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2010/2011
Fadiga Muscular
Efeitos na estabilização das articulações
Fisiologia em Fisioterapia
Discentes:
Índice
Índice ..................................................................................................................................................................2
Introdução ..........................................................................................................................................................3
Fundamentação Teórica .....................................................................................................................................4
Sistema muscular ...........................................................................................................................................4
Mecanismo de contracção muscular..........................................................................................................4
Tetania e Fadiga Muscular..........................................................................................................................4
Fadiga Muscular .............................................................................................................................................5
Tipos de fadiga ...........................................................................................................................................5
Possíveis causas da fadiga: .........................................................................................................................6
Análise do artigo científico:
“Fatigue Effects on Knee Joint Stability During Two Jump Tasks in Women” ..........................................7
Bibliografia........................................................................................................................................................10
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Fisiologia em Fisioterapia
Introdução
No âmbito da avaliação da disciplina de Fisiologia em Fisioterapia integrada no plano de estudos do
segundo semestre do primeiro ano da licenciatura em fisioterapia na universidade atlântica, foi-nos solicitado um
trabalho cujo conteúdo seria a análise de um artigo relacionado com um dos temas inseridos nos conteúdos
programáticos dessa cadeira, Devido ao interesse na área , escolhemos um artigo que junta, a fadiga presente em
todas as nossas actividades, com a estabilização da articulação do joelho , cuja importancia é fulcral no nosso
quotidiano.
Sendo assim, e depois da aprovação do artigo e do tema pela docente Dr. Ana Pires, fizemos este trabalho
sobre a fadiga muscular, que se baseou numa pesquisa sobre a fadiga em si, que nos levou ao mecanismo de
contracção dos músculos pois vimos que estão relacionadsos, e também na análise do artigo “Fatigue effects on knee
joint stability during two jump tasks in women”.
Na fundamentação teórica falaremos sobre o sistema muscular e o mecanismo de contrações pois achamos
que essas informações seram necessárias, falaremos sobre a fadiga fisiologicamente os tipos de fadiga e possíveis
causas da fadiga.
Durante a realização deste trabalho utilizamos como base de apoio conceitos pesquisados na internet sobre
a fadiga muscular, assim como também utilizamos alguns livros e artigos relacionados com este tema
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Fisiologia em Fisioterapia
Fundamentação Teórica
A fadiga geralmente é produzida pelo sistema nervoso, mas manifesta-se no sistema musculo-esqueletico.
Sistema muscular
"Os músculos são os órgãos especializados em converter energia química em energia mecânica" (Barata,
1997)
Quando o neurónio motor deixa de libertar acetil-colina, o potencial de ação deixa de existir, dando origem
ao regresso dos iões de cálcio que estavam no sarcoplasma, para o retículo sarcoplasmático. A quando do
relaxamento muscular, na ausência de ATP, o relaxamento é incompleto, persistindo uma situação de contração
involuntária, o que explica as caimbras de esforço.
A estimulação contínua faz com que o músculo atinja um grau máximo de contração, o músculo permanece
contraído, condição conhecida como tetania. Uma tetania muito prolongada ocasiona a fadiga muscular. Um
músculo com fadiga, após relaxar, perde por um certo tempo, a capacidade de se contrair, isto pode ocorrer por
deficiência de ATP, incapacidade de propagação do estímulo nervoso através da membrana celular ou acúmulo de
ácido láctico.
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Fisiologia em Fisioterapia
Fadiga Muscular
Os mecanismos responsáveis pela fadiga muscular têm sido estudados com bastante atenção pelos
fisiologistas e bioquímicos por mais de um século. As dificuldades, ao investigar a fadiga encontram-se à natureza
multifatorial e à sua complexidade.
A origem e extensão da fadiga muscular dependem da especificidade do exercício, tipo de fibra muscular e
o nível de aptidão física individual, é importante estudar a fadiga como um mecanismo de defesa que é ativado para
que não ocorra deterioração de determinadas funções orgânicas e celulares, prevenindo lesões celulares
irreversíveis. (Dezan, dos santos, & Sarraf).
Fisiologicamente, "fadiga" descreve a incapacidade de continuar funcionando ao nível normal da
capacidade pessoal devido a uma percepção ampliada do esforço, ou seja a incapacidade de produzir e manter um
determinado nível de força ou potência musculares durante a realização do exercício. (Dezan, dos santos, & Sarraf).
A fadiga muscular normalmente manifesta-se ou como uma incapacidade muscular local para desenvolver
um trabalho ou como uma sensação abrangente de falta de energia, corporal ou sistémica.
Tipos de fadiga
Existem vários tipos de fadiga muscular, geralmente classificados quanto a origem como:
Fadiga Central Pode ser por uma falha voluntária ou involuntária na condução do
impulso eléctrico, promovendo uma redução da quantidade de unidades motoras funcionais. Este
mecanismo relaciona-se com os processos de formulação de padrões motores, transmitindo estes
ao longo do córtex cerebral, cerebelo e junções sinápticas e específicos nervos eferentes dentro da
corda espinhal. (Ascenção, Duarte, Magalhães, Oliveira, & Soares)
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Fisiologia em Fisioterapia
A fadiga anaeróbia aláctica (execução de um remate), tem uma possível explicação para a
diminuição da capacidade contráctil do músculo que reside na diminuição progressiva das reservas em creatina
fosfato.
A fadiga anaeróbia láctica (várias jogadas muito prolongadas com pouco tempo de repouso), neste
caso a diminuição da capacidade contráctil resulta da acidose provocada pela acumulação de lactato a nível
muscular e sanguíneo.
A fadiga aeróbia (um jogo muito longo e muito intenso), uma das hipóteses defendida, é a diminuição
das reservas em glicogénio. Na fadiga Aeróbia a respiração aeróbia usa como fonte de energia uma variedade de
moléculas, como os ácidos gordos e os aminoácidos, no entanto os ácidos gordos são a fonte de energia mais
importante que é utilizada nos músculos esqueléticos durante o exercício mantido e em condições de repouso.
• Fadiga crónica, ou síndrome da fadiga crónica que resume-se como a fadiga Crónica: instala-se no
indivíduo quando existe um desajuste do volume de trabalho e repouso, por excesso de esforço físico. Persistente
ocorrendo durante pelo menos seis meses consecutivos.
• Fibromialgia Doença centralizada no sintoma da dor que passados três meses apresenta pontos dolorosos
específicos. Esta dor agrava-se com o esforço, traumatismos, infecções sistémicas, falta de sono, frio e stress
psicológico, sem factores de alívio identificados e associa-se em quase todos os casos à fadiga.
• Fadiga aguda resumidamente é a fadiga que surge rapidamente após um grande esforço físico
E desaparece com o repouso.
• Alterações do pH intracelular
O ácido láctico poderá afectar a produção de força devido ao aumento da pressão osmótica intracelular e aumento da
quantidade de água intracelular. Existe uma forte correlação entre o aumento das concentrações de ácido láctico e ácido
pirúvico com a fadiga, devido à acumulação de H+.
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Fisiologia em Fisioterapia
O artigo em estudo nesse trabalho é um estudo feito em mulheres para avaliar os efeitos da fadiga na
estabilização do joelho, , através do estudo de actividades semelhantes sendo uma realizada sem fadiga e outra
depois de se ter provocado já alguma fadiga para verificar se houve alterações.
Participaram no estudo quinze mulheres fisicamente activas envolvidas em actividades físicas recreativas,
tais como corrida e musculação, com uma média de idades entre 21 e 27, média de altura 164,7 centímetros, com
média de massa corporal 58,4kg; sem histórico de cirurgia nos membros inferiores e nenhuma lesão recente.
Os sujeitos participantes deste inquérito não tem qualquer experiência anterior em desporto de competição,
onde altos níveis de fadiga metabólica são experienciados.
Nesta investigação pretendeu-se comparar o máximo de flexão e de valgismo do joelho com os resultados
obtidos no EMG em relação aos músculos responsáveis pela actividade do joelho na aterragem das 2 tarefas
pretendidas na investigação envolvendo 2 sessões, uma com fadiga e outra sem.
Em ambas as sessões foram realizadas 2 tarefas (salto de cima para baixo de uma altura de 40 cm e de
baixo para cima para uma altura de 20 cm) pretendendo-se avaliar a velocidade de activação do sistema
neuromuscular no salto de modo a analisar a estabilidade obtida na articulação do joelho e comparar os resultados
das 2 sessões. As sessões eram feitas aleatoriamente entre os sujeitos com intervalos de máximos de 5 dias, feitas.
Antes de cada sessão foi realizado um aquecimento que consistiu em 5 minutos de pedalada de 40-60
rpm, num cicloergômetro, seguindo de 10 agachamentos, 5 saltos verticais e 2 provas iguais aos saltos a realizar.
Para além deste aquecimento, na sessão com fadiga foi executado o protocolo de wingate, que consiste num teste
anaeróbio com duração de 30 segundos durante o qual o individuo pedala o maior número de vezes contra uma
resistência fixa (Franchini, 2002), (calculada com os dados da avaliação inicialmente feita), com objectivo de
proporcionar a maior potência possivel para os músculos de modo a criar fadiga. Para avaliar a parte muscular dos
individuos, utilizou-se a Electomiografia (EMG), que tem a capacidade de avaliar a actividade muscular. Durante
cada sessão de saltos, o investigador incentivou verbalmente os individuos. Na avaliação de cada sessão os
investigadores utilizaram câmaras digitais assim como marcadores refletores em sitios especificos no corpo dos
individuos para analise.
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Fisiologia em Fisioterapia
Como esperado, durante a condição de fadiga foram observadas um maior risco para o joelho, mas
apenas durante a tarefa de saltar de cima para baixo. A diminuição dos ângulos de flexão do joelho pode aumentar a
probabilidade de haver uma maior força exercida nos ligamentos do joelho, diminuindo a capacidade dos
isquiotibiais para resistir às forças. Entre as possíveis razões que influenciam a magnitude dos resultados obtidos da
flexão do joelho entre as tarefas pode-se supor que a tarefa do salto de cima para baixo apresenta um desafio maior
para o sistema motor, dada a alta velocidade de execução e as formas de o equilíbrio ser mantido após a aterragem.
Os investigadores sugerem que a contracção dos quadricipedes e dos isquiotibiais é usada como
principal estratégia para estabilizar a articulação do joelho e resistir a cargas externas para o varismo/valgismo ,
flexão/extensão, durante as tarefas de alto nível atlético, ajudando também a proteger os ligamentos do joelho.
Aparentemente, a fadiga criado pelo teste anaeróbio de Wingate não afetou a activação neuromuscular e
estabilidade do joelho dessas mulheres jovens embora pareça que as mulheres alcançaram um alto nível de fadiga de
acordo com o índice de fadiga. Existem fatores adicionais que podem ter impedido a lesão no joelho. Maior controlo
muscular, maior controlo da articulação do joelho e estratégias compensatórias neuromusculares poderam evitar a
instabilidade dos membros inferiores durante a sessão de fadiga.
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Fisiologia em Fisioterapia
Conclusão/Discussão
Deu-nos algum prazer fazer este trabalho embora tenhamos tido algumas dificuldades na sua realização,
mas com isso acabamos por saber um pouco mais sobre a fadiga muscular e sua relação quer com o sistema
muscular, quer com a estabilização das articulações.
Através da analise do artigo, podemos concluir que a embora falamos sobre a fadiga muscular é
fundamental abordar a contracção muscular, pois é através dela que ocorre a fadiga. Podemos concluir que a fadiga
tem um papel importante na estabilização das articulações, neste caso do joelho, mas existindo alguns itens, tal
como os autores do artigo em análise neste trabalho que afirmam, tais o pequeno tamanho da amostra (n = 15) foi
um factor que afectou esta investigação, que a falta de familiarização com o protocolo Wingate também pode ter
afectado os resultados, por existir a possibilidade de que o protocolo de indução da fadiga não ter induzido fadiga
suficiente devido a falta de experiência e motivação que os indivíduos podem ter tido, e o facto dos participantes
poderem ter recuperado entre os estudos, apesar de o índice de fadiga indicar que os níveis estavam elevados, assim
como o objectivo do EMG , que foi para padronizar todas as dados, que possam ter sido comprometidos por erros
de colocação dos marcadores reflectores e eléctrodos de EMG de forma diferente em ambos ocasiões, não podemos
afirmar com certeza que é um factor fundamental nessa estabilização.
Estes factos podem indicar que, as tarefas utilizadas neste estudo são capazes de criar altas cargas para o
articulação do joelho e o nível de dificuldade pode não ter sido suficientemente alta para ser alterada pela fadiga.
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Fisiologia em Fisioterapia
Bibliografia
Ascenção, A., Duarte, J., Magalhães, J., Oliveira, J., & Soares, J. Fisiologia da fadiga muscular. Delimitação
conceptual, modelos de estudo e mecanismos de fadiga de origem cemtral e periférica. Faculdade de
Ciências do Desporto e de Educção Física.
Dezan, H. V., dos santos, M. G., & Sarraf, t. A. Bases metabólicas da fadiga aguda.
Seeley, R; R, Stephens, T.D, & Tate, P.(2003), Anatomia e Fisiologia. Loures, Lusociência
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