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Professor: Sim, portanto, você tem que concordar que você é o culpado por
sua frustração, e não os outros.
Aluno: Mas e quando os outros são responsáveis por nosso fracasso, e, por
conseqüência, nossa frustração?
Professor: Não muda nada, pois você deve entender que os outros não têm o
dever de agir de acordo com suas expectativas, mas apenas com as deles
próprios.
Aluno: Entendo este ponto de vista, mas a dúvida inicial continua, então, o que
fazer com a frustração?
Professor: Não.
Aluno: Entendo. Mas ainda não sei como olhar os desejos de forma diferente.
Professor: Para isso, em primeiro lugar, você deve conhecer quais são esses
desejos, para em seguida olhá-los de forma diferente.
Aluno: Posso aplicar a mesma técnica sobre a qual conversamos dias atrás?
Professor: Talvez. Mas o que quero que compreenda é que não existe técnica
universal. Você encontrará respostas, mas provavelmente, não todas as
respostas. Portanto, novamente repito, não crie expectativas em relação a isso
também, pois do contrário irá obter apenas mais uma frustração na sua vida.
Aluno: Ok. Vamos ver se entendi. Muito do nosso sofrimento vem do fato de
nos sentimos frustrados por não obtermos tudo aquilo que acreditamos ser de
nosso direito, e se entendermos daonde provém esta crença de que temos
direito àquilo, não nos sentiremos frustrados.
Professor: Você entendeu o que tinha que entender, no entanto, deve entender
que há sofrimentos que não serão resolvidos com algo tão simples assim.
Aluno: Entendo este ponto também. Mas continuo não entendendo porque
sofremos tanto.
Professor: Vou lhe explicar de outra forma. Se você tivesse filhos, você os
mandaria à escola?
Professor: Mesmo sabendo que iriam ter algum tipo de sofrimento, como ter
que sacrificar as brincadeiras, ser obediente ao professor, fazer as tarefas,
serem vítimas de bullying dos amigos, etc.?
Aluno: Sim, porque todos nós passamos por isso, creio que somente assim
eles formariam seu caráter e aprenderiam a se relacionar com o mundo.
Professor: E o que você me diria de um pai ou mãe que evitasse que seus
filhos fossem à escola para não sofrerem tudo aquilo e mais um pouco daquilo
que citei?
Aluno: Creio que apesar de entender as preocupações deste pai ou mãe, não
poderia concordar com a atitude deles, pois estariam prejudicando a vida que
seus filhos teriam no futuro.
Professor: É claro que há. Não quero que pense que concordo com todo o
sofrimento absurdo que existe neste mundo. Não é isso. O que quero dizer, é
que parte deste sofrimento é necessário para que aprendamos certas coisas,
que não seriam aprendidas de outra forma. Infelizmente, muito do sofrimento
existente no mundo não é causado pela necessidade de aprendizado
individual, e sim por interesses ocultos que nada acrescentam à evolução
humana, mas que somente atendem ao desejo desmedido do ego de
indivíduos pouco preocupados com seus semelhantes.
Aluno: Começo a perceber melhor o que quer dizer. Mas sobre nossas
escolhas individuais, acha que com sofrimento inconscientemente escolhido,
aprendemos aquilo que precisamos?
Professor: Não sou capaz de responder isso. Cada qual deve responder por si
próprio, pois é a forma como cada qual se relaciona com este tipo de
sofrimento que pode dizer se algo foi aprendido ou não.
Aluno: Vou pensar sobre o que disse, e tentar aplicar algo no meu dia a dia.
Obrigado.
Professor: De nada.
Paulo Schwirkowski
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