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AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

Graduação

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AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

O PROCESSO HISTÓRICO DA GESTÃO


UNIDADE 1

OBJETIVOS DA UNIDADE:
Ao concluir esta unidade, você deverá ser capaz de:

• identificar os principais marcos da evolução histórica da gestão;

• reconhecer os elementos básicos necessários para definição


de organização e gestão;

• conhecer as funções básicas do gestor.

PLANO DA UNIDADE:
• Evolução histórica da gestão.

• O que é uma organização?

• O que é gestão?

• As funções básicas do gestor.

Caro aluno, começa aqui nossa jornada no mundo do autoconhecimento


e liderança. Esperamos que no final deste curso você se torne um líder mais
consciente do seu papel frente às novas necessidades organizacionais.

Nesta primeira unidade abordaremos conceitos básicos em relação à


organização e à gestão.

Acreditamos que você terá sucesso ao longo de todo o curso!

Seja bem-vindo à primeira Unidade de Estudo.

Sucesso!

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UNIDADE 1 - O PROCESSO HISTÓRICO DA GESTÃO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GESTÃO


A gestão, ao longo da história, vem sofrendo transformações conceituais,
conforme trabalhos práticos e teóricos desenvolvidos por diversos estudiosos
e precursores do assunto, nos mais variados campos de atividades.

A evolução dessas contribuições pode ser visualizada na linha cronológica


a seguir, estabelecida de acordo com as principais abordagens das teorias
administrativas reconhecidas no meio acadêmico e empresarial.

Com base na linha cronológica, identifica-se que as principais teorias


administrativas surgiram a partir do século XX, mais especificamente a partir
do ano de 1.900. Contudo, tais teorias tomaram forma com o advento da
Revolução Industrial (1750), período das grandes
transformações que forjaram as organizações conhecidas
atualmente.
A Revolução lançou as bases dos novos tempos: acelerou o
ritmo da produção com a implementação de máquinas e
equipamentos nos parques fabris, baixou o preço das
mercadorias com a produção em escala, concentrou a massa
populacional nas áreas urbanas, criou modelos produtivos com
adoção de grandes contingentes de mão-de-obra, fez surgir
novas relações sociais de produção, provocou um salto
tecnológico principalmente no desenvolvimento das
comunicações e da logística, e muitas outras transformações.
Tais mudanças não só alteraram os modelos organizacionais,
como também toda a estrutura da sociedade.

Vamos identificar os principais marcos da evolução da


gestão?
Etapa - Primórdios da gestão:
• 5.000 a.C. => os sumérios criam a escrita cuneiforme
com o objetivo de registrar as colheitas realizadas e as
mercadorias negociadas.
• 4.000 a.C. => os egípcios passam a reconhecer a neces-
sidade de planejar, organizar e controlar suas tarefas.
Para se ter uma idéia, a construção da pirâmide de
Cheops envolveu nada menos do que 100.000 pessoas.
A palavra supervisor origina-se da egípcia vizier.
• 2.000 a.C. => os egípcios reconhecem a necessidade de estabelecer
ordens escritas. Utilização, também, de consultoria de staff.
• 1.800 a.C. => Instituição do Código de Hamurabi (Babilônia) com a
finalidade de regular as relações interpessoais, comportamentos pes-
soais, salários, punições e outros mais.
• 500 a.C. => Mencius (China) introduz o princípio da especialização (pa-
drões).

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AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

• 1750 d.C. => Surge, na Inglaterra, a Revolução Industrial que provo-


cou a disseminação de máquinas e equipamentos no processo pro-
dutivo, produção em escala, grande contingente de mão-de-obra, etc.
• 1776 d.C. => Adam Smith (Inglaterra) forma o princípio de especiali-
zação dos operários, bem como, o conceito de controle. Em sua clás-
sica obra “A riqueza das Nações”, o autor trata da divisão do traba-
lho.
• 1810 d.C. => Robert Owen (Inglaterra) reconhece a importância do
indivíduo, enfatizando as condições adequadas para a realização do
trabalho, a cooperação, o treinamento, as diferenças individuais e
capacidades de cada pessoa.
• 1832 d.C. => Charles Babbage (Inglaterra) começa a ressaltar a abor-
dagem científica, implementando o estudo de tempos e movimentos,
contabilidade de custos, divisão do trabalho, etc.
(Cronologia adaptada de CHIAVENATO, 2000a: 22-23)
Etapa - Teorias Administrativas
Chiavenato (2000b) ao abordar as teorias administrativas nos dá
uma importante contribuição, pois relaciona cada uma delas com as
principais características. Para isso, representou de forma esquemática
sua análise:
Ênfase Teorias Administrativas Ano Principais Enfoques

Racionalização do trabalho
Nas
Administração Científica 1903 no nível operacional.
Tarefas

Organização formal.
Teoria Clássica 1916 Princípios gerais da
administração. Funções do
Teoria Neoclássica 1954
administrador.
Organização formal
Na burocrática. Racionalidade
Teoria da Burocracia 1909
Estrutura organizacional.
Múltipla abordagem:
Organização formal e
Teoria Estruturalista 1947 informal.Análise intra-
organizacional e análise
interorganizacional.
Organização informal.
Motivação, liderança,
Teoria das Relações Humanas 1932
comunicações e dinâmica
de grupo.
Estilos de administração.
Nas
Teoria das decisões.
pessoas Teoria do Comportamento
1957 Integração dos objetivos
Organizacional
organizacionais e individuais.

Mudança organizacional
Teoria do Desenvolvimento planejada. Abordagem de
1962
Organizacional sistema aberto.

Análise intra-organizacional
e análise ambiental.
Teoria Estruturalista 1947
Abordagem de sistema
No aberto.
ambiente Análise ambiental
(imperativo ambiental).
Teoria da Contingência 1972 Abordagem de sistema
aberto.
Administração da tecnologia
Na
Teoria da Contingência 1972 (imperativo tecnológico).
tecnologia

As teorias administrativas e seus principais enfoques (Adaptado de CHIAVENATO, 2000b: 24)

Etapa - Novas Tendências


Com o advento da globalização e com a conseqüente queda das fronteiras
comerciais entre os países, a sociedade como um todo experimentou uma

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UNIDADE 1 - O PROCESSO HISTÓRICO DA GESTÃO

nova fase em que a velocidade da informação vem provocando em todas as


esferas do conhecimento profundas transformações. Não foi diferente com a
gestão. Novas teorias e tecnologias de gestão organizacionais começaram
a surgir e influenciar o dia-a-dia das organizações.

Contudo não sejamos simplistas ao ponto de afirmar que as teorias


administrativas de anos anteriores são inúteis para os novos tempos. Cada
teoria, em sua época, surgiu no intuito de apresentar possíveis caminhos na
solução de problemas gerenciais despontados nas organizações. Até certo
ponto, essas teorias são úteis e importantes para o gestor de hoje. Cabe a
ele reconhecê-las e aplicá-las da melhor forma possível às situações a serem
enfrentadas no cotidiano do ambiente organizacional.

Dentre as inúmeras tendências, abordaremos de forma sucinta duas, em


virtude de acreditarmos estarem mais voltadas ao propósito deste curso:

a) Teoria Z
Behaviorismo - Ramo da
A teoria Z tem a ver com o estudo do comportamento humano. Antes de psicologia que estuda o
comportamento huma-
tratarmos da Teoria Z devemos nos reportar às Teorias X e Y criadas no final
no. É conhecido como
dos anos 50 pelo psicólogo Douglas McGregor, um dos mais conceituados teoria compor-
tamental ou comporta-
autores da abordagem behaviorista da administração. mentalismo. Um dos
seus maiores estudio-
McGregor, ao estudar a natureza humana, identificou e comparou dois sos foi John Broadus
estilos opostos e antagônicos da arte de administrar, denominando-os de Watson (1878-1958),
considerado o pai do
teoria X e Y. behaviorismo. Watson
defendia a importância
A teoria X parte do pressuposto de que as pessoas não gostam de do meio na construção
e desenvolvimento do
trabalhar, a não ser que sejam provocadas para tal. Segue a linha da indivíduo.
Administração Científica iniciada pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor,
da Teoria Clássica concebida pelo engenheiro francês Henri Fayol e da Teoria
Burocrática desenvolvida pelo sociólogo alemão Max Weber.

Em contrapartida, a teoria Y defende que fatores como motivação,


criatividade, competência estão presentes nas pessoas. Sustenta que os
indivíduos podem alcançar a auto-realização no trabalho, bem como, cumprir
os objetivos da instituição, desde que o gestor crie as condições
organizacionais adequadas para este fim.

A abordagem de pensamento reflete-se na Teoria Comportamental e


nas teorias administrativas que vieram logo em seguida, cujo foco voltou-
se para a prática democrática e participativa da gestão, baseados em
valores humanos e sociais.

A teoria Z, desenvolvida por William Ouchi nos idos de 1981, é uma


variante da teoria Y de McGregor. Ela defende que existe um grau de
envolvimento análogo entre trabalhadores e gestores quando é aplicado
na organização um sistema eficaz de incentivos e recompensas.
A teoria fundamenta-se em princípios e normais comportamentais
praticados principalmente nos países orientais (Japão, Coréia, etc.).
Enfatiza a importância do indivíduo nas organizações. O sucesso é reflexo
da motivação humana e não somente da aplicação de tecnologias nos
processos produtivos. O homem passa a ser o centro das atenções.

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AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

Vejamos alguns enfoques dessa teoria:

• o indivíduo é o maior patrimônio da organização;

• o indivíduo é criativo e responsável;

• o indivíduo quer ser original e ter iniciativa;

• o indivíduo quer liberdade e estabilidade;

• o indivíduo é um eterno insatisfeito;

• o indivíduo sempre busca uma qualidade de vida melhor;

• o indivíduo não é individualista;

• a segurança do indivíduo depende da coesão e estabilidade da equipe.

Como podemos observar, a teoria Z coloca o homem como a mola


propulsora das organizações. Sua importância se faz presente em todos os
níveis hierárquicos, desde o institucional até o operacional. Isto é, preza a
liberdade para as pessoas questionarem e sugerirem mudanças dos
processos, métodos, rotinas, procedimentos, etc. adotados pela organização,
no sentido de crescimento mútuo.
b) Gestão da sociedade do conhecimento (Peter Drucker)
A sociedade do conhecimento ou sociedade da informação foi um termo
cunhado pelo austríaco-americano Peter Drucker, considerado o pai da
Administração, recentemente falecido.
A expressão surgiu no final do século XX, principalmente depois da
disseminação da globalização, para caracterizar uma nova era em que as
informações são transmitidas a velocidades e quantidades nunca antes
imaginadas.
Essa sociedade ainda em formação e expansão trouxe novos horizontes
para o ambiente das organizações. O que dizer da internet e dos atuais
Blogs - Espécie de diá-
blogs que disseminam informações instantâneas que refletem direta e
rio publicado por uma
indiretamente na vida das instituições? Como lidar com essa nova perspectiva?
pessoa na internet re-
lativo a qualquer assun- Drucker, considerado o “guru dos gurus” dos gestores, tenta navegar por
to de seu interesse. essas águas da mudança e incerteza. Ele informa que as organizações
Geralmente possui um
precisam lidar com um novo tipo de trabalhador (o trabalhador do
campo específico para
conhecimento) - “knowledge worker” – indivíduos com aspirações e
que outros usuários
possam interagir. motivações diferentes daquelas dos trabalhadores das organizações
tradicionais.
Esse novo enfoque, por conseqüência, implicou em reajustes profundos
na gestão das organizações. Para se ter idéia, o controle do gerenciamento
das informações transformou-se em um diferencial competitivo para as
organizações.
Todavia, gerenciar somente as informações nos dia de hoje não basta, é
preciso gerenciar o conhecimento – tarefa que consiste em interpretar o
significado da informação, dimensionar os seus impactos para a organização
e o ambiente inserido e transformá-la em um diferencial para a tomada de
decisão. Este procedimento, detalhado de forma simplista, é conhecido como
gestão do conhecimento.

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UNIDADE 1 - O PROCESSO HISTÓRICO DA GESTÃO

A gestão do conhecimento tem por objetivos:


• compartilhar as melhores práticas e tecnologias adotadas por outras
organizações, mediante o acesso criterioso de grande quantidade de
informação corporativa;
• identificar e mapear as informações das organizações transformando-
as em conhecimento organizacional;
• criar ambiente propício a geração de novos conhecimentos, permitindo
o estabelecimento de vantagens competitivas;
• tornar os dados trabalhados utéis e compreensíveis não só para a
organização, como também, para os colaboradores e a comunidade.

A sociedade do conhecimento coloca as organizações sobre novos


dilemas: quais modelos de organização e gestão passarão a existir? Um
fato já é certo: não existirão modelos universais de organizações! O ambiente
mutável é que determinará a estrutura e o modo de agir das organizações.
Os indivíduos serão mais independentes e conhecedores de suas
atribuições, isto é, estarão mais preocupados na gestão de si mesmos. Bem
como, não existirá um modelo ideal de gestão de pessoas. Neste contexto
de incertezas e mudanças, o desafio caberá aos atuais gestores.
Drucker compara a função do gestor a de um maestro, que mesmo não
sabendo tocar todos os instrumentos da orquestra, conduz todos os músicos
a executarem a sinfonia de forma harmônica.
Cabe ressaltar que o propósito deste curso não é aprofundar-se sobre
cada etapa da evolução da gestão, pois o assunto é amplo e existe vasta
bibliografia (Há indicações destas no final da unidade) a respeito.
O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO?
“Uma organização é uma combinação intencional de pessoas e de
tecnologia para atingir um determinado objetivo.” (Hampton, 1992, p. 8).
Analisando o conceito de Hampton, podemos afirmar que uma empresa,
uma universidade, uma prefeitura e outras instituições congêneres são
consideradas organizações; bem como suas segmentações - divisões,
departamentos, setores, secretarias de Estado, seções ou subseções - são,
também, consideradas organizações.
Verifique o organograma a seguir:

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AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

Observando o organograma da organização Prefeitura, podemos


identificar que cada uma de suas segmentações: Secretarias, Divisões,
Coordenadorias, Seções e Subseções podem ser consideradas organizações,
em virtude de serem compostas por pessoas que se utilizam de tecnologias
para alcançarem as metas do setor ao qual pertencem e, por conseqüência,
os objetivos da organização maior – Prefeitura.

VAMOS REFLETIR!
Pode existir uma organização dentro de outra organização?
A resposta é sim. Analisando sistematicamente as
organizações podemos observar que os setores –
organizações menores dentro da organização maior –
existem para um propósito comum: objetivo
organizacional. Ou seja, são concebidos para atuar de
forma integrada em prol de um objetivo maior. Todavia,
Objetivo organizacio- podem existir organizações dentro de outra, não só no
nal: objetivo maior de sentido de segmentação, mas no que se refere a
toda a organização. Ge-
ralmente são de longo
parcerias, visando otimização no emprego de recursos.
prazo e estabelecidos Exemplo: fornecedora de autopeças que atua dentro
pela alta administração. de uma montadora de veículos automotores.
Direcionam os objeti-
vos e metas de todos Acabamos de visualizar a organização,
os setores da organiza- principalmente, na sua perspectiva física, local em que
ção.
as pessoas concentram seus esforços para alcançarem algo em comum.
Passemos agora a tratar de suas partes básicas: pessoas, tarefas e gestão.

A empresa Alpha produz sapatos de couro costurados à mão. Uma parte


EXEMPLIFICANDO: do processo de fabricação consiste em costurar o couro nos moldes
produzidos pelo maquinário do setor de produção. O setor de costura é
composto por seis pessoas, uma na função de supervisor e as outras cinco
na de costureira. As costureiras possuem um padrão de qualidade a ser
seguido na costura do couro nos moldes. Quanto ao supervisor, sua função
é orientar e observar se os padrões estão sendo seguidos para evitar
rejeição do produto (sapato).

Analisando o processo da empresa Alpha, notamos a presença das três


partes básicas que compõem todas as organizações:

• Pessoas: grupo de costureiras e o supervisor;

• Tarefa: costurar o couro nos moldes dentro dos padrões pré-estabelecidos;

• Gestão: planejar, coordenar, orientar e controlar o desempenho das


pessoas envolvidas na realização da tarefa.

Notamos, então, que essas partes devem estar bem gerenciadas para a
que o objetivo da organização seja concretizado. Nesse contexto, não
devemos esquecer das tecnologias que são empregadas para realização
das tarefas, bem como, do ambiente no qual as organizações estão inseridas.

Lembre-se de que as organizações são compostas de indivíduos e de


recursos considerados não-humanos como: financeiros, materiais, tecnológicos,
físicos e outros mais. A conjugação e aplicação desses recursos resultam em
bens, produtos e serviços que são os propósitos finais das organizações.

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UNIDADE 1 - O PROCESSO HISTÓRICO DA GESTÃO

Observe o esquema a seguir:

ORGANIZAÇÃO INTERAGINDO COM O AMBIENTE

O propósito do esquema é representar a interação da organização com o


ambiente. É do ambiente que as organizações extraem os insumos básicos
(matéria-prima, recursos financeiros, tecnologia, etc.) para o processamento
nas suas instalações. Após processamento nos setores da organização, os
insumos são disponibilizados novamente no ambiente sob as formas de bens,
produtos ou serviços.

Portanto, ao elaborar uma definição para organização não esqueça de


abordar os recursos que a compõem e influenciam: humanos, financeiros,
físicos, materiais, gerenciais, tecnológicos, ambiental, etc.

Todavia, cabe ressaltar que com o aumento da complexidade dos


ambientes e exigência cada vez maior do público consumidor, as organizações
têm se empenhado em atender às futuras demandas da sociedade.

No alcance desse objetivo, o indivíduo passou a ocupar posição de


destaque. As organizações, conhecedoras da importância desta tendência,
têm buscado conciliar os seus ativos com a capacidade do quadro funcional
na busca da construção de um diferencial organizacional. No mundo
contemporâneo são as competências pessoais que constituirão as
competências organizacionais.

“O que os gestores e líderes de empresas estão percebendo


é que a tecnologia e o patrimônio não diferem uma
organização de outra, mas sim as pessoas. A valorização
do capital humano e das habilidades pessoais, mais do que
uma tendência, surge como uma resposta à competitividade
empresarial e à necessidade de melhorar as relações do
trabalho.” (Valorize sua carreira, 2003, p.10)

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AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

O QUE É GESTÃO?
Sabemos que as pessoas, ao combinarem seus esforços para atingir um
propósito comum, criam uma organização. As organizações são criadas para
produzirem bens, produtos ou serviços para a comunidade. Na produção desses
bens, produtos e serviços as organizações aplicam seus recursos – humanos,
financeiros, materiais, etc. – para em conjunto alcançarem os objetivos
organizacionais.
VAMOS REFLETIR! O que leva uma organização a ter sucesso ou fracasso na consecução de
seus objetivos?
A organização, para atingir o sucesso, precisa combinar e direcionar os
recursos que estão à sua disposição para concretizar seus objetivos. Essa
arte de relacionar as variáveis em busca de um propósito comum é o
alicerce da gestão.
Voltando ao caso da empresa Alpha, o responsável para cumprir essa
atividade era o supervisor. Sua função era providenciar as condições necessárias
para que as costureiras pudessem produzir de acordo com os padrões de
qualidade determinados pela organização. Isso é gestão.
Como tratado anteriormente, o estudo da gestão evoluiu ao longo dos
anos, mais especificamente no final do século XX. Portanto, elaborar uma
definição universal sobre gestão seria muita pretensão. Contudo há um
consenso de que gestão, na essência, é um conjunto de atividades realizadas
com o intuito de otimizar o emprego de todos os recursos disponibilizados
pela organização em prol dos objetivos pré-estabelecidos.

Gestão X Administração
Segundo Motta (1996), a administração como profissão surgiu no setor
público para significar uma função subordinada aos conselhos e às assembléias
do poder político. Sua acepção mais nobre tem procedência no século XVII com
a institucionalização do cargo de ministro. “O administrador era, assim, o
executor das decisões emanadas dos órgãos públicos superiores ou dos
parlamentos e das assembléias legislativas.” (Motta, 1996, p. 13)

Em relação à gerência, a expressão aparece na área privada para denotar


subordinação aos conselhos administrativos superiores da organização. O
gerente, o supervisor ou o executivo tinham a incumbência de executar as
ordens baixadas pelos diretores, presidentes, proprietários e pelos conselhos
de administração.
Na realidade, ao comparamos as funções desempenhadas pelo diretor,
executivo, gerente, supervisor, gestor e administrador ao longo das diversas
teorias administrativas, podemos notar que esses indivíduos trabalham
fundamentalmente com o processo de tomada de decisão.
Seria, então, muito difícil elaborar definições universais para cada cargo
administrativo ocupado pelos indivíduos, nas mais diversas organizações
espalhadas pelo mundo, pois, na essência, todos lidam com pessoas e variáveis
organizacionais na escolha do melhor caminho para a instituição.
Cada organização possui a liberdade de escolher o nome do cargo a ser
ocupado pelo funcionário: presidente, CEO, diretor executivo, diretor
administrativo, executivo sênior, gerente geral, gerente executivo, supervisor
geral e muitos outros.
Sem contar o encurtamento dos níveis hierárquicos das organizações
provocado pelo mundo contemporâneo. A distância entre o topo e a base da

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UNIDADE 1 - O PROCESSO HISTÓRICO DA GESTÃO

organização está diminuindo a cada dia. As funções administrativas entre


esses níveis estão se assemelhando. As atribuições do gestor de nível superior
e do inferior nunca foram tão parecidas.
Existe, contudo, autores que prezam a diferença entre administração e
gestão. Fischer considera “gestão como uma ação na qual há menor grau de
previsibilidade sobre o resultado do processo a ser gerido.” (Fischer, 1998,
p. 49), e acrescenta que: “um navio é dirigido, uma empresa é administrada,
uma relação humana pode, no máximo, ser gerida, quando se admite que os
dois agentes têm consciência e vontade própria.” (Fischer, 1998, p. 50).
No presente curso, adotaremos administração e gestão como sinônimos,
bem como administrador, gestor, gerente, supervisor e executivo, pois como
afirma Motta (1996, p. 14):

“No rigor vernacular, as palavras administração, gerência


e gestão são sinônimas. O mesmo se pode dizer no sentido
conceitual: nenhum conceito novo foi introduzido quando
se procurou acentuar o uso de uma palavra em detrimento
de outra, salvo, evidentemente, o de deixar o adquirido
desgaste de uma para recuperar conceitos anteriores,
através da nobreza de um novo termo.”

AS FUNÇÕES BÁSICAS DO GESTOR


Concomitantemente à Teoria da Administração Científica – ênfase nas
tarefas – surgia na Europa, em 1916, a Teoria Clássica da Administração,
cuja ênfase recaía sobre a estrutura na qual a organização necessitaria
apresentar para ser eficiente.
Eficiência: realizar cor-
A Teoria Clássica partia do pressuposto de que para alcançar a eficiência, retamente as coisas. A
ênfase recai sobre os
a organização deveria ser considerada como um todo; enquanto a
meios. Enquanto que na
Administração Científica preconizava a individualização, racionalização e eficácia a ênfase recai
divisão do trabalho. sobre os resultados,
isto é, realizar as coi-
Neste novo horizonte, Henri Fayol (1841-1925), instituidor da Teoria
sas corretas.
Clássica da Administração, estabeleceu as funções básicas do gestor,
sintetizadas no quadro a seguir:
Função Descrição

• Visualizar o futuro.
Prever: a função prever,
Prever • Elaborar planos de ação, estabelecendo estabelecida por Fayol,

objetivos e metas. é conhecida nos dias de


hoje como planejar. A
• Desenvolver atividades, sistematizando previsão refere-se às
Organizar possibilidades que po-
as tarefas. dem acontecer. Geral-
mente antecede ao ato
• Direcionar e orientar os indivíduos na de planejar. Planejar -
Comandar
Determinar o que deve
busca dos objetivos e metas.
ser feito.

Coordenar • Inter-relacionar todos os recursos da


organização.

• Comparar o planejado com o executado.


Controlar
• Verificar se tudo está ocorrendo dentro

dos padrões estabelecidos.

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AUTOCONHECIMENTO E LIDERANÇA

Fayol explica que essas funções gerenciais são identificadas em todos os


níveis hierárquicos e setores da organização, seja na alta administração ou
nos níveis mais baixos da organização. Cada indivíduo, dentro da sua esfera
de atribuição, desenvolverá todas essas funções com maior ou menor
amplitude.

Chegamos ao final da primeira Unidade e esperamos que vocês tenham


gostado. E não esqueçam:
IMPORTANTE!
• as teorias administrativas são importantes balizadoras para o
exercício da função gerencial;

• os indivíduos são peças fundamentais nas organizações;

• funções básicas do gestor: Prever (Planejar), Organizar, Comandar,


Coordenar e Controlar.

LEITURA COMPLEMENTAR:
Aprofunde seus conhecimentos sobre a Teoria Z lendo o livro:
Ouchi, William G. Teoria Z - Como as empresas podem enfrentar
o desafio japonês - Ed. Livraria Nobel SA.
Nesta obra, Ouchi além de discriminar os principais aspectos da teoria Z,
mostra, também, a aplicação da teoria na cultura organizacional das
empresas japonesas, principalmente no que tange à participação na tomada
de decisões.
Caso você queira se aprofundar um pouco mais nos temas, sugerimos:
Primórdios e Teorias da Administração:
• Chiavenato, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6.ed.
Rio de Janeiro: Campus, 2000.
• Chiavenato, Idalberto. Administração – Teoria, Processo e Prática. 3. ed.
São Paulo: Makron Books, 2000.
Novas tendências:
• Drucker, Peter F. A administração na próxima sociedade. São Paulo, Ed.
Livraria Nobel S.A, 2003.
• Drucker, Peter F. Administrando em tempos de grandes mudanças. São
Paulo, Ed. Livraria Nobel S.A, 1997.

É HORA DE SE AVALIAR!
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo,
presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar
o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo
de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas
no caderno e depois as envie através do nosso ambiente
virtual de aprendizagem (AVA) ou pelo correio (em formulário
próprio). Interaja conosco!

Na próxima unidade trataremos da gestão no mundo contemporâneo.

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