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Projeto Gráfico
Design gráfico é um processo que se inicia na necessidade do cliente, toma forma na
mente
do designer e se concretiza no produto gráfico. A compreensão dessa idéia de processo
é fundamental para que a expressão “produção gráfica” deixe de ser sinônimo de
“plantar-se ao lado da máquina de impressão para o negócio sair perfeito e no prazo!”
Nesse sentido, podemos definir produção gráfica como o conjunto de procedimentos
que permitem conduzir o processo gráfico, mantendo o devido controle sobre cada uma
de suas etapas e corrigindo os desvios em cada ponto até sua conclusão, ou seja, a
entrega do produto a seu destinatário final.
Nessa prática, nos enfrentamos diariamente com um verdadeiro bicho de sete cabeças: o
cliente nunca sabe exatamente o que quer, as etapas são realizadas em tempos e espaços
físicos diferentes, conduzidos por distintos profissionais, dos mais variados graus de
formação e níveis de capacidade, as verbas nunca são suficientes e os prazos
impossíveis!
Parece existir um conflito constante entre a intenção e a realização, uma resistência
tenaz emsentido contrário aos nossos empenhos. Afinal, o bicho nada mais é do que a
própria realidade, à qual temos que nos adaptar inevitavelmente nesse processo de
transformação da idéia, abstrata, em produto, objetivo e palpável. Na produção gráfica
encontramos três armas fundamentais para essa luta, todas construídas com elementos
retirados da própria realidade:
ESPECIFICAÇÃO:
Consiste em estabelecer, com o maior grau de precisão possível, a finalidade do produto
que se vai projetar, suas características básicas (se é uma peça única ou conjunto de
peças, o tipo de manuseio que terá, o tempo de vida útil que se espera dela, etc.), a
tiragem, o prazo de execução e a verba disponível; esses fatores determinarão os
formatos, tipos de suporte e sistemas de impressão e acabamento a serem utilizados.
Exemplo:
Problema:
Publicação para divulgação de moda, mensal, com fechamento a 8 dias da data de
distribuição, 100.000 exemplares.
Análise: divulgação de moda pressupõe imagens fotográficas coloridas, com boa
reprodução; a periodicidade definida requer a possibilidade de manutenção da marca,
determinando a escolha de cores factíveis de serem reproduzidas sem variações; o prazo
curto impõe a utilização de processos digitais, mais rápidos; a alta tiragem, combinada
com o curto prazo, define a utilização da impressão em rotativa.
Solução: Revista a 4 cores, em papel couchê fosco, com pré-impressão em CTP,
impressa em offset rotativa (para definição do melhor formato e número de páginas para
a peça, é necessário consultar o fornecedor, pois a largura da bobina de papel varia de
acordo com o equipamento utilizado).
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PLANEJAMENTO:
CONTROLE:
Consiste em criar referências físicas para orientação e acompanhamento de todas as
etapas do processo. Inclui-se aqui a produção de bonecos, mockups e protótipos de
produção, a elaboração de checklists para lay-outs, artes-finais, aprovação de provas,
aprovação de folhasde máquina e aprovação de modelos, a utilização de formulários de
acompanhamento e, finalmente, o controle da entrega e pagamento dos serviços.
Bonecos, mockups e protótipos são modelos elaborados nas condições efetivas de
produção (mecanicamente, nos papéis especificados, com o tipo de acabamento
escolhido, nas dimensões finais) cuja análise cuidadosa permite definir parâmetros para
arte-finalização das peças, definição precisa de dimensões, condições de manuseio, etc.
Além de serem um poderoso instrumento de controle de produção, esses modelos são
fundamentais para a aprovação do cliente, que geralmente não consegue visualizar um
produto sem sentir sua tridimensionalidade; essa aprovação previne surpresa no final do
processo, quando o cliente pode receber um produto totalmente diverso daquele que
havia imaginado, embora totalmente de acordo com as especificações constantes no
orçamento aprovado.
Nos checklists devem ser listados todos os detalhes envolvidos na produção, tendo
como referência às especificações finais da peça. Geralmente, quem está envolvido na
produção é omais indicado para elaborar essa listagem não para utilizá-la; um terceiro
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fará o trabalho de checagem mais objetivamente, desde que o cheklist seja
suficientemente objetivo.
A utilização de formulários como fichas de produção e acompanhamento é importante
para que toda comunicação com os fornecedores e clientes fique registrada por escrito.
Além de diminuir a possibilidade de ocorrência de conflitos, esses históricos auxiliam a
avaliação posterior do processo de produção e a análise do planejamento em confronto
com a realidade, permitindo um aperfeiçoamento da própria capacidade de planejar.
O controle da entrega e cobrança dos serviços conclui o processo e deve ser feito com
toda a atenção, pois dificuldades nesses aspectos, aparentemente menos importantes,
tendem a ofuscar a qualidade do produto oferecido.
A produção gráfica, portanto, integra o processo do design e fornece os instrumentos
para que esse processo tenha uma feliz culminação; é um assunto complexo e não tem
receitas de fácil aplicação; requer clareza de objetivos, experiência, conhecimentos
específicos e, acima de tudo, disposição para enfrentar e resolver difíceis problemas
reais sem perder o bom humor!
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PRODUÇÃO GRÁFICA-I
CORES
Quando escolhemos uma cor para elaborarmos nossos trabalhos, sejam trabalhos de
design, ilustração, anúncios ou qualquer outro tipo de trabalho visual, devemos ter em
mente que estamos lidando com um elemento de estímulo imediato, e que essa cor
escolhida provocará diversas reações em seus observadores, reações essas que podem
ser positivas ou negativas, dependendo da sua utilização.
Por isso, é extremamente importante estarmos atentos à psicologia das cores e seus
significados, para melhor aplicarmos essas cores em nossos trabalhos. É imprescindível
que qualquer pessoa que trabalhe com comunicação conheça as terias básicas da cor,
para saber como estas se complementam e interagem umas com as outras.
É realmente muito interessante, verificar a psicologia das cores como é utilizada
atualmente, principalmente pelas grandes empresas. Marcas conhecidas mundialmente,
fazem uso constante deste conhecimento para chamar a atenção, ou simplesmente,
vender mais seus produtos.
Empresas como a Coca-Cola, que utiliza o vermelho na maior parte de seus produtos,
remetendo ao calor, mas este calor sendo “quebrado” pelo frescor que representam as
bolhas d’agua desenhadas nas latas. Também o caso do Mc’Donalds, cores amarelo e
vermelho. O amarelo forte é usado para gerar ansiedade, o vermelho para dar fome e os
dois juntos, presente em grande quantidade dentro das lanchonetes , empresa, estimula
seus clientes a comerem em demasia e rapidamente, a presença destas cores geram um
certo desconforto se visualizadas por muito tempo. Abaixo, um resumo com o
significado de algumas cores:
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Branco: Sugere pureza. Cria uma impressão de vazio e de infinito. Evoca frescor e
limpeza, principalmente quando combinado com o azul. Ex: Ordem, simplicidade, luz,
paz, higiene, casamento, hospital, neve, harmonia.
Preto: Silêncio. Morte. Quando brilhante, confere nobreza, distinção e elegância. Cor
preponderantemente masculina. Ex: Noite, nobreza, pessimismo, tristeza, dor.
Amarelo: É uma cor luminosa e muito forte para atrair a atenção, seja sozinho ou em
conjunto com outras cores. É feliz, vibrante, vivo.
Ex: Luz, angústia, esperança, atenção.
Verde: Cor universal da natureza. Tem frescor, harmonia e equilíbrio. Cor calma, que
não se dirige para nenhuma direção nem encerra algum elemento de alegria, tristeza ou
paixão. O verde mais amarelado sugere uma força ativa, um aspecto ensolarado. O
verde, seja em tons mais claros ou escuros, é sempre indiferente e calmo. Ex:Floresta,
natureza, bem estar, tranqüilidade, juventude, umidade, saúde, tapete de jogos.
Azul: Cor profunda, calma. Preferida por adultos, marca uma certa maturidade. Quando
sombrio, o azul chama ao infinito. Mais claro, provoca uma sensação de frescura e
higiene, principalmente quando na presença de branco. Ex: Frio, céu, mar,
tranqüilidade, paz, infinito, meditação, credibilidade.
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LARANJA: Indicado para as mesmas aplicações do vermelho, com resultados um
pouco mais moderados.
VERDE: Estimulante, mas com pouca força sugestiva; oferece uma sensação de
repouso. Indicado para anúncios que caracterizem o frio, azeites, verduras e
semelhantes.
AZUL: Possui grande poder de atração; é neutra nas inquietações do ser humano;
acalma o indivíduo e seu sistema circulatório. Indicado em anúncios que caracterizem o
frio.
VIOLETA: Entristece o ser humano, não sendo, portanto, muito bem visto na criação
publicitária.
PRETO: Deve ser evitado o excesso em publicações a cores, pois tende a gerar
frustração.
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VERMELHO E AMARELO: Estimulante e eficaz em publicidade. Por outro lado as
pesquisas indicam que pode causar opressão em certas pessoas e insatisfação em outras.
Atenção
É a capacidade de concentração da consciência sobre um objeto; o poder de notar um
objeto no meio de um conjunto.
Inibição
É a faculdade que tem a nossa consciência de, a cada momento, deixar de lado tudo que
a cerca, permitindo a concentração sobre um único objeto. Quanto mais concentrada é
nossa atenção, maior é nossa inibição para o resto do mundo.
Interesse
Prestamos tanto mais atenção num objeto quanto mais ele nos interessa. O interesse
depende das inclinações, das tendências inatas de cada pessoa.
Memória
É a faculdade de lembrar-se dos fatos, ou a faculdade de conservar, reproduzir e
reconhecer os estados de consciência anteriores, relacionando-os com nossa experiência
passada.
Percepção
É o registro de um objeto em nossa consciência.
Imagem
É a representação de uma percepção anterior. Em propaganda defini-se imagem como
sendo os conceitos ou preconceitos intelectuais ou emotivos existentes na mentalidade
do público, em torno de um produto, um serviço ou uma empresa.
Imaginação
É a faculdade de reviver na consciência objetos ausentes no momento. É a faculdade de
formar imagens de coisas não percebidas naquela ocasião, ou a faculdade de representar
objetos ausentes.
Emoção
É toda perturbação violenta e passageira do tônus afetivo. Resulta de uma modificação
súbita no meio que nos cerca. É uma oscilação do nível mental e é sempre causada pela
presença de um fenômeno representativo em nossa consciência. Só nos emocionamos
quando conhecemos algo de novo ou de inesperado.
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É aquele em que o indivíduo escolhe sua forma de agir. É a capacidade do indivíduo
agir segundo suas preferências.
Conduta
É toda forma de ação do indivíduo, é tudo que o homem diz ou faz, ou se prepara para
fazer.
Necessidades Biológicas
São os fatores dinâmicos da conduta. A necessidade é uma ruptura do equilíbrio do
organismo.
Introdução
Muito se fala sobre esse assunto, um dos melhores livros que pude conhecer até hoje
sobre o tema é o de Israel Pedrosa, “Da Cor a Cor Inexistente”. Este livro é realmente
um “tratado histórico” sobre as cores e os diversos estudiosos que já abordaram o tema.
Está esgotado há algum tempo e só se encontra em bibliotecas ou “sebos” mas toda
pessoa que se interesse pela área de criação, seja em que mídia se expresse, devem
conhecer.
Procuro aqui, recolher os dados num resumo bem simples, acrescentando algumas
curiosidades e crendices sobre as cores, que, em alguns casos, podem úteis quando se
desenvolve um trabalho de criação.
A bibliografia básica então, se torna óbvia, porém no final do texto há citações de
trabalhos interessantes que ajudarão caso sua pesquisa exija ou sua curiosidade seja
maior.
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"
Você precisa de um método preciso para definir cores. Os modelos de cores fornecem diversos
métodos para definir cores, cada modelo definindo as cores usando componentes de cores
específicos. Há vários modelos de cores que podem ser escolhidos ao se criar um gráfico.
Modelo de cor CMYK
O modelo de cor CMYK define a cor usando os seguintes componentes:
· ciano (C)
· magenta (M)
· amarelo (Y)
· preto (K)
Os componentes ciano, magenta, amarelo e preto são quantidades de tinta ciano, magenta,
amarelo e preto que uma cor CMYK contém e são medidos em porcentagem de 0 a 100.
O modelo de cor CMYK é um modelo de cor subtrativo. Modelos de cores subtrativos usam a
luz refletida para exibir uma cor. Os materiais impressos são reproduzidos usando o modelo de
cor CMYK. As combinações das quantidades de tinta ciano, magenta, amarelo e preto definem
as cores no modelo de cor CMYK. Ao combinar ciano, magenta, amarelo e preto, de forma que
o valor de cada componente seja 100, o resultado é preto. Quando o valor de cada
componente é 0, o resultado é branco puro.
· vermelho (R)
· verde (G)
· azul (B)
Os componentes ,vermelho, verde e azul são as quantidades de luz vermelha, verde e azul que
uma cor RGB tem e são medidos em valores que variam de 0 a 255.
O modelo de cor RGB é um modelo de cor aditivo. Modelos de cores aditivos usam a luz
transmitida para exibir uma cor. Os monitores usam o modelo de cor RGB. A combinação de
luz vermelha, verde e azul define as cores no modelo de cor RGB. Quando você adiciona luz
vermelha, azul e verde juntas, de forma que o valor de cada componente seja 255, aparece a
cor branca. Quando o valor de cada componente é 0, o resultado é preto puro.
· matiz (H)
· saturação (S)
· brilho (B)
O matiz descreve o pigmento de uma cor e é medido em graus de 0 a 359 (por exemplo, 0 grau
é vermelho; 60 graus, amarelo; 120 graus, verde;, 180 graus, ciano; 240 graus, azul e 300
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graus, magenta). A saturação descreve a vivacidade ou o esmaecimento de uma cor e é
medida em porcentagem de 0 a 100 (quanto maior a porcentagem, maior a vivacidade da cor).
O brilho descreve a quantidade de branco que uma cor contém e é medido em porcentagem de
0 a 100 (quanto maior a porcentagem, maior o brilho da cor).
O modelo de cor em tons de cinza define a cor usando apenas um componente, iluminação, e
é medido em valores que variam de 0 a 255. Cada cor em tons de cinza tem valores iguais de
componentes vermelho, verde e azul modelo de cor RGB.
O uso da cor é de grande influência não somente no campo estético como também nas
áreas publicitárias e de promoção de vendas. Diversos fatores são levados em
consideração na hora de determinar a cor exata portadora da expressividade conveniente
para um tipo específico de mensagem para um produto ou serviço a ser consumido.A
cor pode estar diretamente ligada às características da moda, portanto, ao estilo de vida
ou à cultura de cada sociedade. A diversificação das cores em relação às do espectro
solar deu-se principalmente devido às experiências no campo da química, porém, para
integrar o novo em uma sociedade já moldada, são necessárias tentativas significativas e
audaciosas feitas através de repetições impositivas para que, com isso, se obtenha uma
aceitação praticamente total.Na transmissão de uma mensagem, a publicidade busca,
quase sempre, a não fixação nos aspectos negativos da sociedade, criando uma realidade
ilusória, bela e feliz e, para que alcance seus objetivos, utiliza uma grande arma: as
cores. É com o auxílio delas que se pode passar mais claramente o conteúdo emocional
ou o impacto que se deseja, embora, paradoxalmente, sejam as cores o fator
preponderante do aspecto concreto e real da mensagem plástica.O primeiro fator
essencial é o de despertar a atenção, captar a atenção do comprador, ou seja, jogar com
o nível da rapidez e da carga emotiva. É a cor do elemento que mais contribui para a
transmissão dessa mensagem plástica, ponto primordial da estratégia de marketing,
onde um dos principais veículos está a embalagem.
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relação aos concorrentes. Deve-se também levar em consideração a categoria social e a
faixa etária do público consumidor potencial.A escolha das cores de um produto deveria
sempre preceder a análise do mercado e das tendências do consumidor para que, com
isso, seja criado um ambiente adequado ou que antecipe o desejo dele além de prever a
ocasionalidade da compra por impulso. Sendo assim, “a cor constitui um pormenor
importante, trata-se de um conteúdo de consciência, (…) simples percepção vivida
através de nossa sensação visual”.A percepção e recordação das cores estão diretamente
ligadas aos sentimentos de prazer ou dor, agrado ou desagrado. Porém, para que se
obtenha realmente o resultado desejado, é necessário que se alcance, na memória, o
valor intelectual desse reconhecimento (e não somente o emocional/afetivo). É através
da cor que se desperta sentimentos, juízos ou avaliação na compreensão de algo lindo,
feio, agradável, desagradável, conveniente ou inconveniente, levando sempre em
consideração que, por motivos alheios, o grau de recepção da mensagem pode mudar
mesmo que por alguns momentos influenciando no comportamento do
consumidor.Segundo psicólogos, existem diversos tipos de consumidores: os
sentimentais (maior número), os volitivos (“sempre prontos a satisfazerem suas
vontades”), os intelectuais (“que estão sujeitos a um processo psicológico de compra”
tanto na análise de compra como na utilização de seus produtos ou serviços). Seu
comportamento de compra, se alcançado positivamente pela mensagem publicitária,
pode levar a compra regular (hábito), coativa (necessidade), de ocasião (economia de
recursos), impulsiva (satisfação de desejos surgidos espontaneamente), compra
emocional (compensação psicológica/ infantil), compra de prova (experimentação) ou
compra planejada (especulação).
Pesquisas de tendências
A preferência pelas cores está ligada à faixa de idade, à cultura, ao clima, à moradia, à
classe social ou mesmo à própria saúde. Sendo assim, para que a embalagem chame a
atenção do comprador, estimule a renovação da compra e impulsione o consumidor a
ficar fiel à sua marca, devem ser levado em consideração todos os fatores acima citados
além do “despertar da atenção através da imagem colorida”, “a continuidade da atenção
do consumidor sobre a embalagem” e “o efeito e a decisão do consumidor através da
influência que a embalagem exerce”.O produto está diretamente relacionado a vários
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elementos como “a imagem da marca”, “a imagem da indústria produtora”, “a qualidade
do produto ou serviço”, “a utilidade do produto ou serviço”, “o preço” e “a presença do
produto através de uma distribuição eficiente, bem como é influenciado pela “situação
econômica”, “os esforços da concorrência”, “a publicidade”, a “promoção de vendas”,
esforços de merchandising e “as técnicas de relações públicas.
A embalagem é um fator de diferenciação por sua forma, cor e texto além de ser um
veículo publicitário direto e atuante. Poderá, desse modo, sugerir o nível de qualidade
de seu conteúdo, ou seja, deverá identificar rapidamente o produto, refletir a sua
essência e a sua finalidade. “Se o técnico conseguir que a embalagem desperte no
comprador a vontade de manuseá-la, o elemento tátil, aliado à lembrança do produto,”
ganhará um significativo mérito em relação às demais, pois tornará o produto facilmente
distingüível entre os outros da mesma espécie.
As cores básicas são as que possuem mais força e nisso não está envolvido o julgamento
estético, mas sim um estímulo fisiológico que pode mesmo alterar a respiração ou até
modificar a pressão arterial. Já as cores suaves são o oposto. Em suma: “as qualidades
básicas que a cor pode oferecer à embalagem são: visibilidade, impacto e atração”. O
amarelo, o verde e o vermelho são consideradas visíveis em uma embalagem.
Existem fatores muito importantes que devem ser considerados embora estejam fora da
embalagem propriamente dita, como o ângulo de visão, a clareza da apresentação e a
capacidade de visualização rápida. A luminosidade interfere em alto grau na visibilidade
sendo a cor amarela a mais eficiente neste caso e em segundo a cor laranja. A cor
branca, bem como os tons pastéis, devido sua luminosidade, dá a ilusão de maior
tamanho pois há a ligação física entre tamanho e claridade, já com azul ocorre o oposto,
pois a imagem é vista menor. Cores escuras dão a impressão de serem mais pesadas que
claras. Um importante cuidado a ser tomado é no caso de cores que possibilitam um
jogo óptico, formando pós-imagens negativas que prejudicam a visão e a
compreensão.Assim sendo, um display deve apresentar como qualidade primordial a
harmonia de todos estes elementos para que possa integrar, eficientemente, os vários
produtos expostos sem deixar de atrair o consumidor.Em relação à cor na marca, mesmo
estando sujeitas aos processos de mudanças, geralmente mantém-se fixas para que, uma
vez memorizadas, constituam o pedestal da promoção de vendas, sejam como a
presença do dono no produto.
A cor dos anúncios na imprensa e nos cartazes são imprescindíveis pois atuam
diretamente na sensibilidade do receptor aumentando a potência das sensações e
impressões. O anúncio de alta qualidade requer matizes suaves e de pontos contrastantes
usando somente discriminações tonais. Deverá conter contrastes mais violentos se tiver
como intenção um caráter mais dramático, ou seja, deve variar de acordo com o caso.No
caso dos cartazes comerciais, sua única função é a de produzir um impacto instantâneo,
pois ele é feito para ser olhado rapidamente e, se não possuir clareza no significado da
mensagem, pode se tornar negativo quanto aos efeitos da comunicação. Por isso deve
ter desenho simples, seguir uma estrutura formal, as áreas serem compactas (sem
acidentes de superfície) e possuir cores preferencialmente sem gradação.
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venda. “Dependendo do produto, catálogos e folhetos devem usar cores sóbrias, não
muito fortes, para evitar a dispersão de memorização de produto apresentado
VERDE: estimulante porém com pouca força sugestiva, oferece sensação de repouso;
costuma caracterizar azeites, verduras, frutas e similares;
VIOLETA: entristece o ser humano, também não é muito indicado o seu uso;
PRETO: pouco recomendável (em anúncios de 4 cores) pois deixa o ser humano
geralmente frustrado (caso haja excesso);
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Estudo das cores
COR PIGMENTO
1. Cores primárias
As cores primárias, também conhecidas como "cores puras", são pigmentos naturais:
vegetal (colorau) e mineral (cromo, cobalto etc.). Não se formam pela mistura de outras
cores. São elas:
2. Cores secundárias
São cores resultantes da mistura de duas cores primárias na mesma proporção. São elas:
3. Cores terciárias
Resultam da mistura de uma cor primária com uma cor secundária. São elas:
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5. Cores complementares
São aquelas que estão opostas no Círculo das Cores. São contrastantes entre si.
6. Cores análogas
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São aquelas que estão vizinhas no Círculo das Cores. São próximas entre si. Por
exemplo:
7. Cores quentes
8. Cores frias
São cores onde predominam os tons de azul, verde e roxo. Caracterizam-se como cores
melancólicas, tristes, que proporcionam a sensação de calma e recolhimento
(aconchego) - portanto não são vibrantes. São cores associadas à época do inverno.
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9. Cores neutras
São aquelas onde não há predomínio de tonalidades quentes ou frias. São cores neutras
os tons de preto, branco, cinza, marrom e bege.
"Cromar" significa colorir. Quando usamos várias cores (mais do que três) em uma
composição, dizemos tratar-se de uma policromia.
De outro modo, quando usamos uma única cor em uma composição, mas com várias
tonalidades, dizemos tratar-se de uma monocromia. Por exemplo: usamos o preto e o
branco para dar a variedade de tons, mais escuros ou mais claros.
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Guia de Produção
Acabamentos
CMYK
Os percentuais de cores em quadricromia: (cyan+magenta+amarelo e preto) nunca
devem ultrapassar 320%. Quando isto ocorre, haverá uma saturação de carga de tinta no
papel, comprometendo a qualidade do impresso.
Lembre-se: o processo gráfico reproduz a gama de cores utilizando as quatro cromias
básicas (cyan+magenta+amarelo e preto). Muitas cores que vemos no monitor (cores
RGB - Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul)) ou que observamos em um cromo
(tom contínuo), por exemplos, são impossíveis de serem reproduzidas no sistema offset.
Esta "deficiência" é inerente aos processos diferentes de formação de cores e ocorre,
principalmente, com laranjas, azuis e verdes.
Combinação de Cores
Em relação à combinação de cores, é conveniente evitar, na medida do possível, cyan
chapado (100%) mais magenta com percentual acima de 30% para superfícies extensas.
Em situações de impressão, podem ocorrer imperfeições na distribuição da carga de
tinta e surgir manchas na superfície ao longo do papel.
Cor de Base
Todo mundo sabe, mas é bom lembrar que, ao usar em seu projeto 100% preto
(chapado), é conveniente calçá-lo (usar mais uma cor de base) com pelo menos com
30% de cyan. Tal procedimento irá garantir uma cobertura mais uniforme do preto,
evitando manchas.
Cores Chapadas
Na utilização de cores chapadas escuras é conveniente especificar sempre a aplicação de
camadas protetoras nos impressos (verniz UV, verniz de máquina, plastificação e
laminação). Isto evita que o material fique comprometido pelas desagradáveis manchas
causadas pela gordura dos dedos.
Cores Especiais
Procure consultar as "tabelas de cores" para prever como será a reprodução de uma
determinada cor especial. Nunca tome como base a tonalidade da cor percebida no
monitor. Para se obter uma determinada cor Pantone em CMYK procure em uma tabela
específica, denominada "solid to process".
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Você já deve ter percebido que as tabelas Pantone possuem, após o código numérico, a
letra "U" ou a letra "C". Estas letras designam o tipo de suporte utilizado para
reprodução daquele determinado tom e o resultado que será obtido. (U de uncoated) e
(C de coated). Uncoated refere-se aos papéis que não possuem revestimento, como o
alta-alvura. Coated são aqueles revestidos, como os couchés. Por isso é bom atentar para
as diferenças da reprodução das cores, que têm os seus tons bastante alterados em
função do tipo de suporte utilizado.
Formatos
Existe uma confusão muito grande em relação à terminologia empregada para designar
folhas, páginas e lâminas. Uma folha nada mais é que uma folha de papel. Tem sua
frente e seu verso. A página refere-se a uma das faces do papel (um lado de impressão).
Exemplo: uma folha tem duas páginas. Já a lâmina é uma forma de especificação de um
produto gráfico.
Exemplo: um boletim com 16 páginas possui 4 lâminas. Portanto, considere múltiplos
de quatro para a elaboração de um impresso com várias lâminas. Um boletim ou uma
newsletter, com uma dobra, é sempre impresso em múltiplos de 4 páginas, denominados
cadernos. Portanto, um caderno tem, neste caso, quatro páginas.
Impresso Sangrado
Em um projeto de impresso sangrado (quando o grafismo supera o formato final), não
esqueça de deixar margem de pelo menos 3 mm para a operação de corte.
Orçamento
Ao solicitar um orçamento gráfico é bom manter sempre um check-list dos itens. Isto irá
facilitar o trabalho do orçamentista e, com certeza, agilizar o seu também.
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c) Cores de impressão - Informe o número de cores utilizado tanto na frente
quanto no verso do papel. Daí vem a configuração utilizada: 1 x 1, 4 x 4, 4 x 2
cores. Não esqueça de informar sobre a utilização de cores especiais (escala
Pantone) ou quadricromia (cores de escala padrão).
Lombada quadrada: tipo livro, com lombada reta, podendo ser colado ou costurado.
Corte especial: é aquele corte feito com facas de corte e vinco. Esse tipo de
acabamento é sempre necessário quando o formato do impresso for irregular e não
puder ser feito em guilhotina.
Ponto de Retícula
Na medida do possível, deve-se evitar pontos de retícula com percentual acima de 50%
aplicados próximos a elementos chapados.
Provas
As provas obtidas a partir de fotolitos (cromalim, matchprint e outras) não reproduzem
a impressão offset. São provas feitas a partir do fotolito, porém o processo apresenta
algumas distorções em relação à reprodução das cores, embora o resultado seja bastante
satisfatório. Normalmente, nestas provas, as cores são muito estimuladas e tornam-se
extremamente vibrantes. A prova de prelo ainda é o processo que mais se aproxima da
impressão offset, pois utiliza do mesmo princípio de impressão, inclusive gerando
lâminas com as separações e somatória das cores tal qual as impressoras fazem. Ainda
em relação à prova de prelo é recomendável utilizar o mesmo suporte (papel) que o da
impressão. É o tipo de prova ideal para montagem de bonecos e mock-ups para
apresentação ao cliente, principalmente para aqueles trabalhos críticos ou quando
utilizam cores especiais.
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Texto Vazado
Sempre que houver a necessidade de vazar um texto, isto é, colocar letras claras sobre
fundo escuro, procure evitar o uso de fontes light. A tendência é que na impressão as
fontes tornem-se mais "finas", ocorrendo comprometimento da leitura.
É conveniente não vazar um texto em preto sobre uma cor clara (fundo). Assim evita-se
a formação de filete caso haja pequena variação no registro das cores em situação de
impressão. Essa recomendação vale somente para o caso do texto em preto. Caso o texto
seja de alguma outra cor da escala cromática ou mesmo uma cor pantone, deve-se
utilizar o recurso do "overprint" para que não se obtenham cores indesejáveis,
resultados da soma de duas cores. A tinta offset, apesar de não parecer, é transparente.
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Tipos de Papéis
PAPEL CARTÃO
São papéis revestidos que tem como características a resistência. Possuem
semibrilho e são muito utilizados para embalagens, postais, displays, capas de
livros, etc. Geralmente os impressos nestes papéis são feitos com acabamento
especial (plastificação ou verniz U.V.) para dar maior brilho e aumentar a sua
durabilidade.
PAPEL COUCHÊ
Suas características básicas são o brilho e a lisura de suas folhas. Outra
característica marcante é a sua microporosidade, ou seja, quando a tinta é
depositada permanece na superfície do papel, garantindo assim cores mais
vivas no impresso. Esse papel é muito utilizado pelo mercado para fazer
folhetos, volantes, malas-diretas, cartazes, revistas, enfim, uma variedade de
materiais promocionais, de publicidade e técnicos que exigem qualidade e
brilho.
PAPEL OFF-SET
Assemelha-se ao papel sulfite, porém suas características técnicas são
diferentes. Por ser macroporoso, esse papel absorve muito mais tintas, dando
ao impresso um aspecto "lavado", sem vida. Sua vantagem é que podemos
escrever e fazer anotações nesse papel. Seu preço é também uma vantagem,
já que custa menos que os couchês. É um papel bastante versátil, utilizado em
folhetos, volantes, pastas, cartazes e principalmente em papelaria interna
(envelopes, papel carta, bloco, etc.).
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240 g
Notas Fiscais: chambril 75 gr, superbond (amarelo, azul, rosa, verde ...) e
jornal (padrões);
* Cartões Postais: existem dois tipos q são usados para cartões postais, pois
tem uma pequena diferença entre eles.
* Duplex - é aquele papel que é liso na frente, e no verso é papelão, porém
grosso;
* Triplex - é liso na frente, só que atrás ele não é papelão, mas sua textura é
parecida, porém sua cor pode ser branca (geralmente) e é mais grosso que o
duplex.
Papéis fotográficos
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uma tarefa especial. desde controlar a absorção de tinta, até construir uma
barreira úmida para criar nas fotos uma superfície lisa e brilhante. Uma folha de
papel fotográfico HP por exemplo é formada por até seis camadas
independentes. A de resina controla a quantidade de tinta absorvida, a segunda
impermeabiliza o papel contra a tinta. a terceira proporciona brancura e
resistência. a quarta garante o brilho e a quinta e a sexta mantêm a foto lisa e
evitam sua aderência “. explica Zulma Vega. gerente de produto da HP.
Outro item importante e que deve ser observado nos papéis com qualidade
fotográfica é a durabilidade das impressões. Mesmo as fotografias tradicionais
têm uma vida útil e, com o tempo, as imagens ficam amareladas, desbotadas e
terminam desaparecendo completamente. Em quanto tempo isso ocorre com
25
as imagens impressas nos papéis fotográficos disponíveis atualmente? No
caso do papel Ultima Picture Paper, da Kodak, em cem anos. O que garante
isso é a tecnologia Colorlast. Nos demais papéis da Kodak, que não possuem
esta tecnologia, as imagens duram até 30 anos. "Dependendo do modo como o
papel é armazenado (se for colocado num álbum ou porta-retratos), as imagens
podem durar mais de 50 anos", comenta Fernanda Zuin Secco, da Paulimaq.
26
ano, pois os consumidores estão imprimindo com maior freqüência", comenta
Maria Fernanda Fialho, da Avery.
ESTIMULANDO O CONSUMO
CONSUMIDORES
27
publicitários e de marketing. "O consumo poderia ser estimulado comunicando
para os consumidores as diferentes opções de papéis fotográficos e como eles
podem usá-los. Além disso, os consumidores precisam saber que é bem mais
seguro ter as fotos impressas do que em formato digital", opina Zulma Vega, da
HP.
"O papel fotográfico é para toda pessoa que tenha vontade ou necessidade de
imprimir fotos digitais, apresentações e trabalhos com alta qualidade", diz
Márcia Segalla, gerente de
Alta Alvura
Alcalino Original
Indicado para a impressão de livros em quatro cores de livros infantis, médicos,
etc.
Papel fabricado essencialmente com pasta química branqueada com elevada
resistência na superfície, excelente opacidade e maior durabilidade.
Branco
75
90
120
150
180
240
66x96
89x117
28
Bahia Sul
Utilizado para impressão em quatro cores de livros, formulários contínuos,
cadernos, envelopes e impressso em geral.
Papel Offset com excelente alvura, boa opacidade e com maior durabilidade.
Branco
56
63
70
75
90
110
66x96
Extra Alvura
Utilizado em impressos nobres, peças publicitárias, folhetos, posters, miolo de
livros e revistas.
Papel offset alcalino com alta alvura.
Branco
120
66x96
Master Set
Formulários contínuos, livros, cadernos, materiais promocionais, envelopes e
impressos em geral.
Papel offset com elevada resistência e de boa opacidade e durabilidade.
Branco
56
66x96
PRINTMAX
Revistas, livros, capas, tablóides, impressos promocionais e manuais.
Papel Couché produzido a partir da composição de celulose branqueada de
fibras curtas, cuja principal característica é o revestimento brilhante em ambas
as faces, com ótima qualidade de impressão.
Branco
50
64X88
66X96
72X102
76X112
87X114 89X117
29
Superbond
Papel apergaminhado para formulários contínuos, cadernos, envelopes,blocos,
talonários e serviços gerais.
Papel apergaminhado para formulários contínuos, cadernos, envelopes, blocos,
talonários e serviços gerais.
Azul Canário
Rosa
50
66X96
CHAMOIS BULK
Destinado a publicações de poucas páginas e que precisam de uma
apresentação mais encorpada.
Papel offset de alto corpo, com cores suaves que tornam a leitura mais
agradável, destinado a publicações de poucas páginas e que precisam de uma
apresentação mais encorpada.
Dunas Marfim Núbia Sahara
70
66x96 87x114
CHAMOIS FINE
Destinado à impressão de livros (miolo e guarda), agendas e impressos
promocionais tornando a leitura mais agradável.
Papel offset, de cores suaves, destinado à impressão de livros, tornando a
leitura agradável.
Dunas Marfim Núbia Sahara
67
66x96
76x112 87x114 89x117
30
Polén Bold
Ideal para livros onde o projeto gráfico exige lombada mais espessa.
Papel com alto corpo e opacidade.
Natural
70
66x96
Polén Print
Utilizado na impressão de livros e catálogos.
Lisura e opacidade superiores, porporciona ótima definição de imagens.
Produzido através do processo "soft calander on-machine".
Natural
80
90
120
66x96
Polén Rustic
Adequado à produção de livros de arte e catálogos.
Papéis offset de tonalidade natural, ideal para uma leitura prolongada e
agradável, com toque rústico e textura artesanal.
Areia
Creme
85
120
66 x 96
87 x 114
Polén Soft
Indicados para a produção de ensaios, romances e obras em geral.
Papéis offset de tonalidade natural, ideal para uma leitura prolongada e
agradável, com excelente opacidade.
Natural
70
66 x 96
31
VARIEDADES DE PAPEL:
OFF-SET:
Papel com bastante cola, superfície uniforme livre de felpas e penugem e preparado para
resistir o melhor possível a ação da umidade, o que é de extrema importância em todos
os papéis para a impressão pelo sistema offset e litográfico em geral. Sua aplicação é na
impressão para miolo, livros infantis, infanto-juvenis, médicos, revistas em geral, folhetos
e todo serviço de policromia.
OFFSET TELADO:
Suas características são textura e gofrado. Sua aplicação é em calendários, displays,
convites, cartões de festas e peças publicitárias.
POLEN RÚSTIC:
Papel com um toque rústico e artesanal. OFF-SET/Policromia. É usado em papel para
miolo, guarda livros e livros de arte.
POLEN BOLD:
Papel com opacidade e espessura elevada. OFF-SET/Policromia. É usado em livros
quando necessário papeis mais espessos, sem aumento do peso do livro.
POLEN SOFT:
Papel com tonalidade natural, ideal para uma leitura mais prolongada e agradável. Suas
aplicações são em livros instrumentais, ensaios e obras gerais.
ALTA PRINT:
Papel offset "top" de categoria, com alta lisura, brancura e opacidade. Produzindo
através do processo "soft calender on-machine", oferece a melhor qualidade de
impressão e definições de imagens.
PÓLEN BOLD:
É um offset de tonalidade diferenciada, excelente opacidade e maior espessura. Sua
tonalidade reflete menos a luz, permitindo uma leitura mais agradável.
COUCHÊ:
Papel com uma ou ambas as faces recobertas por uma fina camada de substâncias
minerais, que lhe dão aspecto cerrado e brilhante, e muito próprio para a impressão de
imagens a meio-tom, e em especial de retículas finas. Para a impressão de textos o
papel gessado é muito lúdico e por isto incômodo à vista. Defeito que se tem procurado
contornar com a criação das tonalidades mate. O termo francês "Couchê" (camada) é
usadíssimo entre nós, onde chegou a assimilar-se em couchê. É necessário distinguir
couchê de duas faces de alguns papéis simplesmente bem acetinados, que com eles se
32
confundem; molhando-se e friccionando-se uma extremidade do papel, se for couchê, a
camada de branco desfaz-se.
COUCHÊ L1:
Papel com revestimento Couchê brilhante em um lado. Policromia. Suas aplicações são
sobre capas, folhetos e encartes.
COUCHÊ L2:
Papel com revestimento Couchê Brilhante nos dois lados.Policromia. Suas aplicações
são em livros, revistas, catálogos e encartes.
COUCHÊ MONOLÚCIDO:
Papel com revestimento couchê brilhante em um lado. Mas liso no verso para evitar
impermeabilidade no contato com a água ou umidade. Suas aplicações são em
embalagens, papel fantasia, rótulos, out-doors, base para laminação e impressos em
geral.
COUCHÊ MATTE:
Papel com revestimento couchê fosco nos dois lados.Suas aplicações são em impressão
de livros em geral, catálogos e livros de arte.
COUCHÊ TEXTURA:
Papel com revestimento couchê brilhante nos dois lados, gofrado, panamá e skin (casca
de ovo). Suas aplicações são em livros, revistas, catálogos, encartes, sobrecapas e
folhetos.
COUCHÊ ESPECIAIS:
COUCHÊ COTE:
Papel branco revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coated", sendo o verso
branco fosco.
DUPLEX COTE:
Cartolina branca revestida com camada couchê de alto brilho "cast coated", sendo verso
branco fosco.
COLOR COTE:
Papel revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coated" em cores pastéis e
intensas: azul, verde, rosa, amarelo, chamoi vermelho, preto, prata e ouro, verso branco
fosco.
PEARL COTE:
Cartolina perolada.
33
DOBLECOTE:
Papel branco, revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coated" em ambas as
faces.
GOFRACOTE:
Papel branco revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coat" grofado nos
moldes: linho fino e casca de ovo, sendo o verso branco fosco.
LAMICOTE:
Cartão laminado com poliester metalizado nas cores: prata, ouro e outras, sendo o verso
branco fosco.
METALCOTE:
Papel "Cast Cote" metalizado a vácuo nas cores: prata e ouro, sendo o verso branco
fosco.
FILM COATING:
Papel revestido e calandrado na máquina de papel, com excelente reprodução de cores
e brilho, alta definição de imagens e superior qualidade de impressão. Esse papel é
intermediário entre o papel offset e o couché.
TOP PRINT:
Suas características são alvura, sedosidade, lisura, opacidade superior, fidelidade na
reprodução de cromos, fotos e ilustrações, maior produtividade na impressão, menor
carga de tinta utilizada para obter-se a mesma densidade de cor. Sua aplicação é em
tablóides, malas diretas, jornais de imprensas, house organs, impressos promocionais,
livros didáticos, revistas técnicas, folhetos e manuais.
OPALINE:
Apresenta excelente rigidez (carteado), alvura, lisura, espessura uniforme. Sua aplicação
é em cartões de visita, convites e diplomas.
VERGÊ:
Suas características são marca d'água, aparência artesanal, formação de folhas
homogêneas, resistência das cores à luz, controle colorimétrico e é adequado para
impressão: offset, tipografia, relevo e etc. Suas aplicações são para papel de carta,
envelopes, catálogos, capas, trabalhos publicitários, cartões de visita, formulários
contínuos, mala-direta, para miolo e guarda de livros.
COLOR PLUS:
34
Apresenta colorido na massa, boa lisura para impressão, sem dupla face, resistência das
cores à luz, estabilidade dimensional, controle colorimétrico e continuidade das cores.
Suas aplicações são em trabalhos publicitários, papel para carta, envelopes, convites,
catálogos, blocos, capas, folhetos, cartões de visita, mala-direta, formulários contínuos.
SUPER BOND:
Originalmente, era um papel feito todo com pasta, usado pelos norte-americanos na
impressão de títulos da dívida pública (bonds); a denominação se estendeu depois aos
papéis de carta com bastante cola, relativamente leves e constituídos de pasta de trapos,
pasta química de melhor qualidade, ou mistura de ambos. Suas aplicações são em
formulários contínuos, cadernos, blocos, envelopes, talonários e serviços gerais de
escritório.
FLOR POST:
Tem um de seus lados brilhante, que dá uma opção a mais para obter-se uma melhor
qualidade de impressão. Suas aplicações são em vias de notas fiscais, pedidos, cópias
de carta e documentos.
CARTOLINA:
Cartolina e Papelão é um intermediário entre papel e o papelão. É fabricado diretamente
na máquina, ou obtida pela colagem e prensagem de várias outras folhas. Conforme a
grossura, diz-se cartolina ou papelão. Na prática diz-se cartão, se a folha pesar 180
gramas ou mais por metro quadrado; menos que isso, é papel. A distinção entre cartolina
e papelão costuma-se fazer pela grossura; é papelão quando supera o meio milímetro.
Os papelões são compostos de diversos tipos de pastas, segundo a sua finalidade e
utilização. São de pasta mecânica, pasta de palha, pasta mecânica com química, para
obter mais reistência; para o papelão gris a pasta é usada com papéis e restos de trapos,
manilha e outros. Suas aplicações são em pastas, fichas, cartões e é de uso escolar.
CARTÃO GRAFIX:
Cartão de massa única, ideais para policromia. É indicado para capas e permite
plastificação.
CAPA TEXTO:
Papel com aparência artesanal. É indicado para miolo e guarda de livros.
CARTÃO TRIPLEX:
Cartão com duas camadas de celulose branca, miolo de celulose pré-branqueada e
cobertura couchê em um dos lados. Suas aplicações são em capa de livros em geral,
embalagens para produtos alimentícios, cosméticos, impressos publicitários, produtos
que exijam envase automáticos e pastas.
CARTÃO DUPLEX:
Cartão com três camadas, duas com celulose pré-branqueada e a terceira de celulose
branca com cobertura couchê. Suas aplicações são em capa de livros em geral,
cartuchos em geral (para produtos farmacêuticos, alimentícios, higiênicos), embalagens
de disco, embalagens para eletro-eletrônicos, embalagens para brinquedos, vestuários,
displays e elaminações em micro ondulado.
PAPEL JORNAL:
35
Produto á base de pasta mecânica de alto rendimento, com opacidade e alvura
adequadas. É fabricado em rolos para prensas rotativas, ou em folhas lisas para a
impressão comum em prensas planas. A superfície pode, ainda, variar de ásperas,
alisada e acetinada. Suas aplicações são em tiragens de jornais, folhetos, livros, revistas,
material promocional, blocos e talões em geral.
PAPEL KRAFT:
Papel muito resistente, em feral de cor pardo-escuro, e feito com pastas de madeira
tratada pelo sulfato de sódio (Kraft = força). É usado para embrulho, sacos e sacolas.
MICRO ONDULADO:
Cartão especial que, em lugar de constituir folha plana, forma pequenos canais salientes
e reentrantes. É usado na embalagem de mercadorias quebradiças, ou trabalhos
diferenciados.
PAPÉIS RECICLADOS/IMPORTADOS:
Esses papéis são reciclados, constituindo de 50% papéis aparas (sobra de papel), sem
impressão. O restante variam de 20-50% de papéis impressos reciclados pós-cosumido,
variando de acordo com o efeito que se deseja obter. Além de alguns mais específicos
que são reciclados em 100%, outros utilizam-se de anilinas em processo exclusivo de
fabricação. Todos os papéis oferecem uma variedade muito grande de cores e textura,
proporcionando ao usuário um resultado diferenciado dos papéis freqüentemente
utilizado. É ideal para impressões finas em livros de arte, hot stamping, relevo seco,
obras de arte, efeitos de porcelana, impressão em jato de tinta e impressão à laser.
PAPEL CANSON:
Papel colorido utilizado em colagens, recorte e decorações.
36
Tabela Prática
O papel e suas principais características.
Grupos
Os papéis destinados para uso em off-set, dividem-se em vários grupos. Dentre eles
podemos destacar:
• ESPECIAIS
Existe no mercado uma gama enorme de papéis especiais destinados à impressão off-
set, dentre eles, vejamos alguns dos mais usados, normalmente disponíveis nos pesos de
85 a 350 gramas, conhecidos como:
VERGÊ - Papéis com textura e uma enorme gama de cores (normalmente tons suaves
de azul, verde, creme, etc.), muito utilizado para convites, receituários, envelopes, papel
carta, etc.
Peso (gramatura)
37
Os papéis são identificados pela sua gramatura, variando normalmente de 50 a 350
gramas definindo o peso e volume final do impresso. A gramatura é fator preponderante
na composição de custos do impresso, tanto na impressão, quanto na distribuição,
principalmente quando via correio.
Formato
Um formato bem definido proporciona melhor aproveitamento do papel, evitando
desperdício. Isto vale tanto para custos, como consciência ecológica. Porque desperdiçar
sem necessidade.
Cor
A cor do papel, seu grau de alvura e opacidade, determinam sua aplicação. Como as
tintas off-set contém transparência, a cor pode sofrer alteração de acordo com o papel
utilizado. Recomenda-se papéis com bom grau de alvura para reprodução de
policromias. Papéis levemente amarelados e com alto grau de opacidade são indicados
para livros (leitura), evitando o cansaço visual e a transparência de textos e figuras de
uma página com relação ao verso desta.
Textura
Podemos considerar como textura, tanto o aspecto da superfície do papel (lisos,
texturados, telados, calandrados, etc.), quanto ao seu grau de rigidez. Cada tipo de
impresso, pode necessitar de uma textura diferente. A sua criatividade determinará o
melhor tipo de papel.
38
..
Vocabulário Especializado - Produção Gráfica Profa.Vera
O que é ALINHAMENTO?
O que é BONECO?
O que é CAIXA-ALTA/CAIXA-BAIXA?
como cores "sólidas". O nome Pantone, na realidade, refere-se a uma marca de tinta,
por códigos.É devido ao Pantone que uma multinacional consegue, por exemplo,
logotipo.
39
O que é CORPO?
O que é DIAGRAMAR?
legendas, ilustrações, textos, títulos etc. Essa tarefa é executada pelo diagramador.
Atualmente, esse serviço é realizado totalmente por computador, desenvolvido pelo diagramador em
Maker e Quark XPress.
O que é ENTRELINHAMENTO?
O que é ESCANEAMENTO?
a digitalização.
O que é FACA?
É uma lâmina cortante que permite ao artista gráfico desenvolver uma grande
40
O que é FORMATO A3?
por 28 cm de altura.
O que é FOTOLITO?
e a impressão.
O que é GRAMATURA?
São os termos utilizados para a medida de pontos por polegada de uma imagem.
Quanto maior o número de pontos por polegada (dpi), maior a definição da imagem.
O que é MÍDIA?
41
O que é PAGINAR?
O que é PAUTA?
matérias e que determina também a forma como cada tema deverá ser tratado.
e que determina também a forma como cada tema deverá ser tratado.
ou digital. A prova de cor é utilizada para a checagem da qualidade das fotos, das
cores e do texto, e é produzida a partir dos fotolitos – com exceção da prova digital,
Prova em papel heliográfico (de cor azul), normalmente utilizada para checar
O que é REPRINT?
42
O que é ROUGH (lê-se "raf") ?
O que é STRIP?
O que é TIPOLOGIA?
que também são conhecidos como fontes. Elas admitem algumas variações de estilos, tais como itáli
exemplos de tipologia são a Times New Roman, Arial, Garamond e Helvética.
O que é TIRAGEM?
realizado por meio de softwares gráficos (como o Photoshop) que visa a melhoria da
da imagem
43
Dicionário de Publicidade e Propaganda
A ABA - Associação Brasileira de Anunciantes.
Advertiser - Anunciante.
44
ilustração.
Anúncio com margem - Anúncio de mídia impressa que não ocupa toda
a área possível do papel, deixando uma área livre entre o quadro
impresso e alinha de corte.
Axioma - É uma proposição, algo como uma tese ou nova teoria, mas
que funciona e não se sabe bem porque, não pode ser provado com
evidências e comprovações de dados científicos. Funcionaria como uma
verdade.
45
demostrador.
Bem intangível - Que não pode ser percebido pelos sentidos, como os
serviços de um advogado etc.
Bem tangível - Que pode ser percebido pelos sentidos, como um bolo
ou um refrigerante.
46
Bottom - Pin, peça promocional em forma de broche, que pode ser
produzida em diversos formatos.
Brand - Marca
47
Case - Relato de uma experiência bem ou mal sucedida.
48
de um comercial num veículo.
49
produto.
Demanda - Procura.
Depreciação - Desvalorização.
Development - Desenvolvimento.
50
DVD - Digital Versatile Disk.
51
Exposição - Mostrar algo.
Feeling - Percepção.
52
sensível a luz para ser utilizado na produção da matriz na impressão.
G Gap - Intervalo
Gimmich - Efeito visual ou auditivo que está sempre presente nos ítens
de uma campanha, mas não se confunde com o logotipo.
53
Guilhotina - Máquina de corte de papel, papelão...
Holding - Sociedade que tem seu capital formado pela maioria das ações
de outras empresas.
54
Informe Publicitário - Matéria paga, normalmente com as mesmas
características de diagramação do veículo em que está sendo publicada.
Jobber - Atacadista.
L Layout - Esboço.
55
apresentação.
Market - Mercado.
56
cidades ou entidades exploradoras do turismo como recurso.
57
livre comércio, firmado entre EUA, Canadá e México.
58
um padrão de cores.
59
Prova - Material a ser revisado para a definitiva produção.
Research - Pesquisa.
60
S Sampling - Distribuição de amostras grátis.
Sazonal - De época.
Segmento - Grupo.
61
T Tangível - Produto possível de ser tocado, sentido pelo tato, percebido
pela visão, paladar ou olfato.
62
Valor - Em MKT pode-se dizer que o valor é a importancia que o
consumidor dá à um produto. Preço e valor andam juntos.
W Wharehouse - Armazém.
63
Como enviar arquivos para Primapress
Exemplo prático:
- Resolução - a resolução ideal é sempre o dobro da
IMAGENS lineatura que será utilizada no fotolito. Por exemplo: se o
ESCANEADAS seu trabalho for impresso em papel não revestido e em
máquina semi-industrial, o fotolito provavelmente será com
133 linhas.
64
Neste caso você deve escanear suas imagens com 266 dpi,
para aplicação no tamanho de 1x1.
65
LINGUAGEM DA VISÃO
A ideia de design deveria ser entendida não como um catálogo de estilos ou como um
cânone de regras formais, mas como um empreendimento complexo que integra os
domínios da política, da economia e da cultura. O renovado interesse na História1
desencadeou a emergência do interesse pela teoria, o desejo de identificar os princípios
gerais que condicionam e enformam a prática do design. O corpo teórico estabelecido
com a tradição pedagógica do modernismo tem sido intrinsecamente hostil a uma
abordagem histórica ao design gráfico: no design, tal como na arquitectura ou nas belas
artes, qualquer movimento dirigido à obtenção de uma maior consciência histórica, é
considerado uma tentativa de revisão do modernismo e, como tal, um alvo a abater.
O design gráfico institui-se como disciplina autónoma a partir dos movimentos de arte
modernos dos anos 20, vindo a consolidar-se como profissão nos últimos 60 anos. As
suas bases teóricas provêm dos movimentos e organizações de vanguarda, como o
Construtivismo, de Stijl e a Bauhaus. Após a II Guerra Mundial, as práticas e o
pensamento crítico destes movimentos foram adoptados, codificados e transpostos em
norma pelas academias artísticas.
Muitos textos produzidos ao longo da história da profissão reproduzem um núcleo de
princípios teóricos baseados na pintura abstracta e na psicologia Gestalt. A Linguagem
da Visão, de Gyorgy Kepes (1944), Arte e Percepção Visual, de Rudolph Arnheim
(1954) e Sintaxe da Comunicação Visual, de Donis Dondis (1973), contêm e
reproduzem todos os temas recorrentes das teorias modernistas da comunicação visual e
do design. Neles, é dado destaque à importância da percepção em detrimento da
interpretação. A percepção refere-se, nestes domínios, à experiência individual e
subjectiva enquadradas por um corpo e por um cérebro. As teorias estéticas baseadas na
percepção favorecem o factor sensorial, negligenciando o intelecto, sobrepondo a visão
à leitura, a universalidade às diferenças culturais, o instantâneo à mediação. A
pedagogia do design, partindo das teorias da percepção como instrumento de criação de
imagens, pressupõe a faculdade de uma linguagem perceptiva universal, comum a todos
os seres humanos, em todos os tempos e em todos os lugares, linguagem essa capaz de
ultrapassar qualquer barreira histórica ou cultural.
Um estudo do design baseado na interpretação, por outro lado, sugere que a recepção
de uma mensagem específica, varia de um determinado tempo e espaço para outro,
atenuando ou distorcendo o significado de convenções como formato, estilo, ou
simbolismo, bem como da sua associação com outras imagens ou palavras.
Entre estas duas abordagens teóricas, entre as teses modernistas baseadas na percepção,
e as correntes contemporâneas, centradas na interpretação e numa análise histórica e
cultural, uma alternativa residirá eventualmente na tentativa de conciliação e de
convergência entre estes dois enunciados aparentemente incompatíveis, aproveitando os
contributos mais válidos e eficazes de cada um.
66
qual vão de novo imergir e perder-se, sem que nós possamos opor-nos a isso, porquanto
elas perderam o seu interesse para o observador. Na verdade, a nossa percepção, para os
gestaltistas, está simultaneamente ligada aos elementos percebidos e às nossas próprias
estruturas mentais que nos fazem, consoante as circunstâncias do momento, reuni-las
desta ou daquela maneira. Assim, os testes clássicos da psicologia gestalt, mostram
"imagens duplas" que é possível estruturar de duas maneiras diferentes segundo os
elementos que se adoptam como forma ou como fundo. É impossível ver as duas
imagens ao mesmo tempo, e a passagem de uma para a outra faz-se bruscamente, de
uma só vez, por reconstrução mental do conjunto. É inútil fazer qualquer esforço, pois
isso em nada acelerará o processo: a imagem aparece por "iluminação", como uma
evidência, ou não aparece de todo. A psicologia gestalt encara também a percepção
global como uma reconstituição de elementos ausentes: outros testes apresentam
"imagens incompletas", de que apenas se pode perceber o sentido completando-as logo
à primeira vista, "vendo" portanto, o todo ao mesmo tempo que as partes, as quais, em si
mesmas, na sua aparência bruta, nada significam.2
Para estes autores, assim como para muitos outros, comungando destes mesmos
pressupostos, o design é, na sua essência, uma actividade formal e abstracta; o texto é
secundário, um elemento adicional, acrescentado e integrado na estrutura formal depois
desta se encontrar estabelecida. Uma teoria do design que isola a percepção visual da
interpretação linguística, encoraja a indiferença à significação cultural. Não obstando a
que os estudos da composição abstracta sejam, por si, inquestionáveis, os aspectos
linguísticos e sociais do design são trivializados ou mesmo ignorados, quando essa
abstracção invade e ocupa o fulcro da actividade conceptual.
Em Arte e Percepção Visual, Arnheim define a sua ideia de "conceito visual" como a
imagem mental de um objecto que se adquire por uma multiplicidade de percepções
visuais do mesmo, pela sua captação através de inúmeros pontos de vista e contextos.
Mexicano
Num tom humorístico, explica que esta imagem de um mexicano não é uma
representação válida, pois não se refere ao verdadeiro "conceito visual" de um
mexicano. Por outras palavras, é necessário acrescentar uma informação textual - uma
legenda - de modo a poder ser compreendida. Mas o que poderia constituir
verdadeiramente o "conceito visual" de um mexicano? O sombrero (observado a partir
de um nível mais elevado) já constitui uma trivialidade turística; o "conceito visual" do
mexicano teria de consistir então em mais estereotipos, acumulados não da experiência
e do contacto com verdadeiros mexicanos, mas apropriados dos filmes, da televisão e da
banda desenhada: um grande bigode, poncho, botas de couro, siestas e tequilla... O
exemplo de Arnheim pretendia ser jocoso. O seu objectivo era tornar tão universal
quanto possível a premissa inerente a esta piada, sugerindo que a compreensão do
67
mundo se baseia apenas num conjunto de percepções visuais e que a linguagem
desempenha um papel subalterno, limitando-se a preencher os espaços deixados vazios
pela informação sensorial. Sabemos, no entanto, que a percepção é filtrada pela cultura.
O conceito de um objecto tanto tem de visual (espacial, sensorial e pictórico) como de
linguístico (convencional, pré-determinado pela compreensão e aceitação colectivas). O
conceito constitui-se a partir de pontos de vista individuais e atributos convencionais,
apreendidos com a educação e os media.
A expressão "linguagem visual" surge constantemente nos textos de design: um
vocabulário de elementos básicos (pontos, linhas, formas, texturas e cores) está
organizado numa gramática de contrastes (equilíbrio/instabilidade, simetria/assimetria,
duro/suave, leve/pesado). Esta teoria foi elaborada no Curso Básico de Johannes Itten,
na Bauhaus. Um programa idêntico foi posteriormente continuado por Kandinsky e
Moholy-Nagy. Livros como Linguagem da Visão de Gyorgy Kepes, professor na New
Bauhaus de Chicago, nos anos 40, continuaram a desenvolver esta teoria do design
como uma linguagem baseada na abstracção. Kepes escreve: "(...) tal como as letras do
alfabeto podem ser combinadas de inúmeras formas para constituir palavras e obter
significados, também as qualidades ópticas das formas podem ser combinadas ... e cada
combinação específica dá origem a uma sensação espacial distinta." A "linguagem
visual" de Kepes assentaria, assim, apenas num glossário de significações sensoriais.
Em Sintaxe da Linguagem Visual, Donis Dondis afirma que cada uma destas
composições abstractas tem um significado universal, o qual se dirige directamente à
percepção humana. No entanto, um aldeão da Idade Média interpretaria estas imagens
de um modo completamente diverso ao de um habitante de uma grande cidade actual, o
qual poderia "ver" óbvias referências arquitectónicas da sua cidade na ilustração da
estabilidade. Dondis substitui significados culturais concretos por uma "linguagem
universal" vaga e arbitrária.
Talvez o ideal de "literacia visual" ambicionado por Dondis, a capacidade de apreender
e interpretar composições abstractas, esteja dependente da existência de uma estrutura
prévia de "literacia verbal". Num estudo antropológico orientado por A.R.Luria3, os
habitantes de uma aldeia isolada, na Rússia, eram solicitados a identificar desenhos de
formas geométricas simples. Alguns dos habitantes tinham escolaridade básica, outros
não. Aqueles que sabiam ler interpretaram as imagens como formas geométricas básicas
68
e identificaram-nas: quadrado, círculo, triângulo; os analfabetos, por seu lado,
associaram os desenhos à sua realidade envolvente: o círculo podia ser um prato, um
balde, roda ou lua; o quadrado, um espelho, uma porta ou mesmo uma casa. Esta
pesquisa sugere que a capacidade de reconhecer formas visuais "abstractas", isto é,
desenquadradas dum contexto de uso social e de comunicação figurativa, é uma técnica
sofisticada em vez de uma faculdade universal de percepção, requerendo os processos
de pensamento racionais e analíticos que caracterizam as culturas "letradas".
O termo "linguagem visual" é uma metáfora. Compara a estrutura do plano pictórico à
gramática e à sintaxe da linguagem. O efeito desta comparação leva à segregação entre
visão e linguagem. Os dois termos são apresentados como análogos, mas inconciliáveis,
linhas paralelas que nunca convergirão. As teorias da linguagem visual e as práticas
educacionais e profissionais delas resultantes, encerram o estudo dos significados da
expressão visual sobre si próprios, isolando-os da compreensão e integração de outros
modos de comunicar e de interpretar.
Sobrepondo a interpretação e a percepção, a linguagem pode ser compreendida
inclusivamente, ao invés de exclusivamente. Palavras, imagens, objectos, usos e
costumes, ao integrarem os processos de comunicação, podem ou não ocupar categorias
separadas, mas contribuem para o entendimento do significado histórico e cultural que
integra a mensagem. Um dos mais influentes teóricos deste modelo foi Roland Barthes,
cujos escritos nas décadas de 50 e de 60 tiveram um impacto ainda hoje sentido em
muitos domínios, como na literatura, arquitectura, fotografia e cinema. No design
gráfico, Herb Lubalin tornou-se notado por utilizar palavras como imagens e imagens
como palavras, assim como por justapor imagens e textos para produzir novos
conteúdos. Para ele não existia nenhuma barreira entre a comunicação verbal e a
comunicação visual.
Se Lubalin e outros protagonistas desta nova abordagem trabalharam e descobriram as
suas soluções intuitivamente, então para quê a teoria? Muitos designers e professores
evitam a explanação de princípios teóricos, estimulando o estabelecimento de um
"senso comum" intuitivo e pragmático. Mas mesmo esta atitude anti-teórica acaba por
ser teórica: qualquer argumento está condicionado por estruturas e condicionantes
intelectuais por muitos vagas e indefinidas que possam parecer.
Recusando-se a analisar os seus próprios preconceitos, o pragmatismo reforça a maior
fraqueza das teorias modernistas, suprimindo a análise consciente do papel e do lugar do
design na história e na cultura. A pedagogia do senso comum limita a polémica ao
imediatismo formal e prático dum projecto, reduzindo ou mesmo eliminando a
possibilidade de visualizar o contexto social em que o design se movimenta.
A teoria pode actuar tanto no aspecto instrumental, como ferramenta para gerar novas
ideias, como analiticamente, constituindo métodos de avaliação. Usando a teoria como
conector e não como barreira entre a comunicação visual e a expressão verbal, o design
poderá ser intensificado e dirigido no sentido do reconhecimento do seu papel na
construção da paisagem social e cultural.
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Fontes
ARNHEIM, Rudolph - Art and Visual Perception. A psychology of the creative eye.
[1954] Ed. revista e aumentada. University of California Press, Berkeley:1974
DONDIS, Donis A. - Sintaxe da Linguagem Visual. [1973] Martins Fontes, S.
Paulo:1991
DREYFUS, Catherine, Psicoterapias de Grupo, Verbo, Lisboa:1980
KEPES, Gyorgy - Language of Vision. [1944] - Dover Publications, London:1995
LUPTON, Ellen; MILLER, J. Abbott (orgs) - Design, Writing, Research. Princeton
Architectural Press, New York:1996
MATTOSO, J., A Escrita da História, Teoria e Métodos. Editorial Estampa,
Lisboa:1997
Imagens
Arnheim, Rudolph, op.cit - fig 82, p.109
Dondis, Donis, A. op.cit - fig. 3.21, 3.22, 3.23, p.60
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