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complementares
do curso:

Eliminando Desperdícios
Pré-impressão de A a Z

Ricardo Minoru Horie


Bytes & Types
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Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução de trechos deste
minoru@bytestypes.com.br
material por quaisquer meios sem a
autorização expressa do autor.

1
Sobre o Instrutor
Ricardo Minoru Horie atua há mais de 20 anos na indústria gráfica no segmento de
pré-impressão com treinamentos e consultorias técnicas para empresas, além de minis-
trar regularmente seminários, palestras, oficinas e cursos pelo País.
Foi pioneiro como autor de livros eletrônicos para o segmento gráfico no Brasil. É beta
tester de vários produtos tais como InDesign, Acrobat e PitStop.
Autor de mais de 40 livros técnicos na área de editoração eletrônica, dentre eles: “Catá-
logo de Fontes do Adobe Font Folio”, “Acrobat Professional para uso gráfico”, “PitStop
Pro – Análise e edição avançada de PDFs”, “Dicas, Truques & Macetes – Adobe InDe-
sign”, “Preparação e Fechamento de Arquivos para Artes Gráficas”, “Utilizando o Pho-
toshop” e “Utilizando o InDesign”.
Por 11 anos colaborou com a edição brasileira da revista Publish, tendo atuado como
colunista e editor executivo. Desde 2007 passou a compor a equipe de colunistas, pales-
trantes e consultores da revista Desktop. Também é membro das comissões de estudos
de Pré-Impressão Eletrônica e Impressão Digital da ONS 27/ABTG.
Foi colunista do jornal “O Estado de São Paulo” e docente do curso superior de tecno-
logia gráfica do Senai “Theobaldo De Nigris”, considerado e reconhecido internacio-
nalmente como o mais importante centro de aprendizado gráfico na América Latina.
É sócio/diretor junto com André Borges Lopes na Bytes & Types (www.bytestypes.com.
br), empresa especializada em consultorias técnicas e treinamentos na área gráfica.

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Introdução
Durante todos estes anos em que atuei como instrutor de editoração eletrônica, consultor,
gerente de produção de prestador de serviços gráficos e colaborador da revista Publish, re-
spondi e enfrentei as mais diversas dúvidas e problemas que ocorrem no dia-a-dia desta tão
complexa (mas nem por isso difícil) área que é a editoração eletrônica.
Com o passar do tempo, descobri que as soluções nem sempre estão escritas nos man-
uais dos softwares, nos readme's nem muito menos nos livros dedicados a eles. Descobri,
também, que não existe um sistema operacional nem software perfeito e que todos têm seus
truques e macetes principalmente agora que se propõem a auxiliar tanto aos profissionais da
área gráfica quanto aos de construção de páginas para a Internet, multimídia e de publicação
e distribuição eletrônica. Muitas vezes, os recursos que são utilizados para impressos não
são aplicáveis para os de veiculação na Internet e vice-versa.
Neste material está incluída toda a minha experiência na construção de arquivos para DTP
de maneira a minimizar e até eliminar os problemas de impressão, assim como todas as
dicas, truques e macetes para evitar e resolver os "pepinos" que porventura possam aparecer.
Afinal, eu já estive dos dois lados; como prestador de serviços gráficos eu resolvia os prob-
lemas dos arquivos enviados pelos meus clientes e como cliente de outros prestador de
serviços gráficoss, construía os meus arquivos de maneira que estes não dessem problemas.

Ricardo Minoru Horie

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Arquivos Abertos X Arquivos Fechados
Conceito de Arquivo Aberto
O arquivo aberto é todo e qualquer arquivo que para ser impresso remotamente, ou seja, a
partir de um computador que não o do usuário que criou os arquivos; tem de estar acom-
panhado de todos os seus vínculos (tais como ilustrações e imagens que o compõe) além das
fontes utilizadas. No prestador de serviços gráficos este arquivo será aberto no programa e
plataforma que o gerou, conferido, e baseando-se nas informações da ordem de serviço que
foi preenchida, será fechado e enviado para a impressora.

Conceito de Arquivo Fechado


Um arquivo fechado nada mais é do que um arquivo que contém todas as informações e
elementos tais como textos, ilustrações, fotos e fontes, necessários para que ele seja impresso
numa impressora de um prestador de serviços gráficos de pré-impressão. Em outras pala-
vras é um arquivo preparado para impressão remota e o termo "fechado" vem do fato de ele
estar codificado na linguagem PostScript e só poder ser visualizado e impresso.

Instalação de impressoras
Para trabalharmos com arquivos fechados, necessitamos instalar a(s) impressora(s) na(s)
qual(ais) pretendemos imprimir o material no(s) prestador de serviços gráficos(s).
Esta instalação é feita de modo virtual, ou seja, a impressora não está fisicamente conectada
ao nosso computador.

:: Utilizando os drivers do Windows 95/98/NT

:: Utilizando os drivers fornecidos pelo seu prestador de serviços gráficos

:: Utilizando o Adobe PostScript Printer Driver


A terceira opção de se instalar impressoras é através do Adobe PostScript Printer Driver.
A definição de qual versão instalar depende do prestador de serviços gráficos e do seu sis-
tema operacional.
AdobePS 4.1.X - Indicado para o ambiente do Windows 95/98 e somente para im-
pressoras de linguagem PostScript de nível 1 e 2
AdobePS 4.2.X indicado para o ambiente do Windows 95/98 e somente
para impressoras de linguagem PostScript de nível 2 e 3
AdobePS 5.X somente para o ambiente do Windows NT 4.0 e
impressoras de nível 1, 2 e 3
Estas versões deste aplicativo podem ser conseguidas gratuitamente no site da Adobe (www.
adobe.com), nos discos dos softwares tais como PageMaker, Illustrator, Photoshop, Adobe
Type Manager e também com seu prestador de serviços gráficos.
Atualmente existem três formas de se instalar: a primeira delas é a instalação a partir dos
drivers presentes dentro dos discos do Windows 95/98/NT; a segunda forma é instalar a
partir dos drivers fornecidos pelo seu prestador de serviços gráficos e a terceira, mais mo-
derna e prática, é instalar uma impressora a partir de um PPD fornecido ou recomendado
pelo seu prestador de serviços gráficos.
Cada uma destas possibilidades de instalação deve ser indicada e/ou autorizada pelo seu
prestador de serviços gráficos, pois depende de suas características, equipamentos e prefer-
ências.

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Fontes
As fontes são conjuntos de caracteres e símbolos desenvolvidos em um mesmo desenho.
Este desenho de letra ou caractere é chamado de tipo.
Atualmente, na área de editoração eletrônica, utilizamos as fontes redimensionáveis, ou seja,
que podem ser ampliadas e reduzidas sem que percam a qualidade. Existem atualmente
duas principais tecnologia de fontes para a área de editoração eletrônica: o padrão Adobe e
o padrão TrueType.

Fontes de padrão TrueType


Foram desenvolvidas pela Apple e Microsoft e foram incluídas como fontes de sistema tanto
no Windows como no Mac OS. Por não serem diretamente compatíveis com a linguagem
PostScript, têm que ser convertidas para o padrão Adobe. A partir do Windows 95, cada
fonte TrueType é formada por um arquivo de extensão TTF, utilizado na apresentação da
fonte em tela e na impressão.

Fontes de padrão Adobe


Também chamadas de fontes Tipo 1 ou PostScript, foram desenvolvidas pela Adobe Systems
para serem absolutamente compatíveis com a linguagem PostScript. Apesar disto, nada
impede sua utilização em impressoras de linguagem PCL. Cada fonte Tipo 1 é formada por
dois arquivos de extensões distintas: PFM - arquivo utilizado na apresentação da fonte em
telae PFB - arquivo utilizado na impressão.

Fontes de Padrão OpenType


Também chamadas de fontes TrueType 2 foram desenvolvidas desde 1996 pela Micosoft e
Adobe, o padrão OpenType foi oficialmente lançado no final do ano 2000. Sua extensão é o
OTF mas pode ser também TTF (quando um fonte OpenType nasceu da conversão de uma
TrueType).

Confiabilidade
Em relação à qualidade e confiabilidade dos dois padrões, podemos dizer que, num trabalho
enviado para ser impresso numa imagesetter em que só foram utilizadas fontes Tipo 1, a
probabilidade de se enfrentar problemas com o texto é muito menor, pois estas são total-
mente compatíveis com a linguagem da impressora. Se no trabalho fossem utilizadas fontes
de padrão TrueType, estas seriam convertidas pelo driver da impressora para o padrão Tipo
1 o que, às vezes, não é bem feito, resultando em impressões com o texto recorrido, ou na
fonte Courier.

Restrições
Existem prestador de serviços gráficoss de pré-impressão que não fazem restrições a nen-
hum dos dois padrões (desde que tenham boa procedência), outros que recomendam a seus
clientes somente utilizar fontes de padrão Adobe e outros, ainda, que se recusam a aceitar
trabalhos onde foram utilizadas fontes TrueTypes.

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Obtendo fontes
Gratuitamente, as fontes PostScript Tipo 1 estão disponíveis dentro dos CDs do Corel-
DRAW (cerca 1200, variando em função da versão do produto) e nos CDs que acompan-
ham o PageMaker 6.0 e 6.5 (cerca de 220 fontes). As fontes TrueType também estão inclusas
dentro dos CDs do CorelDRAW.
Elas podem ser adquiridas através do Adobe Font Folio e Adobe Type and Call. Pela Internet
você encontrará uma listagem das principais Font Houses no site da Publish (www.idg.com.
br/publish/design/design2.htm).
Tome muito cuidado com CDs que podem ser adquiridos em bancas de jornais e que
contêm milhares de fontes por um preço muito baixo. Nem sempre estas fontes têm quali-
dade.

Quantidade de fontes habilitadas


Pode-se dizer que as fontes são uma paixão no mundo da editoração eletrônica. É muito
comum os usuários possuírem centenas e até milhares de fontes habilitadas no computador
com o intuito de poder escolher uma ou mais fontes para um determinado projeto. Ac-
ontece que cada fonte ocupa cerca de 64 Kb, logo 100 delas ocuparão preciosos 6.4 Mb da
memória RAM. Isto afeta profundamente a performance da máquina, podendo até causar
problemas tais como o PageMaker não abrir, acusando um erro de DLL.
Não há problema algum em possuir milhares de fontes disponíveis, desde que elas não
estejam todas habilitadas ao mesmo tempo. O ideal seria que somente algumas dezenas
estivessem ativas. À medida em que precisar de outras fontes, habilite-as e desabilite outras
que não serão utilizadas no projeto em que está trabalhando.
Uma boa idéia é fazer um catálogo impresso de todas as suas fontes, e quando for
“pesquisar” uma fonte para ser utilizada num trabalho, utilize-se do seu catálogo e, só então,
habilite esta fonte (não se esquecendo, é claro, de desabilitá-la quando terminar o trabalho).

Fontes de Sistema
Pode ser que, depois de ler este capítulo, você esteja tentado a trabalhar somente com fontes
de padrão Adobe, e portanto, desabilitar todas as fontes TrueType, ou pensando em desabili-
tar aquelas centenas ou milhares de fontes que não estão sendo utilizadas neste momento.
Saiba que as fontes de sistema (fontes que são fundamentais para o sistema operacional do
Windows ou Mac OS) são todas TrueType e que, portanto, não podem ser desabilitadas em
hipótese alguma. Isto varia um pouco dependendo da versão do sistema operacional. No
Windows 98: Arial, Arial Bold, Arial Italic, Arial Bold Italic, Courier, Courier New, Courier
New Bold, Courier New Italic, Courier New Bold Italic, Modern, MS Sans Serif, MS Serif,
Smallfonts, Symbol, Times New Roman, Times New Roman Bold, Times New Roman Italic,
Times New Roman Bold Italic e Wingdings. No Mac OS 8.5.1 são: Chicago, Geneva, Mo-
naco, Palatino, Capitals, Charcoal, Gadget, New York, Textile, Techno e Symbol.

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Evite instalar uma determinada fonte no padrão Adobe-PostScript junto com a mesma
fonte no padrão TrueType por causa do conflito que isto pode gerar. Consulte a aba
Font List para se certificar quais fontes estão habilitadas.

Ao instalar uma fonte, certifique-se de habilitar também, a família inteira (normal,


itálico, negrito, negrito-itálico etc). Muitos aplicativos têm a capacidade de italizar ou
negritar as fontes, mesmo que as fontes destes estilos não estejam habilitadas, porém
estes textos serão impressos normalmente em impressoras jato de tinta ou laser mas
não em impressoras profissionais, onde os textos serão impressos sem o itálico ou
negrito.

Se for mandar seus arquivos em regime aberto para serem impressos num prestador
de serviços gráficos, não se esqueça também de enviar todos os arquivos referentes a
todas as fontes e estilos que foram utilizados.

Por mais absurdo que possa parecer, e infelizmente, ninguém sabe explicar, as fontes
“apodrecem” com o tempo. É como se o Windows ou o Macintosh OS “enjoassem”
do desenho da fonte e passassem a trocá-las por Courier. A solução é, de tempos em
tempos (a cada 3 meses) desabilitar estas fontes, reiniciar o micro e habilitá-las nova-
mente.

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Construção do arquivo - ilustração vetorial
Alguns cuidados devem ser tomados ao se construir e exportar uma ilustração.

Cores CMYK ou Pantone

Degradês

Texturas Fractais

Objetos Complexos

Textos

Efeitos especiais

Imagens Bitmap

Exportando a ilustração em formatos profissionais


A exportação de arquivos dos ilustradores para os paginadores é necessária pois nem
sempre o PageMaker ou o QuarkXPress reconhecem os formatos nativos do CorelDRAW, Il-
lustrator, FreeHand. O ato de exportar significa codificar o formato nativo: CDR, AI e FH8,
em formatos que os paginadores compreendam e que também mantenham as características
de cores, tamanho, qualidade e informações para a impressão. O formato mais indicado é o
EPS (Encapsulated PostScript) já que é integralmente compatível com a linguagem Post-
Script das impressoras profissionais. Em alguns softwares (Illustrator e FreeHand), ao invés
de exportar o arquivo, simplesmente salvamos no formato EPS.
Devemos evitar utilizar o recurso "Copy e Paste", ou seja, copiar no ilustrador e colar no
paginador. Isto fará com que as ilustrações ou imagens sejam exportadas no formato WMF
(Windows Metafile do PC) ou Pict (no Macintosh), formatos que são pobres em recursos
para impressões profissionais.

Exportação em EPS

Exportação em TIFF

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Geração de Arquivos PDF
seguros para Pré-Impressão

Este capítulo demonstra as quatro principais formas de gerar arquivos PDF para serem impressos em prestadores de serviços gráficos de
pré-impressão e impressão digital, usando como exemplo o anúncio gerado no InDesign CS2.
Existem dezenas de outras possibilidades de gerar arquivos PDF, mas pela experiência do autor, os procedimentos mais complexos de obtenção
de um PDF são os mais confiáveis, e as maneiras mais fáceis e diretas que normalmente utilizam recursos internos de exportação nem sempre
produzem bons resultados. Deste modo começaremos a descrever os passos das formas mais confiáveis e depois as menos indicadas.
:: Geração de um PDF a partir de um arquivo PostScript criado para a realidade específica de uma gráfica.
:: Geração de um PDF a partir de um arquivo PostScript criado em conformidade com normas internacionais PDF/X.
:: Uso da impressora virtual Adobe PDF.
:: Uso dos recursos internos de exportação dos aplicativos.

Geração de um PDF a partir de um arquivo PostScript criado para a reali-


dade específica de uma gráfica
Trata-se, por enquanto, da maneira mais confiável de gerar arquivos PDF que atendam plenamente às necessidades específicas de um prestador
de serviços gráficos e das impressoras high-end que possui.
A confiabilidade é maior, pois o arquivo PostScript é gerado especificamente para o dispositivo de impressão da gráfica e o PDF é gerado
usando configurações também específicas para essa gráfica.
O lado negativo é que esse PDF pode não ter condições de ser reutilizado ou reaproveitado em outras gráficas.
Esse procedimento é dividido em três etapas:
:: Geração do arquivo PostScript;
:: Configuração do Distiller de acordo com as preferências do prestador de serviços gráficos;
:: Conversão do arquivo PostScript num arquivo PDF.

1a Etapa - Geração do Arquivo PostScript


1. Escolha o comando Print do menu File.
2. Nas opções General, no campo Printer, selecione a impressora que seu prestador de serviços gráficos lhe forneceu ou recomendou e
no campo Pages selecione as páginas que devem ser incluídas no arquivo PostScript.
Caso você tenha atribuído a alguns elementos das páginas a opção Nonprinting (por meio da paleta Attributes)
durante a construção do arquivo e depois não tenha certeza de ter retirado esse atributo, marque a opção Print
Non-printing Objects e a opção Print Blank Pages se desejar ou precisar incluir as páginas vazias no arquivo PostScript.

8
8
3. Clique na opção Setup. 5. Clique na opção Output.
No campo Page Size escolha um formato que comporte o No campo Colour, selecione a opção Composite Leave Unchanged
documento acrescido de um espaço para as marcas de corte e ou Composite CMYK de acordo com a preferência do prestador
registro. Note que, se o formato do seu documento for padrão de serviços gráficos.
(A4, Letter etc.), a maioria dos drivers de impressão disponibiliza
formatos prontos (A4 Extra, Letter Extra etc.).
Caso se trate de um formato personalizado, como é o caso deste
anúncio, digite nos campos Width e Height valores para largura
e altura com aproximadamente 5 cm (valor usado neste exemplo)
acima do formato final do arquivo.
Confirme se o valor 100% está selecionado nos campos Width
e Height e selecione Centred no campo Page Position.

4. Clique na opção Marks and Bleed.


Marque a opção All Printer´s Marks. No campo Offset, digite
um valor de aproximadamente 3,5 mm (10 pt) para a distância das
marcas de corte e registro em relação aos limites da página.
Nos campos Bleed, digite um valor de sangria entre 3 e 5 mm
para os campos Top (superior), Botton (inferior), Left (esquerdo)
e Right (direito).

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6. Clique na opção Graphics. 8. Clique na opção Advanced.
Na área Images, no campo Send Data, escolha a opção All a Escolha a opção [High Resolution] no campo Preset para que
fim de que os dados das imagens e ilustrações sejam enviados, as áreas transparentes sejam rasterizadas na melhor qualidade
priorizando sua qualidade já definida. disponível.
Na área Font, no campo Download, escolha as opções Complete
e Download PPD Fonts para assegurar que todos os arquivos
das fontes utilizadas nesse documento sejam enviados dentro do
arquivo PostScript.
Escolha a opção Level 2 (ou de acordo com o nível de PostScript
disponível no seu prestador de serviços gráficos) no campo
PostScript e ASCII ou Binary no campo Data Format.

9. Clique na opção Summary.


Revise de forma criteriosa as opções marcadas ou não nesse
resumo. Pressione o botão Print.

7. Clique na opção Colour Management.


Escolha a opção No Colour Management ou outra opção,
caso esteja trabalhando num ambiente com um sistema de
gerenciamento de cor implantado.

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10. No quadro de diálogo que se abrirá, vá para um diretório/folder de sua preferência e digite o nome para seu arquivo PostScript. Se o
InDesign não o fizer, adicione a extensão ".ps" e pressione o botão Salvar.

2a Etapa - Configuração do Distiller de acordo com as preferências do prestador de serviços gráfi-


cos
1. Abra o Acrobat Distiller.

Distiller 6 Distiller 7
2. Escolha um PDF Settings entre as opções que acompanham o aplicativo, que servirá de base para a criação de uma nova. Vá até o menu
Settings/Edit Adobe PDF Settings. Configure o Distiller 6 e/ou 7 de acordo com as sugestões do autor.

Aba General

Distiller 6 Distiller 7

11
Aba Images

Distiller 6 Distiller 7

Aba Fonts

Distiller 6 Distiller 7

Aba Color

Distiller 6 Distiller 7

12
Aba Advanced

Distiller 6 Distiller 7

Aba PDF/X ou Standards

Distiller 6 Distiller 7

4. Pressione o botão Save As para gravar esse PDF Settings.

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3a Etapa - Conversão do arquivo PostScript em Normas
um PDF Por isso foram definidos alguns padrões restritivos (subsets) de PDF,
O Acrobat Distiller, depois de configurado e com o PDF Settings específicos para uso gráfico (conhecidos como PDF/X) em que esses
definido, vai converter o arquivo PostScript num PDF. recursos são eliminados e os arquivos são construídos conforme normas
mais rígidas.
1. Abra o Acrobat Distiller.
O subset PDF/X-1a é um desses padrões internacionais, normalizado
2. Arraste o arquivo PostScript para cima da interface do pela ISO (Organização Internacional de Normalização). No momento,
Distiller. o Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica (ONS
27), no âmbito da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, está
3. Aguarde até que o processo de conversão tenha sido finalizado.
preparando a tradução da norma para sua aprovação no Brasil.
O "padrão" PDF/X-1a (na verdade um conjunto de regras e especificações
de geração de PDFs) prevê arquivos seguros e confiáveis, criados a partir
de informações genéricas e universais, o que permite o seu uso por todos
os sistemas de fluxo de trabalho gráfico que suportam o formato PDF,
independente do aplicativo e da plataforma em que os documentos
originais foram criados.
O objetivo final é garantir um intercâmbio de arquivos no modo
conhecido como “troca cega” (blind exchange): o criador do arquivo não
precisa obter nenhuma informação sobre prestador de serviços gráficos,
gráfica, editora, e este também não necessita de informações adicionais
sobre o processo de geração do arquivo a ser processado.
O procedimento é dividido em três etapas:
:: Geração do arquivo PostScript de acordo com as normas PDF/X-
1a;
:: Configuração do Distiller de acordo com as normas PDF/X-1a;
:: Conversão do arquivo PostScript num arquivo PDF.

1a Etapa - Geração do Arquivo PostScript


4. Abra o arquivo PDF usando o aplicativo Adobe Reader ou
Acrobat (preferencialmente) para verificações e análises visuais Para que possam ser adequadamente convertidos em PDF/X-1a,
e/ou eletrônicas de preflight. os arquivos PostScript necessariamente devem possuir algumas
características particulares e atender a algumas especificações.

Geração de um PDF a partir de um Características que os arquivos PostScript devem


ter:
arquivo PostScript criado para estar :: Cores compostas.
em conformidade com normas :: Devem ser criados usando a descrição de impressora (PPD)
internacionais PDF/X do “Acrobat Distiller 5", ou outro PPD do tipo genérico (não
vinculado a nenhum dispositivo específico).
Trata-se de uma maneira bastante confiável e em franca adoção pelos :: Documentos com mais de uma página podem ser salvos em
prestadores de serviços gráficos no mundo inteiro de gerar arquivos arquivos separados para cada página ou em um único arquivo
PDF que atendam plenamente às necessidades das impressoras high- PostScript, com as múltiplas páginas incluídas na seqüência direta
end. da numeração. No segundo caso, as páginas em branco (blank
Basicamente, com algumas poucas diferenças, trata-se dos mesmos pages) devem ser colocadas no documento de paginação da obra
procedimentos usados para gerar um PDF específico para uma gráfica e incluídas no arquivo PostScript.
com a vantagem de que é possível deixar a decisão para mais tarde, já :: Todos os elementos das páginas (inclusive imagens e ilustrações)
que esse arquivo PDF é "genérico" e pode ser enviado e aproveitado por devem utilizar somente cores CMYK, grayscale ou cores Spot
mais gráficas do que aquele criado especificamente para uma gráfica. (cores especiais) desde que claramente definidas e com espaço
de cor alternativo CMYK.
Evidentemente estamos falando de empresas que aceitam e estão aptas
(equipadas) a receber arquivos PDF "genéricos" (PDF/X) para pré- :: As marcas de corte (Crop marks ou Trim marks) devem
impressão e impressão digital. necessariamente ser incorporadas ao PostScript. Em aplicativos
que oferecem opção de personalização das marcas, elas devem
estar posicionadas a, no mínimo, 10 pontos tipográficos (3,5 mm)
Problemas para a área gráfica da borda do documento.
Dada a sua versatilidade de uso, o PDF tem capacidade de incorporar :: O formato do papel (Paper size ou Media size) definido na saída
elementos multimídia (sons, filmes, animações etc.), funções de do PostScript deve ser, no mínimo, 1 polegada (2,54 cm) maior
formulários (menus automáticos, campos para preenchimento etc.), que o tamanho de corte do documento nas duas dimensões, a
recursos de Internet e bancos de dados (hiperlinks e catalogação fim de abrir espaço para as marcas de corte e informações de
automática), sem contar anotações e comentários de revisão. página. Por exemplo: documentos 21 X 28 cm podem ser fechados
Todos esses recursos são desnecessários em um PDF destinado à num formato 23,54 X 30,54 cm ou maiores. O documento e as
impressão, e podem causar erros no processamento dos arquivos. marcas de corte devem estar centralizados no papel (horizontal
e verticalmente).

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:: Elementos gráficos posicionados nas bordas do documento devem
possuir sangria (bleed) de, no mínimo, 3 mm além da linha de
corte. Nos aplicativos em que a extensão da sangria precisa ser
definida no fechamento do arquivo, ela deve ser acertada para 3
mm, ou maior.
:: Os documentos devem ser fechados com marcas de corte
completas nos quatro cantos (sem o uso de páginas faceadas
(Spreads)).
:: Todas as fontes tipográficas utilizadas no documento -
preferencialmente do padrão PostScript Tipo 1 - devem ser
incorporadas ao arquivo PostScript.

Características que os arquivos PostScript não


podem ter:
:: Cores pré-separadas.
:: Descrições de impressora (PPD) de dispositivos específicos
(imagesetters, platesetters, impressoras digitais ou seus respectivos
RIPs).
:: Elementos com cores RGB, CIE-Lab ou cores indexadas (indexed
colors), como as encontradas em imagens do tipo GIF. Essas
imagens devem ser convertidas para o espaço CMYK antes do 3. Clique na opção Setup.
fechamento.
No campo Page Size escolha um formato que comporte o
:: Imagens pré-separadas, salvas no formato EPS DCS 1 ou DCS documento acrescido de um espaço para as marcas de corte e
2. registro. Note que, se o formato do seu documento for padrão
:: Imagens de baixa resolução para posterior substituição em (A4, Letter etc.), a maioria dos drivers de impressão disponibiliza
sistemas de OPI. formatos prontos (A4 Extra, Letter Extra etc.).
:: Perfis de cor (ICC Profiles) incorporados. Tanto as imagens CMYK Caso se trate de um formato personalizado, como é o caso deste
incluídas no documento como o próprio arquivo PostScript não anúncio, digite nos campos Width e Height valores para largura
devem possuir perfis incorporados (Embedded). e altura com aproximadamente 5 cm (valor usado neste exemplo)
:: Divisão de páginas em múltiplas folhas de papel. A opção de uso acima do formato final do arquivo.
de ladrilhos (Tiling) deve ser desabilitada no fechamento. Confirme se o valor 100% está selecionado nos campos Width
:: Páginas posicionadas lado a lado (Facing pages) unidas numa e Height e selecione Centred no campo Page Position.
única folha (Spread).
:: Marcas de sangria (Bleed marks) junto das marcas de corte.
Nos aplicativos que oferecem essa opção na geração do arquivo
PostScript, as marcas de sangria não devem ser incorporadas,
pois podem prejudicar a imposição eletrônica.
:: Fontes tipográficas padrão PostScript do Tipo 3, mesmo que
possam ser incorporadas ao PostScript.
1. Escolha o comando Print do menu File.
2. Nas opções General, no campo Printer, selecione a impressora
que seu prestador de serviços gráficos lhe forneceu ou
recomendou e no campo PagesI selecione as páginas que devem
ser incluídas no arquivo PostScript.
Caso você tenha atribuído a alguns elementos das páginas
a opção Nonprinting (por meio da paleta Attributes)
durante a construção do arquivo e depois não tenha
certeza de ter retirado esse atributo, marque a opção Print
Non-printing Objects e a opção Print Blank Pages para incluir
as páginas vazias no arquivo PostScript.

4. Clique na opção Marks and Bleed.


Marque a opção All Printer´s Marks, mas desmarque a
opção Bleed Marks. No campo Offset, digite um valor de
aproximadamente 3,5 mm (10 pt) para a distância das marcas
de corte e registro em relação aos limites da página.
Nos campos Bleed, digite um valor de sangria entre 3 e 5 mm
para os campos Top (superior), Botton (inferior), Left (esquerdo)
e Right (direito).

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5. Clique na opção Output.
7. Clique na opção Colour Management.
No campo Colour, selecione a opção Composite Leave Unchanged
ou Composite CMYK de acordo com as características do seu Escolha a opção No Colour Management.
arquivo e cores especiais.

8. Clique na opção Advanced.


Escolha a opção [High Resolution] no campo Preset para que
6. Clique na opção Graphics.
as áreas transparentes sejam rasterizadas na melhor qualidade
Na área Images, no campo Send Data, escolha a opção All a disponível.
fim de que os dados das imagens e ilustrações sejam enviados,
priorizando sua qualidade já definida.
Na área Font, no campo Download, escolha as opções Complete
e Download PPD Fonts para assegurar que todos os arquivos
das fontes utilizadas nesse documento sejam enviados dentro do
arquivo PostScript.
Escolha a opção Level 3 (ou de acordo com o nível de PostScript
disponível no seu prestador de serviços gráficos) no campo
PostScript e ASCII ou Binary no campo Data Format.

16
2a Etapa - Configuração do Distiller de acordo
9. Clique na opção Summary. com as normas PDF/X-1a
Revise de forma criteriosa as opções marcadas ou não neste

!
resumo. Pressione o botão Print.
Lembre-se de que as configurações a seguir, são sugestões dos
membros da comissão de estudos de pré-impressão da ABTG
(Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) da qual o autor do
livro faz parte.

Elas foram idealizadas para atender principalmente


aos prestadores de serviços gráficos dos segmentos
editoriais e promocionais e levando em conta uma média
das preferências das gráficas e editoras que atuam no
Brasil.
Por esta razão, não recomendamos o uso dos PDF
Settings "PDF/X-1a" que acompanham o Distiller 6 e 7.

! Usaremos as configurações sugeridas pela norma internacional


ISO 15930-1:2001 (PDF/X-1a:2001) que é compatível com o PDF
1.3.

10. No quadro de diálogo que se abrirá, vá para um diretório/folder


! Eventualmente, alguns valores podem ser modificados conforme
instruções específicas do fornecedor destinatário do arquivo
(prestador de serviços gráficos, editora etc.).
de sua preferência e digite o nome para seu arquivo PostScript.
Se o InDesign não o fizer, adicione a extensão ".ps" e pressione
o botão Salvar. 1. Abra o Acrobat Distiller.

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Distiller 6 Distiller 7

2. Escolha um PDF Settings entre as opções disponibilizadas, que servirá de base para a criação de uma nova.
3. Vá até o menu Settings/Edit Adobe PDF Settings. Configure o Distiller 6 e/ou 7 de acordo com as sugestões do autor.

Aba General

Distiller 6 Distiller 7

Aba Images

Distiller 6 Distiller 7

18
Aba Fonts

Distiller 6 Distiller 7

Aba Color

Distiller 6 Distiller 7

Aba Advanced

Distiller 6 Distiller 7

19
Aba PDF/X ou Standards

Distiller 6 Distiller 7
4. Pressione o botão Save As para guardar esse PDF Settings.

Se o seu prestador de serviços gráficos lhe fornecer o arquivo do PDF Settings já configurado, basta arrastar o arquivo para cima da interface
do Distiller para que ele seja instalado.

3a Etapa - Conversão do arquivo PostScript em um PDF/X-1a


O Acrobat Distiller, depois de configurado e com o PDF Settings definido, vai converter o arquivo PostScript num PDF.
1. Abra o Acrobat Distiller.
2. Arraste o arquivo PostScript para cima da interface do Distiller.

Distiller 6 Distiller 7
3. Aguarde até que o processo de conversão tenha sido finalizado.

20
Distiller 6

Distiller 7
4. Analise as mensagens da parte inferior da interface do Distiller para obter informações sobre a conformidade do PDF gerado em relação
à norma PDF/X-1a.

Uso da impressora Virtual Adobe 4. Pressione o botão Preferências.

PDF
Trata-se de uma boa alternativa aos outros procedimentos, mas ainda é
raramente recomendada pelos prestadores de serviços gráficos.
Usando essa impressora que é instalada junto com o pacote Adobe
Acrobat 6 e 7, um arquivo PostScript será gerado (um processo
transparente para o usuário) e automaticamente convertido pelo Acrobat
Distiller (de acordo com o PDF Settings selecionado) num PDF.

Este passo-a-passo é baseado no InDesign CS2 rodando sobre


o Windows XP. Se você usa outros aplicativos, versões ou em
sistemas operacionais diferentes, basta recorrer aos capítulos
de geração de arquivos PostScript.

1. Escolha o comando Print do menu File.


2. Nas opções General, no campo Printer, selecione a impressora 5. No campo Setup, escolha um dos PDF Settings que acabamos de
"Adobe PDF" configurar.
3. Pressione o botão Setup.

21
Caso você tenha atribuído a alguns elementos das páginas 7. Clique na opção Marks and Bleed.
a opção Nonprinting (por meio da paleta Attributes)
Marque a opção All Printer´s Marks, mas desmarque a
durante a construção do arquivo e depois não tenha
opção Bleed Marks. No campo Offset, digite um valor de
certeza de ter retirado esse atributo, marque a opção Print
aproximadamente 3,5 mm (10 pt) para a distância das marcas
Non-printing Objects e a opção Print Blank Pages se desejar ou
de corte e registro em relação aos limites da página.
precisar incluir as páginas vazias no arquivo PostScript.
Nos campos Bleed, digite um valor de sangria entre 3 e 5 mm
para os campos Top (superior), Botton (inferior), Left (esquerdo)
e Right (direito).

6. Clique na opção Setup.


No campo Page Size escolha um formato que comporte o
documento acrescido de um espaço para as marcas de corte e
8. Clique na opção Output.
registro. Note que, se o formato do seu documento for padrão
(A4, Letter etc.), a maioria dos drivers de impressão disponibiliza No campo Colour, selecione a opção Composite Leave Unchanged
formatos prontos (A4 Extra, Letter Extra etc.). ou Composite CMYK de acordo com as características do seu
arquivo e cores especiais.
Caso se trate de um formato personalizado, como é o caso deste
anúncio, digite nos campos Width e Height valores para largura
e altura com aproximadamente 5 cm (valor usado neste exemplo)
acima do formato final do arquivo.
Confirme se o valor 100% está selecionado nos campos Width
e Height e selecione Centred no campo Page Position.

9. Clique na opção Graphics.


Na área Images, no campo Send Data, escolha a opção All a
fim de que os dados das imagens e ilustrações sejam enviados,
priorizando sua qualidade já definida.
Na área Font, no campo Download, escolha as opções Complete
e Download PPD Fonts para assegurar que todos os arquivos
das fontes utilizadas nesse documento sejam enviados dentro do
arquivo PostScript.
22
Escolha a opção Level 3 (ou de acordo com o nível de PostScript 11. Clique na opção Advanced.
disponível no seu prestador de serviços gráficos) no campo
Escolha a opção [High Resolution] no campo Preset para que
PostScript e ASCII ou Binary no campo Data Format.
as áreas transparentes sejam rasterizadas na melhor qualidade
disponível.

10. Clique na opção Colour Management.


Escolha a opção No Colour Management ou outra opção, 12. Clique na opção Summary.
caso esteja trabalhando num ambiente com um sistema de
Revise de forma criteriosa as opções marcadas ou não neste
gerenciamento de cor implantado.
resumo. Pressione o botão Print.

23
13. No quadro de diálogo que se abrirá, vá para um diretório de sua
preferência, digite o nome para seu arquivo PDF e pressione o
Os recursos internos de exportação
botão Salvar. dos aplicativos
Já não é uma opção muito confiável, pois depende muito do aplicativo
e respectiva versão. As últimas versões do InDesign e do QuarkXPress
têm módulos de geração de PDFs bastante confiáveis, mas nem todos os
sistemas de pré-impressão e impressão digital reconhecem e processam
com perfeição arquivos gerados por esse método.
A principal vantagem é que é um sistema mais rápido e dispensa o uso
de aplicativos como o Distiller.
1. Escolha a opção Exportar do menu Arquivo. No quadro de
diálogo que se abrirá, vá para um diretório de sua preferência,
digite o nome para seu arquivo PDF e pressione o botão
Salvar.

2. No campo Adobe PDF Preset, selecione um dos PDF Settings que


acabamos de configurar. Nos campos Standard e Compatibility,
respectivamente, escolha a norma e a versão do PDF que deseja
gerar. No campo Pages selecione as páginas que devem ser
incluídas no arquivo PDF.
Caso você tenha atribuído a alguns elementos das páginas a
opção Nonprinting (por meio da paleta Attributes) durante a
construção do arquivo e depois não tenha certeza de ter retirado
esse atributo, marque a opção Non-Printing Objects.

24
3. Clique na opção Compression.

4. Clique na opção Marks and Bleeds.


Marque a opção All Printer´s Marks, mas desmarque a opção Bleed Marks. No campo Offset, digite um valor de aproximadamente 3,5
mm (10 pt) para a distância das marcas de corte e registro em relação aos limites da página.
Nos campos Bleed, digite um valor de sangria entre 3 e 5 mm para os campos Top (superior), Botton (inferior), Left (esquerdo) e Right
(direito).

25
5. Clique na opção Output.
No campo Colour Conversion, selecione a opção No Colour Conversion ou de acordo com as características do seu arquivo e cores
especiais.

6. Clique na opção Advanced. Escolha a opção [High Resolution] no campo Preset para que as áreas transparentes sejam rasterizadas na
melhor qualidade disponível.

26
7. Clique na opção Security. Recomendamos que não atribua nenhuma senha a esse PDF.

8. Clique na opção Summary. Revise de forma criteriosa as opções marcadas ou não neste resumo e pressione o botão Export.

27
PRÉ-IMPRESSÃO FERRAMENTAS

Texto

Uso de PPD Configurações do


genérico Distiller

Imagens bitmap

Layout final Arquivo Distiller


PostScript
Imagens
vetoriais

Exportação direta
Fontes

Construir ou comprar uma solução de


fluxo de trabalho digital da pré-impressão

Q
uando uma empresa procura uma
Em busca de maior qualidade solução para seu fluxo de trabalho
de pré-impressão, geralmente ela
tem por objetivo melhorar ou automati-
e produtividade, as gráficas zar apenas uma parte de todo o seu flu-
xo produtivo. Há, no entanto, empresas
procuram integrar os que vão além e procuram otimizar todo
seu processo de produção, da criação ao
acabamento; um preceito básico do Job
processos produtivos. Confira vDefinition Format (JDF).
Há duas maneiras para se construir
neste artigo o que há de novo uma solução de fluxo de trabalho de pré-
impressão: adquirir um sistema pronto de
um fornecedor ou implantar um sistema
em termos de manipulação do tipo “faça você mesmo” (Do It Your-
self - DIY).
inteligente de dispositivos Com uma solução “de prateleira”, um
único fornecedor provê a maior parte
dos componentes do fluxo de trabalho,
e ferramentas que visam a incluindo tanto aplicativos específicos
quanto dispositivos de saída.
otimizar o fluxo de trabalho da Como alguns sistemas prontos podem
apresentar um custo acima do orçamento
de pequenas empresas, as soluções podem
pré-impressão se tornar altamente onerosas e inviáveis.

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Preflight /
Certificação Impressão

Arquivo Arquivo passa pelo


PDF/X1-a RIP

Provas

Por Julie Shaffer e Joseph Marin

Entretanto, com um fluxo de trabalho  Manipular esse material para torná-lo ção de mais informações sobre cada passo e
de pré-impressão do tipo DIY, também é viável para impressão; a utilização dessas informações para geren-
possível obter as mesmas funções de um  Realizar a imposição, ou seja, posicio- ciar ou aperfeiçoar os procedimentos fora
sistema pré-fabricado. nar páginas para impressão e enca- do departamento de pré-impressão. O JDF
dernação; passou a ser o formato que armazena essa
Automatização é o grande desafio  Prevenir possíveis falhas de registro en- informação – hoje a maioria dos sistemas
A instalação de um fluxo de trabalho DIY tre as cores na impressão (trapping); pré-fabricados são compatíveis com JDF.
envolve a obtenção de todos os aplicati-  Gerar uma prova para simular para o Compilar dados sobre tintas/tinteiros das
vos individuais (além dos equipamentos cliente e/ou para o impressor aquilo máquinas impressoras por meio de um com-
de hardware) necessários para a produção que deverá ser reproduzido (prova fí- ponente do sistema de fluxo de trabalho e
de pré-impressão. A instalação de um flu- sica ou de monitor); enviá-los ao setor de impressão para redu-
xo de trabalho completo pode facilmente  Interpretar dados para impressão zir tempo é um exemplo dessas funções. An-
incluir produtos de seis ou mais diferen- no RIP; tes do JDF ser lançado, esta era uma parte de
tes fornecedores. O grande desafio, no en-  Gravar as fôrmas de impressão que alguns sistemas de fluxo de trabalho pré-fa-
tanto, é a automatização. A menos que a serão utilizadas na produção (quan- bricados, como o Prinergy, da Creo, e o Apo-
empresa possua um especialista na lingua- do for utilizado um processo analógi- gee, da Agfa, que utilizavam o Print Produc-
gem dos equipamentos e softwares, as di- co de impressão). tion Format (PPF), antecessor do JDF.
ferentes tarefas correm o risco de perma- Além desses passos essenciais, o fluxo Confira algumas soluções que podem
necer desconectadas. de trabalho deve contemplar funções de ser utilizadas para criar um fluxo de tra-
Independentemente da abordagem gerenciamento de requisições de clientes balho DIY. Primeiramente, veremos algu-
utilizada, os sistemas de automatização ou arquivos de trabalho (gerenciamento mas ferramentas voltadas para um segme
do fluxo de trabalho devem ser capazes de bens) e de manutenção desses arqui- nto específico do fluxo de trabalho (im-
de exercer tarefas básicas como: vos para uso futuro (arquivamento). posição, por exemplo). Em seguida, pas-
 Realizar o preflight, ou seja, inspecionar Cada vez mais, no entanto, a automati- saremos para produtos que reúnem dife-
o material desenvolvido pelo designer; zação do fluxo de trabalho envolve a obten- rentes processos em um só.

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Pré-impressão Ferramentas

tar as dimensões das páginas dos arqui-


vos PDF e adicionar marcas de corte. A
maioria das operações de pré-impressão,
no entanto, exige plug-ins e aplicativos
adicionais do Acrobat para preparar os
arquivos para a impressão.

Preflight e edição
Lançado em 1995, o FlightCheck foi a pri-
meira ferramenta digital a realizar o pre-
flight, ou seja, a conferência digital de ar-
quivos. Atualmente, o FlightCheck é um
dos poucos aplicativos que conferem ar-
quivos PDF fora do Acrobat. Ele também
realiza o preflight em mais de 40 forma-
tos de arquivo, inclusive documentos do
Microsoft Word.
Além das ferramentas básicas do
Acrobat, o Enfocus PitStop Professional é
Ferramenta Output Preview do Adobe Acrobat Professional
um dos plug-ins do Acrobat para a área
de pré-impressão mais utilizados para
realizar o preflight e a edição de PDFs.
PDF: O componente central Como utiliza perfis específicos dos dispo-
O PDF revolucionou o conceito de troca sitivos de saídas, o PitStop permite que
de arquivos tanto para entrega de material os usuários realizem o preflight de forma
gráfico digital quanto para divulgação de mais eficiente.
informações via Internet. O fluxo de traba- Um mesmo usuário pode ter uma sé-
lho DIY também pode ser chamado de fluxo rie de perfis para um trabalho usando
de trabalho PDF, pois este se tornou o “car- quatro cores de processo (CMYK), uma
ro-chefe” para troca de arquivos eletrônicos outra série para trabalhos em P&B, ou-
– praticamente todo aplicativo de editora- tra para um trabalho de duas cores e as-
ção eletrônica cria ou aceita arquivos PDF. sim por diante.
Um aplicativo digital fundamental para um O aplicativo também possui outras
fluxo de trabalho de pré-impressão do tipo funções de edição, como editar texto, em-
DIY é o Adobe Acrobat Professional. butir fontes e, uma das mais importantes
Com o lançamento do Acrobat 7, a para a impressão: adicionar sangrias nas
Adobe continua a atender às necessida- páginas. Sob acordos em OEM, o PitStop
des da indústria gráfica com a inclusão Professional também é embutido em mui-
da barra de ferramentas Print Production, tas soluções prontas para fluxo de traba-
que disponibiliza uma série de ferramen- lho, oferecendo ferramentas de preflight e
tas de pré-impressão em um único local. correção de PDF.
Nessa barra, a nova ferramenta Trap O Quite a Box of Tricks (QABOT), da Qui-
Típico fluxo de trabalho com prefligth do Enfocus Presets permite que o usuário defina os te, é outra opção de plug-in para o Acrobat
PitStop Professional
ajustes de trapping em um PDF sem a ne- que se presta a realizar tarefas de edição e
cessidade de utilizar um plug-in específi- correção. Com o QABOT, os usuários podem
co (isso exige que a impressão seja feita executar tarefas em um PDF como reduzir
do Acrobat para um Adobe RIP). o tamanho do arquivo e fazer a conversão
A ferramenta Output Preview permite a de cores de inúmeras formas, como conver-
visualização de espaços de cores diferen- ter textos para o preto e converter cores RGB
tes assim como a separação das mesmas (é para escala de gris. O QABOT também ofere-
possível exibir apenas as imagens RGB em ce o “Quite Revealing”, uma ferramenta que
um arquivo, por exemplo) e mostrar preci- permite que os usuários convertam determi-
samente os locais onde as cores ultrapas- nados elementos de um arquivo PDF, como
saram os valores máximos de carga de tin- o texto em uma determinada fonte.
ta (Total Area Coverage – TAC).
A ferramenta Preflight oferece opções de Como fazer imposição de forma mais fácil
FlightCheck Workflow, da Markzwarev criação de perfil mais fáceis do que as dispo- Imposição é uma “peça-chave” para a maio-
níveis no Acrobat 6. Há também a ferramen- ria dos fluxos de trabalho gráfico. Gran-
ta Convert Colors para mapeamento ou con- de parte das soluções de imposição suporta
versão de cores de uma área para outra. tanto PostScript quanto arquivos PDF, e al-
Além de definir a dimensão das pági- guns desses programas ainda importam, re-
nas, os usuários também podem aumen- alizam a imposição e enviam arquivos PDF

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sem qualquer conversão para PostScript. As
opções oferecidas no mercado são cada vez
mais versáteis e fáceis de usar.
A Creo, empresa pertencente à Kodak,
oferece o Preps, produto adquirido por
meio da ScenicSoft. O DynaStrip, solução
da Dynagram, também é um aplicativo de
imposição em destaque no mercado.
Os dois programas suportam entra-
da e saída de PDF. Ao preservarem a in-
tegridade dos arquivos PDF originais,
Apogee, da AGFA
esses aplicativos prometem evitar pro-
blemas com a transparência das cores e
outros empecilhos freqüentes no PostS-
cript, permitindo ao usuário a realiza-
ção de provas de monitor no Acrobat
(porque o resultado é um arquivo PDF
imposicionado).
O Quite Imposing e Quite Imposing
Plus, fabricados pela Quite, são plug-ins
para imposição direta no ambiente Acro-
bat. Ambos podem reordenar páginas, se-
parar ou juntar páginas pares e ímpares e
montar folhetos. O Imposing Plus ofere-
ce mais funcionalidade ao produto bási-
co, incluindo repetição de etapas, imposi-
ção manual e definição de sangrias.
Voltado apenas para a plataforma Win-
dows, o PDF Snake é mais uma extensão
Prinect, da Heidelberg para imposição que roda sob o Acrobat. Já
a última versão do Arts PDF Crackerjack
acrescentou imposição à separação de PDF
e às ferramentas de impressão.
O PDF Enhancer Professional, da
Apago, permite a imposição de arqui-
vos PDF, além da alteração do tamanho
e numeração de páginas, oferece supor-
te para perfis ICC, conversão de fontes,
correção de linhas e “hot folders” para
automatização.
A imposição com base em RIP tem
se mostrado mais eficiente em termos
de custo. O Xitron Navigator, por exem-
plo, uma versão mais barata do Harlequin
com base em RIP, oferece o Simple Impo-
sition (Imposição Simples).
Prinergy, da Kodak
Opções de Trapping
Você se lembra como aplicar trapping era
uma tarefa trabalhosa na pré-impressão?
Os operadores utilizavam as opções de
trapping dos aplicativos de layout para
aplicar a sobreposição (overprint) de tra-
ços em objetos vetoriais ou confiavam
nos aplicativos como o TrapWise (ainda
oferecido pela Creo).
Como já mencionado anteriormente,
a aplicação de ajustes em arquivos PDF
pode ser aperfeiçoada com a utilização
do recurso Trap Presets Tool, do Adobe
Acrobat Professional. Apesar dessa fer-
PDF Enhancer Professional, da Apago
ramenta não fazer os ajustes nos ele-

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Pré-impressão Ferramentas

da, basicamente, por softwares que podem


Faça a escolha certa ser encontrados em CDs ou via Internet.
É melhor montar ou comprar pronto um sis- combinação de conhecimento da equipe e do Grande parte das soluções de software­
tema de fluxo de trabalho? Antes de decidir, é suporte técnico. RIP exige uma quantidade de memória
importante levar em consideração os seguin- Ao ponderar as opções de fluxo de trabalho, considerável e discos rígidos espaçosos,
tes pontos: considere suas necessidades de rendimen- rápidos e confiáveis para alcançar a efi-
to em pré-impressão. Você é especializado ciência máxima. Assim, ao escolher uma
u Nível da habilidade técnica do departa- em pequenas tiragens e muitos trabalhos solução é preciso levar em conta esses
mento de pré-impressão; ou grandes tiragens e um número menor de custos no valor total do RIP.
u Suporte oferecido pelo fornecedor do trabalhos? Qual o grau de complexidade dos Muitos RIPs oferecem diferenciais do
produto; trabalhos? Você utiliza – ou pretende utilizar produto original com ferramentas de au-
u Necessidade (sua empresa processa 20 – um fluxo de trabalho com CtP? A combina- tomatização. O Xitron, por exemplo, ofe-
ou 200 trabalhos diários?); ção entre tráfego intenso de trabalho, arqui- rece o RIP Navigator 7, além do Naviga-
u Custo. vos mais complexos e necessidade de ve- tor RIP Manager, com automatização via
locidade para manter a produtividade exige hot folders e ferramentas de preflight.
A aquisição de componentes para mon- a eficiência de um sistema de fluxo de tra-
tar um fluxo de trabalho de pré-impressão balho pré-fabricado ou, no mínimo, um RIP Produtos para automatização do fluxo de
do tipo DIY exige uma equipe bem prepara- com vários processadores. trabalho
da. Com o suporte técnico do produto, uma Por fim, há a questão do custo. O ponto Os sistemas prontos de fluxo de trabalho
simples ligação pode resolver o problema se principal é “Você tem o que você paga”. facilitam uma série de tarefas durante a
você possuir um sistema de fluxo de produ- Além da automatização, eficiência e faci- produção, permitindo mudanças durante o
ção PDF pré-fabricado. lidade de utilização, muitos sistemas pré- processo com pouca ou nenhuma interfe-
Entretanto, se o suporte oferecido pelo seu fabricados incluem instalação dos equi- rência do operador. Alguns desses sistemas
fornecedor não for dos melhores, a vantagem pamentos e softwares, treinamentos e atingem certa automatização por meio de
da ligação será insignificante. Com um fluxo certificado de garantia do produto. Na hot folders. Em termos gerais, essas opções
de trabalho de pré-impressão DIY, solucionar verdade, cada empresa deve definir suas costumam automatizar apenas uma parte
qualquer problema com aplicações e intera- prioridades. Se você montar ou comprar, a do fluxo de trabalho.
ções é uma questão de “conserte você mes- automatização do fluxo de trabalho certa- A criação de PDF com base em hot
mo” (fix it yourself – FIY). Embora os usuá- mente vai aumentar a eficiência do proces- folders­ é uma das funções do Acrobat
rios do fluxo de trabalho DIY precisem recorrer so produtivo e, com isso, você pode alcan- Distiller, por exemplo. O Arts PDF Cra-
mais ao telefone, eles também contam com a çar o ponto principal do seu negócio. ckerjack vem com o módulo Pilot, uma
ferramenta automatizada para imposição,
separação e impressão de arquivos PDF
mentos de página de um PDF, ela cria diretamente do Acrobat.
uma série de instruções que serão aplica- Entre os sistemas mais voltados a am-
das no RIP. Vale destacar que essas ins- bientes industriais, vale o destaque para o
truções só serão aproveitadas em RIPs de Enfocus Pitstop Server, utilizado por mui-
tecnologia Adobe RIP. tas empresas para automatização total do
O Prinect Trap Editor, da Heidelberg, ­preflight e da edição de arquivos PDF. Outro
é outro plug-in que define as regras de sistema semelhante é o Process|Prepress,
aplicação de ajustes e permite a visuali- fabricado pela Callas. O produto converte
zação em tela das mesmas. arquivos EPS ou PostScript­ em PDF, reali-
Já o I-Trap, da Lucid Dream, pode za o preflight de arquivos PDF e os corrige
ser utilizado como um plug-in de RIP de quando necessário.
­tecnologia Harlequin. A Markzware oferece o FlightCheck
Workflow, outro aplicativo para automati-
Escolhas para RIP zação do fluxo de trabalho DIY. O fabrican-
A maioria dos RIPs disponíveis no mer- te integra o grupo que oferece aos clientes
cado atualmente tem como base a tecno-
logia licenciada Adobe RIP ou Harlequin,
embora haja algumas opções indepen-
dentes também.
Grande parte deles oferece ferramentas
de ajuste de trapping e pode trabalhar com
PostScript ou PDF. Como o PostScript não
“entende” transparências, e acaba se tornan-
do um item problemático no fluxo de traba-
lho, é necessário que ocorra o “achatamen-
Criação/
to” (flatten) da transparência dentro do RIP. Diagramação
Apenas alguns modelos de RIPs, como
o Harlequin Eclipse, podem fazer isso. A
maioria dos RIPs disponíveis hoje é forma-

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a chamada “solução pré-fabricada”, um vez mais, utilizam o JDF para controlar a
fluxo de trabalho adaptado e desenvolvido produção e estender o fluxo de trabalho por
em torno do FlightCheck Workflow. Esse todo o ambiente de pré-impressão.
grupo é chamado de Markzware Authori- O número de soluções desenvolvidas
zed Solution Providers (provedores de so- de forma independente vem crescendo ex-
luções autorizados pela Markzware). pressivamente, entre elas, a Dalim Twist,
que executa as mesmas tarefas citadas.
Fluxos de trabalho de pré-impressão pré- Uma das maiores vantagens desses
fabricados sistemas é que o simples processamen-
Muitas soluções para fluxo de trabalho to passa a ser distribuído entre as várias
disponíveis incluem a maioria das tarefas estações de trabalho e processadores, al-
mencionadas anteriormente: realização cançando resultados mais eficientes.
de preflight e provas de monitor, edição, Além disso, esse tipo de solução para
trapping, imposição, separação e arquiva- fluxo de trabalho pode comprimir arquivos
mento do trabalho. Com esses sistemas, a grandes para que o tráfego na rede diminua
maior parte da integração já foi feita. de forma significativa quando os arquivos
Muitas dessas soluções para fluxo de passam de uma estação para outra. Por últi-
trabalho em PDF têm como base a estrutura mo, a maioria dos sistemas opera na forma
do CPSI da Adobe, aceitam tanto PostScript cliente/servidor, permitindo que as estações
quanto PDF, criam PDFs para o controle do sigam para o próximo trabalho enquanto
fluxo de trabalho e dos processos e, cada os arquivos estão sendo processados.
Texto cedido e reproduzido com a autoriza-
ção da Revista American Printer

Julie Shaffer é diretora do PIA/GATF Cen-


ter for Imaging Excellence (www.gain.org).
Joseph Marin é tecnólogo sênior e instru-
tor em pré-impressão do PIA/GATF. Mais in-
formações podem ser obtidas pelos e-mails
jshaffer@piagatf.org e jmarin@piagatf.org.
Provas

Departamento Gravação Tradução: Vivian Pereira


de recepção de chapas
Adaptação Técnica: Luiz Ricardo Emanuelli
de materias
e Ricardo Minoru Hori

www.professionalpublish.com.br 2006 Edição 84 53

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INDÚSTRIA GRÁFICA
mercado

Fluxo de Trabalho Digital


Duas décadas de assombrosa inovação tecnológica mudaram completamente o modo de trabalho
da indústria gráfica. Nos últimos anos, o grande desafio tem sido integrar novas tecnologias em
um fluxo de trabalho simples, eficiente, seguro e totalmente digital. Hoje, todos os grandes fabricantes
do setor oferecem soluções completas de “digital workflow”, mas é cada vez mais difícil entender
as diferenças e particularidades de cada uma das soluções existentes.

urante séculos, o conceito de “fluxo de trabalho” em artes

D gráficas foi baseado nos processos mecânicos de produção


de originais, matrizes, matérias-primas e impressos – e no
seu deslocamento físico entre as diversas etapas e processos de
produção. As raras soluções “eletrônicas” que foram pouco a pouco
introduzidas em etapas do trabalho (fotocomposição, separações
de cores “a laser” etc.) surgiam para facilitar procedimentos isola-
dos e não tinham nenhuma integração entre si.
Esse quadro muda rapidamente a partir da década de 1980,
quando algumas inovações-chave – a interface gráfica dos micros
Macintosh, a linguagem PostScript de descrição de páginas, as
impressoras e imagesetters baseadas em laser e o aplicativo
PageMaker – colocam em cena o novo conceito de “editoração
eletrônica” (desktop publishing), transferindo para computado-
res “de mesa” compactos e relativamente baratos as tarefas de
diagramação, construção de páginas e geração de fotolitos. Numa
só tacada, diversas etapas do fluxo de trabalho convencional pas-
saram a ser realizadas dentro dos computadores, com uso de
arquivos digitais.
Os anos 90 foram dedicados a incorporar ao processo digital as
tarefas remanescentes. Rapidamente, os trabalhos de retoque e
tratamento de imagens, separação de cores, produção de fotolitos
em policromia e geração de provas de cor passaram a ser realizados
digitalmente, sem necessidade de materiais intermediários. Na
segunda metade dessa década, o surgimento das primeiras impres-
soras digitais de alta capacidade e dos sistemas de gravação direta de
chapa CTP (Computer-to-Plate) empurrou a digitalização dos pro-
cessos até o chão de fábrica das indústrias gráficas, dando origem
ao conceito de “fluxo de trabalho inteiramente digital”.

38 www.professionalpublish.com.br | Novembro/Dezembro 2002


INDÚSTRIA GRÁFICA
mercado

A partir de então, a atenção dos desenvolvedores de equipamentos A Agfa foi a primeira grande empresa a acreditar e investir no novo
e softwares se concentrou na busca de soluções para integrar todas as formato, em parceria com a Adobe. No início de 2000, a parceria
etapas de trabalho em sistemas consistentes, seguros e fáceis de apresentou os primeiros resultados convincentes: a versão 1.3 do for-
gerenciar. Tarefas adicionais – como a montagem eletrônica de cader- mato PDF (apresentada junto com o Adobe Acrobat 4.0) passou a
nos (“imposição”) e as rotinas de verificação de arquivos (“preflight”) incorporar as principais exigências do mercado e todos os grandes fa-
– tiveram de ser rapidamente incorporadas a esses novos sistemas de bricantes do mercado viram-se obrigados a integrar em algum nível solu-
“digital workflow”, na maior parte dos casos por meio da integração ções baseadas em PDF aos seus sistemas de fluxo de trabalho. Como
de soluções desenvolvidas por pequenas empresas especializadas em conseqüência, o formato PDF transformou-se na principal “plataforma
software para uso gráfico. comum” a permitir intercâmbios de dados entre diferentes ferramentas
Na virada do século XXI, quando as coisas finalmente pareciam e sistemas de workflow.
bem encaminhadas, o setor gráfico foi obrigado a redirecionar seus No entanto, o uso de arquivos PDF no fluxo de trabalho gráfico está
esforços. Duas promissoras novidades – surgidas em áreas não direta- longe de ser um mar de rosas. É preciso muito cuidado e um grau elevado
mente relacionadas ao setor gráfico – lançaram novos desafios aos de conhecimento técnico para gerar e manusear corretamente esses ar-
desenvolvedores dos sistemas de workflow: a tecnologia de “formato quivos, já que alguns problemas específicos ainda não foram devidamente
documento portátil” PDF (Portable Document Format) da Adobe e a solucionados. Hoje, o mercado tenta contornar essas limitações por meio
revolução nos sistemas de comunicação global, liderada pela Internet. da criação de “padrões restritos” do formato para uso gráfico: os “subsets”
PDF/X (veja mais informações sobre esses padrões na Publish nº 61).
Documentos Portáteis PDF
Pode parecer estranho, mas a invenção do formato PDF não teve nada Facilidades da Rede Mundial
a ver com as necessidades do fluxo de trabalho gráfico. A idéia que deu Ao mesmo tempo em que o PDF se consolidava como formato padrão,
origem ao desenvolvimento dos arquivos portáteis pela Adobe estava outra grande revolução tecnológica mundial iria alterar definitivamen-
relacionada aos processos de automação corporativa e ao conceito de te o perfil dos sistemas de workflow gráfico. A disseminação do uso da
“escritórios sem papel”. Nesse sentido, o PDF era um modo de permitir Internet – considerada até meados dos anos 90 apenas como uma
que qualquer arquivo – criado em um aplicativo especializado em uma curiosidade do mundo acadêmico – mudou em poucos anos a maneira
determinada plataforma – pudesse ser distribuído para diversos setores como as empresas se relacionam com clientes e fornecedores. A recen-
e visualizado corretamente por funcionários que não dispõem do mes- te popularização dos meios de acesso “banda larga” ampliou ainda mais
mo software em seus computadores. Com isso, elimina-se a necessida- as possibilidades de intercâmbio digital de informações e arquivos, e os
de de imprimir e distribuir os documentos em papel. sistemas de fluxo digital tiveram de se adaptar a essa nova realidade.
Por exemplo: um anúncio criado em micros Macintosh com Os arquivos PDF, compactos e estáveis, revelaram-se particular-
aplicativos Illustrator, FreeHand ou QuarkXPress pode ser transforma- mente adequados à troca de arquivos via rede mundial e a Adobe
do em PDF e distribuído para revisão e aprovação para diversas pessoas novamente atendeu às demandas do mercado incorporando no pacote
que usam micros PC – e não possuem nem os aplicativos nem as fontes Acrobat 5 diversas funções que facilitam seu uso em sistemas de fluxo
tipográficas usadas na criação da página. O mesmo vale para planilhas de trabalho colaborativos (collaborative workflows), nos quais podem
de Excel, plantas em sistemas CAD, ilustrações, fotos etc. Virtualmen- interagir dezenas de pessoas, em rede local ou remota. Por outro lado,
te, tudo o que pode ser impresso é passível de ser transformado em a evolução dos sistemas de prova digital de baixo custo (impressoras
arquivos PDF: os conversores “Distiller” da Adobe transformam os laser ou jato de tinta associadas a aplicativos de gerenciamento de
dados PostScript que seriam enviados à impressora em um arquivo cores) tornaram possível a geração remota de provas de cor de contrato
portátil no novo formato PDF, que pode ser facilmente visualizado por (contract proofs), removendo as últimas barreiras ao atendimento de
meio do Acrobat Reader, um software de distribuição gratuita. clientes à distância.
Não demorou muito para que os técnicos da área gráfica enxer- Hoje, a grande maioria das soluções de workflow prevê o recebi-
gassem potencialidades adicionais nos documentos PDF. O concei- mento e/ou envio de arquivos via redes remotas, o acompanhamento e
to de reunir num único arquivo – compacto, estável e independente controle à distância do andamento dos trabalhos e a geração de algum
de plataforma – todas as informações das páginas de editoração tipo de provas remotas. Em muitos casos, esses serviços podem ser
eletrônica caía como uma luva nos requisitos dos desenvolvedores gerenciados a partir de “browsers” comuns (Internet Explorer, Netscape,
de sistemas de fluxo de trabalho digital. Era preciso, no entanto, que etc.) sem necessidade da instalação de aplicativos especiais nas máqui-
fossem realizados diversos aperfeiçoamentos no formato PDF origi- nas dos clientes. Com isso, o número potencial de clientes que podem
nal para que ele se adequasse aos exigentes requisitos de qualidade da ser atendidos por qualquer empresa da área gráfica (com custos razoá-
produção gráfica profissional. veis) foi enormemente ampliada.

40 www.professionalpublish.com.br | Novembro/Dezembro 2002


André Borges Lopes Cláudio Fahr

Por outro lado, a expansão do papel da Internet no mercado de 3 Verificação


publicação editorial (publishing) está forçando as empresas do setor Independente da empresa receber dos clientes trabalhos “abertos”
a desenvolver sistemas de trabalho que permitam a utilização de um (arquivos dos aplicativos de editoração eletrônica), “fechados” no
mesmo conteúdo (textos, imagens, gráficos, etc.) em diversas mídias. formato PostScript ou já em PDF, é preciso haver um sistema de
Daí a crescente atenção que as tecnologias voltadas à automatização verificação da integridade e da adequação desses arquivos. Isso pode
do reaproveitamento de conteúdo – normalmente baseadas em lin- ser feito por um aplicativo especialmente desenvolvido ou, o que é
guagem XML (eXtensible Markup Language) – ganham nos siste- mais comum, com o uso de alguma ferramenta “de mercado”. So-
mas de fluxo de trabalho da área gráfica. luções como o Markzware FlightCheck e o Extensis PreFlight Pro
podem verificar qualquer tipo de arquivo. Já o Callas PDF-Inspector
Soluções Modulares e o Enfocus PitStop (esse último também oferecido em uma pode-
Seguindo os padrões e as tendências mais atuais do mercado, não é rosa versão para servidor) estão restritos à verificação de arquivos
difícil definir as características que um moderno sistema de workflow em formato PDF. A própria Adobe chegou a disponibilizar uma
gráfico deve possuir. Na prática, a grande maioria das soluções ofere- solução própria, o Acrobat InProduction, que foi descontinuado
cidas hoje pelos grandes fabricantes do setor repousa na integração na versão 1.0.
de uma série de aplicativos modulares, que cumprem tarefas especí-
ficas no processo. São eles: 4 Ajustes e correção
Caso o arquivo PDF apresente algum problema ou incorreção, há
1 Conversão duas possibilidades: o processo é reiniciado com a geração de um
A maioria dos sistemas modernos de workflow dá preferência ao novo arquivo corrigido no aplicativo original, ou as modificações
trabalho com arquivos PDF. Por isso, os arquivos “abertos” preci- necessárias podem ser executadas no próprio PDF com uso de algu-
sam ser transformados em PostScript e os arquivos PostScript de- ma ferramenta de correção. O Adobe Acrobat completo – ao con-
vem ser convertidos em PDF. A ferramenta básica dessa conversão trário da versão gratuita “Reader” – pode ser usado para fazer peque-
é o Acrobat Distiller da Adobe (um interpretador de PostScript nas alterações nos textos e imagens dos arquivos PDF, mas seus
nível 3) ou sua variante – o Normalizer da Agfa. Os grandes fabri- recursos (embora ampliados na versão 5), são muito restritos. Com
cantes costumam oferecer soluções baseadas nesses aplicativos, o fim do InProduction, as opções recaem sobre o já citado PitStop
freqüentemente incrementadas com plug-ins e funções adicionais Professional, o QaboT (Quite a box of Tricks) da Quite Software e
exclusivas. No entanto, há no mercado bons conversores alternati- o PDF Toolbox da Callas, com os quais é possível fazer alterações
vos – como o Jaws PDF Creator da Global Graphics – e até mesmo nas cores, substituição de fontes, modificações nos formatos das
soluções shareware, mas a confiabilidade do PDF gerado pode páginas, entre outras mudanças.
ser discutível.
5 Montagem.
2 OPI Uma das tendências mais fortes na área de pré-impressão nos últi-
O aumento da capacidade de armazenamento dos computadores, a mos anos foi a substituição da montagem de cadernos (imposição)
crescente velocidade das redes e a maior eficiência dos formatos manual por sistemas digitais. Com isso, é possível produzir fotolitos
compactados de imagens permitem nos dias de hoje um trabalho de grande formato com as páginas já posicionadas para a impressão
relativamente tranqüilo com imagens de alta resolução. No entan- (em sistemas Computer-to-Film) ou até mesmo as próprias matrizes
to, algumas empresas que lidam com grandes quantidades de ima- de impressão já gravadas (em sistemas Computer-to-Plate). Ferra-
gens (como as editoras de livros e revistas) não abrem mão da agili- mentas para executar esse tipo de trabalho em arquivos PostScript
dade conferida por um bom sistema de OPI (Open Prepress ou “rasterizados” (veja o quadro Vector X Raster) já existem há anos,
Interface), com o qual todo o trabalho de paginação pode ser feito e algumas delas são bem conhecidas, como o Preps, da Scenic Soft.
usando imagens de baixa resolução (low-res) que são automatica- A consolidação do formato PDF como base do fluxo de trabalho
mente substituídas pelas equivalentes “de alta” (hi-res) apenas no gráfico alterou significativamente esse mercado. As ferramentas tra-
final do processo. Por isso, boa parte dos melhores sistemas de dicionais passaram a aceitar o novo formato, mas diversos fabrican-
workflow digital oferecem integração com módulos de OPI. tes desenvolveram soluções de imposição PDF-PDF (os arquivos
de páginas PDF são montados e geram um novo PDF no formato
final imposicionado) a custos bem mais baixos, como é o caso
do Dynastrip da Dynagram ou o Imposing Plus, da Quite, dentre
vários outros.

www.professionalpublish.com.br 41
INDÚSTRIA GRÁFICA
mercado

6 Provas de cor 9 Metadados e automação


Sistemas de fluxo de trabalho “inteiramente digitais” não se rela- Uma das grandes vantagens dos sistemas integrados de fluxo de
cionam bem com provas de cores convencionais como prelos, trabalho é a capacidade de inserir nos arquivos diversas informações
Cromalins, MatchPrints etc. Mesmo em sistemas baseados em pertinentes ao serviço em andamento. Usando o recurso job ticket
fotolito (CTF), é complicado gerar provas de cor a partir de filmes do formato PDF, é extremamente fácil inserir metadados nos arqui-
em grande formato. No caso dos sistemas CTP, esses fotolitos vos, com opções de acabamento, especificações de matéria prima e
sequer existem. Assim, os sistemas de workflow digital pressu- até mesmo instruções para faturamento e entrega do produto final.
põem o uso de provas de cor geradas diretamente dos arquivos Nos sistemas mais modernos isso é feito em linguagem XML, num
digitais, por meio de impressoras coloridas. Há diversas tecnologias padrão da indústria gráfica conhecido como JDF (Job Definition
de provas de cor digitais confiáveis e as mais sofisticadas – e caras Format). Numa etapa mais avançada do fluxo de trabalho, pode ser
– chegam a reproduzir com perfeição os pontos das retículas que importante transferir eletronicamente para as máquinas de impres-
serão impressas no produto final. Opções mais simples e baratas são e acabamento informações como carga de ajuste de tinteiro,
costumam ser baseadas em impressoras jato de tinta gerenciadas posição das dobras e refiles, o que é conseguido com uso de sistemas
por um aplicativo que reúne capacidade de RIP e gerenciamento e equipamentos que dão suporte aos padrões de transferência CIP3
de cores – que permite às impressoras, simular com precisão os ou CIP4.
resultados que serão conseguidos em cada tipo de processo de
impressão e papel empregados. Há soluções independentes bas- 10 Acompanhamento e controle
tante conhecidas no mercado – como o Best Color e o Oris Color Por fim, um sistema moderno de workflow digital deve permitir um
Tuner que podem usar impressoras como Epson e HP – e outras fácil acompanhamento dos trabalhos em andamento, além de
tantas vinculadas a fabricantes tradicionais de sistemas gráficos, gerenciar o tráfego e o armazenamento de um grande volume de
como a Kodak Polychrome, Scitex, DuPont, Agfa etc. dados e arquivos digitais. Algumas soluções disponíveis no mercado
possibilitam que esse acompanhamento seja feito via rede local ou
7 Saída e RIP remota (Internet) com uso de browsers padrão, normalmente com
Todos os sistemas de workflow digital permitem diversas opções uso de pastas automatizadas (hot folders) e ícones que mudam de
de saída final dos arquivos, seja em fotolito (CTF), em matriz aparência (esses recursos estão disponíveis nas soluções Delano e
gravada (CTP) ou mesmo em impressão digital direta. Para isso, Apogee da Agfa, Prinergy da Creo e Prinect da Heidelberg, entre
esses sistemas contam com módulos de impressão (saída) e uma outras). Em alguns casos, os sistemas permitem até mesmo que pes-
ou mais opções de software de interpretação RIP (Raster Image soas autorizadas façam à distância correções de última hora e/ou
Processor) dos arquivos PDF (veja o quadro Raster X Vector). insiram comentários e instruções de produção. Já o gerenciamento
Como a interface de saída do Adobe Acrobat é bastante precária, dos dados digitais (data asset management) garante a segurança e a
ou os sistemas disponibilizam ferramentas proprietárias para essa integridade das informações que estão sendo manuseadas, bem como
tarefa ou lançam mão de soluções de mercado, tais como as ex- seu correto arquivamento de forma racional e ordenada.
tensões (plug-ins) do Acrobat Crackerjack, da Lantana, ou Output
Pro, da Callas. Quanto à solução de RIP, é fundamental que tenha Um Tipo de “Commodity”?
plena compatibilidade com o equipamento de saída final Como se vê não há grandes segredos na construção de um sistema de
(imagesetter, platesetter ou impressora digital). controle de fluxo de trabalho digital para a área gráfica. Além disso, boa
parte das ferramentas necessárias está à venda no mercado, e um
8 Trapping profissional com bom conhecimento técnico pode reuni-las em “pa-
O fluxo de trabalho precisa ter capacidade de aplicar efeitos de cotes integrados” que atendam aos requisitos da sua empresa ou dos
encaixe de tintas (trapping) nos arquivos, já que a maioria dos seus clientes. Até mesmo os grandes fabricantes lançam mão desse
arquivos PDF atuais não possui o trapping pré-aplicado. Nos RIPs recurso na montagem das suas soluções: uma parte dos sofisticados
compatíveis com PostScript nível 3 isso pode ser obtido com o uso sistemas integrados de workflow Prinergy e Apogee são baseados no
do recurso InRIP trapping da Adobe ou o EasyTrap da Harlequin licenciamento de ferramentas de terceiros, que também podem ser
para aplicação de trapping simultaneamente à interpretação dos compradas isoladamente no mercado.
arquivos – o que é uma boa solução, embora pouco flexível. Recur- Uma comparação direta de números pode levar a crer que a monta-
sos mais poderosos são disponibilizados em plug-ins de Acrobat gem “por conta própria” de um sistema de workflow é mais vantajosa
como o Supertrap da Heidelberg e o Supertrap Plus da Creo, que financeiramente que a aquisição da solução pré-integrada de um só
permitem ajustes personalizados. fabricante. No entanto, essa opção pode esconder algumas armadilhas,

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como a necessidade de licenças adicionais de software para uso simultâ- Busca de Nichos de Mercado
neo das ferramentas, em especial no caso de empresas grandes. Já nas Diante desse quadro, resta aos fabricantes diferenciar seus produtos de
pequenas e médias empresas, é preciso considerar que a integração de acordo com o tipo de cliente que desejam atender. Afinal, o mercado
soluções de mercado é um processo lento e complicado, que irá exigir gráfico é bastante diferenciado, seja no porte das empresas, seja no tipo
mão-de-obra de elevado nível técnico e paciência para lidar com os de trabalho em que elas se especializam. Como sua estrutura é baseada
inevitáveis problemas de compatibilidade. em ferramentas modulares, a maior parte dos sistemas integrados de
O principal problema das soluções pré-integradas, no entanto, re- workflow costuma ser comercializada na forma de “pacotes de funções”
pousa na crescente dificuldade encontrada pelos fabricantes em dife- independentes: ou seja, o cliente pode adquirir apenas aquelas ferramen-
renciar os seus produtos aos olhos dos potenciais compradores. Afinal, tas que lhe interessam. Apesar disso, dificilmente uma única solução de
todas as soluções se propõem a fazer exatamente a mesma coisa e workflow consegue ser perfeitamente adequada tanto para uma grande
muitas delas compartilham exatamente as mesmas ferramentas. Um editora de revistas quanto para uma pequena indústria de embalagens.
artigo de George Alexander, publicado recentemente no conceituado Os fabricantes internacionais de equipamentos gráficos e de pré-
boletim norte-americano The Seybold Report, constata uma tendência: impressão, por exemplo, oferecem ao mercado sistemas de fluxo de
“o software de fluxo de trabalho está se transformando em commodity”. trabalho voltados às indústrias gráficas de grande porte, que lidam com
Para os menos acostumados ao jargão do mercado financeiro, o termo enormes volumes de trabalho. Essas soluções foram desenvolvidas para
commodity é utilizado para denominar produtos que têm preço desig- alimentar com um fluxo contínuo de cadernos montados uma ou mais
nado por uma cotação genérica, independente de quem o produz, tais das grandes platesetters ou imagesetters de alta capacidade oferecidas por
como café, soja, minérios, aço e cimento. esses fabricantes. São exemplos dessas soluções os já citados Apogee,

Novembro/Dezembro 2002 | www.professionalpublish.com.br 43


INDÚSTRIA GRÁFICA
mercado

Prinergy e Prinect, além do TrueFlow (Dainippon Screen) e do FastLane


(Esko Graphics). Raster X Vector
As indústrias gráficas que preferem equipamentos e soluções alter- O processo de transformação de uma “página virtual” – construída em um aplicativo
nativas às dos grandes fabricantes, também encontram boas soluções de editoração eletrônica (PageMaker, QuarkXPress, CorelDRAW, etc.) – em uma “pá-
de workflow, tais como o Dalim Twist e o SpeedFlow, produzidos pelas gina real” impressa em papel passa por diversas etapas intermediárias. Normalmen-
empresas alemãs Dalim Software (representada no Brasil pela Eletronic te, o primeiro passo é o chamado “fechamento do arquivo”: a transformação de todos
Imaging Integration) e OneVision (representada pela SRS Equipa- os elementos da página (textos, fontes tipográficas, fotos, desenhos, layout etc.) num
mentos Gráficos). conjunto de instruções cuidadosamente codificadas numa sofisticada linguagem de
Há ainda produtos direcionados a nichos mais específicos do merca- computador conhecida como PostScript (para entender melhor o que é um arquivo
do, como o Nexus da Artwork Systems, especialmente adequado ao PostScript, experimente “ler” um pequeno PS fechado em um editor de texto como o MS
mercado de embalagens (a Artwork promete para 2003 o Odyssey, um Word. Você ficará surpreso com o que vai ver!).
novo sistema direcionado às gráficas comerciais). Já outros fabricantes Nos arquivos PS costumam estar codificados diversos tipos de imagens á base de
desenvolvem sistemas de workflow especialmente voltados para edito- mapas de pixels (desenhos a traço, fotos PB e fotos coloridas), informações em formato
ras e empresas de pré-impressão: é o caso do Oris Works, da CGS texto e também elementos vetoriais (tais como os desenhos de Illustrator, FreeHand,
Publishing Technologies e do Prinergy Publish da Creo. É possível CorelDRAW e também as fontes tipográficas). Por isso, dizemos que os arquivos PS são
encontrar até mesmo sistemas especificamente direcionados às gráficas híbridos vetor/bitmap. O dispositivo de saída que recebe o arquivo (impressora,
digitais de conveniência, como o Velocity One Flow da EFI. imagesetter ou platesetter) deve ser capaz de interpretar corretamente cada uma dessas
instruções e transformar todos esses elementos em uma imagem da página em alta
resolução, que será usada para pintar o papel ou sensibilizar os fotolitos ou chapas.
Quem executa esse trabalho é um software especializado conhecido como RIP
Conclusão (Raster Image Processor), que executa duas tarefas básicas. A primeira é conhecida
A aquisição ou montagem de um sistema adequado de gerenciamento como “rasterização” (derivado do termo inglês raster) e consiste na decodificação das
do fluxo de trabalho é um dos maiores desafios dessa década para as complexas instruções PostScript e transforma cada página em um ou mais arquivos
empresas gráficas e de pré-impressão. Se, por um lado, não faltam boas interpretados, constituídos unicamente por imagens a base de pixels (a traço ou com
soluções no mercado, por outro é cada vez mais difícil perceber as sutis meios-tons). É nessa etapa que, eventualmente, podem surgir os erros de interpreta-
diferenças entre sistemas muito semelhantes que, freqüentemente, até ção de PostScript, as substituições de fontes tipográficas, o desaparecimento de ob-
mesmo compartilham algumas das suas ferramentas. jetos, dentre outros problemas.
Para a empresa gráfica que está adquirindo um novo sistema de CTP A segunda etapa, conhecida como “renderização” (do termo inglês render) con-
de grande porte, ao custo de centenas de milhares de dólares, é normal que siste em transformar todos esses elementos em arquivos de imagem a traço (preto ou
faça sentido a compra em conjunto de uma solução integrada de workflow branco) de altíssima resolução (entre 1200 a 3800 dpi nas saídas profissionais em
do mesmo fabricante dos equipamentos. O mesmo não se aplica, no fotolito ou chapa) conhecidos como “TIFF de 1 bit” que servem de base para a gravação
entanto, àqueles que estão comprando imagesetters ou platesetters de das matrizes de impressão. Nessa etapa, os meios-tons são transformados nas retículas
fabricantes menores (que não costumam oferecer sistemas de workflow de impressão – seguindo as instruções de lineatura, formato de ponto e inclinação
próprios) ou mesmo às empresas que já possuem essas máquinas e querem fornecidas pelo operador – de acordo com as características e capacidades dos RIPs.
apenas modernizar seu controle do fluxo de trabalho. Todo fluxo de trabalho, em algum momento, precisa converter os arquivos codifi-
Nesses casos, é importante realizar uma extensa e cuidadosa pesqui- cados híbridos (raster/vector) em arquivos apenas de imagem (raster). As soluções de
sa, a fim de encontrar as soluções que – além de serem compatíveis com digital workflow oferecidas no mercado variam muito em relação ao momento em que
os equipamentos – sejam adequadas à realidade de trabalho e ao orça- isso é feito, e certas soluções executam algumas etapas do processo com arquivos
mento de cada empresa. A tendência de especialização dos fabricantes, intermediários (já rasterizados, mas não renderizados). Os arquivos “raster/vector”
que hoje buscam conquistar fatias de mercado com necessidades especí- são menores, mais fáceis de lidar e tem maior flexibilidade para ajustes e correções. Por
ficas, pode facilitar muito essa tarefa. outro lado, quanto antes se converte os arquivos em raster puros, mais cedo se detec-
É sempre bom lembrar que aos mais corajosos resta a alternativa de tam eventuais incorreções e erros de interpretação do RIP.
montar “peça-a-peça” um sistema próprio de workflow, lançando mão Os arquivos PDF convencionais também são híbridos (raster/vector), mas tem
das inúmeras ferramentas isoladas disponíveis no mercado. Essa opção uma vantagem sobre o PostScript. Como a conversão do PS para PDF é feita com ajuda
requer tempo, paciência e um elevado grau de conhecimento técnico de um tipo de RIP (o Distiller ou equivalente), as instruções PostScript já foram pré-
dos envolvidos na montagem, mas pode – em alguns casos – resultar interpretadas e boa parte dos erros pode ser detectada já no arquivo PDF. Esse arquivo,
numa significativa economia de recursos e em uma solução especial- no entanto, terá de ser interpretado novamente pelo RIP principal do fluxo de trabalho
mente adequada às necessidades específicas da sua empresa. para dar origem a arquivos “raster” puros que geram as matrizes de impressão.

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Adobe Esko Graphics
www.adobe.com.br www.eskographics.com
Tel.: 0800-161-009 Intergráfica - Tel.: (11) 5522-5999

Agfa Extensis
www.agfa.com.br www.extensis.com
Tel.: (11) 3266-3263 Katalogo Tel.: (11) 5549-6599

Artwork Heidelberg
www.artwork-systems.com www.heidelberg.com.br
Tel.: (47) 422-1620 Tel.: (11) 3746-4450

Callas HP Brasil
www.hp.com.br
www.callas.de
Tel.: 0800-157-751

CGS Lantana
www.cgs.de
www.lantanarips.com
SpaceCor - Tel.: (11) 11 5561 7608

Creo Markzware
www.creo.com www.markzware.com
Alphaprint - Tel.: (11) 3816-4747 Soma Informática Tel.: (51) 3337-6311

Dalim Quite
www.dalim.com
www.quite.com
Eletronic Imaging Integration - Tel.: (11) 3872-5912

Dynagram Scenic
www.dynagram.com/ www.scenicsoft.com

EFI Screen
www.efi.com www.screenusa.com
Tel.: (11) 3266-3263 T&C - Tel.: (11)3819-8520

Enfocus One Vision


www.onevision.com
www.enfocus.com
SRS Equipamentos Gráficos Tel.: (11) 3873-0377

Epson do Brasil
www.epson.com.br
André Borges Lopes
Tel.: (11) 4196-6350 (andrelopes@bytestypes.com.br) é produ-
tor gráfico, consultor em artes gráficas pela
Bytes & Types e instrutor na Graph Work.

Cláudio Fahr (fahr@graphwork.com.br)


é coordenador técnico da Graph Work
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PROCESSO André Borges Lopes
WORKFLOW DIGITAL ..... PREPRESS ..... PRINT PUBLISHING ..... GERENCIAMENTO DE CORES

Soft Proofs e
Remote Proofs:
quem aprova essas novas provas?

A utilização de impressoras
digitais, monitores calibrados
e sistemas remotos para a
produção de provas de cor vem
ganhando terreno e muitos
adeptos, especialmente entre os
profissionais da área de criação.
Mas até que ponto o mercado
está pronto para aceitar essas
inovações?

A o contrário do que acontecia até há


poucos anos, convivem hoje no mercado
inúmeros tipos de prova de cor: provas
convencionais criadas a partir dos fotolitos, provas
digitais geradas diretamente dos arquivos de
Maio/Junho 2001
editoração eletrônica e até mesmo provas “virtuais”,
baseadas na pré-visualização dos impressos nos
monitores de computador. DO PRELO AO SOFT PROOF
A evolução dos sistemas automatizados de 1. Prova de prelo
gerenciamento de cores, associados a computadores É o mais tradicional dos sistemas de prova e ainda
pessoais cada vez mais poderosos, está transforman- conta com uma legião de admiradores. Baseia-se em
do em realidade o sonho de visualizar com precisão pequenas impressoras offset manuais ou semi-
no monitor o resultado final de um produto impres- automáticas (os “prelos”), que tentam reproduzir
so. Além disso, essas novas tecnologias tornam as características das grandes impressoras industriais.
possível a produção de provas de cor à distância, Para fazer uma prova de prelo é preciso gerar o
reduzindo a necessidade de tráfego em papel entre fotolito e gravar um jogo de chapas, o que gera custos
clientes, produtores e gráficas. Para se orientar nesse e demanda tempo.
universo de opções, é preciso entender as característi- Como são utilizadas tintas e papéis reais, o prelo
cas de cada tipo de prova. reproduz de modo fiel a aparência do impresso final, 51

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PROCESSO

mas – apesar da boa fama – sua confiabilidade 3. Provas em impressoras digitais.


cromática é bastante limitada, já que o prelo permite Com a popularização dos sistemas de editoração
WORKFLOW DIGITAL ..... PREPRESS ..... PRINT PUBLISHING ..... GERENCIAMENTO DE CORES

que as cores sejam ajustadas (pela variação da carga eletrônica em cores a partir da segunda metade dos
ou por alterações nas tintas) de um modo impossível anos 90, cresceu a necessidade de produzir provas de
de ser reproduzido na gráfica. Tem como pontos cor diretamente a partir de arquivos digitais, sem uso
fortes a possibilidade de tirar diversas cópias a baixo de fotolitos. Inicialmente, as tentativas de utilizar
custo e a facilidade de ser produzido com o uso de impressoras coloridas “de mesa” para gerar provas
cores especiais e papéis diferenciados. de cor só ofereciam bons resultados com o uso de
equipamentos de tecnologia dye-sublimation, que
2. Provas convencionais de laminação. conseguem imprimir as variações de cor sem emprego
As primeiras alternativas bem-sucedidas aos prelos de retícula (tom contínuo). Dois exemplos de impres-
foram as provas de laminação, surgidas no início dos soras bem-sucedidas nesse mercado são as Rainbow,
anos 70. São produzidas a partir dos fotolitos, mas da Imation, e as DCP - Desktop Color Proofers, da
dispensam a gravação de chapas e o uso de tintas: Kodak Polychrome Graphics.
finas películas de filme colorido ou colorizado por Mais recentemente, a evolução dos sistemas
toner (que utilizam os mesmos pigmentos das tintas baseados em jato de tinta e laser/toner está permitin-
offset) são transferidas para um papel especial por do a fabricação de novos equipamentos de provas
meio de exposição em mesas de luz. Posteriormente, de cor cada vez mais rápidos, baratos e confiáveis,
a prova recebe uma lâmina de revestimento protetor inclusive com o uso de impressoras de grande forma-
transparente. to (“plotters”). Esses equipamentos dependem de
Com algumas diferenças e particularidades sofisticados programas de gerenciamento de cores,
técnicas, os sistemas mais conhecidos são o Cromalin que permitem às impressoras simular o comporta-
(da DuPont), o MatchPrint (da 3M/Imation) e o mento cromático e as variações da impressão indus-
PressMatch (da Agfa), que costumam ser bem aceitos trial. Por isso, costumam ser oferecidos na forma de
pela maioria das gráficas. Mais rápidas que os prelos, sistemas completos (software + impressora + supri-
os maiores inconvenientes das provas de laminação mentos), muitas vezes pelos próprios fabricantes de
são a necessidade de produzir o fotolito, o custo sistemas de provas mais tradicionais. É o caso do
relativamente alto de cada prova, a aparência Cromalin Designer Proof (Du Pont), do Matchprint
“plastificada” que o revestimento dá ao papel e a Inkjet System (Imation), do AgfaJet Sherpa Digital
limitada capacidade de simular as características Proofer (Agfa) e dos Iris iProof e Iris43Wide (Creo-
das impressoras (ganho de ponto, densidade de tinta Scitex), entre outros. Outra alternativa é utilizar algum
etc.). Além disso, o uso de cores especiais nas provas software independente de gerenciamento de cores, que
requer kits adicionais (que poucas gráficas dispõem) pode funcionar com diversos modelos de impressora,
e – como há poucas opções de papéis-base – as tal como o Best Color (Best GmbH), DeskCheck
provas em papéis diferenciados são feitas com uso (Aurelon), PrintOpen (Linocolor), LabProof (Screen)
de problemáticos sistemas de adesivos transparentes ou PressReady (Adobe).
(transfers). As principais deficiências desse tipo de prova são a
ausência da estrutura de retícula (rosetas) da impres-
são final, os poucos tipos de papel que podem ser
usados como suporte e a limitada possibilidade de
simular os tons das cores especiais. Por empregar
pigmentos CMYK diferentes dos das tintas industri-
Maio/Junho 2001

ais, essas provas são mais suscetíveis a variações


indesejadas de cor em virtude de mudanças no tipo
de luz (metamerismo). Por outro lado, graças ao
gerenciamento digital de cores, conseguem simular
com grande fidelidade condições muito diferenciadas
de impressão.
Divulgação Heidelberg

A calibração dos monitores, o correto ajuste


das configurações de RGB e CMYK e o controle
das condições de iluminação são as condições
52 básicas para que obter softproofs confiáveis

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4. Provas digitais de laminação
A resistência de boa parte do mercado em aceitar as
provas de impressora levou os fabricantes a desenvol-
ver provas laminadas que dispensam o uso do fotolito.
Nesses equipamentos, os arquivos PostScript ou PDF
são devidamente interpretados (“ripados”) e converti-
dos em retículas com lineatura e estrutura de ponto
igual ou semelhante a do impresso final. Um sistema
de gravação de alta resolução (normalmente baseado
em feixes de laser) é usado para fazer a transferência
das películas para o papel, gerando provas praticamen-
te indistinguíveis das laminadas convencionais.
O primeiro sistema de laminação digital a ser bem

Divulgação
aceito no mercado foi o Approval, da Kodak
Polychrome Graphics, que conta com uma grande
base instalada em todo o mundo. Hoje já existem
outras opções como o Digital Cromalin (DuPont)
e o Matchprint Digital Halftone System (Imation).
O principal problema desses sistemas é seu alto
preço (alguns deles requerem o uso de gravadoras
de chapa CTP), além das limitações normais das
provas laminadas. Diversos fabricantes oferecem sistemas de
calibração de monitores e gerenciamento de
5. Monitores coloridos e soft proof cores, alguns dos quais são acompanhados
Nos últimos 10 anos, com a entrada em serviço dos por instrumentos de medição cromática.
equipamentos de edição de imagens digitais em cores,
os monitores coloridos passaram a ser a primeiro
“dispositivo de prova” do fluxo de trabalho gráfico. AFINAL, PARA QUE SERVEM AS PROVAS?
Baseados em sistemas de luz emitida RGB, enfrentam Ao contrário do que muitos imaginam, uma prova
grandes limitações ao tentar reproduzir fielmente as de cor não serve apenas para dar ao produtor uma
cores que serão obtidas com luz refletida nas tintas idéia do resultado final do seu trabalho antes de
CMYK dos impressos. Além do problema das cores, começar a pintar toneladas de papel na gráfica. Na
também o layout das páginas sofre: nem sempre o que realidade, essas provas têm diversas utilidades no
se vê na tela dos aplicativos de paginação é condizente fluxo de trabalho gráfico e, por vezes, atendem a
com o resultado impresso. interesses opostos.
Pequenos elementos invisíveis, erros de PostScript
e inconsistência das fontes tipográficas são apenas 1. Visualização e conferência das cores
algumas das alterações que uma página pode sofrer A primeira e mais óbvia razão de ser de uma prova
entre o monitor e o produto final. Por isso, além de de cor é verificar se as cores que serão obtidas no Maio/Junho 2001
gerenciar cores, os melhores sistemas de soft proof impresso estão de acordo com o que deseja o
dispensam a interface gráfica do sistema operacional produtor gráfico e/ou o cliente que está pagando
e criam sua própria visualização de tela, geralmente pelo trabalho. Nesse caso, as características mais
baseada nas informações dos arquivos fechados importantes de uma prova são sua fidelidade
PostScript ou PDF. O resultado é suficientemente seguro cromática e o aspecto geral (look and fell, que inclui o
para que o trabalho seja aprovado ou brilho, a textura do papel e até o cheiro do produto),
rejeitado na tela, evitando gastos com fotolito ou que devem ser o mais próximo possível da impres-
provas convencionais. são real. Uma boa prova de monitor (soft proof)
Diante dessa enorme variedade de provas de cor, dos pode até atender satisfatoriamente ao primeiro
mais variados níveis de preço e qualidade, a grande requisito, mas estará sempre muito distante do
dúvida é decidir qual tipo de prova é mais adequado à segundo. Uma prova digital de baixo custo (jato de
realidade do fluxo de trabalho de cada empresa gráfica. tinta ou laser) bem calibrada e impressa sobre um
Para tomar uma decisão, no entanto, primeiro é preciso papel adequado pode ser uma excelente opção nesses
levar em conta todos os requisitos e necessidades que casos, melhor até que as provas de laminação
uma prova de cor profissional deve atender. convencionais ou digitais. 53

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PROCESSO

2. Aprovação de trabalhos digitais de impressora. A maioria das gráficas prefere


Especialmente nos mercados publicitário e basear esse contrato em provas mais tradicionais,
WORKFLOW DIGITAL ..... PREPRESS ..... PRINT PUBLISHING ..... GERENCIAMENTO DE CORES

promocional, a principal função da prova de cor sobre as quais o impressor tem maior confiança de
é obter a aprovação do cliente para a peça que será que são possíveis de serem reproduzidas em máquina.
veiculada ou impressa. Essa preocupação gera uma
curiosa tendência pela qual as provas devem ser 4. Referência para o impressor
“bonitas” e “causar boa impressão”, independente- Uma das principais razões pelas quais os gráficos
mente do fato desse resultado poder ou não ser costumam solicitar que fotolitos em quadricromia
reproduzido no impresso final. As agências conside- venham acompanhados de provas de cor é a necessi-
ram que seu trabalho central é o de criação e transfe- dade de referências para o ajuste das impressoras.
rem para os impressores a tarefa (por vezes impossí- Mesmo preservada a qualidade da impressão, o ajuste
vel) e a responsabilidade de reproduzir na gráfica os das cargas de tinteiro permite ao gráfico uma variação
resultados da prova. Daí a quase unânime preferência no ganho de ponto de pelo menos 5% para mais ou
desse setor pelas belas e brilhantes provas de para menos, com reflexos muito significativos no
laminação. Produtores e secretários gráficos de balanceamento de cores das imagens. Na ausência
editoras tendem a preferir provas ajustadas e calibra- de uma referência de cores, é impossível determinar
das para simular o resultado real da impressão, que o tom correto a ser obtido no impresso. Além disso,
são bem mais úteis como referência de trabalho e a maioria dos impressores prefere contar com uma
orientação para o tratamento de imagem. prova de cor que reproduza fielmente a estrutura
da retícula dos fotolitos e chapas, o que permite
3. Contrato entre as partes melhor controle das mínimas e máximas (áreas de
Não é sem motivo que as provas de cor são denomi- luzes e sombras) do impresso. Gráficas que traba-
nadas em inglês contract proofs ou “provas de contra- lham com impressoras mono ou bicolor têm clara
to”. Ao entregar à gráfica ou editora uma prova de cor preferência pelos antigos prelos, que costumam
junto com os fotolitos ou arquivos digitais, o produ- enviar as provas de cada uma das cores junto com
tor gráfico ou a agência de publicidade assume com a prova completa.
o impressor do trabalho um compromisso de duas
vias. Por um lado, o impressor se compromete a Soft-Proofs
entregar um produto final que deverá ser muito O termo inglês soft-proof (criado em oposição a hard-
semelhante à prova recebida. De outro lado, o proof, a prova em papel) é usado para denominar
contratante do serviço se compromete a aceitá-lo (e a aplicativos que fazem com que o monitor do micro
pagar por ele) caso o resultado seja satisfatoriamente mostre com precisão os resultados que serão obtidos
próximo à prova. Nesse ponto surgem algumas das no impresso final. Para isso, sistemas de calibração
grandes resistências as soft proofs e também às provas e programas complexos de gerenciamento de cores
são utilizados para ajustar o que se vê na tela do
computador.
A calibracão do monitor (e a geração do seu perfil
de cor ICC) pode ser feita visualmente, utilizando
utilitários simples como o Adobe Gamma (incluído
nos principais programas da Adobe) ou o módulo
de calibração do Color Sync (parte opcional do Mac
OS). Há ainda no mercado aplicativos de calibração
Maio/Junho 2001

mais sofisticados, como o ColorBlind (Imaging


Technologies), o ViewOpen (Heidelberg) e o Color
Shop (X-Rite), que fazem o ajuste do monitor com
uso de espectrofotômetros. Para simular as cores de
impressão, no entanto, é preciso usar também algum
sistema automatizado de gerenciamento de cores que
Sistemas mais sofisticados de faça a conversão entre os diferentes perfis dos disposi-
soft proofing, como o Visualizer, tivos de saída.
criam a pré-visualização de tela O gerenciamento de cores não faz milagres e nem
a partir de arquivos PostScript pode desrespeitar as leis da física, por isso é impossível
já interpretados pelo RIP das fazer com que impressos CMYK reproduzam todas
56 imagesetters. as cores visíveis em um monitor RGB.

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PROCESSO

A menos que o trabalho se restrinja a fotos


e imagens bitmap, um bom sistema de “provas
WORKFLOW DIGITAL ..... PREPRESS ..... PRINT PUBLISHING ..... GERENCIAMENTO DE CORES

de monitor” não se limita a gerenciar as cores.


Os aplicativos especializados de soft-proofing

Divulgação
utilizam as informações PostScript dos arquivos
fechados para gerar na tela uma pré-visualização
confiável do resultado final do impresso. É
preciso substituir a normalmente precária
“visualização de tela” dos programas de pagina-
ção (a cargo da interface gráfica do sistema
operacional) por uma versão interpretada
(“ripada”) do arquivo PostScript que será
enviado para impressão. Desse modo, é
possível verificar a ocorrência de problemas
nos arquivos fechados e também a qualidade
dos textos e demais elementos vetoriais aplica-
O gerenciamento consiste em forçar o monitor a dos nas páginas.
mostrar apenas as cores possíveis no seu processo A maneira mais simples e barata de fazer em tela
de impressão. Usuários de Macintosh contam com a verificação do PostScript é pela conversão dos
um sistema interno de gerenciamento de cores – o arquivos para o formato PDF (Portable Document
Color Sync – que produz resultados bastante razoá- Format), com o uso do aplicativo Adobe Acrobat.
veis, desde que sejam aplicados os perfis ICC corretos Há dois pontos fracos nesse método: os limitados
e feitos os ajustes adequados. Trata-se, no entanto, recursos de gerenciamento de cores e o fato de que
de um recurso limitado e quem pensa em usar o interpretador de PostScript do pacote Acrobat (o
seriamente um sistema de soft proofing precisa Acrobat Distiller) pode gerar arquivos ligeiramente
procurar programas mais poderosos e flexíveis. diferentes dos criados pelos RIPs (Raster Image

Empresas brasileiras já testam o Remote Proofing


Experiências no Brasil o Cromalin como prova de contrato”, explica Paulo, “mas sim
Gráficas, agências e birôs de serviço estão começando a oferecer oferecer aos clientes uma prova de layout rápida, de baixo custo e
provas digitais de baixo custo como alternativa. Essa tendência pode com cores confiáveis”.
ser vista na Pré-Impressão da Gráficos Burti
Burti, fornecedor de Mercado editorial
grandes agências de publicidade. Há anos a Burti instala em seus Solução diferente foi escolhida pelo Birô de Ser viços P
Serviços os
Pos tScript
ostScript
tScript,
clientes impressoras “dye sublimation” Kodak DCP para produção de que atende estúdios de design e editoras de revistas. “Apesar da maior
provas remotas. Agora, a empresa está trocando os equipamentos dificuldade no controle das cores, optamos por um sistema de prova
por modelos jato de tinta Epson 5000, que têm como vantagem a baseado em impressora a laser devido à rapidez e ao menor custo
redução dos custos de prova. das impressões”, esclarece o diretor Jorge Bastos. No caso, uma
Simulando o Cromalin Cannon, com gerenciamento de cores feito pelo PrintOpen da
O novo sistema de remote proofing da Burti basea-se em um RIP Heidelberg, que simula resultados de impressão em offset plana
Maio/Junho 2001

Best Color com gerenciamento de cores, que usa perfis ICC criados com papel cuchê.
no Profile Maker da GretagMacbeth. Paulo Farah, técnico de As provas laser são geradas a partir de arquivos já “ripados”
gerenciamento de cores, e Paulo Morelli, analista de processo de no sistema de pre-impressão Delta da Heidelberg – o mesmo que é
qualidade da Burti explicam que as impressões em jato de tinta são utilizado posteriormente na geração dos fotolitos. “Oferecemos às
ajustadas para simular as provas Cromalin, uma referência no meio editoras provas coloridas muito precisas de todas as páginas de uma
publicitário. Os arquivos são enviados para as agências, já “ripados” revista, a um custo reduzido”, afima Jorge, uma opção economica-
e com as cores acertadas, via rede TansBurti. A impressora remota mente inviável com provas convencionais. Em alguns casos, as provas
limita-se a reproduzir o arquivo e, graças à estabilidade das jato de podem ser usadas até como referência básica para o impressor.
tinta, não há necessidade de calibrações periódicas. A próximo passo da PostScript é oferecer provas remotas. Nesse
O sistema já foi testado e aprovado internamente na Burti, e a sistema, ainda em estudo, serão criados perfis de cor da impressora
empresa analisa as opções de papel do mercado em busca de uma do próprio cliente e enviados pela internet arquivos já “ripados” e com
simulação de resultados ainda melhor. “Nossa idéia não é substituir as cores ajustadas para impressão.
58

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Processors) das imagesetters ou platesetters. Embora
mais raro, a interpretação do próprio PDF pelo RIP
Get Info
(no caso de fluxo de trabalho baseado em PDF)
■ Agfa – www.agfa.com/graphics/
também pode gerar algumas alterações.
■ Aurelon – www.aurelon.com
Há outros aplicativos especializados que permi-
■ BEST GmbH – www.bestcolor.com
tem a geração de soft proofs a partir dos arquivos
■ ColorSync – www.apple.com/colorsync/
PostScript, contando com algum tipo de sotware
■ Creo-Scitex – www.creoscitex.com
RIP e recursos mais complexos de gerenciamento
■ Data Engineering – www.data-oy.fi
de cores, verificação de trapping e de densidades
■ Du Pont – www.dupont.com.br
relativas de tinta. É o caso, por exemplo, do Screen
■ Group Logic – www.grouplogic.com
Check, da Aurelon, e do Imagexpo, da Group Logic.
■ GretagMacbeth – www.gretagmacbeth.com
Em um nível mais sofisticado, é possível conferir
■ Imaging TTechnologies
echnologies - www.color.com
em detalhes e com absoluta segurança o resultado
■ Imation – www.imation.com.br
final a ser impresso: basta visualizar no monitor os
■ Kodak Polichrome Graphics –www.kpgraphics.com
arquivos já interpretados pelo RIP que será empre-
■ Linocolor - www.linocolor.com
gado na gravação dos fotolitos ou chapas. Boa
■ Monaco Systems – www.monacosys.com
parte das soluções integradas de gerenciamento
■ Parascan – www.parascan.com
de fluxo de trabalho digital (digital workflow) que
■ Screen – www.screenusa.com
acompanham os sistemas de gravação direto-à-
■ X-Rite – www.xrite.com
chapa (CTP) permitem esse tipo de conferência
– e, por vezes, até mesmo pequenos ajustes – nos
arquivos já “ripados”. Esse recurso também está
presente em aplicativos especializados como o Quem acredita nas
Pagevision, da companhia finlandesa Data provas de monitor?
Engineering, e o Visualizer, da Parascan, ambos É lógico supor que as provas de monitor não vão
direcionados a editoras de jornais. substituir as provas de cor em todas as suas utiliza-
ções. Por outro lado, os sistemas de soft proofing são
Remote Proofing um poderoso fator de agilização e redução de custos
A expressão remote proofing designa os sistemas de nas empresas, pois permitem a identificação e
produção de provas à distância, que começam a ser correção de problemas antes que sejam produzidos
utilizados por agências e editoras que têm as áreas fotolitos, chapas ou provas em papel. Nas situações
de produção fisicamente distantes dos clientes e/ou em que as cores são menos críticas – principalmente
dos setores onde é feita a aprovação dos materiais. no setor editorial – é possível até eliminar grande
Consiste, basicamente, na instalação de monitores parte das provas impressas, aprovando a maioria
calibrados ou impressoras de provas digitais nos das páginas no monitor.
locais onde são feitas as aprovações. Nas situações em que as provas de cor têm valor
O estúdio, birô ou a própria gráfica envia os de contrato ou são utilizadas para que um cliente
arquivos digitais dos trabalhos por meio eletrônico (em geral com poucos conhecimentos gráficos)
(rede local, Internet etc.) e a prova é impressa (ou aprove os trabalhos, as provas em papel continuam Maio/Junho 2001
apenas visualizada) no escritório remoto, sem perda a ter valor inestimável. Em alguns casos, no entanto,
de tempo com remessas físicas. A maioria dos é possível substituir as provas tradicionais pelos
softwares empregados em remote proofing permite impressos digitais de baixo custo. Tudo depende do
que sejam feitas anotações e comentários nas provas, nível de confiança presente na relação entre cliente e
que são novamente devolvidas ao pessoal de criação produtor. Em situações mais críticas é difícil substituir
por meio eletrônico. a velha e boa prova convencional.
A confiabilidade de um sistema de prova remota Por fim, é no “chão de fábrica” das indústrias
depende fundamentalmente da precisão, estabilida- gráficas que encontramos as maiores resistências
de e flexibilidade do sistema de gerenciamento de às novas provas. Embora as provas digitais venham
cores instalado. É preciso ter absoluta certeza de que ganhando terreno nas gráficas, os impressores não
o resultado obtido no escritório à distância é virtual- escondem sua preferência por provas que trazem a
mente igual ao que se tem no setor de produção, o estrutura de pontos das retículas. Por isso, a idéia de
que depende de calibrações precisas rotineiras e, até um gráfico ajustando os tinteiros de sua máquina
mesmo, da normalização das condições de ilumina- com base no que mostra um monitor calibrado à sua
ção dos ambientes. frente ainda está a alguns anos da nossa realidade. 59

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FERRAMENTAS por Ricardo Minoru Horie*

PREFLIGHT
VVocê pode fazer um “check-up” completo nos seus arquivos antes
dde enviá-los para a gráfica: conheça as principais ferramentas
e plug-ins disponíveis no mercado
a mesmo de que o seu arquivo está correto? Erros são inevitáveis em editoração eletrônica. Enquanto estão na

V Certeza de que não vai “dar pau” na pré-impressão da


gráfica? De que o texto não irá recorrer ou ter as fontes
alteradas? De que todas imagens estão com resolução
fase de layout e paginação – antes da geração dos fotolitos e chapas
– têm variados apelidos carinhosos como “gatinhos” e “pastéis”. Quan-
do só são descobertos na etapa de acabamento na gráfica recebem
suficiente? Você tem realmente confiança absoluta na qualidade do outras denominações, impublicáveis nesta revista, mas certamente
seu trabalho? Ou você apenas cruza os dedos, acende duas velas para de conhecimento do leitor deste artigo. Infelizmente, quando isto
Nossa Senhora do PostScript e fica esperando pelo melhor? acontece nem sempre um pedido de desculpas (mesmo que ajoelhado)
Quantas vezes você – designer, diagramador, profissional de criação adianta muito diante de um chefe ou cliente enfurecido por causa
e finalização – não escutou estas frases do chefe ou do cliente mo- do prejuízo gerado...
mentos antes de enviar para o birô, a gráfica ou uma editora de jornal
alguns arquivos que estão com o prazo no limite? Pode ser uma revista, Dos aviões para os arquivos digitais
folheto ou mesmo um simples anúncio para ser veiculado; tanto faz. A solução para todos os pontos de interrogação que você encontrou
Quantas vezes você não fica com a pulga atrás da orelha imaginando até aqui pode ser encontrada em apenas um termo: “preflight check”.
que pequenos erros, enganos e esquecimentos – tão comuns nessa Preflight checkk é uma expressão em inglês derivada da aviação (ao pé-da-
área, em especial quando estamos com pressa – podem causar enormes letra, se traduz como “verificação pré-vôo”) e indica os procedimento
transtornos e prejuízos? de checagem que devem obrigatoriamente ser feitos com a aeronave
Não seria melhor dar uma nova olhada nos arquivos antes de ainda no solo, antes da decolagem.
despachá-los, apesar do sono e do cansaço? Como diriam nossos pais Na área gráfica, o termo preflight check indica os procedimentos
e avós: “é melhor prevenir do que remediar”... Um gole de café e lá de conferência prévia da qualidade e capacidade de impressão dos
vamos nós dar uma bela reconferida em todos os itens que compõem o arquivos digitais de editoração eletrônica antes que sejam submetidos
layout. No entanto, por mais que você procure, eventualmente um item a sistemas e equipamentos de pré-impressão. Fazer preflightt nada mais
(por menor que seja) pode acabar com seu trabalho. Como lembrar de é do que detectar e corrigir erros antes que se tornem onerosos, fatais
verificar todos os detalhes? ou que gerem atrasos.

Responsabilidades

s ainda acham que a Interpretar os misteriosos códigos de erro PostScript para tentar
e pela qualidade dos adivinhar qual o elemento de página é o culpado pelos problemas
em de que o impressor é um procedimento investigativo demorado, quase sempre feito
fornecida por eles. A manualmente, muitas vezes por exclusão (tentativa e erro). Além
itora (quando falamos disso, remendar, consertar ou mesmo reconstruir arquivos de clien-
numa publicação) é tes é uma tarefa cara e arriscada para estas empresas: nem sempre
e não corrigir arquivos o resultado final é idêntico ao que o designer planejou.
problemáticos. Por isso, é melhor que a responsabilidade de solucionar erros
, este tem sido um nos arquivos digitais seja assumida por quem cria e finaliza as
s principais gargalos páginas. O preflight checkk deve ser feito pelos designers e pa-
e produção no setor ginadores, o que ainda é muito raro de acontecer no Brasil, ao
gráfico. contrário de outros países.

78 Setembro/Outubro 2004 | www.professionalpublish.com.br


FERRAMENTAS

Na aviação comercial, as companhias aéreas somente entregam Preflight manual ou visual


um equipamento a pilotos que passaram por longo treinamento, Gerar corretamente um arquivo PostScript não é uma tarefa
adquiriram experiência em simuladores e horas de vôo monitoradas especialmente complicada. Entretanto, para o arquivo PS ser
por instrutores experientes antes de receber o brevê (a habilitação processado corretamente por um sistema RIP e gerar fotolitos
para conduzir um avião). Já na área gráfica, a maioria dos profissionais ou chapas, ele precisa ser criado a partir de um arquivo nativo
aprende na base da tentativa e erro – quase sempre um aprendizado correto. O ato de gerar um PS não corrige as eventuais falhas de
lento, difícil e bastante oneroso. construção, não impede que as fontes sejam trocadas por Courier,
Se, por um lado, o piloto carrega a responsabilidade de conduzir nem melhora a resolução das imagens.
um equipamento que vale alguns milhões de dólares, além de dezenas O mesmo acontece quando os PS são convertidos em PDFs.
de vidas humanas; por outro, o designer tem grandes responsabili- A qualidade do conteúdo de um PDF reflete exatamente o que
dades: criar arquivos digitais de uma peça gráfica que atendam as estava no PS que, por sua, vez reflete a situação do arquivo nativo.
necessidades do cliente, fiquem prontos no prazo, mantenham o Mesmo quando o processo de geração do PDF é feito do modo
orçamento disponibilizado e, finalmente, permitam aferir algum mais confiável: gerar um PS e convertê-lo usando um interpre-
lucro no trabalho (para a agência, estúdio ou para ele mesmo, no caso tador de linguagem PostScript como o Acrobat Distiller.
dos freelancers). Os dois são seres humanos e, portanto, passíveis de Por isso, é fundamental efetuar uma verificação criteriosa nos
erros. Suas ferramentas de trabalho – apesar de serem hoje altamente arquivos nativos ou “abertos”. Analisar arquivos abertos é uma
informatizadas – também podem falhar. das melhores maneiras de se cortar o mal pela raiz: descobre-se,
É aí que entram os procedimentos de preflight check. Na aviação, durante a construção do arquivo quaisquer defeitos e pode-se
trata-se de uma longa lista de itens que devem ser conferidos um a corrigí-los imediatamente.
um pelo piloto e co-piloto com o avião ainda no chão. Na área gráfica
– embora não se tenha notícias de mortes causadas por arquivos mal
construídos – o procedimento é semelhante. Quanto mais cedo o erro
é detectado, mais fácil e de forma mais barata ele pode ser corrigido e
menores são as conseqüências. Em orçamentos e cronogramas aper-
tados, muito comuns hoje, o trabalho precisa ser feito “de primeira”:
não há margens para que seja refeito ou reimpresso.

As ferramentas
Há anos, os desenvolvedores de software para Markzware FlighCheck 5.0:
Interface poluída e confusa,
editoração eletrônica tentam criar ferramentas mas expõe informações
para auxiliar os profissionais na tarefa do preflight. precisas e detalhadas
Desde meados da década de 90, algumas gráficas e
birôs tiveram acesso a aplicativos como o Markzware
FlightCheck k e o Extensis Preflight (este último já fora
de linha) para analisar os arquivos dos clientes assim que eram
entregues. Os programas tinham a capacidade de analisar arquivos
nativos (PageMaker, QuarkXPress, CorelDRAW etc) e “fechados”
PostScript em busca de problemas.
Mesmo em suas primeiras versões, tais ferramentas eram úteis
para descobrir e informar ao cliente sobre prováveis problemas logo
após a entrega dos arquivos – e não minutos antes do prazo previsto
para a entrega dos fotolitos e provas. Mais de dez anos depois, a
maioria desses erros e enganos – causados por imperícia, desconhe-
cimento ou pelos famosos “esquecimentos” – seguem acontecendo
com freqüência assustadora.
Imagens em baixa resolução, fontes de baixa qualidade, Relatório fornecido é
especificações de cor inadequadas e vínculos perdidos ou alterados são bastante completo e
dividido por tipos
problemas bastante “populares” – sem falar em outra tendência atual de problemas
que são os arquivos 100% raster (veja matéria “A Praga do Raster”
publicada na última edição). A falta de hábito dos designers em gerar e
enviar corretamente seus arquivos para gráficas no formato PostScript
é, inclusive, uma das razões que dificulta a popularização do uso dos
arquivos PDF/X para pré-impressão e impressão digital no Brasil.

Setembro/Outubro 2004 | www.professionalpublish.com.br 79


FERRAMENTAS

Diferencial competitivo A mais antiga forma de se fazer esta checagem prévia é a manual:
elaborar uma lista de itens a serem conferidos, abrir o documento e
Mesmo que hoje o PDF não seja um formato popular de entrega verificar visualmente – página a página – cada um desses elementos.
de arquivos digitais, é muito provável que nos próximos ele Este sistema exige alguma experiência, metodologia e, acima de
seja um dos principais, senão o único a ser aceito, no segmento tudo, tempo e muita paciência do designer. Além disso, numa área
editorial, principalmente para anúncios em revista e jornais tão complexa como a gráfica, nem sempre todas as desgraças digitais
impressos por editoras de médio e grande porte. eram possíveis de serem verificadas.
Não é difícil de se imaginar que a mesma tendência vá acon-
tecer também no segmento promocional. Análise de arquivos abertos
O importante desta questão é fazer com que designers, Como o Extensis Preflight deixou de ser fabricado (o que é uma pena,
profissionais de editoração eletrônica tenham a preocupação em pois fornecia análises com uma interface limpa e facilmente inteligível,
melhorar a qualidade dos arquivos digitais produzidos por eles e apesar de só rodar no Mac OS) a única opção atual para verificação
o quanto antes, se instruir na tecnologia PDF para se manterem de arquivos abertos é o Markzware FlightCheck.
competitivos nos anos vindouros. Seu fabricante tem um departamento de engenharia bastante
ágil, que faz com que o FlightCheck tenha atualizações regulares.
Poucos dias depois do lançamento do QuarkXPress 6 e InDesign
CS, já estavam disponíveis atualizações gratuitas para eles no web site
da empresa. Atualmente, ele é capaz de verificar arquivos nativos de
todos os aplicativos para DTP em suas últimas versões.
A interface é um tanto poluída e demanda um certo tempo
para se acostumar com ela e seu modus operandi. Uma caracterís-
tica interessante dele é a capacidade de verificar também arquivos
Adobe Acrobat Distiller 6:
Job Options possuem recursos PostScript e PDF, inclusive para análise de conformidade com as
de análise de conformidade com normas do PDF/X-1a e PDF/X-3.
as normas do X-1a e X-3.
Pode fazer alguns ajustes para
adequação do PDF às normas

Interface principal do módulo de


preflight do Acrobat 6
Professional: acesso para os perfis,
opções de análise de
conformidade com as normas PDF/X
e o recurso de validação

Arquivo submetido
ao Distiller 6 e que
não passou pelos
critérios da normas Central de análise de
do PDF/X-1a conformidade
com as normas PDF/X
e adequação

80 Setembro/Outubro 2004 | www.professionalpublish.com.br


FERRAMENTAS

Conversão de arquivos fechados em PDFs Mesmo que a opção do designer não seja enviar um arquivo
Existem vários aplicativos, plug-ins, utilitários e módulos de gera- fechado ou PDF, submeter os arquivos ao Distiller é uma prévia
ção de arquivos PS em PDFs otimizados para pré-impressão e que do que vai acontecer no RIP da gráfica, pois ele é um interpre-
analisam e detectam problemas exatamente na etapa de criação. tador de linguagem PostScript. Se ele acusar erros de código no
São os chamados “destiladores”. Alguns exemplos: Agfa Apogee arquivo PS, o RIP da gráfica possivelmente também irá gerá-
Normalizer, Apago PDF/X Creator, Creo Synapse Prepare, Jaws los. Assim, é possível identificar de antemão que se trata de um
PDF Creator, Instant PDF, Dalim Swing Visa. Muitos possuem arquivo defeituoso.
inclusive versões para servidor (Server).
Sem sombra de dúvida, o mais famoso deles é o Adobe Os módulos e plug-ins de preflight para PDF
Acrobat Distiller, que converte arquivos PS em PDFs de acordo Todos os utilitários de preflightt de PDFs desenvolvidos para o de-
com configurações próprias ou estabelecidas pelos usuários (job signer, rodam como plug-ins do Adobe Acrobat (apenas na versão
options ou PDF settings). completa e não no Adobe Reader). Existem outros aplicativos de

Editor de perfis:
Cada perfil é composto
de uma ou mais regras
e cada regra é composta
de uma ou mais condições

Arquivo aprovado
pela análise e
respectivo relatório

Arquivo que foi


reprovado pela análise
e respectivo relatório: análises
aprofundadas e detalhadas,
mas descritivos num linguajar “Lacre” que atesta
excessivamente técnico a conformidade do
arquivo com a norma
do PDF/X-1a

82 Setembro/Outubro 2004 | www.professionalpublish.com.br


FERRAMENTAS

preflight, que fazem parte de módulos de sistemas de fluxo de trabalho Os resultados de suas análises são bastante aprofundados e
digital instalados nas gráficas tais como Creo, Heidelberg, Agfa, detalhados, mas seus descritivos são demasiadamente técnicos e
Screen, Global Graphics, CGS Publishing, Dalim, FujiFilm etc. muitas vezes compreendidos somente para pessoas experientes ou
O próprio Acrobat 6 Professional possui um módulo de versadas em códigos e termos da linguagem PostScript.
preflightt que pode ser acessado pelo menu Document/Preflight. Ao se clicar num item apontado como problemático, a
Trata-se na verdade do plug-in pdfInspektor 2 que foi licenciado interface de análise pode exibir o elemento de página, o que
pela Callas para a Adobe. Este módulo, traz alguns perfis prontos facilita sua identificação e correção posterior. É bom lembrar
de análise que podem ser editados ou usados para se basear na que a maioria dos itens que necessitam de correção, devem ser
criação de novos. alterados no arquivo nativo.
Cada perfil (Profile) é composto de uma ou mais regras (Rules);
cada regra é composta de uma ou mais condições (Conditions). Verificação, normalização e validação para os padrões PDF/X
A análise de uma regra só apresentará avisos de erro se todas as As normas 15930-1 e 15930-3, popularmente conhecidas
condições não forem atendidas. como PDF/X-1a e PDF/X-3 já são um padrão confiável de
entrega de arquivos digitais e a cada dia
se tornam mais populares por parte dos
designers e mais exigidas pelas gráficas,
birôs e editoras.
Isto é uma tendência internacional cres-
cente e o mesmo deve está acontecendo no
Brasil, infelizmente numa velocidade mais
reduzida.
Em poucas palavras, já que esta matéria
não tem este objetivo, um PDF/X-1a e PDF/
Botões inseridos pelo X-3, nada mais são do que PDFs que atendem
PitStop no Acrobat as necessidades da indústria gráfica mundial
e o PDF com o relatório pois foram criadas de acordo com as normas
da análise com os itens
internacionais ISO supracitadas.
problemáticos

Editor de perfis
de análise
e as possibilidade
de correção

Recurso Inspector:
Paleta que informações detalhadas
permite a e capacidade de fazer
navegação entre os alterações em textos
itens problemáticos e elementos de página

Setembro/Outubro 2004 | www.professionalpublish.com.br 83


FERRAMENTAS

Na fase de conversão de um arquivo PS para um PDF, a versão Um dos destaques do produto é a sua capacidade de corrigir itens
6 do Distiller (que acompanha o Adobe Acrobat 6 Professional) tem problemáticos ou inconsistências. Esta opção pode ser definida, indivi-
um recurso de análise de conformidade com as especificações do dualmente, para cada um dos itens que compõem os perfis de análises,
PDF/X-1a e PDF/X-3. que por sua vez são convenientemente separados por áreas e tipos de
A maior parte das ferramentas de preflightt tem a capacidade, elemento de página.
não só de analisar se um arquivo PDF está em conformidade com O outro destaque é o recurso Inspector que é capaz de descobrir
os parâmetros e itens exigidos nestas normas, mas também de detalhes “íntimos” de qualquer elemento de página e fazer alterações
normalizá-los, adequando-os a estas normas. de cores, atributos de dimensão, contorno e fontes.
Uma vez que arquivos X-1a e X-3 não podem receber senhas O Apago PDF/X Checkup foi um dos primeiros verificadores de
para protegê-los, e que o PDF tenha sido homologado, aplicativos conformidade das “normas X”. Trata-se de um plug-in bastante simples,
como o Acrobat 6 Professional ou PitStop por exemplo, possuem mas bastante confiável e que na versão 3.0, recém-lançada, além de
recursos de validação para controlar alterações indesejadas. Funciona analisar a conformidade e se oferecer para corrigir alguns itens, trouxe
como um lacre atestando que aquele PDF é um X-1a ou X-3 válido. dois plug-ins adicionais.
Qualquer modificação feita posteriormente romperia esse lacre. O ImageAlter permite alterar a resolução, compressão e espaço de
O Enfocus PitStop é um dos plug-ins mais populares, versáteis e cor de imagens bitmap presentes dentro de PDFs, enquanto que o Bo-
respeitados da atualidade e não só na área gráfica. A versão 6 acrescenta xEditor edita as áreas de geometria de página como área de sangria, corte
recursos bastante avançados de edição e insere várias barras recheadas de etc. A listagem de erros encontrados ficou muito mais compreensível do
botões no Acrobat (de cor roxa) e mais alguns itens dos seus menus. que a versão anterior e pode ser salva num documento de texto.
Seus recursos de preflight são bastante completos. Depois de solicitar
a análise baseada num perf il, um PDF navegável com os resultados da Mal necessário ou excesso de zelo?
análise é gerado com os itens que foram considerados problemáticos, O objetivo deste artigo foi exatamente mostrar e analisar as principais
os que merecem um pouco mais de atenção do usuário (os chamados opções de aplicativos e plug-ins de preflightt voltados para os que
alertas) e os que foram corrigidos. Ao se clicar em qualquer um dos desenvolvem arquivos digitais.
itens, o PitStop irá alternar do relatório para o documento, destacando É evidente que nem o procedimento nem os aplicativos e conse-
o item problemático, aplicar zoom e colocar alças coloridas ao redor do qüentemente, investimentos por parte de quem cria e quem recebe,
mesmo. Será aberto também um painel de navegação (Enfocus PitStop seriam necessários se os designers tivessem tomados todos os cuidados
Navigator Panel) para facilitar a navegação pelos itens problemáticos. para produzir seus arquivos em regime aberto, gerado um arquivo
PostScript e posteriormente um PDF de acordo
com as normas de sua gráfica, birô ou editora ou as
normas internacionais PDF/X.
Por um lado é fato que, independente do lado
do balcão que estamos, somos seres humanos e,
portanto passíveis de falhas, e um anjo da guarda,
mesmo que dedo-duro é sempre bem-vindo para nos
lembrar dos defeitos de nossos arquivos.
Mas, por outro lado, pelo que se tem visto nos
últimos anos em relação à qualidade dos arquivos
digitais no Brasil, as ferramentas de análise ainda
tem futuro garantido por muito tempo.

Apago PDF/X Checkup:


um dos primeiros
plug-ins de verificação
de conformidade
das “normas X”

Relatório um tanto indecifrável

84 Setembro/Outubro 2004 | www.professionalpublish.com.br


FERRAMENTAS

Perfis de análise Pequenos defeitos, grandes prejuízos


Todos os aplicativos e plug-ins de preflight fazem as análises Engana-se quem se sente aliviado simplesmente por causa do seu
baseadas em profiles (perfis). Cada um destes perfis é composto arquivo fechado, ou PDF passou pelo crivo do RIP de uma image-
de algumas centenas de itens, definidos pelos usuários, que setter e platesetter e conseguiu gerar fotolitos e chapas.
identificam o que deve ser verificado no arquivo, quais destes Alguns dos piores defeitos não geram mensagens de erro de
itens, parâmetros e configurações estão de acordo com um código PostScript, passam pela etapa de pré-impressão e só são
determinado tipo de trabalho, as normas do departamento de descobertos em provas confiáveis ou tarde demais, quando o ma-
pré-impressão ou mesmo de acordo com normas internacionais terial já está impresso e/ou na fase de acabamento. Os resultados
como é o caso do PDF/X-1a e PDF/X-3. destes defeitos costumam ser bastante desagradáveis, onerosos e
Em muitos destas ferramentas, os perfis oferecem opções são de difícil detecção sem uma análise prévia e aprofundada.
para os quesitos do que deve ser encarado como erro (e podem São defeitos gerados por escolhas do designer durante a
ser corrigidos ou não), os itens que são permitidos, e os que construção dos arquivos, mas que podem ser detectados por
devem ser identificados como alertas. Os perfis podem ser procedimentos manuais ou eletrônicos de preflight.
exportados e importados. Veja alguns exemplos:
Os principais softwares de preflightt podem ser configurados Atributo de Hairline em fios e contornos
para literalmente encontrar pêlos em ovos. Depende das configu- Falta de sangria ou sangria insuficiente
rações do perfil de análise. Somatória de carga de tinta muito baixa
Marcar como erro ou alerta as centenas de itens de análise (a Somatória de carga de tinta muito alta
média é de 400 quesitos) é uma tarefa que demanda um tempo Imagens bitmap com resolução muito baixa ou muito alta
considerável para que a análise não seja nem muito superficial Imagens bitmap com compressão muito alta
nem exageradamente rigorosa. Textos na cor preta composta (C100 M100 Y100 e K100)
Não existe uma fórmula ideal. Depende dos equipamentos de Textos com negrito e itálico forçado e falso
cada gráfica e do tipo de impresso que se deseja produzir. Uma das Textos com corpos pequenos e mais de uma cor de processo
vantagens das normas do PDF/X é que quem cria e quem recebe Textos com fontes “light” e mais de uma cor de processo
trabalha e analisa sob os mesmos parâmetros.
Mas nem tudo são flores
Existem itens e problemas que nenhum aplicativo de preflight
tem (nem nunca terá) capacidade de detectar, como por exemplo,
materiais em materiais rasterizados e imagens com cores mal
ajustadas.

Adobe Creo Global Graphics Screen


www.adobe.com www.creo.com www.globalgraphics.com www.screenusa.com
Tel.: 0800-161-009
Dalim Heidelberg SpaceCor
Agfa www.dalim.com www.br.heidelberg.com
Representante da CGS no Brasil
www.agfa.com.br Tel.: (11) 5525-4500
info@cgs-brasil.com
Tel.: (11) 5188-6444 DDAP
Tel.: (11) 5561-7608
www.ddap.org Johe
Alphaprint Distribuidora da Markzware
T&C
EasyColor no Brasil
Representante da Creo no Brasil Representante da Screen no Brasil
Distribuidor da Enfocus no Brasil www.johe.com.br
www.alphaprint.com.br www.tecshopping.com.br
www.easycolor.com.br Tel.: (11) 5536-3705
Tel.: (11) 3816-4747 Tel.: (11) 3819-8520
Tel.: (41) 3024-1873

Apago Markzware
Eletronic www.markzware.com
www.apago.com
Representante da Dalim no Brasil
www.eletronic.srv.br
Callas Tel.: (11) 3872-5912
www.callas.de
Enfocus
CGS Publishing * Ricardo Minoru Horie
www.enfocus.com minoru@dabra.com.br
www.cgs.de é editor executivo da revista Professional Publish

Setembro/Outubro 2004 | www.professionalpublish.com.br 85


Criativo Ricardo Minoru

PitStop Pro 10
Nova versão do mais completo plug-in para o segmento gráfico
trouxe novidades e implementações interessantes

A interface principal do PitStop Pro, suas paletas e o


próprio modus operandi, não sofreram alterações, a
não ser as que foram impostas pela nova interface do
Acrobat Pro X, que reuniu todos os botões dos recursos
do PitStop no painel chamado Tools, localizado no lado
direito da interface.
É inegável que isso despoluiu a interface do Acrobat
que, em suas versões anteriores, era coalhada de botões.
Mas por outro lado, e, pelo menos, no começo, vai tirar
um pouco da produtividade dos usuários acostumados
com a dupla Acrobat Pro 9 e PitStop Pro 9.
Uma dica para quem preferir os botões do PitStop Pro na
barra de botões do Acrobat Pro X é selecionar os botões
dos recursos que mais utiliza, usar o menu contextual e
acionar o comando Add to Quick Tools.
De acordo com a Enfocus, boa parte das novidades
Foi lançado recentemente a décima versão do PitStop e recursos que sofreram implementações teve como
Pro, o mais popular plug-in de Acrobat para as tarefas de base de solicitações dos usuários das versões anteriores
análise e edição de arquivos PDF. que, há anos, vem os estimulando a fornecer feedback.
Trata-se de um produto largamente difundido e utilizado Os esforços do departamento de engenharia de pro-
por gráficas convencionais e digitais, além de editoras e duto se focaram também em aumentar a performance,
designers em todo o mundo, para realizar análises em assim como na precisão e controle das alterações a
arquivos PDF e identificar preventivamente potenciais serem executadas.
problemas em elementos de página, como os encontra- O primeiro destaque da nova versão se refere ao con-
dos em textos, imagens bitmap e ilustrações vetoriais. trole das cores que recebeu muita atenção. “Sabemos
Não é à toa que o produto, além de ser comercializado que lidar com problemas de cores pode ser bem tedioso
como plug-in, também é “enxertado” em vários sis- e por isso nossa intenção foi tonar essa tarefa o mais
temas de workflow digital de grandes fabricantes de simplificada e fácil possível”, afirmou Elli Cloots, diretor
soluções para pré-impressão e impressão digital para de produto da Enfocus.
compor ou servir como base de módulos de preflight e Múltiplos presets de gerenciamento de cores agora
edição de PDFs. podem ser criados e escolhidos por meio do painel Color
Nesta nova versão, diferentemente do que aconteceu Picker que, também, permite uma escolha mais intuitiva,
nas edições anteriores em relação aos nomes dos produ- além de exibir as novas bibliotecas de tintas Pantone.
tos, a Enfocus não seguiu os passos da Adobe e manteve As cargas de tintas podem ser analisadas levando
o numeral 10 ao invés do X que a Adobe escolheu para em consideração também recursos de transparência,
batizar a nova versão do Acrobat. elementos sobrepostos e ajustes de overprint. O ajuste
Revista DESKTOP 3

boa parte das novidades e recursos teve


como base solicitações dos usuários

Black Point Compensation agora pode ser feito usando Um recurso bastante interessante para empresas que
os engines de gerenciamento de cores baseados em possuem vários usuários de PitStop Pro é o que faz a
Adobe CMM ou Little CMS, além de ser possível unificar gestão automática de licenças e configurações. O cha-
outros ajustes de CMS também para o Acrobat a partir mado PitStop Workgroup Manager, além de centralizar e
das preferências do PitStop Pro. padronizar as configurações de perfis de preflight, action
O recurso de Action Lists – macros que aplicam sequen- lists, workspaces etc, gerencia as licenças flutuantes do
cias de comandos de edição e análise – teve sua inter- produto numa rede local.
face aperfeiçoada para facilitar sua criação, que, a partir Dessa forma, é possível instalar o PitStop Pro em mais
desta versão, é feita por meio de drag and drop. computadores do que a quantidade de licenças que a
Os QuickRuns, recursos similares aos Action Lists, porém, empresa possui e permite que o plug-in possa ser usado
mais simplificados, agora podem conter edições basea- simultaneamente em qualquer um desses computadores,
das em Global Changes. até que o limite de quantidade de licenças seja atingido.
Processo
processo

A Perna Cabeluda e a
Imagem-Monstro de
Franco da Rocha
A Perna Cabeluda é um tipo de assombração que persegue
as pessoas na periferia da cidade do Recife, Pernambuco.
Faz parte da turma do Galeguinho do Coque, do Velho do
Saco, da Loira do Banheiro, da Gangue dos Palhaços do ABC
paulista e do impagável Bebê-Monstro de Franco da Rocha.
Nos Estados Unidos, essa gente tem até nome: “urban
legends”, ou lendas urbanas – um antigo fenômeno da co-
municação de massa que está ganhando vida nova com a
explosão da Internet.

André B. Lopes

A
ntes que algum leitor ache
que o uso eexcessivo
xcessivo do
Photoshop está derretendo
meus miolos, o que a P erna Cabelu-
Perna
da tem a ver com imagens digitais, o
tema usual de meus artigos? Calma
xplico. As “lendas urbanas”
que eu eexplico. escolas: a lenda da “Imagem- regra de multiplicar por 2 a
têm características comuns no Monstro”. A fantasiosa história lineatura, sugerindo o valor de 1,5.
mundo todo: normalmente são garante que, para imprimir uma Foi o que bastou para que eu rece-
histórias que não sobrevivem a uma fotografia com qualidade profissio
profissio-- besse inúmeros e-mails de dúvidas e
análise mais cuidadosa, surgem nal, é preciso que a resolução da protestos, alguns deles esgrimindo
ninguém sabe de onde e espalham- dobroo da lineatura da
imagem seja o dobr contra mim artigos de outras revis-
se boca-a-boca, ganhando ares de retícula de impressão. Ou seja: uma tas, livros e orientações de vetustos
verdade na medida em que tornam- foto impressa com lineatura de 150 professores da área.
se populares. Não há um boletim de linhas por polegada (equivalente a
ocorrência nos DP s, nem se encontra
DPs, 60 linhas por centímetro) deve Ninguém sabe, ninguém viu
uma testemunha que as tenha visto, possuir 300 pixels por polegada (120 A origem da lenda da “Imagem-
mas “o namorado da irmã do zelador pixels por cm) para que se consiga Monstro” é obscura, mas remonta os
do prédio vizinho à casa do meu um bom resultado. anos heróicos da década de 80,
cunhado garante que viu com esses Como toda lenda urbana que se quando surgiram os primeiros
olhos que a terra há de comer ”.
comer”. preze, esta também tem defensores scanners de mesa e a maior parte da
No mundo das imagens digitais fanáticos da sua veracidade. No moçada que entrara na corrida do
também eexiste
xiste uma “lenda urbana” artigo publicado na Publish nº 42 ouro do Desktop P ublishing mal sabia
Publishing
que corre solta há mais de uma (maio/junho de 99), esse humilde direito o que era ““resolução”.
resolução”. Nesse
década por estúdios, redações e escriba ousou colocar em questão a mar de desinformação, a fórmula

42 JANEIRO/FEVEREIRO 2000 Publish www.publish.com.br


processo

Figura 1: Ao gerar o fotolito, o RIP da imagesetter substitui os tons de cinza dos pixels digitais por pontos com área de
cobertura equivalente, formando a retícula de impressão. No exemplo acima, a substituição é feita na proporção de 1:1.

mágica de “multiplicar por dois a raça de semi-deuses que operava os Quem tem medo de geometria?
lineatura” serviu como bóia salvadora, caríssimos scanners de cilindro, num Deixando de lado o folclore, existe
espalhando-se como peste contagiosa. momento em que algum deles se dignou uma fórmula matemática para desco-
Em pouco tempo, já era impressa a sair de suas salas escuras e refrigeradas brir qual a resolução mais adequada
como verdade absoluta em livros, para conversar com a plebe do DTP. para imprimir uma foto. Nos arquivos
revistas, apostilas e manuais. Com Há razões para a desconfiança: os digitais, cada um dos “pixels” (picture
tanta coisa a aprender, poucos se antigos scanners analógicos – que davam elements) que compõem a imagem
preocuparam em questionar por que 2 saída direto em filme, sem gerar trazem a informação do tom de cinza
vezes, e não 2,5 ou 1,5. Os que arquivos digitais – costumavam fazer (ou dos valores de CMYK, em imagens
ousavam perguntar ouviam que “o duas leituras do original para construir coloridas) que deve ser impresso
primo do meu concunhado disse que uma linha de pontos do filme. Mas tal naquele ponto. Cabe ao RIP da
estão fazendo assim na Abril”, ou algo origem nobre não basta para legitimar a imagesetter substituir esse tom de cinza
que o valha. Lendas urbanas não informação. A construção de retículas por um ponto de retícula com área de
costumam explicar seus porquês. em Editoração Eletrônica é feita por cobertura equivalente ao tom deseja-
Também há dúvidas sobre a origem sistemas de RIP (Raster Image do: ou seja, um pixel com um tom de
da Perna Cabeluda, mas alguns Processor), que transformam em pontos 47% de cinza deve ser substituído no
pernambucanos garantem que tudo as informações dos arquivos PostScript. fotolito por um ponto que cubra 47%
começou como uma brincadeira de Numa comparação grosseira, um scanner da superfície do filme. (figura 1). Em
radialistas, para matar o tempo e analógico está para uma imagesetter policromia, o mesmo processo se
aumentar a audiência numa tarde moderna como um carburador de Opala repete em cada uma das tintas.
tediosa. Quanto à Imagem-Monstro, para um sofisticado sistema de injeção Não há motivos para haver mais do
suspeita-se que tenha sido criada pela digital multiponto de combustível. que um pixel para cada ponto de

Figura 2: Se a imagem digital possuir uma quantidade de pixels por polegada maior que o número de pontos a serem
gerados no filme (o dobro, no exemplo acima), o RIP faz uma média dos tons adjacentes para calcular o valor da retícula.

44 JANEIRO/FEVEREIRO 2000 Publish www.publish.com.br


Publish JANEIRO/FEVEREIRO 2000 44
(figura 3). Como é impossível escolher
uma resolução para cada cor, o melhor
é usar como base o preto, que usa a
retícula mais inclinada em relação aos
pixels. O novo número mágico surge
na ponta do lapis: 1,41
1,41. Ou seja:
imagens impressas em 150 lpi preci-
sam ter apenas 212 ppi para se obter
um bom resultado.

Prudência e caldo verde


No dia-a-dia, infelizmente, é preciso
tomar alguns cuidados adicionais.
Figura 3: Como os pontos da retículas são posicionados com inclinação em Nesses tempos de Editoração Eletrôni-
relação aos pixels da imagem, é preciso calcular o valor de compensação. ca, é raro que se saiba o tamanho exato
No caso de retículas a 45 , o melhor encaixe é obtido com uma resolução com que uma imagem será impressa no
1,41 vezes maior que a lineatura. momento de fazer o escaneamento. Por
isso, não custa ter prudência e capturar a
retícula a ser criado pelo RIP. Uma foto qualidade da imagem impressa. foto com alguma margem de segurança
a ser impressa com 150 lpi poderia Na prática, há um complicador: as para não ter que refazer o escaneamento
possuir resolução equivalente: 150 ppi. retículas dos filmes normalmente não no caso de pequenas ampliações de
Se a imagem possui o dobro dessa ficam na mesma inclinação dos pixels última hora. Por isso, fatores em torno
resolução, o RIP vai produzir o ponto da imagem. Em fotos P&B, o normal é de 1,5 a 1,7 são os mais recomendáveis.
extraindo uma média a partir de 4 a retícula estar inclinada em 45º. Nas E lembre-se: imagens de qualidade
pixels adjacentes (figura 2). Ou seja: o fotos coloridas, o PostScript prevê o inferior, ou que não tenham detalhes
RIP faz um tipo de “interpolação para Ciano em 15º, o Magenta em 75º, o pequenos, podem ser impressas sem
baixo” o mesmo que fazemos no Amarelo em 0º e o Preto em 45º. Por problemas com fatores em torno de 1,2 a
Photoshop quando queremos reduzir a isso, é preciso fazer uma compensação 1,4. Como o tamanho dos arquivos
resolução de um arquivo geométrica para que os pixels coinci- digitais (em bytes) aumenta com o
“resampleando” a imagem. Esse dam com os pontos da retícula. É uma quadrado da resolução, é possível fazer
processo, por razões que deixo para conta simples, que usa a velha equação uma enorme economia no espaço
explicar num próximo artigo, reduz a do triângulo das aulas de geometria ocupado em disco e no tempo de
processamento do trabalho ajustando as
Em verdade vos digo… imagens nos valores mínimos corretos.
Afinal, fotos com 212 ppi ocupam a

O fato de regras ou conceitos técnicos estarem escritos em livros não os torna


necessariamente verdadeiros. No entanto, é bom esclarecer que o fator de
qualidade 1,41 não é uma invenção minha: a mesma regra pode ser encontrada em
metade do espaço de uma imagem
equivalente de 300 ppi.
A foto da abertura desse artigo
diversas obras de autores conceituados. Para quem acha que só conselho de gringo possui apenas 175 ppi de resolução, e -
tem valor, eis um prato cheio. por não ter muitos detalhes - fica com
No capítulo 7 do livro Scanning, the professional way, de Sybil e Emil Ihrigh, a uma qualidade bastante razoável. Caso
escolha da resolução mais adequada é extensamente debatida e explicada, com fosse utilizada com 300 ppi, subiria dos
diversos exemplos práticos. Embora um pouco antigo, esse livro é altamente reco- atuais 11,5 MB para mais de 33 MB.
mendável a todos que trabalham com captura profissional de imagens em DTP. Portanto, já chega de alimentar essa
Na página 85 do livro Real World Scanning and Halftones, de David Blatner, Glenn velha lenda e entupir seu hard disk com
Fleishman e Steve Roth (2ª edição), os autores afirmam que “na verdade, a regra de 2 vezes imagens monstruosas. Tenha fé na
se tornou tão comum que as pessoas se esqueceram (ou nunca souberam) que quase sempre é geometria e espante de vez essa
possível empregar resoluções mais baixas. Nós usualmente recomendamos um multiplicador de assombração do seu computador.
1,5 , nos baseando na teoria de que a raiz quadrada de 2 – 1,414 – é o melhor fator de Dúvidas e protestos indignados podem
multiplicação. Para imagens sem detalhes muito evidentes, 1,2 costuma ser suficiente.” ser mandados para o meu e-mail.
Um pouco mais prudente nesse aspecto, o produtor gráfico e consultor Dan
Margulis, no seu livro Professional Photoshop 5 diz que “a recomendação convencio- André Borges Lopes
nal é de que a resolução deve estar entre 1,5 e 2 vezes a lineatura da retícula. (…) Com (andrelopes@originet.com.br) é produtor
retículas de 175 lpi e superiores, ou com retícula estocástica, você pode se virar com gráfico, consultor em artes gráficas na Bytes &
menos.” (página 233). Types e instrutor técnico na escola Graphwork.

www.publish.com.br Publish JANEIRO/FEVEREIRO 2000 45


Processo

De

José Caldas
RGB
André B. Lopes
para
CMYK
Para obter boas
separações de cores é
preciso ajustar
corretamente os parâmetros
do Photoshop
V
ocê comprou um bom scanner, Verde/Azul-Violeta) e, caso venham a ser
selecionou bem as fotografias impressas, precisam ser convertidas para
originais, fez todos os ajustes de o padrão CMYK. Na verdade, é possível
resolução, ponto claro e escuro, gamma, reproduzir as cores RGB utilizando
profundidade de amostra, etc (confor- apenas as três tintas CMY (Cyan/
me mostramos na última edição da Magenta/Yellow - Ciano/Magenta/
Publish) e conseguiu capturar uma Amarelo), pois cada uma delas bloqueia
belíssima foto, com cores vivas e a reflexão pelo papel de uma das três
brilhantes. Ao menos, isso é o que luzes RGB: o Ciano controla o Vermelho,
mostram tanto o seu monitor como a o Magenta controla o Verde e o Amarelo
sua impressora jato de tinta de alta controla o Azul. Os filmes fotográficos
resolução. Satisfeito, você converte o positivos (cromos ou slides), por exem-
arquivo para CMYK, posiciona a plo, empregam apenas três películas
imagem no seu programa de pagina- CMY e têm uma qualidade de reprodu-
ção, dá saída num birô e manda os ção de cores equivalente ou até superior
fotolitos para a gráfica. à dos melhores monitores RGB.
Alguns dias depois, vem o susto: a Infelizmente, os pigmentos empre-
foto impressa não é mais que uma pálida gados nas tintas de impressão indus-
lembrança daquele arco-iris vibrante que trial estão longe de ter a mesma
o monitor exibia. Como se não bastas- qualidade das sofisticadas e caras
sem as cores pálidas, as sombras muito gelatinas dos filmes. Mesmo as melho-
escuras e o contraste esmaecido, toda a res tintas off-set apresentam deficiên-
imagem parece estar meio fora de foco. cias na execução das suas tarefas. Um
Culpa da gráfica, do birô, do tipo de papel impresso com carga total de
papel, do motoboy?! Infelizmente, não. Ciano (Ciano 100%), por exemplo, não
A maior possibilidade é de que a culpa deveria refletir nenhuma luz Vermelha
seja do Photoshop. Ou, sendo mais (Red), mas não é o que ocorre. Por isso,
exatos, do operador que não ajustou quando tentamos imprimir uma cor
adequadamente os parâmetros que o Azul-Violeta pura (Blue) – que deveria
Photoshop requer para preparar eficien- ser obtida com 100% de Ciano e 100%
temente uma imagem para processos de de Magenta – o resultado final perde o
impressão industrial. brilho e é contaminado por invasões
E o mais grave: esse ajuste não é indesejáveis de Vermelho e Verde (o
nenhum bicho-de-sete-cabeças. Na pigmento Magenta, embora seja melhor
verdade, são três acertos básicos que – que o Ciano, também não bloqueia
necessariamente – devem ser feitos toda a luz Green). Assim, o melhor que
para otimizar a sua imagem às caracte- conseguimos obter é uma cor aroxeada,
rísticas do papel, das tintas e do um púrpura escuro. Por isso, dizemos
equipamento de impressão que serão que Azul-Violeta puro está fora da
utilizados na produção do impresso: “gama” de cores do CMYK. Fenômenos
parâmetros da conversão RGB-CMYK, semelhantes, embora não tão acentua-
compensação do ganho de ponto e dos, acontecem também na impressão
aplicação do filtro “unsharp mask”. de cores vermelhas ou verdes puras.
Como vocês verão, os três são bastante Uma outra conseqüência disso é
interligados. Nessa edição da Publish, que a sobreposição completa das três
vamos falar do primeiro deles. Na tintas (100% Ciano + 100% Magenta
próxima revista, dos outros dois. + 100% Amarelo) não consegue
obstruir como deveria toda a luz
Luzes e tintas refletida pelo papel. Ao invés de Preto
Independente do tipo, marca ou (ausência de luz), o que se obtém com
modelo, scanners, câmeras digitais e 100C/100M/100Y é um marrom
equipamentos de vídeo têm uma escuro, ligeiramente avermelhado.
característica comum: as imagens Esses problemas foram percebidos já
coloridas são sempre capturadas em pelos primeiros artistas gráficos que – no
modo RGB (Red/Green/Blue - Vermelho/ início desse século – se aventuraram a
processo

(100%) sobre o papel (uma carga nominal de 400%)


a impressão comeca a apresentar problemas de
entupimento de retícula, secagem deficiente,
decalque, entre outros. Em condições normais, a
carga máxima de tinta suportável pela maioria dos
papéis e impressoras está em torno de 260% a 320%
(veja tabela no final da matéria). Por isso, para
aplicar tinta preta nas áreas escuras das imagens
sem “estourar” esses limites, é preciso retirar um
O “PRETO CMYK” À imprimir imagens coloridas combinando diferentes pouco das demais tintas, inserindo o Preto no lugar.
esquerda (75C/70M/70Y/ proporções de tintas de cores básicas. Após Este processo – conhecido como UCR (Undercolor
100K), é bem superior ao testarem diversos tipos de pigmentos, concluíram Removal) ou “Remoção de Cores Sobrepostas” –
“preto CMY” (100C/ que a combinação CMY era a mais indicada, apesar gera um filme do Preto um pouco mais “pesado”
100M/100Y) do centro, e das suas deficiências. No entanto, os textos que que o sistema convencional (óptico) e uma imagem
ao “preto simples” normalmente acompanhavam as imagens continua- com melhor definição. Além disso, mantém em
(100K) da direita. vam a ser impressos com uma quarta tinta, de cor níveis aceitáveis a carga total de tinta. Por causa do
preta. Daí surgiu a idéia de utilizar o Preto (que ganho de ponto (que iremos discutir no próximo
obstrui as três luzes RGB) para auxiliar as tintas artigo) é importante limitar também a concentra-
CMY na síntese das cores, reforçando o contraste ção máxima do Preto para evitar o “entupimento”
nas áreas escuras. Estava criado a impressão CMYK, da retícula e a perda de detalhes nas áreas escuras.
que se tornou padrão em artes gráficas (a letra K é
empregada para o Black, evitando confusão com o Cores no preto e preto nas cores
Blue). Consegue-se com o CMYK um tom preto Uma curiosidade da síntese de cores CMYK é que
melhor e bem mais denso que o obtido só com as podemos usar o Preto não apenas nas áreas de
tintas CMY. (figura acima) sombra, mas em praticamente todas as cores que
são sintetizadas com uso de ao menos 25% das três
Remoção de cores sobrepostas tintas CMY. Um exemplo: ao ser impresso com
No início, as separações CMYK eram feitas por 100% de Magenta e 100% de Amarelo (100M/
processo óptico, com filtros coloridos separando as 100Y), o papel passa a refletir um tom vermelho
luzes RGB da imagem para gerar os filmes CMY. vivo, luz Red quase pura. Ao sobrepormos 30% de
O quarto filme (K), era obtido pela sobreposição tinta Ciano nessa cor, esse terceiro pigmento irá
dos três filtros, gerando um Preto leve (ou obstruir justamente a luz Red. Por isso, colocado
“esquelético”) que servia apenas como reforço nas sobre o Vermelho, a tinta Ciano se comporta
SEPARAÇÃO DE CORES áreas mais escuras. O advento dos primeiros exatamente como uma tinta Preta: não modifica o
feita em Photoshop scanners analógico-digitais – que não geravam “tom” da cor original, mas bloqueia parte da luz
utilizando-se o método arquivos digitais, mas separações CMYK em filme refletida e “escurece” a imagem. Por isso, o tom
UCR, com 320% de carga – tornou possível o desenvolvimento de novas e vermelho escuro que obtemos com 30C/100M/100Y
máxima e limite do mais sofisticadas utilizações para a quarta cor. Os é muito semelhante ao que se consegue trocando o
Preto em 85%. Ao centro, scanners “de mesa”, que capturam imagens em Ciano por Preto e imprimindo 100M/100Y/30K.
a sobreposição das RGB, e o Photoshop trouxeram essas tecnologias Nessa mesma tonalidade vermelho escuro,
tintas Ciano, Magenta e para o desktop publishing. podemos fazer combinações ainda mais sofistica-
Yellow. À direita, o Preto Um dos problemas de imprimir em quatro cores das. Para compreender o processo, esqueçamos por
gerado pela separação. é que, ao aplicar quatro cargas de tinta “chapadas” um minuto as deficiências dos pigmentos CMY e os
diferentes ganhos de ponto
que ocorrem em cada tinta.
Nessa utópica impressão
ideal, a tinta Preta – ao
bloquear todas as luzes –
cumpre também a função
das tintas Magenta e
Foto: Clipart/Corel Corp.

Amarela que já estão


impressas sobre o papel. Por
isso, podemos retirá-las da
composição, na proporção
em que o Preto foi adiciona-
pelo Preto permite obter
cores escuras e densas
sem “estourar” o limite
de carga. Além disso, o
método pode gerar uma
economia de tinta de até
5%, que não deixa de ser
significativa em grandes
NA IMPRESSÃO CMYK, é possível que três fórmulas bem diferentes gerem cores muito tiragens (onde a tinta
semelhantes, variando apenas o nível de GCR: à esquerda, 30C/100M/100Y (CMY, sem chega a representar de
GCR); ao centro 21C/97M/97Y/14K (CMYK com GCR alto); à direita 96M/95Y/29K (CMYK 15 a 20% dos custos de
com GCR máximo). impressão).
do. Ou seja: podemos mudar a fórmula O GCR oferece um benefício
de 30C/100M/100Y para 70M/70Y/30K e adicional: torna as cores menos sujeitas
ainda estaremos muito próximos da cor a interferências por variações ou erros
inicial. Só que a carga nominal de tinta nas cargas de tinta durante a impres-
sobre o papel caiu de 230% para 170%. são. Um exemplo: a tom da cor da pele
E menos tinta significa menor tempo de das pessoas negras, numa separação
secagem do impresso, um trabalho mais UCR padrão apresenta valores em
fácil para o impressor e uma redução de torno de 40C/55M/65Y/5K (os valores
custos na impressão de grandes tiragens. absolutos podem variar conforme a luz,
Essa técnica foi batizada de GCR mas a proporção entre as tintas
(Gray Component Replacement) ou “Substi- costuma ser relativamente constante).
tuição do Componente Cinza”, porque Uma pequena sobrecarga na tinta
substituímos 30C/30M/30Y (um tom Ciano basta para deixar esse tipo de
cinzento) da cor inicial por 30% de pele com um tom esverdeado. Usando
preto. O método pode ser utilizado em um GCR acentuado, o mesmo tom
diversas intensidades. No caso acima, seria obtido em 20C/45M/55Y/29K.
poderíamos substituir apenas metade do Com menos Ciano na fórmula, e um
“componente cinza” e obter 15C/85M/ Preto mais “pesado” a imagem ganha
85Y/K15, ou ainda um terço dele, estabilidade cromática e fica mais
gerando 20C/90M/90Y/10K. Na nossa protegida contra variações indesejáveis
utópica impressão ideal essas três de tom na hora da impressão.
fórmulas gerariam exatamente a mesma Nem tudo são flores, entretanto, no
cor. Voltando ao mundo real, o sistema GCR. Trabalhar com um preto
ainda funciona, mas é preciso fazer “pesado” na composição das cores
diversas compensações e ajustes na também tem inconvenientes. De
proporção de cada tinta. Ainda assim, as todas as tintas do CMYK, o Preto é o
cores costumam apresentar pequenas mais sujeito a sobrecargas indevidas na
alterações. De qualquer modo, não se impressão. Especialmente porque, ao
preocupe em aprender a calcular esses ajustar essa cor, o gráfico precisa se
ajustes: o Photoshop faz isso automati- preocupar em manter nítidas e bem
camente desde que informemos o nível destacadas as letras que formam os
desejado de GCR. (figura acima) textos, geralmente impressos em
Preto. Letras em corpo miúdo, fontes
Prós e contras do GCR serifadas ou com hastes finas, traços e
Apesar desse balanceamento complicado fios delicados costumam exigir uma
e das pequenas alterações nas cores, o carga de tinta bem acima do padrão,
GCR oferece muitas vantagens, em em especial quando estão a impressão
especial para quem trabalha com é feita em papéis de baixa qualidade.
máquinas rotativas e papéis de qualidade Nessas situações, um GCR pesado
inferior (caso de boa parte da imprensa transforma-se numa armadilha, pois
escrita), onde a carga máxima de tinta é, qualquer sobrecarga nos tinteiros da
freqüentemente, limitada em 260% ou máquina aumenta muito o ganho de
até menos. Nesses casos, a substituição ponto das retículas. Por ser uma tinta
processo

subtons de preto sofrem uma invasão


azulada. Assim, as preferências variam
de pessoa para pessoa”.

Soluções de compromisso
Como regra geral, siga a seguinte
recomendação: se a fidelidade das
cores da imagem for muito importante,
o grau de luminosidade tiver boa
margem para variações, o controle de
cores na impressão for precário e a
carga de tinta limitada, deve-se usar
um GCR médio ou elevado. Caso a
fidelidade de cores seja menos impor-
tante ou exista um controle de qualida-
de cuidadoso na impressão, ou ainda
quando a foto está com níveis críticos
de luminosidade, opte pelo UCR ou
por um GCR leve. Entre um e outro
extremo há inúmeras situações inter-
mediárias, que exigem uma avaliação
NA FOTO DE CIMA, extremamente forte, o ganho de ponto no Preto cuidadosa e – principalmente – experiência e
separação feita em tem um efeito devastador no conjunto da imagem, bom senso. A melhor solução será sempre a que
Photoshop utilizando-se “anoitecendo” as fotos e arruinando imagens garante um compromisso aceitável entre os
o método GCR leve. Em escuras ou com muitos detalhes nas áreas de ganhos e as perdas de cada método.
baixo, a mesma imagem sombra. Por isso, caso você suspeite que o impres- Uma dica: na dúvida, prefira trabalhar com um
com separação em GCR sor será obrigado a carregar na tinta, não hesite em Preto leve ou “esquelético”: os impressores estão
alto. Carga total de 320% gerar um Preto mais leve ou em aplicar uma curva mais acostumados a lidar com esse tipo de separação.
e limite do Preto em 85% de compensação mais acentuada no canal dessa cor Uma alternativa, para usuários avançados, é usar os
nas duas imagens (na próxima Publish voltaremos a esse assunto). recursos de máscaras, layers e fusão de canais do
Além disso, a maior estabilidade cromática Photoshop para efetuar duas separações com valores
das fotos convertidas com GCR alto também diferentes e preservar o GCR elevado apenas nas
pode se transformar num problema, pois reduz áreas da imagem onde haja cores críticas.
muito a margem de correção intencional de cores Para encerrarmos esse assunto: é fundamental
que pode ser feita na imagem, seja no Photoshop que o produtor gráfico analise o conjunto do seu
(alterando o arquivo digital CMYK), seja no produto (projeto gráfico, tipo de papel, equipamen-
próprio momento da impressão (regulando as to de impressão, predominância de fotos claras ou
cargas de cada tinta). Além disso, cores claras escuras, etc) antes de decidir pelo melhor técnica
costumam apresentar um aspecto “sujo” quando de geração de preto na separações CMYK. Por isso,
produzidas com GCR elevado. caso você faça seus scanners num bureau de serviços,
Segundo o especialista Sérgio Rossi Filho, da solicite que as imagens sejam fornecidas em
Rossi Tecnologia Gráfica, é preciso levar em conta arquivos RGB, ou LAB,, ou indique ao bureau os
também o gosto pessoal do produtor gráfico. “Os parâmetros desejados para a geração do CMYK. O
fabricantes de tinta adicionam uma anilina azul- Photoshop, desde que esteja devidamente acerta-
violeta com o propósito de neutralizar o matiz do, também oferece inúmeros recursos e condições
marrom-avermelhado das tintas pretas. Por isso, muito boas para a relização das conversões RGB-
quando impressas em muito pouca quantidade, os CMYK mais adequadas ao seu trabalho.
Na próxima edição, vamos discutir em
Limites de Tinta Recomendados para Separações CMYK detalhes as questões referentes aos métodos de
compensação do ganho de ponto e as técnicas de
Tipo de Papel Off-Set Plana Off-Set Rotativa Rotogravura
aplicação do filtro “unsharp mask”. Até lá.
Total / Preto Total / Preto Total / Preto
Revestido 320% / 90% 300% / 85% 350% / 90%
André Borges L opes (andrelopes@originet.com.br) é
Lopes
Não-revestido 300% / 85% 280% / 80% 330% / 85%
produtor gráfico, consultor em artes gráficas e diretor da
Jornal 280% / 80% 260% / 75% 300% / 80%
Bytes &Types.
Ajustando os parâmetros do Photoshop
A ntes de fazer separações de cor no Adobe Photoshop, é importante ajustar os parâmetros
de conversão RGB-CMYK, adequando-os às características técnicas de cada impresso. O
processo de ajuste é um pouco diferente nas versões 4 e 5 do programa.

No Photoshop 5
■ Abra o painel de acerto do CMYK (File/Color Settings/CMYK Setup)
■ Em CMYK Model, escolha Built-in (a menos que você tenha implantado um sistema de
gerenciamento de cor baseado em perfis de cor ICC, o que dispensa esse ajuste).
■ Em Ink Options, escolha as tintas Eurostandart, com a opção “coated” para papéis tipo
cuchê (revestidos), “uncoated” para papéis tipo “off-set” (não revestidos) e “newsprint” para
papéis tipo jornal.
■ Deixe a compensação de ganho de ponto (dot gain) em modo “standart”. Na próxima Publish
iremos discutir em detalhes esse ajuste. Atenção: o Photoshop 5 alterou o método de cálculo do
dot gain e, por isso, os valores são menores que os empregados nas versões 3.x e 4.x.
■ No tipo de separação escolha entre GCR e UCR, conforme explicado no artigo. Caso
você escolha GCR, será preciso definir o nível
de substituição por preto. None, irá gerar
separações CMY; light gera um preto leve, muito
semelhante ao do UCR. O nível de preto
aumenta nos níveis medium, hight até maximum. As
opções none e maximum só devem ser usadas
em casos especiais.
■ Acerte os limites de carga de preto (black
ink limit) e do total das tintas (total ink limit)
conforme a tabela. Cargas acima das recomendadas atrapalham a impressão, aumentam a
possibilidade de decalque e obrigam o impressor a usar um excesso de pó secante, compro-
metendo o brilho dos impressos. Cargas abaixo do ideal geram cores menos densas e uma
impressão de qualidade inferior, além de induzir o impressor a erros no entintamento.
■ Deixe o UCA (Undercolor Adition) em 0. UCA é uma técnica de adicionar cores CMY às áreas
pretas das fotos com GCR alto para aumentar o brilho e a saturação dessa cor. Só use essa
opção se tiver segurança sobre o que está fazendo.

No Photoshop 4
■ Abra o painel de ajuste de tintas (File/Color Settings/Printing Inks Setup). Escolha as
tintas Eurostandart, com a opção “coated” para papéis revestidos (cuchê), “uncoated”
para não-revestidos e “newsprint” para papel jornal. Infelizmente, as compensações de
ganho de ponto default
do Photoshop 4 estão
distante das ideais,
veremos como melhorá-
las na próxima Publish.
■ Abra o painel de ajuste
das tabelas de separação (File/Color Settings/Separation Setup) e siga os procedimentos 5, 6
e 7 do Photoshop 5.

Uma dica importante. Se você tem uma imagem CMYK preparada para um determinado uso
(papel cuchê em máquina plana, por exemplo) e deseja fazer uma nova separação para
outra impressão (papel jornal em rotativa), siga o seguinte procedimento: 1) ajuste os
parâmetros para a impressão original (cuchê) e abra o arquivo; 2) converta a imagem para
o modo Lab Color; 3) altere os parâmetros para a nova utilização (jornal); 4) converta
novamente o arquivo para CMYK; 5) faça os ajustes de cor, se achar necessário.
Digital

Por Ricardo Minoru Horie

Nova versão do software Dalim


Dialogue ES
de aprovação remota
veio recheada de novos
recursos

A novidade da Dalim para a Print’09 foi o lançamento


da nova versão de sua solução de aprovação remota: o
Dialogue ES. O princípio de funcionamento continua o
mesmo: possibilitar às empresas gráficas disponibilizar
arquivos PDF num ambiente web seguro onde os clientes,
munidos apenas de um web browser comum e de
acesso de banda larga à Internet, podem visualizar, fazer
anotações e aprovar remotamente seus trabalhos. Só que
essa versão dispõe de muito mais recursos, evitando-se,
por exemplo, gastos na produção e entrega de provas
impressas. Todas as anotações e marcações que podem
ser feitas nas provas remetem a itens convencionais que
seriam usados para fazer as anotações por meios não-
digitais, se a revisão fosse feita sobre uma prova impressa:
post-its, canetas, marca-textos etc.

18 REVISTA DESKTOP Outubronovembro2009


A diferença é que elas identificam quem as fez (nome do log- de FTP, e-mail e até mesmo podendo servir como repositório de
in) e quando (dia e hora). Isso representa duas vantagens extras: arquivos para agências de publicidade e seus clientes.
a primeira, e mais evidente, é que ninguém mais precisa perder Outro recurso bastante interessante é a capacidade do produto de
tempo decifrando as informações que o revisor escreveu à mão; armazenar diferentes versões de um mesmo layout, e a possibili-
a segunda, é que não é mais necessário digitar os trechos novos dade de solicitar comparações entre elas, durante a qual o Dialo-
(outro risco considerável de se gerar outros erros) já que se pode gue ES exibirá as áreas de mudança, confirmando se as alterações
copiar os novos trechos e colar no aplicativo nativo. solicitadas foram executadas ou não.
Na verdade, a versão anterior do produto continua lá, com as mes-
mas funcionalidade e interface. Só que foi rebatizado de Dialogue
HiRes e “rebaixado” à condição de módulo de um sistema maior, Módulos extras
com muito mais recursos, que passou a ser comercializado como
ES. O mesmo irá acontecer nos próximos meses com as futuras Existem vários módulos opcionais que podem ser instalados no
novas versões dos outros produtos da Dalim que irão compartilhar Dialogue ES.
uma interface única e o codinome ES (Esprit, ou espírito, em fran- Caso a empresa gráfica ou editora possua um sistema de workflow
cês). De acordo com o fabricante, o intuito disso, além de unifor- bastante moderno, um módulo opcional muito interessante seria o
mizar as interfaces graças à inclusão da tecnologia JDF na linha PDF Print Engine 2, pois a interpretação e renderização das provas
ES, é tornar muito mais fácil a integração desses produtos - tanto ficaria próxima da feita durante o processo de ripagem para grava-
entre si, como com outros sistemas de workflow e de gestão de ção de chapas, por exemplo.
informações de fabricantes diferentes. O módulo Flatplan View oferece uma imposição de páginas sim-
A versão ES do Dialogue recebeu recursos bastante sofisticados plificada para o cliente final que pode, ele mesmo, realizar essa
para deixar de ser um software e sim um sistema de aprovação tarefa, assim como realizar as mudanças desejadas.
remota. A começar pela interface do produto que, antes, apesar Já o módulo DVL (Dalim Virtual Library) complementa o Flat-Plan
de primar pela simplicidade de uso pelos dos clientes finais, mas View pois, além de servir como biblioteca virtual dos trabalhos ar-
pecava pela falta de controles mais avançados sobre vários itens. mazenados ou em processamento pela gráfica, permite a visuali-
O controle sobre os responsáveis, e seus respectivos privilégios, zação de uma revista com suas páginas imposicionadas como se
pela aprovação dos materiais tornou-se bastante sofisticado e se estivesse folheando o produto impresso, refletindo em tempo
complexo, indo além da atribuição de níveis de privilégios de apro- real as alterações na imposição das páginas executadas pelo clien-
vação diferentes, e passando para cada um dos envolvidos nos te. Os responsáveis pelo ciclo de revisão podem aprovar ou rejeitar
ciclos de revisão e/ou aprovação. com solicitações de alterações e, em questão de segundos, o res-
Um item que foi inserido nessa nova versão, e que é muito útil, ponsável pelo trabalho na gráfica irá receber um e-mail.
é a chamada Area Coverage, que coloca em destaque as áreas Com essas melhorias, os segmentos de mercado para utilização
que possuem uma somatória de carga de tinta (TAC) superior ou do produtos também cresceram, já que ele passa a ser útil tam-
inferior à especificada no campo correlato. bém para estúdios de fotografia, agências de publicidade, editores
Como os ciclos de revisão, com frequência, são feitos em grupo, o de revistas, além das tradicionais empresas gráficas que atuam
Dialogue, já desde sua versão anterior, permitia que vários indiví- com produtos editoriais, promocionais, embalagens, entre outras.
duos se reunissem num chat para discutir, em tempo real, as mo- Inf.: www.dalim.com ou www.eii.com.br
dificações necessárias do projeto e todas as anotações executadas
são exibidas instantaneamente para todos.
Além de permitir um controle aprofundado dos perfis ICC utiliza-
dos pela empresa gráfica, no caso de necessidade da aprovação
remota contratual, a versão ES pode ser configurada para exigir do
responsável pela aprovação a calibração de seu monitor antes de
realizar a tarefa, ou que a calibração executada recentemente seja
valida por um período de tempo ajustável.

Download e upload
É possível não apenas que os clientes façam o download dos ar-
quivos PDFs armazenados no servidor da gráfica, mas também
o contrário, ou seja, que os clientes façam o upload dos seus ar-
quivos PDF para a gráfica substituindo os sistemas proprietários

OuTubROnOVEmbRO2009 REVISTA DESKTOP 19


PROCESSO
testes

Os limites da compressão sem perda


Até que ponto é possível compactar um arquivo PDF sem danos visíveis na qualidade nas imagens
os últimos dez anos, o uso de imagens digitais tornou-se cada vez mais Joint Photographic Experts Group

N comum, mesmo entre pessoas que não estão ligadas às artes gráficas. A
popularização dos scanners de mesa e o surgimento de câmeras foto-
gráficas digitais cada vez mais poderosas e baratas inundaram os computa-
A maioria dos algoritmos de compactação de arquivos digitais
têm como característica básica a preservação integral dos da-
dos presentes no arquivo original. Esse é o caso dos algoritmos
dores com milhares de arquivos de imagem, tradicionais devoradores de me- do tipo ZIP ou SIT (que podem ser usados até mesmo para
mória e espaço em disco. compactar aplicativos) e TIFF-LZW: uma vez descompactados,
No entanto, mesmo para os padrões atuais de armazenamento, as foto- cada bit dos arquivos volta exatamente para o local devido e o
grafias ainda geram arquivos relativamente pesados. Um arquivo TIFF arquivo “expandido” é uma cópia exata do original. Aplicados
de uma imagem RGB em formato A4 (com 300 dpi de resolução) tem cerca em arquivos de imagem, esses algoritmos “sem perdas”
de 25 MB de informação. Ou seja, 28 imagens como essa são suficientes para (lossless) raramente conseguem reduções maiores que 2:1 .
lotar completamente um CD-R. Por outro lado, em formato compactado Surgido no início dos anos 90, o padrão de compressão
JPEG, o mesmo CD-R seria suficiente para armazenar com tranqüilidade mais JPEG foi desenvolvido por um grupo de especialistas em fo-
de 200 fotos. tografia (o Joint Photographic Experts Group) especialmen-
Mas, afinal, o uso da compactação JPEG é confiável em imagens destina- te para uso em imagens. Diferentemente dos anteriores, o
das a usos que exigem alta qualidade? Essa dúvida passou a ter uma impor- algoritmo JPEG permite uma “perda controlada” de quali-
tância especial nos últimos tempos, à medida que o formato PDF se consolida dade em benefício de uma maior taxa de compressão. Com
como o novo padrão de transferência de arquivos gráficos: um dos recursos uso do JPEG, é possível obter índices de compactação extre-
que permite uma significativa redução do tamanho dos arquivos PDF (em mamente elevados (na faixa dos 20:1 ou até 40:1 em algumas
comparação com o antigo padrão PostScript) é o uso de compactação JPEG fotos) mantendo uma qualidade aceitável na imagem, ao me-
nas imagens. nos para visualização em monitor.

32 www.publish.com.br | Julho/Agosto 2002


André Ricardo Vitor
Lopes Minoru Vicentini

Na área gráfica, o formato JPEG é visto uma dúvida: qual a opção mais adequada para a
com reservas. O uso de compactação muito geração de impressos, gerando o menor arquivo
elevada costuma causar a perda detalhes e a possível sem que apareçam nas imagens sinais
redução do número de meios-tons nas tran- ou marcas da compactação?
sições, além de deixar marcas (artefatos) fa-
cilmente visíveis nas imagens impressas. De Recomendações do mercado
qualquer modo, costuma-se considerar acei- Ao pesquisar a bibliografia especializada e os
tável o uso de imagens JPEG com “fator de manuais de geração de PDF das maiores gráficas
qualidade” acima do nível 8 (pelo padrão do do mercado, descobre-se que está bastante longe
PDF/JPEG Alto
Photoshop, que oferece 13 níveis de qualida- de haver um consenso em relação a essa escolha.
de, de 0 a 12), que resulta em compactações Apenas para citar algumas referências:
entre 5:1 e 10:1 dependendo da complexida- ■ A própria Adobe recomenda que, para uso
de do original. gráfico profissional, que as opções de com-
pressão devem ser deixadas em modo “Auto-
JPEG no formato PDF mático” com padrão de qualidade máximo.
A discussão do uso de compactação JPEG em ■ O manual de geração de PDF da Seybold afir-
arquivos gráficos ganhou novo alento com a ma que a opção JPEG com padrão de quali-
popularização do uso do formato PDF para o dade médio é suficiente.
envio de materiais para as gráficas e birôs, em ■ A Associação de Agências de Publicidade
substituição aos arquivos PostScript. Uma norte-americanas (DDAP) e a gráfica multi-
das diversas vantagens do PDF sobre seu nacional Donnelley recomendam o uso PDF/JPEG Médio
antecessor é o tamanho reduzido dos arqui- de compressão ZIP de 8 bits (sem perda).
vos, um grande benefício para quem pretende ■ A gráfica multinacional Quebecor recomen-
enviar os trabalhos por meio da Internet. da compressão JPEG máximo.
A maior parte dessa redução de tamanho, Diante de recomendações tão diversas, a
no entanto, só é conseguida quando o usuário Publish decidiu fazer um teste prático com uso
habilita o uso da compactação JPEG nas ima- de diferentes alternativas de compactação, sub-
gens no momento de gerar o arquivo PDF. O metendo os resultados finais à avaliação de espe-
aplicativo Acrobat Distiller, responsável pela cialistas. Nossa intenção era avaliar dois aspectos:
conversão do PostScript em PDF, oferece di- 1 - Quais os índices de compactação obtidos
versas alternativas de compactação dentro das com uso de cada um dos algoritmos;
Opções de Trabalho (Job Options). 2 - A partir de que ponto as perdas de quali-
Basicamente, é possível aplicar compac- dade passam a ser perceptíveis em uma
tação do tipo ZIP (sem perda em 8 bits ou análise acurada.
com perda em 4 bits) ou JPEG em cinco níveis
de qualidade: mínima, baixa, média, alta e má- O test-form e os arquivos
xima. Há ainda a opção automática, que deixa Para servir de base para o teste, a equipe da
para o Distiller a tarefa de escolher o algoritmo Publish montou um formulário de teste (test- PDF/JPEG Alto
mais adequado. form) em formato A3 (42 x 29,7 cm) contendo
seis imagens:
■ Três fotografias coloridas, escolhidas em fun-

ção da presença de diversas cores críticas (tons


de pele, alimentos e folhas) e de um alto índi-
ce de detalhes.
■ Uma fotografia preto-e-branco com grande

variação de tons claros e escuros e bom nível


de detalhes.
■ Um conjunto de espirais de cor CMYK, no

qual estão representados todos os 256 meios-


tons teoricamente possíveis de serem repro-
duzidos em um arquivo PostScript.
■ Uma escala de cores CMYK + preto compos-

O uso de cada uma dessas opções altera dra- to com as gradações de máximas e mínimas e
maticamente o índice de compactação do PDF as cores sólidas sobrepostas (C+M, C+Y, Y+M PDF/JPEG Médio
em relação ao PostScript. No entanto, resta e C+M+Y).

Julho/Agosto 2002 | www.publish.com.br 33


PROCESSO
testes

As quatro fotografias originaram-se Metodologia de avaliação


de cromos profissionais em formato médio Os cinco arquivos foram enviados para a
(gentilmente cedidos pelo banco de imagens Takano Editora e Gráfica, onde foram inter-
Stock Photos) e foram digitalizadas no pretados em RIP Prinergy, dando origem a
scanner de cilindro Hell Cromagraph da Pra- cinco jogos de fotolitos. Foi solicitada li-
ta da Casa - Estúdio de Finalização, com re- neatura de 175 lpi (70 lpc) com as seguintes
solução acertada para 300 dpi nos formatos inclinações de retícula C 75º, M 45º, Y 0º, K
finais de saída. A separação de cores e aplica- 15º. Os filmes formam utilizados para pro-
ção de Unsharp Mask foram feita nos padrões duzir cinco provas de cor convencionais (a- PDF/JPEG Alto
normais da Prata da Casa e não foram modi- nalógicas ou de contato) do tipo Cromalin.
ficadas posteriormente. Tanto os fotolitos como as provas de cor
O formulário foi montado em equipamen- não traziam identificação do arquivo do qual
to Macintosh, com o aplicativo QuarkXPress se originavam, apenas um código numérico
4.1, a partir do qual foi gerado um arquivo de identificação. Apenas os organizadores
PostScript de nível 3 (utilizando-se driver possuíam a lista que vinculava códigos e ar-
Adobe PS e o PPD do Distiller). O arquivo PS quivos. A conferência das provas ficou a car-
foi convertido para PDF por meio do Acrobat go dos técnicos e consultores participantes
Distiller 5.05, utilizando-se nas opções de da comissão de estudos de pré-impressão da
compressão do Job Options quatro alternati- ONS 27/ABTG (veja lista a seguir) e foi reali-
vas diferentes: ZIP 8 bits, JPEG Máximo, JPEG zada nas instalações da Print Media Academy PDF/JPEG Médio
Alto e JPEG Médio. da Heidelberg, em mesas com iluminação
Os ajustes de “dowsampling” (alteração da adequada. Foi permitido o uso de lupas e
resolução), assim como as demais opções conta-fios.
do Job Options foram deixados no padrão re- Inicialmente, foi informado aos técnicos
comendado pela ABTG para geração de PDF/ do que se tratava o teste e quais as especi-
X-1a. Deste modo, resultaram cinco arquivos ficações dos cinco arquivo em comparação.
a serem comparados: A seguir, entregamos apenas as provas de
cor sem identificação. Com base nessa avali-
OPÇÃO DE % EM RELAÇÃO AO ação inicial, os técnicos deveriam ordenar as
COMPRESSÃO TAMANHO ARQUIVO ORIGINAL provas conforme um critério decrescente
Arquivo original 44 MB 100% de qualidade.
Na segunda etapa, foram entregues aos téc-
PDF/ ZIP 8 bits 42 MB 95%
nicos os jogos de fotolito referentes a cada PDF/JPEG Alto
PDF/ JPEG Máximo 11 MB 26% prova, levando-os a uma nova análise dos re-
PDF/ JPEG Alto 6 MB 12% sultados “cor a cor” em mesa de luz transpa-
PDF/ JPEG Médio 3 MB 6% rente e eventuais mudanças na ordenação
das provas.
Por fim, os resultados foram confronta-
dos com provas do tipo Cromalin digital, pro-
duzidas pela DuPont a partir dos arquivos
originais. Essa comparação adicional não al-
terou os resultados obtidos anteriormente.

Resultados PDF/JPEG Médio


Os resultados do teste nos permitem as se-
PDF/JPEG Alto guintes conclusões:
1 - Não há diferença perceptível nos resulta-
dos obtidos com uso dos três arquivos mai-
ores – PostScript, PDF/ZIP bits e PDF/
JPEG Máximo. Mesmo em uma análise
criteriosa de provas de cor e fotolitos, os
técnicos não foram capazes de encontrar
diferenças capazes de permitir uma orde-
nação qualitativa consistente.
PDF/JPEG Médio

34 www.publish.com.br | Julho/Agosto 2002


PROCESSO
testes

2 - Nos dois arquivos menores – PDF/JPEG


Alto e PDF/JPEG Médio – já existem pe- Equipe de avaliação
quenas perdas de qualidade que fizeram
com que os técnicos os colocassem siste- Preparação dos materiais
maticamente em posição inferior à dos e coordenação do teste:
■ André Borges Lopes
outros três, em especial após avaliarem os
■ Ricardo Minoru Horie
fotolitos. No entanto, comparando apenas
■ Vitor Vicentini
esses dois arquivos, não há vantagem ní-
tida do JPEG Alto sobre o JPEG Médio.
Avaliação dos resultados:
■ André Luiz Teixeira
Recomendações Gama Gráficos e Editores
Diante disso, as recomendações da Publish para
■ Antônio Guedes
compactação de arquivos PDF são as seguintes: Editora Abril
■ Caso seu arquivo tenha que atender a exi- ■ Bruno Cialone
gências extremamente altas de qualidade, Screen Consultoria e Treinamento
a melhor opção é indiscutivelmente JPEG ■ Bruno Mortara

Máximo. Esse algoritmo permite índices Prata da Casa Estúdio de Finalização


bastante razoáveis de compactação (cerca
de 4:1 no nosso teste) sem nenhuma alte-
ração visível na qualidade das imagens.
■ Nos trabalhos que não exijam requisitos

tão estritos de qualidade ou que precisem


ser enviados pela Internet uma excelente
opção é JPEG Médio. Esse algoritmo cau-
sa uma perda muito sutil de qualidade nas
imagens, mas oferece em troca um fator

André Lopes
de compactação absolutamente sensacio-
nal (cerca de 17:1 no nosso teste).

Empresas
colaboradoras
Stock Photos
www.stockphotos.com.br

Prata da Casa
André Borges Lopes www.pratadacasa.com.br
(andrelopes@bytestypes.com.br)
é produtor gráfico, consultor em artes
gráficas pela Bytes & Types e instrutor Takano
na Graph Work. www.takano.com.br

Ricardo Minoru
(ricardo.minoru@idg.com.br) é consultor Print Media Academy
e editor executivo da Revista Publish. www.heidelberg.com.br

Vitor Vicentini
DuPont
(prepress@pobox.com) é editor de arte
www.dupont.com.br
e consultor em editoração eletrônica.

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