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EDILENE COSTA

KÉRINA BENTES

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO
DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE 03 A 05
ANOS PORTADORAS DE NECESSIDADES
EDUCATIVAS ESPECIAIS (D. M.) NA EDUCAÇÃO
INFANTIL.

Belém – Pará
Universidade da Amazônia
2001
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO
DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE 03 A 05
ANOS PORTADORAS DE NECESSIDADES
EDUCATIVAS ESPECIAIS (D. M.) NA EDUCAÇÃO
INFANTIL.

Edilene Andrade Costa


Kérina Bentes Lobato

Avaliado por:

__________________________

Celso Michiles Barreto

Data: ___ / ___ / ___

Belém – Pará
Universidade da Amazônia
2001
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO
DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE 03 A 05
ANOS PORTADORAS DE NECESSIDADES
EDUCATIVAS ESPECIAIS (D. M.) NA EDUCAÇÃO
INFANTIL.

Edilene Andrade Costa


Kérina Bentes Lobato

Trabalho de conclusão de
curso apresentado
ao Curso de Pedagogia do
Centro Ciências Humanas e
Educação da UNAMA,
como requisito para
obtenção do grau em
Pedagogia, com habilitação em
Supervisão Escolar, orientado
pelo professor Celso Michiles.

Belém – Pará
Universidade da Amazônia
2001
2

“Estar deficiente não significa ser ineficiente”

Featherstone
DEDICATÓRIA

A toda minha família, em especial

meus pais, irmãos e aos meus

amigos pelo incentivo e pela

força.

Kérina Bentes
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho de conclusão de


curso à Kérina Bentes, que se dedicou
com muito carinho para a perfeição
deste trabalho.

Edilene Costa
AGRADECIMENTO

A Deus pelo Dom da vida.

Aos meus pais, pelo apoio e paciência.

Ao meu orientador, pela ótima


orientação.

Aos professores e alunos que nos


receberam muito bem para realizar
nossa pesquisa.

Kérina Bentes
AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente à Deus que me


permitiu concluir este trabalho e aos
meus familiares pelo apoio.

Edilene Costa
RESUMO

Este estudo tem como objetivo identificar como se dá o processo de


desenvolvimento cognitivo de crianças de 03 a 05 anos portadoras de
necessidades educativas especiais ( D. M. ) na Educação Infantil. Nesta
pesquisa adotou-se o método descritivo qualitativo com a realização de
entrevistas através de questionários para um professor e aos alunos através da
observação seguida dos relatórios diários. Verificamos que é preciso ter
sempre em mente que a aquisição do conhecimento dá-se por um processo de
construção e não pela mera absorção de informações. Sendo assim, é
indispensável que a atitude do professor seja a de encorajar a criança
portadora de necessidades educativas especiais (D. M.) a buscar ele próprio
suas respostas, a construir o conhecimento. Situações significativas devem ser
sempre colocadas para a criança de modo que este sinta-se desafiado a refletir
e buscar fontes de satisfação daquela necessidade, ou formas de solucionar a
situação. O trabalho do professor consiste, assim, em criar situações que
venham a gerar conflitos cognitivos, que, por sua vez, desencadeiem na
criança portadora de necessidades educativas especiais (D. M.) o processo de
busca pela equilibração, indispensável para a construção de novas estruturas.
Além do mais, todo o trabalho pedagógico deve levar em conta que não se
queimam etapas de processo de desenvolvimento e que as atividades
requeridas somente têm razão de ser se vierem representar “passos dados”
nesta longa caminhada.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 01

1.1 – JUSTIFICATIVA ........................................................... ............................. 01

1.2 – SITUAÇÃO PROBLEMA ........................................................................... 03

1.3 – OBJETIVOS .................................................................................................. 03


1.3.1 - Objetivo Geral ........................................................................................... 03
1.3.2 - Objetivo Específico .................................................................................. 04

1.4 – QUESTÕES NORTEADORAS .................................................................. 04

CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 05

2.1 – Educação Especial ....................................................................................... 05


2.2 – Deficiência Mental ...................................................................................... 09
2.3 – Brincar/ Brinquedo ...................................................................................... 12
2.4 – Construção do Conhecimento da Criança ................................................... 18
2.4.1 – A Criança “Normal”.................................................................................. 18
2.4.2 – A criança portadora de necessidades educativas especiais (D. M.) ......... 22

CAPÍTULO III

METODOLOGIA ................................................................................................ 26

3.1 - Tipo de Estudo ............................................................................................... 26


3.2 - Local de Estudo ............................................................................................ 26
3.3 - Sujeitos da Pesquisa ........................... .......................................................... 27
3.4 - Procedimentos da Pesquisa .......................................................................... 27
3.5 - Análise da Pesquisa ...................................................................................... 29

CAPÍTULO IV

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 31

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................... 34

ANEXOS
INTRODUÇÃO

A criança pequena, tem sido vista como um sujeito passivo e


dependente porque sua aparência frágil tem o poder de causar no adulto um
sentimento de proteção; entretanto, estudos e pesquisas têm mostrado, um
nova visão de criança. Essa nova visão nos permite compreender seu
desenvolvimento cognitivo e a forma como ela constrói seu conhecimento,
entendendo-a como sujeito que, desde o nascimento, está inserida num
contexto social e dele participa ativamente.
Essas contribuições são importantes na medida em que nos fornecem
subsídios para organizar atividades compatíveis com cada etapa evolutiva da
criança de 03 a 05 anos portadora de necessidades educativas especiais (D.
M.) e nos mostram o que ela é capaz de aprender e produzir a cada momento.

1.1 – JUSTIFICATIVA

O brinquedo pode ser usado em diferentes disciplinas que consistem o


currículo da educação infantil. A educação infantil deve ser um ambiente
especialmente criado para fazer desabrocharem todas as potencialidades da
criança, e por esse motivo, devem ser oferecidos à criança, oportunidades de
ser estimulada e motivada, no momento conveniente e respeitar o tempo
necessário para ela amadurecer, sendo que a mesma tem relação com a
educação de deficientes mentais, pois o comportamento da criança é
determinada pelas características de situações concretas em que se encontram.
A alfabetização deve ser entendida, pois, como um processo que se inicia com
a criança pegando, ouvindo, combinando, experimentando objetos, ou seja,
interagindo com o meio ambiente social construído historicamente.
A criança deficiente mental tem o direito de conviver com as crianças
ditas normais, pois ela é capaz de desenvolver-se não da mesma forma, e sim
através de um princípio mais lento e duradouro como um ser humano, capaz
de conversar, se expressar, dar opiniões, e muitas vezes essa criança é
colocada de lado, é discriminada dentro da escola, partindo do pressuposto,
que professores não sabem como trabalhar com essas crianças. O
desenvolvimento cognitivo dessa criança não é atingida da mesma forma que
uma criança dita normal, esse desenvolvimento parte de outros princípios.
De acordo com o autor VIGOTSKY (1998), a arte de brincar pode
ajudar a criança portadora de necessidades educativas especiais a
desenvolver-se, a comunicar-se com os que a cercam e consigo mesmo.
Através do brincar a criança tem a capacidade de criar, imaginar, cooperar, de
ter auto estima e com isso confiar em si mesma, sendo capaz de desenvolver-
se como uma pessoa dita normal.
Este trabalho visa, portanto situar o ato de brincar, tendo como
fundamentação que o brinquedo não pode ser visto como um protótipo e
forma predominante da atividade do dia-a-dia da criança.
Ao brincar a criança estimula a inteligência porque este ato faz com que
a criança solte sua imaginação e desenvolva a sua criatividade, assim como
possibilita o exercício de concentração, atenção e engajamento. Desse modo a
criança portadora de necessidades educativas especiais (D. M.) com a ajuda
do brinquedo terá a possibilidade de relacionar-se melhor com a sociedade na
qual a mesma convive, já que o brinquedo busca o desenvolvimento
cognitivo, oportunidades de crescimento e amadurecimento.
Essa pesquisa deverá possibilitar subsídios aos professores, de como
este deve trabalhar o brinquedo com crianças portadoras de necessidades
educativas especiais (D. M.) na educação infantil, pois dessa maneira o
profissional educador que se dispõe a educar uma criança terá que conhecer e
desenvolver todas atividades que irão facilitar a aprendizagem da criança
enquanto ser em constante transformação.

1.2 – SITUAÇÃO PROBLEMA

Na perspectiva de lançar mão das possibilidades de desenvolver um


trabalho significativo nas escolas e instituições que atendem a crianças
portadoras de necessidades educativas especiais (D. M.), nos propomos a
pesquisar e refletir sobre a importância do brinquedo no crescimento
cognitivo dessa criança, pois ele é o aspecto predominante da infância, e um
fator muito importante do desenvolvimento.
Qual a importância do brincar no desenvolvimento cognitivo de
crianças de 03 a 05 anos portadoras de necessidades educativas especiais
(D.M.) na educação infantil ?

1.3 – OBJETIVOS

1.3.1 – OBJETIVO GERAL: Identificar, relacionar e refletir sobre a


importância do brincar no desenvolvimento e crescimento cognitivo da
criança portadora de necessidades educativas especiais de 03 a 05 anos na
educação infantil.
1.3.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

_ Identificar o que é o brincar/ brinquedo.


_ Relacionar o desenvolvimento da criança de 03 a 05 anos portadora de
necessidades educativas especiais (D. M.) com o brinquedo.
_ Verificar como se dá o processo de construção do conhecimento em
deficientes mentais.
_ Refletir sobre os procedimentos usados pelo professor na aprendizagem
com o brinquedo.

1.4 – QUESTÕES NORTEADORAS

♦ O que é Educação Especial?


♦ O que é Deficiência Mental?
♦ O que é o Brincar/ brinquedo?
♦ Como se dá o processo de construção do conhecimento na criança dita
normal e na criança portadora de necessidades educativas especiais ( D.
M.)?
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/ REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1- EDUCAÇÃO ESPECIAL.

Educação é um direito humano com imenso poder de transformação.


Sobre suas fundações estruturam-se a liberdade, a democracia e o
desenvolvimento humano sustentável.
A Educação Especial no Brasil, teve uma evolução muito grande, no
início o atendimento aos portadores de deficiência mental era muito restrito.
Realizavam-se em organizações religiosas, longe da sociedade, sem qualquer
chance e/ou perspectiva de uma integração.
Mas com a união de psicólogos, antropólogos e pedagogos e outros
estudiosos, essa visão mudou, eles aceleraram o processo histórico, quebrando
alguns mitos e preconceitos, e com o objetivo de entender o que significava
para o indivíduo ser portador de uma deficiência, criaram então as classes
especiais.
As pessoas portadoras de deficiência mentais, ao longo das civilizações
e épocas foram vistas sob enfoque bastante diversificados como iremos
mencioná-los.
Na antigüidade os deficientes mentais eram considerados uma
degeneração da raça humana. Viviam abandonados, pois representavam um
incômodo para a sociedade, muitas vezes chegavam a ser sacrificados.
Tratava-se do predomínio da Filosofia da Eugênia na Grécia/ Esparta.
Na Idade Média os deficientes mentais eram vistos como pessoas
possuidores de poderes especiais, eram ligados à bruxaria e a magia. Ao
mesmo tempo eram alvo de caridade e mereciam sentimentos de compaixão.
Na Idade Moderna com o advento do renascimento e o surgimento da
filosofia humanista, as artes e as ciências voltam-se para o ser humano,
valorizando-o ao máximo. E, dentro dessa nova visão, iniciam-se estudos e
pesquisas tendo por objeto, também a pessoa deficiente mental, cuja
problemática é vista sob o ângulo da patologia e da anormalidade.
Na Idade Contemporânea delineia-se a preocupação com a educação
dos deficientes mentais. Considerados “diferentes”, deveriam ter uma
educação especializada em instituições segregadas.
Foi somente a partir da segunda metade do século XX que os
“diferentes” tiveram garantido o acesso à educação. As propostas
educacionais passaram a levar em conta, entre outros, os seguintes aspectos,
definidos em documentos legais: os objetivos da Educação Especial são os
mesmos da educação geral; os deficientes são vistos sob o aspecto de suas
potencialidades; a Educação Especial procura integrar à sociedade os
portadores das diversas deficiências.
No decorrer dos anos foram feitas campanhas visando à educação das
pessoas portadoras de deficiência mental com medidas isoladas e
regionalizadas, as buscas educacionais voltadas ao deficiente mental, apesar
dos entraves encontrados, realizaram-se através da criação das classes
especiais, salas de recursos e unidades de ensino intinerante. Nesse contexto
surge, em 1975, a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, e
comemora-se em 1991, o Ano Internacional da Pessoa Deficiente.
Finalmente, na década de 80, desabrocharam correntes que valorizam
cada ser humano, pertencente ou não às “minorias”. E os deficientes vão à
luta para conseguir duas importantes conquistas” Integração e Direitos
Iguais, onde 20% das vagas para qualquer concurso eles tenham direitos.
A Educação Especial no Estado do Pará tem sua origem ligada às
primeiras escolas criadas na década de 50; quer pelo poder público, quer pela
iniciativa particular, para atender as pessoas portadoras de deficiência mental.
Em 1956 a iniciativa privada da Sociedade Paraense de Educação,
volta-se para a Educação do Infra-dotado Intelectual, criando assim o Curso
Pestalozzi do Pará. Pós 4 anos transforma-o em Fundação Pestalozzi do Pará
e instituiu a Escola Lourenço Filho como responsável pelo desenvolvimento
do seu programa educacional em oficinas pedagógicas.
Ainda nesse campo, o esforço de pais e amigos de crianças deficientes
mentais faz surgir, em 30/11/62, uma entidade de caráter filantrópico,
dedicada ao bem-estar da criança excepcional - a Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais – APAE, influência educacional norte-americana
no campo da educação, no Brasil.
Portanto a educação especial no Pará surgiu para oferecer atendimento
a escolarização às crianças cujas anormalidades eram apriori, entendidas
como prejudiciais ou impeditivas para sua inserção no ensino regular.
A importância da educação especial para a formação do educador é
fundamental, precisamos construir conhecimentos específicos para
contribuirmos com a sociedade onde o indivíduo deficiente não mais pode ser
visto como um indivíduo segregado de nossa realidade social. Sabe-se que o
meio tem enorme influência no desenvolvimento tanto intelectual quanto
sócio-emocional desta clientela, de maneira que somos responsáveis por
grande parte do sucesso ou fracasso da mesma, no que concerne seu
desempenho global.
“Não existe um método pronto como receita para ser
utilizada; os professores deverão levar em
consideração áreas como socialização, atividades da
vida diária, educação física, comunicação e expressão,
matemática, ciências, estudos sociais, artes e música.
A efetivação desses conteúdos com primazia necessita
observar alguns aspectos, como a impecabilidade na
organização da escola e da sala de aula; a organização
de objetivos e conteúdos, por parte do professor, em
planos anuais, bimestrais e diários, bem definidos e
flexíveis, aproveitando as experiências que as crianças
poderão trazer; a presença de integração entre as áreas
do aprendizado; utilização de material atraente e a
participação da família”. GOMES (1993)

Segundo PIECZKOWSKI (1999), toda criança possui um ritmo de


desenvolvimento, seja ele físico ou metal que difere de uma pessoa para outra.
O grande desafio para o sistema educacional, precisamente a educação
especial é buscar uma forma de inclusão destas crianças ou pessoas, que
segundo a OMS ( Organização Mundial de Saúde) 5% da população apresenta
problemas de desenvolvimento seja ele físico ou mental.
2.2 - DEFICIÊNCIA MENTAL.

Segundo Webert (1997, p. 2), a causa do mal está nos genes. A


Síndrome de Down é causada por uma anomalia genética, e sua origem está
ligada à existência de material cromossômico extra na célula embrionária. Na
fecundação, os 23 cromossomos do espermatozóide – responsáveis pela
transmissão das características hereditárias do pai – formam pares com os 23
cromossomos do óvulo, transmissores das características da mãe. O problema
ocorre no par 21. A anomalia é chamada também de trissomia do 21.
Identificada pelo médico inglês John Langdon Dow, em 1866, a síndrome
provoca comprometimento intelectual e alterações físicas, incluindo
disfunções cardíacas com risco de vida. Quatro testes pré-natais podem ser
usados para a identificação da síndrome no feto. O teste triplo de risco fetal,
um exame de sangue materno, recomendado entre a 10ª e a 12ª semana de
gestação, indica, com 70% de acerto, alterações cromossômicas embrionárias.
A ultra-sonografia morfológica fetal, recomendada para o período de
12ª a 14ª semanas de gestação, aumenta o índice de acerto para 85%, a partir
da identificação de sinais anatômicos no feto: nuca espessa e fêmur curto,
entre outros.
Mas a confirmação com 100% de certeza é garantida apenas por meio
de punções do vilo corial ( análise de fragmento da placenta) ou de líquido
amniótico, entre a 10ª e a 18ª semana de gestação.
Como resultado disso, temos um indivíduo com retardo mental, mas
não “louco”, é como se ele fosse um pouco mais lento, mas, não inconsciente.
Os portadores da Síndrome de Down tem capacidades que se, investidas,
chegam a surpreender.
Uma das primeiras descobertas foi o CHÃO, descobriu-se que a criança
de cérebro lesado que não podia andar devia passar o dia inteiro no chão, de
barriga para baixo. Segundo DOMAN (1979; p.74)

“Obedecendo a esse singelo programa, presenciamos pela


primeira vez resultados que, de fato, podiam infundir-nos
esperanças – resultados tangíveis, significativos, inequívocos.
Muitas das nossas crianças de cérebro lesado obtiveram
melhoras mais consideráveis do que as experimentadas durante
anos. Os resultados, entretanto, variavam e eram em alto grau,
inspiradores de novas idéias”.

Mas, a experiência de DOMAN não parou por ai, isso foi apenas um
princípio, ele foi descobrindo sempre seguindo uma linha: observando as
crianças normais no seu engatinhar, sentar e caminhar, enfim entendendo o
processo natural do crescimento, chegava sempre as “soluções” para as
crianças lesadas.
DOMAN também cita que, nem todas aparentemente “retardadas
mentais”, são possuidora deste problema, pois afirma:

“Afortunadamente, são raras as crianças realmente deficientes.


É o que atestam as necropsias. Apurou-se que dezenas de
milhares de crianças diagnosticadas como deficientes, e que
passaram a vida inteira em instituições destinadas a “idiotas”,
nada mais eram que lesadas cerebrais. Receio haver sorte pior
que a do autêntico idiota: é a de quem vive e morre como
idiota sem nunca tê-lo sido” DOMAN (1979; p. 262).

Acreditamos que os portadores da Síndrome de Down, não são idiotas,


são portadores de uma lesão, onde não precisam ser tratados como malucos,
mas com um pouco de paciência, conseguem chegar a um grande progresso.
De acordo com PIECZKOWKI (1999), na busca pela inclusão da
criança portadora de deficiência no contexto educacional em espaços menos
segregador possível, estas crianças portadoras de deficiência passam a ganhar
conotações mais importantes, tendo seu direito a educação assegurado em
legislações vigentes, prevendo atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino.
2.3 - BRINCAR/ BRINQUEDO.

Segundo VYGOTSKY (1998), existe uma relação muito estreita entre


desenvolvimento e aprendizado, pois é através do aprendizado que desperta-
se os processos internos de desenvolvimento. E nesse processo de
desenvolvimento e aprendizado, o brinquedo, é de fundamental importância,
pois, ... a criança envolve-se num mundo ilusório e imaginário...
Como relata SANTOS (2000), partindo do princípio de que a criança é
um ser social e que a propriação do conhecimento se dá desde que ela nasce,
isto é, o seu desenvolvimento se dá num espaço e tempo compartilhado com
outras pessoas, sendo a sua atividade mais completa o brincar, buscamos
enfatizar o jogo como uma alternativa que pode contribuir de forma favorável
para o desenvolvimento infantil.
Em relação ao brincar a criança evolui da manipulação de brinquedos
para o faz-de-conta na fase pré-escolar. Nesta fase a criança já é capaz de
separar os campos do significado e da visão. Mas só na fase escolar a criança
consegue brincar seguindo regras, que podem ser pré- estabelecidas antes do
jogo.
Segundo VYGOTSKY (1994), o papel do brinquedo refere-se à
brincadeira de “faz- de- conta”, que seria brincar de casinha, de escolhinha,
ele faz referência a outros tipos de brinquedos, porém a brincadeira de “faz-
de- conta” é que discute o papel do brinquedo no desenvolvimento.

“Mas além de ser uma situação imaginária, o brinquedo é


também uma atividade regida por regras. Mesmo no
universo do “faz- de- conta” há regras que devem ser
seguidas. Numa brincadeira de “escolhinha”, por exemplo,
tem que haver alunos e uma professora, e as atividades a
serem desenvolvidas têm uma correspondência pré-
estabelecida com aqueles que ocorrem numa escola real.
Não é qualquer comportamento, portanto, que é aceitável no
âmbito de uma dada brincadeira”. VYGOTSKY (1998).

Quando a criança ao brincar a brincadeira do “faz- de- conta”, ela pega


um tijolinho de madeira e brinca como se fosse um carrinho, ela vai relacionar
com o significado que está em questão, que no caso é o carro, e não com o
objeto que está em suas mãos. A brincadeira do “faz- de- conta” faz com que
a criança separe o objeto do significado.
Segundo GOMES (1993) independente do método a ser utilizado deve-
se levar em conta a adequação das atividades às possibilidades maturacionais
da criação e seu nível de desenvolvimento, buscando-se estímulos e reforços
positivos.
De acordo com VYGOTSKY (1994) utilizar-se do brinquedo para
estimular o desenvolvimento da criança, é um instrumento que a pré-escola
poderia ou deve usar em suas atividades no processo de aprendizado da
criança. Com o uso do brinquedo a criança adquire seus maiores avanços no
processo de desenvolvimento, não apenas em sua infância mas para toda sua
vida.

Descrevemos o desenvolvimento da criança como o de suas funções


intelectuais; todas se apresentam para nós como uma teoria caracterizando-se
pelo seu nível superior ou inferior de desenvolvimento intelectual.

“Na estrutura dos jogos e brincadeiras simbólicos, os


aspectos fundamentais dos jogos e brincadeiras de exercício
estão presentes como parte, como elemento, porque quando
uma criança brinca de boneca, simula sua casa: brincando
com bonecas exercita papéis sociais, transforma as coisas,
exercitando-as. Ou seja, no jogo e na brincadeira simbólica
há exercício, prazer funcional, repetição” MACEDO (1995,
p. 09).
Para colocar a criança em ação é necessário que se saiba as suas
necessidades e incentivos para sabermos o seu avanço de um estágio para o
outro, pois todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas
motivações, tendências e incentivos.

Temos que estar atentos a certas necessidades da criança com relação


ao brinquedo, pois não podemos entender que o brinquedo seja só uma forma
de atividade.

No início da idade pré-escolar, quando surgem os desejos que não


podem ser imediatamente satisfeitos ou esquecidos, e permanece ainda a
característica do estágio precedente de uma tendência para a satisfação
imediata desses desejos, o comportamento da criança muda. Para resolver
essa tensão, a criança envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os
desejos não realizáveis podem ser realizáveis, e esse mundo é o que
chamamos de brinquedo.

Ao estabelecer critérios para distinguir o brincar da criança de outras


formas de atividade, concluímos que no brinquedo a criança cria uma situação
imaginária. Essa situação imaginária não era considerada uma característica
do brinquedo, e sim era considerada como um atributo de subcategorias
específicas do brinquedo. Essas idéias são insatisfatórias primeiro, devido o
brinquedo ser visto como simbólico, e o brinquedo não é uma ação simbólica
no sentido próprio do termo, de forma que se torna essencial mostrar o papel
da motivação do brinquedo. Segundo, esse argumento, enfatizando a
importância dos processos cognitivos, negligência não somente a motivação
como também as circunstâncias da atividade da criança, e terceiro, essas
abordagens não nos ajudam a compreender o papel do brinquedo no
desenvolvimento posterior.
Segundo KISHIMOTO (1996), diferindo do jogo, o brinquedo supõe
uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou
seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. O
brinquedo propicia representação da realidade, como por exemplo a boneca
que pode ser usada na brincadeira de “mamãe” e “filhinha”, o que não
acontece com jogos, pois as habilidades para com o jogo dependem da
estrutura do objeto, que este pode ser manipulado segundo suas regras.

É através do brinquedo que a criança aprende a reproduzir o seu


cotidiano, a natureza e as relações sociais, por isso pode-se dizer que um dos
objetivos do brinquedo é que através dele, a criança possa substituir objetos
reais e manipulá-los de acordo com sua imaginação, ou seja, possa criar algo.

O brinquedo, ao proporcionar a mudança de uma realidade, reproduz


não apenas objetos, mas a realidade social, que hoje pode ser vista através dos
brinquedos modernos com robôs, máquinas, monstros, carros, naves espaciais
etc. Como se vê, é uma reprodução do mundo técnico e científico, bem como
representam o modo de vida atual. A imagem que o brinquedo representa não
é a mesma da realidade, mas sim parecida à realidade, uma vez que são
atribuídas características aos brinquedos como tamanho, forma, gênero, idade,
público alvo.

O brinquedo proporciona à criança e ao adulto um mergulho no mundo


imaginário. No caso da criança, varia conforme a idade: pré- escolar de 03
anos, através do animismo, de 5 a 6 anos integra elementos da realidade. No
caso do adulto, representa as memórias de seu tempo de criança.

Enquanto objeto, a brincadeira é sempre suporte, pois é um estimulante


material para fazer fluir o imaginário infantil. E, a brincadeira é a ação que a
criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação
lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Dessa forma brinquedo e
brincadeira relacionam-se com a criança e não se confundem com o jogo.

Os brinquedos educativos são utilizados como recursos para ensinar,


desenvolver e executar de forma prazerosa, como por exemplo o quebra-
cabeça ( ensina forma ou cores), brinquedos de tabuleiros ( exigem
compreensão de números e operações matemáticas), brinquedos de encaixe
(dão noção de seqüência, tamanho e forma), mobiles ( percepção visual,
sonora ou motora), etc.

Esses tipos de brinquedos são bastantes usados em situações


psicopedagógicas com finalidade de ensino- aprendizagem e desenvolvimento
infantil na medida em que proporcionam o desenvolvimento da cognição,
afetividade, corpo e interações sociais.

O brinquedo assume a função lúdica enquanto propicia diversão e


prazer, e quanto a sua função educativa, o brinquedo produz a apreensão do
mundo, completando o sujeito em seu saber e conhecimento.

“Construindo, transformando e destruindo a criança expressa


seu imaginário, seus problemas e permite aos terapeutas o
diagnóstico de dificuldades de adaptação, bem como a
educadores o estímulo da imaginação infantil e o
desenvolvimento afetivo e intelectual” KISHIMOTO (1996).

A importância das construções está no fato de que é desse modo que a


criança revela sua relações, daí a importância da fala e da ação, assim como
os temas são abordados e como o mundo real contribui nessas construções.
As atividades da vida diária (AVD), como diz o nome são aquelas
realizadas no dia- a- dia de cada pessoa, como por exemplo: amarrar sapatos,
vestir-se, escovar dentes, etc. Essas atividades requerem o desenvolvimento
de certas habilidades, pois para que se aprenda a realizá-las é necessário que
se desenvolva habilidades específicas para cada atividade como
desenvolvimento da coordenação motora, por exemplo. Neste sentido, a
aprendizagem que às vezes não ocorre com a exercitação, poderá acontecer na
situação do brinquedo, pois o prazer da brincadeira produz a especialidade,
quanto mais a criança se envolve nela, mais estará aberta a produzir novos
conceitos.
2.4 – CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DA CRIANÇA

2.4.1 – A CRIANÇA “NORMAL”

Para MARIA MONTESSORI apud FARENZENA (1992) a base é a


educação dos movimentos e a criança é a educadora de si mesma, para ela o
ambiente tem que estar de acordo com as necessidades e desenvolvimento da
criança, sendo assim respeitada pelo educador, facilitando a aprendizagem.
Do ponto de vista cognitivo, pode-se dizer que todas as atividades da
criança são “leituras da experiência”, ou seja, quando ela leva um objeto à
boca, quando agarra, puxa e encaixa objetos, quando ouve e imita sons etc.,
ela está lendo o mundo que a cerca. Segundo PIAGET (1989) toda criança
possui um esquema de assimilação que evolui de acordo com a etapa de
desenvolvimento que atravessa. Nos primeiros anos ele é eminentemente
sensório-motor e simbólico, isto é, a riqueza das experiências que a criança
realiza nesta e nas demais etapas do seu desenvolvimento, torna-se
fundamental para o seu desenvolvimento cognitivo e, portanto, para a
aprendizagem.

“Tanto pela criação da situação imaginária, como pela


definição de regras específicas, o brinquedo cria uma zona de
desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo a
criança comporta-se de forma mais avançada do que nas
atividades da vida real e também aprende a separar objeto e
significado. Embora num exame superficial possa parecer
que o brinquedo tem pouca semelhança com atividades
psicológicas mais complexas do ser humano, uma análise
mais aprofundada revela que as ações no brinquedo são
subordinadas aos significados dos objetos, contribuindo
claramente para o desenvolvimento da criança”.
VYGOTSKY (1998).
Uma criança precisa agir e existe um momento no desenvolvimento de
uma criança, entre zero e cerca de dois anos, no qual a inteligência é apenas
ação sobre o meio, porém ações partilhadas que ocorrem em situações
historicamente determinadas. Ela ainda não tem o mundo mentalmente
representado e para construir esta representação leva alguns anos de vida.
Com a aquisição da função semiótica, a criança começa a “transportar” as
ações sensório- motoras para o pensamento, torna-se capaz de evocar pessoas
e objetos ausentes. No entanto, ela ainda está impregnada da ação direta sobre
os objetos e pessoas.
Nossas escolas tendem a conter esta energia natural das crianças,
através de um sistema repressivo. Em vez disso, deveria organizar esta
energia de forma produtiva, através de atividades: jogos e brincadeiras que
envolvam, a um só tempo, ação, aprendizagem e prazer, como relata
VYGOTSKY (1994):

“Menciona um exemplo extremo, em que duas irmãs, de


cinco e sete anos, decidiram brincar “de irmãs”. Encenando a
própria realidade, elas tentavam exibir o comportamento
típico de irmã, trabalhando de forma deliberada sobre as
regras das relações entre irmãs. O que na vida real é natural e
passa despercebido, na brincadeira torna-se regra e contribui
para que a criança entenda o universo particular dos diversos
papéis que desempenha”. VYGOTSKY (1994; p. 67).

Uma criança aprende melhor brincando. Brincar é um exercício natural


e espontâneo. Brincando, a criança aprende a lidar com o mundo e forma sua
personalidade; recria situações do cotidiano experimenta sentimentos básicos
como o amor e o medo. Aprende a manipular suas fantasias, estimula a
exploração de idéias e sentimentos opostos, vitais no mundo infantil, além de
vivenciar as funções sociais. Seu desenvolvimento depende do lúdico, ela
precisa brincar para crescer, precisa do jogo como forma de equilibração com
o mundo.
Com as brincadeiras estamos usando o esquema próprio de assimilação
infantil. Isto quer dizer: em cada etapa de seu desenvolvimento a criança tem
esquemas específicos para assimilar o meio. PIAGET apud RHONE (1980)
refere que na criança pequena a ação predomina sobre o significado, o que a
coloca em movimento são os objetos que estão fora dela. Antes da
imaginação não existe brinquedo, o que existe é apenas manipulação de
objetos. Só a partir da idade pré-escolar a criança começa a brincar. Entre os
dois e os cinco/seis anos, aproximadamente, a criança usa o esquema do jogo
simbólico, relacionando-se com o mundo eminentemente através da fantasia,
do faz-de-conta. Quando começa o faz-de-conta o seu comportamento passa
então a ser dirigido de dentro para fora. O faz-de-conta não é uma imitação
pura e simples da realidade, mas também não é arbitrariedade. O exercício do
faz-de-conta é fundamental para o ser humano. Isso só a brincadeira faz; é um
ótimo recurso para desenvolver a autonomia e a imaginação.
Entre os cinco/seis e onze/doze, a criança usa os esquemas operatórios
do pensamento, as classes e as ordens, e se relaciona com o mundo através
das brincadeiras com regras, das leis, das coleções e das construções; e
descobre uma seqüência de regras que aplica e modifica – processo básico
para o ensino. É importante ressaltar que não existe brincadeiras sem regras,
estas encontram-se implícitas nas estruturas de todas as formas de uma
brincadeira, o que se observa é uma diferenciação no estabelecimento das
regras destas brincadeiras. Os papéis sociais os quais as crianças se apropriam
durante o faz-de-conta, característico da fase pré-escolar, constituem-se regras
de comportamento, o que pode ser visto como regra da própria brincadeira.
Enquanto que durante a fase escolar as brincadeiras apresentam as regras de
forma explícita, que podem ser alteradas ou mantidas pelas crianças.
“A ação na brincadeira, assim como o brincar, é que dão o
verdadeiro significado ao objeto e de acordo com a visão que
a criança tem dele e não o que ele representa, por exemplo ao
usar uma vassoura como um cavalo, a criança dá o
significado a este objeto de acordo com a sua imaginação (
cavalgar ) e não com a utilidade dele ( varrer). Desse modo,
o brinquedo oportuniza apoiar-se no objeto o seu significado,
do que no objeto em si. Assim, o brinquedo é importante no
desenvolvimento, pois cria novas relações situacionais entre
o pensamento e as situações reais” VYGOTSKY (1995).

O que poderemos aprender com Gleen Doman, é que os empecilhos


mostrados para abrir caminhos à se chegar numa solução, não deverão nunca
ser suficientes para fazer- nos parar, e que o “ensinar” pessoas portadoras de
Síndrome de Down, não requer exatamente materiais caros, escolas onerosas,
ou até mesmo particulares.

“Na criança normal, os reflexos produzem movimento que


ela pode sentir. O que sente lhe desenvolve a capacidade de
sentir e amadurece as áreas sensoriais do cérebro.
Amadurecendo, começa o cérebro a avaliar a correlação entre
a atuação motriz e a resposta sensorial; torna-se apto a
executar voluntariamente uma ação que, a princípio, era
reflexo. Cada ciclo adicional amadurece tanto as áreas
receptivas do cérebro quanto as de comando”. DOMAN
(1979; p. 85).
2.4.2 - A CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES
EDUCATIVAS ESPECIAIS (D. M.).

A criança portadora de necessidades educativas especiais são crianças


consideradas com padrão intelectual reduzido, consideravelmente abaixo da
média normal. Também conhecidos como excepcionais.
É importante saber, a diferença entre doente mental e deficiente mental.
O deficiente mental embora tenha problemas de comportamento, sua
deficiência não foi causada por eles. O doente mental é aquele que rompe com
sua estrutura de vida através de uma doença geralmente de ordem psíquica,
como psicopatia e esquizofrenia.
A maior parte das causas é determinada durante a gestação. Neste
período, o fumo, droga, álcool e alguns medicamentos podem levar à
formação de uma criança com deficiência mental. Outra causa é a social, pois
a fome, desnutrição podem causar uma série de defi6encias mentais. Quando
não debilitam de forma total causam desenvolvimento retardado de uma série
de potencialidades das pessoas.
Há no país a preocupação em proporcionar por meio de várias ações um
entendimento especializado, para pessoas que apresentam limitações e
deficiências mais acentuadas. A Educação Especial constitui- se numa dessas
ações.
Nos primeiros anos de vida, a criança “especial” vive sem problemas
com a família, recebendo toda a proteção do lar. Mas quando atinge a idade
escolar começam os dilemas: onde vai estudar, a procura de vagas em escolas
especializadas ou até mesmo em escolas comuns que a aceitem em seu quadro
escolar.
Assim como a família encontra dificuldades, a própria educação
especial enfrenta, dificuldades tais como: a falta de verbas federais, estaduais
e municipais; há poucos centros especializados; professores com formação
precária; as escolas estão despreparadas para integrar deficientes em salas de
aula comuns; as crianças não estão conseguindo ser “orientadas” e acabam
sendo isoladas em classes especiais, consequentemente são encaradas com
preconceito e certo tipo de discriminação.
Esses problemas não deveriam existir haja visto que a Constituição
Federal em seu artigo 208, inciso III, afirma ser dever do Estado “atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino”.
Mas no Brasil a lei só funciona mesmo no papel, pois estima-se que dos
dez milhões de crianças e jovens portadores de deficiências existentes no
Brasil apenas quinhentos mil estejam sendo atendidas pela Educação
Especial. Como vemos qualquer que seja a deficiência em seus diversos graus
encontra dificuldades para serem atendidos e para estudarem.
Apesar da boa vontade de muitos órgãos responsáveis, estes muitas
vezes estão de mãos atadas, pois não há verbas e nem recursos, mas há o
desinteresse dos poderes governamentais.
O Centro Integrado de Desenvolvimento tem por objetivo possibilitar
um espaço de convivência possível entre crianças ditas normais e crianças
portadoras de necessidades educativas especiais, tendo por princípio
norteador buscar superar os preconceitos que inibem o desenvolvimento das
potencialidades da criança. Preconceitos que, na maioria das vezes,
desconsideram as capacidades de cada indivíduo independente de raça, cor ou
condições físicas e/ou mentais de construir sua autonomia.
Desenvolver estratégias necessárias para integrar, numa mesma
proposta pedagógica e numa mesma sala de aula, crianças com necessidades
educativas especiais e crianças ditas normais faz refletir sobre o profissional
envolvido no processo de ensino-aprendizagem.
O Projeto CID, desde o princípio, considerou como fundamental
possibilitar a manifestação das diferenças. O fato da sala de aula mostrar-se
heterogênea no que diz respeito às necessidades de cada aluno, mesmo os
normais, foi assumido como um desafio para os educadores que passaram a
parar para pensar, discutir e argumentar as formas do agir pedagógico, prática
que não permitiu a estagnação dos educadores.
A disponibilidade de informações confiáveis e atualizadas é um dos
fatores mais importantes quanto ao cuidado e à reabilitação das crianças
portadoras de necessidades educativas especiais (D. M.). as crianças com
deficiência mental, sua família, os profissionais, os membros da comunidade,
os políticos necessitam de informações acerca dos serviços disponíveis em
sua cidade, e acerca de possibilidades de reabilitação e os serviços
necessários.
O Centro de Informações sobre Deficiência Mental fornece
informações a todos esses grupos. A informação será tornada disponível de
forma que seja adequada e compreensível aos usuários dos diferentes grupos.
Portanto o CIDM oferece informações não somente em forma de documentos,
mas também consultoria profissional através de uma equipe de profissionais
experientes.

____________________________________________________________
* CID – Centro Integrado de Desenvolvimento
** CIDM – Centro Integrado de Deficiência Mental
O CIDM é uma das atividades da Federação Nacional das Associações
de Pais e Amigos dos Excepcionais do Brasil. A Federação abrange quase
1.500 associações locais em todo o Brasil, que oferecem ampla gama de
serviços às crianças portadoras de necessidades educativas especiais e sua
família.
METODOLOGIA
3.1 – TIPO DE ESTUDO

Com relação a metodologia o presente estudo utilizou uma abordagem


qualitativa descritiva, pois seu objetivo foi conhecer as estratégias
desenvolvidas pelo professor com base nas experiências cotidianas das
crianças portadora de necessidades educativas especiais (D. M.) na educação
infantil objetivando pesquisar, refletir sobre a importância do brincar no
desenvolvimento cognitivo dessa criança.

3.2 – LOCAL DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada em uma instituição não governamental de


apoio a assistência aos portadores de necessidades educativas especiais e seus
familiares. A função da mesma é trabalhar com a criança o brinquedo de uma
forma dinâmica que propicie o seu desenvolvimento cognitivo a partir de
brincadeiras, jogos e o lúdico. No local selecionado para a pesquisa de campo,
o trabalho é desenvolvido de forma ampla e abrangente utilizando-se de
metodologias diversificadas para que a criança portadora de necessidades
educativas especiais (D. M.) possa desenvolver-se cognitivamente,
fisicamente e psicologicamente, sendo uma delas o brinquedo objeto de
estudo desta pesquisa.
3.3 – SUJEITOS DA PESQUISA

O sujeito da pesquisa foi um professor e seis crianças portadoras de


necessidades especiais (D.M.) na educação infantil.
Para o professor foi elaborado questionário com entrevista aberta e para
os alunos foi feita uma pesquisa através da observação com relatórios diários
das atividades realizadas na brinquedoteca.

3.4 – PROCEDIMENTOS DA PESQUISA

A coleta de dados ocorreu obedecendo a etapas como: as leituras


iniciais que foram realizadas na biblioteca, em casa e na sala de aula, e essas
leituras eram feitas através de livros, revistas, artigos. Em seguida partimos
para a elaboração do ante projeto que com a ajuda dos materiais obtidos nos
deram subsídios para a construção do mesmo. O projeto foi elaborado a partir
do ante projeto construído, que dessa forma pudemos nos interar um pouco
mais de como se realizar e construir um projeto . A construção dos
instrumentos para a pesquisa de campo se deu a partir do momento em que
visitamos a instituição e pudemos saber qual a forma que os professores
trabalham com as crianças portadoras de necessidades educativas especiais
(D. M.). Foi aplicado questionário (anexo 1) ao professor para identificar o
desenvolvimento da criança portadora de necessidades educativas especiais
(D. M.) na educação infantil. O questionário (anexo 1) foi entregue ao
professor uma semana antes para que o mesmo tivesse tempo para responder e
avaliar como se dá o processo de desenvolvimento da criança portadora de
necessidades educativas especiais (D. M.), logo em seguida a pesquisa foi
feita através da observação (anexo 2) com relatórios diários (anexo 3) das
atividades desenvolvidas na sala de aula e na brinquedoteca, junto com o
professor e o aluno. Com o questionário (anexo 1) e os relatórios diários
(anexo 3) devidamente respondidos, organizamos, analisamos e corrigimos os
dados pesquisados, em seguida começamos a construção do texto final.
Logo após, iniciamos uma revisão geral envolvendo a formatação,
impressão, correção gramatical do texto.A entrega da pesquisa foi entregue na
data e hora marcada pelo orientador, e foi entregue devidamente digitado,
encadernado com todos os ajustes possíveis. A defesa ocorrerá no dia 03 de
dezembro às 18:00 h, e será apresentado através de pôster, sendo exposto as
pessoas que estiverem visitando a apresentação.
3.5 - ANALISE DA PESQUISA

De acordo com a pesquisa feita, pudemos verificar que a faixa etária


que se atende a crianças portadoras de necessidades educativas especiais (D.
M.) é de zero anos até a fase adulta, de modo a colocar o aluno no mercado de
trabalho, pois existem dentro da instituição cursos de profissionalização a
partir da idade de 30 anos, e com esses cursos os alunos vão aos poucos se
engajando no mercado de trabalho para desenvolver e aperfeiçoar tudo que
ele aprendeu na instituição.
Pudemos observar que os técnicos são qualificados para trabalhar com
as crianças portadoras de necessidades educativas especiais através de cursos
de aperfeiçoamento, capacitação, experiência de trabalho, especializações
segundo os critérios da formação continuada.
Com relação ao objetivo dos profissionais em trabalhar com as classes
especiais, pudemos perceber que alguns só foram trabalhar porque foram
remanejados para a classe especial e com o tempo puderam perceber que se
identificavam com o trabalho desenvolvido. Outros professores seu objetivo
maior é adquirir conhecimento na área que atua. Enquanto que a professora
que respondeu ao questionário se identificou com o trabalho da educação
especial, pois a mesma diz que para trabalhar com a classe especial você tem
que gostar e amar seu trabalho e as crianças, pois são crianças muito carente e
necessitadas de carinho.
A metodologia de ensino usada pelos professores que envolve o
brinquedo, são atividades fundamentadas no construtivismo piagetiano.
Com relação as atividades na qual verifica-se que a criança portadora
de necessidades educativas especiais ( D. M.) tenha mais facilidade e
dificuldade no seu desenvolvimento cognitivo, pudemos perceber que as
crianças não apresentam dificuldades no desenrolar do processo educativo,
apenas são mais lentas do que as crianças ditas normais. Neste sentido o
professor deve mediar suas atividade de forma bastante dinâmica, clara e
objetiva, fazendo sempre a relação teoria e prática.
Pudemos perceber que a criança dita normal ajuda e é de fundamental
importância no desenvolvimento cognitivo da criança portadora de
necessidades educativas especiais, pois a criança desenvolve a sua capacidade
intelectual interagindo com objetos e com pessoas do ambiente onde ela vive,
sendo assim a convivência entre as crianças ditas normais é de fundamental
relevância no desenvolvimento psico-social das crianças especiais, podendo
ser inserida em uma escola comum para conviver com as crianças ditas
normais, já que uma criança imita a outra.
Com relação ao desenvolvimento cognitivo e social as crianças
extrapolam as expectativas a nível de aprendizagem. No entanto os aspectos
da dimensão humana, dificultam sua capacidade de aprendizagem, haja vista
que existe um grande descompromisso por parte de algumas famílias, muitas
não tem pai, sendo assim a carga fica toda na mãe. Atividades na qual o pai
tenha que estar presente como por exemplo o “Dia dos Pais” não é realizada
na instituição, pois os mesmos sofrem muito por não ter seu pai do seu lado.
O Brincar é importante para qualquer criança, seja ela dita normal ou
especial. Pois na brincadeira a criança desenvolve todo o seu potencial tanto
na coordenação motora fina e grossa, no afetivo, cognitivo e social.
Não existem atividades que se diferenciam das atividades utilizadas
com as crianças portadoras de necessidades educativas especiais e a criança
dita normal, pois todas as atividades são usadas com bastante dinâmicas,
criatividade e principalmente com materiais concretos, para que a criança
possa manusear facilitando o entendimento da atividade a ser realizada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

As idéias aqui expostas não revelam inovação; apenas buscam


fundamentação para posições anteriormente adotadas por nós quanto ao
processo de construção do conhecimento da criança portadora de
necessidades educativas especiais (D. M.) com relação ao brinquedo, ao longo
dos anos temos apregoado a necessidade de adoção de uma pedagogia ativa
que capacite o deficiente mental a utilizar estruturas de pensamento, a usar
sua percepção, a liberar sua criatividade para perceber o mundo de maneira
significativa.
Ter consciência de que a criança portadora de necessidades educativas
especiais (D. M.) é um todo integrado é condição básica para o êxito do seu
desenvolvimento com o brinquedo. As atividades que ele deve realizar, tendo
em vista o seu desenvolvimento em determinado aspecto, não podem deixar
de estar de acordo com o todo do seu ser, sob pena de serem criadas séries
disfunções e prejuízos irreparáveis.
Especialmente considerando a criança deficiente mental, maior atenção
deve ser dispensada à estruturação do seu planejamento individual de ensino,
de forma que sejam previstas atividades que concorram diretamente para o
alcance dos objetivos de ensino estabelecidos. É de fundamental importância
não se perder de vista a finalidade de determinada atividade com o brinquedo,
uma vez que qualquer dificuldade na sua realização por parte da criança, pode
ser um indicador da necessidade de reajustamento do planejamento sendo
recomendável a retomada de informações sobre suas fases do
desenvolvimento em determinado aspecto, para se verificar a adequação do
que se pretende ser exercitado com as reais possibilidades do desempenho da
criança.
Na escola, em casa ou não importa onde, jamais se deve esquecer que a
criança portadora de necessidades educativas especiais ( D. M.) não é menos
importante, menos indivíduo do que qualquer outro ser humano. Seu talento
pode ser pouco, suas possibilidades pequenas, mas isso não torna menos um
membro da humanidade, moldado na mesma forma e feito da mesma argila.
Ele reclama direitos iguais aos outros, bem como orientação e instrução
destinadas a estimular seu crescimento ao máximo permitido pelas suas
possibilidades. Também deve ser ajudado a se manter e a enfrentar o mundo,
autoconfiante e sem medo.
Pudemos observar que no brinquedo no entanto, os objetos perdem sua
força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente
em relação aquilo que vê. Assim é alcançada uma condição em que a criança
começa a agir independentemente daquilo que vê.
Desta forma verificamos com o seguinte estudo que os jogos e as
brincadeiras ajudam a criança portadora de necessidades educativas especiais
( D. M.) a desenvolver-se da mesma maneira que uma criança dita normal, só
que de forma mais lenta e duradoura, pois o brinquedo leva a criança a criar,
conhecer, recriar. A sua imaginação vai além do que ele deseja ser e ter, é
nesse aspecto que o professor deverá estar sempre ao seu lado de modo a
orienta-lo nas atividades realizadas com o brinquedos e as demais atividades
realizadas.
Observamos que alguns educadores, de forma geral, assustam-se diante
da possibilidade de receber em sua classe uma criança com defici6encia
mental, argumentando o despreparo profissional para tal atendimento.
Constatamos, no entanto que o fato mais assustador não se constitui no
desconhecimento de metodologia apropriada e sim na ignorância do próprio
conceito de deficiência mental, confundida freqüentemente com doença
mental e concebida como sinônimo de total incapacidade.
Acreditamos que as escolas especiais não devem ser consideradas um
mal a ser evitado pois, para significativa parcela de população portadora de
deficiência, têm significado o único espaço escolar. É essencial lembrar a
caminhada histórica destas instituições, considerar seus méritos, a fim de que
não sejam simplesmente descartadas.
Para que a escola regular possa atender qualitativamente a todos os
educandos, independente da severidade de seu déficit, é necessário redefinir e
colocar em ação novas alternativas pedagógicas, compatíveis com este grande
desafio. Para isso é preciso uma nova escola, que tenha coragem para criar e
questionar o que está estabelecido, em busca de rumos inovadores,
necessários à inclusão. No entanto, a sociedade capitalista em que vivemos
não exclui apenas o educando portador de deficiência, exclui também muitas
de suas famílias.
BIBLIOGRAFIA

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2, 1972.

DOMAN, Gleen. O que fazer pela criança de cérebro lesado. 1 ed. Rio de
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Influência de diferentes autores. In: Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
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importância para a alfabetização, Unama, 1999.

GOMES, Angela Cristina G. Pré escola e Escolaridade. In: Federação


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MACEDO, Lino de . Os Jogos e sua importância na escola. São Paulo, 1995

MAXIMO, Izabel Maria. RIBEIRO, Maria Cristina. VENTURELLI,


Marizelli. Vygotsky e o papel do brinquedo no desenvolvimento. Revista da
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PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. São Paulo.1989.

PIECZKOWSKI, Tânia Mara Zancanaro. O Espaço das crianças portadoras


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Revista Pedagógica Chapecó, Santa Catarina, 1999.

PINHEIRO, Silvia Nara. PAULA, Marlene. Metodologia das Classes


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RHONE, Lila de Araújo. Vida pré- escolar: tempo de brincar? Série Pesquisa,
Universidade Federal do Pará: Falangola, 1980.

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2000.

VASCONCELOS. Eduardo Mourão. Saúde Mental e Serviço Social. São


Paulo, Cortez, 2000.

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, 1994.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes.


1995.

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes.


1998.
ANEXO ( 1 )

Prezado professor (a), somos alunas do 4º ano do Curso de Pedagogia –


Supervisão Escolar da Universidade da Amazônia, estamos realizando uma
pesquisa sobre a importância do brincar no desenvolvimento de crianças de
03 a 05 anos portadoras de necessidades educativas especiais (D. M. ),cujo
objetivo desta pesquisa é verificar o metodologia usada que envolve o
brinquedo. Sua participação é de fundamental importância, por isso pedimo-
lhes que responda a este questionário. Fique ciente que estamos garantindo
seu anonimato.

Obrigado(a),

Kérina Bentes
Edilene Costa
ROTEIRO DE ENTREVISTA

01 - Qual a faixa etária que se atende as crianças portadoras de necessidades


educativas especiais (D. M.)?
_ Crianças de zero anos até a sua fase adulta, para colocar o aluno no mercado
de trabalho.

02 - Os técnicos selecionados são qualificados para trabalhar com as crianças


portadoras de necessidades educativas especiais (D. M.)? De que maneira?
_ Os técnicos são qualificados para trabalhar com os nossos alunados. A
maioria são licenciados, tem cursos de capacitação, experiência de trabalho,
etc...

03 – Qual o seu objetivo em trabalhar com classes especiais?


_ A identificação com o trabalho de educação especial, pois as classes
especiais você tem que gostar e amar, porque são crianças muito delicadas.

04 – Qual a metodologia de ensino usada que envolve o brinquedo?


_ A metodologia que adotamos na atividades relacionadas ao brincar, está
fundamentada no construtivismo Piagetiano.

05 – Quais as atividades na qual verifica-se que a criança tenha mais


facilidade e dificuldade no seu desenvolvimento cognitivo?
_ As crianças não tem dificuldades, porém são lentas no seu desenvolvimento
cognitivo, as atividades tem que ser claras e objetivas para melhor
entendimento do conteúdo a ser dado, pois o professor deve ser dinâmico para
não haver dificuldade nas atividades apresentadas.
06 - As crianças ditas normais ajudam de alguma forma no desenvolvimento
da criança portadoras de necessidades educativas especiais?
_ As crianças ditas normais é de fundamental importância para o
desenvolvimento da criança especial, pois as crianças que tem condições de ir
para outra escola devem ser inseridas no contexto escolar.

07 – De que maneira é verificado o desenvolvimento da criança nos aspectos


cognitivo, afetivo, social, etc.?
_ No desenvolvimento cognitivo e social os alunos conseguem ultrapassar as
nossas expectativas, mas no afetivo os alunos precisam de carinho, afeto, pois
a maioria não tem pai. Se o afetivo não estivesse mal nossos alunos estariam
bem mais desenvolvidos.

08 – Qual a importância do brincar no desenvolvimento da criança portadora


de necessidades educativas especiais (D. M.)?
_ O brincar é importante para qualquer criança, seja ela dita normal ou
especial, pois na brincadeira a criança desenvolve todo o seu potencial tanto
na coordenação motora fina e grossa, no afetivo, no cognitivo, social.

09 – Quais as atividades que se diferenciam das atividades utilizadas pelas


crianças portadoras de necessidades educativas especiais (D. M. ) com
relação as crianças ditas normais?
_ As atividades não são diferenciadas, elas são utilizadas com dinâmicas,
criatividade e principalmente com materiais concretos para que a criança
possa manusear, facilitando o entendimento da atividade a ser realizada, seja
ela normal ou especial.
ANEXOS
ANEXO ( 2 )

ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO

01 – Será feita uma visita para conhecer a estrutura física da instituição ou


escola.

02 – Após essa visita será marcada com o professor selecionado uma visita
para a entrega do questionário com perguntas a respeito do desenvolvimento
da criança portadora de necessidades educativas especiais (D. M.).

03 – Após essa visita será marcado com a direção e com o professor uma
semana para que seja feita a observação do desenvolvimento dessas crianças
dentro de sala de aula com atividades que envolvem o brinquedo.

04 – Essa observação será feita através de relatórios diários que irão


demonstrar o desenvolvimento dessa criança.

05 – A análise será feita através de textos para analisar os resultados dos


questionários da pesquisa.
ANEXO ( 3 )

ÍTENS DE OBSERVAÇÃO

Aluno Aspecto Aspecto afetivo Aspecto social Atividades com o


cognitivo brinquedo
Andréa 4 1 2 4
Beatriz 4 2 4 4
Bruno 4 3 4 4
Carlos 4 1 4 4
Fernando 4 3 4 4
Paula 4 2 4 4

ESCALA DE COTAÇÃO ( 0 a 5 ).

0 – Não possui nenhum desenvolvimento nos aspectos abordados


1 – Está se interessando aos poucos com o incentivo do professor
2 – Está se interessando aos poucos sem o incentivo do professor
3 - Desenvolve- se em algumas atividades que envolvem o brinquedo
4 - Desenvolve-se em todas as atividades que envolvem o brinquedo
3 – Desenvolve- se perfeitamente em todos os aspectos abordados
MEMORIAL KÉRINA BENTES LOBATO

A temática escolhida foi devido a alguns anos precisamente com 12


anos de idade participei da cerimônia de abertura dos jogos de criança
portadoras de necessidades educativas especiais (D. M.) que aconteceu na
APAE de Abaetetuba.
Como participei de um grupo de dança, todos os dias ensaiávamos na
APAE, durante um mês aproximadamente, com isso tive a oportunidade,
devido a minha tia Elis de Oliveira Bentes ser professora de uma das turmas
especiais, de conviver um pouco mais com essas crianças, pude observar a
metodologia que as professoras usavam para ensiná-las. Também observei
que o brinquedo, o jogo, o lúdico em geral era bastante usado nas aulas, e
mais importante abrangendo várias disciplinas, como língua portuguesa,
matemática, educação artística, educação física que era feita através de aulas
de natação, dança e artes marciais.
Com isso despertou-me a necessidade de pesquisar como essas crianças
portadoras de necessidades educativas especiais adquirem realmente essa
aprendizagem, se elas constróem conhecimento através do brinquedo.
MEMORIAL EDILENE ANDRADE COSTA

O tema escolhido foi a partir de um caso vivenciado com uma amiga


que tem um filho portador de necessidades educativas especiais (D. M. ), por
estarmos sempre juntas, sempre vivenciei os problemas, as dificuldades
enfrentadas com o filho, com isso despertou uma certa curiosidade e interesse
em pesquisar, ajudar e trabalhar com essas crianças portadoras de
necessidades educativas especiais (D. M.), tendo agora oportunidade em
realizar o meu desejo realizando este trabalho com muita satisfação, espero
aprender, ensinar, compartilhar e obter um bom resultado no final da
pesquisa.

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