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Questão 1)

a)
A toxicidade seletiva de um antimicrobiano é a capacidade deste atuar
seletivamente sobre o organismo, sem provocar danos ao hospedeiro, logo podemos
dizer que, drogas que atuem sobre funções microbianas inexistente em eucariontes,
geralmente têm uma maior toxicidade seletiva. Temos antibióticos como os β-
lactâmicos que se ligam às proteínas ligantes de penicilina (PBPs) específicas na parede
celular bacteriano, e inibem a formação das ligações cruzadas entre as cadeias de
peptidioglicanos. Há também os Glicopeptídios (como a vancomicina) que também
alteram a formação da parede celular bacteriana ao interagir com o terminal D-alanil-
Dalanina da cadeia lateral de pentapeptídio, interferindo por competição com a
formação das pontes entre as cadeias do peptidioglicano. A Bracitracina (aplicada
topicamente) interfere com a desfosforilação e reciclagem do lipídio carreador
responsável por transportar os precursores do peptidioglicano através da membrana
citoplasmática para a parede celular (também inibindo a síntese da parede celular).
Antibióticos como isoniazina, etionamida, etambutol, cicloserina e pirazinamida atuam
na parede celular de micobactérias. Tanto a Isoniazida, a Etionamida e a Pirazinamida
afetam a síntese de ácido micólico, enquanto o Etambutol interfere na síntese de
arabinogalactana (na “parece celular”) e a Cicloserina inibe a D-alanila-D-alanina
sinterase, além da clanina racemase (também necessárias para a síntese da parede
celular). Os medicamentos ditos são os considerados de maior grau de toxicidade
seletiva. Há alguns medicamentos onde sua ação se dá por ligação à membrana
citoplasmática, como as Polinixinas que ao se ligar entre os fosfolipídios da membrana,
alteram a sua permeabilidade (estes apresentam um menos grau de toxicidade seletiva);
há também a Daptomicina, antibiótico que se liga à membrana celular da bactéria
levando a uma rápida despolarização do potencial de membrana, o que determina a
inibição da síntese de proteínas, DNA e RNA, além do extravasamento do conteúdo
celular, levando à morte. Existem antibióticos com seletividade variável, que inibem a
síntese de ácidos nucléicos, como a Rifamicina, que se liga à RNA polimerase DNA-
dependente, bloqueando o processo de transcrição. Outro grupo de antibióticos é capaz
de inibir a síntese protéica, como s Aminoglicosídeos que exercem sua ação
atravessando a membrana bacteriana externa (se presente; nas bactérias GRAM-
negativas), a parede celular e a membrana citoplasmática, até chegar no citoplasma,
onde inibem a síntese de proteínas bactérias se ligando irreversivelmente às proteínas
ribossômicas 30S; com este mesmo mecanismo apresentado temos as Tetraciclinas
(ambos com uma seletividade e espectro amplos) Os Macrolídeos são antibióticos que
também têm um amplo espectro de atividade, embora no seu mecanismo de ação haja,
diferentemente dos outros dois apresentados, uma ligação reversível ao rRNA 23S da
subunidade ribossômica 50S, o que bloqueia o alongamento do peptídio. As
Licosamidas, assim como os dois ultimos (Tetraciclinas e Macrolídeos) têm uma ação
bacteriostática, diferente do Aminoglicosídeo que tem uma ação bacteriolítica. Assim,
ela também atua por ligação à subunidade 50S dos ribossomos bacterianos, impedindo a
síntese protéica. As Estreptograminas são antibióticos que são administrados com uma
combinação de dois componentes, como, por exemplo, a quinupristina-dalfopristina,
onde a segunda se liga à subunidade ribossômica 50S e induz uma alteração
conformacional que facilita a ligação da quinupristina, assim, a dalfopristina evita o
alongamento da cadeia e a quinupristina inicia a liberação prematura dos peptídeos do
ribossomo. Nesta classe ainda temos o Cloranfenicol, que age como bacteriostático se
ligando reversivelmente ao componente pepdiltransferase na subunidade ribossômica
50S, bloqueando assim o alongamento do peptídeo. Estes últimos têm uma toxicidade
seletiva muito baixa, podendo lesar órgãos humanos, como a medula óssea. Outro
antibiótico seria as Oxazolidionas, com espectro restrito, que atividade que bloqueia o
início da síntese de proteínas por interferir na formação do complexo de iniciação
formado pelo tRNA, mRNA e o ribossomo, ao se ligar à subunidade 50S do ribossomo,
o que distorce o sítio de ligação do mRNA, inibindo assim a formação do complexo de
iniciação 70S. Outros antibióticos têm a capacidade de inibir a síntese e ácidos
nucléicos, como as Quinolonas que inibem a DNA topoisomerase tipo 2 (girase) ou
topoisomerase tipo 4 bacterianas, necessárias para a replicação, recombinação e reparo
do DNA. Uma das primeiras quinonas a ser utilizada foi o Ácido Nalidíxico. E outro
antibiótico dessa classe seria o Metronidazol (também efetivos contra giardíase e outras
mais parasitoses) que ao sofrerem redução de seu grupamento nitro pela nitroredutase
bacteriana, levam à produção de compostos citotóxicos que rompem o DNA bacteriano.

b)
As β-lactamase são substancias produzidas pelas bactérias que têm função de
inativar os antibióticos β-lactâmicos. Algumas são especificas para penicilinas
(penicilinases), cefalosporinas (cefalosporinases), ou carbapenemas, enquanto outras
têm um amplo espectro de atividade, podendo assim inibir mais de uma classe
específica de antibióticos β–lactâmicos, sendo assim chamados de β-lactamases de
espectro estendido. Elas podem ser classificadas segundo sua estrutura primaria (classe
A à D) e suas características funcionais e bioquimicas (I à IV). As do grupo A ou II
podem hidrolizar penicilina e cefalosporina; as do grupo B ou III, os carbapenemicos;
as do C ou I, cefalosporina; as da D, penicilinas e cloxacilina; do IV, penicilinas. Genes
para as β-lactamases podem se situar em plasmídios e cromossomos, sendo as de classe
A e D encontrado nos plasmídios, e das classes C e D encontrados nos cromossomos.

Questão 2)
a)
O gênero Staphylococcus são cocos Gram-positivos, anaeróbios facultativos
imóveis. Ocorrem em grupos em forma de cachos, em cadeias curtas, aos pares ou
sozinhos. Podem desenvolver metabolismo respiratório (aeróbico) ou fermentativo
(anaerobiose). Podem apresentar cápsula polissacarídica ou camada mucóide. Alguns
são considerados como microbiota residente da pele e de mucosas dos seres humanos.
Apresentam fatores de virulência extracelulares e celulares.
-Extracelulares:
*enzimas:
-coagulase (convertem fibrinogênio em fibrina);
-catalase (quebra peróxido de hidrogênio);
-hialuronidase (“fator de disseminação”);
-nucleases (DNAse);
-fibrinoloisina (dissolução de coágulos de fibrina);
-β-lactamase (degradação dos β-lactâmicos);
-lipases (hidrólise dos lipídios);
*exotoxinas:
-citotoxinas e leucocidinas tóxicas para muitas células imunitárias e plaquetas.
Podem estar relacionadas com a destruição tecidual e formação de absessos.
-enterotoxinas (A à E)
-toxinas esfoliativas (A e B)
-Toxic Shock Syndrome Toxin-1 (TSST-1)
-Celulares:
*cápsula ou camada mucóide
*proteína A: liga-se aos receptores Fc das Igs
*ácidos teicóicos
*peptidioglicano: estimula a produção de pirógenos, ativa o complemento e agregação
de PMN (formação de absessos).

b)
Os S. aureus causam doenças através da produção de toxinas ou da invasão
direta e proliferação dos microorganismos que leva a destruição tecidual,
diferentemente do S. coagulase negativo, que causa doença pela invasão e destruição
tecidual (assim como os demais estafilococos).

c)
Por ser uma bactéria Gram-positiva e apresentar resistência através de β-
lactamases as quais inativam os antibióticos β-lactâmicos (penicilina, cefalosporina e
etc), os glicopeptídeos, como a vancomicina, pode ser um fármaco ativo contra tais
espécies. Pode-se administrar também, inibidores de β-lactamases (como a ácido
clavulânico) juntamente com os próprios β-lactâmicos.

Questão3)
a)
A espécie Streptococcus pyogenes apresenta antígenos polissacarídeos
específicos do grupo A de Lancefield, classificados como β-hemolíticos. A virulência
deste grupo é determinada pela habilidade da bactéria de aderir à superfície das células
hospedeiras, invadir as células epiteliais, evitar a opsonização e a fagocitose, e produzir
uma variedade de toxinas e enzimas (através da cápsula, ácido lipotecóico, proteína M,
proteína F, exotoxinas pirogênicas, estreptolisina C, estreptoquinase, DNase, peptidase
de C5a). Dentre as complicações não infecciosas causadas por ela, temos a febre
reumática e a glomerulonefrite aguda. A espécie Streptococcus agalactiae apresenta
antígenos polissacarídeos específicos do grupo B de Lancefield, classificados como β-
hemolíticos, podendo ser, ocasionalmente, não-hemolíticos. Seu fator de virulência se
dá pela produção de várias enzimas, como DNAses, hialuronidases, neuraminidases,
proteases, hemolisinas, fator CAMP e hipuricases, que facilitam a destruição tecidual e
disseminação da bactéria. O Streptococcus bovis são do grupo D, classificados como β-
hemolíticos e estão relacionados com doenças veiculadas por alimentos, podendo causar
neoplasia do trato gastrintestinal e endocardite.

b)
O Streptococcus pneumoniae e Streptococcus viridans são α-hemolíticos, este
último podendo ser gama-hemolíticos. Os primeiros estão presentes em todo trato
respiratório de adultos, podendo gerar pneumonias em doentes com gripe, endocardite,
meningite e etc. Já os segundos, estão presentes nas vias aéreas superiores e nos dentes,
podendo causar absessos dentários e endocardite.

c)
A penicilina ou ampicilina ainda são as primeiras escolhas apesar do aumento
das cepas resistentes (1/3 das cepas isoladas nos EUA são resistentes à penicilina). Caso
exista resistência, usam-se macrolídeos (como a azitromicina) já que tal espécie é
normalmente residente. Portanto, os bacteriostáticos impedem o aumento do número
desses microorganismos diminuindo a infecção.

d)
Gram-positiva: Enterococcus; Gram-negativos: Pseudomonas, Acinetobacter,
Burkholderia e Estenotrophomonas. Elas podem provocar infecções hospitalares,
principalmente em doentes imunodeprimidos. Deve haver, portanto, o controle
hospitalar contra esses tipos de microorganismos.

Questão 4)
a)
As micobactérias possuem parede celular complexa rica em lipídeos. A estrutura
básica da parede celular é típica de bactérias Gram-positivas: uma membrana plasmática
interna recoberta por uma espessa camada de peptidoglicanos, sem membrana externa.
Possuem também proteínas, manosídios de fosfatidilinositol e lipoarabinomanano
(LAM) ancorados na membrana plasmática. As proteínas são antígenos biologicamente
importantes, estimulando a resposta imunológica do paciente contra a infecção. Há
bactérias (como as micobactérias) que são resistentes às colorações típicas, mas que
uma vez coradas vão resistir fortemente à descoloração, mesmo por ácidos fortes
diluídos e álcool absoluto. As bactérias que possuem esta propriedade, dizemos que
são ácido-álcool resistentes (gêneros Mycobacterium e Nocardia). Esta característica é
devida ao elevado teor de lipídios estruturais (ex. ácido micólico) na parede
celular destas bactérias, que provoca uma grande hidrofobicidade, dificultando a ação
dos mordentes e diferenciadores de corantes aquosos. A técnica de Ziehl-Neelsen
evidencia esta ácido-álcool resistência. A fucsina fenicada, atuando a quente, vai corar
todas as células bacterianas e outras estruturas presentes no esfregaço de vermelho (o
calor vai derreter os lipídios de membrana tornando-a permeável). O ácido diluído em
álcool aplicado vai descorar todas as bactérias, exceto as ácido-álcool resistentes, que
permanecem coradas de vermelho pela fucsina. Assim, ao serem observadas após
coloração e contraste, com azul de metileno, encontraremos as bactérias ácido-álcool
resistentes: coradas de vermelho; não ácido-álcool resistentes: coradas de azul.

b)
No tipo IV de hipersensibilidade (mediada por células ou tardia) observa-se
grande presença de linfócitos T e monócitos e/ou macrófagos. Células T citotóxicas
causam danos diretos enquanto que células auxiliares T (TH1) secretam citocinas que
ativam células T citotóxicas e recrutam e ativam monócitos e macrófagos, que causam a
maioria das lesões. As lesões da hipersensibilidade tardia contêm principalmente
monócitos e algumas células T. Os pacientes portadores de tuberculose apresentam essa
forma de hipersensibilidade após a injeção de tuberculina (antígeno lipoprotéico
derivado do bacilo da tuberculose, Mycobacterium tuberculosis). Esta reação é
caracterizada clinicamente por uma enduração e eritema da pele no local da lesão. O
teste cutâneo para tuberculina (PPD) mostra uma exposição prévia ao antígeno, e sua
interpretação começa a partir de 12h após a injeção intradérmica. Ocorre
reconhecimento do antígeno pelas APCs locais, uma migração de LT para a pele, sendo
os TCD4 duas vezes mais numerosos que os TCD8, assim como de macrófagos; há
secreção de citocinas que estimulam ainda mais a reação, sendo o resultado um edema
de lesão granulomatosa visível na pele.
c)
A lepra tuberculóide ocorre em pacientes que têm boa resposta imunitária ao
bacilo de Hansen, pois o sistema imune consegue conter a disseminação do bacilo
através da formação de agrupamentos de macrófagos, agrupamentos estes denominados
"granulomas". Neste tipo de lepra, as manchas são bem delimitadas e assimétricas, e
geralmente são encontradas apenas poucas lesões no corpo. Há menor número de
troncos nervosos afetados, embora possa apresentar lesões intensas e mais precoces,
pela imunidade celular intensa. A destruição celular e tecidual - necrose caseosa dos
granulomas tuberculóides - podem levar à formação de abscessos e à destruição
completa dos nervos. Já a lepra lepramatosa (virchowiana) é a forma mais insidiosa e
lenta da doença, e ocorre nos casos em que os pacientes têm pouca defesa imunitária
contra o bacilo. As lesões cutâneas são lepromas ou hansenomas (nódulos infiltrados),
numerosas, afetando todo o corpo, particularmente o rosto, com o nariz apresentando
coriza e congestão nasal. A imunidade celular está diminuída, sendo que o número de
troncos nervosos lesados é numeroso, mas o dano neural é lento e progressivo. As
células de Schwann parecem ser os maiores alvos do Mycobacterium leprae (agente
etiológico tanto da lepra tuberculóide como da lepra lepramatosa), levando a longo
prazo a uma neuropatia desmielinizante. Em suma, se houver ocorrência de uma reação
TH1 (linfócitos auxiliares) citotóxica, com formação de granulomas e com destruição
dos macrófagos infectados, então a doença torna-se benigna e não é capaz de progredir
(lepra tuberculóide). Se, no entanto, for ativa uma resposta imunitária TH2, com
produção de anticorpos, não se forma granulomas e a bactéria dissemina-se (lepra
lepromatosa).

d)
No tratamento para a letra há o uso de diversos antibióticos, a fim de evitar
selecionar as bactérias resistentes do germe. A OMS recomenda desde 1981 uma
poliquimioterapia (PQT) composta de três medicamentos (antibióticos): a dapsona, a
rifampicina e a clofazimina. Essa associação destrói o agente patogênico e cura o
paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e vários anos de acordo com a gravidade
da doença. Podem aplicar-se injecções de procaína nos cordões nervosos. Os afetados
com a lepra lepromatosa tomam dapsona o resto das suas vidas.Quando as lesões
debilitantes já estão constituídas, o tratamento se baseia, além da poliquimioterapia, em
próteses, em intervenções ortopédicas, em calçados especiais, fisioterapia, dentre outras
medidas. No paciente contaminado, o tratamento consiste basicamente na combinação
de três medicamentos (antibióticos): rifampicina, isoniazida e pirazinamida. Já o
tratamento da tuberculose dura em torno de seis meses. Se o tuberculoso tomar as
medicações corretamente, as chances de cura chegam a 95%. É fundamental não
interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam. A vacina BCG é
utilizada na prevençao da tuberculose e deve ser administrada em todos os recém-
nascidos (primeiros 30 dias de vida). A antibioticoterapia deve ser continuada durante
muito tempo, porque as bactérias são difíceis de erradicar. É comum que cepas
diferentes estejam atuantes sobre o paciente, e elas podem ser destruídas em épocas
diferentes. Alguns medicamentos matam a bactéria, outros agem contra a bactéria
infiltrada em células, e outros, ainda, impedem a sua multiplicação. A continuidade
evita que cepas da bactéria mais resistentes sobrevivam no organismo, e retornem
posteriormente com uma infecção mais difícil de curar.
Questão 5)
a)
Treponema - Treponema pallidum é uma espécie de bactéria gram-negativa do
grupo das espiroquetas. Tem como habitat a mucosa urogenital. Ele é agente causador
da Sífilis.
Borrelia - Borrelia burgdorferi é uma espécie de bactérias espiroquetas. São
gram-negativas, anaeróbias e responsáveis pela doença de Lyme.
Leptospira – A Leptospira spp.causa a doença leptospirose. Esta é uma zoonose,
mas que afeta os seres humanos

b)
A sífilis primária (cancro sifilítico) manifesta-se após um período de incubação
variável de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contato. Até este período
inicial o indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado "cancro duro"
(apesar de em Portugal a palavra cancro também significar câncer ou neoplasia, trata-se
aqui de uma doença infecciosa).
O cancro é uma pequena ferida ou ulceração firme e dura que ocorre no ponto
exposto inicialmente ao treponema, geralmente o pênis, a vagina, o reto ou a boca. O
diagnóstico no homem é muito mais fácil, pois a lesão no pênis chama a atenção,
enquanto que a lesão na vagina pode ser interna e somente vista através de exame com
um especulo ginecológico. Pode ocorrer linfonodomegalia satélite não doloroso. Esta
lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente. Nesta fase a
pessoa infectada pode pensar erroneamente que está curada. Ocorre disseminação
hematogênica.
A sífilis secundária é a seqüência lógica da sífilis primária não tratada e é
caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8
semanas) após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e
aparece simetricamente no tronco e membros, e ao contrário de outras doenças que
cursam com erupções, como o sarampo, a rubéola e a catapora, as lesões atingem
também as palmas das mãos e as solas dos pés. Em áreas úmidas do corpo se forma uma
erupção cutânea larga e plana chamada de condiloma lata. Manchas tipo placas também
podem aparecer nas mucosas genitais ou orais. O paciente é muito contagioso nesta
fase. Os sintomas gerais da sífilis secundária mais relatados são mal-estar (23%-46%),
cefaléia (9%-46%), febre (5%-39%), prurido (42%) e hiporexia (25%). Outros, menos
comuns, são dor nos olhos, dor óssea, artralgia, meningismo, irite e rouquidão. Sinais
mais específicos ocorrem nas seguintes frequências: exantema (88%-100%),
linfadenopatia (85%-89%), cancro primário residual (25%-43%), condiloma plano (9%-
44%), hepatoesplenomegalia (23%), placas mucosas (7%-12%) e alopecia (3%- 11%).
Manifestações raras incluem meningite aguda, que acontece em aproximadamente 2%
de pacientes, hepatite, doença renal, gastrite, proctite, colite ulcerativa, artrite, periostite,
neurite do nervo óptico, irite, e uveíte.
A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial mas pode levar
dez anos para se manifestar, e já foram informados casos onde esta fase aconteceu
cinqüenta anos depois de infecção inicial. Esta fase é caracterizada por formação de
gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas
que podem acontecer em quase qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto. Outras
características da sífilis não tratada incluem as juntas de Charcot (deformidade
articular), e as juntas de Clutton (efusões bilaterais do joelho). As manifestações mais
graves incluem neurossífilis e a sífilis cardiovascular. Complicações neurológicas nesta
fase incluem a "paralisia geral progressiva" que resulta em mudanças de personalidade,
mudanças emocionais, hiperreflexia e pupilas de Argyll Robertson, um sinal
diagnóstico no qual as pupilas contraem-se pouco e irregularmente quando os olhos são
focalizados em algum objeto, mas não respondem à luz; e também a Tabes dorsalis,
uma desordem da medula espinhal que resulta em um modo de andar característico.
Complicações cardiovasculares incluem aortite, aneurisma de aorta, aneurisma do seio
de Valsalva, e regurgitação aórtica, uma causa freqüente de morte. A aortite sifilítica
pode causar o sinal de Musset (um subir e descer da cabeça, acompanhando os
batimentos cardíacos, percebido por Musset primeiramente em si próprio).

c)
O VDRL baseia-se na detecção de anticorpos não treponemais. É usado a
cardiolipina, um antígeno presente no ser humano (parede de células danificadas pelo
Treponema) e talvez no Treponema, que reage com anticorpos no soro, gerando reações
de floculação visível ao microscópio. Este teste pode dar falsos positivos, e são
realizados testes para a detecção de anticorpos treponemais caso surjam resultados
positivos. Esse teste é importante, pois, antes dele o diagnóstico era difícil e a sífilis era
confundida facilmente com outras doenças.

d)
Mais de 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça e
dor muscular nos membros inferiores e principalmente na panturrilha, onde, o individuo
não consegue se locomover, pois a dor é intensa. Cinqüenta por cento apresentam
náuseas, vômitos e diarréia. Um achado típico da leptospirose é a hiperemia conjuntival
(olhos acentuadamente avermelhados).
Rotineiramente, devem ser solicitados, para o paciente com suspeita de
leptospirose: hemograma, bioquímica do sangue (uréia, creatinina, FAL, bilirrubinas,
TGO, TGO, CPK e eletrólitos), radiografia de tórax e eletrocardiograma. O líquor deve
ser coletado apenas se houver indícios clínicos de meningite.

e)
À infecção devido à picada da carraça ou carrapato, segue-se um período de
incubação de três dias a um mês. A doença prossegue então exceto se interrompida por
tratamento eficaz. Na pele ao redor da zona da picada surge o eritema migrante, mancha
vermelha redonda que cresce até cerca de 5-50 centímetros de diâmetro, com
clareamento da zona central. Pelo menos 75% dos indivíduos infectados apresentam
este sinal precoce. Aproximadamente 50% dos indivíduos infectados apresentam mais
áreas avermelhadas (normalmente menores) logo após o surgimento da grande mancha
vermelha. Sintomas adicionais são: inchaço dos gânglios linfáticos locais, mal estar,
fadiga, dores de cabeça, febre e calafrios, rigidez do pescoço e dores musculares e
articulares que duram cerca de um mês. Os sintomas menos comuns incluem a
lombalgia, náusea e vômito, dor de garganta, aumento de linfonodos e do baço. Embora
a maioria dos sintomas surjam e desapareçam, a sensação de mal estar e a fadiga podem
persistir por semanas. Se não tratada em 80% dos casos surgem após algumas semanas a
dois anos as complicações tardias, com sintomas neurológicos iniciais como meningite,
encefalite e disfunção das funções intelectuais (alucinações, perdas de memória, outras),
paralisia de músculos devido aos danos nos nervos; e possivelmente problemas
cardíacos (15% dos casos) - arritmias (batimentos cardíacos irregulares) e pericardite
(inflamação do saco que envolve o coração). Mais tarde aparecem artrites com dores nas
articulações e artrite. Os joelhos afetados geralmente tornam-se mais edemaciados que
dolorosos, freqüentemente a temperatura da região aumenta (o que pode ser percebido
pela palpação) e, raramente, tornam-se hiperemiados (avermelhados). Pode ocorrer a
formação de cistos na face posterior do joelho. Quando esses cistos rompem, a dor piora
abruptamente. Aproximadamente 10% dos indivíduos com artrite de Lyme
desenvolvem problemas permanentes nos joelhos. A doença é raramente fatal, mas
conduz à debilidade. Um problema da doença são os sintomas algo moderados crônicos,
mas associados a danos significativos, levando o doente a não procurar o médico até
que haja disfunções irreversíveis.
O diagnóstico é feito pelo ELISA de detecção de anticorpos específicos contra a
espiroqueta. A cultura é extremamente difícil assim como a visualização microscópica,
já que não absorvem corantes. A PCR também é utilizada.

Questão 6)
a)
A família Enterobacteriaceae constitui o maior e mais heterogêneo conjunto de
bastonetes Gram-negativos clinicamente importantes. Cerca de 40 gêneros e 150
espécies e subespécies já foram descritos. Apesar da grande complexidade da família,
um pouco menos de 20 espécies são responsáveis por mais de 95% das infecções
humanas. As enterobactérias são organismos ubiquitários, ou seja, podem ser
encontrados em diferentes ambientes, como o solo, água e vegetação. Além disso,
fazem parte da microbiota intestinal da maioria dos animais, inclusive o homem. Estas
bactérias são responsáveis por diversas doenças humanas, incluindo 30% a 35% de
todas as sepses, mais de 70% das infecções do trato urinário e muitas infecções
intestinais. Alguns organismos como Salmonella typhi, espécies de Shigella e Yersinia
Pestis estão sempre associadas a doenças, enquanto outros são membros comensais,
podendo causar infecções oportunistas, como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e
Proteus mirabilis. Existe um terceiro grupo de enterobactérias, que são os organismos
comensais que se tornam patogênivos quando adquirem genes de fatores de virulência
em plasmídeos, bacteriófagos ou ilhas de patogenicidade. As infecções por
enterobactérias podem se originar a partir de um reservatório animal, como muitas
espécies de Salmonela e Yersinia,de um portador assintomático humanos, como
espécies de Shigella ou da disseminação endógena de organismos em um paciente
suscetível (por exemplo, E. coli), e podem envolver praticamente todas as partes do
corpo. A família não é formadora de esporos, são anaeróbios facultativos,
fermentadores de glicose. A maioria das espécies é móvel e apresentam cápsula e
fímbrias.

b)
As Enterobacteriaceae causam uma variedade de doenças e pelo fato de serem
encontradas em grande número no trato intestinal, essas bactérias são responsáveis por
transmitir doenças gastrointestinais, sobretudo através da via fecal oral. Dentre os
gêneros desta família que tem relevância clínica que podem causar doenças
gastrointestinais se destacam-se: Escherichia coli, Salmonella, Shigella e Yersinia.
Dentro do primeiro grupo, as cepas de E. coli êntero-hemorrágicas (EHEC) podem
causar colite hemorrágica. No grupo das bactérias do gênero Shigella, a espécie S.
dysenteriae é responsável pela produção de uma toxina (chamada Shiga) que sendo
semelhante à toxina produzida pela EHEC, provoca lesão no epitélio intestinal levando
à colite hemorrágica.

c)
O gênero Escherichia consiste em cinco espécies, sendo que a E.coli é a mais
importante clinicamente e a mais comum.
A E. coli enteropatogênica foi a primeira E. coli associada à doença diarréica, e a
doença que provoca é caracterizada pela diarréia infantil em países subdesenvolvidos,
diarréia aquosa e vômitos e fezes não-sanguinolentas. A patogênese é caracterizada por
uma lesão A/E mediada por plasmídeo com ruptura da estrutura normal de
microvilosidades resultando em má absorção e diarréia.
A E. coli enterotoxigênica provoca a diarréia do viajante, uma vez que são
observadas infecções em crianças pequenas de países em desenvolvimento ou em
pessoas que viajam para essas áreas. Não ocorre disseminação pessoa-a-pessoa, as
infecções dão normalmente adquiridas através do consumo de alimentos e/ou água
contaminados. A patogênese é provocada por enterotoxinas termoestáveis ou
termolábeis, mediada por plasmídeos, que estimulam a hipersecreção de líquidos e
eletrólitos.
A E. coli êntero-hemorrágica pode provocar desde uma diarréia leve, sem
complicações, a uma colite hemorrágica com dor abdominal severa e diarréia
sanguinolenta, com pouca ou nenhuma febre. A ingestão de menos de 100 bactérias
pode provocar a doença. A patogênese mediada por toxinas de Shiga (Stx-1, Srx-2)
citotóxicas, que prejudicam a síntese de proteínas; lesão A/E com destruição de
microvilosidades intestinais resultando diminuição da absorção.
A E. coli enteroinvasora invade e destroe o epitélio do cólon, produzindo uma
doença caracterizada inicialmente por diarréia aquosa. Um pequeno número de paciente
progride para a forma disentérica doença, que consiste em febre, cólicas abdominais,
sangue e leucócitos nas fezes.
Cepas de E. coli enteroagregativa têm sido identificadas como as causadoras de
diarréia aquosa persistente, com desidratação, em bebês de países em desenvolvimento
e pessoas que viajam para essas áreas. A persistência destas bactérias está associada a
diarréia crônica e retardo do crescimento em crianças. As bactérias são caracterizadas
por sua auto-aglutinação em uma disposição semelhante a “tijolos empilhados”. Este
processo é mediado por fímbrias formadoras de feixes, que são transportadas em um
plasmídeo. Há um encurtamento das microvilosidades, infiltração mononuclear e
hemorragias, além da diminuição da absorção de líquidos.

d)
As quatro formas de infecção por Salmonella são a enterite, septicemia, febre
entérica e colonização assintomática. No caso da enterite, sabe-se que esta é a forma
mais comum de salmonelose, tendo como manifestações iniciais consistindo em
vômitos, náuseas e diarréia não sanguinolenta, bem como, febre, cólicas abdominais,
mialgias e cefaléia. Estes sintomas aparecem 6 a 48 horas após o consumo de água ou
alimentos contaminados e podem persistir de 2 dias a 1 semana, regredindo
espontaneamente. A septicemia pode ser causada por todas as espécies de Salmonella
sendo as mais prováveis a S. choleraesuis (mais de 50% de suas infecções são
bacterêmicas) e S. dublim. Os pacientes com síndrome de bacteremia por salmonela
normalmente queixam-se de febre e calafrios que duram de dias a semanas. Os sintomas
gastrointestinais são incomuns, mas em alguns casos se segue à enterocolite clássica.
Outros sintomas observados são mal-estar, anorexia e perda de peso, como também
pode ocorrer infecção metastática em ossos, articulações, meninges, pleura, valvas
cardíacas e outros locais. Essa septicemia ocorre com maior freqüência em lactentes,
idosos e em pacientes com doenças associadas com hemólise (anemia falciforme,
malária e bartonelose), com linfoma, leucemia, entre outros. Pacientes com AIDS
podem desenvolver bacteremia por salmonela recorrente, dificilmente curável com
antibióticos. A terceira forma de infecção é a febre entérica; a febre paratifóide é uma
síndrome de febre entérica idêntica a febre tifóide, porém é mais branda. Esta é
produzida por um sorotipo diferente da S. typhi (principalmente S. paratyphi A, S.
schottmuelleri e S. hirschfeldii). As bactérias responsáveis pela febre entérica
atravessam as células que revestem os intestinos e são ingeridas pelos macrófagos. Elas
se multiplicam após serem transportadas para o fígado, baço e medula óssea. Dentro de
14 dias após a ingestão dos bacilos, os pacientes apresentam febre que aumenta
gradualmente, com queixas inespecíficas de cefaléia, mialgias, mal-estar e anorexia.
Esses sintomas persistem por uma semana ou mais e são seguidos por sintomas
gastrointestinais, seguindo-se então pela colonização da vesícula biliar e posteriormente
reinfecção do intestino. Já o estado de portador assintomático pode resultar de uma
infecção inaparente, que é a forma mais comum de infecção por salmonela, ou pode se
seguir a uma doença clínica (potador convalescente). O estado de portador é
normalmente autolimitado a semanas ou meses, com a incidência de coproculturas
positivas diminuindo rapidamente com o tempo. Em um ano, bem menos de 1% dos
pacientes ainda tem fezes positivas. A principal exceção é a S. typhi: cerca de 3% dos
infectados excretam o microrganismo indefiniidamente. Um paciente que teve
salmonela permanente nas fezes por um ano tem grandes chances de se tornar um
portador permanente

e)
I - Espécies de Shigella: causa doenças através da invasão e multiplicação em
células que revestem a mucosa do cólon. Cerca de 150 milhões de casos novos são
notificados por ano, e cerca de 70% das infecções acometem crianças com menos de 15
anos. A doença endêmica em adultos é comum entre homossexuais masculinos e
contatos domésticos com crianças infectadas. Surtos endêmicos da doença podem
acontecer em creches, enfermarias e instituições de custódia. A shiguelose é transmitida
pela via fecal-oral, principalmente por pessoas com mãos contaminadas e, com menos
freqüência, através de água ou alimentos. É caracterizada por cólicas abdominais,
diarréia, febre e fezes sanguinolentas. Os sinais e sintomas clínicos da doença surgem 1
a 3 dias após a ingestão das bactérias (a ingestão de cerca de 200 bactérias pode
produzir doença). A bactéria coloniza inicialmente o intestino delgado e começa a se
multiplicar nas primeiras 12 horas. Os sinais característicos da shiguelose são cólicas
abdominais baixas e tenesmo, com pus e sangue abundantes nas fezes.
II - Espécies de Citrobacter: infecções primárias causadas por Citrobacter são
raras em pacientes imunocompetentes. São causas mais comuns de infecções
hospitalares em neonatos e pacientes imunocomprometidos. Por exemplo, foi
reconhecido que Citrobacter koseri apresenta uma predisposição a causar meningite e
abscessos cerebrais em neonatos. A terapia antibiótica contra estes gêneros pode ser
ineficiente, porque os microorganismos são frequentementes resistentes a múltiplos
antibióticos.
III - Espécies do grupo Klebsiella, Enterobacter e Serratia: as espécies dos
grupos Enterobacter e Serratia, assim como a espécie Citrobacter, são raras em
pacientes imunocompetentes, e são causas mais comuns de infecções hospitalares em
neonatos e pacientes imunocomprometidos. Já os membros do gênero Klebsiella
apresentam uma cápsula proeminente que é responsável pela aparência mucóide das
colônias isoladas e pela alta virulência dos organismos in vivo. Os membros mais
comumente isolados deste gênero são K. pneumoniae e Klebsiella oxytoca, que podem
causar pneumonia lobar comunitária primária. Alcólatras e pessoas com
comprometimento na função pulmonar estão sob maior risco de pneumonia devido a
sua incapacidade de eliminar do trato respiratório inferior às secreções orais aspiradas.
IV - Espécies do grupo Proteus, Providencia e Morganella: causam infecções do
trato urinário. Algumas espécies do grupo produzem uma quantidade elevada de urease,
que degrada a uréia em CO2 e amônia. Este processo aumenta o pH da urina e facilita a
formação de cálculos renais. A alcalinidade aumentada da urina também é tóxica ao
uroepitélio. Apesar da diversidade sorológica destes organismos, a infecção não foi
associada a nenhum sorogrupo específico.
V - Espécies de Yersinia: há 11 espécies diferente contidas no gênero. A Y.
pestis é uma patógeno altamente virulento que causa doença sistêmica com alta taxa de
mortalidade; Y. entetocolotica e Y. peseudotuberculosis são patógenos essencialmente
entéricos raramente isolados a partir do sangue. Todas essas três espécies possuem
plasmídeos com genes de virulência. Uma característica comum às espécies patogênicas
é a sua capacidade de resistir à destruição fagocitária. Todas as infecções por Yersinia
são zoonóticas, com humanos como hospedeiros acidentais. Existem duas formas de
infecção por Y. pestis: a peste urbana, na qual os ratos são o reservatório natural e a
peste silvestre, que causa infecções em esquilos, coelhos e ratos do campo. Porcos,
roedores, gado e coelhos são reservatórios naturais de Y. enterocolotica, enquanto
roedores, animais selvagens e aves de caça são os de Y. pseudotuberculosis. A peste
urbana foi uma das doenças mais devastadoras da história. As manifestações clínicas da
infecção por Y. pestis são a peste bubônica e a peste pneumônica. A peste bubônica se
caracteriza por um período de incubação de não mais de sete dias depois que o
individuo é picado por uma pulga infectada. Os pacientes apresentam febre alta e um
bulbo doloroso (inchaço inflamatório nos linfonodos) na virilha e axila. O período de
incubação da peste pneumônica é mais curto, cerca de 2 a 3 dias. Inicialmente estes
pacientes apresentam febre alta e mal-estar, e os sinais pulmonares se desenvolvem um
dia depois. Os pacientes se tornam altamente infecciosos, e a disseminação de pessoa-a-
pessoa ocorre através de aerossóis. Aproximadamente dois terços de todas as infecções
por Y. enterocolotica consistem em enterocolite. A gastroenterite está associada à
ingestão de alimentos ou água contaminados. A infecção é mias comum em crianças, e
pode evoluir para a forma crônica da doença. A Y. pseudotuberculosis também pode
provocar uma doença entérica com as mesmas características clínicas. Outras
manifestações vistas em adultos consistem em sepse, artrite, abscesso intra-abdominal,
hepatite e osteomielite.

f)
I – Gênero Víbrio: a principal doença decorrente dessa bactéria é a cólera e o
mecanismo pelo qual se dá a doença está associada a genes cromossômicos que incluem
os genes para as duas subunidades da toxina colérica (ctxA e ctxB), o complexo gênico
do pilus co-regulado por toxinas (tcp), genes de fator de colonizacao acessória (acf),
gene de hemaglutinação-protease (hap) e neuraminidase. Estes genes tem sua expressão
controlada por genes reguladores (ToxR regulador). A toxina colérica é o fator de
virulência mais importante sendo que uma de suas subunidades (B) se liga a receptores
nas células epiteliais do intestino, já a subunidade A é internalizada e ativa o adenilato
ciclase, resultando em hipersecreção de água e eletrólitos. O pili codificado pelo tcp e as
proteínas quimiotáticas codificadas pelos genes acf são responsáveis pela aderência da
bactéria à camada de células mucosas. O gene hap é o responsável pela diarréia que
varia e branda a moderada, além de estimular a produção de IL-8 que com a degradação
da zônula de oclusão da mucosa intestinal causam inflamação do mesmo e diarréia. Não
está bem definido o modo pelo qual outras espécies, que não a V. cholerae, produzem a
doença, mas acredita-se que algumas produzam hemolisina direta termoinstável (TDH)
que é uma enterotoxina que induz a secreção de íon cloreto nas células espiteliais em
conseqüência de aumento de cálcio intracelular.
As espécies do Vibrio crescem naturalmente em estuários e ambientes marinhos em
todo o mundo. São capazes de sobreviver em águas contaminadas e em alta salinidade e
temperaturas variando em 10º a 30º C, podendo crescer em meio a moluscos
quintinosos por isso há associação entre consumo de mariscos e a infecção. Já ocorram
sete grandes pandemias de cólera desde 1817. A cólera é disseminada por água e
alimentos contaminados, sendo em geral observada em comunidades com condições
sanitárias precárias.
II – Gênero Clostridium: As doenças decorrentes dessa bactéria são o tétano,
botulismo e mionecrose ou gangrena gasosa.
No caso do C. perfringens pode também causar um espectro de doenças, desde a
gastrenterite maciça do tecido como mionecrose. Seu potencial patogênico está
associado a 12 toxinas e enzimas produzidas e enzimas produzidas por este
microrganismos. O C. perfringens tipo A é normalmente encontrado no trato intestinal
de seres humanos e de outros animais e encontra-se amplamente distribuído na natureza,
sobretudo em água e solos contaminados com fezes; ela é responsável pela maior parte
das infecções humanas.
A C. tetani, causadora do tétano, tem como ferramenta a formação de esporos
para que sobreviva nas condições mais adversas, uma vez que é extremamente sensível
à toxicidade do oxigênio e é relativamente inativo metabolicamente. Há produção de
duas toxinas: tetanolisina e tetanospasmina. Esta bactéria é ubíqua e é encontrada em
solo fértil e coloniza o trato gastrointestinal de muitos animais, incluindo os seres
humanos. A alta incidência de vacinação nos Estados Unidos faz com que a doença seja
rara neste país. O tétano acomete, sobretudo idosos e neonatos pelo fato de haver
diminuição da imunidade sendo ainda responsável por muitas mortes em países
subdesenvolvidos, com mais de 1 milhão de casos no mundo inteiro (20 a 50% de
mortes).
O agente etiológico do botulismo, o C. botulinum, tem a toxina botulínica como
mecanismo agressor. Esta toxina se assemelha á toxina tetânica, em estrutura e função,
diferindo-se apenas na célula neural alvo sendo especifica dos nervos colinérgicos
impedindo a liberação de acetilcolina. Há também produção de uma toxina binária, a
qual seus componentes que se combinam a fim de comprometer a permeabilidade
vascular. O C. botulinum é comumente isolado de amostras de solo e de água no mundo
inteiro. Foram identificadas três diferentes formas de botulismo: clássico ou alimentar,
infantil e de ferimento. São raros os casos nos Estados Unidos, sendo a maioria
associada ao botulismo infantil vinculado ao consumo de alimentos contendo os esporos
dos microrganismos (mel por exemplo); há também casos de botulismo alimentar pela
associação ao consumo de conservas caseiras e peixe e a incidência de botulismo de
ferimentos é desconhecida, mas a doença é muito rara.
III - Bacillus cereus: As doenças mais comumente observadas são as
gastrenterites, infecções oculares e sepse relacionada à utilização de cateteres
endovenosos. Uma das duas enterotoxinas produzidas por essa bactéria tem ação na
doença: a enterotoxina termoestável proteólise-resistente causa a forma emética da
doença e tem mecanismo de ação desconhecido enquanto a enterotoxina termolábil é
semelhante à produzida pelo E. coli e V. cholerae que estimula o adenilato ciclase-
adenosina monofosfato cíclico nas células epiteliais intestinais, acarretando uma profusa
diarréia aquosa. A patogênese das infecções oculares não é bem esclarecida, mas sabe-
se que tem ação de pelo menos três toxinas (necrótica, cereolisina e fosfolipase C) que
quando associadas a outros fatores causam rápida destruição do olho. Podem colonizar
transitoriamente a pele e podem ser isolados como contaminantes insignificantes de
hemoculturas, assim, na presença de um corpo estranho intravascular, esses
microrganismos podem ser responsáveis pela bacteremia persistente e pelos sinais de
sepse (febre, calafrios, hipotensão e choque). Quanto a epidemiologia sabe-se que são
microrganismos ubíquos, presentes em praticamente todos os ambientes. O isolamento
da bactéria a partir de amostras clínicas, na ausência de doença característica,
normalmente representa uma contaminação insignificante.
IV - Helicobacter pylori: Esta bactéria foi associada a doenças como a gastrite,
úlcera péptica e adenocarcinoma gástrico, e linfomas de células B do tecido linfóide
associado a mucosa gástrica (MALT). A H. pylori é altamente móvel e há produção de
quantidades abundantes de urease naquelas que colonizam o estômago de seres
humanos (o que não ocorre nas que colonizam o intestino). O crescimento dessa espécie
e de outras necessita de meio complexo de cultivo suplementado com soro, sangue,
carvão, amido ou gema de ovo, em condições microaerofílicas (quantidade diminuída
de oxigênio e aumentada de gás carbônico) e em uma faixa de temperatura variando de
30º a 37º C. múltiplos fatores contribuem para a inflamação gástrica e a destruição
tecidual que são características da doença. A urease bacteriana produzida serve de
neutralização dos ácidos gástricos e pela amônia produzida o que facilita a colonização
inicial juntamente por ação do bloqueio da produção de ácido pela proteína inibidora de
ácido da bactéria. Há atividade também da proteína do choque térmico (HspB);
subprodutos da urease (mucinase, fosfolipase) causando lesao tecidual; citotoxina
vacuolizante que induz lesao de células epiteliais e induz a resposta inflamatória; e
produção de superóxido dismutase e catalase protegendo o microrganismo da fagocitose
e da morte intracelular. Em 1984 a Helicobacter pylori foi isolado pela primeira vez em
cultura. A mais alta incidência de portadores é encontrada nos países em
desenvolvimento, onde 70 a 90% da população são colonizadas, a maioria antes dos 10
anos de idade. Nos Estados Unidos de forma diferente a colonização da bactéria tem
menor incidência na fase infantil mas aumenta em até 45% nos adultos. Acredita-se que
estas diferenças sejam devido a melhores padrões de higiênicos nestes últimos.
Verificou-se também que o tratamento de indivíduos colonizados ou infectados leva a
uma redução dessas doenças.
V - Campylobacter jejuni: As doenças causadas por espécies de Campylobacter
são basicamente a gastrenterite e a septicemia sendo que a primeira, sobretudo por C.
jejuni é a causa mais comum de gastrenterite bacteriana nos Estados Unidos. Fatores de
virulência específicas não foram totalmente especificados mas sabe-se ter a ação de
adesinas, enzimas citotóxias e enterotoxinas. A doença gastrintestinal produz
caracteristicamente lesões histológicas das superfícies mucosas do jejuno, íleo e cólon
que ficam com aspecto ulcerado, edematoso, sanguinolento, com abscessos em forma
de cripta nas glândulas epiteliais e processo inflamatório. Essa bactéria foi associada à
síndrome de Guillain-Barrè, um distúrbio auto-imunológico de SNP caracterizado por
fraqueza simétrica durante um período de vários dias, com recuperação em semanas ou
meses. As infecções por Campylobacter são zoonáticas, com um variedade de animais
servindo como reservatórios. No caso dos seres humanos, estes adquirem as infecções
por C. jejuni depois do comsumo de alimentos, leite ou água contaminados, sendo as
aves domésticas contaminadas as responsáveis pela maioria dos casos de infecção.
Estima-se que mais de dois milhões de casos ocorram atualmente nos Estados Unidos
mas a maioria dos casos não são notificados. É uma doença mais comum nos meses
quentes, mas ocorre o ano todo e sua incidência máxima é em adultos jovens.
Questão 7)
a)
As riquétsias são responsáveis por um número de doenças conhecidas como
grupo da febre maculosa. Essas incluem o tifo epidêmico, causado pela Rickettsia
prowazekii e transmitido pelo piolho; tifo murino endêmico causado por R. typhi e
transmitido pelas pulgas dos ratos; e a febre maculosa das montanhas rochosas, causada
por R. ricketsii e transmitida pelos carrapatos. Nos homens, as infecções causadas por
riquétsias danificam a permeabilidade dos capilares sanguíneos, o que resulta em uma
erupção cutânea característica.

b)
As riquétsias são bactérias gram-negativas em forma de bastão ou cocobacilos.
Uma característica marcante das riquétsias é que são transmitidas ao homem através da
picada de insetos e carrapatos, logo são consideradas zoonoses. Elas entram nas células
do hospedeiro por meio da indução de fagocitose. Rapidamente penetram no citoplasma
da célula e começam a se reproduzir por fissão binária, ou seja, são parasitas
intracelulares.

Questão 8)
a)
O patógeno Neisseria meningitides são cocos Gram-negativos aeróbicos,
tipicamente dispostos aos pares (diplococos) com os lados adjacentes achatados. Essas
bactérias não são móveis e não formam endósporos, são também oxidase-positivas, e a
maioria produz catalase sendo que produzem ácidos por oxidação dos carboidratos tanto
de glicose quanto de maltose (não por fermentação). Sua estrutura é típica das bactérias
Gram-negativas com uma fina camada de peptídioglicano no meio da membrana
citoplasmática interna e da membrana externa, no entanto, vale ressaltar que a N.
meningitides é coberta por uma cápsula de carboidrato verdadeira. Os fatores de
virulência encontrados nesse grupo são sua cápsula (que irá proteger a bactéria dos
fagócitos mediada por anticorpos), receptores específicos para pili meningocócicos
(permitem a colonização da nasofaringe), endotoxina que medeia a maioria das
manifestações clínicas e sua capacidade de sobreviver à morte intracelular na ausência
da imunidade humoral. Assim, compreendemos que a patogênese da Neisseria
meningitides dá-se da seguinte forma: o patógeno se liga às células da mucosa, penetra
nas células e se multiplica, e então passam através das células para o espaço
subendotelial onde a infecção é estabelecida.

b)
As manifestações clínicas em relação a N. gonorrhoeae indicam gonorréia
quando há secreção purulenta no local envolvido e disúria podendo ocorrer epididimite,
prostatite, abscessos periuretrais e dor abdominal. Ainda relacionada a essa espécie,
podem ocorrer infecções disseminadas com sepse e infecções de pele e articulações.Já
as manifestações clínicas relacionadas a N. meningitides correspondem a infecção
purulenta das meninges associada a cefaléia, sinais meníngeos e febre, podendo essa
infecção se disseminar com trombose de pequenos vasos sanguíneos e envolvimento de
múltiplos órgãos , lesões de pele pequenas em forma de petéquias que coaslecem em
lesões hemorrágicas maiores (constituindo um quadro de meningococcemia). Pode
haver ainda infecções adicionais como pneumonia, artrite e uretrite. Com relação a
possibilidade de imunização por vacinação, apenas na N. meningitides é possível uma
vez que na N. gonorrhoeae há uma variação antigênica entre as proteínas pilinas, o que
complica a tentativa de desenvolver uma vacina efetiva para a gonorréia.

Questão 9)
a)
As infecções causadas por Haemophilus influenzae ocorrem, na maioria dos
casos, em crianças de 6 meses a 6 anos de idade, principalmente entre os 6 meses a um
ano, quando ocorre uma diminuição na concentração de IgG da mãe na criança
associada á incapacidade da criança de gerar anticorpos suficientes ate
aproximadamente os dois anos de idade. Clinicamente a meningite causada por H.
influenzae não pode ser distinguida das outras causadas por N. meningitides e S.
pneumoniae, já que os sintomas são os típicos, febre, dor de cabeça, endurecimento da
nuca, dor de cabeça e tonteiras.

b)
As principais espécies causadoras de doenças em humanos, alem da H.
influenzae, são Haemophilus ducreyi e Haemophilus aegyptius, que causam
respectivamente o cancro mole (uma doença sexualmente transmissível que se inicia
com lesões penianas doloridas, úlceras moles e linfadenite local) e a conjuntivite em
crianças, podendo o H. aegyptius ainda provocar a febre púrpura brasileira, comum em
crianças e que pode evoluir para choque séptico, com coagulação intravascular
disseminada e gangrenas com ou sem mutilações.

Questão 10)
a)
A Bordetlla pertussis é um cocobacilo gram-negativo, não fermentador e aeróbio
estrito, que não apresenta cápsula. B. pertussis é o agente causador da coqueluche, cujas
manifestações clínicas são mediadas por diversas toxinas produzidas por ela, como a
toxina pertussis, a adenil ciclase, a dermonecrótica e a citotoxina traqueal, sendo que a
maioria delas irrita as células superficiais (células ciliadas do epitélio respiratório)
provocando tosse intensa e produção de muco.

b)
A coqueluche caracteriza-se por três estágios que são o catarral, o paroxístico e o
de convalescência. Ela inicia-se com a inalação de aerossóis.
- Estagio catarral: assemelha-se a um resfriado comum, com espirros, tosse
branda, mal-estar, anorexia e febre baixa. Numerosos microrganismos são liberados nos
perdigotos, que é a forma de contágio da doença;
- Estagio paroxístico: ocorrem acessos de tosse com produção de muco,
responsável pelo comprometimento das vias aéreas superiores;
- Estagio de convalescência: há diminuição da tosse, porem complicações
secundarias podem ocorrer.
A prevenção da coqueluche pode ser feita por meio da imunização ativa
utilizando microrganismos mortos ou através de vacina acelular contendo proteínas
purificadas do microrganismo. A vacina é administrada, geralmente, com toxoides
diftéricos e tetânico em 3 doses, sendo a primeira dada a partir dos 2 meses de idade, a
segunda entre os 12 e 15 meses e a ultima na criança em idade escolar. Nos adultos não
há recomendação pelo fato de a doença ser prevalente em crianças
Questão 11)
a)
A Chlamydia trachomatis é uma bactéria Gram-negativa causadora da DST
clamidíase, que tem como sintomas a uretrite não gonocócica, mas que pode ocasionar
orquiepidimite aguda no homem e doença inflamatória pélvica na mulher (quadro
parecido com a apendicite). Esta bactéria também é responsável pelo Tracoma, que é
uma doença infecciosa que causa inflamação e cicatrização da conjuntiva. Isto pode
levar a cegueira, pois a córnea se torna opaca.
A Chlamydophila pneumoniae é uma bactéria Gram-negativa e a principal
causadora da pneumonia e da bronquite em adolecentes. Pessoas idosas podem
apresentar formas mais severas e infecções repetidas.
A Chlamydophila psittaci causa a psitacose ou ornitose após exposição do
indivíduo à pássaros infectados. O espectro clínico desta bactéria atinge de uma forma
infecciosa assintomática à uma síndrome tóxica fulminante. Pacientes com tal doença
normalmente apresentam pneumonia ou febre de origem desconhecida.

b)
Essas bactérias não são capazes de produzirem energia (ATP) para si mesma
sendo obrigatória sua vida dentro da célula do hospedeiro. O ciclo é iniciado quando os
pequenos corpos elementares infecciosos se ligam a microvilosidades de células
susceptíveis penetrando ativamente, a seguir, na célula hospedeira. Após a
internalização as bactérias permanecem em fagossomos citoplasmáticos, onde ocorre o
ciclo replicativo. A fusão de lisossomos com o fagossomo contendo corpos elementares
e sua subseqüente destruição intracelular são inibidas. Após a entrada na célula, os
corpos elementares se reorganizam, formando corpos reticulados metabolicamente
ativos e de maior tamanho, os quais são capazes de sintetizar seu próprio DNA, RNA e
proteínas. Os corpos reticulados se replicam por divisão binária dentro do fagossomo
(inclusão); em seguida, passam a se reorganizar formando corpos elementares menores
que rompem a célula e libera os corpos elementares infecciosos.

Questão 13)
a)
Os microrganismos anaeróbios são aqueles que não toleram a vida em ambintes
que apresentem oxigênio, não os utilizando para a obtenção de energia. Assim sendo,
eles podem ser classificados em dois tipos: os “extremamente sensíveis” que não irão
tolerar concentração acima de 0,5% de oxigênio mais que alguns minutos (são tipicos
das nossas populações microbianas normais); e os “moderamente sensíveis” que por
sua vez conseguem tolerar concentração de oxigênio de 2-8% por 15 a 20 minutos,
observando que estas bactérias podem não conseguir multiplicar na presença de
oxigênio, mas não morrem. Estes últimos são considerados os principais causadores de
infecções humanos, levando em consideração a sua capacidade de adaptação.

b)
Tal fato se daria devido à incapacidade de eliminação ou capacidade limitada de
eliminar produtos do metabolismo do Oxigênio molecular, como os ânions superóxido,
peróxido de hidrogênio e radicais hidroxila.
c)
Uma vez que a maioria das doenças causadas por bactérias anaeróbias são
oriundas da nossa própria população bacteriana residente (apresentando assim um
caracter anfibiôntico), em condições favoráveis, como a perda do suprimento sanguíneo
em tecidos, induzindo uma hipóxia local e/ou metabolismo fermentativo pelas células
daquele tecido, estabelecendo um potêncial de óxido redução mais baixo, permitem o
desenvolvimento exacerbado destas bactérias. Outra condição seria com o auxílio de
microrganismos anaeróbios facultativos, com o consumo de pequenas concentrações de
oxigênio (O2) presente naquele sítio.

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