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Roma: fundamentos
Monarquia (753 - 509 a.C.), República (509 - 27 a.C.) e Império (27 a.C.- 476
d.C.) são os três períodos em que se costuma dividir a história de Roma. O
período do Império, por sua vez, é subdividido em Alto Império e Baixo Império.
O Alto Império (27 a.C.- 235 d.C.) é a fase em que esteve em vigor o regime
político do principado. O Baixo Império (235-476), o regime político do
dominato.
Monarquia
Com a conquista etrusca de Roma e ao longo do governo dos três últimos reis
etruscos, a desigualdade entre patrícios e plebeus se aprofundou. Os patrícios
não cessavam de ampliar o seu poder com o recrutamento de clientes. Essa
palavra, para nós sinônimo de “freguês”, designava, para os romanos, um
conjunto de dependentes que, em troca de lealdade e serviços, recebia favores
das famílias patrícias. A clientela formava uma categoria social especial de
agregados dessas famílias, cuja origem parece não ser a mesma dos plebeus.
Primitivamente, clientes e plebeus eram duas categorias diferentes que
acabaram, com o tempo, fundindo-se numa só, como veremos adiante. Toda
grande família patrícia tinha a sua clientela. Em 479 a.C., a gens Fábia, por
exemplo, era constituída por 306 membros e tinha de 4 a 5 mil clientes. Porém,
por volta do ano 100 a.C., era freqüente plebeus se dizerem clientes de uma
família rica para receber dela algum amparo. Como categoria social, os
plebeus continuaram sendo os que não pertenciam a nenhuma gens.
A menor unidade social era, pois, a gens. Um certo número de gentes formava
uma cúria, e dez cúrias formavam uma tribo. Há portanto nessa organização
certo paralelismo com a da Grécia:
* As tribos romanas
Existiam em Roma, primitivamente, três tribos étnicas. Por volta de 470 a.C.,
elas foram substituídas por tribos territoriais. Em 241 a.C., atingiu-se, no total,
35 tribos territoriais (quatro urbanas e 31 rurais). Esse total não foi mais
ultrapassado.
Cada gens era chefiada por um pater (“pai”). Os membros das cúrias reuniam-
se em assembléias denominadas comícios curiatos, que votavam as leis. Os
chefes das gentes, os patres (plural de pater e palavra da qual se origina
patrício), formavam o Senado, ou seja, o conselho superior que atuava com o
rei na época da Monarquia e que se converteu, durante a República, no órgão
dirigente supremo. A palavra senado deriva do latim senex, que significa
“velho”. O Senado era, pois, um conselho de anciãos, uma instituição muito
comum na Antiguidade. Seu equivalente, na Grécia, era a Gerúsia, em Esparta.
Inicialmente composto de cem membros, o Senado passou a ter depois
trezentos e, mais tarde, seiscentos membros.
Os que não pertenciam a nenhuma gens eram plebeus e, por esse motivo,
estavam excluídos da vida política. Sem direitos políticos, eram considerados
cidadãos de segunda classe. Mas, atenção, ser plebeu não significava ter uma
condição econômica inferior ou de pobreza.
A fundação da República
Cartago era uma cidade de origem fenícia (punicus, em latim), situada no norte
da África. Contra ela, entre os anos 264 e 146 a.C., Roma travou três guerras,
na segunda das quais teve que enfrentar o lendário general cartaginês Aníbal.
Esses confrontos ficaram conhecidos como Guerras Púnicas, e os romanos
venceram todos eles.
Roma não parou mais de se expandir depois disso. Voltou os olhos para o
Leste, onde conquistou o reino macedônico da Grécia, e levou a guerra até o
mar Negro, onde reinava Mitridate, um formidável opositor, que resistiu aos
romanos por mais de vinte anos, até ser derrotado, em 66 a.C.
Mas não foram apenas as terras conquistadas aos povos do Ocidente que
fizeram a fortuna e o poder dos patrícios. Com a conquista do Oriente e a
imposição da administração romana, um imenso volume de dinheiro começou a
fluir para as mãos dos patrícios e para os cofres do Estado, a ponto de este se
dar ao luxo de abrir mão do imposto fundiário e do tributam cobrado do povo
em tempo de guerra.
• em 225 a.C., para 4 milhões e quatrocentos mil homens livres, havia 60 mil
escravos;
Os patrícios também foram atingidos pela entrada do trigo das províncias. Mas
eles enfrentaram essa nova situação fazendo a reconversão das culturas:
abandonaram o cultivo de cereais e se especializaram na plantação da vinha e
da oliveira e na produção de vinho e azeite de oliva, além de árvores frutíferas.
Para manter a plebe sob controle, o Estado oferecia também, além do trigo,
espetáculos circenses. Submetida a essa política do pão e circo (panem et
circenses), a plebe urbana, desocupada e desmoralizada, perdeu toda a
vontade de retornar ao campo e passou a ser um dócil instrumento nas mãos
de nobres ambiciosos. Para os patrícios, praticar essa política era cômodo e
custava menos que distribuir terras. A distribuição de terras era evitada porque
se temia que sua posse pudesse devolver aos plebeus a antiga condição de
assidui, não desejada devido ao senso cívico e participativo que lhes era
próprio. Esse era um problema que os patrícios tudo faziam para contornar.
Desde o ano 366 a.C., quando o acesso ao Consulado foi aberto aos plebeus,
teoricamente o ingresso à condição nobiliárquica ficou possibilitado a todos,
pois os cônsules tornavam-se automaticamente membros do Senado. Mas, na
prática, a nova nobreza senatorial fechou e impediu o acesso aos altos cargos
da magistratura aos membros não pertencentes ao seu grupo. De 200 a.C. a
146 a.C., apenas três não integrantes da nobreza senatorial conseguiram a
proeza de penetrar no fechado círculo daquela aristocracia.
Os irmãos Graco
Em 133 a.C., quando o rei de Pérgamo, Átalo III, legou em testamento o seu
reino aos romanos, o sistema escravista estava firmemente instalado e, junto
com ele, o inabalável poder da nobreza senatorial. Foi nesse momento que
Roma viveu a sua última e mais importante experiência reformista, ao final
fracassada.
Não obstante, dez anos depois, em 123 a.C., Caio Graco foi eleito tribuno, com
a intenção de continuar a obra de Tibério. Beneficiado por uma lei de 125 a.
C ., que dava ao tribuno o direito de reeleição, Caio Graco tinha, em tese,
condições para concluir o projeto do irmão.
Uma de suas iniciativas foi a distribuição de trigo a baixo preço. Para conseguir
esse feito, que posteriormente teve grande importância, foi preciso reorganizar
o comércio do cereal. O trigo consumido em Roma era trazido da Sicília, da
Sardenha e da África. Devido aos especuladores e à suspensão do transporte
marítimo no inverno, seu preço ao chegar em Roma era alto. Caio decidiu
armazenar o cereal em silos após a colheita, o que regularizou e barateou seu
fornecimento ao longo de todo o ano, beneficiando a plebe urbana.
Ditaduras
A ascensão de César
Antes de César assumir o governo como ditador, houve um curto período em que
vigorou o triunvirato (governo de três) integrado por ele, Pompeu e Crasso. Depois de
uma luta interna, César venceu os rivais e assumiu o poder sozinho em 48 a.C. César era
tio-avô e pai adotivo de Otaviano, que o sucedeu.
Ó general Lépido, o mais inexpressivo, perdeu logo seu poder para Otaviano,
em 36 a.C. Por esse tempo, Otaviano fazia-se chamar de Otávio e
apresentava-se em Roma como herdeiro legítimo de César, enquanto seu rival,
Marco Antônio, governava o Oriente a partir do Egito e se preparava para
enfrentá-lo, caso a ocasião para isso se oferecesse. Essa ocasião chegou em
31 a.C. e terminou com a vitória de Otávio.
O Império
Com a chegada dos Severos ao poder imperial, teve início outro período de
turbulência, que chegou ao auge em 235 d.C. Esse foi o ano em que começou
a mais profunda crise do Império Romano, da qual ele saiu completamente
transformado cinqüenta anos depois. Nesse conturbado período conhecido
como “anarquia militar”, de 235 a 285, Roma conheceu uma rápida sucessão
de mais de vinte imperadores, dos quais apenas um morreu do morte natural.
Em constantes motins, o exército romano estava dividido em facções rivais,
que proclamavam os imperadores com a mesma facilidade com que os
assassinavam.
2. As duas fases do Império. O Principado (27 a.C. - 235 d.C) e o Dominato
(284 - 476) constituem as duas fases do Império, separadas uma da outra por
um período conhecido como “anarquia militar” (235 - 284). O primeiro período é
também chamado de Alto Império e o segundo, de Baixo Império.
O Império começou com Augusto tendo nas mãos os poderes civil, militar e
religioso. Ele vinculou a posição social do indivíduo à renda e restringiu a
competência do Senado e das magistraturas aos assuntos civis relativos a
Roma e à Itália. Por fim, reorganizou o exército profissional e tornou-o
permanente. A intervenção dos militares na política foi o traço marcante do
Principado e continuou a sê-lo ainda mais no Baixo Império.
De principado a dominato
Contudo, essa primeira onda invasora germânica foi levada a cabo por povos
que haviam sofrido forte influência romana. Não tinham, por esse motivo, o
objetivo de destruir o Império. Esse fato foi demonstrado por ocasião dos
perigosos ataques desferidos pelos hunos.