualmente passa pelo início de uma inflação de demanda, pois a renda da população aumentou e a indústria de bens e serviços não possui a capacidade de ofertar de acordo com esta demanda, gerando um aumento do nível de preços ao consumidor, a inflação. A Inflação de custos é caracterizada pela elevação dos custos de produção, das taxas de juros, de câmbio, matéria-prima, de salários e outros. Com o aumento dos custos, os preços dos bens e serviços produzidos conseqüentemente aumentam, provocando inflação de custos. A Hiperinflação é uma inflação muito alta, que faz com que a sociedade gaste todos os recursos (moeda) em pouco tempo, não o retendo através de poupança, pois o poder de compra da moeda diminui rapidamente. Por fim, a Espiral Inflacionária que consiste na auto-alimentação da inflação, independente da causa inicial da elevação de preços, ou seja, o aumento do preço de um produto faz aumentar outro e assim por diante. A Inflação na história do Brasil, a partir da industrialização subiu de 3% ao ano no pós-guerra, para 90% ao ano devido à sombra do socialismo. Com a tomada de poder pelos militares, a inflação regrediu a 30% ao ano, voltando à normalidade, mas que voltaria a assombrar em 1985 quando disparou a 250% ao ano, devido a denúncias de corrupção, conseqüentemente elevando a inflação. Com a redemocratização, em 1986, a inflação regrediu ao patamar de 60% ao ano, com a implantação do Plano Cruzado, porém por pouco tempo, chegando a 1.000% ao ano, mantendo-se em altos e baixos, durante os governos dos presidentes Sarney e Collor. Até que em 1994, com o Plano Real, o presidente Itamar Franco com a Judá do então ministro de Fazenda Fernando Henrique Cardoso, consegue-se manter a inflação em níveis mais baixos por um longo período, perdurando até hoje.