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As atividades com notícias poderão ser realizadas no Ensino Fundamental. Para isso,
os alunos deverão apenas estar minimamente habilitados a reconhecer e produzir narrativas. A partir daí,
o professor deverá, primeiramente, analisarnotícias,
evidenciando suas características, inclusive em termos de linguagem.
Os alunos deverão saber que uma notícia deve dar respostas a 6 perguntas: Quem?
O quê? Quando? Onde? Por quê? Como?[1]
As primeiras cidades beneficiadas são Mesquita, Belford Roxo, São João de Meriti e
Japeri. Já os municípios de Engenheiro Paulo de Frontin, Mangaratiba, Carapebus, Santo Antônio de
Pádua, Itaboraí, Duas Barras e Mendes serãoatendidos até o fim do ano.
Em 2003, a Secretaria Estadual de Cultura realizou uma pesquisa e detectou que, dos
92 municípios fluminenses, 62 deles (67% do total) não tinham uma sala de cinema. (O Globo. 12/06/2004)
O quê? Iniciou a distribuição de equipamentos para as salas populares de cinema com ingresso a um real.
Por quê? Em 2003, a Secretaria Estadual de Cultura realizou uma pesquisa e detectou que, dos
92 municípios fluminenses, 62 deles (67% do total) não tinham uma sala de cinema.
O professor poderá, ainda, promover uma discussão com os alunos sobre o conteúdo da notícia: import
ância da medida do governo, conseqüências dela, interesses políticos, etc.
b) o professor fornece respostas para as 6 perguntas e pede que os alunos escrevam notícias;
c) o professor pede aos alunos que façam pesquisas (de campo, em jornais e revistas, através de entrevistas,
etc.) e depois redijam notícias baseadas nos dados colhidos.
O casamento proibido
Talvez, com essa união, volte a haver paz na cidade de Verona, e entre essas famílias inimigas. (Verona,
12/07/1600)
O juiz eleitoral de Itapetininga Jairo Sampaio Incane Filho, 38, impugnou 20 dos
80 candidatos a prefeito e vereador das cidades de Itapetininga, Sarapuí e Alambari, na região de
Sorocaba (87 km a oeste de São Paulo).
A impugnação foi motivada pelo fato de os candidatos terem sido reprovados em um teste de
alfabetização realizado pelo juiz, no Fórum de Itapetininga.
Incane Filho disse que fez o texto com base na exigência contida na Lei Complementar nº 64/90,
de 1992, do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que proíbe analfabetos de
serem candidatos a cargos eletivos.
O juiz afirmou que convocou os 80 candidatos que disseram ter 1º grau incompleto e
mostraram dificuldades no preenchimento dos documentos para o registro de suas candidaturas.
Os testes com os candidatos foram feitos individualmente. Seus nomes são mantidos em sigilo.
''Pedi a todos que lessem e interpretassem um texto de um jornal infantil. Em seguida,
pedi que cada um redigisse um texto, expondosua lógica'', disse.
Segundo Incane Filho, erros gramaticais não foram levados em conta. ''Apenas observei se
o candidato tem condições de entender um texto, pois uma vez eleito, ele vai ter de trabalhar com l
eis e documentos.''
A assessoria de imprensa do TRE informou que o tribunal transmitiu uma recomendação aos
juízes para que ''em caso de dúvida'', façam ''um teste de alfabetização'' nos candidatos.
(Folha de São Paulo. 19/07/96)
ANALFABETOS
Parece mais do que óbvio que, sem negar a conquista democrática que representou
o direito de voto para o analfabeto, para exercer funções executivas ou legislativas
é necessário pelo menos poder ler e compreender um texto. Deoutra forma, quem exercerá
o poder de fato será um assessor sem nenhum mandato eletivo, ou seja, ferindo
o princípio da delegação popular do poder.
Infelizmente, o Brasil está ainda muito longe de atingir os níveis minimamente desejáveis de
erradicação do analfabetismo. Em que pese o sucesso de alguns poucos projetos isolados,
o número de brasileiros que não sabem ler – eisso segundo os pouco rígidos critérios do IBGE –
é pouco inferior a 25%, ou seja, quase um quarto da população do país.
Como indicam diversos estudos dos mais variados organismos multilaterais,
o investimento em educação é acima de tudo um investimento na melhoria
das condições de vida do país, seja em termos de
produtividade como em termosde desenvolvimento humano.
O fato de até as pessoas que almejam cargos eletivos como prefeito ou vereador serem incapazes de compr
eender o que está escrito num jornal infantil mostra o quanto o Brasil ainda tem
a fazer no campo da educação básica. Revela também o quão imatura ainda é a jovem democracia brasileira.
(Folha de São Paulo. 22/07/96)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAPPINI, L. e CITELLI, A. (coord.). Aprender e ensinar com textos não escolares. São Paulo: Cortez, 1997.
SANTOS, M.L. A expressão livre no aprendizado da língua portuguesa. São Paulo: Scipione, 1993.
[1] Pode-se partir de pequenas notícias para outras mais longas, em que os alunos aprenderiam, por exemplo,
o que é um lide.
[2] Poderá também ser sugerido como tema a morte do casal, por exemplo.