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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR


Reconhecida pela Portaria – MEC nº 1580, de 09/11/93 – D.O.U. 10/11/93
Mantenedora Associação Paranaense de Ensino e Cultura – APEC
CAMPUS – PARANAVAÍ
COORDENAÇÃO DO COLEGIADO DO CURSO DE CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS
COORDENAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO LICENCIATURA

SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA

1. DADOS DO PROJETO

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 3º Bimestre - __/__/2010

LOCAL DE RALIZAÇÃO: Universidade Paranaense – UNIPAR

CLIENTELA ENVOLVIDA: Ensino Fundamental

ESTAGIÁRIOS ENVOLVIDOS: Aline Aparecida Ribeiro

Gabriela Andreo Marini

Mariana Larissa Petean

Viviane dos Santos Silva

2. O PROJETO

2.1. INTRODUÇÃO

Apesar das profundas mudanças que têm caracterizado a sociedade nas últimas
décadas, a educação sexual continua a ser uma questão polêmica. Em nosso país os
preconceitos, mitos tabus e a desinformação, são barreiras que se contrapõem às
iniciativas voltadas para as mudanças nessa área.
No passado, a sexualidade era ignorada tanto pelos pais quanto pelos
professores. Crianças e adolescentes eram tratados como seres assexuados; falar sobre
sexo nas salas de aula era considerado um estímulo à atividade sexual. O aluno, de sua
parte, também não reivindicava este espaço. Não poderia ser diferente, afinal, toda a
sociedade encarava a sexualidade de forma pouco transparente. Em suma, o sexo era
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assunto a ser tratado entre quatro paredes. Pelo fato desse assunto não ser discutido,
imaginava-se que o conhecimento viria naturalmente, trazendo respostas às indagações.
Essa alienação quanto à maturidade dos filhos, a ausência da educação sexual e
a propagação de informações errôneas acarretaram conseqüências nas gerações seguintes.
Na atualidade, o número crescente de casos de gravidez não planejada entre adolescentes,
os casos de abuso sexual, o aumento das doenças sexualmente transmissíveis e o aumento
do número de abortos demonstram a necessidade de discutir abertamente o assunto. Nesse
contexto é que se ressalta a importância da implantação da orientação sexual nas escolas,
contemplando-se, desta forma, o desenvolvimento global do ser humano.
A orientação sexual deverá fazer parte do projeto pedagógico das instituições
de ensino e ser desenvolvida pelos próprios professores, em suas turmas. Os Parâmetros
Curriculares Nacionais propõem que os temas sejam apresentados por meio da
transversalidade dos conteúdos. Uma vez discutidos, os assuntos devem voltar, com
conteúdo mais aprofundado, todas as vezes que houver interesse por parte dos alunos.
A escola, ao oferecer a orientação sexual, estará contribuindo efetivamente
para que seus estudantes desenvolvam a comunicação clara nas relações interpessoais,
elaborem valores a partir do pensamento crítico, compreendam o próprio comportamento
e tomem decisões responsáveis a respeito de sua vida sexual, agora e no futuro.

2.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A discussão sobre a inclusão da sexualidade no currículo das escolas se


intensificou a partir da década de 70, por ser considerada importante na formação global
do indivíduo. As manifestações de sexualidade afloram em todas as faixas etárias. Ignorar,
ocultar ou reprimir são as respostas mais habituais dadas pelos profissionais da escola.
Estas práticas se fundamentam na idéia de que o tema deve ser tratado exclusivamente
pela família.
Os PCNs definiram a orientação sexual como um dos temas transversais que
devem percorrer toda concepção e estruturação do ensino fundamental e médio em nosso
país.
A educação sexual escolar sempre foi objeto de
polêmica em nossa tradição educacional. A escola
brasileira pública e privada, sempre manteve este tema
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distante de seus procedimentos curriculares e


responsabilidades institucionais. (NUNES, 2000, p. 13).
De acordo com Sampaio (1995), a sexualidade deve ser orientada de forma a
preparar o individuo para a vida, porém para educar é preciso que o educador esteja
preparado para tal tarefa. Considerar a sexualidade engloba o papel do homem e da
mulher, o respeito por si e os estereótipos atribuídos e vivenciados em seus
relacionamentos, o avanço da AIDS e da gravidez indesejada na adolescência, entre outros
problemas atuais e preocupantes. Todos esses fatores denotam uma necessidade cada vez
maior da inclusão da temática sexual no currículo escolar.
Para a sexóloga Suplicy (1983), é no lar que o ser humano deveria ter sua
primeira educação sexual. A maioria das crianças passarão a ter curiosidade pelo assunto
aos quatro ou cinco anos de idade. Nesta fase o que elas querem saber é muito pouco, não
é preciso explicar detalhes, mas também não se pode mentir, brigar, desconversar e omitir
informações.
Fagundes (1995) acredita que se uma criança não tem desde cedo um
esclarecimento sobre assuntos ligados ao sexo, não compartilha seus medos e ansiedades
com seus pais. E se os pais não lhe dão apoio nas suas descobertas, certamente serão
adolescentes carregados de dúvidas buscando em revistas e conversas com amigos o
entendimento deste processo. Para Souza (1991) Educação Sexual é:
oferecer condições para que um ser assuma seu corpo e sua
sexualidade com atitudes positivas, livre de medo e culpa,
preconceito, vergonha, bloqueios ou tabus. É um crescimento
exterior e interior, onde há respeito pela sexualidade do outro,
responsabilidade pelos seus atos, direito de sentir prazer, se
emocionar, chorar, curtir sadiamente a vida. É ter direito a esse
crescimento com confiança, graças às respostas obtidas aos
seus questionamentos, podendo criticar, transformar valores,
participar de tudo de forma sadia e positiva, sempre buscando
melhores relacionamentos humanos. (p. 18)
A questão dos preconceitos que envolvem a sexualidade não tem origem na
criança, mas no mundo e sociedade onde esta criança vive. É muito difícil trabalhar a
sexualidade, pois mexemos com a nossa sexualidade, com nossos conceitos em relação a
ela. A educação sexual passa pela educação do educador. O professor deve estar
consciente da beleza e dignidade do sexo. Deve encarar com tranqüilidade a curiosidade
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da criança. A ausência de uma atitude, uma fala natural sobre a sexualidade vai gerar na
criança a ansiedade de saber que o fará buscar a satisfação de suas curiosidades em outras
fontes nem sempre recomendáveis. A criança usa muito seu corpo para expressar os seus
desejos, seus anseios e seus sentimentos, relacionando-se com o ambiente ao seu redor.
Porto (1995, p 25) diz:
é com o corpo que sou capaz de ver, ouvir, falar, perceber e
sentir as coisas. O relacionamento com a vida e com os outros
corpos dá-se pela comunicação e pela linguagem que o corpo é
e possui. Esta é a minha existência, na qual tenho consciência
do meu eu no tempo e no espaço. O corpo ao expressar seu ser
sensível, torna-se todo o sujeito construído a partir de suas
próprias experiências corporais. As brincadeiras ou jogos
sexuais entre as crianças são muito importantes, pois servem
para atender às necessidades sexuais das mesmas. Nas crianças
as brincadeiras sexuais são freqüentes e satisfazem a sua
curiosidade de ver e tocar o corpo do outro, de ver se é de outro
sexo ou de conferir, se o corpo do outro é igual ao seu. Esta
descoberta dá prazer físico e emocional. É uma fase transitória
e normal entre crianças da mesma idade e não dever ser
punida. (Porto 1995, p. 25)
O contexto e a valorização das atividades sexuais dependem das condições
sócio-econômicas e sócio-culturais, divergindo entre adolescentes do sexo masculino e
feminino. Nos adolescentes masculinos, freqüentemente, se aceita que eles tenham um
forte instinto sexual e a necessidade de fazer experiências na área sexual. Quase não
existem restrições, pelo fato de que as conseqüências não desejadas só aparecem nas
mulheres. A sociedade, genericamente, aprova as atividades sexuais das jovens mulheres
casadas com menos de 20 anos de idade. A gravidez é desejada, sendo o objetivo principal
ter filhos e criá-los. Porém, na maioria das sociedades desaprovam-se as atividades
sexuais antes do casamento. Neste caso, a gravidez não é desejada. No período entre a
menarca e o casamento é de praxe controlar as atividades sexuais e possíveis
conseqüências indesejadas, com ajuda de uma série de regras e hábitos.
O desaparecimento dos valores tradicionais, as atrações do mundo consumista
urbano e as condições econômicas reais nas cidades favorecem tanto as relações sexuais
pré-matrimoniais com diferentes parceiros quanto à prostituição juvenil.
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Perante a essas constatações, fica fácil concluir que os horizontes da escola


devem se ampliar cada vez mais, abrangendo conhecimentos sempre mais relevantes
sobre adolescência e sexualidade, o que possibilitará o desenvolvimento de técnicas de
abordagem ainda mais adequadas. Antes de qualquer coisa, torna-se necessário buscar
instrumentos que permitam melhor preparar aquele que vai orientar e, dentro desse
enfoque, não só os professores de Ciências ou Biologia serão responsáveis pela
transmissão do conteúdo, mas a escola como um todo. Esse conteúdo não mais
contemplará a reprodução em detrimento da sexualidade. A educação sexual é, sim, um
meio e não um fim, fazendo-se clara a necessidade de haver reflexão sobre as
singularidades de cada faixa etária e sobre os fatores de risco.

2.3. OBJETIVOS

2.3.1 Objetivos Gerais


 Descrever as transformações físicas, psicológicas e relacionais na adolescência;

 Compreender a Sexualidade nos adolescentes;

 Compreender a importância da contracepção na prevenção de comportamentos de


risco;

 Explicar a importância da prevenção frente aos comportamentos de risco.

2.3.2 Objetivos Específicos


 Definir o conceito de Adolescência e Puberdade;
 Descrever as diferentes fases características da adolescência;
 Diferenciar o aparelho reprodutor masculino e feminino;
 Definir conceito de Sexualidade;
 Diferenciar sexo de sexualidade;
 Descrever comportamentos de risco;
 Listar os métodos contraceptivos;
 Identificar o preservativo como único método na prevenção de doenças;
 Exemplificar a correta utilização dos métodos contraceptivos;
 Mencionar os riscos das relações desprotegidas;
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 Definir o conceito de DST;

 Identificar e exemplificar os meios de transmissão e prevenção de DST.

2.4 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

2.4.1 – Aula teórica

Inicialmente os alunos farão uma expressão livre de idéias, servindo para dar introdução
ao tema e permitindo uma avaliação rápida dos conhecimentos da turma. Em seguida, será
realizada uma aula expositiva com projeção de imagens em retro-projetor e com a
utilização de recursos instrucionais, dentre os quais incluem o quadro, giz e vídeos
paradidáticos de acordo com o tema em discussão.

2.4.2 – Aula prática

Após o intervalo será realizada 1/ hora aula no laboratório de Anatomia Humana,


abordando aspectos do sistema reprodutor masculino e feminino. Posteriormente, em uma
sala ampla, serão feitas dinâmicas para sensibilização e facilitação do processo de ensino-
aprendizagem dos conteúdos ministrados em sala de aula.

3. CRONOGRAMA
3.1. AULA TEÓRICA

Horário Atividade/Conteúdo
07:30 às 07:45 Apresentação e integração com a sala de aula
07:45 às 08:00 Discussão e avaliação dos conhecimentos prévios dos alunos
08:00 às 08:20 Adolescência e Puberdade
08:20 às 08:40 Fases características da Adolescência
08:40 às 09:00 Sexualidade, sexo e comportamentos de risco
09:00 às 09:20 Métodos contraceptivos
09:20 às 09:40 Relações desprotegidas e DST
09:40 às 10:00 Transmissão e prevenção de DST
10:00 às 10:10 Esclarecimento de dúvidas

3.2. AULA PRÁTICA


4. ANEXOS DE DINÂMICA
Horário Atividade/Conteúdo
10:10 às 10:50 Aparelho reprodutor masculino e feminino
10:50 às 11:00 Esclarecimento de dúvidas
11:00 às 11:40 Dinâmicas
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Negociando o uso de preservativo (batata-quente)

Objetivo: Vivenciar situações de negociações do uso do preservativo.


Duração: 30 minutos.
Material: 1 Baralho da negociação do uso do Preservativo.
Desenvolvimento: Os alunos devem estar em circulo

1. O professor escolhe um objeto que será a "batata quente" e deve colocar música,
enquanto o objeto passa de mão em mão. Quando a música parar, o aluno que está com o
objeto vai escolher um cartão e responder à pergunta.
2. Oferecer oportunidade para que outros alunos expressem alternativas de negociação
do uso da camisinha, enriquecendo a discussão.
3. Repetir várias vezes o mesmo procedimento.

Baralho:
1. Se alguém falar:
 Camisinha não é natural, me bloqueia.
 Você responde:
2. Se alguém falar:
 Ah! Você tem uma camisinha! Você tinha planos de me seduzir.
 Você responde:
3. Se alguém falar:
 Não tenho camisinha comigo.
 Você responde:
4. Se alguém falar:
 Eu não sou homossexual e não uso drogas injetáveis, por isso não preciso me
preocupar.
 Você responde:
5. Se alguém falar:
 Não precisamos de camisinha. Sou virgem.
 Você reponde:
6. Se alguém falar:
 Camisinha! Você está me ofendendo! Pensa que sou carregador de doenças?
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 Você responde:
7. Se alguém falar:
 Se eu parar para colocar a camisinha perco o tesão.
 Você responde:
8. Se alguém falar:
Morro mas não uso camisinha.
Você responde:
9. Se alguém falar:
 Não transo com você se for com camisinha.
 Você responde:
10. Se alguém falar:
 Até você colocar a camisinha, eu já perdi a vontade.
 Você responde:
11. Se alguém falar:
 Tomo pílula. Você não precisa usar camisinha.
 Você responde:
12. Se alguém falar:
 Só uma vez! Não faz mal! Já nos conhecemos há tanto tempo.
 Você responde:
13. Se alguém falar:
 Só de olhar alguém é o bastante para eu saber se tem aids. Assim, por que me
preocupar?
 Você responde:

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NUNES, Cezar, SILVA, Edna: A educação sexual da criança. São Paulo, editora autores
associados, 2000.

FAGUNDES, Tereza: Educação Sexual, construindo uma nova realidade. Salvador,


UFBA, 1995.

SUPLICY, Marta: Conversando sobre sexo. Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes, 1983.

SAMPAIO, Simaia: Educação sexual para além dos tabus. Salvador, UFBA, 1996.

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