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Uma das figuras que mais me intrigam nas Escrituras é João Batista, o
primo excêntrico de Jesus. Quanto mais leio sobre ele, mais me identifico
com sua história. Dentre os testemunhos que Jesus dá acerca do último
dos profetas da Antiga Aliança, chama-me a atenção aquele em que
diz:^
(João 5:35).
Embora João jamais tenha realizado qualquer milagre, Jesus não hesitou
considerá-lo o maior expoente dentre os profetas. Maior que o próprio
Elias, que fez descer fogo do céu por diversas vezes. Maior que Moisés, o
Legislador de Israel, que dentre muitos milagres, fez abrir o Mar Vermelho
para que os hebreus escapassem do exército egípcio. Pra Jesus, João não
foi apenas o maior dos profetas, mas o maior de todos os homens:
³Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não
apareceu alguém maior do que João Batista; contudo, o menor no reino
dos céus é maior do que ele´ (Mt.11:11).
Com João, encerrava-se uma Era. Ele era como ³o último dos Moicanos´.
Cristo vinha anunciar a Era do Reino de Deus. E o menor dos cidadãos do
Seu Reino, poderia ser considerado maior que João. Ora, somos os
cidadãos do Reino de Deus. Por que deveríamos ser considerados
maiores que João? Para respondermos a esta pergunta, teremos que
compreender melhor a diferença entre as duas alianças, a do Monte Sinai
e a do Monte Gólgota.
O texto sagrado diz que Moisés, ao descer do Monte, teve que cobrir sua
face por causa da glória que nele resplandecia. Muitos acreditam que tal
medida foi necessária para que os filhos de Israel pudessem olhar pra ele.
Porém Paulo nos revela a verdadeira razão:
³E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face para que
os filhos de Israel não fitassem o fim daquilo que desvanecia´ (v.13).
No primeiro encontro que Moisés teve com Deus no deserto, ele avistou
uma sarça que ardia, porém não se consumia (Êx.3:2). E foi justamente
isso que o atraiu à sarça. Quando a glória se foi, a sarça se manteve
intacta.
Somos ofuscados pela glória, de forma que quem fitar em nós, em vez de
nos ver, verá a glória de Cristo em nós. Interessante notar que a glória
resplandecente no rosto de Moisés foi escondida sob o tecido de um véu.
Já a glória que resplandeceu no rosto de Jesus durante a Sua
transfiguração, fez com que o tecido que cobria todo o Seu corpo fosse
igualmente transfigurado (Mt.17:1-8).
"A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais
até ser dia perfeito" (Pv.4:18).