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ESTAR OU SER TREINADOR?

ELIAS DOS S. BATISTA - CREF 001939-G/RN


@ELIASXEBINHA

Treinar uma equipe pode ser uma experiência rica e satisfatória, mas é também uma
responsabilidade muito grande. O treinador de uma equipe, seja ela de qualquer modalidade a
qual pertença, tem que se preocupar com muitos fatores inerentes ao cargo, o simples fato de
ser conhecedor das regras oficiais e a repetição de educativos de movimentos padronizados
não são o bastante para se seguir nesta empreitada. O treinador de rugby antes de tudo deve
ter convicção do que faz e ter humildade para perceber o que se passa com sua equipe,
conhecer cada um dos seus atletas, podendo auxiliá-los a ter confiança no sucesso, não
apenas no rugby, mas também na sua vida pessoal.

Este papel de treinador varia muito dependendo do nível em que sua equipe compete.
O nível de iniciação e introdução diz respeito ao desenvolvimento de atletas –técnica e
pessoalmente – já no extremo oposto o nível de competição internacional o treinador é
responsável pela seleção da equipe, desempenho e resultados. Este papel se dá em uma via
dupla onde o treinador também deve estar atento para sempre se manter em constante
pesquisa e aprimoramento, você nunca para de aprender, sempre olhamos para todos os
ângulos e imaginamos onde poderíamos melhorar, não importa quanto.

O treinador desempenha diversos papéis intercambiáveis, como líder, gerente,


professor, organizador. Para executá-los necessitam de um conhecimento do Jogo e de suas
Leis, motivação, preparação física e entender como um treinador melhora o desempenho dos
atletas, este ultimo otimizado desde o momento em que o mesmo goza da amizade e confiança
dos seus atletas.

INICIAÇÃO ESPORTIVA NO RUGBY

Geralmente quando ouvimos o termo iniciação esportiva temos a impressão de que se


passa apenas com jovens, crianças; não queremos acatar que pessoas que já tem um perfil de
idade adulta passe por uma "iniciação esportiva" em qualquer modalidade que seja, e este
simples pensamento formulado por muitos, acaba gerando uma dose extra de preconceito
contra o aprendizado do básico, essa ignorância motora acaba gerando atletas incompletos por
não possuírem um leque motor com base bem consolidada, devemos priorizar sempre o
entendimento dos fundamentos básicos gerados pela experimentação de atividades de
oposição simples para construirmos movimentos grossos a serem lapidados de forma
especificas em fases subseqüentes, por isso lembramos o dito popular que melhor se encaixa
nesta situação: "não adianta tentar correr se ainda não sabe andar..."

MONTANDO O PLANO DE TREINO IDEAL

O modelo metodológico ideal de iniciação e formação de jogadores de rugby na


atualidade não existe, o modelo desejável é por si só flexível. Existe no entanto atualmente
alguma unanimidade entre técnicos e formadores para as vantagens na utilização da oposição
durante a formação de jogadores, bem como do jogo global para o específico em função da
estruturação e lógica do jogo moderno. Levando em consideração a ciência do treinamento
desportivo, que deve reger todo o plano de treino de qualquer equipe podemos ver que existem
os princípios do treinamento:
• Princípio da adaptação
• Princípio da sobrecarga
• Princípio da individualidade biológica
• Princípio da interdependência volume/ intensidade e,
• Princípio da especificidade

Com estes princípios o treinador tem a possibilidade de intervir na manipulação das


mesmas objetivando o treinamento de forma a atingir com efetividade o melhor rendimento de
sua equipe ou atleta, por estes princípios se aplicarem a qualquer modalidade, devemos assim
enfatizar a atenção no principio da especificidade que é a aplicação do treinamento o mais
perto possível da situação real de competição. Com este conceito em mente, podemos pensar
que teremos uma adaptação específica para os esportes de contato, uma sobrecarga
específica para os esportes de contato, abordando sempre com bastante cautela o respeito da
individualidade de seus atletas.

PERIODIZAÇÃO

“Esse termo origina-se da palavra período, que é uma porção ou divisão do tempo em
pequenos seguimentos, mais fáceis de controlar, denominados fases”, in Bompa; 2002.
Segundo Barbanti; 1979, a palavra periodização surgiu oficialmente no cenário esportivo
mundial em 1965, graças aos estudos de Matveev.
O treinamento para que seja melhor aproveitado ou rentável ao organismo, deve ser
elaborado de forma organizada e requer a aplicação de modelos periodizados. Deve-se
planejar ou estruturar racionalmente cada fase do treinamento, para que dentro do período de
tempo disponível do macrociclo o objetivo ou alvo seja alcançado.
A periodização visa a organizar didaticamente o tempo disponível para se atingir a
meta/ alvo. A qualidade física ou a forma física do aluno/atleta desejada será alcançada por
meio do controle organizacional o qual, dividindo o treino em fases ou períodos, gera um
controle pleno dos treinamentos permanentemente.

SUGESTÕES PARA UMA ABORDAGEM INICIAL DO RUGBY

É interessante para aqueles que esperam se envolver no desenvolvimento e


crescimento rugby no Brasil, que procure referenciais próximos, amigos que pratiquem o
mesmo, busque auxilio na internet, em federações ou entidades que já possuam alguma
vivencia na modalidade e que aceite contribuir com palestras e workshops, pesquise vídeos
demonstrativos sobre a formação de atletas, regras básicas para desenvolver o jogo, restrinja
inicialmente técnicas que necessitem especificidade técnica como (tackle, hand-off e jogo com
pé), priorize o trabalho lúdico utilizando de atividades pré-desportivas que irão constituir o
básico de habilidades motoras como Flagball, touch rugby e etc...
Defina um plano de treino com objetivos prioritários de acordo com a faixa etária dos
atletas, defina regras de convivência, segurança e fair-play, explore exercícios técnicos e
táticos com grau de complexidade simples, aplique situações básicas de jogo, sempre
priorizando método global de inserção de atividades, fazendo assim que os atletas sejam
desafiados a desenvolver formas próprias de solucionar os desafios propostos, desafios estes
trabalhados na forma de exercícios táticos de oposição, sendo de forma ativa ou passiva.
Avalie constantemente seu trabalho, o empenho de seus atletas a dedicação dos
mesmos, faça-os se sentir membros de uma equipe de verdade, equipe que se apóia e não se
cobra por resultados, mas sim por dedicação, por companheirismo e principalmente por
amizade.

PONTOS CHAVE PARA A DESMOTIVAÇÃO

Existem situações onde nos colocamos por querermos fazer o melhor e acabamos
esquecendo que o principio do esporte deve ser a união, a diversão, o respeito e a
fraternidade, não devemos macular a imagem da união em um esporte tão empolgante por nos
deixarmos levar pela busca desesperada por uma especialização precoce, ou simplesmente
resultados de invencibilidade. Este tipo de imposição ao invés de atrair adeptos à modalidade
pode afastar novatos e frustrar os já praticantes, por isso é muito comum cometer erros na
abordagem inicial do rugby, como:

- A explicação detalhada de regras;


- Ensino inicial de ações técnicas coletivas que fazem parte do jogo (Maul, Ruck, Line-
out, etc...);
- Transmissão de muita informação sobre o jogo;
- Pouca liberdade de ação dos participantes, na descoberta do jogo;
- Exercícios que englobam muitos conteúdos técnicos;
- Exposição prematura de confrontação física direta entre os atletas;
- Utilização do jogo com o pé, que dificulta a progressão e entendimento do jogo;
- Falta de cuidado na organização dos grupos;
- Interrupção do jogo em situações de continuidade do mesmo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Faz-se de fundamental importância que nós "professores" juntamente com nossos


"alunos", tenhamos em vista que devemos desenvolver instrumentos metodológicos e
pedagógicos que sirvam no nosso dia a dia como elo para a sustentação e crescimento desta
modalidade esportiva que vem conquistando o gosto brasileiro, de forma organizada e
sistêmica, desejo que possamos quebrar barreiras e assim, consigamos fazer com que nosso
país não seja reconhecido apenas como país do futebol, rugby ou qualquer modalidade, mas
sim, como um país que ama o esporte.
Sabemos que as dificuldades existem, o apoio é difícil de ser encontrado, mas a
perseverança sempre será recompensada quando for solicitada por um motivo nobre, por isso
espero ter contribuído de forma construtiva com minha perseverança para o discernimento
deste papel tão digno e respeitável de treinador PROFESSOR!

SUGESTÕES / REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GEASE - http://www.gease.pro.br/
RUGBY SPIRIT - http://www.rugbyspirit.com.br/
BOMPA, Tudor O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2002
GOMES, Antonio Carlos. Treinamento desportivo: estruturação e periodização. Porto Alegre: Artmed,
2002. 205 p.
MARTINS, C.M.L.et alii. As principais tendências de planejamento do treino: uma revisão bibliográfica.
In: Revista treinamento desportivo, 1999, v. 4, n.2.
MATVEEV, L. P. Treino Desportivo: metodologia e planejamento. 1ª ed. Guarulhos: Phorte, 1997.

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