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Brasília
2007
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS DE GOVERNO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ORÇAMENTO PÚBLICO
II CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORÇAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS
Brasília
2007
MARCOS DA COSTA AVELAR
Brasília
2007
MARCOS DA COSTA AVELAR
Aprovada em _____/_____/____
BANCA EXAMINADORA
_____________________
Orientador: Bruno Cesar Grossi de Souza
_____________________
Co-orientador: Paulo du Pin Calmon
Dedico a meu pai, amigo eterno, que mesmo
.
AGRADECIMENTO
.
RESUMO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 9
2. PROBLEMA: ............................................................................................. 12
3. HIPÓTESES:............................................................................................. 13
3.1. Hipótese abrangente:......................................................................... 13
3.2. Hipóteses Intermediárias: .................................................................. 13
4. BREVE HISTÓRICO DO ORÇAMENTO................................................... 14
4.1. Orçamento por Desempenho............................................................. 16
4.2. O Novo Orçamento por Desempenho................................................ 19
5. O ORÇAMENTO BRASILEIRO................................................................. 20
5.1. O Processo Formal do Orçamento Brasileiro..................................... 20
5.2. Instituições envolvidas no Processo Orçamentário Brasileiro............ 21
5.2.1. Elaboração do Projeto de Lei...................................................... 21
5.2.2. Aprovação do Projeto de Lei....................................................... 23
5.3. A Estrutura do Orçamento no Brasil................................................... 27
5.4. O processo alocativo no orçamento brasileiro ................................... 28
5.4.1. Avaliação do Plano ..................................................................... 28
5.4.2. Avaliação da Execução Orçamentária ........................................ 29
5.4.3. Alocação dos recursos orçamentários ....................................... 30
6. A ADEQUAÇÃO DO ORÇAMENTO BRASILEIRO À SOLUÇÃO DOS
PROBLEMAS DA ÁREA SOCIAL .................................................................... 31
6.1. A evolução dos recursos da área social............................................. 31
6.2. Os resultados dos programas da área social..................................... 35
6.3. Resultados obtidos pelo orçamento ................................................... 37
6.4. Alocação de recursos versus resultado obtido................................... 39
6.5. A evolução dos recursos ao longo do exercício................................. 41
7. ESTUDO DE CASO .................................................................................. 44
7.1. Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos ........................ 44
7.2. Análise dos Dados ............................................................................. 52
8. CONCLUSÃO ........................................................................................... 55
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 58
ANEXO I - CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL............................................... 59
ANEXO II - CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL .................................................... 70
ANEXO III - Avaliação dos agregadores por programa finalístico da Área Social
......................................................................................................................... 73
9
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é um país com fortes desigualdades sociais e regionais, alta
concentração de renda, taxa de educação baixíssima, índices de pobreza elevada, etc.
Nesse contexto a participação do Governo, de forma a mudar esse quadro, instaurando
as condições para a melhora dos indicadores e conduzindo grande parcela da população
desprivilegiada a uma melhora de suas condições de vida, torna-se necessária.
2. PROBLEMA:
Para os fins deste estudo, entende-se como política social aquela desenvolvida
pelos Ministérios da Educação, da Previdência Social, da Saúde, do Trabalho e
Emprego e do Desenvolvimento Social e Combate a Fome.
13
3. HIPÓTESES:
Excluído: METODOLOGIA:
(talvez para o texto final não seja
4. BREVE HISTÓRICO DO ORÇAMENTO interessante incluir este tópico.
Pois ele traduz mais uma idéia
de projeto e não de versão final.
Se você quiser mantê-lo, acredito
que ele possa ser inserido na
O orçamento, como ferramenta de planejamento, gestão e controle, existe desde Introdução).¶
¶
a idade antiga. Os egípcios já utilizavam o orçamento na construção das pirâmides e os Para o desenvolvimento desse
estudo, inicialmente far-se-á uma
romanos tinham forte controle dos gastos com suas legiões e territórios anexados, ao coletânea dos principais conceitos
a serem utilizados, pela
mesmo tempo, a construção dos intrincados sistemas hídricos de suas principais cidades acompanhamento histórico da
evolução do orçamento.¶
¶
e a grande rede de estradas para a manutenção da integridade do império exigiram No segundo momento, iniciar-se-
á a descrição do orçamento
grande planejamento e orçamentação efetiva. brasileiro e seu processo com o
intuito de verificar sua capacidade
de representar a política social
Na idade média, os barões ingleses revoltados com a ânsia arrecadatória do rei brasileira, testando-se as hipóteses
1 e 2, utilizando-se método
estatístico e pesquisa documental.¶
impõem grandes restrições a seu governo, implantando o controle de seu direito de ¶
Na terceira etapa, para a
arrecadar os tributos, exigindo que antes de fazê-lo, este deveria dirigir-se ao verificação da hipótese 3,
promover-se-á análise dos
parlamento com a discriminação de cada tributo cobrado, sua alíquota e sua estimativa indicadores dos programas e das
ações que compõem o orçamento
de arrecadação. Neste momento, o orçamento passa a atuar como autorização para brasileiro, verificando sua
existência e adequação aos
princípios de planejamento aceitos,
tributar a sociedade. com a utilização de método
comparativo e pesquisa
documental.¶
Como o conhecemos hoje, orçamento como estimativa de receitas e autorização ¶
Na quarta etapa, para a
verificação das hipóteses 4, 5 e 6,
(ou determinação) para gastos, surge no final do século XIX, espalhando-se será promovido levantamento a
respeito dos resultados alcançados
rapidamente por todo o mundo. ao longo do período de 2000 à
2005, comparação dos recursos
alocados à área social do Governo
Ao final da Segunda Guerra Mundial começa a surgir uma nova abordagem do Federal com o total dos recursos
livres do orçamento e verificação
da execução desses recursos
tema, concomitantemente ao crescimento do Welfare State, ou como o conhecemos no comparando-a ao Projeto de Lei
Orçamentária – PLOA
Brasil, Estado do Bem-Estar Social, toma força o Orçamento por Desempenho. encaminhado ao Congresso
nacional, à Lei Orçamentária
Inicialmente conhecido como orçamento programa, teve como marco do início de sua Anual – LOA e à dotação total ao
final dos exercícios, mediante
utilização o PPBS (Sistema de Planejamento e Orçamentação por Programas) método estatístico a partir de
pesquisa documental.¶
¶
Americano. Finalmente na última parte do
estudo serão apontadas sugestões
de melhoria do processo e da
O Sistema de Planejamento e Orçamento por Programas foi adotado nos Estados estrutura do orçamento brasileiro.¶
¶
Unidos como sistema completo de preparação do Orçamento inicialmente pelo ¶
¶
¶
departamento de Defesa em 1961 estendendo-se, posteriormente, aos governos
estaduais e locais e também a alguns outros países.
Este sistema possui três etapas básicas que vinculam o planejamento com o
orçamento através de programas. A etapa de planejamento, a etapa de programação e a
15
Segundo Diamond (2000, p. 96–99) este sistema acabou sendo em grande parte
abandonado por vários motivos. Em parte devido a sua introdução generalizada em
organismos que não estavam preparados para utilizá-lo. Apesar de seu nome o Sistema
de Orçamentação e Planejamento por Programas - PPBS não era um sistema único mais
sim composto de vários sistemas de cada estrutura da Administração Pública faltando
liderança central ao processo de reforma. Também pela falta de compromisso do
legislativo que insistia em receber o orçamento na forma tradicional. Havia ainda,
problemas práticos importantes que nunca foram resolvidos: a definição dos programas,
como desenvolver programas e subprogramas ao redor de determinado objetivo e como
determinar os custos do mesmo.
Nos EUA, depois do sistema PPBS, houve breves iniciativas tais como, o
orçamento base zero, que tiveram seu impacto limitado sendo utilizados pelo poder
executivo com pouca ou nenhuma participação do Congresso.
16
Segundo: a orçamentação por programas resiste até hoje apesar de suas críticas.
Ressalte-se que essa nova forma de gestão pública introduz grande flexibilidade
para os órgãos do governo, mecanismos de gestão baseados em contratos de
desempenho e a contabilização baseada no critério da competência em substituição ao
critério de caixa.
1
Segundo Matias-Pereira (2006, p. 243-245) as principais características dessa nova forma de
orçar eram: agregação de todos os custos associados ao resultado, observando o número de
agências envolvidas na sua produção; definição de resultados em termos de indicadores para
avaliação da qualidade de bens e serviços entregues à sociedade, de forma análoga ao que é
feito no setor privado; ênfase nos custos totais, inclusive nos indiretos; comparação com o atual
nível de produto/resultado para medir a eficiência e a efetividade.
20
5. O ORÇAMENTO BRASILEIRO
Finalmente, a Lei Orçamentária Anual - LOA, que tem vigência até o último dia
do exercício para o qual foi aprovada. Deve ser encaminhada ao Congresso Nacional até
o dia 31 de agosto, da mesma forma que a Lei do PPA.
O fato da existência de duas instituições tem levado alguns autores a indicar sua
distinção. Ao tratar das etapas do orçamento Domingos Poubel (2004, p. 69) divide o
processo de alocação de recursos em seis etapas e indica que o planejamento seria a
etapa de elaboração do PPA, LDO e LOA; a programação seria o momento em que os
órgãos programariam suas ações com base nos objetivos dos programas de governo; a
orçamentação a etapa de operacionalização da elaboração do orçamento; a execução
quando os fatos e atos são praticados na Administração Pública para a implementação
da ação governamental; o controle seria o momento de verificação da execução física e
financeira das ações e a avaliação, promoveria o diagnóstico e a análise dos resultados e
da efetividade da execução das ações de governo.
Note-se que por ser o orçamento um processo cíclico, a última fase de um ciclo
torna-se a primeira fase de outro. Desta forma a avaliação apresentada por Poubel como
23
No caso da análise das leis que compõem o orçamento, PPA, LDO e LOA e as
referentes às alterações orçamentárias e do PPA, a tramitação, por determinação da
Constituição, é especial. Tramitando diretamente no Congresso Nacional, inicia sua
análise pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que por
ocasião da análise dos projetos de lei recebidos, conforme pareceres preliminares, de
maneira a permitir uma melhor avaliação qualitativa dos mesmos subdivide-se em áreas
temáticas.
2
A apresentação de emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual pode ser promovida no
plenário da Comissão Mista, bem como nas comissões setoriais ou subcomissões de análise
específicas.
27
Com isso obtêm-se um rol de possíveis ações para a solução dos problemas.
Cada ação deve indicar, sua finalidade, sua descrição, sua localização espacial, o agente
responsável, o prazo de sua execução, e os custos envolvidos ao longo do período. Para
cada ação é nomeado um coordenador, responsável por sua execução, avaliação e pelo
atingimento de suas metas.
respeito do atingimento das metas e das justificativas pelo seu não atingimento, solicita
ainda, informações acerca dos principais resultados obtidos, sugestões para melhora no
desenho do programa e na sua forma de implementação.
Esta análise não se preocupa com o atingimento das metas nem se os recursos
foram efetivamente utilizados, como é o caso de transferências para as quais é registrada
a sua execução pelo volume de recursos transferidos não sendo verificada a real
aplicação dos mesmos. Outro ponto a se questionar é a existência de restos a pagar que,
com autorização na legislação vigente, permite que os recursos orçamentários de um
exercício sejam utilizados em outro.
Porém, o seu processo não condiz com a orçamentação por programa ou por
desempenho haja vista a distribuição dos recursos estar centrada na capacidade de
utilização dos recursos (insumos) em detrimento da capacidade de atingimento dos
objetivos dos programas (resultados).
31
Tal fato pode ser comprovado pela evolução dos recursos disponibilizados aos
órgãos ligados a esta área e representados neste estudo.
300
Bilhões
250
200
150
100
50
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: SIDOR
32
Para que a análise possa ser mais exemplificadora deve-se analisar quatro
momentos específicos: o encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária - PLOA, a
própria Lei Orçamentária Anual - LOA, os recursos ao final do exercício que neste
estudo serão chamados de Lei + Créditos e a execução desses recursos no momento da
liquidação dos mesmos.
200
Ministério da
Previdência Social
150
Ministério da Saúde
100
50 Ministério do Trabalho e
Emprego
0 Ministério do
2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005 Desenvolvimento Social
e Combate à Fome
Fonte: SIDOR
Observa-se que em 2003, com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
Ministério da Previdência e Assistência Social, foi desmenbrado em Ministério da
Previdência Social e Ministério da Assistência Social que posteriormente teve sua
denominação alterada para Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome3 e
cuida das ações de assistência e de combate à fome.
O órgão com maior participação nos recursos da área social em todo o período
estudado é o Ministério da Previdência Social. Da mesma forma é aquele que apresenta
a maior elevação na execução de recursos. Esta posição de destaque no grupo pode ser
3
A série histórica apresentada no gráfico não possui o alinhamento das despesas. Desta forma
os recursos estão alocados nos Ministérios que os utilizaram no momento de sua execução.
35
explicada por ser este ministério o responsável pelo pagamento das aposentadorias e
pensões do regime previdenciário.
Este tipo de programa não possui indicadores de resultado visto que seu objetivo
é aglutinar ações comuns a vários órgãos sem a necessidade de promover alterações na
sociedade.
Fonte: SIGPLAN
Em média existem 2,72 indicadores por programa sendo 1,28 de resultado e 1,44
de processo. O órgão que apresenta a maior média de indicadores de resultado por
programa é o Ministério da Educação com média de 2,31 indicadores por programa, e o
que apresenta a menor média é o Ministério do Trabalho e Emprego com 0,81 indicador
de resultado por programa.
Nesse sentido, o único órgão que possui indicador de resultado para todos os
seus programas é o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, onde
existem ainda 4,4 indicadores de processo por programa.
Como pode ser observado, apenas 12,24% dos indicadores tiveram as metas
superadas, enquanto que 30,61% dos indicadores não atingiram as metas estipuladas.
Ao mesmo tempo, de forma preocupante, 42,35% dos indicadores não foram levantados
em 2005.
Com os dados da tabela observa-se que menos de 30% das metas dos
indicadores foram atingidas ou superadas, indicando necessidade de reavaliação do
39
A partir desse cálculo foi gerada a tabela a seguir que apresenta a evolução dos
recursos alocados entre os programas com os diferentes níveis de atingimento. Chama a
atenção o fato de que nenhum programa conseguiu superar as metas de seus
indicadores.
Duas outras informações são relevantes, quais os grupos de programas com mais
recursos disponíveis e em quais ocorreram as maiores variações.
A tabela anterior mostra-nos que os programas que não atingiram seus objetivos
detiveram 91,83% dos recursos disponíveis no exercício de 2005 e aqueles que
realizaram seus objetivos apenas 1,66%, possibilitando presumir que o não atingimento
dos mesmos não se deveu a falta de recursos.
Tal redução deve ser vista como indicação da preocupação dos órgãos centrais
de impor a avaliação da programação. Entretanto, a preocupação com a obtenção dos
41
resultados não está clara, visto que os resultados dos indicadores pouco têm
influenciado na definição dos recursos disponibilizados.
Desta forma, é importante frisar que a avaliação do plano plurianual não tem se
centrado na avaliação dos resultados dos programas mais sim, se preocupado
principalmente com a execução financeira de cada ação.
A tabela a seguir apresenta um resumo ano a ano das reduções superiores a 10%
da LOA, efetivadas por meio de créditos nos programas da área social.
No ano de 2000, dos 116 programas existentes apenas nove tiveram redução de
recursos superior a 10%, e o total das mesmas chega a R$190 milhões, correspondentes
a apenas 0,17% do valor da LOA.
No ano seguinte, 2003, ao totalizar R$164 milhões, atinge 0,09% dos recursos
consignados na LOA.
4
No ano de 2003 foi criado o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome por
desmembramento do Ministério da Previdência e Assistência Social neste sentido foram
desconsideradas as reduções referentes a movimentação dos recursos de um ministério ao
outro.
43
Finalmente, o ano de 2005 foi aquele em que em que o total das reduções
superiores a 10% dos recursos alocados inicialmente aos programas atingiu o maior
valor, R$ 1.161 milhões correspondentes a 0,46% da dotação aprovada inicialmente no
Congresso Nacional.
5
No ano de 2003 foi criado o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome por
desmembramento do Ministério da Previdência e Assistência Social neste sentido foram
desconsideradas as reduções referentes a movimentação dos recursos de um ministério ao
outro.
44
7. ESTUDO DE CASO
na Região Norte. Nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, 7,7%, 8,1% e 10,8% de
analfabetos, respectivamente. As taxas diminuem, mas ainda estão longe do ideal. Dessa
forma, a implantação do Programa se justifica pela necessidade de inserção social de
cerca de 16,3 milhões de brasileiros com 15 anos e mais de idade, cujo exercício da
cidadania está limitado por não dominarem o mundo da leitura e da escrita”.
Desta forma, para possibilitar sua avaliação passa a contar com os seguintes
indicadores:
46
800,0
700,0
Em R$ milhões
600,0
PL
500,0
LOA
400,0
Lei + Créditos
300,0
Executado
200,0
100,0
0,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: SIDOR
Como se pode observar a obtenção dos resultados não tem sido utilizada como
fator determinante da alocação de recursos, embora durante o primeiro PPA estudado os
objetivos tenham sido alcançados, a avaliação do programa não reflete seus resultados,
pois, não indica em qualquer momento os números verificados dos seus indicadores.
8. CONCLUSÃO
No período estudado, a Área Social, prioritária da sociedade brasileira recebeu
recursos de forma crescente. Na Lei Orçamentária de 2000 foram alocados R$ 110,5
milhões e em 2005 estes recursos chegaram a R$ 253,9 milhões, representando um
crescimento de 129,75%. Assim, ao destinar cada vês mais recursos para a área social,
prioritária para a sociedade brasileira, o orçamento da área social reflete as prioridades
da política nacional o que faz com que a Hipótese Intermediária 1 seja rejeitada.
Assim, grande parte dos programas da área social não possui indicadores de
resultado adequados, nesses programas tem-se medido tão somente a melhora da
prestação dos serviços ou a entrega dos produtos. Com isso, a Hipótese Intermediária 2
é confirmada.
Porém, processo orçamentário, por não estar de acordo com a ferramenta, por
não possuir indicadores de resultado adequados, por não medir estes resultados, por não
considerar os resultados observados no momento da definição dos recursos a serrem
alocados, não se apresenta adequado como ferramenta para o atingimento dos objetivos
da Política Pública Social Brasileira.
57
Neste sentido, a Hipótese Abrangente deste estudo que indicava que: O processo
orçamentário brasileiro apresenta-se inadequado como ferramenta para o atingimento
dos objetivos da Política Pública Social Brasileira, deve ser em pare rejeitada.
58
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa
032 – Controle Externo
02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária
062 – Defesa do Interesse Público no Processo
Judiciário
03 - Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica
092 – Representação Judicial e Extrajudicial
04 – Administração 121 – Planejamento e Orçamento
122 – Administração Geral
123 – Administração Financeira
124 – Controle Interno
125 – Normatização e Fiscalização
126 – Tecnologia da Informação
127 – Ordenamento Territorial
128 – Formação de Recursos Humanos
129 – Administração de Receitas
130 – Administração de Concessões
131 – Comunicação Social
05 - Defesa Nacional 151 – Defesa Aérea
152 – Defesa Naval
153 – Defesa Terrestre
06 - Segurança Pública 181 – Policiamento
182 – Defesa Civil
183 – Informação e Inteligência
07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas
212 – Cooperação Internacional
08 – Assistência Social 241 – Assistência ao Idoso
242 – Assistência ao Portador de Deficiência
243 – Assistência à Criança e ao Adolescente
244 – Assistência Comunitária
09 – Previdência Social 271 – Previdência Básica
272 – Previdência do Regime Estatutário
273 – Previdência Complementar
274 – Previdência Especial
10 – Saúde 301 – Atenção Básica
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 – Suporte Profilático e Terapêutico
304 – Vigilância Sanitária
305 – Vigilância Epidemiológica
306 – Alimentação e Nutrição
71
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
11 – Trabalho 331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador
332 – Relações de Trabalho
333 – Empregabilidade
334 – Fomento ao Trabalho
12 – Educação 361 – Ensino Fundamental
362 – Ensino Médio
363 – Ensino Profissional
364 – Ensino Superior
365 – Educação Infantil
366 – Educação de Jovens e Adultos
367 – Educação Especial
13 – Cultura 391 – Patrimônio Histórico, Artístico e
Arqueológico 392 – Difusão Cultural
14 – Direitos da Cidadania 421 – Custódia e Reintegração Social
422 – Direitos Individuais, Coletivos e Difusos
423 – Assistência aos Povos Indígenas
15 – Urbanismo 451 – Infra-Estrutura Urbana
452 – Serviços Urbanos
453 – Transportes Coletivos Urbanos
16 – Habitação 481 – Habitação Rural
482 – Habitação Urbana
17 – Saneamento 511 – Saneamento Básico Rural
512 – Saneamento Básico Urbano
18 - Gestão Ambiental 541 – Preservação e Conservação Ambiental
542 – Controle Ambiental
543 – Recuperação de Áreas Degradadas
544 – Recursos Hídricos
545 – Meteorologia
19 – Ciência e Tecnologia 571 – Desenvolvimento Científico
572 – Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia
573 – Difusão do Conhecimento Científico e
Tecnológico
20 – Agricultura 601 – Promoção da Produção Vegetal
602 – Promoção da Produção Animal
603 – Defesa Sanitária Vegetal
604 – Defesa Sanitária Animal
605 – Abastecimento
606 – Extensão Rural
607 – Irrigação
21 – Organização Agrária 631 – Reforma Agrária
632 – Colonização
72
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
22 – Indústria 661 – Promoção Industrial
662 – Produção Industrial
663 – Mineração
664 – Propriedade Industrial
665 – Normalização e Qualidade
23 – Comércio e Serviços 691 – Promoção Comercial
692 – Comercialização
693 – Comércio Exterior
694 – Serviços Financeiros
695 – Turismo
24 – Comunicações 721 – Comunicações Postais
722 – Telecomunicações
25 – Energia 751 – Conservação de Energia
752 – Energia Elétrica
753 – Petróleo
754 – Álcool
26 – Transporte 781 – Transporte Aéreo
782 – Transporte Rodoviário
783 – Transporte Ferroviário
784 – Transporte Hidroviário
785 – Transportes Especiais
27 – Desporto e Lazer 811 – Desporto de Rendimento
812 – Desporto Comunitário
813 – Lazer
28 – Encargos Especiais 841 – Refinanciamento da Dívida Interna
842 – Refinanciamento da Dívida Externa
843 – Serviço da Dívida Interna
844 – Serviço da Dívida Externa
845 – Transferências
846 – Outros Encargos Especiais
73
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos
Percentual da População na Faixa Etária de 15 Anos ou Mais R Qüinqüenal 2002 29,40 25,60 N/L 27,50 N/L
com Escolaridade entre a 4ª Série e 7ª Série
Percentual da População na faixa Etária de 15 Anos ou Mais R Qüinqüenal 2002 26,00 18,90 N/L 22,45 N/L
com Escolaridade Inferior a 4ª Série
Taxa de Analfabetismo da População na Faixa Etária de 15 a 24 R Qüinqüenal 2002 3,70 2,29 N/L 3,00 N/L
anos
Taxa de Analfabetismo da População na Faixa Etária de 15 Anos R Qüinqüenal 2002 11,80 8,19 N/L 10,00 N/L
ou Mais
Taxa de Analfabetismo da População na Faixa Etária de 25 a 34 R Qüinqüenal 2002 7,10 4,30 N/L 5,70 N/L
anos
Taxa de Analfabetismo da População na Faixa Etária de 35 anos R Qüinqüenal 2002 18,10 12,90 N/L 15,50 N/L
ou Mais
Brasil Escolarizado
Índice de Adequação de Escolaridade da População na Faixa R Qüinqüenal 2002 0,75 0,85 N/L 0,80 N/L
Etária de 11 a 18 anos
Número Médio de Séries Concluídas da População na Faixa R Qüinqüenal 2002 4,00 4,43 N/L 4,22 N/L
Etária de 10 a 14 anos
Desenvolvimento da Educação Especial
Taxa de Escolas Públicas da Educação Básica com R Qüinqüenal 2002 4,90 12,50 N/L 8,70 N/L
Acessibilidade Física
Taxa de freqüência à Escola da População na Faixa Etária de 0 a R Qüinqüenal 2002 11,70 31,40 N/L 21,55 N/L
3 anos
Taxa de freqüência à escola da população na faixa etária de 4 a 6 R Qüinqüenal 2002 67,00 77,00 N/L 72,00 N/L
anos
Desenvolvimento do Ensino da Pós-Graduação e da Pesquisa Científica
Índice de Doutores Titulados no País R Anual 2002 4,01 5,48 4,79 4,75 A
Índice de Mestres Titulados no País R Anual 2002 13,41 18,44 18,44 15,93 S
Índice de Qualidade da Pós-graduação Nacional R Anual 2002 4,00 4,07 4,27 4,04 S
Desenvolvimento do Ensino Fundamental
Taxa de Distorção Idade-Série no Ensino Fundamental R Qüinqüenal 2003 33,90 25,00 N/L 29,45 N/L
Taxa de Freqüência à Escola da População na Faixa Etária de 7 a R Qüinqüenal 2002 96,90 97,16 N/L 97,03 N/L
14 anos
Desenvolvimento do Ensino Médio
Número Médio de Séries Concluídas da População na Faixa R Qüinqüenal 2002 6,70 7,20 N/L 6,95 N/L
Etária de 15 a 17 Anos
Taxa de Distorção Idade-Série no Ensino Médio R Qüinqüenal 2002 49,30 43,90 N/L 46,60 N/L
Taxa de Freqüência Bruta ao Ensino Médio R Qüinqüenal 2002 75,90 85,90 N/L 80,90 N/L
Taxa de Freqüência Líquida ao Ensino Médio da População na R Qüinqüenal 2002 40,00 48,00 N/L 44,00 N/L
Faixa Etária de 15 a 17 Anos
Educação para a Diversidade e Cidadania
Índice de Igualdade da Educação do Campo R Qüinqüenal 2002 0,58 0,67 N/L 0,63 N/L
Índice de Igualdade da Educação Escolar Indígena R Qüinqüenal 2002 0,47 0,47 N/L 0,47 N/L
Índice de Igualdade das Ações Educativas Complementares R Qüinqüenal 2002 0,71 0,80 N/L 0,76 N/L
74
Índice de Igualdade das Diversidades Étnico-Raciais R Qüinqüenal 2002 0,77 0,85 N/L 0,81 N/L
Índice de Igualdade de Gênero R Qüinqüenal 2002 0,95 0,98 N/L 0,97 N/L
Valorização e Formação de Professores e Trabalhadores da Educação Básica
Taxa de Docentes com Nível Superior Atuando na Pré-Escola R Anual 2003 31,30 86,26 40 58,78 N
Taxa de Docentes com Nível Superior Atuando no Ensino R 2003 36,10 87,22 47,7 61,66 N
Fundamental de 1ª a 4ª série
Taxa de Docentes com Nível Superior Atuando no Ensino R 2003 77,10 95,42 83,2 86,26 N
Fundamental de 5ª a 8ª série
Taxa de Docentes com Nível Superior Atuando no Ensino R 2003 90,20 98,04 95,6 94,12 A
Médio
Taxa Docentes com Nível Superior Atuando em Creche R 2003 17,70 83,54 29 50,62 N
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Alimentação Saudável
Taxa de Prevalência de Anemia Ferropriva em Crianças R anual 1998 45 41 30,2 43,00 S
Taxa de Prevalência de Desnutrição em Crianças Menores de 2 R anual 2002 9,6 6,3 7,7 7,95 A
anos nas Áreas Cobertas por Agentes Comunitários de Saúde
Taxa de Prevalência de Desnutrição Infantil R anual 1997 5,7 3,7 2,9 4,70 S
Taxa de Prevalência de Obesidade em Adultos R anual 1989 8 8 8 8,00 A
Atenção à Saúde da População em Situações de Urgências, Violências e outras Causas Externas
Coeficiente de Letalidade Hospitalar por Causas Externas R anual 2003 2,65 2,29 2,66 2,47 N
Coeficiente de Letalidade Hospitalar por Urgências R 2003 40,6 36,5 N/L 38,55 N/L
Atenção à Saúde de Populações Estratégicas e em Situações Especiais de Agravos
Coeficiente de Letalidade Materna Hospitalar no SUS R 2002 29,8 22,4 N/L 26,10 N/L
Coeficiente de Mortalidade Infantil R 2002 27 22 N/L 24,50 N/L
Coeficiente de Mortalidade Neonatal R 2002 17 14,5 N/L 15,75 N/L
Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde
Índice de Pesquisas Publicadas em Revistas de Relevante R anual 2003 55 80 86,8 67,50 S
Importância para a Comunidade Científica
Número de Patentes Depositadas R anual 2003 2 4 3 3,00 A
Número de Pesquisas Realizadas na Região Nordeste R anual 2003 120 210 137 165,00 N
Número de Pesquisas Realizadas na Região Norte R anual 2003 56 97 69 76,50 N
Número de Pesquisas Realizadas na Região Sudeste R anual 2003 1130 1313 2750 1.221,50 S
Controle da Tuberculose e Eliminação da Hanseníase
Coeficiente de Detecção de Hanseníase em Menores de 15 Anos R 2003 0,83 0,75 N/L 0,79 N/L
Taxa de Qualificação de Profissionais da Área de Enfermagem R anual 2005 51 100 92,6 75,50 A
como Auxiliar de Enfermagem
Saneamento Rural
Taxa de Cobertura de Abastecimento de Água em Áreas R anual 2004 26 75 54 50,50 A
Indígenas
Taxa de Cobertura de Abastecimento de Água em Áreas Rurais R anual 2002 22,7 30 26 26,35 N
Acesso à Alimentação
Taxa de Segurança Alimentar R 2002 0 3,3 N/L 1,65 N/L
Economia Solidária em Desenvolvimento
Número Índice da Quantidade de Postos de Trabalho Gerados R 2003 103 105 N/L 104,00 N/L
pela Economia Solidária
Proteção Social Básica
Índice de Gini da Proteção Básica R N/L N/L 0,00 N/L
Proteção Social Especial
Índice de Gini da Proteção Especial R N/L N/L 0,00 N/L
Transferência de Renda com Condicionalidades - Bolsa Família
Taxa de Pobreza R N/L N/L 0,00 N/L
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Arrecadação de Receitas Previdenciárias
Número-Índice de Crescimento Real da Arrecadação R anual 2003 100 110,8 120,18 105,40 S
Previdenciária
Previdência Complementar
Taxa de Ativos Totais das Entidades Fechadas de Previdência R anual 2002 14,22 20,07 15,93 17,15 N
Privada em Relação ao Produto Interno Bruto (PIB)
Taxa de Cobertura do Sistema de Previdência Complementar R anual 2002 9,9 13,97 9,62 11,94 N
Fonte: SIGPLAN