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26
2 - Vetores
2.1 - Sistemas de coordenadas bi e tridimensionais
Para a representação de um ponto no plano são necessários dois números reais, que associados a dois eixos
coordenados (retas reais perpendiculares), constituem um par ordenado que indica a posição do ponto.
Para representar pontos no espaço tridimensional precisamos de três números reais e de três eixos coordenados
( R 3 ) . Geralmente chamamos estes eixos de x, y e z e são dispostos perpendicularmente entre si, x e y na
horizontal e z na vertical, cruzando-se mutuamente na origem 0. Um ponto P no espaço é definido por uma
tripla ordenada (a, b, c) de números reais, como na figura 2.2(a). Os três eixos coordenados determinam três
planos coordenados xy, xz e yz que dividem o espaço em oito octantes. O primeiro octante é aquele definido
pelos eixos positivos como mostrado na figura .
Exemplo 1
No nosso dia a dia estamos acostumados a diversas situações que na maioria das vezes passam despercebidas
quanto ao seu significado. Por exemplo, quando ligamos a televisão e assistimos os noticiários, o jornalista
informa que a temperatura mínima na cidade para o dia seguinte será de 17º C e máxima de 32º C ou quando
ouvimos sobre a pavimentação de uma rodovia de com 22 km de extensão, ou ainda, que o preço de 1 kg de
frango está 30% mais barato.
Nas três situações descritas abordamos as grandezas temperatura, comprimento e massa, que na física recebem
o nome de grandezas escalares.
Vamos agora considerar outra situação: Se eu dissesse que viajei 200 km, provavelmente alguém perguntaria,
“para onde?”, ou seja, para que a informação fosse adequada deveríamos acrescentar, por exemplo, que
viajamos de Florianópolis a Joinville, teríamos uma direção norte-sul, um sentido de Florianópolis a Joinville, e
uma intensidade do deslocamento de 200 km. Esta situação é definida como grandeza vetorial, pois só falando
em 200 km a informação fica muito vaga.
Uma grandeza, que precisa ser caracterizada por uma direção, um sentido e um número chamado módulo (ou
intensidade) é chamada de vetor.
Vetor é ente matemático caracterizado por uma direção, um sentido e um módulo (ou intensidade).
→
Representamos vetor por um segmento orientado de reta AB , ou também por uma letra minúscula, com uma
r r
flecha em cima v = AB = B − A . Na figura 4 representamos estas características.
Agora vamos observar as situações representadas nas figuras. São segmentos orientados em diferentes posições.
Situação 1
Situação 2
Observação: Quando a origem de um vetor coincide com a extremidade, é denominado vetor nulo e
representado por 0 ou AA , isto é, não possui direção, sentido ou intensidade.
r
Um vetor bastante utilizado é o chamado vetor unitário ou versor, cujo módulo é 1. Em geral, se a ≠ 0 , então o
r r
vetor que tem a mesma direção e sentido de a e módulo 1 é o vetor unitário de a .
r r
Exemplo 1: Na figura, representamos um vetor unitário v de um vetor u de módulo 4.
r r
Observação: Num vetor v , unitário, temos v = 1 . Na
r r
figura, u = 4 e v = 1 .
Vetores coplanares
Vetores não coplanares
Um pouco de História
Os Vetores surgiram no início do século XIX com trabalhos de Caspar Wessel (1745--1818), Jean Robert
Argand (1768--1822) e Carl Friedrich Gauss (1777--1855) que no estudo dos números complexos como pontos
no plano bidimensional os representaram como segmentos de reta orientados com representação bidimensional.
Diversos matemáticos e cientistas trabalharam na mesma época com este tipo de representação, sem a
denominação de vetores, mas como pares ordenados de números reais. Avanço significativo houve em 1827
com August Ferdinand Möbius quando publicou um pequeno livro, The Barycentric Calculus, no qual
introduziu diretamente segmentos de reta denotados por letras do alfabeto, vetores na essência, mas ainda não
no nome. No seu estudo de centros de gravidade e geometria projetiva, Möbius desenvolveu uma aritmética
destes segmentos de reta; adicionou-os e mostrou como multiplicá-los por um número real. Seus interesses
estavam em outro lugar, e ninguém se importou em notar a importância destes cálculos (Eves, 2002, p.491).
Nesta seção estaremos tratando das operações com vetores, especificamente, a adição e a subtração, produto de
vetores por números reais e a representação de vetores no plano e no espaço.
Quando operamos grandezas escalares, usamos apenas regras aritméticas e a unidade de medida da grandeza.
Exemplo 1: Grandezas como massa de um corpo, distância entre dois pontos e volume de um líquido, são
grandezas escalares e podem ser somadas aritmeticamente, mantendo a unidade de medida:
2 kg + 5 kg = 7 kg
2000 km + 3000 km = 5000 km
5 ml + 2 ml = 7 ml
Quando lidamos com grandezas vetoriais, o cálculo aritmético vem acompanhado com a interpretação e
representação gráfica, pois além do módulo, trabalhamos também com a direção e o sentido do vetor que
representa a grandeza.
Exemplo 2: Vamos considerar um carro que sai da cidade A e percorre 40 km em linha reta para o Sul,
atingindo a cidade B; em seguida, percorre mais 30 km, a partir da cidade B, para o Oeste, até chegar a cidade
C.. Qual é a distância que separa a cidade A da cidade C?
Para resolvermos problemas que envolvam adição de vetores vamos recorrer a duas regras conhecidas: a regra
do polígono e a regra do paralelogramo. Vamos ver como funcionam.
Observação: Para determinar a adição de mais vetores procede-se da mesma maneira, ligando cada um deles a
extremidade do anterior, mantendo o módulo, a direção e o sentido, até desenhar todos. O vetor resultante da
adição se obtém ligando a origem do primeiro com a extremidade do último vetor representado.
Regra do paralelogramo
Esta regra utiliza a representação de um paralelogramo construído sobre cada dois vetores a serem somados. Na
r r
soma de dois vetores u e v transportamos os dois vetores, fazendo que suas origens coincidam e, pela
extremidade de cada um dos vetores, traça-se uma reta paralela ao outro, construindo um paralelogramo a partir
r r r
de suas extremidades. A soma s de u e v é o vetor que corresponde a diagonal desse paralelogramo.
Observação: A diferença de vetores é definida através da operação soma, do primeiro vetor com o oposto do
r r r r r r r r r
segundo vetor. Se d é o vetor diferença entre a e b temos a operação d = a − b ⇒ d = a + ( −b ) ,
conforme representamos na figura.
Logo, para subtrairmos um vetor de outro, vamos somar o oposto desse vetor ao outro.
r r r r
a) a + b = b + a (comutativa)
r r r r r r
b) (a + b ) + c = a + (b + c ) (associativa)
r r r
c) a + 0 = a (elemento neutro)
r r r
d) u + ( −u ) = 0 (elemento simétrico)
É possível multiplicar um vetor por um número real. O produto de um número real ou escalar diferente de zero
por um vetor mantém a mesma direção do vetor original, enquanto que a direção e o módulo dependem do
número real. O novo vetor diminui, aumenta de tamanho e até pode mudar o sentido se o número tiver sinal
negativo, preservando a mesma direção.
Exemplo 1
r
Seja a o vetor dado, podemos multiplicar este por números reais conforme representado na figura.
r r
A multiplicação de vetores também tem suas propriedades. Seja a e b vetores quaisquer e c e d números reais
temos:
r r r r
a) c( a + b ) = ca + cb (distributiva)
r r r
b) (c + d ) a = ca + da (distributiva)
r r
c) (cd ) a = c( da ) (associativa)
r r
d) 1 ⋅ a = a (elemento neutro)
Até agora tratamos os vetores exclusivamente do ponto de vista geométrico, como segmento de reta orientado.
Os vetores também podem ser associados com os sistemas de coordenadas do plano ( R 2 ) e do espaço ( R 3 ) .
a) Vetores no plano ( R 2 )
r r
Observação: A base formada pelos vetores i e j é chamada de base canônica que é particularmente
importante por estar associada à representação cartesiana usual da geometria plana. Os vetores e os pares
ordenados compartilham os mesmos pontos do plano cartesiano.
r r r
Conhecidos os vetores i e j , de módulo 1, qualquer vetor v do plano cartesiano pode ser decomposto
r r r r
segundo as direções de i e j , ou seja, temos que determinar dois vetores cujas direções sejam i e j , e cuja
r
soma seja v . Considerando a multiplicação de um vetor por um escalar
r r r
(número real), podemos indicar o vetor v como a soma dos vetores i e j
multiplicados pelos escalares a e b convenientes.
r r r
Temos então, o vetor v = ai + bj , que pode ser representado no plano
r
usando as projeções ortogonais das extremidades de v sobre os eixos
coordenados x e y, determinando ali os componentes escalares a e b, da
representação vetorial. A figura ao lado ilustra essa decomposição.
Assim, qualquer vetor no plano xy pode ser expresso em função da base
r r
padrão i e j .
Exemplo 2
r r
Vejamos a representação genérica de vetores com base ortogonal i e j para os vetores:
r
a) i = 1,0 = (1,0)
r
b) j = 0,1 = (0,1)
v r r
c) v = 2i + 3 j = 2,3 = (2,3)
r r 3r 3 3
d) u = −i + j = − 1, = − 1,
5 5 5
Exemplo 3
r 3r r
O vetor w = i + 2 j tem a representação gráfica conforme a figura
2
r r
Considerando esta modalidade de representação, a adição de dois vetores u = (a1 , b1 ) e v = (a 2 , b2 ) define-se
como:
r r
u + v = (a1 + a 2 , b1 + b2 )
r
A multiplicação de um vetor u = ( a, b) por um escalar c define-se como:
r
c ⋅ u = (ca, cb)
Exemplo 4
r r r r r r r r r r r r r
Se u = 2i + 3 j e v = 4i − j , determine u + v , u − v , 2u , 2u + 3v .
r r
a) u + v
r r r r r r
u + v = (2,3) + (4,−1) = (6,2) , ou seja, u + v = 6i + 2 j
r r
b) u − v
r r r r r r
u − v = (2,3) − (4,−1) = (−2,4) , ou seja, u − v = −2i + 4 j
r
c) 2u
r r r r
2u = 2 ⋅ (2,3) = (4,6) , ou seja, 2u = 4i + 6 j
r r
d) 2u + 3v = 2 ⋅ ( 2,3) + 3 ⋅ (4,−1) = ( 4,6) + (12,−3) = (16,3) , ou
r r r r
seja, 2u + 3v = 16i + 3 j
r
Assim como no plano, qualquer vetor v do espaço tridimensional pode ser decomposto segundo as direções de
r r r r r r r
i e j e k , ou seja, podemos determinar três vetores cujas direções sejam i , j e k , e cuja soma seja v .
r
Considerando a multiplicação de um vetor por um escalar (número real), podemos indicar o vetor v como a
r r r
soma dos vetores i , j e k multiplicados pelos escalares a, b e c convenientes.
r r r r
Similar aos vetores no plano, temos o vetor v = ai + bj + ck ,
que pode ser representado no sistema cartesiano xyz usando as
r
projeções ortogonais das extremidades de v sobre os eixos
coordenados x, y e z, determinando ali os componentes escalares
a, b e c, da representação vetorial.
A figura ao lado ilustra essa decomposição.
r r r
Assim, qualquer vetor no espaço xyz pode ser expresso em função da base padrão i , j e k .
r r r r
Um vetor tridimensional v = ai + bj + ck pode ser representado genericamente por uma tripla ordenada:
r r r r r r
v = ai + bj + ck pode ser representado por v = (a, b, c) ou v = a, b, c
As operações com vetores no ( R 3 ) são realizadas tal como no plano.
1r
c) − w
3
1r 1 1 2 1 1r 1r 2 r 1 r
− w = − ⋅ (1,−2,−1) = (− , , ) , ou seja, − w = − i + j + k
3 3 3 3 3 3 3 3 3
r r r r r r r
Observação: Um vetor u = ai + bj do plano pode ser representado como um vetor w = ai + bj + ck do
espaço tridimensional considerando a componente c igual a zero. Afinal, o plano xy está contido no espaço xyz.
Exemplo 6
r r r r r r r r r r r
Determine u + w , u − 3w , sendo u = 3i + 5 j e w = −2i + j + 4k
r r
a) u + w
r r r r r r r
u + w = (3,5,0) + (−2,1,4) = (1,6,4) , ou seja, u + w = i + 6 j + 4k
r r
b) u − 3w
r r r r r r r
u − 3w = (3,5,0) − 3 ⋅ (−2,1,4) = (3,5,0) − (−6,3,12) = (9,2,−12) , ou seja, u − 3w = 9i + 2 j − 12k
r
No início desta seção, descrevíamos que um vetor v de origem A e extremidade B pode ser expresso como uma
r
diferença: v = AB = B − A . Vamos analisar um exemplo.
Exemplo 7
r r
Se v é um vetor com origem no ponto A(1, 4) e extremidade no ponto B(5, 6), determine o vetor v como a
r
diferença v = AB = B − A
r
v = AB = B − A
r r r r
v = (5,6) − (1,4) = (4,2) , ou seja, v = 4i + 2 j
r
O que podemos então concluir? Ë fácil: o vetor v é o
representante na origem do sistema, de qualquer vetor que possui
r
mesma direção, mesmo sentido e mesmo comprimento de v .
r2
Substituindo ter-se-á: v = a 2 + b 2 + c 2
r
E assim, v = a2 + b2 + c2
Exemplo 8
r r r r
Se w = (1,4) e m = ( 2,−2,1) , calcule w e m .
r
w = 12 + 4 2 = 17
r
m = 2 2 + (−2) 2 + 12 = 9 = 3
Se tomarmos qualquer vetor diferente do vetor nulo, e dividirmos pelo seu módulo, teremos um novo vetor de
mesma direção e sentido, seu módulo será igual a 1. Este vetor representa a unidade do vetor considerado para o
r
r
v
problema. Assim para o vetor v , diferente do vetor nulo, o seu versor ou vetor unitário será r .
v
Exemplo 9:
r
r r v r
Dado o vetor v = (−1,2,2) , o seu versor u = r pode ser obtido calculando primeiro o módulo do vetor v :
v
r
v = (−1) 2 + 2 2 + 2 2 = 1 + 4 + 4 = 9 = 3
r
r v (−1,2,2) 1 2 2
Logo: u = r = = − , ,
v 3 3 3 3
r
Podemos verificar se o módulo do vetor obtido é realmente 1, calculando v :
2 2 2
r 1 2 2 1 4 4 9
u = − + + = + + = = 1 =1
3 3 3 9 9 9 9
r r r
Observação: Os vetores i , j e k são exemplos de versores ou vetores unitários.
Exemplo 10
r r
Determine o versor u do vetor w = (1,4)
r
a) O módulo do vetor w = 12 + 4 2 = 17
r r
r w r w (1,4) 1 4
Sendo u = r , temos que u = r = = , .
w w 17 17 17
r
Se houver necessidade de conferir o módulo do vetor u obtido, fazemos:
2 2
r 1 4 1 16 17
u = + = + = = 1 =1
17 17 17 17 17
r r
Matematicamente o produto escalar ou interno de dois vetores u e v representa um número que é expresso
por:
r r r r
u • v = u ⋅ v ⋅ cos α
r r
onde α é a medida do ângulo formado entre os vetores u e v , e 0 0 ≤ α ≤ 180 0 . Graficamente pode ser
representado como na figura.
r r r
Podemos observar que v cos α é exatamente o comprimento da projeção do vetor v sobre u .
Para realizar o produto escalar de dois vetores consideramos suas componentes cartesianas e as propriedades já
relacionadas, conforme apresentamos a seguir:
r r r r r r r r
u • v = (a1i + b1 j + c1 k ) • (a 2 i + b2 j + c 2 k )
Considerando a propriedade III podemos organizar o produto agrupando escalar com escalar e vetor com vetor:
v r r r r r r r r r r r r r
u • v = a1 a 2 i • i + a1b2 i • j + a1c 2 i • k + b1 a 2 j • i + b1b2 j • j + b1c 2 j • k +
r r r r r r
c1 a 2 k • i + c1b2 k • j + c1c 2 k • k =
r r r
Resolvendo os produtos escalares com i , j e k sendo vetores unitários, obtemos:
r r rr
i • i = i i cos 0 0 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 = 1
r r r r
j • j = j j cos 0 0 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 = 1
r r r r
k • k = k k cos 0 0 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 = 1
e ainda
r r r r r r
i•j=i j cos 90 0 = 1 ⋅ 1 ⋅ 0 = 0 , consequentemente pela propriedade I, j • i = 0
r r r r r v
j •k = j k cos 90 0 = 1 ⋅ 1 ⋅ 0 = 0 , consequentemente pela propriedade I, k • j = 0
r r r r r r
i •k = i k cos 90 0 = 1 ⋅ 1 ⋅ 0 = 0 , consequentemente pela propriedade I, i • k = 0
r r
u • v = a1a 2 + b1b2 + c1c2
Exemplo 1:
r r r r
Dados os vetores a = ( 2,−1,1) e b = (3,−2,4) , calcule a • b .
Exemplo 2:
r r r r
Dados os vetores u = (2,3) e v = (6,1) , calcule o produto escalar u • v .
A distância entre os pontos A( a1 , b1, , c1 ) e B(a 2 , b2 , c 2 ) do espaço pode ser definida como sendo o
→
comprimento do vetor AB conforme figura:
→
O comprimento do vetor AB se obtém calculando o módulo da diferença entre os dois pontos:
→
d = AB = B − A
d = (a 2 − a1 , b2 − b1 , c 2 − c1 )
Exemplo 2:
Calcule a distância entre os pontos A( −1,2,−1) e B ( 2,4,−2)
r r
Se u e v são diferentes do vetor nulo podemos isolar a expressão cos α e assim,
r r
u •v
cos α = r r
uv
que nos permite determinar o ângulo existente entre os dois vetores.
Exemplo 3:
Calcular o ângulo entre os vetores:
r r r r r r
a) m = 3i − 2 j e n = 4i + 2 j
r r r r r r r r
b) u = 2i + 5 j − 3k e v = i − 2 j − k .
Resolvendo:
r r
m•n r r
a) Como cos α = r r , precisamos calcular o produto escalar m • n , como no exemplo 1, e o módulo de
mn
r r r r r r
cada um dos vetores m = 3i − 2 j e n = 4i + 2 j :
r r
m • n = 3 ⋅ 4 + (−2) ⋅ 2 = 12 − 4 = 8
r
m = 3 2 + (−2) 2 = 13
r
n = 4 2 + 2 2 = 20
r r
m•n
Se cos α = r r , então
mn
8
cos α =
13 ⋅ 20
cos α ≅ 0,4961
−5
cos α =
38 ⋅ 6
cos α ≅ −0,3311
Observação:
Se dois vetores u e v forem ortogonais, seu produto escalar será igual a zero, pois cos 90 o = 0 .
r r
u •v = 0
Ângulos diretores
r r
O ângulo formado pelo vetor v com o eixo y, é o mesmo que o ângulo formado entre o vetor v o vetor unitário
r
j , conforme figura 2.31.
r r
v • j (a, b, c) • (0,1,0) b
cos β = r r = r = r
v j v ⋅1 v
r r r
O ângulo formado pelo vetor v com o eixo z, é o mesmo ângulo formado entre o vetor v o vetor unitário k ,
conforme figura 2.31.
r r
v • k (a, b, c) • (0,0,1) c
cos δ = r r = r = r
vk v ⋅1 v
Exemplo 5.
r r r r
Calcular o ângulo que o vetor m = 2i − 3 j + 4k forma com os eixos coordenados x, y e z.
r
Resolução: Devemos achar primeiramente o módulo do vetor m , para depois calcular os cossenos dos ângulos
α , β e δ e finalmente, os ângulos.
r
m = 2 2 + (−3) 2 + 4 2 = 29
x 2
cos α = r = ⇒ cos α = 0,371 ⇒ α = arccos 0,371 ⇒ α ≅ 68,2 o
m 29
y −3
cos β = r = ⇒ cos β = −0,557 ⇒ β = arccos(−0,557) ⇒ β ≅ 123,8 o
m 29
z 4
cos δ = r = ⇒ cos δ = 0,743 ⇒ δ = arccos 0,743 ⇒ δ ≅ 42,0 o
m 29
O que significa produto vetorial? Na física o produto vetorial representa o torque τ , para os engenheiros
significa momento. Torque é uma palavra que vem do latim e significa torcer, pode ser identificada como a ação
de girar ou de torcer de uma força.
Vamos partir da seguinte situação: Na hora que usamos o saca-rolha para abrir uma garrafa de vinho estamos
r
aplicando uma força f sobre ele, fazendo-o girar para penetrar na rolha conforme figura a) abaixo. Na figura, o
r
braço do saca-rolha, que vai do centro até a extremidade, é chamado de alavanca e corresponde a um vetor r .
r r
Definimos o módulo do vetor torque τ como sendo o produto do vetor comprimento r e a intensidade da
r r r r r
força f pelo seno do ângulo α formado entre f e r , sendo que f e r estão no mesmo plano.
r r r
Assim sendo τ = r f senα .
r r r r r r
O vetor torque τ é perpendicular a f e r . É expresso pela equação τ = r × f , a qual define como produto
vetorial.
r r r
Na situação inversa, de retirar o saca-rolha, a ação dos vetores se dá conforme a figura b), ou seja, τ = − r × f .
r r rr
3- Seu módulo é u × v = u v senα , onde α é a
r r
medida do ângulo entre u e v .
Vetores paralelos
Observação: Se uma das componentes do vetor for zero então para que os vetores sejam paralelos a
componente correspondente também terá que ser igual a zero.
Exemplo 1
r r
Verificar se os vetores u = (2,−1,4) e v = (−6,3,−12) são paralelos?
a1 b1 c1 2 −1 4
Aplicando a condição = = , obtemos = = .
a 2 b2 c 2 −6 3 − 12
1 1 1
Simplificando, resulta em = = .
3 3 3
Verificada a igualdade, concluímos que os vetores são paralelos.
Exemplo 2
r r
Qual dever ser o valor de x para que os vetores a = ( x,−2,0) e b = (4,−3,0) sejam paralelos?
a1 b1 c1 x −2
Aplicando a condição = = , obtemos = .
a 2 b2 c2 4 −3
Não consideramos a terceira componente dos dois vetores pelo fato de ambas serem iguais a zero.
x −2 8
Da igualdade obtida, podemos escrever: = ⇒x=
4 −3 3
Na prática, podemos utilizar a circunferência ou a regra da mão direita para efetuar o produto externo de dois
desses versores.
Exemplo 3:
r r r r r r r r r r r r
a) i × j = k b) i × k = − j c) k × j = −i d) k × i = j
Podemos também aplicar a regra da mão direita para determinar o sentido do produto
r
vetorial de dois vetores não nulos: colocamos a mão sobre o primeiro vetor u fechamos
r
para cima do vetor v , o polegar indica o sentido do vetor resultante do produto de
r r
u × v . Conforme a figura 2.38:
Fatorando obtemos:
r r r r r
u × v = (b1c 2 − c1b2 )i + (c1 a 2 − a1c 2 ) j + (a1b2 − a 2 b1 )k
r r
A expressão obtida corresponde ao determinante de uma matriz formada pelos vetores u e v .
r r r
i j k
r r
u × v = a1 b1 c1
a2 b2 c2
Exemplo 5:
r r r r r r r r r r
Sendo dados os vetores u = 3i + 2 j − k e v = 2i − 4 j − 2k , calcule u × v .
r r
Inicialmente calculamos o determinante de u × v .
r r r
i j k
r r r r r r r r r r r
u ×v = 3 2 − 1 = −4i − 2 j − 12k − 4k + 6 j − 4i = −8i + 4 j − 16k = (−8,4,−16)
2 −4 −2
Exemplo 6:
r r r
Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores 2a e a − b , sendo dados os vetores
r r
a = (−1,2,3) e b = (2,0,−1) .
r r r
Iniciamos a resolução calculando os vetores 2a e a − b :
r
2a = 2(−1,2,3) = (−2,4,6)
r r
a − b = (−1,2,3) − (2,0,−1) = (−3,2,4)
Como o produto vetorial é um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores que compõe o produto, conforme a
definição, podemos escrever:
r r r
Dados os vetores u , v e w , tomados nesta ordem, chama-se
r r r
produto misto dos vetores u , v e w ao número real
r r r r r r
u • (v × w) ou (u , v , w) .
r r r rr r
Podemos escrever que : u • (v × w) = u v × w ⋅ cos α onde
0 ≤ α ≤ 180 o .
r r r r r
Note que, se o ângulo entre u e v × w for de 90 0 , já que v × w
r r r r r
é perpendicular a v e w , os três vetores u , v e w serão
coplanares (vetores no mesmo plano). Podemos então deduzir
que para três vetores serem coplanares o produto misto
r r r
u • (v × w) = 0 .
r r r r r r r r r r r r
Sejam os vetores u = a1i + b1 j + c1 k , v = a 2 i + b2 j + c 2 k e w = x3 i + y3 j + z 3 k , então:
r r r
Para determinar u • (v × w) , determinamos por etapas o produto.
a1 b1 c1
r r r
u • (v × w) = a 2 b2 c2
a3 b3 c3
Exemplos
r r r r r r r r r r r
1) Dados os vetores a = 2i + 3 j − 2k , b = i + 2 j − k e c = i − 3k , calcule:
r r r
a) a • (b × c )
r r r r
b) (a + b ) • (b × c )
Resolvendo:
r r r
a) Devemos calcular o determinante conforme a definição a • (b × c ) .
2 3 −2
r r r
Assim sendo, a • (b × c ) = 1 2 − 1
1 0 −3
Calculando o determinante:
r r r
a • (b × c ) = 2.2.(−3) + 3.(−1).1 + (−2).1.0 − 1.2.(−2) − 0.(−1).2 − (−3).1.3 =
r r r
a • (b × c ) = −12 − 3 + 0 + 4 − 0 + 9 = 13 − 15 = −2
r r r r
b) (a + b ) • (b × c )
Primeiramente calculamos
r r
a + b = (2,3,−2) + (1,2,−1) = (3,5,−3)
r r r r
Calculamos o produto misto (a + b ) • (b × c ) usando o determinante da expressão cartesiana do produto misto.
3 5 −3
r r r r
(a + b ) • (b × c ) = 1 2 − 1
1 0 −3
Calculando:
r r r r
(a + b ) • (b × c ) = 3 ⋅ 2 ⋅ (−3) + 5.(−1).1 + (−3).1.0 − 1.2.(−3) − 0.(−1).3 − (−3).1.5 =
r r r r
(a + b ) • (b × c ) = −18 − 5 + 0 + 6 + 0 + 15
r r r r
(a + b ) • (b × c ) = −2
r r r
2) Verificar se os vetores u = (−2,−1,1) , v = (−1,1,0) e w = (2,3,−2) são coplanares.
r r r
Devemos mostrar que o produto misto u • (v × w) = 0
− 2 −1 1
r r r
u • (v × w) = − 1 1 0 =
2 3 −2
= −2.1.( −2) + ( −1).0.2 + 1.(−1).3 − 2.1.1 − 3.0.( −2) − (−2).( −1).( −1) =
= 4+ 0−3− 2−0+ 2 = 6−5 =1
r r r
Logo, como u • (v × w) = 1 ≠ 0 , os vetores não são coplanares.
r r r r
3) Determine o valor do componente x do vetor a para que vetores a , b e c sejam coplanares, sendo dados
r r r r r r r r r r r r
a = −2i + 3 j − xk , b = −i + 2 j − 3k e c = 2i + j − k .
r r r
Se os três vetores são coplanares o produto misto a • (b × c ) = 0 . Podemos escrever:
−2 3 −x
r r r
a • (b × c ) = − 1 2 − 3 = 0
2 1 −1
−2 3 −x
−1 2 − 3 = 0
2 1 −1
− 2 ⋅ 2 ⋅ (−1) + 3 ⋅ (−3) ⋅ 2 + (− x) ⋅ (−1) ⋅ 1 − 2 ⋅ 2 ⋅ (− x) − 1 ⋅ (−3) ⋅ (−2) − (−1) ⋅ (−1) ⋅ 3 = 0
4 − 18 + x + 4 x − 6 − 3 = 0
23
x=
5
rr
Substituindo, temos: Área ABCD = u v senα
r r
A expressão obtida corresponde ao produto vetorial de dois vetores u e v , definido anteriormente,
r r r r
u × v = u v senα .
Concluímos que o módulo do produto vetorial de dois vetores corresponde área do paralelogramo obtido pelas
projeções paralelas aos vetores a partir dos seus vértices conforme a figura 2.40.
Logo:
r r
Área ABCD = u × v
Exemplo 1:
r r r r
Calcule a área do paralelogramo cujos lados são construídos com os vetores 3a e a + b , onde a = (−1,2,−3) e
r
b = (0,−1,−4) .
Como o módulo do produto vetorial de dois vetores corresponde a área do paralelogramo construído sobre estes
vetores, podemos considerar que:
r r
r
(
AP = (3a ) × a + b )
r r r
Inicialmente determinamos os vetores 3a e a + b .
r
3a = 3 ⋅ (−1,2,−3) = (−3,6,−9)
r r
a + b = (−1,2,−3) + (0,−1,−4) = (−1,1,−7)
r r r
i j k
r r r r r r r r r
(3a ) × (a + b ) = − 3 6 − 9 = −42i + 9 j + −3k + 6k + 9i + 21 j =
−1 1 − 7
r r r
= −33i + 30 j + 3k = (−33,30,3)
r r
r
( )
Como AP = (3a ) × a + b , precisamos ainda calcular o módulo do vetor obtido:
r r r
( )
AP = (3a ) × a + b = (−33,30,3) = (−33) 2 + 30 2 + 3 2 = 1998 = 3 222
Logo, AP = 3 222 unidades quadradas
Exemplo 2:
Calcule a área do triangulo de vértices A(−1,2,0), B (1,−4,1) e C (0,−2,−3) .
AB × AC
AABC =
2
Como não temos os vetores, temos que determiná-los a partir dos pontos que determinam os vértices, ou seja,
AB e AC .
r r r
AB = B − A = (1,−4,1) − (−1,2,0) = (2,−6,1) = 2i − 6 j + k
r r r
AC = C − A = (0,−2,−3) − (−1,2,0) = (1,−4,−3) = i − 4 j − 3k
AB × AC
Como AABC = , calculamos inicialmente o produto vetorial AB × AC .
2
r r r
i j k
r r r r r r
AB × AC = 2 − 6 1 = (−3) ⋅ (−6) ⋅ i + 1 ⋅ 1 ⋅ j + 2 ⋅ (−4) ⋅ k − 1 ⋅ (−6)k − (−4) ⋅ 1 ⋅ i − (−3) ⋅ 2 ⋅ j =
1 −4 −3
r r r r r r r r r
= 18i + j − 8k + 4i + 6 j + 6k = 22i + 7 j − 2k = (22,7,−2)
AB × AC = 22 2 + 7 2 + (−2) 2 = 537
Finalizando temos que a área do triângulo é
AB × AC 537
AABC = = u.a (unidades de área).
2 2
r r r
VPP = u • (v × w)
, que corresponde ao volume do paralelepípedo.
Exemplo 1:
r r r r r r r r
Calcular o volume do paralelepípedo construído sobre os vetores a = 2i + j + 3k , b = i − 2 j + 2k e
r r r r
c = 4i − 2 j + k .
r r r
O volume do paralelepípedo é dado pelo módulo do produto misto dos vetores a , b e c , ou seja,
r r r
V PP = a • (b × c ) .
r r r
Inicialmente calculamos o produto misto a • (b × c ) .
2 1 3
r r r
a • (b × c ) = 1 − 2 2 = 2.(−2).1 + 1.2.4 + 3.1.(−2) − 4.(−2).3 − (−2).2.2 − 1.1.1 = 29
4 −2 1
r r r
Como V PP = a • (b × c )
VPP = 29 = 29 u.v (unidades de volume)
r r v
2) Represente analiticamente os vetores u , v , w e
r
z representados na figura ao lado:
v v r r v r r
3) Determinar o vetor w na igualdade 3 w +2 u = ½ v + w , sendo dados u = (3, -1) e v = (-2, 4)
v r r r r v
4) Encontrar os números a1 e a2 tais que w = a1 u + a2 v , sendo u = (1,2), v = (4,-2) e w = (-1,8)
1
6) Dados os pontos A(-1, 2), B(3, -1) e C(-2, 4), determinar D(x,y) de modo que CD = AB
2
Exercícios Resolvidos
r r r
1) Dados os vetores a , b e c , representados na figura abaixo, apresentar um representante de cada um itens
propostos:
r r
a) a + b
r r r
b) a − 2b + c
r r
2) Dados os pontos no R 3 como A(−1,4,5) , B (−3,2,1) e C (4,3,−1) , determinar o vetor 3 AC − 2 BC .
r r r r r r
3) Dados os vetores u = (4,3,2) , v = (1,−2,1) e w = (0,1,4) , calcule as operações u − 2v + 3w e
r r r r
2(u + v ) − (v − w) .
r r r r r
4)Sabendo que a = 22 , calcule o valor de m no vetor a = 3i + mj + 2k .
r r
5) Qual deve ser o valor de x para que os vetores u = ( x,2,3) e v = (3,−2 x,4) sejam ortogonais?
6) Considere o triângulo ABC de vértices A(−3,−1,4) , B (−4,1,0) e C (3,−2,1) . Determine o ângulo interno ao
vértice C desse triângulo.
7)Mostrar que cos 2 α + cos 2 β + cos 2 γ = 1 , sendo α , β e γ os ângulos diretores de um vetor.
8) Os ângulos diretores de um vetor podem ser 45 0 , 30 0 e 30 0 ?
r
9)Uma força f , cuja intensidade é igual a 4 N , desloca um carrinho por 8m , num plano horizontal, sem atrito.
r r
A força f faz um ângulo de 60 0 com o deslocamento. Qual o trabalho realizado pela força f ?
r r r
10)Dados os vetores u = (−1,0,1) , v = (2,−1,1) e w = (1,−1,3) , calcule os produtos vetorial e produto misto
solicitados em cada item.
r r
a) (3u ) × (2v )
r r r r
b) (u + v ) • (v × w)
r r r r
c) (u + v ) • (v − u )
r r r r r r r r
11)Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores u = 2i + 2 j − 3k e v = 2i − j + k .
12) Calcule a área do triângulo ABC do exercício 6.
13)Verificar se os pontos A(1,3,2) , B (−1,1,0) , C (0,3,0) e D (−2,2,−1) estão no mesmo plano.
RESPOSTAS - Vetores
r r
1) a) a + b
r r
Vamos utilizar a regra do polígono. Para isso transportamos os vetores a e b com
mesma direção, mesmo sentido e mesmo comprimento, fazendo com que a origem de
r r r r
b coincida com a extremidade de a . Ligando a origem de a com a extremidade de b ,
r r
temos a soma de a e b conforme mostramos na figura:
r r r
b) a − 2b + c
Usando a regra do polígono, representamos:
Tal como no item a, transportamos os vetores de modo que a origem
de cada um deles coincida com a extremidade do anterior. O resultado
da operação corresponde ao vetor que inicia na origem do primeiro
vetor e termina na extremidade do último.
r r
2) Primeiramente vamos determinar os vetores AC e BC .
r
AC = C − A = (4,3,−1) − (−1,4,5) = (5,−1,−6)
r
BC = C − B = (4,3,−1) − (−3,2,1) = (7,1,−2)
r r
Calculando o valor da expressão 3 AC − 2 BC , temos:
r r r r r
3 AC − 2 BC = 3(5,−1,−6) − 2(7,1,−2) = (15,−3,−18) + (−14,−2,4) = (1,−5,−14) ou i − 5 j − 14k
r r r
3) a) u − 2v + 3w
Calculando:
r r r
u − 2v + 3w = (4,3,2) − 2(1,−2,1) + 3(0,1,4) = (4,3,2) + (−2,4,−2) + (0,3,12) = (2,10,12)
r r r r
b) 2(u + v ) − (v − w)
neste caso podemos calcular inicialmente algumas partes da expressão:
r r
u + v = (4,3,2) + (1,−2,1) = (5,1,3)
r r
v − w = (1,−2,1) − (0,1,4) = (1,−3,−3)
Calculando o valor de toda a expressão, temos:
r r r r
2(u + v ) − (v − w) = 2(5,1,3) − (1,−3,−3) = (10,2,6) − (1,−3,−3) = (9,5,9)
r r
4) Sabemos que o módulo de um vetor v é dado por v = a2 + b2 + c2 .
Adaptando temos:
r r
a = 3 2 + m 2 + 2 2 , como a = 22
22 = 3 2 + m 2 + 2 2 , elevando os dois lados da igualdade ao quadrado
( 22 ) = (
2
32 + m 2 + 2 2 )2
22 = 9 + m 2 + 4
m 2 = 22 − 13
m2 = 9
m=± 9
m = ±3
Logo o valor de m pode ser − 3 e 3.
r r r r
5) Para que u e v sejam ortogonais devemos ter o produto escalar destes vetores nulo, ou seja, u • v = 0 .
Assim, ( x,2,3) • (3,−2 x,4) = 0 ,
3 x + 2.(−2 x) + 3.4 = 0
3 x − 4 x + 12 = 0
− x = 12 multiplicando por ( − 1 ), temos
x = −12
13) Se os pontos são coplanares então os vetores que podem ser construídos com estes pontos também são
r r r
coplanares. Para que três vetores sejam coplanares o produto misto destes é nulo, ou seja, u • (v × w) = 0 .
r r r
Como não temos os vetores u , v e w , começamos pela sua
determinação.
Podemos escolher qualquer um dos pontos A , B , C e D
r r r
como a origem dos vetores u , v e w . Escolhemos o ponto
A, como na figura seguinte.
Assim temos:
r r
u = AB = B − A = (−1,1,0) − (1,3,2) = (−2,−2,−2)
Resolvendo:
− m − 7 = 9 ⇒ − m = 9 + 7 ⇒ − m = 16 ⇒ m = −16
− m − 7 = −9 ⇒ − m = −9 + 7 ⇒ − m = −2 ⇒ m = 2
Logo o valor de m pode ser − 16 ou 2
15) Podemos observar que a força de intensidade F = 4 N está na direção do eixo z e forma um ângulo de
0
r r r r
90 com o segmento OA . O vetor OA = 0,20 j , por estar na direção do eixo y e o vetor força f = −4k .
r r r
O vetor torque é dado pelo produto vetorial τ = OA × f .
r r r
i j k
r r r
τ = 0 0,20 0 = −4.0,20i = −0,80i mN
Assim,
0 0 −4
r r
τ = −0,80i mN
Calculando a intensidade (ou módulo) do torque teremos:
r
τ = (− 0,80)2 = 0,80 mN .
Também podemos calcular utilizando a expressão
r r r
τ = r f senα
r
τ = 0,20.4sen90 0 = 0,80.1 = 0,80mN